Nº 27 | Ano 9 |Maio a Agosto | 2017

Lúcia foi uma mulher de coração puro, com uma missão grandiosa no século XX.

P. Romano Gambalunga

A sessão solene de clausura da fase do Inquérito Diocesano do Processo de Beatificação e Canonização da Serva de Deus Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado teve lugar no dia 13 de Fevereiro de 2017, dia em que se assinalava o 12º aniversário da morte da Serva de Deus, no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra.D. Virgílio Antunes, bispo da diocese de Coimbra, afirmou que esta sessão solene de clausura «era ardentemente desejada por muitas pessoas do mundo católico», porque a vidente, é «pessoa notória na história de Fátima».Lúcia «gozou da fama de santidade», e a próxima fase deste processo passa pelo «envio à Congregação para as Causas dos Santos, onde se segue o processo romano», e desta forma há a «alegria do dever cumprido».O Bispo de Coimbra agradeceu a todos quantos se envolveram no processo desde o papa Bento XVII ao Santuário de Fátima e ao Carmelo de Coimbra, Promotor da Causa, concluindo que “o inquérito que hoje se encerra é fruto de muito trabalho, generosidade e muito amor à Igreja”.D. Virgílio Antunes explicou que estiveram envolvidos, entre outros, 2 bispos, 2 postuladores, 3 vice-postuladores, 8 pessoas que integraram a comissão histórica e 61 testemunhas. Dessas testemunhas, salienta-se 1 cardeal, 4 bispos e 34 leigos, cujas declarações e trabalhos resultaram num processo de 15.483 páginas, acomodadas em 19 caixas.O postulador do processo, o Padre Carmelita Romano Gambalunga, afirmou «Bem-aventurados os puros de coração, Lúcia era mesmo isso, uma

Clausura da fase do Inquérito Diocesano do Processo de Beatificação e Canonização da Irmã Lúcia

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Clausura da fase do Inquérito Diocesano do Processo de Beatificação e Canonização da Irmã Lúcia

mulher de coração puro, com uma missão grandiosa no século XX». O sacerdote Carmelita salientou na Irmã Lúcia «a sua grandeza, humildade; a simplicidade de se deixar guiar; a liberdade de espirito; a luz da oração; a alegria de se saber na graça de Deus». Por isso, concluiu afirmando que este era «um dia memorável».Cada processo de canonização é composto por uma fase diocesana e outra romana. A que agora termina foi constituída pela recolha e estudo teológico dos inúmeros documentos escritos pela Irmã Lúcia: os livros publicados, o seu diário a que deu o título “O meu Caminho”, a vasta documentação epistolar e outros documentos inéditos. Simultaneamente, foram ouvidas várias pessoas que com ela conviveram e cujo testemunho nos forneceu dados fundamentais para traçar o perfil da vida e das virtudes da religiosa carmelita que foi, um dia, vidente de Fátima.Todo este material, juntamente com os documentos relativos à sua fama de santidade, seguirá agora para a Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, onde se iniciará a fase romana deste processo, em que se estudará a vida e as virtudes da Irmã Lúcia. Se, em conclusão desse estudo, se reconhecer na Irmã Lúcia o perfil de quem viveu a configuração com Cristo, o processo será apresentado ao Santo Padre que assinará o Decreto da Heroicidade das Virtudes, proclamando-a venerável. Se assim acontecer, ficará depois a faltar a aprovação de um milagre para a Beatificação e de um outro para a Canonização, terminando assim este processo.

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Fotografias: Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes; Membros do Tribunal Eclesiástico; Postulador, P. Romano Gabalumga; Vice-Postuladores, Ir. Ângela Coelho e Cón. Aníbal Castelhano.

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A Irmã Lúcia morreu a 13 de fevereiro de 2005 e foi sepultada no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde viveu 57 anos, sendo os seus restos mortais trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima a 19 de fevereiro de 2006, ficando ao lado de sua prima Jacinta.Três anos após a sua morte, em 13 de fevereiro de 2008, o cardeal José Saraiva Martins, então Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, anunciou, no Carmelo de Coimbra, que o Papa Bento XVI tinha acedido aos pedidos do bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, e de numerosos fiéis em todo o mundo, para que fosse dispensado o período canónico de espera de 5 anos para abertura do processo de beatificação da vidente, autorizando a sua antecipação. A fase diocesana do processo foi aberta por D. Albino Cleto, em 30 de abril de 2008, tendo decorrido a sessão solene de encerramento do processo a 13 de fevereiro de 2017.

Tendo sido iniciada a fase romana para a aprovação das virtudes heróicas a Igreja permite apenas a distribuição e veneração particular de relíquias de 2º e 3º grau, não sendo permitida a veneração pública ou distribuição de relíquias de 1º grau antes da sua beatificação. Por este motivo a Causa de Canonização da Serva de Deus reserva-se a faculdade de distribuir relíquias de 2º grau – tecido usado pela Irmã Lúcia – apenas para devoção pessoal.

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Situado junto ao Carmelo de Coimbra, onde a mesma viveu durante 57 anos, alberga o seu espólio, exibindo peças únicas do seu uso pessoal,

assim como o itinerário da sua vida documentado em fotografias.

MEMORIAL

HORÁRIO:De 3ª feira a 6ª feira10 00 horas - 12 00 horas15 00 horas - 18 00 horasSábados, Domingos e Feriados15 horas às 18 horas

Encerra à Segunda-feiraDe 1 de Novembro a 1 de Abril o horárioda tarde é das 14.00h às 17.00h.

Marcação de grupos:Telefone: 239 781 638memorialirmalucia@carmelitas.pt

DA IRMÃ LÚCIA

Preço de entrada a partir dos 12 anos: 1.00 €

O ano de 2017 contará com um maior destaque para três peças do tempo das aparições: o primeiro rosário que foi oferecido à Lúcia, a corda que ela usou à cintura juntamente

com os seus primos Jacinta e Francisco e o lenço que usava na cabeça durante as aparições de Nossa Senhora.

Este ano centenário contará ainda com uma exposição temporária onde serão mostrados ao público, pela primeira vez, objectos de especial importância pertencentes à Serva

de Deus Irmã Lúcia de Jesus. O primeiro objecto que estará exposto será o original do caderno manuscrito com a quinta e sexta Memória da Irmã Lúcia.

GRAÇAS

Após vários exames foi diagnosticado que a minha mãe tinha vários nódulos no pescoço. A médica alertou-a dizendo que poderiam ser de origem cancerosa, pois só costumavam ter nódulos no pescoço as pessoas

portadoras de cancro. Confiando na intercessão da Irmã Lúcia, ela foi fazer novos exames cujo resultado foi que os nódulos eram benignos. A minha mãe considerou este resultado como um milagre da Irmã Lúcia. Não tenho dúvida que obtemos este milagre por intercessão da Irmã Lúcia, por quem tenho grande admiração e tenho feito de tudo para divulgar aqui no Brasil a devoção a ela e ao Imaculado Coração.

Lucas Ravacci | Brasil

Beatriz | Portugal

Foi pela Irmã Lúcia que voltei a entregar o meu coração a Nossa Senhora de Fátima. Quando comecei a ler um dos seus livros, o meu coração voltou abrir-se para deixar entrar o Amor Infinito de Deus. Pela Irmã Lúcia voltei a confiar

no poder infinito, misericórdia, bondade e amor de Deus mesmo depois de O ter ofendido muito. Procurei ajuda na Irmã Lúcia para obter uma graça impossível de alcançar se não fosse pela mão de Deus e a Irmã Lúcia dirigiu o meu pensamento e coração ao Coração da Virgem Maria. A partir do momento que lhe pedi ajuda, não havia um só dia que não procurasse refugio no Coração da Mãe Maria para a minha dor, desânimo e tristeza. Pedi que me desse a maior jóia que uma mulher pode receber... um filho. Pedi-lhe também que me desse um sinal que iria receber a graça e esse sinal chegou... um segredo guardado no meu coração. A partir de aí, sabia que iria chegar o dia, rezava o terço quase todos os dias sem perder a fé mas os meses passavam e não conseguia engravidar. Voltava a sentir tristeza, desespero... Depois de alguns anos tentando ser mãe e com graves problemas de fertilidade recorremos ao tratamento de fertilidade. No dia 13 de Abril recebemos o resultado positivo de gravidez. A alegria foi imensa porque não só tínhamos o nosso bebé como estávamos diante de um milagre. Tive a certeza desde então que Deus é bondoso e recorre aos homens da ciência para espalhar o seu amor. Os médicos fizeram excelente trabalho mas o milagre não teria acontecido se não fosse pela Força generosa, Humilde, Doce e de Amor puro da Virgem Mãe e do Seu Imaculado Coração para com os seus filhos. Aqui deixo o meu testemunho da real intercessão da Irmã Lúcia e da Virgem Maria. Obrigada Irmã Lúcia!

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V enho comunicar uma graça que recebi por intercessão da Irmã Lúcia. A minha filha terminou o curso de professora e havia 4 anos que apenas conseguia colocações temporárias. Rezei muito à Irmã Lúcia pedindo a

graça de ela pudesse ficar efectiva, o que realmente aconteceu. Estou muito agradecido.

Manuel Pereira | Canadá

Sou mãe e dois dos meus filhos não se encontravam em boas relações, o que me causava muito sofrimento. Comecei a fazer uma novena à Irmã Lúcia, pedindo a graça da reconciliação. Entretanto o meu filho mais velho

adoeceu e foi internado no hospital. O irmão, pensando mais calmamente, foi vsitá-lo e fizeram as pazes, o que me deu muita alegria. Por esta grande graça eu quero agradecer à Irmã Lúcia a sua intercessão junto de Nosso Senhor.

Maria Fernanda Coelho | Portugal

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À minha filha mais velha, de apenas 12 anos, que se chama Lucia, foi diagnosticada a doença de fibromialgia. Ela começou a ser acometida diariamente de dores e grandes cansaços. A sua mobilidade passou

a ser cada vez mais limitada e deixou de poder frequentar a escola. Ela tem um grande carinho e admiração pela Irmã Lúcia e começou a pedir-lhe ajuda. Graças a isso ela tornou-se uma criança alegre mesmo na sua doença, oferece os seus sacrifícios e está sempre bem disposta, já consegue ir à escola e aceitar a sua limitação, de tal forma o faz que se tornou a “luz” da nossa família. Todos os dias rezamos a oração a pedir a beatificação da Irmã Lúcia e sentimo-la muito presente entre nós.

Roxana | Inglaterra

T enho uma irmã, mãe de dois jovens estudantes universitários, que ficou desempregada e o ordenado do marido não dava para cobrir as despesas todas. Era muito difícil conseguir trabalho, porque já tinha 53 anos, mas pedi

com muita fé à Irmã Lúcia e ela foi chamada para começar um trabalho ao qual tinha concorrido. Muito agradeço à intercessão da Irmã Lúcia.

Maria Teresa Parracho | Portugal

Venho agradecer o dom da vida de um grande amigo chamado Aristides. No dia 26 de Abril de 2012 recorreu à médica de família apresentando tosse e expeturação. Foi diagnosticado com anti-infeciosos, que à partida

seriam suficientes para que se curasse, mas os sintomas não passaram e dois dias depois teve que ser levado ao hospital onde os médicos, não conseguindo diagnosticar a causa de tantas dores, o submeteram a uma laparotomia para examinar o interior de abdómen. Nessa cirurgia foram diagnosticados uma série de órgãos inflamados e a presença de uma moderada quantidade de líquido livre. No pós-operatório a situação agravou-se, ficou com febre e a inflamação espalhou-se ainda por mais órgãos. No dia 30 de Abril entrou em coma induzido, passou para os cuidados intensivos, onde foi submetido a vários exames e tratamentos. Permaneceu sempre em coma enquanto os médicos lutavam contra um vírus que parecia invencível. Fora do hospital haviam muitas pessoas que lutavam também contra esse vírus, família, amigos, conhecidos, que pediam ajuda ao Céu. Foi nessa altura que recorremos à Irmã Lúcia, pedindo para que ela intercedesse junto de Nossa Senhora e que nos desse um sinal de esperança. No dia 13 de Maio o Aristides abriu os olhos, sorriu e acenou com a cabeça para responder. Considerámos que era o sinal desejado e a partir desse dia as melhoras foram visíveis. Obrigada Irmã Lúcia por este milagre!

Irmã Lídia | Portugal

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O SEgREdO dE FÁtIMa: da esCrIta à reveLação

No dia 13 de julho de 1917, a ter em conta os testemunhos de Francisco, Jacinta e Lúcia, três crianças de Aljustrel, freguesia de Fátima, a Virgem Maria fez uma revelação cujo conteúdo não deveria ser divulgado a ninguém. Esta revelação ficou conhecida, logo na época, como o Segredo de Fátima, cuja designação se prende, seguramente, com a impossibilidade de o seu conteúdo ser conhecido. Aliás, o Segredo foi um dos temas que, logo em 1917, suscitou grande interesse nos mais diversos quadrantes sociais, políticos e eclesiais, como se pode atestar pelas referências sobre este tema efetuadas na imprensa e pelos interrogatórios realizados às três crianças. Para compreender os motivos deste interesse, será importante ter em conta o clima de tensão que se vivia entre a Igreja e o poder político nessa segunda década do século XX. Foi neste contexto que as três crianças foram interrogadas por individualidades civis e religiosas, assim como por particulares, tais como Artur de Oliveira Santos, administrador do concelho de Ourém, Manuel Marques Ferreira, pároco de Fátima, e Manuel Nunes Formigão, presbítero do patriarcado de Lisboa, apenas para citar alguns exemplos. Pela leitura dos interrogatórios é

possível constatar que o Segredo foi, invariavelmente, um dos temas abordados. Apesar das pressões que sofreram, os Videntes recusaram-se sempre a revelar o teor desta revelação. Aliás, pelas informações conhecidas, Francisco Marto, falecido em 4 de abril de 1919, e sua irmã Jacinta Marto, falecida em 20 de fevereiro de 1920, morreram sem revelar o conteúdo do Segredo. Após o falecimento de seus primos, Lúcia de Jesus, mais conhecida por Irmã Lúcia, tornou-se na única testemunha viva das Aparições de Fátima, o que explica que ao longo de toda a sua vida tivesse sido sistematicamente questionada sobre este tema. No primeiro documento que se conhece da sua autoria, a Vidente relata, pelo seu próprio punho, os acontecimentos de 1917, referindo-se ao Segredo de Fátima como «palabrinhas» transmitidas pela Virgem Maria com um pedido que não fossem reveladas.Lúcia de Jesus, já religiosa Doroteia, fixa por escrito as duas primeiras partes do Segredo de Fátima num documento datado de 31 de agosto de 1941, que ficou conhecido como a Terceira Memória, redigido a pedido de D. José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria. Neste documento, Lúcia assume que o Segredo é constituído por três partes, mas que apenas iria revelar as duas primeiras partes (a visão do Inferno e a devoção ao Imaculado Coração de Maria), ficando, assim, por conhecer o conteúdo da terceira parte. No ano seguinte, em 1942, o teor das duas primeiras partes do Segredo foi tornado público através de diferentes edições, primeiro em Itália e depois em Portugal. Ainda por solicitação do prelado leiriense, Lúcia de Jesus redige um documento, datado de 3 de abril de 1944, no qual fixa o conteúdo relativo à Terceira Parte

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do Segredo. No entanto, ao contrário do que acontecera com a Terceira Memória, este manuscrito chega às mãos do Bispo de Leiria num envelope lacrado e com uma nota a informar que não fosse aberto antes de 1960. A justificação apresentada é que se tratava de um pedido da Virgem Maria, que, a ter em conta as informações disponíveis, foi respeitado pelo bispo de Leiria. Em suma, apesar de em 1944 ter sido fixado por escrito o teor da Terceira Parte do Segredo, continuava a não ser possível ter acesso ao seu conteúdo. No período imediato que antecedeu a década de sessenta e no decorrer da mesma, o tema do Segredo de Fátima suscitou intensos debates e motivou diversas publicações. Discutia-se, sobretudo, o eventual conteúdo da Terceira Parte do Segredo e a data da sua revelação. Este contexto justifica, pelo menos em parte, que no dia 4 de abril de 1957 o manuscrito redigido em 1944 tenha chegado ao Arquivo do Santo Ofício (atual Congregação para a Doutrina da Fé), ainda no pontificado de Pio XII. Segundo as informações disponíveis, João XXIII, em 1959, tornou-se no primeiro papa a ler o manuscrito da Terceira Parte do Segredo, embora tenha decidido não revelar publicamente o seu conteúdo. Talvez não seja de estranhar tal facto, tendo em conta que no manuscrito tinha sido efetuada uma descrição de um assassinato de um papa. O seu sucessor na cadeira de Pedro, Paulo VI, também leu este manuscrito e tomou a mesma decisão. Na sequência do atentado sofrido na Praça de S. Pedro, no Vaticano, em 13 de maio de 1981, o papa João Paulo II leu o manuscrito da Terceira Parte do Segredo. Tendo a sua revelação pública sido concretizada apenas em 13 de maio de 2000, na Cova da Iria, no decorrer da beatificação dos Videntes Francisco e Jacinta. Nesse dia, o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, revelou ao mundo o conteúdo da Terceira Parte do Segredo de Fátima, cujo teor se enquadra na temática da

Igreja Mártir. Tornavam-se públicas as três partes do Segredo de Fátima: a visão do inferno, a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a Igreja Mártir a caminho da Cruz. Em 26 de junho de 2000, a Congregação para a Doutrina da Fé apresentou publicamente um estudo sobre a Terceira Parte do Segredo de Fátima, numa conferência de imprensa presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, perfeito desta Congregação e futuro papa Bento XVI, autor do comentário teológico ao Segredo de Fátima.Neste comentário, justifica-se a necessidade de as três crianças terem visto o inferno, para que se pudessem salvar almas da condenação eterna, no fundo «para mostrar um caminho de salvação». Com vista a esse caminho é apresentada, na segunda parte do Segredo, a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Ratzinger interpreta o teor da terceira parte como uma Via Sacra, vivenciada pela humanidade em sofrimento, devido às perseguições, às guerras, e na qual a figura do papa tem um papel muito especial, pois partilha a dor daqueles que sofrem enquanto percorre o caminho que conduz à cruz.Alguns autores defendem que o conteúdo do Segredo de Fátima não se encontra totalmente revelado e outros apresentam interpretações diferentes das sistematizadas no comentário teológico. Neste contexto, é importante que se tenha presente que Lúcia, que se fez carmelita em Coimbra, principal testemunha dos acontecimentos de 1917, confirmou de forma inequívoca e por diversas vezes que o conteúdo do Segredo já se encontrava totalmente revelado. Assim, se é legítima a discussão sobre a interpretação dos conteúdos revelados, parece ser absolutamente claro que o teor do Segredo é totalmente conhecido.

Sónia VazãoResponsável da Secção de Investigação de

Serviço de Estudos do Santuário de Fátima

MEMÓRIaS da IRMÃ LÚCIa I Autor: Irmã LúciaEditor: Secretariado dos Pastorinhos Nº de páginas: 237Preço: 6.00 €

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Os pedidos podem ser feitos para:

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LÚCIa, a VIda da PaStORINHa dE FÁtIMa Autor: Thereza AmealEditor: LucernaNº de páginas: 78Preço: 10.00 €

NOVO

IRMÃ LÚCIA, as imagens, mensagens e orações da última vidente de FátimaEditor: Prime BooksNº de páginas: 200Preço: 11.00 €

2ª Edição

Lúcia Rosa dos Santos, nasceu em Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 28 de Março de1907. Na companhia de seus primos, os Bem-aventura-dos Francisco e Jacinta Marto, recebeu por três vezes a visita de um Anjo (1916) e por seis vezes a visita de Nossa Senhora (1917), que lhes pediu oração e penitência em reparação e pela conversão dos pecadores. A sua especial missão consistiu em divulgar a devoção ao Coração Imaculado de Maria como alma da mensagem de Fátima.Ingressou na Congregação de Santa Doroteia, em Espanha, onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus. Desejando uma vida de maior recolhimento para responder à mensagem que a Senhora lhe tinha confiado, entrou no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e ao sacrifício. Nossa Senhora veio bus-cá-la no dia 13 de Fevereiro de 2005 e o seu corpo repousa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, desde o dia 19 de Fevereiro de 2006.

BIOGRAFIA

Este Boletim é distribuído gratuitamente

A quem desejar colaborar nas despesas da Causa de Beatificação da Serva de Deus

Irmã Lúcia, agradecemos o enviodos donativos para:

Causa de Beatificação e Canonização Irmã Lúcia de Jesus

Carmelo de Santa Teresa,Rua de Santa Teresa, nª 16

3000-359 Coimbra - Portugal

BANCO POPULARN.I.B - 0046 0225 00600219021 31

IBAN - PT50 0046 0225 0060 0219 0213 1SWIFT/BIC: CRBNPTPL

Agradecem-se todos os donativos recebidos.

Nos primeiros Sábados de cada mês e todos os dias 13

a Eucaristia no Carmelo de Coimbra é oferecida pelas intenções

das pessoas que se encomendam à intercessão da Irmã Lúcia.

ORaÇÃOPaRa PEdIR

a BEatIFICaÇÃOda IRMÃ LÚCIa

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profunda-

mente e Vos agradeço as aparições da Santíssima Virgem em Fátima para manifestar ao mundo as riquezas do

seu Coração Imaculado. Pelos méritos infinitos do Santíssimo

Coração de Jesus e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos que,

se for para vossa maior glória e bem das nossas almas, Vos digneis glorificar diante da Santa Igreja, a Irmã Lúcia, pastorinha de Fátima,

concedendo-nos, por sua intercessão, a graça que Vos pedimos. Amen.

Pai-nosso. Avé Maria. Glória.

Com autorização eclesiástica Pede-se o favor de comunicar as graças

recebidas ao Carmelo de Coimbra. 11

dep. Legal 356212/13 | tiragem 16.000 exemplares Design: Afonso Paiva

Propriedade: Causa de Beatificação da Irmã Lúcia Carmelo de Santa Teresa | Coimbra | Portugal

Site www.lucia.ptE-mail causabeatificacaolucia@lucia.pt

D. Virgílio AntunesHomilia do dia 13 de Fevereiro de 2017

Como enviada de Deus, Maria vem ao encontro da humanidade pecadora, traz no olhar triste e no coração cercado de espinhos o sofrimento de Deus que viu a miséria do seu povo, traz no rosto espelhado o olhar misericordioso do Pai que se comove com os seus filhos perdidos e está disposto a perdoar até à milésima geração.Os Três Pastorinhos contemplam por graça esse olhar terno da Mãe que reflete o olhar de Deus. Como crianças totalmente desprovidas de poder, deixam-se tocar por dentro, acolhem e aceitam a força do Amor, que transforma, converte e salva, põem-se a caminho confiados na palavra reveladora do coração de Deus por meio do coração da Mãe de Misericórdia.O pedido de Nossa Senhora entra no coração dos Pastorinhos como Palavra de Deus, de tal modo que se torna a motivação central das suas vidas e faz deles humildes servos do Evangelho da misericórdia.A vida de Lúcia, Jacinta e Francisco é um autêntico sinal da fé no Deus de misericórdia, que se revela a todos os seus filhos e pode transformá-los para sempre. Por outro lado, mostra-nos como podemos viver a missão de testemunhar aos homens a misericórdia que abre as portas da conversão.Não cessamos, por isso, de pedir o dom da sua canonização, para que a luz de Deus que brilhou nas suas vidas se torne mais refulgente no meio das trevas do nosso mundo, para que os homens se convertam e sejam salvos.