SEGURANÇA NO TRABALHO: ESTUDO DO...
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CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA - UniCEUB FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA CURSO: ADMINISTRAO DISCIPLINA: MONOGRAFIA ACADMICA PROFESSORA ORIENTADORA: ROSE MARY GONALVES
SEGURANA NO TRABALHO: ESTUDO DO PROGRAMA DE SEGURANA NO TRNSITO DA BRASIL TELECOM
FERNANDO CAMPOS ANTUNES
MATRCULA N 2020033-8
Braslia/DF, Maio de 2006.
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FERNANDO CAMPOS ANTUNES
SEGURANA NO TRABALHO: ESTUDO DO PROGRAMA DE SEGURANA NO TRNSITO DA BRASIL TELECOM
Monografia apresentada como requisito para concluso do curso de bacharelado em Administrao do UniCEUB Centro Universitrio de Braslia.
Professora Orientadora Rose Mary Gonalves.
Braslia/DF, Maio de 2006.
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CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA - UniCEUB FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA CURSO: ADMINISTRAO SUPERVISO DE MONOGRAFIA ACADMICA
MEMBROS DA COMISSO EXAMINADORA
Braslia/DF, Maio de 2006.
MEMBROS DA COMISSO
ASSINATURA
1. PROFESSORA ORIENTADORA
Professora: ROSE MARY GONALVES
2. PROFESSOR(A) CONVIDADO(A)
Prof.(): ______________________________________
3. PROFESSOR(A) CONVIDADO(A)
Prof.(): ______________________________________
MENO FINAL:
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... Que DEUS nos d fora para mudar as coisas que podem ser mudadas; serenidade para aceitar as coisas que no podem mudar e sabedoria para perceber a diferena. Mas DEUS nos d, sobretudo, coragem para no desistir daquilo que pensamos certo.
Chester W. Nimitz
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Agradeo a Deus por ter permitido o xito deste trabalho e por t-lo abenoado em todos os momentos. Aos meus pais e irmos que me incentivaram e apoiaram. A professora Rose Mary Gonalves, pois sem sua orientao no seria possvel a concretizao deste trabalho. A Gerncia de Sade, Segurana e Meio Ambiente da empresa Brasil TELECOM, especialmente a Sr(a) Eliete de Carvalho Frade, Coordenadora do Programa de Segurana no trnsito PST, pela ajuda na execuo do trabalho.
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RESUMO
Esta monografia trata de um estudo que aborda a Administrao de Recursos
Humanos ARH, o setor de Higiene, Segurana e Medicina do trabalho HSMT e a Segurana no Trabalho, que consiste na aplicao consciente de um conjunto de medidas tcnicas, educacionais, mdicas e psicolgicas exigidas nas organizaes modernas do sculo XXI. A importncia do subsistema de Higiene, Segurana e Medicina no Trabalho comentada a fim de intermediar a relao da ARH com o estabelecimento da Segurana no Trabalho dentro das empresas. O trabalho est fundamentado em pesquisa de natureza exploratria com bases bibliogrficas e documentais e por meio de um estudo de caso na empresa Brasil TELECOM, que identifica a perspectiva do setor de HSMT com relao elaborao e desenvolvimento de um Programa de Segurana no Trnsito - PST visando reduzir cerca de 50% o nmero de acidentes e infraes ocorridas no ano de 2005. Para a concretizao do trabalho foram utilizadas tcnicas como a observao e a entrevista semi-estruturada com profissionais da rea. O PST se desenvolve em 4 fases: elaborao, implantao, avaliao e resultados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho descrever o PST, promover o cotejamento entre o programa e a literatura pertinente e por fim, identificar os pontos positivos e negativos do mesmo para que a partir da possa se sugerir propostas de melhoria.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ARH Administrao de Recursos Humanos
BRT Brasil TELECOM
CF Constituio federal
CLT Consolidao das Leis do trabalho
CNH Carteira Nacional de Habilitao
COMPAT Comisso de Preveno a Acidentes de Trnsito
DAORH Diretoria Adjunta de Operaes de Recursos Humanos
EPI Equipamento de Proteo Individual HSMT Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho
MTE Ministrio do trabalho e Emprego
NRs Normas Regulamentadoras
OMS Organizao Mundial de Sade
PEA Populao Economicamente Ativa
PST Programa de segurana no Trnsito RH Recursos Humanos
SESMT Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do
Trabalho
SSMA Sade, Segurana e Meio Ambiente.
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LISTA DE QUADROS
Quadro 01 - Tcnicas utilizadas nos ambientes externo e interno das
organizaes................................................................................... 15
Quadro 02 - Subsistemas de ARH e suas respectivas atividades...................... 15
Quadro 03 - Fatores relacionados causa de acidentes.................................... 20
Quadro 04 - Classificao dos acidentes............................................................ 21
Quadro 05 - Objetivos Gerais para a implantao do PST................................. 29 Quadro 06 - Justificativas para a implantao do PST....................................... 30
Quadro 07 - As 5 infraes mais cometidas pelos colaboradores da BRT em
2005................................................................................................ 30
Quadro 08 - Estratgias adotadas para o desenvolvimento do PST.................. 32
Quadro 09 - Regras para a preveno de acidentes de trnsito........................ 33
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Plano de Ao para elaborao e implantao do Programa de
Segurana no Transito da BTR ........................................................
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SUMRIO 1 INTRODUO...................................................................................................... 10
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................... 13
2.1 EMBASAMENTO TERICO.............................................................................. 13
2.1.1 Administrao de Recursos Humanos............................................................ 13
2.1.2 Higiene, Segurana e Medicina no Trabalho HSMT.................................... 15
2.1.3 Segurana no Trabalho .................................................................................. 17
2.1.3.1 A Responsabilidade pela Segurana........................................................... 18
2.1.3.2 Acidentes e Segurana................................................................................ 19 2.1.3.3 Causas de acidentes ................................................................................... 19
2.1.3.4 Acidentes de Trabalho................................................................................. 20
2.1.3.5 Conseqncias de um acidente................................................................... 22
2.1.4 Anlise Organizacional ................................................................................... 22
2.1.4.1 Liderana ..................................................................................................... 23
2.1.4.2 Motivao .................................................................................................... 24 2.1.4.3 Comunicao............................................................................................... 25
2.2 METODOLOGIA ................................................................................................ 27
2.2.1 Mtodo de Abordagem ................................................................................... 27
2.2.2 Mtodo de Procedimento................................................................................ 27
2.2.3 Tcnicas de Pesquisa..................................................................................... 28
2.2.3.1 Observao ................................................................................................. 28
2.2.3.2 Entrevista em grupo..................................................................................... 28
2.2.3.3 Pesquisa Bibliogrfica.................................................................................. 28
2.3 ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS ................................................ 29
2.3.1 Estudo de Caso .............................................................................................. 29
2.3.2 Discusso dos Resultados.............................................................................. 33
3 CONCLUSO....................................................................................................... 38 REFERNCIAS ....................................................................................................... 40
ANEXO A ................................................................................................................ 42
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1 INTRODUO
Esta monografia trata de um assunto intitulado por Segurana no Trabalho e
possui como seu objeto de estudo os acidentes de trabalho, desde aqueles que
ocorrem sem leso ou danos visveis at os fatais.
O gerenciamento dos riscos associados ao trabalho fundamental para a
preveno de acidentes em qualquer que seja a organizao.
Esse assunto abordado pela Constituio Federal - CF em seu captulo II (Direitos Sociais), artigos 6 e 7, incisos XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII; pela
Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) em seu captulo V, de acordo com a
redao dada pela lei 6.514, de 22 de Dezembro de 1977 e pelo Ministrio do
Trabalho e Emprego (MTE), por meio da portaria n 3.214, de 8 de Junho de 1978.
No cenrio atual do ano 2006 vivido pelas organizaes, sendo elas Instituies Pblicas ou Privadas no Brasil e no exterior, esse um assunto que envolve uma
grande diversidade de profissionais devido ao seu carter multidisciplinar.
Os conceitos bsicos de segurana devem estar incorporados em todas as
etapas do processo produtivo de uma empresa, pois a presena dessa concepo
que ir garantir a continuidade e segurana dos processos, uma vez que os
acidentes geram horas e dias perdidos.
Acima de tudo, a busca por condies seguras e saudveis no trabalho
significa proteger e preservar a vida dos colaboradores e, principalmente, mais
uma forma de se construir qualidade de vida para os mesmos.
Durante muito tempo a Segurana no Trabalho foi vista como um tema que se
relacionava apenas com o uso de capacetes, botas, cintos de segurana e uma
srie de outros equipamentos de proteo individual (EPI) contra acidentes.
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A evoluo tecnolgica se fez acompanhar de novos ambientes de trabalho e
de riscos profissionais a eles associados. Muitos desses novos riscos so pouco ou
nada conhecidos e demandam pesquisas cujos resultados s se apresentam aps a
exposio prolongada dos trabalhadores a ambientes nocivos sua sade e
integridade fsica.
O setor de Segurana no Trabalho tem como objetivo principal a preveno dos
riscos profissionais. Diante desses fatos, muitas dvidas tm sido levantadas sobre
os riscos de acidentes.
Isso se faz, no caso das empresas, com uma poltica de segurana e sade
dos trabalhadores que tenha por base a ao de profissionais especializados,
antecipando, reconhecendo, avaliando e controlando os riscos de acidentes no
trabalho.
Todas as empresas de pequeno, mdio e grande porte devem ser conscientes da sua importncia na preveno dos acidentes de trabalho, e no somente atuar na
correo dos mesmos a fim de que as ocorrncias e ndices sejam minimizados. A
Brasil TELECOM, sendo uma empresa seguidora desse ponto de vista, decidiu
realizar um projeto voltado para esse assunto que denominado como Programa de
Segurana no Trnsito PST.
Nesse contexto, questiona-se: Qual a relevncia da implantao e
desenvolvimento do Programa de Segurana no Trnsito para a empresa Brasil
TELECOM?
Este trabalho um estudo de caso que tem como objetivo geral analisar o PST
da empresa BRT por meio da sua descrio, da identificao dos seus pontos positivos e negativos e do cotejamento entre o PST desenvolvido e a literatura
referente Higiene, Sade e Medicina no Trabalho (HSMT).
A justificativa para a realizao deste trabalho se sustenta em 3 pilares:
acadmico, aplicado e social. O 1 aspecto busca a gerao de conhecimento sobre
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o assunto, o 2 visa trazer mais eficincia para os processos produtivos da empresa
BRT e o 3 ponto, a partir dos dados obtidos, procura conscientizar os trabalhadores
da empresa sobre a importncia do uso dos equipamentos de proteo para a
preservao da vida e para a elevao da qualidade de vida dos mesmos em seus
ambientes de trabalho.
Aps ter sido realizado o levantamento e o estudo sobre a viabilidade
econmica do PST, o programa foi apresentado a DAORH e gerncia de SSMA da
empresa BRT. O projeto foi considerado vivel, porm informaes referentes aos
custos do projeto e o tempo necessrio para o retorno do capital investido no foram liberadas para acesso e exposio neste trabalho.
Este trabalho est estruturado da seguinte forma: primeiramente apresentado
o Embasamento Terico sobre Administrao de Recursos Humanos; Higiene,
Segurana e Medicina do Trabalho; Segurana no Trabalho e Anlise
Organizacional (Liderana, Motivao e Comunicao); aps apresentada a Metodologia, a Anlise e Discusso dos Resultados, e por fim, a Concluso.
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2 DESENVOLVIMENTO 2.1 EMBASAMENTO TERICO
O desenvolvimento deste trabalho est sustentado em 3 conceitos que se
relacionam no cotidiano das empresas e organizaes em geral, sendo eles:
Administrao de Recursos Humanos referindo-se s prticas e polticas
necessrias para conduzir os aspectos relacionados s pessoas no trabalho, o setor
de Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho rea que busca trabalhar em cima de um objetivo conhecido como acidente zero, fazendo com que a preveno aos
acidentes de trabalho seja parte integrante da cultura organizacional e a Segurana
no Trabalho se tornando efetiva quando realizada com eficcia e assim atingir a
minimizao e at a eliminao dos ndices e ocorrncias em acidentes de trabalho.
2.1.1 Administrao de Recursos Humanos
De acordo com Gil (1994), comea-se a falar em Administrao de Recursos
Humanos ARH na dcada de 60, quando essa expresso passa a substituir outras
expresses como Administrao de Pessoal e Relaes Industriais utilizadas no
mbito das organizaes. Para ele, o aparecimento da ARH deve-se introduo de
conceitos originrios da Teoria Geral dos Sistemas e Gesto de Pessoal. Assim,
para o autor, a ARH pode ser entendida como a Administrao de Pessoal em uma
abordagem sistmica.
Chiavenato (1994) diz que, a Administrao de Recursos Humanos uma rea
relativamente nova e perfeitamente aplicvel a qualquer tipo ou tamanho de organizao. Para esse autor, no Brasil, o profissional de Recursos Humanos RH
ainda um executivo encontrado somente nas mdias e grandes empresas.
Durante o estudo sobre o referido assunto foi constatado que a ARH uma
rea interdisciplinar, ou seja, envolve conceitos oriundos de diversas reas do
conhecimento: Psicologia Organizacional, Sociologia Organizacional, Direito do Trabalho, Engenharia de Segurana, Medicina do Trabalho, dentre outras.
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Para ambos os autores, Gil (1994) e Chiavenato (1994), ao longo do tempo, as
organizaes modificaram suas prioridades em relao aos seus recursos
estratgicos e essa mudana se estabeleceu quando o capital humano passou a ser
o foco das atenes organizacionais e no mais o capital financeiro. Para eles, essa
alterao ocorreu em funo da necessidade de sobrevivncia das organizaes,
que passaram a priorizar atributos como conhecimento e criatividade.
Segundo Gil (1994), a ARH no pode considerar os empregados da empresa
como meros recursos de que a organizao pode dispor ao seu bel-prazer. Essa
rea precisa trat-los como pessoas que impulsionam a organizao, como parceiros que nela investem seu capital intelectual e tm a legtima expectativa de
retorno de seu investimento.
No ponto de vista de Chiavenato (1994), a Administrao de Recursos
Humanos se tornou responsvel por descobrir talentos, desenvolv-los e assim
gerar a competncia necessria para o crescimento das organizaes. Isso inclui manter a fora de trabalho qualificada, motivada e comprometida com os objetivos
propostos, estabelecendo um relacionamento entre seres humanos e o negcio.
exposto por Lobos (1979, p.12) que, gerenciar RH nada mais do que
desenvolver aes que venham a integrar o trabalhador ao contexto da organizao,
resultando em um aumento de produtividade e equilbrio scio-tcnico.
J Bergamini (1990, p.36) diz: a ARH deve estar voltada para o
desenvolvimento da organizao atravs das pessoas que nela trabalham; seu
envolvimento torna-se indispensvel a fim de que se viabilizem as mudanas
necessrias.
Miner (1969) defende a idia de que a finalidade da ARH maximizar a
produtividade da organizao e mant-la como uma unidade capaz de sobreviver
em presena das presses internas e externas.
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Os assuntos tratados nessa rea referem-se tanto aos aspectos internos,
quanto aos aspectos externos da organizao. Isso pode ser visualizado no quadro
a seguir:
TCNICAS UTILIZADAS NO AMB. EXTERNO TECNICAS UTILIZADAS NO AMB. INTERNO Pesquisa de mercado de RH; Recrutamento e seleo; Pesquisa de salrios e benefcios; Relaes co sindicatos; Legislao trabalhista; ...
Anlise, descrio e avaliao de cargos; Treinamento; Avaliao de desempenho; Plano de benefcios sociais e poltica salarial; Higiene, Segurana e medicina no trabalho; ...
Quadro 1: Tcnicas utilizadas nos ambientes externo e interno das organizaes. Fonte: Chiavenato (1994, p.175).
Alm disso, a rea de ARH se compe de subsistemas interdependentes:
SUBSISTEMAS DE ARH ATIVIDADES DESEMPENHADAS Proviso Recrutamento e seleo de pessoal,... Aplicao Descrio e anlise de cargos, avaliao de desempenho,... Manuteno Benefcios sociais, segurana no trabalho, relaes trabalhistas,... Desenvolvimento Treinamento e desenvolvimento de pessoas,... Controle Auditoria em RH,...
Quadro 2: Subsistemas de ARH e suas respectivas atividades. Fonte: Chiavenato (1994, p.183).
Tendo em vista todas as citaes e comentrios feitos relativos rea de ARH,
pode-se dizer que no existem leis ou princpios universais para se realizar a gesto
de RH, ou seja, a administrao desse setor contingencial. A ARH no pode se compor de tcnicas rgidas e imutveis, mais sim de tcnicas altamente flexveis e
adaptveis, se sujeitando a um constante e dinmico processo de desenvolvimento.
Tudo isso a fim de que a ARH alcance a eficincia e eficcia dos processos
organizacionais por meio das pessoas.
2.1.2 Higiene, Segurana e Medicina no Trabalho HSMT
No contexto da gesto de RH, a atividade designada ao subsistema de HSMT
engloba uma srie de procedimentos e normas visando proteo fsica e mental do
empregado, ou seja, procura proteger os funcionrios em relao aos riscos
relacionados ao exerccio de sua funo e ao ambiente fsico onde o trabalho
executado. Assim, o subsistema de HSMT torna-se pea fundamental para a ARH devido ao seu enfoque se voltar para a preservao da vida dos trabalhadores da
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organizao e para o desempenho do processo produtivo com adequados ndices
de produtividade.
Em 1972, o Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), pela portaria 3237,
regulamenta a instalao de servios de Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho
e define a obrigatoriedade de profissionais especializados nas empresas. (BRASIL,
2006).
Para Marras (2000), a funo do subsistema de HSMT atuar tanto na
preveno quanto na correo, em estudos e aes constantes que envolvam acidentes de trabalho e a sade do trabalhador.
Carvalho e Nascimento (2002, p.296) destacam como finalidades do
subsistema de HSMT:
Eliminar as causas das doenas profissionais, reduzir os efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho, prevenir o agravamento de doenas e leses e manter a sade do trabalhador e o aumento da produtividade por meio do controle do ambiente de trabalho.
interessante que esse subsistema se preocupe em educar os funcionrios em
geral sobre os perigos existentes em seus trabalhos e ensinar os mesmos como
evit-los.
Pode-se notar que as polticas empresariais voltadas para HSMT se baseiam em promover uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador. Agora, isso
necessita de articulao e integrao de aes em todos os nveis e setores nos
locais de trabalho.
Ao pesquisar sobre o subsistema de HSMT e estud-lo com um pouco mais de
nfase, foi possvel verificar que no sculo XXI os sistemas de segurana e sade
do trabalhador nas empresas carecem de mecanismos que incentivem medidas de
preveno, responsabilizem os empregados pelas suas condutas no condizentes
com as Normas Regulamentadoras (NRs) do setor, por exemplo, (NBR 4, voltando-
se ao Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do
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trabalho - SESMT), propiciem o efetivo reconhecimento dos direitos do empregado,
diminuam a existncia de conflitos institucionais, tarifem de maneira mais adequada
as empresas e possibilite um melhor gerenciamento dos fatores de risco
ocupacionais.
2.1.3 Segurana no Trabalho
O setor responsvel pela segurana no trabalho, integrante da ARH, trabalha
em prol do desenvolvimento, orientao e fiscalizao da segurana segundo o
programa da empresa e de acordo com as leis vigentes, suas atribuies se voltam para a preparao de estatsticas, estudo de ocorrncias de acidentes, inspees de
segurana, realizao de melhorias voltadas para as condies de trabalho,
desenvolvimento do esprito de segurana dentro da empresa e entre os
colaboradores; e publicao, promoo e organizao de campanhas especiais
voltadas para a segurana no trabalho.
Segundo Chiavenato (1981, p.121):
Segurana no Trabalho compreende um conjunto de medidas tcnicas, educacionais, mdicas e psicolgicas empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condies inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantao de prticas preventivas.
Alm disso, os servios de segurana tm a finalidade de estabelecer normas e
procedimentos, pondo em prtica os recursos possveis para conseguir a preveno
de acidentes, alm de controlar os resultados obtidos.
Por tudo o que foi apresentado sobre o assunto faz-se necessrio comentar
que muitos servios de segurana no obtm resultados, e at mesmo fracassam,
porque no esto apoiados em diretrizes bsicas bem delineadas e compreendidos
pela direo da empresa. Assim, a Segurana no Trabalho deve ter como
preocupaes fundamentais a preveno de acidentes de trabalho e a eliminao de
suas causas.
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A preveno de acidentes no trabalho definida por Marras (2000, p.208)
como:
Um programa de longo prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a proteger a sua prpria vida e a dos seus companheiros por meio de aes mais seguras e de uma reflexo constante sobre a descoberta de condies inseguras que possam provocar eventuais acidentes de trabalho.
Dessa forma, Marras (2000, p.208) diz que um programa de preveno de
acidentes deve estar sustentado sob dois aspectos fundamentais:
1. O humano: a preocupao est centrada no bem-estar e na preservao da vida do trabalhador no seu horrio de trabalho. 2. O econmico: o nmero de faltas ao trabalho causadas por acidentes no trabalho e o custo respectivo para a empresa.
A Segurana no Trabalho tem que ser vista como uma modalidade que prev
em primeiro lugar uma poltica clara que reflita a preocupao da cpula da empresa com relao ao assunto, um sistema de procedimentos que regulamente em
detalhes as diretrizes dessa poltica, uma equipe formada por profissionais
competentes e recursos suficientes para levar adiante os programas necessrios.
2.1.3.1 A Responsabilidade pela Segurana
Chiavenato (1981, p.123) defende que, dependendo do tipo e tamanho da
organizao, a segurana pode ficar a cargo:
a. Dos chefes de sees, que detm a direo e a vigilncia dos empregados; b. De inspetores de segurana, que fornea orientao quanto preveno de acidentes, porm no pode expedir ordens diretas ao pessoal subordinado; c. Da Comisso Interna de Preveno a Acidentes CIPA, que aponta as condies inseguras e educa o pessoal. d. De um setor especializado em segurana, que orienta em todos os nveis o treinamento intensivo dos empregados, tornando-os agentes responsveis pela segurana individual e coletiva.
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A segurana no deve ficar restrita somente na rea de produo, pois os
escritrios e depsitos tambm oferecem riscos cujas implicaes afetam toda a
empresa.
A Segurana no Trabalho em determinadas empresas pode englobar
elementos como o treinamento, simulao de acidentes, inspeo peridica dos
equipamentos de primeiros socorros e aquisio e distribuio de uma srie de
peas de roupagem do pessoal (culos de segurana, luvas, macaces e botas).
Chiavenato (1981) defende a aplicao de alguns princpios como: apoio ativo da administrao, manuteno de pessoal dedicado exclusivamente segurana,
instrues de segurana para cada trabalho, instrues de segurana a empregados
novos, execuo de programas de segurana por intermdio da superviso e
integrao de todos os empregados no esprito de segurana para que planos
voltados para segurana no Trabalho se desenvolvam e obtenham bons e seguros
resultados.
2.1.3.2 Acidentes e Segurana
De acordo com Carvalho e Nascimento (2002, p.314), pode-se afirmar que o
acidente, em termos de Administrao de Recursos Humanos :
Um acontecimento no planejado e no controlado, onde a ao ou reao de um objeto, substncia, radiao ou indivduo, resulta num acidente pessoal ou na sua probabilidade. Como se torna impraticvel identificar e registrar o comportamento que poderia ter provocado o acidente ou leso, os acidentes so encarados como ocorrncias em que se manifestam leses fsicas as quais, vias de regra, constituem acidentes pessoais.
2.1.3.3 Causas de acidentes
Falando sob o ponto de vista puramente preventivo, Carvalho e Nascimento
(2002), caracterizam a causa do acidente como sendo todo fator que, se no for
removido a tempo, conduzir inevitavelmente ao acidente propriamente dito, Assim,
embora os acidentes no sejam inevitveis e no se manifestem por acaso, eles so
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provocados e, por isso mesmo, podem e devem ser prevenidos atravs da
eliminao de suas causas.
Geralmente, os fatores relacionados manifestao das causas de acidentes
se manifestam como sendo de dois tipos, conforme o quadro a seguir:
FATORES PESSOAIS FATORES MATERIAIS OU SITUACIONAIS
Caractersticas pessoais personalidade,
inteligncia, motivao aptides sensoriais e
motoras e experincia.
Tendncias predispositoras do
comportamento atitudes e hbitos
indesejvel, falta de habilidades especficas e
tendncia a assumir risco.
Tipos de comportamentos em circunstncias especficas desateno, esquecimento,
percepo errada, malogro em seguir
procedimentos e aceitao de risco
excessivo.
Caractersticas gerais da situao
presena de agentes potencialmente
causadores de acidentes, equipamento
fsico e arranjo, objetos mveis e
ambiente.
Caractersticas predispostas da situao probabilidade de
circunstncias provocadoras de
acidentes, tal como falha no equipamento, coincidncias de eventos
ou circunstncias.
Quadro 3: Fatores relacionados causa de acidentes. Fonte: Carvalho e Nascimento (2002).
No se pode esquecer o fato de que, via de regra, o acidente no provocado
por uma determinada causa isolada, mais sim por atos e condies inseguras que
encandeiam o processo e provocam o acidente. Em termos de preveno de
acidentes, as condies inseguras e atos inseguros so igualmente importantes na
gnese dos acidentes, devendo-se dar, em conseqncia, igual importncia
remoo dos dois tipos de causas, ao contrrio do que se costuma pensar a
respeito. 2.1.3.4 Acidentes de Trabalho
Marras (2000) considera como ato inseguro aquele provocado pelo trabalhador
(atitude impensada e irrefletida), causando um acidente. J a condio insegura a
situao que provoca o acidente.
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O acidente caracteriza-se como um fato sbito, inesperado, imprevisto (embora algumas vezes previsvel) e no premeditado ou desejado; e ainda, como causador de dano considervel, embora no especifique que se trata de dano econmico - prejuzo material - ou de dano fsico s pessoas - sofrimento, invalidez ou morte. (BAPTISTA, 1978, p. 109).
Pelo que exposto por Marras (2000), acidente de trabalho um
acontecimento involuntrio resultante tanto de um ato inseguro quanto de uma
situao que possa causar danos ao trabalhador e organizao que o abriga.
J para Chiavenato (1981), o acidente de trabalho decorrente do trabalho,
provocando direta ou indiretamente leso corporal, perturbao funcional ou doena
que determine a morte, a perda total ou parcial, permanente ou temporria da
capacidade para o trabalho.
Tanto para Marras (2000) quanto para Chiavenato (1981), pela sua gravidade, os acidentes de trabalho se classificam em:
Classificao de Acidentes
Acidentes sem afastamento so aqueles em que o empregado, aps ser medicado ou
atendido, retorna imediatamente ao seu posto de trabalho.
Acidentes com afastamento so aqueles em que o trabalhador, devido natureza do ferimento, deve deixar de imediato as suas funes para
submeter-se ao tratamento de recuperao. Esses acidentes
podem resultar:
a. Incapacidade temporria perda total da capacidade
para o trabalho durante o dia do acidente ou que se
prolongue por perodo menor que um ano.
b. Incapacidade permanente parcial reduo
permanente e parcial da capacidade para o trabalho,
ocorrida no mesmo dia, ou que se prolongue por
perodo menor que um ano. Incapacidade total
permanente perda total, em carter definitivo, da
capacidade de trabalho.
c. Morte falecimento do trabalhador como resultado
direto do acidente.
Quadro 4: Classificao dos acidentes. Fonte: Marras (2000) e Chiavenato (1981).
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2.1.3.5 Conseqncias de um acidente
So trs as conseqncias imediatas que um acidente de trabalho atinge,
segundo Marras (2000, p. 211 e 212).
1. Trabalhador Sofrimento fsico; Incapacidade para o trabalho; Desamparo famlia. 2. Empresa Dificuldades burocrticas com as entidades oficiais e desgaste da imagem da empresa perante o mercado; Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado at o local de atendimento; Perda do tempo produtivo de outros empregados ao socorrerem o acidentado ou com paradas de produo para comentar o assunto; Danos ou perdas de material, ferramentas, equipamentos ou mquinas. 3. Sociedade e/ou Pas Perda temporria ou permanente de um elemento da populao economicamente ativa (PEA); Aumento do custo de vida; Maior valor de impostos e taxas de seguro; Maior gasto com sade, inclusive desviando recursos de outras reas (educao, alimentao e transporte).
A Organizao Mundial de Sade OMS, em relatrio gerado em Maio de
2005, em Genebra, informou que 120 milhes de pessoas sofrem acidentes de
trabalho em todo o mundo por ano, 220 mil pessoas esto morrendo anualmente no
mundo em decorrncia de acidentes de trabalho, a cada trs minutos morre um
trabalhador no mundo vtima de acidente no local de trabalho e a cada segundo pelo
menos 4 trabalhadores sofrem leses em seu ambiente de trabalho no mundo.
(BRASIL, 2006).
2.1.4 Anlise Organizacional
imprescindvel realizar, neste trabalho, uma abordagem sobre alguns aspectos, como: liderana, motivao e comunicao, pois esses so 3 itens que
devem estar presentes de maneira efetiva nos processos de planejamento,
implementao e execuo do PST; assim sendo os objetivos e metas do programa
podero ser alcanadas.
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A liderana, a motivao e a comunicao constituem os principais meios de
dirigir as pessoas dentro das empresas e constituem os trs conceitos relacionados
com o comportamento mais importantes para o gerente alcanar eficincia e eficcia
por meio das pessoas.
2.1.4.1 Liderana
Para fazer uma empresa ou departamento produzir resultados, o gerente deve
desempenhar a funo de lder e usar incentivos adequados para obter motivao da equipe. Em resumo, a gerncia precisa conhecer a motivao humana e saber
como conduzir as pessoas, isto liderar.
Segundo Chiavenato (2000, p.314), liderana a influncia interpessoal
exercida em uma situao e dirigida por meio do processo de comunicao humana
consecuo de um ou mais objetivos especficos.
De acordo com Stoner (1985), a capacidade de liderana de um gerente quer
dizer, sua capacidade de motivar, influenciar, dirigir e comunicar-se com seus
subordinados determinar, em larga medida, a eficcia da gerncia.
Neste momento faz-se necessrio salientar que a liderana envolve a
capacidade presumida de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito
e a tendncia dos seguidores de seguirem aqueles que eles percebem como
instrumentais para satisfazerem os seus prprios objetivos.
Para Koontz (1981, p.432), liderana a arte de induzir o subordinado a realizar suas incumbncias com dedicao e confiana.
J Megginson (1998) defende que a liderana se baseia na capacidade de uma
pessoa influenciar outras para agir de forma a tingir metas pessoais e
organizacionais.
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Sendo assim, pode-se dizer que o ato de liderar conseguir fazer com que os
membros da organizao ou determinado setor especfico ajam de forma a ajudar a
atingir os objetivos estabelecidos.
2.1.4.2 Motivao
O entendimento bsico das necessidades humanas ajuda o gerente a abordar
o problema da motivao das pessoas no trabalho.
Koontz (1981), diz que a gerncia responsvel, dentro de sua esfera de autoridade, pela motivao de seus subordinados imediatos e pela motivao de
todos os subordinados at a base da estrutura organizacional pertinente.
Segundo Megginson (1998, p. 346):
A auto-imagem do gerente afeta no s sua prpria motivao como tambm motiva aos outros. Se as expectativas do gerente so altas e h um clima de apoio, a produtividade pode ser alta, se as expectativas so fracas, a produtividade pode ser baixa.
Para Chiavenato (2000, p.311), a motivao leva a pessoa a perceber que
suas aes podero alterar o seu nvel de desempenho para alcanar seus objetivos
finais.
Contudo, Megginson (1998, p.346) defende a idia de que motivao o
processo de induzir uma pessoa ou grupo a atingir os objetivos da organizao,
enquanto tenta tambm atingir os objetivos pessoais.
Do exposto, pode-se inferir que a relao entre motivao, capacidade e
desempenho seria fcil se a produtividade fosse uma funo somente da
capacidade. Porm, como os empregados tm liberdade de atuar eficaz ou
ineficazmente, ou mesmo de no trabalhar, necessrio motivao para aumentar a
produtividade.
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2.1.4.3 Comunicao
Basicamente, Robbins (2002) aborda a comunicao como uma troca de
informaes que devem ser transmitidas e compreendidas dentro da empresa.
A comunicao um dos aspectos bsicos da atividade gerencial, pois
administrar ou gerenciar fazer com que as tarefas sejam feitas por meio das
pessoas, e para que as pessoas possam fazer essas tarefas de maneira eficiente e
eficaz torna-se necessrio comunicar constantemente a elas o que deve ser feito,
como e quando.
Os administradores tpicos passam a maior parte do dia de trabalho em alguma
forma de comunicao com os outros. A comunicao est intimamente ligada s
funes de planejar, organizar, liderar e avaliar.
Uma das principais foras que podem impedir o bom desempenho de um grupo a falta de comunicao eficaz.
De acordo com Robbins (2002), Megginson (1998) e Koontz (1981), a
comunicao se sustenta na transferncia de significados de uma pessoa para outra
na forma de idias ou informaes, no bastando apenas que um significado seja
transmitido. A idia ou informao precisa ser compreendida. por meio do
processo de comunicao que os comportamentos so modificados, as mudanas
so efetuadas, as informaes so transmitidas em algo produtivo e as metas so
atingidas.
Segundo Chiavenato (2000, p. 324):
A comunicao tem aplicao em todas as reas administrativas, pois representa o intercmbio de pensamento e de informaes para proporcionar compreenso mtua e confiana, alm de boas relaes humanas.
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A comunicao facilita a motivao por esclarecer aos funcionrios o que deve
ser feito, avaliar a qualidade do seu desempenho e orientar sobre o que fazer para
melhor-lo.
Robbins (2002, p.276) diz que, o estabelecimento de metas especficas, o
feedback do processo em relao a elas e o esforo do comportamento desejvel
requer comunicao e acaba tambm por estimular a motivao.
Por todos esses aspectos, pode-se dizer que as organizaes no podem
existir sem comunicao. Quando a comunicao eficaz ela tende a estimular um melhor desempenho e mais satisfao no trabalho. Alm de ela relacionar-se como
papel de facilitadora na tomada de decises.
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2.2 METODOLOGIA
Esta monografia, do ponto de vista metodolgico, caracterizou-se como
exploratria, sendo realizada atravs de levantamento bibliogrfico, anlise
documental, entrevista com profissionais que atuam na rea de Segurana no
Trabalho e buscas na Internet sobre o referido assunto.
Em relao aos procedimentos de coleta, foi adotado o levantamento de dados,
onde houve a busca por informaes desejadas diretamente com grupos de trabalho
voltados para Segurana no Trabalho na Brasil TELECOM e pesquisa bibliogrfica.
2.2.1 Mtodo de Abordagem
O mtodo cientfico de abordagem utilizado neste trabalho acadmico foi o
dedutivo, ou seja, aquele que se baseia em leis ou pressupostos gerais para se
chegar a uma situao particular.
A abordagem dedutiva definida por Cervo (1977, p.30) da seguinte forma:
A deduo a argumentao que torna explcitas verdades particulares contidas em verdades universais. No raciocnio dedutivo a concluso ou conseqente est contido nas premissas ou antecedente, como parte do todo.
2.2.2 Mtodo de Procedimento
O estudo de caso de acordo com Goldenberg (2001), rene o maior nmero de
informaes detalhadas, por meio de diferentes tcnicas de pesquisa, com o objetivo de apreender a totalidade de uma situao e descrever a complexidade de um caso
concreto.
Estudo de Caso: Programa de Segurana no Trnsito da empresa Brasil
TELECOM.
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2.2.3 Tcnicas de Pesquisa
No desenvolvimento da etapa de coleta de informaes foram utilizadas trs
tcnicas de pesquisa: a observao, a entrevista em grupo e a pesquisa
bibliogrfica.
2.2.3.1 Observao
Barros (1981, p.53), descreve o ato de observar como aplicar atentamente os
sentidos a um objeto para dele adquirir um conhecimento claro e preciso.
J Lakatos (2003) define observao como a coleta de dados que permite
informar o que ocorre de verdade, na situao real, de fato e sistematicamente
planejada e registrada.
2.2.3.2 Entrevista em grupo
A entrevista definida por Cabral (1974, p.20) como segue:
Entrevista uma conversao direta com uma pessoa ou pessoas para nesta suscitar certas espcies predeterminadas de informao, com fins de pesquisa ou assistncia de orientao, diagnstico ou tratamento.
A entrevista realizada foi a semi-estruturada, tendo como objetivo conhecer dados e informaes qualitativas que abrangem os aspectos definidos nos objetivos
desse trabalho.
2.2.3.3 Pesquisa Bibliogrfica
De acordo com Lakatos (2003, p.183), a pesquisa bibliogrfica ou de fontes
secundrias abrange toda bibliografia j tornada pblica em relao ao tema
estudado.
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2.3 ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS 2.3.1 Estudo de Caso
O Programa de Segurana no trnsito (PST) da Brasil TELECOM BRT foi
desenvolvido com o intuito de gerenciar aes de preveno e reduo de acidentes
no trnsito atravs do envolvimento de todos os colaboradores da empresa.
inteno da BRT estar em conformidade com todas as Leis relativas
Segurana no Trabalho. Portanto, esse programa exigir que os colaboradores da empresa cooperem no cumprimento das regras como condio de emprego, bem
como a participao individual e coletiva no reconhecimento dos riscos e proposio
de medidas preventivas.
Com a implementao do PST, a Gerncia de Sade, Segurana e Meio
Ambiente (SSMA) atender no s aos aspectos tcnico e legal, mas principalmente ao social, pois responsabilidade de todos que gerenciam pessoas e processos
proporcionar e manter condies seguras e saudveis para seus colaboradores e
conscientiz-los dos riscos envolvidos na execuo de suas atividades.
A partir do exposto acima, o programa tem como objetivos gerais:
OBJETIVOS GERAIS
Atender a Poltica de segurana da Brasil TELECOM.
Garantir que os colaboradores que dirigem os veculos da empresa estejam de acordo com a
Legislao.
Estimular e incentivar aes pr-ativas na promoo da boa educao no trnsito.
Usar o programa como processo de Responsabilidade Social da BRT (30% dos acidentes com
afastamento envolvendo colaboradores da BRT ocorridos no ano de 2005 foram decorrentes do
trnsito).
Oportunizar um salto qualitativo nas relaes funcionais, pois com a implementao do PST a Brasil
TELECOM estar manifestando preocupao com o bem estar social e familiar dos seus
colaboradores.
Diminuir a possibilidade de conflito por causa do pagamento de multas.
Quadro 5: Objetivos gerais para implantao do PST. Fonte: Quadro elaborado pelo aluno a partir de informaes coletadas com a Coordenao do PST.
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A BRT tem duas justificativas para a implementao do PST, sendo elas: evitar
prejuzos financeiros para a empresa devido a custos com acidentes, infraes e
indenizaes (conforme mostra o quadro abaixo) e diminuir a perda de produtividade
causada por acidentes ou infraes em suas Carteiras Nacionais de Habilitao
CNH. Para ilustrar esse panorama, observe os dois quadros abaixo (referentes ao
ano de 2005):
FILIAIS N DE CARROS N DE
INFRAES % N DE
ACIDENTES CUSTO C/
ACIDENTES (R$)
VECULOS C/ PERDA
TOTAL
N DE CONDUTORES
COM 2 OU MAIS MULTAS
AC 9 4 44,44 0 0 1 1
RO 30 1 3,33 3 3.310 0 0
MS 48 6 12,50 1 4.500 0 0
MT 50 13 26,00 6 27.066,79 2 3
TO
GO 101 30 44,44 2 0 1 5
DF 76 67 88,16 0 0 0 10
PR 152 39 25,66 2 480 0 7
SC 96 61 63,54 8 3.619,81 1 9
RS 180 90 50,00 18 18.519,06 0 11
TOTAL 742 311 40 57.495,66 5 46 Quadro 6: Justificativas para a implantao do PST. Fonte: Quadro elaborado pelo aluno a partir de informaes coletadas com a Coordenao do PST.
AS 5 (cinco) INFRAES MAIS COMETIDAS N DE OCORRNCIAS %
Ultrapassar velocidade permitida 149 47,91
Avanar sinal 14 4,5
Usar celular dirigindo 14 4,5
Estacionar em local proibido 13 4,18
Dirigir sem usar cinto de segurana 9 2,89
Outras 112 36,01
TOTAL 311 100,0 Quadro 7: As 5 infraes mais cometidas pelos colaboradores da BRT em 2005. Fonte: Quadro elaborado pelo aluno a partir de informaes coletadas com a Coordenao do PST.
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Em funo dos ndices apresentados, ser de responsabilidade dos cargos de
gesto da BRT assegurar que os colaboradores recebam cursos de aperfeioamento
e de desenvolvimento de estratgias de direo defensiva.
Nesse programa sero estabelecidos mecanismos para eliminao ou
minimizao na maior extenso possvel dos riscos de acidentabilidade e/ou
sinistralidade atravs da realizao de inspees veiculares peridicas para
identificar, eliminar e controlar riscos de acidentes.
Sero disponibilizados aos colaboradores treinamentos on-line sobre a boa prtica de direo defensiva, inclusive proporcionando a formao de uma nova
cultura no trnsito, advinda do Cdigo de Trnsito Brasileiro, que em toda a sua
fundamentao incentiva o contexto da educao. Nesse programa sero
divulgados os resultados das investigaes de acidentes de trnsito como forma de
evitar reincidncia e conscientizao de todos.
O PST ser coordenado pela Gerncia de SSMA que faz parte da Diretoria
Adjunta de Operaes de Recursos Humanos DAORH. J para a
operacionalizao do programa ser criado, em cada filial, um comit sob
responsabilidade de um Coordenador regional. Para que os objetivos do programa
sejam alcanados com a mxima eficcia, vrios integrantes da organizao
(Coordenador do PST, Gerentes da BRT, Comits, rea Mdica e todos os
colaboradores) tero atribuies e responsabilidades.
Por meio da operacionalizao de algumas estratgias traadas pela Brasil
TELECOM, especificamente pela Gerncia de SSMA, a empresa busca atingir a
eficincia e eficcia do programa e com isso reduzir ao mximo os indicadores de
acidentes no trnsito registrados pela organizao. Dentre as principais estratgias a serem cumpridas esto:
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ESTRATGIAS
OPERACIONAIS
Criar comit de segurana no trnsito
Definir e implantar melhoria no monitoramento dos veculos
Gerenciar e reconhecer riscos de acidentes de trnsito
Registrar acidentes e/ou infraes no trnsito
Implementar controle para utilizao dos veculos da BRT
Analisar a sinalizao de trnsito nas instalaes da BRT
Divulgar o PST
EDUCACIONAIS
Disponibilizar curso de direo defensiva on-line
Divulgar dicas de segurana no trnsito na Intranet
Reciclar infratores no trnsito
Conscientizar os colaboradores
Realizar campanhas educativas contra o lcool
SOCIAIS
Premiar motorista-padro
Envolver a famlia dos colaboradores no lanamento do PST Quadro 8: Estratgias adotadas para o desenvolvimento do PST. Fonte: Quadro elaborado pelo aluno a partir de informaes coletadas com a Coordenao do PST.
Vrios so os elementos que podem ser estudados, controlados e exigidos
para que o controle de riscos no trnsito seja realizado, assim contribuindo a
empresa BRT para a reduo de acidentes com seus veculos. Seu uso deve ser institudo no somente pelas autoridades, como pelos responsveis por qualquer
situao que atentar contra a segurana de terceiros. Entre as qualidades inerentes
funo, espera-se dos colaboradores uma excelente visibilidade, capacidade de
comunicao antecipada e correta identificao dos eventuais perigos.
De acordo com a Comisso de Preveno a Acidentes de Trnsito - COMPAT da empresa Brasil TELECOM, a preveno de acidentes pode ser efetuada
mediante a consciente aplicao das regras a seguir enunciadas:
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REGRAS PARA A PREVENO DE ACIDENTES DE TRNSITO
Efetuar regularmente, conforme prazos estabelecidos pelos fabricantes, a reviso dos controles de partida, sistema de freio e da transmisso;
Efetuar as trocas de leo lubrificante nos perodos estabelecidos;
Verificar o sistema de amortecedores;
Verificar os sistemas de limpeza dos pra-brisas, gua e fluido para efeito de obter uma
viso adequada; Verificar os sistemas de iluminao: luz de estacionamento, pisca-pisca, pisca alerta, luzes
de freio e internas;
Reviso de pneumticos, que devem apresentar a devida profundidade dos sulcos e no
estarem lisos;
No circular com pneumticos ou rodas no permitidas pelas normas;
No modificar as caractersticas originais do automvel, acrescentando ou retirando
equipamentos procedentes da fbrica; Efetuar a limpeza regular e devido posicionamento dos espelhos retrovisores internos e
externos de forma a permitir uma clara viso perifrica;
Verificar que os fechos do cap permitam um posicionamento seguro;
Verificar que qualquer tipo de alarme funcione efetivamente;
Manter limpa a placa e acesa a luz de identificao do veculo;
Verificar a operao correta dos vidros das janelas;
Verificar o funcionamento correto de todos os cintos de segurana;
No exceder a capacidade de carga estabelecida para o veculo;
Verificar os sistemas de acelerao de forma a no se produzirem travaes;
Efetuar periodicamente o balanceamento e alinhamento de pneumticos;
Posicionar corretamente o assento, determinando assim a efetiva eficincia do cinto de
segurana;
Atentar-se para as instrues quanto ao uso e prazo de validade dos extintores de incndio,
pois as cargas devem ser perfeitamente conhecidas pelo condutor.
Quadro 9: Regras para a preveno de acidentes de trnsito. Fonte: Quadro elaborado pelo aluno a partir de informaes coletadas com a Coordenao do PST. 2.3.2 Discusso dos Resultados
Atualmente, a Segurana no Trabalho um aspecto que traz muita
preocupao para a empresa Brasil TELECOM - BRT, pois se a equipe
especializada no assunto no realizar um trabalho srio, responsvel e
comprometido com a preveno dos acidentes de trabalho e com a eliminao de
suas causas ela passa a vivenciar alguns problemas, conseqncias de um trabalho
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ineficiente e ineficaz, que podem ser: acidentes graves e fatais, perda de
produtividade e prejuzos financeiros.
O Programa de Segurana no Trnsito PST da empresa BRT foi proposto e
desenvolvido com o intuito de que o mesmo viesse a funcionar como uma
ferramenta da Administrao de Recursos Humanos ARH, que para Chiavenato
(1994) consiste em planejar, organizar, desenvolver, coordenar e controlar as
tcnicas, regras, polticas e diretrizes responsveis por promover o desempenho
eficiente dos trabalhadores da organizao, tendo por finalidade minimizar ou at
resolver os problemas citados acima relacionados Segurana no Trnsito e reconhecidos pela Gerncia de Sade, Segurana e Meio Ambiente (SSMA), que
segundo Marras (2000) atua tanto na preveno quanto na correo, em estudos e
aes constantes que envolvam acidentes de trabalho.
O PST visa promover o conhecimento referente Segurana no Trnsito entre
todos os colaboradores voltados para trabalhos fora da empresa e conscientiz-los da importncia desse fator durante todas as atividades desempenhadas por eles. No
momento que essas metas do programa forem atingidas, tanto os profissionais da
empresa sero beneficiados com a elevao da sua qualidade de vida no trabalho,
quanto prpria empresa ter bons frutos com a elevao da sua eficcia
organizacional e com a formao de uma boa imagem perante seus empregados,
parceiros e rgos fiscalizadores.
Alm disso, esse projeto pretende promover o setor de SSMA, parte integrante
do Departamento de Recursos Humanos RH da empresa, diante de todos os
nveis, departamentos e gerncias, j que o setor se encontra em descrdito com
sua respectiva diretoria em relao realizao de interessantes e aplicveis
projetos.
Esse programa foi descrito por meio da exposio dos seus objetivos e
justificativas, das partes envolvidas no projeto, das diretrizes voltadas para a poltica
de segurana da BRT que deveriam ser seguidas, das etapas que o compunha e
das estratgias que seriam praticadas durante o seu desenvolvimento.
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Contudo, durante a execuo dos trabalhos listados no plano de ao, a
gerncia e os demais colaboradores da rea visualizaram algumas dificuldades que
toda a equipe estava tendo e estavam por atrapalhar o andamento dos processos
caractersticos do PST. Ento, em decorrncia do exposto, o programa foi paralisado
e at o momento no foi dado continuidade.
Dentre as dificuldades levantadas por toda a equipe de SSMA, sendo elas
impactantes na continuao do projeto, estavam a desmotivao de toda a equipe, a
falta de liderana no planejamento, execuo e anlise das atividades do PST e a
comunicao falha ou a falta dela entre os membros da equipe.
Conforme foi defendido pelos autores Chiavenato (2000), Stoner (1985), Koontz
(1981) e Megginson (1998), a liderana um processo que visa influenciar
colaboradores a agir de forma a atingir metas pessoais e organizacionais, induzir o
subordinado a realizar suas incumbncias com dedicao e confiana, influenciar
pessoas e dirigi-las por meio do processo de comunicao humana consecuo de um ou mais objetivos especficos e assim fazer uma empresa ou departamento
produzir bons resultados.
Em relao motivao, os mesmos autores defendem que a gerncia
responsvel, dentro da sua esfera de autoridade, pela motivao de seus
subordinados imediatos e pela motivao de todos os subordinados at a base da
estrutura organizacional pertinente.
E, sobre a comunicao empresarial, foi exposto que esse um dos aspectos
bsicos da atividade gerencial, pois administrar ou gerenciar fazer com que tarefas
e atividades sejam feitas por meio das pessoas, e para que as pessoas possam
realizar suas atribuies de maneira eficiente e eficaz torna-se necessrio comunicar constantemente a elas o que deve ser feito, como e quando.
Esse cenrio que foi descrito comeou a ser constatado em funo de vrios
problemas apresentados a seguir:
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A falta de integrao da equipe de SSMA foi abordada. A formao de grupos
a favor e contra o desenvolvimento do PST e a proteo da gerncia a determinados
membros da equipe foram as principais causas encontradas para que esse ponto
fosse debatido. A sugesto de melhoria para o ponto analisado seria que a gerncia
agisse com imparcialidade.
A gesto do PST estaria deficiente, devido falta de um acompanhamento
mais detalhado das aes desempenhadas no programa e devido tambm ao no
cumprimento dos prazos estabelecidos para as avaliaes dos resultados. Para que
esse aspecto melhorasse foi sugerida a realizao de reunies especficas para tratar do programa e o estabelecimento de prazos compatveis com o grau de
complexidade de cada tarefa.
Outro aspecto comentado que estava dificultando a continuidade do PST era a
dificuldade da gerncia em informar para toda a equipe as orientaes e
comentrios da diretoria a respeito do programa. A causa encontrada para esse fato estava na crena de que tais informaes s interessavam a gerncia. A sugesto
para isto seria que todas as informaes voltadas para o PST fossem
compartilhadas com toda a equipe.
A falta de divulgao da gerncia relativa realizao do PST foi um dos
grandes desmotivadores da equipe. Isso provavelmente aconteceu pela dificuldade
da gerncia em tornar o PST e seus indicadores notcia dentro da empresa. Esse
aspecto poderia ser melhorado ao se criar um espao para o PST no relatrio
constantemente encaminhado Diretoria. Alm disso, a interao da equipe SSMA
com a rea responsvel pela divulgao das aes de RH poderia ser acentuada,
facilitando assim o processo de divulgao do PST, seus indicadores e resultados.
certo que o acmulo de falhas em todos os processos citados gerou uma
desmotivao de forma generalizada na equipe, o que veio a descaracterizar o
verdadeiro envolvimento dos funcionrios, todo o processo participativo dos mesmos
durante o projeto e o comprometimento da equipe com o sucesso do PST.
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37
Depois de tudo que foi discutido, acredita-se que os processos de liderana,
motivao e comunicao entre os integrantes da equipe de SSMA da empresa BRT
e demais reas envolvidas s suas atividades precisem ser revistos e reestruturados
para que o nvel de desempenho do setor seja alavancado.
E finalizando, sugere-se que o PST seja novamente ativado, pois esse um
projeto que pode proporcionar empresa tanto benefcios sociais como financeiros.
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38
3 CONCLUSO
O assunto tratado neste trabalho foi a Segurana no Trabalho. A Segurana no Trabalho trata-se de uma rea estratgica dentro da Administrao de Recursos
Humanos e gerenciada, na maioria das empresas e organizaes em atividade,
pelo setor de Higiene, Segurana e Medicina no Trabalho. A importncia dessa rea
para as empresas advm do compromisso dos profissionais vinculados ao setor
buscarem reconhecer; avaliar e controlar riscos que possam afetar a segurana do
trabalhador.
O estudo abordou o Programa de Segurana no Trnsito PST desenvolvido
pela rea de Sade, Segurana e Meio Ambiente (SSMA) da Brasil TELECOM,
programa esse que visa reduzir em cerca de 50% o nmero de acidentes e infraes
de trnsito ocorridas na empresa em 2005 e que tem por justificativa reduzir
prejuzos financeiros e perda de produtividade para a empresa. Alm de tentar promover uma conscincia nos colaboradores quanto existncia de acidentes de
trabalho (trnsito), necessidade de preveno dos mesmos para a preservao da
sua prpria vida e, conseqentemente, conquistar a elevao de sua qualidade de
vida no trabalho.
O objetivo do estudo foi alcanado na medida em que houve a descrio e
anlise do PST, o cotejamento entre o programa e a literatura pertinente conforme o
proposto e identificaram-se pontos positivos e negativos do mesmo. J o objetivo do
PST ainda no foi atingido, pois, em decorrncia de problemas gerenciais, o
programa foi interrompido e at a presente data (05/05/2006) seu plano de ao
ainda no foi dado continuidade.
possvel que a despreocupao das empresas em relao a esse assunto se
deva a ampla proteo que pelo menos, teoricamente, oferecem os governos, talvez
a uma expectativa desmesurada de lucros ou simplesmente devido ignorncia que
os impede saber que a proteo do trabalhador em suas funes e na comunidade
um bom negcio.
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39
O mais importante de tudo a necessidade de iniciar-se alguma forma de
treinamento contnuo para o pessoal vinculado a atividades dependentes de carros
da empresa e implantar uma fonte de informao adequada sobre as prticas
corretas (defensivas) para dirigir, pois baseado em anlises realizadas pela
Fundacentro no final do ano de 2005 estima-se que no menos de 80% dos
acidentes de trnsito so causados por falhas humanas do motorista. Assim, o
problema de segurana no trnsito mais uma questo de reestruturao do
comportamento do homem do que de aperfeioamento do veculo.
Pode-se concluir que o PST disponibilizado para os colaboradores da Brasil TELECOM constitui um grande diferencial que a empresa proporciona a eles e
demonstra tambm que a empresa tem uma preocupao com a segurana dos
seus colaboradores.
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REFERNCIAS
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ANEXO A
PROGRAMA DE SEGURANA NO TRNSITO DA BRASIL TELECOM
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Tabela 1: Plano de Ao para elaborao e implantao do Programa de Segurana no Transito da BTR. Fonte: Tabela elaborada pelo aluno a partir de informaes coletadas com a coordenao do PST.
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