Segundo Relatorio de Maquinas Eletricas

download Segundo Relatorio de Maquinas Eletricas

of 11

Transcript of Segundo Relatorio de Maquinas Eletricas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

MQUINAS ELTRICAS I

LABORATRIO DE MQUINAS ELTRICAS I RELATRIO EXPERINCIAS 4, 5 e 6

Bruno Sad [email protected] Janana Galavotti Falqueto [email protected] Rafael Catabriga Bastida [email protected] Tiago Fernandes Juffo Fontes [email protected]

MAIO/2011

OBJETIVOAs experincias 4, 5 e 6 se referem a mquinas de induo funcionando como motores e geradores. Nelas devemos observar as caractersticas, as condies de operao e o comportamento das mquinas de induo de rotor de Gaiola de Esquilo (MIG) e de rotor bobinado (MIRB).

IntroduoAs mquinas de induo so robustas construtivamente, apresentam baixo custo inicial e elevado rendimento por isso so utilizadas nos mais diversos setores de atividade, particularmente na indstria. Podemos encontrar dois tipos de mquinas de induo: MIRB- mquina de induo de rotor bobinado, que possui bobinas trifsicas no rotor e anis coletores no eixo para um acesso externo. De modo geral mais caro que o rotor gaiola, mas fornece um torque de partida mais alto. MIG- mquina de induo de rotor gaiola de esquilo. O rotor ranhurado e nele so inseridos condutores na forma de barras, que so curto-circuitadas nas duas laterais, formando uma gaiola condutora sem terminais de acesso externo mquina. Os rotores so robustos devido a sua construo e suportam elevados esforos eltricos e mecnicos. So os mais comuns motores de induo trifsicos. Nessas mquinas, o fluxo alternado criado pelo estator, que est alimentado com tenso trifsica, induz uma tenso no rotor j que o campo girante na mquina varia o fluxo sobre suas bobinas. Se o rotor possui um caminho fechado, haver uma corrente induzida que criar um campo que atrado pelo campo do estator, gerando torque e fazendo -o girar. A freqncia do rotor sempre inferior freqncia do campo girante, pois a tenso do rotor depende da variao de fluxo sobre ele e a velocida de mecnica nunca pode se igualar a sncrona. Essa diferena entre a velocidade sncrona (n s) e a o rotor (n) referida como escorregamento:

Que a caracterstica mais importante das mquinas de induo, pois sem ele no h conjugado e o rotor no gira. A freqncia das tenses induzidas no rotor podem ser definidas por:

Podemos utilizar o seguinte modelo equivalente para analisar o comportamento das mquinas de induo. Toda anlise feita por fase.

As mquinas de induo podem operar como motores, geradores e em modo de frenagem. No motor: Fluxo de potencia ativa e reativa da rede para a mquina e o escorregamento est entre 0 e 1 No gerador: Fluxo de potncia ativa da mquina para a rede e de reativa da rede para o rotor e o escorregamento com valores menores que 0; Frenagem: Fluxo de potncia ativa e rea tiva da rede para ao mquina e o escorregamento maior que 1.

Dados de placa:As mquinas utilizadas possuem os seguintes dados de placa: MIRB: 3 , 1/4hp, 1500 RPM, 208 V, 1,3 A, 60 Hz MIG: 3 , 1/4 HP, 1670 RPM, 208 V, 1,2 A, 60 Hz MOTOR CC: 1/4 HP, 1800 RPM, 120 V, 2,8 A

Experincia 04Utilizou-se o motor MIRB para analisar a corrente de excitao e a velocidade de escorregamento do rotor e observar a influncia do campo girante , a velocidade e o sentido de giro do rotor sobre a tenso rotrica induzida. O MIRB possui um acesso ao rotor por meio de anis coletores. O MIRB analisado possui 3 anis coletores utilizados e 1 de reserv a. Esses anis coletores, podem ser usados para fazer controle de velocidade por insero de resistores externos ou injeo de corrente.Alm disso possui 2 escovas fixas.

Dados obtidos e Anlises1. Ensaio a vazio: A corrente que circula no motor est rel acionada somente excitao do campo, as perdas no ncleo e do cobre do estator. Essa corrente uma estimativa da corrente de excitao pois a vazio o escorregamento pequeno , dessa forma, R 2/s muito grande e consequentemente, I 2 ser muito pequena. Como Ivazio= I + I2 tem-se Ivazio I . 2. Valores medidos: N= 1773rpm I1= 0,76A Ns/Nr = 217/105 Como a velocidade sncrona para este motor 1800 RPM, temos: s=0,015 Os valores obtidos so:

n(RPM) 0 900 1800 900 1800

S 1 1.5 2 0.5 0

fr (Hz) 60 90 120 30 0

Vr(V) 106 160 216 50 0

Observa-se que as freqncias induzidas so diretamente proporcionais ao escorregamento. O mesmo vlido para a tenso induzida. De s=1 a s = 2 a mquina est em uma situao similar a frenagem e h um aumento na freqncia do rotor,pois a velocidade relativa entre os campos do rotor e do estator aumenta. De s=0,5 a s=0 a mquina funciona como motor. Portanto o motor de induo pode funcionar como um conversor de freqncia, j que a freqncia aplicada ao estat or permaneceu constante e a freqncia do rotor variou com a variao da velocidade.

Experincia 05Nessa experincia analisamos e determinamos o circuito equivalente dos motores MIG e MIRB atravs de ensaios a vazio e de rotor bloqueado.

Dados obtidos e Anlises

MIRB:1.Ligao CC: Vdc (V)= 13,2V Idc (V)= 1,3 Ensaio a vazio: V1= 208V I1= 0,76A P = 55W n= 1700rpm Ensaio de rotor bloqueado: V1= 77,1V I1= 1,3A P = 143W

Com esses dados podemos obter os valores do circuito equivalente:

2.Tabela de caractersticas MIRBfp= cos T(lbf-in) P(W) 0 4 7 10 12 55 180 251 332 390 V1(V) 208 208 208 208 208 I1(A) 0,76 0,87 0,99 1,15 1,29 n(rpm) 1700 1677 1586 1521 1460 Ptil(W) 0 84,84 132,5 209,12 0,2045 0,5743 0,704 0,841 0 47,3 52,79 54,68 53,62

(%)

181,546 0,804

MIG:1.Ligao CC: Vdc (V)= 17,6V Idc (V)= 1,21 Ensaio a vazio: V1= 208V I1= 0,59A P = 50W n= 1798rpm Ensaio de rotor bloqueado: V1= 62V I1= 1,2A P = 97W

Com esses dados podemos obter os valores do circuito equivalente:

2.Tabela de caractersticas MIRB.T (lbf-in) 0 4 7 10 12 P (W) 79 V1(V) (A)

I1 0,62 0,74 0,85 1,03 1,15

n (rpm) 1787 1753 1724 1691 1655 2

P util (W) 0 83,69523

fp = cos 0,353691139 0,626431415

rendimento( %) 0 50,11690539 62,62767304 67,27925333 66,2147933

208

167 208 230 208 300 208 358 208

144,043648 0,751099871 201,8377 0,808486565 6 237,0489 6 0,864119814

Grficos:

Os grficos plotados em vermelho so referentes ao MIRB e os plotados em azul so referentes ao MIG.

Como podemos visualizar o maquinas MIRB possui melhor regulagem de velocidade em relao a maquina MIG.

Como podemos visualizar a maquina MIRB possui maior potencia til entregue a carga para uma mesma tenso de alimentao(208V).

Como era esperado o rendimento de ambas as maquinas aumenta quando se aproxima da carga nominal. Podemos visualizar um melhor rendimento da maquinas MIRB em relao a maquina MIG.

Confirmando a teoria estudada o fator de potencia aumenta quando aproximamos a carga utilizada da carga nominal. Como nos grficos anteriores a maquina MIRB possui maior fa tor de potencia em relao a maquina MIG.

Experincia 06Anlise do comportamento da mquina de induo como gerador e observar as mudanas nos modos de operao gerador-motor das mquinas AC e CC.

Dados obtidos e Anlisespts operao P01 P02 P03 P04 de n(rpm) 1700 1800 1853 1903 P1(W) 112 54 0 -74 I1(A) 0.85 0.85 0.88 0.98

Pergunta 1.3 n execuo: Essa tenso se refere tenso gerada pela mquina CC, neste caso um gerador CC. Pois como a velocidade do rotor da MIRB menor que a velocidade sncrona,esta mquina funciona como motor.1. a) P01 : Componentes de perdas, de excitao e de carga. P02: Corrente de excitao mais corrente de perdas no estator e ncleo do MIRB. P03: Componente reativa de induo(magnetizao). P04: Componente ativa mais reativa (de carga).

b) P01: Potncia entregue a carga pela MIRB funcionando como motor P02:Como a MIRB est a vazio, esta potncia a de perdas no cobre do estator,no ncleo e as perdas rotacionais. P03: Potncia gerada pelo motor CC vai para as perdas. P04: Potncia entregue pela MIRB funcionando como gerador. c) P01 : MIRB funciona como motor,pois n r ns e P= 0. Maquina CC funciona como motor. P04: MIRB funciona como gerador , pois n r > ns e entrega potncia a mquina CC. Maquina CC funciona como motor.

2. Entre P01 e P02 pois em P02 a MIRB j funciona como motor (n r = ns).Entre esses pontos a tenso induzida na mquina CC menor que a tenso V1 aplicada . 3. s= - 0.0572

CONCLUSOPodemos observar a semelhana entre o funcionamento das mquinas de induo e o transformador devido excitao gerada. Confirmamos a teoria de que as mquinas de induo podem ser utilizadas como motores e geradores. Que na partida s=1 e n=0 e a freqnc ia do rotor igual a do estator, os campos(rotor e estator) giram na mesma velocidade gerando um conjugado que faz com que o rotor gire. As maquina MIG possuem construo mais robusta e que necessitam de pouca manuteno sendo recomendadas para utilizae s em ambientes hostis e de difcil acesso.A maquina possui caractersticas de operao satisfatrias ,porem quando queremos caractersticas operacionais mais elevadas e constantes ou( como regulao de velocidade e rendimento) ou controle de velocidade a maquina MIRB e a mais recomendada pois se saiu melhor nos testes. . Quando se acopla uma mquina CC de tenso a justvel a uma mquina de induo alimentada pela rede eltrica na partida a mquina CC funciona como gerador e a MIRB como motor. Aumentando a velocidade das mquinas essa caracterstica se inverte.

Bibliografia1. A. E. Fitzgerald; Charles Kingsley Jr; Stephen D. Mquinas eltricas. 6 Edio. Porto Alegre. Bookman, 2006. 2. Notas de aula