Século xxi e o desenvolvimento profissional docente
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Século XXI e o desenvolvimento profissional docente
Neuza Pedro, Instituto de Educação – ULisboa
Século XXI e o desenvolvimento profissional docente
Neuza Pedro, Instituto de Educação – ULisboa
Século XXI e o desenvolvi-mento profissional docente
Neuza Pedro, Instituto de Educação
Século XXI: um momento particularmente bom na História da Educação
• Maior equidade no acesso à educação
• Mais conhecimento sobre aprendizagem e desenvolvimento humano
• Profusão da produção científica sobre profissionalidade docente
• Melhor momento socio-histórico das Ciências da Educação
Problemas
Contudo, persistem alguns…
Problema 1
Gap geracional entre alunos e professores
Evidência
estatística
Evidência
(neuro)científica
“momento de conservantismo e lamentação, onde a tendência é de maior inflexibilidade, com firme resistência à inovação e marcada nostalgia pelo passado” (Huberman, 1992)
“cansaço, saturação e impaciência na espera pela aposentação” (Gonçalves, 2009)
Apesar do relevante acumular de ‘saber de experiência feita’, os docentes
mais velhos (maioritariamente) caracterizam-se por …
Crianças/JovensAdultos
. melhor competência na tomada de decisões rápidas face a um número elevado de opções, decorrentes de estímulos sensoriais diversos.
. Compreensão de representação gráfica e interativo
. Desenvolvem várias atividades em simultâneo.
. Memorização: Processamento paralelo
. melhores capacidades na interpretação de expressões faciais
. Maior capacidade de reflexão (generalização da aprendizagem)
. Informação em formato textual e estático
. Desenvolvem actividades de forma mais metódica e precisa.
. Memorização: Processamento linear e sequência lógica
(Small & Moody, 2009; Swingle, 2016)
Problema 2
Falta de atualização dos modelos (e das práticas) de formação inicial de professores
Modelos de Formação Docente
Pedagogical content knowledge Shulman(1986)
conhecimento do conteúdo disciplinar conhecimento didático do conteúdo
conhecimento do currículo
Tradicão europeia= centração nas didáticas específicas
(E onde ficam as) XXI century skills
Recente tendência Portuguesa= centração na componente científica (área de docência, Decreto-Lei 79/2014)
21st-century competences
E-bussiness
Fluência na gestão da
informação
Literacia multicultural & Consciência
golbal
Investigação, planeamento estratégico e
resolução problemas
Reflexividade e pensamento
critico
Criatividade e produtividade
Competências interpessoais e de colaboração
Comptências de comunicação
Competências digitais
Pedro, Matos, Pedro & Abrantes
(2011)
Competências-chaveQuadro de Referência Europeu
1. Comunicação na língua materna
2. Comunicação em línguas estrangeiras
3. Competência matemática e competências básicas em
ciências e tecnologia
4. Competência digital
5. Aprender a aprender
6. Competências sociais e cívicas
7. Espírito de iniciativa e espírito empresarial
8. Sensibilidade e expressão culturais
Em que medida se está a preparar os (futuros)professores para que estes se revelem aptos a evidenciar e a promover junto dos alunos estas
skills?
Problema 3
Financiamento da Formação Contínua
Prioridades
Modelos
Problema 4
CCPFCEspartilho à
Inovação
Ex. Competências TIC (2008)
E-learning na Formação de
Professores (2012)
Soluções
Há, contudo, que contribuir no apontar de…
Solução 1
Rejuvenescimento da classe docente
Solução 2
Modernização dos modelos (e práticas) de Formação inicial
O espaço
TPACK(Mishra & Koehler, 2006)
Conhecimento do
Currículo
(Conteúdo Científico)
Conhecimento
Pedagógico
Conhecimento
Tecnológico
Conhecimento
Tecno-Curricular
Conhecimento
Tecnológico
Conhecimento
Pedagógico-
Curricular
Conhecimento
Tecno-Pedagógico
Conhecimento
Tecno-
Pedagogico-
Curricular
Exemplo: Metas curriculares5º ano, Ciências Naturais:
“ Célula: unidade básica de vida”
Desenvolvimento cognitivodas crianças, contexto socio-
cultural das famílias, etc.ex. estádio das operaçõesformais, conhecimentos
prévios, ...
Conhecimentos sobremodelação 3D
(ou de pesquisa online em repositórios de modelos 3D)
Conhecimento Tecnico-Pedagógico
(ex. Inquiriy-based learning)
Conhecimento
Técnico-Pedagogico-
Curricular
Metas:14.2 Identificar os constituintes do
microscópio ótico composto. 14.3.Realizar observações diversas usando o
microscópio ótico 15.3. Identificar os principais constituintes
da célula, com base na observação microscópica de material biológico
BEESoft 3D
Solução 3
Apoio, valorização e reconhecimento da formação interpares
Solução 4
Investimento em Inovação educacional
O que requer:
. Novos espaços
. Novos tempos
Novos espaços
• Com uma organização espacial promotora de uma aprendizagem
ativa e de múltiplas dinâmicas de atividade;
• Com uma multiplicidade de ferramentas (tecnológicas) e mobiliário
flexível;
• Com qualidade e conforto, em particular no que respeita à
temperatura, luminosidade e acústica (pois, não são luxos são factores relevantes que impactam diretamente o
desempenho escolar dos alunos)
(Barrett, Zhang, Davies & Barrett, 2015)
35 horas24 horas de comp. letiva
11 horas de comp. não letiva
7 horas de trab. individual
2 horas de trab. de escola
2 horas para reuniões
Novos tempos
(ou novas formas de pensar para onde se deve dirigir o tempo do professor)
35 horasex. 11 horas de comp. letiva
24 horas de comp. não letiva
7 horas para trab. colaborativo
7 horas de trab. individual
7 para gestão de projetos
3 horas para desenvolvimento profissional
Necessitamos de uma inversão…
“We trust our teacher. (…)
we know they are the best
and have received quality
education” (Pekka Tukonen,
Finland)
O que implica confiar na classe docente…
Em súmula,
Não há modernização de sistemas
escolares por decreto; a inovação só
se consegue com professores
inovadores.
Em súmula,
Mas o caminho parece próspero,
porque temos em Portugal uma das
classes profissionais docentes mais
qualificada do mundo.
Temos várias escolas e vários
professores a fazer um trabalho de
excelência …
Falta propagá-lo!
Referências
Barrett, P. Zhang, Y., Davies, F., & Barrett, L. (2015). The impact of classroom design on pupil’s learning: Final results of a holistic
multi-level analysis. Building and Environment, 89,118-133.
Gonçalves, J. A. (2009). Desenvolvimento profissional e carreira docente — Fases da carreira, currículo e supervisão. Sísifo.
Revista de Ciências da Educação, 08, 23-36.
Huberman, M. (1992). O ciclo de vida profissional dos professores. In A. Nóvoa (Ed.), Vidas de professores (pp.31-61). Porto:
Porto Editora.
Pedro, N., Matos, J. F., Pedro, A., & Abrantes, P. (2011). Teacher skills and competence development for classrooms of the
future_Annex 1. Disponível em http://itec.eun.org/c/document_library/get_file?p_l_id=10307&folderId=37321&name=DLFE-
2213.pdf
Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants. Disponivel em
http://www.marcprensky.com/writing/Prensky%20%20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigr
ants%20-%20Part1.pdf
Shulman, L. S. (1986). Those Who Understand: Knowledge Growth in Teaching. American Educational Research Journal, 15(2),
4-14
Small, G., & Moody, T. (2009). Your Brain on Google: Patterns of cerebral activation during Internet Searching. American Journal
of Geriatric Psychiatry, 17 (2), 116-126.
Swingle, M. (2016). i-Minds: How Cell Phones, Computers, Gaming, and Social Media are Changing our Brains, our Behavior,
and the Evolution of our Species. Portland: Inkwater.
White, D. S., & Le Cornu, A. (2011). Visitors and Residents: A new typology for online engagement. First Monday, 16 (9), 5 Sept
2011. Disponível em http://www.uic.edu/htbin/cgiwrap/bin/ojs/index.php/fm/article/viewArticle/3171/3049