Professores: François Fernandes e Bruce Lee De Getúlio a Getúlio.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA … · 2014. 4. 22. · Em outra pesquisa...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO – FECILCAM
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO DO PERÍODO NOTURNO:
UMA REFLEXÃO PARA UMA AÇÃO INOVADORA
CAMPO MOURÃO
2011
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JURACI ALVES MIRANDA
EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO DO PERÍODO NOTURNO:
UMA REFLEXÃO PARA UMA AÇÃO INOVADORA
Produção Didático Pedagógico apresentado à Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão (FECILCAM) e à Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED) para o programa de formação continuada intitulado Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) sob a orientação da: Profª Me Cleudet Assis Scherer
CAMPO MOURÃO
2011
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SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................ 3
2 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4
3 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6
4 DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ....................................................... 8
4.1 APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO, NA
PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL ............................................................. 13
4.2 METODOLOGIA DE TRABALHO NA PERSPECTIVA DIALÉTICA ................. 20
4.2.1. Fases da metodologia dialética ................................................................ 21
4.2.1.1 Primeira fase do método: prática social do conteúdo................................. 21
4.2.1.2 Segunda fase do método: problematização, instrumentalização e catarse 22
4.2.1.2.1 Problematização...................................................................................... 22
4.2.1.2.2 Instrumentalização .................................................................................. 23
4.2.1.2.3 Catarse.................................................................................................... 24
4.2.1.3 Terceira fase do método: prática social final do conteúdo.......................... 25
5 ATIVIDADES A SEREM TRABALHADAS ......................................................... 26
5.1 1ª ETAPA ......................................................................................................... 26
5.2 2ª ETAPA ......................................................................................................... 28
5.3 3ª ETAPA ......................................................................................................... 30
5.3.1 Área de Português....................................................................................... 30
5.3.2 Área de Matemática..................................................................................... 33
5.3.3 Área de Sociologia ...................................................................................... 36
5.4 4ª ETAPA ......................................................................................................... 39
6 CONSIDERAÇÃO FINAL ................................................................................... 40
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 42
APÊNDICES .......................................................................................................... 45
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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Juraci Alves Miranda
Área do PDE: Pedagogia
Núcleo Regional de Ensino: Campo Mourão-PR
Professor Orientador da IES: Cleudet de Assis Scherer – FECILCAM
IES Vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM/FECILCAM
Escola de Implementação: Colégio Estadual de Campo Mourão – Ensino
Fundamental, Médio Profissional e Normal –
Campo Mourão-PR
Público Objeto da Intervenção: Professores e Professores Pedagogo
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2 APRESENTAÇÃO
O presente trabalho constitui-se como pesquisa a ser realizada no Programa
desenvolvido para a capacitação continuada aos professores da rede pública do
Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná. Refere-se à Produção Didático-
Pedagógica aqui apresentada, na forma de Unidade Temática.
Esse material foi elaborado no segundo período do PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional) em parceria com a Universidade Estadual do Paraná
campus Campo Mourão, na Área de Pedagogia, sob a orientação da professora
Mestre Cleudet de Assis Scherer, e se constitui como uma das estratégias de ação
do Projeto de Intervenção Pedagógica a ser implementado na escola.
A proposta de trabalho tem como objetivo possibilitar o estudo sobre as
concepções que norteiam as Diretrizes Curriculares e refletir sobre a prática
pedagógica no interior da escola. Será também realizada pesquisa para o
levantamento de dados por meio de questionário com questões abertas, fechadas e
semi-estruturadas a serem realizados com professores, pais e alunos. Com a
pesquisa pretendemos dar suporte a análise e organização do trabalho pedagógico
na escola.
Esta produção será organizada por meio de temas que vão possibilitar a
capacitação de professores e permitirá a reflexão e construção de ações coletivas
que contribuam para a implementação do Projeto Político Pedagógico da Escola,
bem como, na elaboração de um plano de aula mais eficiente, colaborando com a
melhoria na qualidade de educação ofertada aos alunos do Ensino Médio do período
noturno.
Para o desenvolvimento do material didático utilizaremos como referência o
trabalho de João Luiz Gasparim (2005), que se baseia na dialética prática-teoria-
prática, dentro da perspectiva Histórico-Crítica. A metodologia proposta por essas
três fases se desenvolve nos cinco passos propostos por Saviani: prática social
inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final, onde
Gasparin (2005) se orienta para a construção de uma didática a ser utilizada em sala
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de aula. Esses passos serão explicados no desenvolvimento desta unidade
temática.
Na fase da instrumentalização, na qual os conceitos científicos se estruturam,
o autor pensa ser fundamental conhecer o processo mental de construção desse
conceito. Como é a escola que deve possibilitar aos sujeitos o acesso à cultura
historicamente construída e sabendo que o processo educativo não se dá
naturalmente, sendo intencional e organizado, tomaremos como referência a teoria
Histórico-Cultural para a discussão sobre aprendizagem e desenvolvimento das
funções do pensamento.
Juraci Alves Miranda
PDE – 2010/2011
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3 INTRODUÇÃO
A evasão escolar é um problema que tem sido discutido por pesquisadores e
educadores, no entanto, parece estar longe de ser resolvido, tendo em vista os
índices de abandono das escolas que vêm aumentando a cada ano, bem como as
altas taxas de reprovação que juntos caracterizam o fracasso escolar.
Tais fatores contribuem para o despreparo de nossos jovens para o mercado
de trabalho bem como a oferta de empregos com baixos salários aumentando assim
as desigualdades sociais existes em nosso país.
Em matéria apresentada por Wanda Engel Aduan1 na revista Nova Escola, a
autora aponta que a desigualdade social tem relação direta com o nível de
escolaridade, uma vez que, a baixa renda tem implicado na oferta de um ensino de
má qualidade aumentando o ciclo de pobreza que vem se aprofundando por
gerações. O artigo apresenta uma pesquisa realizada em 2009, na qual constata
que dos 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, apenas 50,9% estava
matriculado no Ensino Médio; 18% estão fora da escola; 69% dos jovens entre 18 a
24 anos não freqüentam a escola e só 13% faz curso superior.
Ainda sobre a pesquisa, para Gremaud et al.2, um dos pesquisadores
responsável pelo estudo “Relação entre abandono escolar no Ensino Médio e
desempenho dos alunos no Ensino Fundamental”, além do baixo desempenho no
ensino fundamental ter um peso importante no abandono dos alunos, no Ensino
Médio o currículo também contribui para que isto ocorra, pois não desperta mais o
interesse dos alunos. Para os autores, é preciso pensar em outra forma de currículo
para esta modalidade de ensino.
1 ADUAN, Wanda Engel. A crise de audiência no Ensino Médio. Instituto Unibanco, agosto.
Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2011.
2 GREMAUD, Amaury Patrick; NICOLELLA, Alexandre Chibebe; SCORZAFAVE, Luiz Guilherme; OLIVEIRA, Roberto Guena; SOARES, Tufi Machado; BELLUZZO JUNIOR, Walter. Relação entre Abandono Escolar no Ensino Médio e Desempenho Escolar no Ensino Fundamental Brasileiro. Instituto Unibanco, agosto. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2011.
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Em outra pesquisa realizada pela fundação Getúlio Vargas (2009), intitulada
“O motivo da Evasão Escolar”, é destacada a importância da educação para diminuir
as diferenças entre as classes, sendo preciso que pais e alunos se conscientizem da
importância transformadora da educação para as suas vidas3.
São muitos os motivos que conduzem o estudante a abandonar seus estudos
e esse fenômeno associado ao fato da escola estar pouco preocupada em possibilitar
aos alunos e professores a experiência do acontecer das ideias, na sua produção, em
consonância aos desafios concretos da vida, contribui consequentemente ao
abandono da escola, caminho que parece mais viável.
A complexidade que esse tema suscita, instiga o questionamento no sentido
de refletir como resolver ou pelo menos contribuir para diminuir a evasão escolar no
Ensino Médio, organizando uma proposta de melhoria da prática pedagógica na
escola, pensando no aluno evadido e naquele que apresenta grande potencial de
faltas, que, possivelmente, virá a evadir, discutindo com os educadores sobre os
tipos de ações voltadas para este fim, que desperte no jovem a necessidade de dar
continuidade nos estudos.
3 Esta pesquisa foi publicada em 15/04/2009 coordenada por Marcelo Neri, faz parte do projeto
patrocinado pelo movimento “Todos pela Educação”, pela fundação Educar Dpaschoal, Instituto Unibanco e pela fundação Getulio Vargas. Motivos da Evasão Escolar. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2011.
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4 DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
O grande desafio hoje para a educação brasileira se constitui em garantir às
crianças e jovens o acesso e permanência na escola, bem como em desenvolver
uma educação que atenda suas reais necessidades.
No entender de Saviani (1991) é preciso que a escola forme alunos que
possam atuar crítica e ativamente na sociedade. Para tanto, se faz necessário uma
reflexão sobre a qualidade do ensino noturno ofertado aos jovens. Na sociedade
contemporânea a educação tem se apresentado como uma instituição fundamental
e indispensável na formação da sociedade e cabe aos educadores refletir sobre qual
sociedade se quer para os jovens.
É preciso conhecer esses jovens que chegam às escolas noturnas, filhos de
trabalhadores ou mesmo trabalhadores, que convivem com diferentes culturas,
influenciados por uma sociedade de consumo na qual o individualismo e a
competição favorecem o surgimento de outros valores que tem contribuído para o
aumento das desigualdades existentes na sociedade brasileira. Esses sujeitos,
geralmente são moradores de bairros da periferia, desestimulados, carentes de
ideais, explorados pelo capital.
A inserção dos jovens no mercado de trabalho é percebida nos últimos anos,
como indispensável para a formação de sua identidade e reconhecimento no grupo
em que está inserido. A busca sem limite de ter e ser reconhecido nesse grupo os
leva a definirem outros interesses, distantes da escola. O conhecimento científico
transmitido por ela, na perspectiva desses jovens, embora necessários, são
colocados em segundo plano, priorizando sempre o trabalho.
Sobre esta questão Madeira (1986) coloca que, para os jovens, liberdade
significa ter autonomia para utilizar seu dinheiro ganho com o seu trabalho, para o
consumo de bens que os identificam como jovens. Essa luta para construir sua
identidade por meio da liberdade e autonomia, faz com que eles se insiram cada vez
mais cedo no mercado de trabalho, onde muitas vezes se vêem obrigados a
abandonar a escola para trabalharem.
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As justificativas que buscam explicar as dificuldades de aprendizagem da
classe explorada têm servido de condição para a manutenção da burguesia no
poder, e é hoje um dos maiores fatores que tem contribuído como empecilhos à
democratização das oportunidades de acesso e permanência da maioria dos jovens
provenientes da classe popular em nossas instituições escolares.
É preciso avançar em relação às práticas desenvolvidas na escola e vencer
os mitos e preconceitos de que os alunos não conseguem aprender porque são
desinteressados, agressivos e indisciplinados. É necessário criar estratégias para
trabalhar com eles, para modificar seu pensamento e fazer com que percebam que
são capazes, e que o conhecimento sistematizado produzido historicamente é
indispensável para mudar essa realidade que tem contribuído para mantê-los à
margem da sociedade.
No mundo contemporâneo, construído sob a forma de produção capitalista a
formação dos professores tem sofrido devido à sua desvalorização e ao seu
esvaziamento. Tal fato é caracterizado pela desqualificação do professor no que diz
respeito ao ato de ensinar, conhecimentos científicos historicamente sistematizados.
Hoje essa prática busca dar ênfase nos saberes experienciais de senso comum,
desvalorizando o saber objetivo.
Segundo Martins (2009, p. 451),
Verifica-se um forte apelo às estratégias educacionais contextuais e individualizadas, que sugerem formação escolar centrada em atividades cotidianas, quer da vida, quer da sala de aula. O saber particularizado, o saber da experiência adquire grande importância, ocupando um lugar outrora concedido aos conhecimentos clássicos.
Essa ideia está fortemente embasada nos documentos oficiais de âmbito
nacional, cujo discurso ideológico, dizem respeito à adequação dos indivíduos às
novas exigências da sociedade moderna, onde o sujeito deve saber fazer, saber
aprender a aprender e pensar criticamente por si só, se adaptando ao novo mundo,
cabendo à escola o papel de auxiliar nesta missão. Sob esta ótica, o professor perde
a sua função específica de ensinar, não precisa de muita qualificação, mas para que
as escolas busquem dar conta das exigências, são criados mecanismos de controle
pelo Estado por meio de avaliações tais como: Sistema Nacional de Avaliação da
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Educação Superior (SINAES), Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB),
Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC/“Prova Brasil”) e Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Para Martins (2009), precisa-se lutar contra a alienação, na busca da
valorização do professor para que tenha uma sólida formação profissional no
domínio teórico, metodológico e técnico. Tal capacitação deverá ser ofertada
continuamente, para que possa exercer a profissão de modo a atender seus alunos
da classe menos favorecida, com buscas a reconhecer as circunstâncias histórico-
sociais em que vivem e a necessidade de transformação, com vistas a mudar as
condições de exploração em que se encontram. Para que isso aconteça, a autora
acredita em uma formação embasada nos preceitos do materialismo histórico
dialético e em fundamentos da psicologia vigotskiana.
Nessa concepção, as Diretrizes Curriculares que norteiam a educação básica
do Estado do Paraná trazem como referência a Pedagogia Crítica, que tem como
princípio a valorização da escola como espaço social democrático que deve por
meio do conhecimento levar o aluno a compreender as relações sociais de maneira
crítica e histórica nas suas contradições políticas e econômicas para buscar sua
transformação.
Os sujeitos são entendidos como históricos e ideologicamente constituídos.
Nesta perspectiva, privilegia metodologias que priorizem diferentes formas de
ensinar, aprender e avaliar. A concepção de conhecimento deve compreender as
suas várias dimensões: científicas, filosóficas e artísticas, enfatizando a importância
de todas.
Desta forma, deve-se pensar na construção de um currículo de caráter
político que possibilite um projeto pedagógico vinculado a um projeto social. O
currículo da Educação Básica deve ofertar ao aluno, uma formação que ofereça
condições para que ele busque a transformação da realidade social, econômica e
política de seu tempo.
Devem-se valorizar os conhecimentos específicos de cada disciplina para que
não haja o esvaziamento dos conteúdos disciplinares dando espaços aos chamados
temas transversais, como tem ocorrido nos últimos anos conforme as diferentes
tendências pedagógicas do século XX, que contribuíram para a reprodução da
cultura dominante.
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Diante desse pensamento pedagógico na perspectiva das teorias críticas da
educação, que vem nos últimos anos sendo discutidas e permeando as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, se faz necessário compreender melhor essa
proposta pedagógica. Embora nestes documentos não esteja clara a tendência que
se deve seguir, acredita-se como melhor opção o desenvolvimento de uma proposta
educativa que atenda a maioria da população, ou seja, aquela fundamentada no
materialismo histórico dialético, a Pedagogia Histórico-Crítica.
Essa teoria surgiu por volta de 1984 dando prosseguimento às reflexões da
obra intitulada “Escola e Democracia” de Dermeval Saviani. Este autor procurou dar
um novo ânimo aos debates dos grupos de esquerda que buscava uma educação
voltada para a maioria da sociedade explorada pela classe dominante. Segundo
Saviani (1991) surgiu como superação das teorias Não Critica e Critico
Reprodutivistas da educação.
A Teoria Não Critica segundo o referido autor, concebia a educação como
instrumento de equalização social e superação da marginalidade. A sociedade é
concebida como harmoniosa basta integrar seus membros. Cabe à educação
adaptar o sujeito na sociedade que já está pronta. Nesse grupo se situam a
Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e a Pedagogia Tecnicista.
Nas teorias Criticas-reprodutivista, a escola entende que existe a dominação,
mas não consegue avançar, ela nada pode fazer. Tentam explicar o funcionamento
escolar, mostrando que a escola na sociedade capitalista reproduz a dominação e
exploração presente nas relações sociais. Neste grupo se situam a Teoria da Escola
como Aparelho Ideológico de Estado e a Teoria da Escola Dualista.
Em oposição a essas teorias, a Pedagogia Histórico-Critica segundo Scalcon
(2002) tem sua raiz nos princípios filosóficos e políticos fundamentados em estudos
realizados por Marx e Engels sobre o modo de produção capitalista. Nesse sentido,
a filosofia que a fundamenta é o materialismo histórico e dialético e agrega os
princípios psicológicos com a perspectiva da psicologia Histórico-Cultural elaborada
por Vigotski e seus colaboradores.
O materialismo histórico fundamenta-se na observação da realidade a partir
das condições concretas vivenciadas na coletividade pelos homens em todo
momento histórico postos pela produção material para a manutenção de sua
subsistência.
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Gasparin e Petenucci (2008, p. 5) colocam que os fundamentos que
embasam a Pedagogia Histórico-crítica e o materialismo histórico dialético
preconizados por Marx são:
a interpretação da realidade; a visão do mundo; práxis (a pratica articulada a teoria); a materialidade (organização dos homens em sociedade para a produção da vida); e a concreticidade (caráter histórico sobre a organização que os homens constroem através de sua história).
A dialética tem como princípio básico a contradição. Para pensar a realidade
segundo o materialismo dialético não se pode compreender os fenômenos humanos
e sociais sem conhecer o contexto histórico no qual se desenvolvem.
A dialética é uma metodologia própria das ciências sociais. Para Saviani
(2008), no processo dialético o mais importante é o conhecimento critico que
possibilite uma prática que transforme a realidade, tendo como base os
conhecimentos histórico-sociais.
A Pedagogia Histórico-Crítica, segundo Scalcon (2002, p. 3) pode ser
classificada “[...] como uma teoria histórica por compreender a educação a partir do
desenvolvimento histórico da sociedade e por buscar uma concepção histórica do
ser humano. É crítica porque tem consciência do condicionamento que a sociedade
exerce sobre ela”.
Saviani (2008) vai além, quando coloca que essa perspectiva, também é
revolucionária porque propõe que a educação mesmo conhecendo os mecanismos
impostos pelo capitalismo, se organiza para a transformação dessa sociedade,
atuando como mediadora das consciências.
Para que isso ocorra é preciso que as aulas sejam planejadas de maneira que
leve os alunos a uma nova atitude de prática, ao conhecer sua realidade imediata
por meio do conhecimento científico sistematizado, devem retornar à sociedade com
uma nova proposta de ação, para uma organização mais justa e igualitária.
Assim, o ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva Histórico-
Crítica é o retorno à prática social. Desta forma, na construção do conhecimento no
método dialético três passos são necessários: prática-teoria-prática. Cabe à escola
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criar condições para a transmissão e assimilação dos conhecimentos que precisam
ser aprendidos pelos homens.
O saber escolar na perspectiva Histórico-Crítica, segundo Saviani (2008,
p. 62),
[...] pressupõe a existência do saber objetivo e universal. Aliás, o que se convencionou chamar de saber escolar não é outra coisa senão a organização sequencial e gradativa do saber objetivo disponível numa etapa histórica determinada para efeito de transmissão e assimilação ao longo do processo de escolarização.
O conhecimento que o professor pretende transmitir, pode não ser de
interesse do aluno, portanto cabe ao professor fazer essa mediação, para que ele
compreenda de forma sintetizada como se dá a divisão de trabalho no processo
produtivo.
A contribuição do Método Histórico Dialético é possibilitar ao professor
desenvolver uma prática voltada para a leitura da realidade. Para a reflexão sobre as
contradições existentes historicamente, percebidas nas relações de produção da
sociedade que tem alienado o homem, tirando dele a sua subjetividade, e assim
contribuir para que ele, nas suas ações diárias, contribua para que o aluno interprete
essa realidade com o objetivo de transformá-la.
Conhecer a realidade do aluno é o primeiro passo para o educador buscar
planejar melhor as ações na escola. Outro aspecto necessário que o professor
precisa perceber é se seu aluno está se apropriando dos conceitos disponibilizados
por ele, se a aprendizagem está acontecendo de fato.
4.1 APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO, NA PERSPECTIVA
HISTÓRICO-CULTURAL
Para que o professor possa conduzir seus trabalhos com eficácia é preciso
que escolha um método de ensino e aprendizagem pautado em teorias que efetivem
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na prática resultados positivos. Para que isto ocorra se faz necessário compreender
a relação entre aprendizagem e desenvolvimento.
Para o encaminhamento de como se desenvolvem os processos de
aprendizagem e desenvolvimento dos conceitos elementares e científicos,
utilizaremos como suporte, a Teoria Histórico-Cultural, fundamentada no Marxismo,
a qual tem no trabalho, no uso de instrumentos e na interação dialética entre o
homem e a natureza, a sua base teórica.
Esta perspectiva ganhou importância no ocidente por volta dos anos de 1970
e no Brasil, em 1980. Destacamos como seu precursor, o pensamento de Vigotski
que em suas pesquisas buscou estudar o homem e seu mundo psíquico como uma
construção histórica e social da humanidade.
No entendimento dessa teoria, o conhecimento se dá na interação sujeito-
objeto por meio de ações mediadas socialmente. Essa visão vem estabelecer a
importância da educação escolar e do professor como mediador entre a
aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
Para Vigotski (1989) o homem é um ser biológico, psicológico e social que se
desenvolve na natureza. Ele coloca que a criança é um ser em desenvolvimento e
as mudanças que ocorrem nela não acontecem de forma lenta e gradual, mas por
saltos, seguidos de períodos de estagnação e inibição. Busca superar a ideia de que
a compreensão do desenvolvimento do psiquismo humano se limita ao
desenvolvimento embrionário das funções psíquicas elementares, onde a maturação
cerebral dependeria da maturação orgânica da criança, ele acrescenta a esta o
fenômeno histórico social. Porém, não deixa de dar importância aos fatores
biológicos, uma vez que considera impossível estudar o desenvolvimento das
funções superiores sem o estudo de suas raízes biológicas. Segundo o autor,
Podemos distinguir, dentro de um processo geral de desenvolvimento, duas linhas qualitativamente diferentes de desenvolvimento, diferindo quanto à sua origem: de um lado, os processos elementares, que são de origem biológica: de outro, as funções psicológicas superiores de origem sócio-cultural. A história do comportamento da criança nasce do entrelaçamento dessas duas linhas (VIGOTSKY, 1989, p. 52).
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Vigotski (1989) se apropria das ideias do marxismo para atribuir ao trabalho a
condição fundamental para a existência do homem. Por meio do trabalho, condição
necessária para a sua sobrevivência, ele necessitou criar instrumentos e
desenvolver a linguagem para facilitar o uso coletivo desses instrumentos. O homem
é diferente das outras espécies pela sua capacidade criadora, a falta de meios
naturais para se adaptar a natureza, o homem transformou-a para adaptá-la à sua
realidade. As mediações simbólicas que o homem construiu no decorrer de sua
existência se constituem em elementos fundamentais da cultura humana e
viabilizam o pensamento.
Este fato trouxe transformação e a hominização do cérebro, dos órgãos de
atividades externas e dos órgãos dos sentidos. Fazendo uma análise das teorias de
Vigotski sobre esta questão, Facci (2004, p. 201) acrescenta que, “foi a atividade
com outros homens, na busca de suprir suas necessidades, transformando a
natureza, que constituiu a base material objetiva da estrutura específica da atividade
do indivíduo humano”.
Para Leontiev, Luria e Vigotski (1998) o homem como se apresenta hoje, é
resultado do processo da evolução biológica das espécies animais o que possibilitou
o aparecimento do homo sapiens, mas é também, o resultado do processo de
desenvolvimento histórico que fez do homem primitivo civilizado. A maneira como
ele foi se apropriando da cultura humana desenvolveu formas de conduta que
contribuíram para modificar as funções psíquicas e criar novos níveis no
desenvolvimento humano.
Engels (1986) acrescenta que as modificações que foram ocorrendo no
homem no decorrer de sua história, só podem ser entendidas tomando como base, o
trabalho. A partir do momento que ele começou a utilizar algum objeto como galho
ou pedra para alcançar algo distante de si ou caçar algum animal, esta ação deixou
de ser instintiva e passou a ser racional.
Leontiev (1978) coloca que o trabalho é uma atividade social, por meio dele o
homem exerce uma ação sobre a natureza e se relaciona com o outro por meio da
comunicação, a linguagem é que vai dar condições para o uso coletivo dos
instrumentos criado por ele.
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Vigotski (1989) coloca que, é na produção material que o pensamento se
estrutura e, assim, conclui-se que a base das representações das ideias na
perspectiva Histórico-Cultural é dada no e pelo trabalho.
Os signos estão relacionados com as funções psíquicas e influem na conduta,
são utilizados para auxiliar na tarefa psicológica como memorizar, comparar,
classificar, e outros. Os instrumentos são construídos pelo homem para o
desenvolvimento do trabalho. Para ele os signos ampliaram as possibilidades humanas
de transformar a natureza e consequentemente a própria consciência humana. Leontiev
(1978) a esta questão acrescenta que, o homem ao transformar a natureza, modifica a
si próprio, ao executar determinada tarefa no trabalho vai modificando sua anatomia
para melhor exercer determinada tarefa e se adaptar ao meio.
Para entender melhor sobre como o pensamento se processa no indivíduo, na
perspectiva Histórico-Cultural, é preciso entender que as funções complexas do
pensamento (atenção, percepção, memória, imaginação, sentimentos, raciocínio e
outras) são históricas, estão em constante transformação e se desenvolvem na
interação social e as funções elementares que são produtos da evolução biológica
são caracterizadas pela ausência de uma realização consciente, mas também,
podem ser historicamente transformadas.
Na relação que estabelece com o mundo natural e o mundo simbólico, a
criança vai abstraindo dos objetos características imediatas que formam as suas
representações individuais, e esses conceitos elementares vão constituir o ponto de
partida para a formação de conceitos mais complexos acerca da realidade em que
está inserida.
Sobre a formação da consciência individual Mori e Galuch (2008, p. 18)
colocam que, ela é historicamente determinada e é produzida no social, tudo o que é
construído na consciência do indivíduo foi produzido antes no coletivo, pelo social.
“[...] nas atividades partilhadas, o sujeito apropria-se e reconstrói internamente o
que, em primeiro momento, eram valores e conceitos disponíveis universalmente,
isto é, eram sociais”. Este processo é mediado pelos signos e instrumentos. À
medida que o homem, de acordo com suas necessidades foi criando novos
instrumentos foi gerando outras necessidades e assim, exigindo dele novas
operações mentais para poder suprir essas necessidades.
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Vigotski (1989) coloca que a utilização de signos e instrumentos influencia de
maneira diferente o comportamento do indivíduo. Os instrumentos físicos
potencializam externamente a ação do homem, orientam a ação sobre o objeto,
enquanto os signos vão aumentar as possibilidades de ação das funções
psicológicas superiores. Quando internaliza a linguagem o homem transmite a
outras gerações os conhecimentos historicamente produzidos expressando o que
pensa e o que representa estas palavras em seu meio.
Para Vigotski (1998) internalização é a reconstrução de uma operação
externa no plano subjetivo, e isto acontece pela interação. No início as funções
psicológicas superiores e as funções psicológicas elementares na criança aparecem
separadas, os processos psicológicos superiores se desenvolvem à medida que ela
vai incorporando as formas superiores de conduta, produto da evolução histórica.
A comunicação auxilia no desenvolvimento mental da criança. À medida que
a criança vai ganhando autonomia com a utilização da linguagem, ela vai precisando
da participação do outro de seus diferentes conceitos e linguagem para formar o seu
próprio conceito. Facci (2004, p. 212) coloca que “o signo e a palavra é que permite
ao indivíduo dominar e dirigir suas próprias operações psíquicas, controlando o
curso de sua atividade e orientando-a de forma que resolva a tarefa proposta pelo
meio em que vive”.
Para Vigotski (1998) é na primeira infância que deve ser estimulada a criança
por ser nesta fase que está a raiz para o desenvolvimento dos processos que mais
tarde formará os conceitos, porém somente na adolescência é que eles vão se
desenvolver plenamente.
Nos primeiros dias de vida, o choro do bebê acontece devido às
necessidades biológicas, é uma reação instintiva, com o passar do tempo o choro e
gestos realizado por ele deixam de ser instintivos porque passa a provocar uma
ação do outro. Para o autor, no inicio o pensamento é caracterizado como
inteligência prática, o pensamento é pré-linguístico e a fala pré-intelectual. Quando a
criança brinca com o objeto, manuseia-o, mas não internaliza o significado que ele
tem com o meio físico, caracteriza o período pré-linguístico. No período da fala pré-
intelectual caracteriza-se pela forma instintiva que a criança se comunica, choro, riso
e na linguagem gutural.
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À medida que o adulto fala com a criança, apresenta diferentes brinquedos,
dizendo o nome, diferenciando cores, relacionando sons aos objetos, ele vai dar
condições mais elaboradas para a criança, desenvolvendo formas de percepção,
atenção, memória, raciocínio. Desta forma com o uso da linguagem a criança vai
exercendo controle sobre o meio e sobre si.
Para ele a formação de conceitos pode ser identificada nos seguintes
estágios: agrupamento sincrético, aqui as crianças fazem agrupamentos sem
estabelecer relação entre os objetos, sem a interiorização, o significado da palavra
não esta definido, os elementos de acordo com a percepção da criança estão
relacionados entre si em uma imagem, este período se caracteriza pelo ensaio e erro.
O segundo estágio é o pensamento por complexos, nesta fase ocorre a
formação de conexões, a criança começa a reunir figuras homogêneas no mesmo
grupo de acordo com relações objetivas que começa a descobrir nas coisas,
formando com elas o pensamento por complexos. Este se baseia em relações
concretas e reais entre seus componentes individuais.
O terceiro estágio do pensamento infantil é o da formação de conceitos, nesta
fase não há a união e a generalização dos elementos isolados, mas também ocorre
a capacidade de abstrair esses elementos separados sem as conexões reais e
concretas.
Para Vigotski (1998) aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados
desde o nascimento, antes de ir à escola, porém o aprendizado escolar produz algo
novo no desenvolvimento da criança, ele desperta vários processos internos que
surgem quando a pessoa se relaciona com outras pessoas ou com a ajuda de um
adulto. A ação mediadora do professor tem um papel importante na potencialização
das funções psicológicas superiores do educando, na escola isto ocorrerá por meio
dos conhecimentos e experiências produzida pela ciência, filosofia, arte, política e
outras objetivações genéricas que vai garantir a apropriação de características que
garanta ao sujeito a humanização. Vigotski (1989) propõe dois níveis de
desenvolvimento, o primeiro é denominado nível de desenvolvimento atual,
representa os processos de desenvolvimento que já foram atingidos pelo sujeito, se
apresenta como construção já efetivada, pois o indivíduo já consegue realizar a
atividade de forma independente e autônoma. O segundo nível é conhecido como a
zona de desenvolvimento próximo, representa as funções que se encontram em
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construção, nesta etapa a criança não consegue realizar a atividade sozinha, mas
consegue fazer imitando o adulto. Por meio da imitação orientada pelos adultos ela
no futuro terá condições de realizá-la de forma independente e com autonomia.
Para Vigotski (1993) o bom ensino é aquele que provoca o desenvolvimento
da criança, porém é importante que ele se apresente condizente com o nível de
desenvolvimento dela, sendo necessário que o professor conheça o nível de
desenvolvimento e as possibilidades de aprendizagem.
Segundo Duarte (2007, p. 98),
Cabe ao ensino escolar, portanto a importante tarefa de transmitir a criança os conteúdos historicamente produzidos e socialmente necessários, selecionando o que desses conteúdos encontra-se, a cada momento do processo pedagógico na zona de desenvolvimento próximo.
Para Duarte (2007), quando o conteúdo transmitido pelo professor estiver no
nível além do que a criança pode compreender, não terá sucesso, ela não
conseguirá apropriar-se do conhecimento e não desenvolverá as funções
psicológicas superiores a ele correspondente. Também se o conteúdo escolar só
exigir dela aquilo que ela já realiza com autonomia, não permitirá o desenvolvimento
de nenhuma capacidade intelectual.
É necessário que o professor compreenda como se estabelece o processo de
desenvolvimento e aprendizagem, que ele consiga perceber o que o seu aluno já
consegue realizar com autonomia e aqueles que ainda estão em construção, onde a
princípio a criança consegue realizar com a ajuda do outro mas, que no futuro
poderá fazê-lo de forma autônoma.
Fontana e Cruz (1997, p. 66) colocam que o professor tem um papel importante
no desenvolvimento das pessoas. Assim, quando o professor “faz junto, demonstra,
fornece pistas, instrui, dá assistência, ele esta interferindo no desenvolvimento
proximal de seus alunos, contribuindo para a emergência de processos de elaboração
e de desenvolvimento que não ocorrem espontaneamente”.
Para Vigotski (1998) o objetivo da escola é levar a criança a aprender o novo.
A aprendizagem estimula uma série de funções que estão em amadurecimento
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promovendo o desenvolvimento da criança. É preciso, no entanto, que ao ministrar
um conteúdo o aluno internalize-o para poder desenvolver as formas de
pensamentos que estão em processo de elaboração. É fundamental que o professor
privilegie a qualidade e não a quantidade.
O ensino e a aprendizagem devem vir antes do desenvolvimento. Para ele a
aprendizagem ocorre de fora para dentro, de acordo com os estímulos que os
indivíduos recebem no decorrer de sua vida.
Facci (2004 p. 230) acrescenta “o desenvolvimento das funções psicológicas
superiores depende da convivência dos seres humanos com seus pares, de modo a
haver a superação do biológico pela utilização de mediadores produzidos suprindo
as necessidades postas historicamente”.
A humanidade não é dada naturalmente ao homem, ele não nasce sabendo
sentir e pensar, ele precisa aprender, é na escola, na interação com o professor por
meio de um processo educativo, com um currículo organizado, metodologias
adequadas, que vai possibilitar ao sujeito o acesso a conhecimentos sistematizados
produzidos historicamente no social, onde individualmente novas estruturas mentais
vão aparecer, levando-o ao domínio de novas atividades impulsionando o seu
desenvolvimento cognitivo.
4.2 METODOLOGIA DE TRABALHO NA PERSPECTIVA DIALÉTICA
O desenvolvimento do trabalho pedagógico que se propõe neste estudo é
fundamentado pelo método proposto pela pedagogia Histórico-Crítica que vai da
prática social inicial a nova prática social pela mediação da teoria. Essa teoria
compreende que a apreensão do conhecimento científico cultural, na escola
acontece por meio das três fases do método dialético: prática-teoria-prática.
Vasconcellos (1994) coloca que devemos partir da prática em que esta mos
inserido como desafio para a transformação. Por meio da reflexão crítica e coletiva
buscar subsídios para conhecer a realidade, suas leis e contradições para saber
como agir procurando transformá-la na direção desejada.
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A metodologia dialética proposta por estas três fases se desenvolve nos cinco
passos propostos por Saviani onde Gasparin (2005) se orientará para a elaboração
de uma didática a ser implementada em sala de aula pelos professores, e propõe
uma educação crítica e transformadora.
Gasparin (2005) coloca que os professores e alunos devem ter uma nova
postura em relação aos conteúdos e a sociedade, pois a aprendizagem escolar
deverá consistir em,
[...] domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder [...] Implica que seja apropriado teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e na transformação da sociedade (GASPARIN, 2005, p. 2).
4.2.1 Fases da metodologia dialética
4.2.1.1 Primeira fase do método: prática social do conteúdo
Esta fase tem seu ponto de partida no conhecimento que professor e aluno
têm do conteúdo a ser desenvolvido nas aulas, em níveis diferenciados. No
processo de construção do conhecimento é o nível de desenvolvimento atual do
educando. Caracteriza-se na preparação do aluno para a construção do
conhecimento escolar. O primeiro contato que o mesmo mantém com o conteúdo a
ser desenvolvido pelo professor, o já conhecido, as experiências pessoais, as ideias
que possui sobre o assunto que acumulou nas suas relações que estabelece na sua
vida social e que possibilita agirem na busca de solucionar os problemas cotidianos.
Nessa fase a compreensão que o aluno possui em relação à realidade é uma
percepção do senso comum, empírica, confusa, sincrética, onde tudo aparece como
natural. Em relação à mesma realidade social o professor se posiciona de maneira
mais clara e mais sintética, uma vez que ele deve ter planejado e preparado o
caminho que o aluno deverá percorrer, conduzindo seu trabalho com segurança
dentro de uma visão de totalidade.
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Nesta etapa o aluno não tem clareza dos conceitos científicos propostos e a
sua importância social. Os dados levantados na busca de verificar o que os alunos já
sabem e qual o seu uso na vivência cotidiana sobre os conteúdos a serem
desenvolvidos na sala de aula devem ser encaminhados de maneira que os
educandos percebam o que eles já conhecem na sua prática cotidiana.
Com base no que foi descrito podem-se definir como procedimentos práticos
nesta etapa, duas formas de conduzir os trabalhos: a primeira, o anúncio dos
conteúdos apresentando os objetivos da aprendizagem, a segunda, fazer o
levantamento das questões sobre a vivência cotidiana do educando sobre o
conteúdo para descobrir o que já sabem e desafiá-los para novas curiosidades sobre
o tema proposto para que digam o que gostariam de saber a mais.
4.2.1.2 Segunda fase do método: problematização, instrumentalização e catarse
Este segundo momento consiste na teoria: zona de desenvolvimento
imediato. Todas as questões que foram levantadas sobre o cotidiano imediato dos
alunos conduz à busca de uma teoria que explique essa realidade.
A teorização permitirá ao aluno passar do senso comum da explicação
particular e única da realidade para conceitos científicos que permitem a compreensão
da realidade em todas as suas dimensões por meio de juízos universais. Esta fase
estrutura-se em três passos: problematização, instrumentalização e catarse.
4.2.1.2.1 Problematização
Nesta etapa busca-se identificar os problemas percebidos no cotidiano da
vivência social do educando relacionando ao conteúdo que será trabalhado pelo
professor, “[...] trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito
da prática social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar”
(SAVIANI, 1991, p. 80).
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Portanto esta etapa constitui-se em um desafio, criação de uma necessidade
para que o educando por meio do conteúdo escolar mediado pela ação do professor
seja apreendido por ele.
Nesta relação dos conteúdos com a prática social que vão surgindo ás
questões que por meio do conteúdo específico podem ser encaminhadas e
resolvidas, justificando-se as razões da necessidade do conhecimento do conteúdo
escolar, criando significado para o que vai ser desenvolvido na aula.
Desta forma, deve-se fazer uma seleção de perguntas por meio de questões
problematizadoras, levando em conta as dimensões científica, conceitual, cultural,
social, política, ética, econômica, religiosa, histórica, entre outras, de acordo com os
aspectos que se deseja abordar com o tema, considerando os seus múltiplos
olhares.
A problematização é a etapa que vai desencadear todas as atividades que os
alunos irão desenvolver no processo de construção do conhecimento. As questões
selecionadas sobre os conteúdos serão trabalhados na fase de Instrumentalização.
Segundo Gasparin (2005, p. 49) a fase da problematização para o professor
“[...] implica uma nova maneira de estudar e preparar o que será trabalhado com os
alunos: o conteúdo é submetido a dimensões e questionamentos que exigem do
mestre uma reestruturação do conhecimento que já domina”.
4.2.1.2.2 Instrumentalização
Este é o terceiro passo do método, é o momento que ocorre o estudo dos
conteúdos propostos que se efetiva quando começa a serem dadas as respostas às
questões levantadas da prática social, que foram consideradas relevantes na fase
anterior da problematização.
Professores e educandos efetivam aos poucos, o processo dialético de
construção do conhecimento escolar que vai do empírico ao abstrato para o
concreto. Neste momento a visão do aluno sobre os conteúdos escolares deve
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passar da síncrese à síntese, realizando as operações mentais de analisar, deduzir,
explicar, generalizar, comparar, criticar, conceituar, julgar e outras.
O conteúdo científico é analisado e comparado com o conhecimento
cotidiano, mediado pelo professor, de forma que ele seja incorporado não de forma
neutra, pois, aluno, professor e conteúdo são condicionados por vários aspectos
provenientes do meio em que estão inseridos. A incorporação dos conteúdos deve
ser, não apenas como exercício mental, mas como uma necessidade social.
4.2.1.2.3 Catarse
Neste momento o aluno irá mostrar o quanto ele aprendeu e até onde se
aproximou da solução dos problemas anteriormente levantados sobre o conteúdo da
aula.
Esta é a fase de sistematização, o aluno deve dizer o que compreendeu de
todo o processo de trabalho e expressar uma nova maneira de ver a prática social.
Uma postura mais consistente, uma nova posição em relação ao conteúdo.
Neste momento segundo Gasparin (2005, p. 128),
O educando mostra que, de um sincretismo inicial sobre a realidade social do conteúdo trabalhado, conclui agora com uma síntese, que é o momento em que ele estrutura em nova forma, seu pensamento sobre as questões que conduziram seu processo de aprendizagem. É o momento em que indica quanto incorporou dos conteúdos trabalhados, qual o seu novo nível de aprendizagem.
Na síntese o aluno não percebe mais a realidade conhecida como natural,
mas é histórica porque é produzida intencionalmente pelos homens, atendendo as
necessidades de grupos situados em determinado tempo e espaço.
O aluno mostrará o que aprendeu por meio de avaliação realizada pelo
professor utilizando-se de instrumentos com critérios definidos, pode ser realizado
de maneira formal ou informal. O aluno deverá traduzir oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo o processo de trabalho.
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- 25 -
Na catarse o aluno aprende um conteúdo que tem significado e utilidade para
a sua vida.
4.2.1.3 Terceira fase do método: prática social final do conteúdo
Esta fase representa traduzir na prática a teoria estudada tendo em vista os
objetivos da unidade de estudo, as dimensões do conteúdo e os conhecimentos
adquiridos. O aluno retorna à prática social, com uma nova postura, modificada
intelectualmente. A teoria possibilitará um novo suporte para a nova prática que
segundo Gasparin (2005, p. 144) por meio da ação pedagógica direcionada
corretamente será alterada qualitativamente. Para ele nesta etapa ocorre uma nova
prática social final, um novo nível de desenvolvimento atual do educando, uma nova
ação a partir do que foi estudado. “Professor e aluno ao reconstruírem o conteúdo
passam de um estágio de menor compreensão para um estágio maior, uma fase de
maior clareza e compreensão dessa mesma concepção dentro da totalidade”.
Este é o momento em que o aluno a partir do conteúdo trabalhado assumirá
um compromisso de usá-lo no seu cotidiano, que deverá ultrapassar o que foi
ensinado na escola, levando-o a um fazer prático teórico.
Para Saviani (1991) é importante que a compreensão teórica possibilite ao
educando traduzi-la em atos, pois somente uma prática efetiva é que demonstrará a
compreensão da teoria.
Esta proposta didática pedagógica consiste basicamente em dois pontos. O
primeiro é a manifestação da nova atitude prática do aluno, a sua nova postura
mental em relação à realidade estudada. Como agirá no seu dia a dia diante da nova
maneira de compreender o conteúdo estudado. O segundo ponto é a proposta
concreta da ação. Professores e alunos realizam um plano de ação de acordo com
os conteúdos trabalhados prevendo o que cada aluno individualmente ou
coletivamente fará no seu cotidiano dentro e fora da escola. São as ações que o
aluno se propõe a executar após o novo conhecimento científico adquirido para o
exercício social.
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5 ATIVIDADES A SEREM TRABALHADAS
As atividades serão desenvolvidas em etapas como seguem:
5.1 1ª ETAPA
Na primeira etapa pretendemos fazer a apresentação da proposta de
intervenção junto aos professores, com uma pesquisa de campo para coleta e
análise de dados sobre as possíveis causas da evasão dos alunos do período
noturno, aplicando questionários1 aos professores, pedagogos, direção, à família e
aos alunos.
Tenciona-se ainda fazer uma discussão sobre os dados obtidos na pesquisa
de campo, bem como uma reflexão a respeito das práticas pedagógicas no interior
da escola, visando minimizar o problema da evasão no Colégio.
Serão promovidos momentos de leitura e reflexão para discutir a respeito
dessas práticas inovadoras usando como referência o trabalho de vários autores,
entre eles João Luiz Gasparim que se fundamenta na dialética prática-teoria-prática,
dentro de uma perspectiva histórico-crítica. As leituras sugeridas são:
• “Uma didática para a pedagogia histórico-crítica”, de João Luiz Gasparin,
obra na qual o autor procura delinear os cinco passos propostos pela
metodologia dialética o qual contribuirá com o trabalho que está sendo
proposto;
• “Relação entre abandono Escolar no Ensino Médio e Desempenho Escolar
no Ensino Fundamental Brasileiro”. Autores Anaury Patrick Gremaud,
Alexandre Chibebe Nicolella, Luiz Guilherme Scorzafave, Guena de
Oliveira, Tufi Machado Soares e Walter Beluzzo Junior, Fundação para
1 Vide Apêndices.
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- 27 -
Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia
(Fundace) de Ribeirão Preto;
• “Os determinantes do Fluxo Escolar entre o Ensino Fundamental e o
Ensino Médio no Brasil” dos professores André Portela Souza, Bruno
Oliveira e Vladimir Ponczek, Pesquisadores do Centro de Microeconomia
Aplicada da EESP-FGV. Pesquisas divulgadas na Revista Nova Escola
nº 239 janeiro/fevereiro 2011.
Saber mais sobre a pesquisa no site:
• MARTINS, Lígia Márcia. Formação de Professores: desafios
contemporâneos e alternativas necessárias. In: Marx, Gramsci e Vigotski:
Aproximações. Organizadores: Sueli Guadelupe de Lima Mendonça,
Vandeí Pinto da Silva, Stela Miller. Araraquara, SP: Junqueira & Martins;
Marília, SP; Cultura Acadêmica, 2009;
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – n. 9.394/06. Brasília,
DF: MEC, 1996 (p. 13-36);
• SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras
aproximações. 10. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008;
• MORI, N. N. R.; GALUCH, M. T. B. Aprendizagem e desenvolvimento das
funções complexas do pensamento, na perspectiva histórico-cultural. In:
______ . (Org.). A aprendizagem e Desenvolvimento: intervenção
pedagógica para pessoas com deficiência sensorial auditiva. Maringá:
Eduem, 2008. p. 13-34.
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Após a leitura dos textos e livros escolhidos, propomos os seguintes
questionamentos:
a) De acordo com a teoria Histórico-cultural, qual a contribuição da educação
escolar e do professor no desenvolvimento das funções psicológicas
superiores?
b) Como o entendimento das psicologias do desenvolvimento pode ajudar a
melhorar seu desempenho enquanto professor?
c) Liste algumas sugestões que podem ser relevantes para a melhoria do
processo educativo levando em consideração a Psicologia do
desenvolvimento segundo a perspectiva Histórico cultural.
d) De acordo com a sua realidade escolar, você acredita que o baixo
desempenho escolar dos alunos no ensino fundamental contribui para o
abandono dos alunos no ensino médio?
e) A distorção série idade, também pode ser fator importante que contribui
para a evasão no Ensino Médio?
f) Que ações podem ser implementadas na escola com vista a minimizar a
evasão escolar no Ensino Médio noturno?
5.2 2ª ETAPA
Nesta etapa haverá momento para refletir sobre filme relacionado ao tema
trabalhado.
Sugestões de Filmes:
O Enigma de Kaspar Hauser (Alemanha, 1975), direção de Werner Herzog.
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O filme retrata a vida de um garoto que foi deixado na Praça de Nuremberg,
em maio de 1828. Ninguém sabia quem era e de onde vinha. Durante muitos anos
viveu trancado em um porão, tinha mais ou menos 15 ou 16 anos de idade. Não
sabia andar nem falar. O filme retrata a maneira que as interações sociais foram
sendo construídas entre o garoto e a comunidade e a maneira como as pessoas
tentaram inseri-lo no processo civilizatório daquela comunidade.
O menino selvagem é uma história verídica, que começa ha duzentos anos,
numa região da França chamada Aveyron. O menino foi encontrado por uma mulher
que andava a colher cogumelos. O rapaz vivia na floresta, onde fora abandonado
ainda bebê pelos seus pais. Não sabia falar nem ter comportamentos humanos por
viver com os animais da selva e longe do convívio humano.
Foi capturado por caçadores e levado para a civilização, mais propriamente,
para um colégio de surdos mudos por não conseguir comunicar com as outras
crianças, nem com os adultos. O médico Itard soube da sua existência e decidiu
levá-lo para casa e ensinar-lhe como viver na civilização. Com o passar do tempo, o
rapaz foi interiorizando e aprendendo o que lhe era ensinado. Chegou a fugir, mas
acabou regressando à casa de Itard, por perceber que não era capaz de sobreviver
longe da civilização. Assim, ele viveu até ao fim dos seus dias, cuidando do jardim e
da casa de Itard.
Após assistir os filmes indicados responder:
O Menino Selvagem (França, 1970) direção de François Truffaut.
O que torna o comportamento humano tão singular?
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5.3 3ª ETAPA
Elaboração de um plano de trabalho na perspectiva da Pedagogia Histórico-
crítica, tendo como referência os cinco passos propostos por Gasparin (2005 ).
Esta etapa será reservada para tirar dúvidas e orientar na execução de plano
de aula utilizando o método dialético, analisando os três exemplos que seguem:
5.3.1 Área de Português
INSTITUIÇÃO:
DISCIPLINA: Português
TEMA: Leitura e Produção de Texto de Opinião
HORAS-AULAS: 2
PROFESSORA:
OBJETIVO GERAL:
• Expressar suas ideias e opiniões de forma oral e escrita para aprimorar
sua capacidade comunicativa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Distinguir tipos de produção de texto;
• Desenvolver o hábito de ler para ter facilidade produção de texto de
opinião, de qualidade;
• Elaborar texto de opinião para apresentar em diferentes situações da vida
social;
• Reconhecer as diferentes vozes dentro de um texto.
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1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 Conteúdo
Produção textual
• Texto de Opinião.
1.2 Vivência do Conteúdo
a) O que os alunos já sabem:
• Os alunos sabem que texto de opinião é um tipo de produção textual.
• O texto de opinião deve conter a posição que o autor deve assumir em
relação a determinado tema.
b) O que gostariam de saber mais:
• Como conseguir produzir bom texto de opinião?
• No texto de opinião deve utilizar a 1ª pessoa?
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 Discussão sobre questões importantes de um texto de opinião.
• Porque os alunos têm dificuldades para escrever?
• Quais as características de um bom texto de opinião?
• Quais as etapas para trabalhar texto de opinião?
• Qual a função do texto de opinião?
• Qual a diferença de texto expositivo e argumentativo?
2.2 Dimensão do conteúdo a ser trabalhado:
• Conceitual: O que é um texto de opinião?
• Operacional: Como trabalhar texto de opinião?
• Escolar: Qual é o papel da escola no ensino da leitura e produção
textual?
• Social: Qual a importância de conhecer texto de opinião para a vida
social do indivíduo?
• Político: Porque muitas pessoas são facilmente persuadidas por
outras?
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• Ético: Os meios de comunicação são utilizados de maneira ética para
argumentar sobre temas relevantes para a sociedade?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 Ações didático-pedagógicas
• Leitura de textos sobre o tema, análise, pesquisa, produção de texto de
opinião.
3.2 Recursos humanos e materiais
• Professor, alunos, apostila, texto, livro, jornal, internet.
4 CATARSE
4.1 Síntese mental do aluno
• Texto de opinião é a forma que cada um tem de expressar suas ideias,
devendo ouvir as opiniões dos outros, na mesma proporção que opina.
• O texto de opinião é um gênero textual. Os gêneros textuais são
fenômenos históricos profundamente vinculados à vida cultural e social.
São manifestações lingüísticas concretas, constituindo textos
empiricamente realizados que cumprem funções diversas em
diferentes situações comunicativas.
4.2 Expressão da síntese
• Produzir um texto de opinião.
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 Nova postura prática
• Pesquisar mais sobre texto de opinião.
• Produzir textos.
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5.2 Ações dos alunos
• Ler textos em jornais e analisá-los.
• Reestruturar textos de opinião.
REFERÊNCIAS
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
PAZINI, Maria C. Oficina de textos: teoria e prática. Proleitura, Maringá: UNESP/UEM/UEL, ano 5, n. 19, p 4 - 5, abr. 1998.
5.3.2 Área de Matemática
INSTITUIÇÃO:
DISCIPLINA: Matemática
TEMA: A Matemática: Estudo de Geometria de Forma Lúdica
HORAS-AULAS: 2
PROFESSORA:
OBJETIVO GERAL:
• Construir com o aluno conteúdos básicos de Matemática, com
compreensão lógica, desenvolvendo conceitos matemáticos relacionados
aos corpos redondos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Identificar semelhanças e diferenças que permitam classificar e definir
objetos e figuras, verificando algumas propriedades;
• Identificar os sólidos geométricos em diferentes situações do cotidiano;
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- 34 -
• Diferenciar e classificar os sólidos geométricos em poliedros e corpos
redondos;
• Redescobrir as formas e compreensões dos corpos redondos;
• Fixar conceitos simples e elaborados, utilizando jogos.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 Conteúdo
a) Geometria
• Corpos redondos
1.2 Vivência do Conteúdo
a) O que os alunos já sabem:
• Os alunos sabem que a palavra Geometria é composta de duas
palavras gregas: geos (terra) e metron (medida). Esta denominação
deve a sua origem à necessidade que, desde os tempos remotos, o
Homem teve de medir terrenos.
• Geometria é o estudo das figuras geométricas.
• O mundo está cercado por figuras geométricas.
b) O que gostariam de saber mais:
• Quais as melhores técnicas para aprender geometria?
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 Discussões sobre a aprendizagem da Matemática, em especial a Geometria.
• Porque os alunos odeiam a Matemática?
• Existem métodos modernos para ensinar a gostar de Matemática e
aprender Geometria? Os jogos seriam estratégias viáveis para este
estudo?
• O Pedreiro no seu trabalho utiliza da geometria?
• Qual a diferença da matemática utilizada pelo Pedreiro e pelo
Engenheiro?
• Qual a diferença de figuras planas e dos sólidos geométricos?
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- 35 -
2.2 Dimensão do conteúdo a ser trabalhado:
• Conceitual: O que é Geometria?
• Histórico: Qual a origem da Geometria como ciência dedutiva?
• Operacional: Que estratégias se podem usar para facilitar o ensino dos
corpos redondos?
• Social: Qual a importância da Geometria para a sociedade?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 Ações didático-pedagógicas
• Pesquisa sobre as etapas para a resolução de um problema de
construção geométrica: das propriedades e da seqüência de
operações.
3.2 Recursos humanos e materiais:
• Professor, alunos, revistas, livros.
4 CATARSE
4.1 Síntese mental do aluno
• A Geometria como ciência dedutiva teve início na Grécia Antiga, cerca
de sete séculos antes de Cristo (a.C.), graças aos esforços de muitos
notáveis predecessores de Euclides, como Tales de Mileto (640 – 546
a.C.), Pitágoras (580 – 500 a.C.) e Eudoxio (408 – 355 a.C.).
• Platão interessou-se muito pela Geometria e ao longo do seu ensino
evidenciou a necessidade de demonstrações rigorosas.
4.2 Expressão da síntese
• Interessar-se pelo estudo de Geometria, buscando estratégias diversas,
incluindo jogos.
5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 Nova postura prática
• Revisar a matéria estudada sempre que puder.
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5.2 Ações dos alunos
• Formar grupo de estudo.
• Utilizar diversos recursos didáticos, dos quais fazem parte alguns
materiais concretos manipulativos, destacando jogos geométricos planos e
espaciais, do tipo “quebra-cabeça”, e jogos que utilizam espelhos,
dobraduras de papel.
REFERÊNCIAS
EVES, Howard. Tópicos de História da Matemática para uso em sala de aula: Geometria. Tradução de Higino H. Domingues. São Paulo: Unicamp, 1992. v. 3.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
GERDES, Paulus. Sobre o despertar do pensamento geométrico. Curitiba: UFPR, 1994.
5.3.3 Área de Sociologia
INSTITUIÇÃO:
DISCIPLINA: Sociologia
TEMA: Sexualidade e prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis
– DSTs
HORAS-AULAS: 2
PROFESSORA:
OBJETIVO GERAL:
• Compreender a importância da orientação sexual e da prevenção contra
as DSTs.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Evitar a banalização do corpo, da relação entre as pessoas;
• Buscar exercer com responsabilidade a vida sexual;
• Exercitar a consciência crítica para se ter condições de tomar decisões
equilibradas a respeito de sua sexualidade, com visão positiva sobre a
mesma.
1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 Conteúdo
• Sexualidade/DSTs
1.2 Vivência do Conteúdo
c) O que os alunos já sabem:
• Os alunos sabem que é perigoso manter relações sexuais com muitos
parceiros e sem usar preventivos.
d) O que gostariam de saber mais:
• Qual é o perigo de manter relação sexual sem responsabilidade.
• AIDS é uma doença sexualmente transmissível?
• Existem doenças sexualmente transmissíveis que podem matar?
• Na gravidez a mãe com algum tipo de doença sexualmente transmissível
pode passar para o filho?
2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 Discutir com os alunos a respeito das questões:
• A quem compete a formação da sexualidade dos adolescentes?
• Que contribuição a escola pode dar ao educando para que ele possa
desenvolver sua sexualidade com responsabilidade?
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- 38 -
• Quem é a pessoa indicada para falar sobre prevenção das DSTs?
2.2 Dimensão do conteúdo a ser trabalhado:
• Conceitual: O que é sexualidade responsável?
• Histórica: Quando as pessoas passaram a se preocupar com as DSTs?
• Operacional: Que atitude o professor pode tomar quando perceber que
seus alunos precisam ser orientados a respeito da sexualidade?
• Social: Como se pode ajudar a comunidade escolar a evitar as DSTs?
• Política: O governo investe o suficiente em campanhas preventivas?
• Ética: Diante do valor cada vez mais baixo da virgindade e o poderoso
apelo às relações sexuais precoces, qual seria a vantagem de se manter
virgem?
3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 Ações didático-pedagógicas
• Palestras sobre sexualidade e a prevenção contra as DSTs.
• Organização de um mural enfatizando a sexualidade e DSTs.
3.2 Recursos humanos e materiais
• Médico, professor, alunos, Internet, panfletos, folders, revistas, livros.
4 CATARSE
4.1 Síntese mental do aluno
• Não se podem ter relações sexuais com vários parceiros é preciso se
prevenir contra as DSTs que é um grupo de doenças transmitidas por
meio da relação sexual banalizada.
4.2 Expressão da síntese
• Produção de um texto individual mostrando a necessidade da sexualidade
responsável.
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5 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
5.1 Nova postura prática
• Ter respeito com o sexo oposto, agindo sempre com responsabilidade.
5.2 Ações dos alunos
• Participar de grupo sadio de jovens e debaterem sobre o assunto em
questão, orientados por pessoas habilitadas para isso.
REFERÊNCIAS
ARANTANGY, Lídia. Educação sexual: para além dos tabus. Revista Isto É, São Paulo, n. 1340, p. 94, jun. 1995.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
Tendo discutido a respeito dos planos apresentados, os professores se
reúnem por área de atuação e montam um plano com essa metodologia.
5.4 4ª ETAPA
Nesta etapa os educadores dão início à prática em sala de aula, sendo
orientados pelos pedagogos.
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6 CONSIDERAÇÃO FINAL
O presente trabalho pretende buscar o entendimento sobre os problemas
apresentados pelos educandos nos últimos anos no que diz respeito as causas que
os tem levado a abandonarem a escola, excluindo-os do sistema escolar, e que a
princípio parece ser impossível buscar na prática soluções para os problemas
econômicos e sociais que tem reproduzido em nosso país as desigualdades
existentes entre os homens.
No entanto, com vista ao enfrentamento desta problemática entendemos a
necessidade de buscar suporte teórico que sirva de reflexões e apoio para a prática
docente com o objetivo de contribuir para a efetivação de uma educação que atenda
igualmente todos os alunos, na tentativa de amenizar a evasão escolar.
Busca o estudo teórico e metodológico que permita professores e alunos a
pensarem na necessidade de uma educação que possibilite a transformação de
consciência na busca de uma sociedade emancipatória, que seja mais justa e
igualitária.
A teoria Histórico-Cultural compreende o homem como ser histórico,
construído por meio das relações sociais e das relações que estabelece com a
natureza. Busca enfatizar a escola como principal espaço para a socialização do
conhecimento, onde por meio dos conteúdos das diferentes disciplinas escolares
contribua para o desenvolvimento das funções psíquicas superiores como raciocínio,
percepção, atenção, memória e outros, promovendo o aperfeiçoamento intelectual
do indivíduo.
Ao fundamentar a teoria na perspectiva histórico-critica cuja a base se
encontra na dialética prática-teoria-prática, propõe que o professor deva partir do
cotidiano do aluno para uma nova prática social tendo como mediação nesse
processo a teoria. Para isso, se faz necessário um novo encaminhamento
metodológico de conduzir os trabalhos em sala de aula o que justifica a escolha da
proposta didática elaborada por Gasparin (2005), onde permite uma nova maneira
do professor atuar na sala de aula, cujo o objetivo é buscar uma nova direção para
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se pensar a escola, como um espaço comprometido com o ensino de
conhecimentos científicos significativos para o educando.
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REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
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APÊNDICE A - ENTREVISTA COM OS ALUNOS EVADIDOS
COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO – EFMPN PESQUISA SÓCIO ECONÔMICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
1. Idade:_______ 2. Sexo: ( ) F ( ) M 3. Série: _______ 4. Trabalha: ( )Sim ( ) Não 5. Profissão:_________________________________________________________ 6. Você gosta do seu trabalho? ( ) Sim ( ) Não 7. Quantas horas você trabalha por dia? ________________________________ 8. O seu salário contribui na renda familiar? ( ) Sim ( ) Não 9. Aproximadamente qual a renda familiar:
( ) Até um Salário Mínimo ( ) 01 a 02 Salários Mínimo ( ) 03 Salários Mínimo ( ) Acima de o3 salários Mínimo.
10. Quantas pessoas moram com você?
( ) uma ( ) duas ( ) três ( ) quatro ( ) cinco ( ) mais de cinco
11.Quem são as pessoas que moram com você? 12. Você tem acesso a internet? ( ) Sim ( ) Não 13. Bairro onde reside:_______________________________________________ 14. Qual a distância aproximada da sua casa até a escola ?
( ) até 500 m ( ) 500m a 1.000m ( ) 1.000m a 1.500m ( ) 1.500m a 2.000 ( ) acima de 2.000 m
15. A casa onde mora é:
( ) própria ( ) financiada ( ) alugada ( ) cedida ( ) outros 16. Depende de transporte escolar? ( ) Sim ( ) Não
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17. Qual o principal meio de transporte que você utiliza para chegar ao Colégio Estadual de Campo Mourão?
( ) à pé, carona, bicicleta; ( ) Transporte coletivo; ( ) Transporte escolar; ( ) Transporte próprio (carro/moto).
18 Você (aluno) já participou (a) de algum programa de Bolsa?
( ) Sim ( ) Não 19. Você reprovou alguma série ? ( ) Sim ( ) Não 20. Qual(is) Série(s) ?
Ens. Fund. (anos iniciais): ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série ( ) 4ª série Ens. Fund. (anos finais): ( ) 5ª série ( ) 6ª série ( ) 7ª série ( ) 8ª série Ensino Médio: ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série
21. Motivo da reprova:________________________________________________ ___________________________________________________________________ 22. Você já abandonou os estudos antes de concluir o ano letivo?
( ) Sim ( ) Não 23. Série que desistiu?
Ens. Fund. (anos iniciais): ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série ( ) 4ª série Ens. Fund. (anos finais): ( ) 5ª série ( ) 6ª série ( ) 7ª série ( ) 8ª série Ensino Médio: ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série
24. Qual o motivo da desistência?
( ) Escola distante da casa ( ) Falta de transporte escolar ( ) Dificuldade de aprendizagem do aluno ( ) Falta de interesse ( ) não quis freqüentar (problema com a direção, professores, colegas, outros motivos) ( ) Doença ( ) ajudar nos afazeres domésticos ( ) falta de vaga ( ) Os país ou responsáveis não deixaram estudar ( ) os pais ou responsáveis preferem que trabalhe ( ) falta de dinheiro para as despesas com matéria, transporte, uniforme, etc. ( ) trabalho ( ) mudança de cidade ( ) casamento ( ) gravidez ( ) outros motivos (descrever): _________________________________
25. Você retornou a escola ? ( ) sim ( ) não
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26. Caso não tenha retornado, você pretende voltar estudar? ( ) sim ( ) não 27. Qual o motivo do retorno? ___________________________________________________________________ 28. Os pais incentivam você a estudar? ( ) Sim ( ) Não 29. Você pretende continuar os estudos depois de completar o ensino médio? a) ( ) Não b) ( ) Sim, fazer faculdade. Qual curso? ________________________________ c) ( ) Sim, fazer curso profissionalizante. Qual? __________________________ d) ( ) não pensei ainda. 30. Você acha importante estudar? ( ) Sim ( ) Não 31. Para você qual a principal função da escola? ( ) preparar para o trabalho ( ) preparar para a cidadania ( ) preparar para o vestibular ( ) preparar para a vida ( ) outros, descrever _______________________________________________ 32. O que você aprende na escola você utiliza no seu cotidiano? ( ) sim ( ) não 33. Quais os benefícios que a escolarização traz para o indivíduo? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 34. Em sua opinião como a escola poderia se organizar para atender melhor os alunos trabalhadores? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Obs. Ao responder estas questões, o autor não será identificado. Elas servirão como base para pesquisa e análise no trabalho que a professora está desenvolvendo no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.
Obrigada
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APÊNDICE B - ENTREVISTA PARA OS PAIS
COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO – EFMPN PESQUISA SÓCIO ECONÔMICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
ENTREVISTA PARA PAIS
1. Idade:_______ 2. Sexo: () F () M 3. Profissão: ________________________________________________________ 4. Escolaridade do pai?
Ens. Fund. (anos iniciais): ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série ( ) 4ª série Ens. Fund. (anos finais): ( ) 5ª série ( ) 6ª série ( ) 7ª série ( ) 8ª série Ensino Médio: ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série Ensino Superior: ( ) completo ( ) incompleto
5. Profissão do pai:___________________________________________________ 6. Atualmente está trabalhando? ( ) sim ( ) não 7. Escolaridade da mãe?
Ens. Fund. (anos iniciais): ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série ( ) 4ª série Ens. Fund. (anos finais): ( ) 5ª série ( ) 6ª série ( ) 7ª série ( ) 8ª série Ensino Médio: ( ) 1ª série ( ) 2ª série ( ) 3ª série Ensino Superior: ( ) completo ( ) incompleto
8. Profissão da mãe: _________________________________________________ 9. Atualmente está trabalhando?: ( ) sim ( ) não 10. Você incentiva seu filho a estudar? ( ) sim ( ) não 11. Você procura a escola de seu filho (a):
( ) somente quando é chamado ( ) somente para buscar o boletim escolar de seu filho(a)
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( ) sempre, mesmo sem ser convocado, para verificar como esta a participação de do filho na escola
( ) nunca foi a escola 12. Você participa das reuniões quando convocado(a) pela escola?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes 13. Como é seu relacionamento com a Direção, Professores, Equipe Pedagógica e Funcionários da escola?
( ) ótima ( ) boa ( )regular 14. Porque seu filho (a) abandonou os estudos?
( ) Escola distante da casa ( ) Falta de transporte escolar ( ) Dificuldade de aprendizagem do aluno ( ) Falta de interesse ( ) não quis freqüentar (problema com a direção, professores, colegas, outros motivos...) ( ) Doença ( ) ajudar nos afazeres domésticos ( ) falta de vaga ( ) os pais ou responsáveis não deixaram estudar ( ) os pais ou responsáveis preferem que trabalhe ( ) falta de dinheiro para as despesas com matéria, transporte, uniforme, etc.) ( ) trabalho ( ) mudança de cidade ( ) casamento ( ) gravidez ( ) outros motivos
15. Em sua opinião qual a função da escola?
( ) preparar para o trabalho ( ) preparar para a cidadania ( ) preparar para o vestibular ( ) preparar para a vida ( ) outros, descrever
16. Quais as vantagens de concluir o Ensino Superior? ___________________________________________________________________ 17. Em sua opinião o que a escola poderia fazer para contribuir para que seu filho (a) não abandonasse os estudos? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Obs. Ao responder estas questões, o autor não será identificado. Elas servirão como base para pesquisa e análise no trabalho que a professora está desenvolvendo no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
Obrigada
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APÊNDICE C - ENTREVISTA PARA OS PROFESSORES
COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPO MOURÃO – EFMPN PESQUISA SÓCIO ECONÔMICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
ENTREVISTA PARA OS PROFESSORES
1. Nome:____________________________________________________________ 2. Quantos anos atua na educação? ____________________________________ 3. Disciplina que ministra no Ensino Médio? _____________________________ 4. Exerce outra função além do magistério ( ) sim ( ) não 5. Você conhece o Projeto Político da(s) escolas onde trabalha?
( ) sim ( ) não 6. Você contribuiu na elaboração do projeto político pedagógico do Colégio Estadual de Campo Mourão?
( )Sim ( ) Não 7. Em que momentos?_______________________________________________ 8. O PPP do Colégio Estadual de Campo Mourão é colocado em prática?
( ) Sim ( ) Não 9. Você conhece o regimento Escolar do Colégio Estadual de Campo Mourão? ( ) Sim ( ) Não 10. Em sua opinião qual a função da escola? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________