Segurança contra incêndios -...

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Projeto FEUP 2013/2014 Segurança contra incêndios MEIC 201304116 Fabiana Mendes 201305663 Sara Fernandes 201303477 Mariana Melo 201303982 Filipe Cruz

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Projeto FEUP

2013/2014

Segurança contra

incêndios MEIC

201304116 Fabiana Mendes

201305663 Sara Fernandes

201303477 Mariana Melo

201303982 Filipe Cruz

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Projeto FEUP

Sumário

Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina Projeto FEUP

sobre o tema Segurança contra incêndios.

Este relatório tem como objetivo verificar se as condições de

segurança contra incêndios na FEUP cumprem as normas e regulamentos,

assim como , analisar se existem falhas nesta área.

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Agradecimentos

Queremos agradecer aos monitores e à professora Bárbara Rangel pela ajuda e

dicas na elaboração do trabalho assim como agradecemos a elementos exteriores ao

grupo que ajudaram na execução deste trabalho.

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Índice

1. Caracterização da FEUP ........................................................................................................................ 1

1.1 Utilizações-tipo ..................................................................................................................... 1

1.2 Classificação e categoria de risco ..................................................................................... 1

2. Proteção Passiva ..................................................................................................................................... 2

2.1 Elementos estruturais resistentes ao fogo .................................................................... 2

2.1.1 Madeira................................................................................................................................... 2

2.1.2 Gesso ....................................................................................................................................... 3

2.1.3 Betão armado........................................................................................................................ 4

2.2 Sistemas de Desenfumagem ............................................................................................. 4

3. Proteção Ativa ......................................................................................................................................... 6

4. Análise de algumas plantas da FEUP ................................................................................................. 8

5. Análise de Segurança contra incêndios na FEUP ........................................................................ 10

6. Conclusão............................................................................................................................................... 11

7. Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 12

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1. Caracterização da FEUP

1.1 Utilizações-tipo

A FEUP corresponde à utilização-tipo IV «escolares» e utilização-tipo XI

«bibliotecas e arquivos» de acordo com as alíneas d) e l) do artigo 8º do

Decreto-lei 220/2008, respetivamente.

Artigo 8º

d) Tipo IV «escolares», corresponde a edifícios ou partes de edifícios

recebendo público, onde se ministrem ações de educação, ensino e

formação ou exerçam atividades lúdicas ou educativas para crianças

e jovens, podendo ou não incluir espaços de repouso ou de dormida

afetos aos participantes nessas ações e atividades, nomeadamente

escolas de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-infância,

centros de formações, centros de ocupação de tempos livres

destinados a crianças e jovens e centros de juventude;

l) Tipo XI «Bibliotecas e arquivos», corresponde a edifícios ou partes

de edifícios, recebendo ou não público, destinados a arquivo

documental, podendo disponibilizados documentos para consulta ou

visualização no próprio local ou não, nomeadamente bibliotecas,

mediatecas e arquivos;

1.2 Classificação e categoria de risco

A FEUP quanto à classificação de risco enquadra-se nos locais de risco B e

locais de risco C (alínea b) e c) do artigo 10º do Decreto-lei 220/2008). A

cada edifício corresponde uma categoria de risco, resultante dos seus

fatores de risco. Estas estão definidas pelos seguintes fatores de risco

(alínea d) e g) do artigo 12º do Decreto-lei 220/2008):

Altura da utilização-tipo

Efetivo e carga de incêndio

Números de pisos abaixo do plano de referência

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2. Proteção Passiva

A proteção passiva contra incêndio é constituída por meios de

proteção incorporados na construção do edifício, os quais não requerem nenhum tipo de acionamento para o seu funcionamento em caso de incêndio. Têm finalidades específicas durante o uso normal dos edifícios, que, em caso de incêndio: limitam a propagação do incêndio, garantem a resistência ao fogo, preservam a estabilidade estrutural da construção, permitem e facilitam a evacuação das pessoas e facilitam a aproximação e a entrada dos meios de socorro para desenvolvimento das ações de combate.

Incluem nomeadamente:

Elementos estruturais resistentes ao fogo;

Sistemas de ventilação e desenfumagem;

Sistemas de sinalização de segurança.

2.1 Elementos estruturais resistentes ao fogo

2.1.1 Madeira

A madeira, graças às suas propriedades físicas e mecânicas, ela apresenta um comportamento diferente dos materiais utilizados na construção, que lhe é favorável. Ela é um material combustível, diferente do aço e do betão. Tal como os combustíveis sólidos, a madeira, em condições normais, não se queima diretamente. Primeiro decompõe-se em gases que expostos ao calor se convertem em chamas e que, por sua vez, aquecem a madeira ainda não atingida e promovem a libertação de mais gases inflamáveis, alimentando a combustão.

No entanto, peças robustas de madeira, quando expostas ao fogo, formam uma camada superficial de carvão, que age como uma espécie de isolante, impedindo a rápida saída de gases inflamáveis e a propagação de calor para o interior da seção, resultando tanto em um aquecimento quanto uma degradação do material a uma velocidade menor e, assim, colaborando favoravelmente para melhorar a capacidade de sustentação

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das cargas da edificação, devido, em grande parte, à conservação das propriedades físicas da madeira mesmo após ter sido exposta a elevadas temperaturas.

Para o estudo da madeira exposta ao fogo, as propriedades térmicas, a resistência e rigidez são as que mais influenciam o seu desempenho. A maioria destas propriedades está relacionada com fatores próprios da madeira, como a densidade, o teor de humidade, a composição química, a permeabilidade, a condutividade térmica e fatores externos (como as temperaturas de exposição ao fogo, duração da exposição e a ventilação no ambiente).

2.1.2 Gesso

O gesso é um exemplo de material passivo de proteção contra incêndios. Tem um alto teor de água e liberta vapor de água, quando exposto ao calor extremo, abrandando o ritmo a que ele vai queimar.

A principal desvantagem deste material é não resistir à humidade, já que é dissolvido pela água. No entanto, apresenta uma resistência ao fogo elevada, pois, no início o calor é dispensado na desidratação do gesso.

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2.1.3 Betão armado

O betão e o aço são os materiais estruturais mais usados na construção civil, em pilares, vigas, pavimentos e paredes resistentes, sendo o seu comportamento ao fogo bastante razoável. No entanto, quando sujeito a temperaturas elevadas, podem surgir fendas que fragilizam o betão e podem conduzir à deterioração do aço, verificando-se uma perda significativa da capacidade de suporte desse elemento. Assim, é essencial a proteção dos elementos estruturais em betão armado.

O betão é um material constituído pela mistura devidamente proporcionada de agregados (brita e areia) com um ligante hidráulico, água e eventualmente aditivos.

Paredes e pisos feitos com betão armado são considerados de proteção passiva contra o fogo.

2.2 Sistemas de Desenfumagem

O fumo apresenta quatro perigos para as pessoas e para os bens patrimoniais: temperatura, opacidade, toxicidade e corrosividade. Sem um sistema de desenfumagem, os edifícios podem-se encher de fumo em apenas alguns minutos. Este controlo de fumo vai:

Garantir a mobilidade das vias de evacuação;

Permitir a visibilidade ao longo dos percursos e nos locais;

Evitar o perigo de intoxicação dos ocupantes ou das equipas de intervenção;

Baixar a temperatura do fumo e dos gases, para proteção das pessoas e da construção.

A desenfumagem consiste numa substituição de ar viciado por ar

novo, de modo a retirar os fumos e gases tóxicos dos espaços, e pode ser

realizada por meios naturais ou por meios mecânicos.

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Desenfumagem natural

• As instalações de desenfumagem natural compreendemaberturas ligadas ao exterior para admissão de ar e evacuaçãodos fumos

Desenfumagem mecânica

• Nas instalações de desenfumagem mecânica os fumos sãoextraídos por meios mecânicos e a admissão de ar pode serrealizada por meios naturais ou mecânicos.

Um sistema de desenfumagem permite criar diferenças de pressão e obter um efeito

de ‘chaminé’.

Ao criar aberturas nos pontos mais elevados de um edifício, por onde podem escapar

os fumos e o ar quente, desimpede-se as zonas mais baixas, prolonga-se o tempo de

evacuação e facilita-se o ataque ao foco de incêndios.

Simulação de um incêndio num edifício sem desenfumagem. Rapidamente o fumo e os gases preenchem todo o edifício bloqueando as vias de acesso. O aumento da temperatura faz com que as chamas se propaguem rapidamente

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3. Proteção Ativa

A proteção ativa contra incêndio é constituída por equipamentos e sistemas que precisam de ser ativados manual ou automaticamente, em situação de incêndio. Visa a rápida deteção do incêndio, o alerta dos utilizadores do edifício e as ações de combate em segurança.

Incluem designadamente:

Sistema de alarme manual de incêndio (botões) e/ou meios de deteção e alarme automáticos

Meios de primeira intervenção: extintores, rede de incêndio armada (carretéis e bocas de incêndio), marcos de incêndio e hidrantes;

Sistema de iluminação de emergência;

Simulação de um incêndio num edifício com desenfumagem. A clarabóia de

desenfumagem automática instalada na parte mais alta da caixa das escadas cria um

efeito de chaminé evitando o fumo se disperse pelas outras áreas do edifício

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Equipamentos Sinalização

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4. Análise de algumas plantas da FEUP

No interior de todos os edifícios existem múltiplos equipamentos para uma atuação

eficaz em caso de incêndio. Em todas as plantas esses equipamentos estão devidamente

assinalados .

Edifício G, piso 0

Departamento de Engenharia Civil

Nesta planta podemos observar os seguintes elementos:

a vermelho a sinalização relativa aos instrumentos de alarme e

combate ao incêndio:

Extintores

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Bocas de incêndio

Botões de alarme

a azul a sinalização relativa às instalações técnicas:

Central deteção de incêndios

Corte local de gás

Corte local de eletricidade

a verde a sinalização relativa à evacuação:

Caminho de evacuação (setas)

Ponto de reunião

Podemos também verificar que a planta oferece algumas instruções de

segurança numa situação de emergência e também números de

emergência.

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5. Análise de Segurança contra incêndios na FEUP

A FEUP relativamente à sinalização e equipamento esta de acordo com o

decreto-lei, apesar de ainda ter falhas. Uma dessas falhas é a inexistência

de simulacros.

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6. Conclusão

Com este trabalho procurámos descobrir e verificar se a FEUP está de

encontro com os regulamentos da segurança contra incêndios em edifícios.

Após termos feito pesquisa de informação sobre normas e materiais

de construção de edifícios, análise do Regulamento Técnico de segurança

Contra Incêndios e plantas do edifício e de recolha de dados na FEUP,

pudemos concluir que a FEUP de facto se encontra de acordo com todas as

normas necessárias de segurança.