#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO...

21
#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 1 1º SIMULADO ENEM SECULUS

Transcript of #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO...

Page 1: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 1

1º SIMULADO ENEM SECULUS

Page 2: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 2

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Não eram nem 9 horas e Cesar já voltara para casa de-

pois de envernizar o balcão de um bar, bico que lhe rendeu R$ 200 naquela manhã de dezembro. Entrou no imóvel de reboco aparen-te, na periferia de Sorocaba, interior de São Paulo, deu uma última olhada no Facebook e seguiu para o banho a fim de se desfazer do cheiro forte de óleo e resina. O quarto de Cesar é um refúgio privilegiado – “muito ajeitado”, nas palavras dele.

Há uma cama box, videogame de última geração e até te-levisão full HD de 51 polegadas. Nada mau para os padrões da vizinhança. Ao ir para o banho e passar perto da janela da sala, estacou. “Mãos pra cima”, gritou o policial na rua, com a arma en-gatilhada na direção dele. Paralisado com o susto, Cesar não conseguiu raciocinar.

Seus irmãos mais novos dormiam no sofá e acordaram num sobressalto. Com a ajuda de seis policiais e quatro promoto-res, o visitante inesperado revistou o quarto de Cesar, apreendeu seu notebook e seu celular. Só mais tarde, a bordo de uma viatura policial a caminho de um depoimento, o jovem de 27 anos desco-briu o que o colocara naquela situação.

Cesar é um dos investigados pelos ataques racistas, em julho do ano passado, ao Facebook da jornalista Maria Júlia Cou-tinho, a Maju, do Jornal Nacional, da TV Globo. Ele administrava o hoje extinto Boring, um grupo do Facebook suspeito de ter orques-trado o crime.

Trata-se de uma das dezenas de gangues virtuais que ri-valizam entre si no submundo da internet – um universo bélico-so em que o poder é medido pelo acúmulo de curtidas e comentá-rios nas publicações do Facebook.

A trolagem – jargão da internet para a publicação de con-teúdos de humor, em geral depreciativos – é a munição usada por eles. Os grupos (um dos maiores deles chega a 65 mil usuários) se estruturam seguindo uma hierarquia militar. Um administrador e-quivale a um general; o restante dos membros, a soldados que devem obedecer a ordens. São comunidades fechadas.

Para entrar, é necessária a autorização de um adminis-trador ou um convite de quem já participa delas. “O Facebook virou um campo de batalha”, disse Cesar a ÉPOCA. “Os grupos fazem de tudo para ganhar fama, até mesmo cometer crimes.” Por trás dos ataques, estão jovens de classe média baixa, em geral meno-res de idade – a maioria com pouquíssimo traquejo social.

(www.revistaepoca.com.br)

Proposta- Considerando que o texto tem, unicamente, ca-ráter motivador, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: "A violência virtual."

POSTMAN PLAGUED BY JEALOUS PHEASANT

A Devon postman is facing a daily assault on his round -

from a jealous pheasant. The bird lies in wait for the 59-year-old as he drives his van on his 12-mile daily round in Swimbridge.

So far the cock pheasant has injured Mr Patton's hand and leg, and has tried to sneak into his postal van. The postie said: "I think it is the red colour of the van which is triggering the aggression. Pheasants have spurs on their legs, and it flies and tries to get me with them. "I think it sees me as a giant pheasant which it has got to see off. It is totally obsessed by me and the van. I have been at-tacked by dogs in the past but never by a pheasant

"Mr. Patton says he now "runs the gauntlet" every day along a fifty-yard lane when he collects or delivers to a farm at one end and a cottage at the other. He says the bird sometimes changes its tactics by hiding or cutting corners to get ahead of him for a confrontation. 1. A pheasant is

a) a bird b) a type of dog c) a criminal d) a type of fish e) a type of red van

2. The postman

a) isn`t 59 years old yet b) collects and delivers mail in Swimbridge c) drives a truck daily d) wears red clothes e) likes pheasants

3. Mark the correct alternative.

a) The pheasant attacks the postman every month. b) The pheasant has secretly gone into the postman’s van c) The pheasant has no spurs on its legs. d) The pheasant tries to get the postman with its beak. e) The pheasant has hurt the postman’s hand and leg.

4. According to the postman, why does the pheasant attack him?

a) Because it has spurs. b) Because pheasants like confrontation. c) Because it sees him as a rival. d) Because it is totally obsessed by vans. e) Because he wears a red uniform.

5. De acordo com o texto:

a) Um carteiro de Devon é assaltado diariamente enquanto faz seu trabalho de coleta e entrega de correspondências

b) O carteiro de 59 anos observa pássaros enquanto dirige sua van em um percurso de 12 milhas que faz diariamen-te até uma fazenda

c) Em uma das viagens o carteiro foi atacado no braço e na perna por pássaros que entraram dentro da van postal

d) Mr Patton foi atacado algumas vezes por um pássaro ob-cecado que de vez em quando muda sua tática para chegar à frente dele para o confronto

e) Um carteiro foi atacado na mão e na perna por cachorros enquanto fazia entrega de correspondências em uma ca-sa de campo

AVANZANDO HACIA LA SOCIEDAD DEL CONOCIMIENTO

Hemos dejado atrás la era industrial y avanzamos ahora

hacia una nueva era que denominamos la sociedad de la informa-ción, en la que los trabajadores del conocimiento son su punta de lanza en la transformación de la concepción del trabajo en la nueva economía del siglo XXI.

Las empresas, en la Revolución Industrial, se considera-ban como gigantescos mecanismos de relojería en los que cada pieza estaba diseñada para cumplir con un determinado cometido. En definitiva una concepción basada en la presencia de un traba-jador en un lugar determinado y en un momento preciso. Un mo-delo al que el trabajador industrial ofrece fundamentalmente horas

REDAÇÃO

INGLÊS ESPANHOL

Page 3: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 3

1º SIMULADO ENEM SECULUS

de su tiempo para realizar un esfuerzo (más físico que intelectual) a cambio de una remuneración.

La revolución está haciendo añicos este modelo. Ya no es necesaria la total sincronización espacio-temporal para poder hacer en trabajo, al igual que no es necesaria la presencia del comprador y vendedor, en un mismo lugar y al mismo tiempo, para realizar una operación comercial. Surge así el teletrabajo, que re-quiere recursos humanos con una buena capacidad de conoci-miento. Pero lo más relevante es que, en este nuevo contexto, lo que se necesita aportar como trabajo no son horas de presencia, sino capacidad de crear conocimiento. Ya no se remunera sólo por que cada uno hace, sino por lo que cada uno es capaz de hacer. Es decir, por la capacidad de introducir una mejora en las carac-terísticas del producto o servicio, o incluso, del mismo proceso pro-ductivo, por la capacidad de aprender de las innovaciones de otros, y, por la capacidad de adaptarse a nuevas situaciones que ahora son imposibles de determinar. En este contexto lo que se aprecia es creatividad, cooperación y aprendizaje, además de efi-ciencia y competitividad. Los profesionales del conocimiento saben que si no son competitivos la empresa, a medio plazo, no podrá sustentar su crecimiento profesional. Y al contrario saben que su innovación y esfuerzo contribuyen directamente a incrementar su remuneración.

El País Digital. (Adaptado). 1. O texto deixa claro que o trabalhador do conhecimento

a) desenvolve seu trabalho mais na área intelectual que bra-çal.

b) foi uma peça insubstituível na era industrial de outrora. c) tem seu desempenho calculado com base no tempo que

investe no trabalho. d) é avaliado por sua pontualidade e assiduidade ao seu lu-

gar de trabalho. e) tende a desaparecer, já que o que se quer é agilidade e

habilidade.

2. De acordo com o texto, o trabalhador na sociedade do conhe-cimento deve

a) potencial e principalmente produzir cada dia mais merca-

dorias extraordinárias e atrativas. b) estar disposto a continuar aprendendo e aplicando tam-

bém as inovações alheias. c) conseguir se comunicar em várias línguas para facilitar a

comercialização dos produtos. d) ser o responsável pelo acesso da sociedade à tecnologia

mais avançada que exista na era. e) reproduzir fidedignamente as atividades propostas pela

empresa a que está vinculado.

Fonte: http://bucket.clanacion.com.ar/anexos/fotos/61/1585761.jpg

3. Observando atentamente a tira, podemos dizer que a senhora

a) não consegue ouvir a pergunta que o rapaz lhe faz. b) aproveita a oportunidade para agredir o filho. c) prefere estar presa à árvore a estar junto com a família. d) busca a compreensão da situação atual de seu filho. e) acaba por não responder a real pergunta feita pelo filho.

Fonte: http://www.pepephone.com/home

4. De acordo com a publicidade anterior podemos dizer que

a) se pode enviar alguns SMS por apenas 9 centavos. b) é possível ligar para qualquer telefone fixo ou móvel por

1,9 euros. c) a internet pode ser adquirida por aproximadamente 6,9

euros por mês. d) nas ligações, o usuário terá que pagar 1,9 centavos como

consumo mínimo. e) a velocidade da navegação é ilimitada e possui um preço

bastante acessível.

DENUNCIAN REDES DE TRATA DE NIÑOS Y NIÑAS EN GUATEMALA

Adital

La Comisión Internacional Contra la Impunidad en Guate-mala (CICIG), denunció hoy aquí, que más de 300 casos de adop-ciones llenas de irregularidades dan cuenta del drama de muchos niños y niñas que son víctima de la trata en Guatemala.

El organismo, adscripto a la Organización de Naciones Unidas (ONU), reporta en un informe presentado hoy que, a me-diados del presente año, ya se reportaban 360 casos pendientes de resolución, algunos con graves irregularidades en el proceso y, al menos, 50 expedientes son investigados por el Ministerio Públi-co, según palabras de Francisco Dall’Anese, jefe de la oficina del CICIG.

En el documento este organismo de verificación concluye que la adopción por parte de padres de otros países se ha conver-tido en un negocio de pingues ganancias que conlleva, en muchos casos, a cometer delitos y más que una acción humanitaria ha de-venido actividad puramente lucrativa, de manera que ha alertado a las instancias del Gobierno, cuando se sabe de las trasnacionales

Page 4: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 4

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10 de tratas de niños y niñas que operan, en muchas de las ocasio-nes, con consentimiento y apoyo de las propias autoridades de los países.

Fuente: ALC 5. O texto acima se propõe principalmente a

a) discutir os maus-tratos sofridos pelas crianças que são

adotadas. b) apresentar os erros nos processos de adoção de crianças

na Guatemala. c) questionar o processo necessário para a realização da

adoção na América Central. d) informar que redes de tráfico de crianças na Guatemala

foram denunciadas. e) denunciar o tráfico e o processo de adoção de bebês na

Guatemala.

Leia o texto abaixo para responder a questão 6. 1 Os bebês nascem com instintos que os ajudam a sintonizar

2 ra-

pidamente os ritmos da fala e a gramática. São muito sensíveis 3 à

direção do olhar de outra pessoa, que os ajuda a decifrar frases 4

incompreensíveis, como “olha aquele cachorro engraçado”. Os be-bês

5 murmuram e balbuciam, ações que tornam as cordas vocais

mais 6 afinadas. Eles também viram a cabeça instintivamente por

causa de 7 um barulho e se extasiam com a voz da mãe ou do pai.

O elo afetivo 8 é muito importante para o seu desenvolvimento intu-

itivo e emocional. 9 Embora a linguagem ainda não esteja conec-

tada no seu cérebro, o 10

bebê tem várias artimanhas genéticas que lhe permitem aprender

11 desde o dia de seu nascimento.

John McCrone

6. É predominante no texto a função:

a) metalinguística, uma vez que, ao falar do desenvolvimen-to da linguagem nos bebês, o autor trata com destaque do código linguístico e seus recursos.

b) emotiva, já que o autor do texto e sua subjetividade em relação ao que narra são destacados por meio de ele-mentos linguísticos.

c) referencial, pois a intenção principal do texto é informar o leitor de um assunto que é tratado de modo objetivo pelo seu autor.

d) fática, porque estão presentes no texto, ao longo de seu desenvolvimento, marcas de interação com o leitor, como perguntas retóricas.

e) poética, pois mais do que informar sobre algo o autor pro-curou persuadir o leitor pelo modo com que elaborou a mensagem, caracterizada pela linguagem figurada.

Leia o texto abaixo para responder a questão 7. Palhaço, grande voz Auto da Compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um sacristão, um padre e um bispo, para exercício da mora-lidade.

Toque de clarim.

Palhaço A intervenção de Nossa Senhora no momento propício, para triun-fo da misericórdia. Auto da Compadecida!

Toque de clarim.

A Compadecida A mulher que vai desempenhar o papel desta excelsa Senhora, declara-se indigna de tão alto mister.

Toque de clarim.

Palhaço Ao escrever esta peça, onde combate o mundanismo, praga de sua igreja, o autor quis ser representado por um palhaço, para in-dicar que sabe, mais do que ninguém, que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia. Ele não tinha o direito de tocar nesse tema, mas ousou fazê-lo, baseado no espírito popular de sua gente, porque acredita que esse povo sofre, é um povo sal-vo e tem direito a certas intimidades.

Toque de clarim.

Palhaço Auto da Compadecida! O ator que vai representar Manuel, isto é, Nosso Senhor Jesus Cristo, declara-se também indigno de tão alto papel, mas não vem agora, porque sua aparição constituirá um grande efeito teatral e o público seria privado desse elemento de surpresa.

Toque de clarim.

Palhaço Auto da Compadecida! Uma história altamente moral e um apelo à misericórdia. [...]

(SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 34. ed., 3a reimpr. São Paulo: Agir, 2006, p. 22-24.)

7. Considerando-se o texto, é correto afirmar que, nas falas do

Palhaço e da Compadecida, predomina a função:

a) persuasiva, já que os atores desejam convencer o grande público de que a peça de teatro reforça valores morais da Igreja Católica.

b) instrucional, visto que as personagens instruem o auditó-rio quanto ao modo de se comportar no decorrer da peça.

c) poética, uma vez que o autor utiliza da figura da metáfora para descrever os devaneios idealizados por sua alma.

d) metalinguística, porque os personagens estão executando a peça de teatro e explicando-a ao mesmo tempo.

e) referencial, visto que a objetividade é elemento funda-mental na estruturação do texto literário.

Casulo

azul guarda as asas

da água (Arnaldo Antunes.)

(Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/72545>06.)

8. De acordo com a estrutura do texto apresentado de Arnaldo

Antunes, e considerando os componentes do ato de comuni-cação, é correto afirmar a ocorrência de

a) destaque dado ao locutor. b) expressão metalinguística. c) linguagem direta e precisa. d) destaque dado à mensagem. e) ênfase no código verbal presente no texto.

LÍNGUA PORTUGUESA

Page 5: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 5

1º SIMULADO ENEM SECULUS

Onde não é só lugar

Uma ideia que precisa definitivamente ser abandonada é a que a palavra “onde” só serve para indicar “lugar concreto, espaço físico”, como tenta impor (inutilmente) uma longa tradição normati-vista. Numa atitude típica de um tradicionalismo de costas voltadas para os estudos linguísticos mais criteriosos, Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante, em Gramática da língua portuguesa, assim se pronunciam:

Há uma forte tendência, na língua portuguesa atual, em usar o onde como relativo universal, um verdadeiro cola- tudo. Esse uso curiosamente tende a ocorrer quando um falante de desempenho linguístico pouco eficiente “procura falar difícil”.

(CIPRO NETO; INFANTE, 1997, p. 436)

Temos aí, em tão poucas linhas, pelo menos três inverdades.

Primeira: o uso de “onde” com diversos valores sintáticos e semân-ticos não é uma “forte tendência na língua portuguesa atual”; é um uso devidamente registrado na língua desde suas fases mais re-motas. Segunda: “onde” não é usado como “relativo universal, um verdadeiro cola- tudo” – existem regras para o uso do “onde”, só que, por serem regras não abonadas pela norma-padrão clássica, nenhum autor de gramática normativa se dá ao trabalho de des-crevê-las e registrá-las. Terceira: o uso de “onde” para se referir a outras coisas além de “espaço físico” não ocorre na produção ver-bal de falantes “de desempenho linguístico pouco eficiente”. A me-nos que os autores da gramática citada assim considerem, por e-xemplo, o poeta Luís de Camões.

BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro: um convite à pesquisa. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2001. p. 150. (Adaptado).

9. No texto, Marcos Bagno toma a palavra “onde” como objeto

temático. Portanto, o texto é construído a partir de um proce-dimento

a) poético b) expressivo c) metalinguístico d) metafórico e) conativo

Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo,

mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem

e o corpo transige na confluência do amor.

Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes.

10. Os versos acima integram o poema Sentimento do Mundo,

de Carlos Drummond de Andrade. Considerando a linguagem que os compõe, constata-se que a função dominante presente neles é a:

a) poética, por tratar-se de um poema estruturado em métri-

ca clássica e em rigoroso exercício de rimas. b) metalinguística, porque se volta para a linguagem que o

compõe e explicita seu processo de composição. c) emotiva, porque centraliza a mensagem no eu lírico e se

constrói a partir do universo da primeira pessoa. d) referencial, porque apenas informa sobre o mundo, des-

tacando seus aspectos naturais. e) apelativa, porque induz o leitor a refletir sobre seus dese-

jos, suas lembranças e o sentimento do amor.

A língua sem erros

Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrom-pida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principal-mente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma instituição compro-metida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura caracterís-tica, para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural.

BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em:

<http://marcosbagno.files.wordpress.com/2013/08/a-lic281ngua-sem-erros.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2014.

11. De acordo com a leitura do texto, a língua ensinada na escola

a) ajuda a diminuir o abismo existente entre a cultura das classes consideradas hegemônicas e das populares.

b) deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas experiências de vida do aluno.

c) precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.

d) tem como principal finalidade cercear as variações lin-guísticas que comprometem o bom uso da língua portu-guesa.

e) torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la em detri-mento de sua variação linguística de origem.

Analise o texto abaixo para responder a questão 12.

MENAS: O certo do errado e o errado do certo. Disponível em:

<http://1.bp.blogspot.com/_9REWsMd1bgo/S6wKBKKiMqI/ AAAAAAA-AKwg/glzfj76ugCw/ s1600/convite_menas.jpg>. Acesso em: 4 nov. 2014.

12. Quanto à análise do cartaz de uma exposição do Museu de

Língua Portuguesa, é correto afirmar:

a) O contexto denuncia uma sociedade desigual e precon-ceituosa, que exclui aqueles que só utilizam uma variação linguística.

b) A ocorrência da palavra “Menas” será validada pela gra-mática normativa, pois, pelo fato de ser utilizada frequen-temente, passa a existir.

Page 6: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 6

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10 c) Uma palavra só existe, para o enunciador do texto, quan-

do é aceita pela maioria dos falantes de uma língua, como é o caso de “Menas”.

d) O jogo de palavras, presente na relação entre “certo” e “errado”, sugere que o conceito desses dois termos está condicionado a diferentes perspectivas.

e) O certo e o errado, na concepção do publicitário, são con-ceitos que não podem ser levados em conta pela grã-mática normativa, mesmo diante do uso de um termo am-plamente difundido.

Disponível em: <https://www.facebook.com/ suricateseboso/photos/pb.255108341285168.-

2207520000.1432044857./723641731098491/?type =3&theater>. Acesso em: 12/05/2015.

13. A fala, uso individual da língua, promove a produção de novas

palavras e a variação linguística. Assim, tendo como pressu-posto essa afirmação, na imagem acima, observam-se

a) expressões próprias da variedade culta da língua, típicas

da modalidade oral. b) expressões próprias da variedade culta da língua, típicas

da modalidade escrita. c) expressões próprias da variedade técnica da língua, típi-

cas da modalidade escrita. d) expressões próprias da variedade infantil da língua, típi-

cas da modalidade oral. e) expressões próprias da variedade popular da língua, típi-

cas da modalidade oral.

BRASI DE CIMA E BRASI DE BAXO (Fragmento)

Meu compadre Zé Fulô, Meu amigo e companhêro, Faz quage um ano que eu tou Neste Rio de Janêro; Eu saí do Cariri Maginando que isto aqui Era uma terra de sorte, Mas fique sabendo tu Que a miséra aqui no Su É esta mesma do Norte. Tudo o que procuro acho. Eu pude vê neste crima, Que tem o Brasi de Baxo E tem o Brasi de Cima. Brasi de Baxo, coitado! É um pobre abandonado; O de Cima tem cartaz, Um do ôtro é bem deferente: Brasi de Cima é pra frente, Brasi de Baxo é pra trás.

Aqui no Brasil de Cima, Não há dô nem indigença, Reina o mais soave crima De riqueza e de opulença; Só se fala de progresso, Riqueza e novo processo De grandeza e produção. Porém, no Brasi de Baxo Sofre a feme e sofre o macho A mais dura privação.

(...)

(ASSARÉ, Patativa do. Melhores poemas. Seleção de Cláudio Portella. São Paulo: Global, 2006. p.329-332)

14. Ao observar a variedade linguística e o nível de linguagem uti-

lizados no poema, é correto caracterizar o eu lírico como

a) um cidadão escolarizado que vive em um grande centro urbano, pois utiliza muitas gírias.

b) uma pessoa idosa porque, no vocabulário utilizado, apa-recem palavras ou expressões que remetem a uma va-riação histórica.

c) um cidadão sertanejo pouco escolarizado, já que sua lin-guagem guarda singularidades regionais e se distancia do registro culto.

d) um cidadão escolarizado que faz uso de um vocabulário técnico com o objetivo de ser compreendido pelo grupo do qual faz parte.

e) um estudante que utiliza a variedade coloquial da língua a fim de criticar a sociedade na qual está inserido.

Leia o texto abaixo para responder a questão 15.

Asa Branca Luíz Gonzaga/Humberto Teixeira

Quando “oiei” a terra ardendo Qual a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia

Nem um pé de “prantação” Por farta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão “Intonce” eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração “Intonce” eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão [...]

Disponível em: < http://letras.mus.br/luizgonzaga/ 47081/ >. Acesso em: 08/11/2012.

15. A poesia de Luiz Gonzaga apresenta uma variação da norma

padrão da língua no que se refere:

a) à sintaxe. b) ao gênero. c) à pronúncia. d) ao vocabulário. e) à semântica.

Page 7: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 7

1º SIMULADO ENEM SECULUS

INSÔNIAS Carlos Heitor Cony

Um dos argumentos usados para promover a venda de canais

a cabo foi o da insônia. A TV dita aberta tinha o hábito de sair do ar por volta das duas da manhã. E alguns canais saíam antes, outros depois.

Aqueles que, por um motivo ou por outro, não estavam dor-mindo nem fazendo coisa melhor e ligavam o aparelho em busca de alguma coisa para ver ficavam condenados aos chuviscos. Com o advento da TV por assinatura, os insones poderiam dispor de en-tretenimento, cultura, lazer, o diabo.

Pois sim. Outro dia - aliás, outra noite dessas -, dormi a tarde inteira e, à noite, fiquei sem sono. Fui testar as maravilhas prome-tidas pelas duas TVs a cabo que aluguei.

Por Júpiter! Nada daquilo me interessava. Não pretendo com-prar tapetes, não vou adquirir complicadíssimos aparelhos de ma-lhação, não rezo o terço bizantino, não posso nem quero testar as receitas culinárias oferecidas e demonstradas.

A vida sexual dos golfinhos nunca me interessou e minhas preocupações presentes, passadas e futuras não estão nas grutas pré-históricas do Tibete. Tampouco preciso exorcizar os demônios que me frequentam, convivo bem com todos eles. Mudei o canal para uma cena incompreensível. Dois javalis ou coisas equivalen-tes disputavam uma fêmea, acho que da mesma espécie. Era um pornô animal narrado cientificamente por um especialista de um instituto canadense.

Apertei mais uma vez o controle remoto e vi um sujeito barba-do lendo um texto apocalíptico e anunciando o fim do mundo. Ao contrário de me despertar, deu-me sono letal. E voltei para a cama, donde não deveria ter saído. 16. A frase do texto que mostra uma variação informal do uso da

língua é:

a) “...os insones poderiam dispor de entretenimento, cultura, lazer, o diabo.”;

b) “Um dos argumentos usados para promover a venda de canais a cabo foi o da insônia.”;

c) “A TV dita aberta tinha o hábito de sair do ar por volta das duas da manhã.”;

d) “A vida sexual dos golfinhos nunca me interessou...”; e) “E voltei para a cama, donde não deveria ter saído”.

Leia a tirinha abaixo para responder a questão 17.

17. Assinale a alternativa correta sobre o texto do 1º quadrinho.

a) A relação entre linguagem verbal e visual destaca sobre-

maneira a presença da função metalinguística, conside-rando o objetivo principal do texto: apontar para possíveis técnicas de construção das diferentes linguagens.

b) A grande quantidade de traços fortes que reproduzem a chuva e a fala caudalosa do garoto estabelecem uma re-lação entre o verbal e o visual e apontam a presença da função poética, revelando cuidado especial com a cons-trução da mensagem.

c) Encontra-se na fala do garoto exclusivamente a função conativa, uma vez que estão ausentes elementos que a-pontam para uma expressividade no processo comunicati-vo.

d) Observa-se, além do emprego da função poética (marca-da pela raiva e desespero do garoto ao relatar seu so-nho), o uso destacado da função fática, presente, por e-xemplo, na linguagem formal e conotativa do monólogo.

e) A função referencial da linguagem sobrepõe-se à função emotiva, na medida em que a tira transmite essencial-mente informações de caráter objetivo.

Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e corres-pondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à es-trutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas moda-lidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exem-plo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como nor-ma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.

(Celso Cunha. Nova gramática do português Contemporâneo, adaptado)

18. O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa

e foi publicado em uma obra didática. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguís-ticas próprias do uso

a) regional, pela presença de léxico de determinada região

do Brasil. b) literário, pela conformidade com as normas da gramática. c) técnico, por meio de expressões próprias de textos cientí-

ficos d) coloquial, por meio do registro de informalidade. e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.

Page 8: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 8

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

19. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma caracterís-

tica da função conativa da linguagem é

a) a objetividade da informação transmitida. b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo. c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem. d) o emprego do verbo no modo imperativo. e) a preocupação do autor com aspectos estéticos do texto.

20. As duas propagandas abaixo referem-se à marca de um mes-mo veículo e foram divulgadas em duas revistas diferentes.

PROPAGANDA 1 “SAIR QUANDO VOCÊ DA ROTINA VAI? FUJA DO PADRÃO”

Revista Época, n.º 534, de 11 de agosto de 2008. p. 54.

PROPAGANDA 2 “EM VEZ DE UM CARRO ZERO, COMPRE UM CARRO NOVO. FUJA DO PADRÃO. Conforto e espaço interno fora do comum.”

Revista Veja, edição 2074 - ano 41 - n.º 33, 20 de agosto de 2008. p. 22.

Identifique a alternativa que analisa adequadamente o empre-go dos elementos linguísticos utilizados acima.

a) “Compre” e “fuja” são formas verbais que caracterizam a

predominância da função fática. b) Nos dois textos prevalecem o uso da função referencial. c) A expressão “Fuja do padrão”, em ambas as propagandas,

significa “comprar um carro zero”.

d) Nas propagandas 1 e 2, predomina a função conativa, porque os textos tentam persuadir o leitor a adquirir um ve-ículo.

e) Na propaganda 2, a expressão “carro novo” é empregada como sinônimo de “carro zero”.

21. A tirinha nos remete às ideias do pensador Walter Benjamim,

que refletiu sobre o surgimento da propaganda na Paris do século XIX e sobre o surgimento da nova sociedade de con-sumidores. Sob essa ótica, ao analisar o “palco da política”, ele evidencia o lado ruim do processo eleitoral, como é de-monstrado na tirinha, em que

a) a busca pela verdade dos fatos é obscurecida pelos no-

vos recursos de propaganda. b) as imagens ganham maior importância que o discurso na

apresentação das ideias. c) as qualidades dos políticos são expostas sem filtros, atra-

vés dos modernos meios de comunicação. d) a facilidade de comunicação com as massas leva o can-

didato a se adaptar aos novos meios de comunicação. e) a política se transforma em encenação e as ideias são

substituídas por imagens produzidas para seduzir o elei-tor.

Álcool, fumo e drogas: essas são as dependências mais conhecidas – e censuradas – pela sociedade. Mas há outros vícios comumente aceitos que podem ser igualmente nocivos: a depen-dência do celular, do computador, da internet e até mesmo do trabalho. Fruto das novas tecnologias, essas manias não são tóxi-cas, mas reduzem a liberdade e alteram o comportamento social das pessoas. E vêm se tornando mais e mais frequentes.

Disponível em http://programatudecides. Blogspot.com.br

22. Na comparação feita pelo texto entre as dependências mais

conhecidas e os outros vícios, podemos constatar que:

a) só os primeiros trazem problemas de saúde. b) só os segundos provocam dependência. c) só os primeiros são conhecidos. d) só os segundos estão ligados à tecnologia. e) só os primeiros reduzem a liberdade individual.

Page 9: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 9

1º SIMULADO ENEM SECULUS

23. Com base nos discursos apresentados nos quadrinhos, assi-

nale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: O propósito comunicativo está em...

a) apresentar a eficácia da preocupação para com o corpo. b) criticar o culto ao corpo, que se apresenta exacerbado na

atualidade. c) enfatizar atitudes infantis que podem atrapalhar o proces-

so de crescimento. d) denunciar os vícios que são constantes e presentes no

cotidiano familiar. e) criticar a contundente repressão dos pais que, na contem-

poraneidade, tornou-se constante.

HOJE NA HISTÓRIA: 1913 – IGOR STRAVINSKY ESTREIA EM PARIS SEU POLÊMICO BALÉ 'A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA'

Quando as cortinas do recém-inaugurado – e arquitetoni-

camente controverso – Teatro de Champs-Elysees se abriram, parecia que toda a sociedade parisiense ali estava. Havia uma grande expectativa cercando a nova produção. A publicidade do espetáculo dizia ser arte real e verdadeira que desprezava os tra-dicionais limites de espaço e tempo.

Assim que os primeiros acordes e os primeiros passos se viram e ouviram, a platéia começou a reagir ruidosamente com as-sobios, vaias e gritos. Originalmente intitulado A Vítima, o balé de Stravinsky representava uma celebração pagã em que uma virgem se sacrifica ao deus da primavera. A música era dissonante e es-tranha, enquanto a coreografia de Nijinsky marcava um radical afastamento do balé clássico, os bailarinos dobrando os dedões

dos pés e seus membros movimentando-se mecanicamente em ângulos em vez de suaves e sinuosos movimentos.

A incontrolável platéia tornou-se tão participante do espe-táculo quanto os bailarinos e músicos. Cerca de um quarto dos que protestavam foram levados para fora à força, porém não foi sufici-ente para sufocar o distúrbio. As luzes do auditório foram total-mente acesas, mas o barulho continuou.

A dançarina Piltz representava a moça do sacrifício execu-tando sua estranha dança de histeria religiosa num palco ofuscado pelas luzes fulgurantes da platéia, aparentemente acompanhando os desconexos desvarios de uma multidão de homens e mulheres encolerizados. A cobertura pela imprensa do balé – que hoje é considerado uma das grandes realizações musicais do século 20 – foi gritantemente negativa. A música foi qualificada como mero ba-rulho e a dança como uma paródia horrivelmente feia do balé tradicional. [...]

<http://operamundi.uol.com.br/ . Acesso em: 06 nov. 2015.

24. O evento referido pelo texto, a estréia do ballet A Sagração da

Primavera, de Igor Stravinsky, ocorreu em 1913. A partir das informações do texto, é possível ler esse evento como um dos mais emblemáticos exemplos de

a) necessidade de os teatros se adequarem às propostas da

arte moderna. b) subordinação das obras e dos artistas à flutuação de gos-

to e exigência de seus públicos. c) desaprovação de um contratante estatal a um conjunto de

obras artísticas encomendadas. d) desconexão conceitual, nas montagens de ballet, entre a

coreografia e a música composta. e) descompasso entre as expectativas conservadoras do

público e as inovações formais de algumas obras.

25. É possível inferir que esse gênero textual focaliza

a) o desconhecimento das chamadas “crianças digitais” de

elementos do mundo real devido ao excessivo convívio com a internet.

b) o desconhecimento dos inúmeros aprendizados que a era digital nos proporciona, enquanto usuários da internet.

c) a eficácia interativa devido ao excessivo uso da internet ou, mais especificamente, o acesso ao mundo digital.

d) o conhecimento demasiado das chamadas “crianças digi-tais” pela constante vivência com o mundo irreal.

e) a questão de confiabilidade exagerada das informações veiculadas na internet.

Page 10: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 10

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

<http://urucumdigital.com/2015/01/28/armandinho-alexandre-beck-e-o-compromisso com-o-

mundo/>.

26. Ao retratar a variedade de profissões, o autor dos quadrinhos

recorre a um conjunto de procedimentos linguísticos, por meio dos quais se estabelecem relações de sentidos, exploração de sons e/ou ainda exploração de estrutura dos enunciados.

Assinale a alternativa que apresenta o principal procedimento linguístico usado pelo autor para garantir progressão do per-curso lógico de seu texto. a) Emprego da anáfora. b) Uso constante de hipérboles. c) Emprego apenas da linguagem verbal. d) Estabelecimento de perguntas subentendidas. e) Uso de substantivos indicadores de profissões.

INTERNAUTAS

Se alguém não concorda com os críticos de cinema do jornal que compra, se vive numa nação onde parecem pouco con-fiáveis as versões oficiais dadas quando prédios caem ou trens explodem, graças à internet é fácil saber como cada assunto é vis-to nos jornais, no rádio e na televisão de outros lugares. Nem tudo é padronização. [...] Com a globalização, também vieram Google e Yahoo, as enciclopédias virtuais, a oportunidade de alcançar jor-nais e revistas em povoações aonde não chega papel, conhecer livros e espetáculos onde faltam livrarias, salas de concerto ou ci-nemas. Ser internauta aumenta, para milhões de pessoas, a possibilidade de serem leitores e espectadores. [...] Convocadas por e-mail ou por celular, reivindicações não ouvidas por organis-mos internacionais, governos e partidos políticos con-seguem coordenação e eloquência fora da mídia. As tecnologias avançadas de comunicação também servem para causar trans-tornos e des-truição, como a circulação maciça do spam, o uso de celulares para realizar ataques terroristas islâmicos em capitais ocidentais e para que as máfias planejem e ordenem, da prisão, sequestros ou tomadas de cidades na América Latina. [...] Seria melhor perguntar a quem não serve ser internauta: aos que praticam políticas cultu-rais gutemberguianas, às bibliotecas que não admitem computadores, aos que desejamos usá-los mas que deles só nos servimos pela metade porque nos sentimos estrangeiros face aos nativos digitais ou porque preferimos o prazer de escrever à mão. Àqueles que, às vezes, desejariam desconectar-se e não podem.

CANCLINI, Néstor Garcia. Leitores, espectadores e

internautas. Trad. Ana Goldberger.. (Fragmentos)

27. O texto acima é um dos capítulos de um livro do antropólogo Néstor Garcia Canclini. Ao longo dessa obra, o autor aborda questões referentes à relação que as pessoas, pensadas em seus lugares de leitoras, espectadoras e internautas, estabele-cem com as novas tecnologias de informação e comunicação. A partir dessa discussão levantada pelo texto, compreende-se que entre as dimensões da vida individual e coletiva houve

a) diminuição significativa do número de pessoas com trans-

tornos psicológicos relacionados ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos.

b) diminuição dos crimes fiscais, uma vez que a internet permite transparência no sentido de que o cidadão possa acompanhar os gastos da gestão pública.

c) aumento da intervenção política, por parte do cidadão, devido às possibilidades comunicativas e de acesso à in-formação oportunizadas pelas novas tecnologias.

d) manutenção das mesmas relações entre as pessoas e os meios de comunicação, devido a estes não alterarem o modo como as pessoas leem e se expressam.

e) aumento da confiança do cidadão nos meios oficiais de in-formação, uma vez que, com a existência da internet, tais meios não publicam distorções dos fatos.

[...] Veja como esse mundo é injusto: se toda a riqueza da

humanidade fosse dividida igualmente entre as 7,2 bilhões de pes-soas, cada um de nós teria um patrimônio de US$ 33.472 (ou quase R$ 80 mil). Todos possuiriam o suficiente para viver com dignidade e, portanto, não haveria fome, criminalidade, migrações, mendigos, favelas, mortalidade infantil e, possivelmente, nem guer-ras. Viveríamos em um mundo de paz e prosperidade.

A grande luta política e ideológica que a humanidade deve travar, hoje em dia, é convencer os setores que conseguem sobre-viver com dignidade a se unir aos que não conseguem, para com-bater esse 1% que detém uma quantidade de recursos que, se fos-se melhor distribuído, faria do mundo um lugar muito melhor.

[...] BETTO, Frei. Se a classe média acordasse. Disponível em:

<http://www.correiocidadania.com.br/>.

28. Em relação ao contexto em que o texto foi construído, é corre-

to inferir que

a) o objetivo da produção textual é comentar uma revelação em que a crítica é desnecessária.

b) a intenção comunicativa propõe-se a apontar regalias das diferentes classes sociais.

c) a intenção comunicativa é um processo de valorização, que poderia ser expresso com um pedido: ‘Veja e valori-ze-se!’.

d) o propósito do autor é fazer com que o leitor perceba a necessidade de adquirir conhecimentos alusivos a vivên-cias pessoais.

e) a intenção comunicativa põe-se além da mera informação; o texto constitui, na verdade, um pedido, que poderia ser expresso por: ‘Conscientize-se!’.

CORPO SARADO É SINÔNIMO DE VIDA SAUDÁVEL?

Nas redes sociais lá estão elas: mulheres com corpos sa-rados e esguios vendendo a ideia de que uma silhueta perfeita é sinal de vida saudável. Essa ‘fitness-mania’ tem tomado conta das mulheres que vão além dos próprios limites para se enquadrar na ditadura da beleza (e do que é definido como boa saúde). Quando não conseguem ser ‘aceitas’ pelos padrões, são engolidas pela baixa autoestima, pela ansiedade e pela depressão.

A psicóloga clínica Camila Mareze, especialista no trata-mento de transtornos alimentares e obesidade pelo Hospital das Clínicas – USP, revela que cada vez mais recebe em seu consultó-rio pessoas infelizes por não conseguirem ser como o padrão

Page 11: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 11

1º SIMULADO ENEM SECULUS

estabelecido. Esse descontentamento se reflete em várias áreas da vida.

“A ‘felicidade’ está sendo cada vez mais associada aos extremos. Não basta ser saudável, tem que ser sarado. Tem que correr e não caminhar. Como os padrões são sempre 8 ou 80, ca-da vez mais as pessoas adotaram esses pensamentos, ou seja, se não for para ‘malhar ou correr’, é melhor não fazer nada. Isto está desencadeando cada vez mais transtornos alimentares como a compulsão”, alerta. [...]

A gente sabe que a obesidade está muito ligada aos pro-blemas de saúde. Mesmo os gordinhos que gozam de boa saúde estão muito mais propensos a terem doenças relacionadas ao grande excesso de peso em curto prazo. Entretanto, isso não quer dizer que uma pessoa que não esteja absolutamente dentro do pa-drão de peso esperado tenha a saúde debilitada. Pelo contrário.

“Hoje nem se respeita mais o perfil do nosso povo. A bra-sileira tem o corpo com curvas e cada mulher tem um tipo. O que vemos hoje é uma padronização: se não se encaixa em todos os itens, não é bonita. E, consequentemente, não será aceita”, diz. “Um corpo sarado está associado à beleza e não à saúde!”, defen-de Camila.

Com a autoestima e a autoaceitação abaladas a mulher está se submetendo a qualquer coisa para se encaixar no padrão, para pertencer e deixar de ser ‘excluída’. É fato que todos nós gos-tamos de ser aceitos, mas se importar com a opinião de algumas pessoas a ponto de perder a identidade é outra coisa. [...]

http://www.vilamulher.com.br/bem-estar/fitness/corpo-sarado-e-sinonimo-de-vidasaudavel

29. O texto acima faz menção a um tipo de comportamento co-

mum por parte de muitas mulheres e homens em nossos dias. No texto, o foco é o comportamento feminino. Tomando como referência as informações e argumentos apresentados pela autora, conclui-se que

a) a mulher brasileira, por ser predominantemente obesa, a-

inda que busque se enquadrar em outros padrões de beleza, não obtém sucesso uma vez que seu biótipo é di-ferente do europeu.

b) as mulheres que praticam exercícios físicos o fazem moti-vadas pelos modelos de beleza veiculados pelas redes sociais e pelo desejo de se sentirem mais atraentes para seus parceiros.

c) a motivação das mulheres que praticam exercícios físicos é a busca por uma saúde melhor, fato que está, natural-mente, associado à boa forma corporal veiculada pelos meios de comunicação.

d) a maioria das mulheres, uma vez que não é influenciada pelas expectativas de beleza que a mídia e as redes soci-ais veiculam, pratica exercícios físicos exclusivamente por almejar boa saúde.

e) a motivação de muitas mulheres, para praticarem exercí-cios físicos, tem menos a ver com a busca por boa saúde e mais com a tentativa de se enquadrar em padrões de beleza física em geral reforçados pela mídia.

• Um povo, que depende do governo para se manter vivo, é como o cordeiro que depende do lobo.

Poder Popular - Site de notícias/mídia.

30. A partir da análise do contexto apresentado acima, pode-se in-ferir que

a) a sociedade é independente do governo, quando há proje-

tos sociais de transferência de renda. b) o povo não necessita do poder público para resolver os

problemas da sociedade. c) a permanência da desigualdade social mantém o povo

subjugado ao um Estado paternalista. d) o povo confia em um governo paternalista, pois este é

comprometido com o bem-estar social. e) os benefícios sociais são importantes para o povo viver

sem auxílio governamental.

O que é Literatura?

A literatura, como manifestação artística, tem por finalidade recriar a realidade a partir da visão de determinado autor (o artis-ta), com base em seus sentimentos, seus pontos de vista e suas técnicas narrativas. O que difere a literatura das outras manifesta-ções é a matéria-prima: a palavra que transforma a linguagem utilizada e seus meios de expressão. Porém, não se pode pensar ingenuamente que literatura é um “texto” publicado em um “livro”, porque sabemos que nem todo texto e nem todo livro publicado são de caráter literário.

(Extraído de http://www.soliteratura.com.br/introducao/, em 13/02/13)

31. (FACID/ADAPTADA) O texto reforça as diferenças que po-

dem ser detectadas entre um texto literário e um não literário, e, acerca desse aspecto,

a) o texto literário caracteriza-se pela despreocupação com

o valor criativo da palavra, enquanto que o não literário valoriza o som e a cor das palavras.

b) não se pode afirmar que haja diferenças significativas en-tre o texto literário e o não literário, pois elas são bastante sutis.

c) No texto literário, há uma preocupação em se retratar a verdade, o que nem sempre se nota no não literário.

d) No texto não literário, o autor utiliza-se da imaginação e da criatividade para produzir um texto em que prevaleça a atmosfera de mistério, com a presença de rimas ricas.

e) O texto literário proporciona, através da conotação, várias leituras e interpretações, pois explora a expressividade da linguagem por meio da polissemia.

32. (UFSM-RS/ADAPDATA) Diante da leitura do texto e das re-flexões sobre o texto literário, entende-se que a função da Literatura isenta-se de

a) integrar, mental e socialmente, narrador e personagem,

independentemente de época e lugar em que se passa a ação narrativa.

b) relacionar o leitor com o autor, através de um texto artisti-camente construído.

c) proporcionar distração e prazer, ao mesmo tempo em que promove o conhecimento.

d) transportar o leitor para um mundo de sonho e fantasia, desvinculando esse mundo dos problemas da realidade.

e) comprometer autor e leitor com uma realidade existente dentro da obra.

Textos para a questão seguinte: Texto 01

Descuidar do lixo é sujeira

Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência [de uma das filiais do Mc Donald's] depo-sita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão,

Page 12: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 12

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10 isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentá-vel banquete de mendigos.

Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixan-do os restos espalhados pelo calçadão.

Veja. São Paulo: Abril, 23 dez 1992

Texto 02 O bicho

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. In: Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/ MEC, 1971. p.

33. (JAT) Pode-se afirmar que o que faz com que o primeiro texto

não seja literário e o segundo sim é, especialmente,

a) o tema abordado, de conotação social, enfocando critica-mente o assunto.

b) o enfoque universal do primeiro texto, enquanto o segun-do é mais circunstancial.

c) o trabalho com a linguagem, onde no primeiro temos a linguagem denotativa enquanto que no segundo, a cono-tativa.

d) a denúncia social que o primeiro texto faz, pois tal aspec-to não é uma preocupação literária.

e) a linguagem conotativa do primeiro, enquanto que o se-gundo possui uma linguagem denotativa.

Leia o texto abaixo para responder a próxima questão.

Notícia de Jornal Tentou contra a existência no humilde barracão Joana de tal, por causa de um tal João Depois de medicada, retirou-se pro seu lar Aí a notícia carece de exatidão O lar não mais existe, ninguém volta ao que acabou Joana é mais uma mulata triste que errou Errou na dose Errou no amor Joana errou de João Ninguém notou Ninguém morou Na dor que era o seu mal A dor da gente não sai no jornal

(Luís Reis – Haroldo Barbosa / interpretada por Chico Buarque)

34. (UFMA-PSG) O texto literário recria a realidade por meio de

um trabalho com a linguagem que faz com que a realidade en-focada seja vista criticamente. No texto acima, a objetividade e frieza no enfoque jornalístico da notícia é criticada em

a) A dor da gente não sai no jornal. b) Joana de tal, por causa de um tal João c) Joana é mais uma mulata triste que errou. d) O lar não mais existe, ninguém volta ao que acabou. e) Depois de medicada, retirou-se pro seu lar.

35. (ARL) A Arte Literária possui inúmeras funções, ampliando a maneira de interpretar o mundo e, assim, vê-lo criticamente. Dessa forma,

a) a Literatura é uma das artes mais complexas. Seu instru-

mento, a palavra, gera possibilidades limitadas de expres-são, já que não chega a admitir várias reflexões e senti-dos (conotação)

b) por meio da palavra escrita o homem fez registros de or-dem documental e prática, firmou acordos e contratos, enviou mensagens, colecionou informações e dados. A Li-teratura se enquadra nesse âmbito de produção textual.

c) Ler é uma experiência meramente cognitiva, isto é, apri-mora o intelectual não gerando nada de prazeroso. É in-corporar novas perspectivas e adquirir repertórios intelec-tuais, não garantindo que saia-se de uma postura sub-missa e passiva.

d) A Literatura é parte fundamental da cultura dos povos civi-lizados. A cultura é tudo o que deriva do convívio huma-no, da interação do homem com seu universo físico e es-piritual.

e) A relação interativa entre o ser e seu tempo gera várias consequências, uma delas é que a Arte, em quaisquer de suas manifestações, se mantém imutável desde o princí-pio dos tempos.

Observe o texto abaixo para responder às 03 questões seguintes:

E O ANJO SE FOI

Ele chegou como chega a noite: sem pressa, sem ruí-do. Nada trazia a não ser o sujo das lonjuras grudado nas retinas. Impossível adivinhar-lhe a idade, mas o algodão encardido da ca-rapinha denunciava muitas luas. Quando lhe perguntaram de onde vinha, respondeu, sem muita convicção: “De muito longe”, o que tanto podia significar de qualquer lugar como de lugar nenhum. Pediu água e farinha. Acomodou-se numa nesga de sombra, co-meu, bebeu e dormiu como um felino saciado.

Mal o avistei, pressenti nele um anjo. O nome o confir-mou: Edisón do Ministério de Nossa Senhora. Não era o anjo de luz, desses que anunciam boas novas; era um anjo negro, trôpego, um tantinho estúrdio; um anjo decaído. Estou certo de que não fora expulso do reino dos justos nem objeto da ira santa do Senhor. Com certeza, perdera-se pelos desvãos do infinito e, bêbado de azul, pousou em nossa casa. Era setembro de 63, se não me trai a memória. Dona Purcina, “a matriarca dos loucos”, o acolheu como a um filho, e ele foi ficando. A casa ficou um pouco menor, mas muito mais alegre.

Edisón era um ser singular. Pra começo de conversa, aboliu do seu magro universo vocabular o abominável pronome EU. Se queria água, por exemplo, limitava-se a dizer: “Ele quer beber”. Adorava café forte, detestava banho, entendia-se relativa-mente bem com as moscas e com os cães vadios. No mais, com-prazia-se em conversar com o vento e jogar loas quando avistava mulher bonita. A preferida: “Joguei o lenço pra riba / da fulô da ma-ravia / deu no ouro, deu na prata / deu na moça que eu queria”, para, em seguida, corrigir-se: “que ele queria”.

Quando meu pai perdeu a visão, Edisón foi-lhe a mais constante companhia. Conversavam por horas a fio e, muito embo-ra falassem línguas diferentes, acabavam entendendo-se. O mês-mo ocorreu quando o mal de Alzheimer sequestrou d. Purcina. E-disón foi uma das poucas pessoas de quem jamais esqueceu o nome. Para ela, ele continuava sendo o seu filho “menos doido”.

A última vez que o vi foi no carnaval deste ano. Estava alegre, lampeiro, bem disposto. Mal me avistou, fez questão de di-zer que era poeta e, para o confirmar, emendou de primeira: “Torrado é quina-quina / imburana é pau de abeia / gravata de boi é canga / e paletó de nego é peia”. Satisfeito com a própria per-formance, sorriu, exibindo os dois cacos de dentes que lhe resta-vam.

Page 13: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 13

1º SIMULADO ENEM SECULUS

Há duas semanas a dengue o devolveu ao mundo dos seus. Não deixou dívidas, espólio, herdeiros. Partiu como chegou: sem pressa, sem ruído. A casa onde viveu os últimos 37 anos con-tinua lá, enorme, vazia...

(SANTOS, Cineas. As Despesas do Envelhecer. Teresina: Corisco, 2001. p. 25-26)

36. (ARL) A expressão destacada no trecho “... o devolveu ao

mundo dos seus” se refere a (ao):

a) Mundo dos loucos. b) Mundo dos Anjos. c) Mundo dos imortais. d) Lugar conhecido de onde veio. e) Casa onde estava hospedado.

37. (ARL) A expressão destacada na passagem “No mais, com-prazia-se em conversar com o vento e jogar loas quando avistava mulher bonita.”, semanticamente significa:

a) jogar conversa fora. b) “cantadas” de mal gosto. c) dizer mentiras. d) expressões grosseiras. e) elogios simples e inocentes.

38. (ARL) O texto enfoca uma realidade cotidiana com uma lin-guagem leve, despojada, mostrando

a) que o personagem descrito é de origem conhecida, pois

veio de bem longe e chegou à casa de D. Purcina saben-do para onde vinha.

b) uma recusa do protagonista em utilizar o pronome EU somente porque tinha consciência que o mesmo era a-bominável.

c) que o narrador chamou o personagem principal de “anjo negro” por entender que este veio para anunciar boas no-tícias.

d) se tratar de um texto terno, singular e de louvação ao companheirismo e a solidariedade entre as pessoas inde-pendentemente da sua origem, raça e classe social.

e) a amizade do “anjo” e D. Purcina como fundamental para a cura da doença desta, uma vez que ela só reconhecia a ele como seu filho.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 02 QUESTÕES:

Cantiga de Amor Afonso Fernandes

Senhora minha, desde que vos vi, lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não o posso mais e decidi que saibam todos o meu grande amor, a tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi. Já que assim é, eu venho-vos rogar que queirais pelo menos consentir que passe a minha vida a vos servir (...)

(www.caestamosnos.org/efemerides/118. Adaptado)

39. (IFSP) Observando-se a última estrofe, é possível afirmar que

o apaixonado

a) se sente inseguro quanto aos próprios sentimentos. b) se sente confiante em conquistar a mulher amada. c) se declara surpreso com o amor que lhe dedica a mulher

amada. d) possui o claro objetivo de servir sua amada. e) conclui que a mulher amada não é tão poderosa quanto

parecia a princípio.

40. (IFSP) Uma característica desse fragmento, também presente em outras cantigas de amor do Trovadorismo, é

a) a certeza de concretização da relação amorosa. b) a situação de sofrimento do eu lírico. c) a coita de amor sentida pela senhora amada. d) a situação de felicidade expressa pelo eu lírico. e) o bem-sucedido intercâmbio amoroso entre pessoas de

camadas distintas da sociedade.

Leia o soneto abaixo de Camões e responda às 05 questões se-guintes:

Busque Amor novas artes, novo engenho Para matar-me, e novas esquivanças; Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê; Que dias há que na alma me tem posto Um não-sei-quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei por quê.

41. (PUC-RS) Neste poema é possível reconhecer que uma dialé-

tica amorosa trabalha a oposição entre:

a) O bem e o mal. b) A proximidade e a distância. c) O desejo e a idealização. d) A razão e sentimento. e) O mistério e a realidade.

42. (PUC-RS) Uma imagem de forte expressividade deixa implíci-ta uma comparação com o arriscado jogo de amor. Assinalar a alternativa que contém essa imagem:

a) O engenho do amor. b) O perigo da segurança. c) Naufrágio em bravo mar. d) Mar tempestuoso. e) Um não sei quê.

43. (UFPI) No soneto em estudo, Camões:

a) Celebra a expansão ultramarina portuguesa. b) Valoriza o antropocentrismo, negando Deus. c) Determina a origem dos sentimentos. d) Foge das utopias e dos valores vigentes na época. e) Reconhece a mudança dos seres e dos sentimentos.

44. (UFPI) Assinale a opção cujo par de caracterização melhor se aplica ao Amor, a quem o poeta se dirige no verso 1.

a) temeroso / descuidado; b) perigoso / sutil; c) sedutor / sutil; d) esperançoso / mutável; e) engenhoso / triste.

Page 14: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 14

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

45. Após uma leitura atenta do poema em questão, percebemos ser inadequado afirmarmos que:

a) O poema pode ser dividido em duas partes: 1ª - os dois

quartetos: o sujeito diz que, em seu estado desesperado, nenhum mal pode piorar sua situação; 2ª - os dois terce-tos: apesar de tudo, Amor ainda lhe reserva um mal inde-finível.

b) Os versos “Olhai de que esperanças me mantenho!” e “Vede que perigosas seguranças! “ contêm ironia carre-gada de amargura.

c) O sentido dos versos 7-8 é que está no meio do mar bra-vo, sem nenhum barco ou navio (“lenho”), não pode temer nenhuma virada da sorte que piore sua situação.

d) O poema se encerra com uma engenhosa definição do Amor: “Um não-sei-quê, que nasce não sei onde, / Vem não sei como, e dói não sei por quê.”

e) Os dois versos finais do poema são uma explicação pre-cisa do “mal que mata e não se vê”.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

46. Antônio Carlos levou seu filho Fernando Antônio para fazer

um passeio no Rio do Peixe cujas margens são paralelas. No local aonde eles foram, havia uma ponte que ligava a mar-gem r com uma ilha localizada pelo ponto B e uma outra ponte ligando a ilha com o ponto C na outra margem, como mostra a figura seguinte. Se o ângulo agudo que a margem forma com AB mede 18° e o ângulo ABC mede 92°, então, a medida do ângulo obtuso que a margem s forma com a ponte BC é:

a) 102° b) 104° c) 106° d) 108° e) 110°

47. (OBMEP) Na figura, os dois triângulos ABC e FDE são eqüi-láteros. O valor do ângulo x é

a) 30° b) 40° c) 50° d) 60° e) 70°

48. Arthur pretende encontrar um tesouro que está escondido no Parque do Ibirapuera em São Paulo. Segundo seu mapa, ele primeiro deve achar as árvores localizadas nos pontos A, B e C que aparecem na figura seguinte. Depois, ele deve locali-zar o ponto S onde a bissetriz do ângulo BAC encontra o lado BC do triângulo ABC. Finalmente, ele encontrará o tesouro no ponto T onde a bissetriz do ângulo ASC encontra o lado AC. Se o ângulo ABC vale 62° e o ângulo ACB vale 34°, então, a medida do ângulo STC é igual a

a) 94° b) 95° c) 96° d) 97° e) 98°

49. A figura abaixo mostra a trajetória de uma bola de bilhar. Sa-be-se que, quando ela bate na lateral da mesa (retangular), forma um ângulo de chegada que sempre é igual ao ângulo de saída. A bola foi lançada da caçapa A, formando um ângu-lo de 45° com o lado AD.

Sabendo-se que o lado AB mede 2 unidades e BC mede 3 unidades, a bola

a) cairá na caçapa A. b) cairá na caçapa B. c) cairá na caçapa C. d) cairá na caçapa D. e) não cairá em nenhuma caçapa.

50. (UECE) Sejam P e Q polígonos regulares. Se P é um hexá-gono e se o número de diagonais do Q, partindo de um vértice, é igual ao número total de diagonais de P, então a medida de cada um dos ângulos internos de Q é: a) 144° b) 150° c) 156° d) 162° e) 170°

MATEMÁTICA

Page 15: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 15

1º SIMULADO ENEM SECULUS

51. Sabendo que a figura abaixo nos mostra um mosaico onde todos os pentágonos são regulares e iguais entre si, então x + y é igual a:

a) 240° b) 216° c) 224° d) 232° e) 220°

52. Este problema consiste em planejar o melhor itinerário para as férias. As figuras 1 e 2 mostram um mapa da região e as distâncias entre as cidades. Figura 1: Mapa das estradas de ligação entre as cidades.

Figura 2: Caminho mais curto, por estrada, entre as cidades, em quilômetros.

O caminho mais curto, por estrada, entre Nuben e Kado tem

a) 850 km b) 950 km c) 1000 km d) 1050 km e) 1300 km

53. A figura mostra a vista superior de um parque circular de diâ-metro AB e centro O. Todos os segmentos desenhados no interior da circunferência representam os caminhos em linha reta para os pedestres

Uma pessoa caminhou em linha reta do ponto B ao ponto C, percorrendo 600 m, e em seguida foi em linha reta de C até A, percorrendo 800 m. De acordo com a ilustração, é possí-vel afirmar que o raio deste parque circular, em metros, cor-responde a a) 250 b) 300 c) 400 d) 500 e) 1000

54. (Vunesp) Uma praça possui a forma da figura abaixo, onde ABCE é um quadrado, CD = 500 m, ED = 400 m. Um poste de luz foi fixado em P, entre C e D. Se a distância do ponto A até o poste é a mesma, quando se contorna a praça pelos dois caminhos possíveis, tanto por B como por D, conclui-se que o poste está fixado a:

a) 300 m do ponto C. b) 300 m do ponto D. c) 275 m do ponto D. d) 250 m do ponto C. e) 175 m do ponto C.

55. (VUNESP) Uma certa propriedade rural tem o formato de um trapézio como na figura. As bases WZ e XY do trapézio me-dem 9,4 km e 5,7 km, respectivamente, e o lado YZ margeia um rio.

Se o ângulo XYZ é o dobro do ângulo XWZ, a medida, em km, do lado YZ que fica à margem do rio é:

a) 7,5. b) 5,7. c) 4,7. d) 4,3. e) 3,7.

Page 16: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 16

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

56. (EPCAr) O perímetro de um paralelogramo é 108 cm. A soma de dois lados opostos é 2/5 do perímetro. Calculando o valor da diferença entre as medidas do lado maior e do lado menor do referido paralelogramo, obtém-se:

a) 10,5 cm b) 10,8 cm c) 11,6 cm d) 12,0 cm e) 21,0 cm

57. (UFPE) Um barco está sendo rebocado para a margem de um porto por um cabo de aço. Inicialmente, o barco está no ponto A da ilustração, quando o cabo tem comprimento de 100m. Após puxar o cabo de 20m, o barco ocupa a posição B. Nessas condições, podemos afirmar que a distância AB é:

a) Maior que 20 m b) Igual a 20 m c) Igual a 19 m d) Igual a 18 m e) Menor que 18 m

58. (OBM) Dois triângulos equiláteros de perímetro 36 cm cada, são sobrepostos de modo que a região comum dos triângulos seja um hexágono com pares de lados paralelos, conforme a figura abaixo. O perímetro desse hexágono é

a) 12 cm b) 16 cm c) 18 cm d) 24 cm e) 36 cm

59. (ENEM) Para confeccionar, em madeira, um cesto de lixo que comporá o ambiente decorativo de uma sala de aula, um mar-ceneiro utilizará, para as faces laterais, retângulos e trapézios isósceles e, para o fundo, um quadrilátero, com os lados de mesma medida e ângulos retos. A figura que representa o formato de um cesto que possui as características estabelecidas é

60. Num quadrilátero convexo, a soma de dois ângulos internos consecutivos mede 190°. O maior dos ângulos formados pe-las bissetrizes internas dos dois outros ângulos mede: a) 105° b) 100° c) 90° d) 95° e) 85°

61. Uma falsa relação O cruzamento da quantidade de horas estudadas com o de-sempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estu-dantes (Pisa) mostra que mais tempo na escola não é garantia de nota acima da média.

*Considerando as médias de cada país no exame de matemática. Nova Escola, São

Paulo, dez. 2010 (adaptado) (Foto: Reprodução)

Dos países com notas abaixo da média nesse exame, aquele que apresenta maior quantidade de horas de estudo é a) Filândia. b) Holanda. c) Israel. d) México. e) Rússia.

Page 17: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 17

1º SIMULADO ENEM SECULUS

62. João é morador de Brasília, a capital do Brasil. Ele mora na SQN 202, trabalha na SQN 204, e percorre diariamente o tra-jeto indicado no mapa abaixo, seguindo de A até B.

Orientando-se pelos pontos cardeais desenhados no mapa, qual é a orientação da trajetória que João deve seguir desde sua residência até seu local de trabalho? a) oeste – norte – oeste. b) oeste – leste – oeste. c) leste – leste – norte – oeste. d) leste – sul – leste – norte – oeste. e) oeste – sul – oeste – norte – oeste.

63. As curvas de oferta e de demanda de um produto represen-tam, respectivamente, as quantidades que vendedores e con-sumidores estão dispostos a comercializar em função do pre-ço do produto. Em alguns casos, essas curvas podem ser representadas por retas. Suponha que as quantidades de ofer-ta e de demanda de um produto sejam, respectivamente, re-presentadas pelas equações:

QO = – 20 + 4P QD = 46 – 2P

em que QO é quantidade de oferta, QD é a quantidade de demanda e P é o preço do produto.

A partir dessas equações, de oferta e de demanda, os eco-nomistas encontram o preço de equilíbrio de mercado, ou seja, quando QO e QD se igualam. Para a situação descrita, o valor do preço de equilíbrio é de a) 5. b) 11. c) 13. d) 23. e) 33.

64. Uma torneira gotejando diariamente é responsável por gran-des desperdícios de água. Observe o gráfico que indica o desperdício de uma torneira:

Se y representa o desperdício de água, em litros, e x repre-senta o tempo, em dias, a relação entre x e y é:

a) y = 2x. b) y = (1/2)x. c) y = 60x. d) y = 60x + 1. e) y = 80x + 50.

65. O gráfico a seguir mostra o início da trajetória de um robô que parte do ponto A (2, 0), movimentando-se para cima ou para a direita, com velocidade de uma unidade de comprimento por segundo no plano cartesiano. O gráfico exemplifica uma traje-tória desse robô, durante 6 segundos.

Supondo que esse robô continue essa mesma trajetória, qual será sua coordenada após 18 segundos de caminhada, con-tando o tempo a partir do ponto A?

a) (0, 18). b) (18, 2). c) (18, 0). d) (14, 6). e) (6, 14).

66. O dono de uma farmácia resolveu colocar à vista do público o gráfico mostrado a seguir, que apresenta a evolução do total de vendas (em Reais) de certo medicamento ao longo do ano de 2011.

Gráfico da questão 148 do Enem 2012 (Foto: Reprodução/Enem)

Page 18: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 18

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10 De acordo com o gráfico, os meses em que ocorreram, res-pectivamente, a maior e a menor venda absolutas em 2011 foram

a) março e abril. b) março e agosto. c) agosto e setembro. d) junho e setembro. e) junho e agosto.

67. A obsidiana é uma pedra de origem vulcânica que, em contato com a umidade do ar, fixa água em sua superfície formando uma camada hidratada. A espessura da camada hidratada aumenta de acordo com o tempo de permanência no ar, pro-priedade que pode ser utilizada para medir sua idade. O gráfico que segue mostra como varia a espessura da camada hidratada, em mícrons (1 mícron = 1 milésimo de milímetro) em função da idade da obsidiana.

Com base no gráfico, pode-se concluir que a espessura da camada hidratada de uma obsidiana

a) é diretamente proporcional à sua idade. b) dobra a cada 10 000 anos. c) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais jovem. d) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais velha. e) a partir de 100 000 anos não aumenta mais.

68. Sob pressão constante, conclui-se que o volume V , em litros,

de um gás e a temperatura em graus Celsius estão relaciona-

dos por meio da equação 273

00

TVVV , onde 0V denota o

volume do gás a C0 . Assim, a expressão que define a

temperatura como função volume V é

a) 00

273V

VVT

.

b)

0

0

273V

VVT

.

c)

0

0273

V

VVT

.

d)

0

0273

V

VVT

.

e)

0

0 )(.273V

VVT

.

69. Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem ainda inúmeras restrições teóricas ao uso e às faixas de normalidade preconizadas. O Recíproco do Índice Ponderal (RIP), de acordo com o mesmo modelo alométrico, possui uma melhor fundamentação matemática, já que a mas-sa é uma variável de dimensões cúbicas, e a altura, uma variável de dimensões lineares. As fórmulas que determinam esses índices são:

2)(

)(

maltura

kgmassaIMC

3 )(

)(

kgmassa

cmalturaRIP

Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta IMC igual

a 2/25 mkg , então ela possui RIP igual a

a) 3

1

/4,0 kgcm.

b) 3

1

/5,2 kgcm.

c) 3

1

/8 kgcm.

d) 3

1

/20 kgcm.

e) 3

1

/40 kgcm.

70. Os tamanhos de chapéus masculino na Inglaterra, França e

Estados Unidos são diferentes. A função 8

)1()(

x

xf

converte os tamanhos franceses para os ingleses, e a função

xxg 8)( converte os tamanhos norte-americanos para os

franceses. A função a seguir que converte o tamanho x dos

norte-americanos para o tamanho )(xh dos ingleses é

a) 8

1)( xxh .

b) 8

1)(

x

xh .

c) 8

1)(

x

xh .

d) 8

12)(

x

xh .

e) 18)( xxh .

71. O banco A cobra uma tarifa para manutenção de conta (TMC) da seguinte forma: uma taxa de R$ 10,00 mensais e mais uma taxa de R$ 0,15 por cheque emitido. O banco B cobra de TMC uma taxa de R$ 20,00 mensais e mais uma taxa de R$ 0,12 por cheque emitido. O Sr. Carlos Henrique é correntista dos dois bancos e emite, mensalmente, 20 cheques de cada ban-co. A soma das TMCs, em reais, pagas mensalmente por ele aos bancos é

Page 19: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 19

1º SIMULADO ENEM SECULUS

a) 10,15. b) 20,12. c) 30,27. d) 35,40. e) 50,27.

72. Um provedor de acesso à internet oferece dois planos para seus assinantes:

Plano A – Assinatura mensal de R$ 8,00 mais R$ 0,03 por cada minuto de conexão durante o mês. Plano B – Assinatura mensal de R$ 10,00 mais R$ 0,02 por cada minuto de conexão durante o mês. Acima de quantos minutos de conexão por mês é mais eco-nômico optar pelo plano B? a) 160. b) 180. c) 200. d) 220. e) 240.

73. A professora Matilde realizou uma atividade com seus alunos utilizando canudos de refrigerante para montar figuras, onde cada lado foi representado por um canudo. A quantidade de canudos (C) de cada figura depende da quantidade de qua-drados (Q) que formam cada figura. A estrutura de formação das figuras está representada a seguir.

A expressão que fornece a quantidade de canudos em função da quantidade de quadrados de cada figura é

a) C = 4Q. b) C = 3Q + 1. c) C = 4Q – 1. d) C = Q + 3. e) C = 4Q – 2.

74. O gráfico refere-se às temperaturas de uma determinada ci-dade, nos 11 primeiros dias do mês de dezembro.

Ao observar esse gráfico, você pode notar que, em alguns di-as do mês de dezembro, ocorreram temperaturas negativas, e, em outros, temperaturas positivas. De acordo com o gráfico pode-se concluir que

a) a temperatura manteve-se constante em todo o período. b) nos primeiros dias do mês, as temperaturas foram as

mais baixas do período. c) nos 8 primeiros dias a temperatura foi sempre positiva. d) após o sétimo dia a temperatura decresceu até o final do

período. e) no terceiro dia a temperatura foi positiva.

75. Uma indústria fabrica um único tipo de produto e sempre ven-de tudo o que produz. O custo total para fabricar uma quanti-dade q de produtos é dado por uma função, simbolizada por CT, enquanto o faturamento que a empresa obtém com a venda da quantidade q também é uma função, simbolizada por FT. O lucro total (LT) obtido pela venda da quantidade q de produtos é dado pela expressão LT(q) = FT(q) – CT(q). Considerando-se as funções FT(q) = 5q e CT(q) = 2q + 12 como faturamento e custo, a quantidade mínima de produtos que a indústria terá de fabricar para não ter prejuízo é de

a) 0. b) 1. c) 3. d) 4. e) 5.

76. (G1 - EPCAR (CPCAR) 2016) As idades de dois irmãos hoje são números inteiros e consecutivos.

Daqui a 4 anos, a diferença entre as idades deles será1

10da

idade do mais velho.

A soma das idades desses irmãos, hoje, é um número a) primo. b) que divide 100 c) múltiplo de 3 d) divisor de 5 e) 12

77. (G1 - IFSC 2016) Márcia e Leandro são profissionais liberais e

compraram uma sala retangular de 290 m . Eles querem fazer

uma reforma para que cada um tenha sua sala. Para isso, irão

construir um corredor retangular de 1,5 m de largura e duas

salas quadradas de mesma área, aproveitando a área total da sala.

É CORRETO afirmar que, depois da reforma, a medida do la-do das salas será de a) 6 m b) 12 m c) 5,5 m d) 7 m e) 24 m

Page 20: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUSDECAMPEÕES - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 20

1º SIMULADO MENSAL – #SECULUS10

78. (G1 - IFSC 2016) Para encher um reservatório de água, estão conectadas a ele duas torneiras com vazões diferentes. A pri-meira torneira enche esse reservatório em 15 horas e, a se-gunda, em 10 horas. A fração, em relação à capacidade total do reservatório que representaria a quantidade de água eliminada pelas torneiras se elas ficassem abertas ao mesmo tempo, durante 2 horas é

Assinale a alternativa CORRETA.

a) 1 3

b) 2 25

c) 1 150

d) 1 6

e) 2 15

79. (Uece 2016) Ao fatorarmos o número inteiro positivo n, obte-

mos a expressão x yn 2 5 , onde x e y são números

inteiros positivos. Se n admite exatamente 12 divisores posi-

tivos e é menor do que o número 199, então, a soma x y é

igual a

a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 12

80. (Uece 2016) Se o resto da divisão do número natural n por 20 é igual a 8 e o número natural r é o resto da divisão do mes-

mo número por 5, então, o valor de 3r é igual a

a) 1.

b) 1

.8

c) 1

.27

d) 1

.64

e) 12

81. (G1-IFPE/2016) Na Escola Pierre de Fermat, foi realizada uma gincana com o objetivo de arrecadar alimentos para a monta-gem e doação de cestas básicas. Ao fim da gincana, foram

arrecadados 144 pacotes de feijão, 96 pacotes de açúcar,

192 pacotes de arroz e 240 pacotes de fubá. Na montagem

das cestas, a diretora exigiu que fosse montado o maior nú-mero de cestas possível, de forma que não sobrasse nenhum pacote de alimento e nenhum pacote fosse partido.

Seguindo a exigência da diretora, quantos pacotes de feijão teremos em cada cesta? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

82. (G1 - cps 2016) Todos aqueles que tiveram oportunidade de lidar com imóveis rurais se depararam com uma unidade de medida de terras denominada alqueire, o que usualmente vem seguido de uma dúvida: será o alqueire mineiro, com seus

4,84 ha, o paulista, equivalente a 2,42 ha, ou até mesmo o

chamado alqueirão, com 19,36 ha?

<http://tinyurl.com/nk237dd> Acesso em: 15.08.2015.

O Sr. João tem terras produtivas e sabe que pode colher 48

sacas de soja por hectare de plantação. Em sua fazenda, ele

plantou 5 alqueires paulistas de soja.

Assim sendo, o número de sacas que o Sr. João espera co-lher é mais próximo de

a) 250.

b) 580.

c) 840.

d) 1.160.

e) 4.640.

83. (G1 - IFSC 2016) Uma empresa exportadora recebeu um pe-dido de 50 toneladas de grãos de soja. O cliente exigiu que a

soja fosse embalada em sacas de 60 kg e que cada saca a-

presentasse sua massa em libras.

É CORRETO afirmar que a indicação, expressa em libras, em cada saca foi de

a) 132.000 lb.

b) 110 lb.

c) 200 lb.

d) 660 lb.

e) 132 lb.

84. (Faculdade Albert Einstein 2016) Dispõe-se de 900 frascos de um mesmo tipo de medicamento e pretende-se dividi-los

igualmente entre X setores decerto hospital. Sabendo que, se tais frascos fossem igualmente divididos entre 3 setores a menos, cada setor receberia15 frascos a mais do que o pre-

visto inicialmente, então X é um número

a) menor do que 20. b) maior do que 50. c) quadrado perfeito. d) primo. e) quadrado imperfeito.

85. (G1 - EPCAR (CPCAR) 2016) Sobre os números reais positi-vos a, b, c, d, p e q, considere as informações abaixo:

I.

1

3(abc) 0,25

e

1

2(abcd) 2 10

II. 3 p 32

eq 243

O valor de 1

5

dx

(pq)

é um número

Page 21: #SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO …colegioseculus.com.br/wp-content/uploads/2016/03/1...1º simulado mensal " linguagens along a fifty #seculusdecampeÕes - colÉgio

#SECULUS10 - COLÉGIO SECULUS - PORQUE O SUCESSO TEM PRESSA pg. 21

1º SIMULADO ENEM SECULUS

a) racional inteiro. b) decimal periódico. c) decimal exato menor que 1 d) decimal exato maior que 1 e) 10

86. (Uece 2015) O número de divisores positivos do produto das

raízes da equação 22x 114x 56 0 é

a) 12 b) 10 c) 8 d) 6 e) 11

87. (Acafe 2015) Um grupo de 216 mulheres e 180 homens ins-

creveram-se como voluntários para visitar pessoas doentes em hospitais de uma cidade. Todas as pessoas inscritas serão divididas em grupos segundo o seguinte critério: todos os gru-pos deverão ter a mesma quantidade de pessoas, e em cada grupo só haverá pessoas do mesmo sexo.

Nessas condições, se grupos distintos deverão visitar hospi-tais distintos, o menor número de hospitais a serem visitados é um número: a) par. b) divisível por 6. c) quadrado perfeito. d) primo. e) 120

88. (G1 - IFSC 2015) Em uma loja existem três relógios cucos desregulados. O primeiro toca o cuco a cada 12min, o segun-do a cada 22min e o terceiro a cada 39min Se os três cucos tocaram juntos às quinze horas da tarde, é CORRETO afirmar que eles tocarão juntos novamente:

a) Às 19 horas e 32 minutos do mesmo dia. b) Somente às 4 horas e 28 minutos do dia seguinte. c) Às 16 horas e 32 minutos do mesmo dia. d) Somente às 2 horas e 44 minutos do dia seguinte. e) Somente às 19h e 36 minutos do dia seguinte.

89. (Enem 2015) Um arquiteto está reformando uma casa. De modo a contribuir com o meio ambiente, decide reaproveitar

tábuas de madeira retiradas da casa. Ele dispõe de 40 tábuas

de 540 cm, 30 de 810 cm e 10 de 1.080 cm, todas de mesma largura e espessura. Ele pediu a um carpinteiro que cortasse as tábuas em pedaços de mesmo comprimento, sem deixar sobras, e de modo que as novas peças ficassem com o maior

tamanho possível, mas de comprimento menor que 2 m.

Atendendo ao pedido do arquiteto, o carpinteiro deverá produ-zir

a) 105 peças.

b) 120 peças.

c) 210 peças.

d) 243 peças.

e) 420 peças.

90. (Upe 2015) Em um dos lados de um parque em formato re-tangular de uma cidade, existem 19 árvores plantadas em linha reta e igualmente espaçadas umas das outras.

Se a distância entre a terceira e a sexta árvore é de 750 me-tros, qual a distância entre a primeira e a última árvore?

a) 3.500 metros

b) 4.000 metros.

c) 4.500 metros.

d) 4.750 metros.

e) 5.000 metros