SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO IllIMEKO A-V«iI^SO...

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 19 DE DEZEMBRO DE 1914 NUM. 162G w\P - A- Ay'Aj ^M. /^ /_£'*" SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO IllIMEKO A-V«iI^SO - 8®® réis Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515 um ;S;!w u v r^^-xwèwê ,'i--<-: ¦¦;.-:.-.v-":^-.-:;.-:• li^ ^ P^p-^r:. ;.^;,; ;:•¦,-.,; 7;y..;f ^ /;,;S. :' -A .^ í \. AAA:X, -¦:.:..,. AfA%\^~ . ~=T ..: A. i. -: * -_:...'¦ :.-^=- S'..". ELLE O assumpto da minha próxima conferência será : «Da superioridade do homem sobre a mulher». ELLA E' linda a these. O homem sobre a mulher está sempre em posição superior... ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se es» todas as Ptiarmaclan e Drogarias.

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 19 DE DEZEMBRO DE 1914 NUM. 162G

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^M.

/^ /_£ '*"SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO

IllIMEKO A-V«iI^SO - 8®® réis

Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telephone N. 3515

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ELLE — O assumpto da minha próxima conferência será : «Da superioridade do homem sobre amulher».

ELLA — E' linda a these. O homem sobre a mulher está sempre em posição superior...

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se es» todas as Ptiarmaclan e Drogarias.

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c teJKEPEDHEMÍE1]doCL. J

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Anno

<£> nus raajFUNDADO EM 1S9S

ASSIGNATURAS. . 12J000 | Semestre.Exterior: Anno 20Í00Q

7ÍCC0

Numero avulso, 200 réisNos Estados e no interior, 300 réis

ESt23Toda a correspondência, seja de

queespecicfòr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

Um mkkmmllmú®Eulalio Outterres, um protegido da

fortuna, tirou ba pouco tempo uma sorte decineoenta contos da Capital, e, sentindo oorganismo um tanto depauperado, tocou-separa uma das nossas mais afamadas estaçõesde águas.

Havia já oito dias que estava installadono hotel, quando uma tarde, ao fazer o seucostumado passeio pela villa, encontrou umasenhora muito elegante, de aspecto distinetoe de uma belleza encantadora.

Sob uni pretexto qualquer, travou comella um dialogo e acabou offerecendo-lhe oseu amor...

— Não é próprio o logar — disse ella —mas eu moro ali (e apontou para uma casinhaque branquejava no meio de um jardim bemtratado). Appareça lá; pode ir hoje, ás dezhoras da noite, eu o espero no portão...

Eulalio foi pontual. A' hora marcada elleera conduzido para o interior da casa pelamão da própria mulher elegante, distineta eencantadora.

Parece que o nosso D. Juan pretendiadormir ali, pois, mal se apanhou no quarto,poz-se a despir sem a menor cerimonia.

Estava já ern camiseta e ceroulas, quandoa desconhecida começou por sua vez a des-pojar-se da roupa e a mostrar-se mais inti-mamente...

De repente, abriu-se a porta e appareceuum homem.

— Meu marido — disse a mulher, incli-nando a .cabeça como quem faz uma apre-sentação.

Eulalio tremia como varas verdes..0 recém-chegado falou :

—O-seu procedimento é infame! Escolha:ou faço-lhe saltar os miolos com unia baladeste revólver, ou assigna este attestado :

O conquistador não hesitou. Agarrou a. penna e subscreveu o attestado seguinte:

«Declaro que, desenganado pelas sum-midades médicas, tanto do Brasil como doestrangeiro, entreguei-me ao Dr. X, que me

i curou radicalmente de uma tuberculose noao.-.-ío.»

JgSS^Esse attestado foi reunido a muitosoutros, obtidos pelo mesmo processo, afimde augmentar a fama dó já então afamadoDr. X...

NUMA TELLES.

Leiam"A PHLG.4"

*£¦¦- N. 7 dos Contos Rápidos — SOO réis

fto Priflciçi© d© Caífeíe

Cantata a secco, com a musica da modi-nha «A casa branca da serra».

No Palação do Cattete,Nesse edifício fclinoso,Chamavam-me o «Rei Cheiroso»E o «Commandante Cadete».Mas, fiz mui lindra figura...De corpo, e cara mui dura,No «Palação do Cattete».

No Palação do Cattete,No qual morei poucos annos,Enganos, mais desenganos,Soffri, á bessa, a cacete,Mas tive atguns-muitos diasDe gozos mil, de alegriasNo «Palação do. Cattete».

No Palação do Cattete,Amigos tive, bem ursos.Mais de um milhão de discursosOuvi, qual mais massadete,Mas, porém, dei beija-mãoA mais de mil e um Clietão...No «Palação do Cattete...»

No Paiação do Cattete,Quasi eu perdi a esperançaDe que a minha governançaAo termo fosse, ao quartete.Mas, não sendo eu mui casmurro,Tive, até, sorte... p'ra burroNo «Palação do Cattete»,

No Palação do Cattete,Mas fui, de novo, marido...(Embora já velliaqueie)Perdendo a esperança, atéQuasi que perco até... Fé...— No Paiação do Cattete.

JEAN GOTHE.Pela cópia otficiosa de

ESCARAVELHO.

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íf f|. '-:i--¦ ¦"l-^msgissms^z-.b

Então hoje eslás mais fortezinha dopeito?...

Prompta para um combate longo...Tomei o Peitoral de Angico Pelotense...

Lamentável engano

A vencranda senhora D. joaquina tinhaduas filhas: Rosaura e Rosalia. Esta eracasada e aquella solteira.

Havia já cinco annos que Rosalia estavaunida a um sujeito, forte, robusto, e noemtanto D. Joaquina ainda não era avó.

Isso desesperava sobremaneira a velhota,que queria um peliz a alegrar a casa, a fazertravessuras dc toda a espécie.

Um dia, logo pela manhã, D. Joaquinavestiu-se toda de preto e sahiu dc casa semdizer a ninguém para onde ia. Dirigiu-se auma igreja e ali, ajoelhada ante o altar daVirgem, pediu-lhe a sua intervenção paraque Rosalia tivesse um filho.

Nessa mesma noite, o Quincas queandava de namoro com a Rosaura, conseguiuque esta o recebesse no jardim, num recantoseguro, onde ninguém perturbou a sua entre-vista de duas horas.

Esse encontro do Quincas e da Rosaurarepetiu-se ainda muitas vezes, até que umdia elle arribou depois de ter ouvido dajoven uma grave revelação...

Passou-se o tempo, e um bello dia D.Joaquina reparou que Rosaura estava engor-dando muito... Interpellou-a e a moça res-pondeu : «Não sei 1»

Soube-o mais tarde a veneranda senhora:Rosaura deu á luz um menino muito gordinhoe muito louro...

E D. Joaquina desesperava-se :Mas como pode ter suecedido isto ?E' uma coisa absurda I dizia Rosalia—eu que sou casada, não consegui ter um

filho e Rosaura que é solteira...Ah ! — exclamou D. Joaquina — já sei

o que é isso ! Com certeza foi equivoco daminha parte!

E contou á filha casada e ao genro opedido que fizera á Virgem concluindo :Não lia duvida : ao fazer o pedido,equivoquei-me no nome. Em vez de pedirpara Rosalia pedi para Rosaura. São tãoparecidos...

CH1SPE.

Curandeira

«Uma senhora trata de ven-tre virado de crianças comotambem' quebranto em peitode senhoras e de maldita efogo em feridas, etc.»

(Do Popularlssimo)

Esqueceu-se a senhora de contarEntre outras coisas de que é prendada,Esta coisa, hoje em dia tão vulgar:— Engolir espada I

BARRIGUINHA.

Dr. Ubaldo Veiga, Esp. em Syphiliiirias, suas complicações c conseqüências. Moléstiascia mulher, rorrimtnlo., dr. Appll.il 60<3, 914,s 1116. [ura das çjonorrhéas cgudas e chmnicaspelos processos mais modernos.

Cons. Una Ginialies Dias 13, das 3 Ss 5, lote os ruis.

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mmsasmm,

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=—EH I9 úa Dezembro de 1914

MARCA nEQISTKADA (W**.

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Rr.„i.RcCebci1110? 3 visita d0 Sr. JaymeBento, secretario Ua companhia do «31», oqual se nos desculpou da demora em cmn-hí LeSSe 'cvcr de cortezia Pel° nmito tra-balho que tçve desde que chegou, em des-fazer a fita do Carlos Leal que entendeu dese apresentar como director da referidacompanhia.

. Garantiu-nos o Sr. jayme Bento que aúnica imposição que o Zé Loureiro fez nocontracto,foi justamente essa de não anna-recer o nome do Carlos Leal á frente da ex-cursao.Estamos scientes.*f Que diriam os leitores si soubessem

que a publicação daqtiella celebre entrevistacom o Carlos Leal que se leu no Correio dodia seguinte ao da chegada da companhia dodl, foi paga... como si fosse um annuncio?Admiram-se?Pois é verdade. E notem que, apezar demuito bem paga, ainda o Sr. director doCorreio se viu na obrigação de metter atesoura em uns tantos elogios que o CarlosLeal fazia a si próprio (porque foi o Carlosiquem escreveu a entrevista) e dos quaes o¦publico, si os lesse, haveria forçosamente de

fdestonfiar.,'E por ahi se vê a força do indefectível«Leal, director da companhia do «31»... deVarganta 1

j itsr Não vão pensar que a Amélia, do'tepubhca, descuida-se da hygiene, emboraáppareça de manhã com a caracterisaçâo davéspera. Seu cuidado todo, após o especta-culo, antes de acceitar o convite para a ceia,e ir á casa mudar calções e camisa.*S' Entre a Albertina Silva e o ViannaJunior vai haver brevemente uma união feitacom todas as regras necessárias.

Logo que isso se dê o Lazary, desgos-toso,_porá termo á existência.- «S! No S. Pedro disse-nos a Carlota quea Maria Amélia está muito contrariada coma Sofia, por causa da trepadeira que esta

poz na parede do quarto.E';"(-ais um bocadinho de inveja da MariaArnelia.**" Encontrámos uma noite da semana

passada, á porta do Nacional, o Souza atorcer o bigode e a falar sozinho.Porque ?Si assim continua, o homem acaba doido,com toda a certeza.

¦ a®1 Um dos gabirús mais audazes dazona theatral é um assombroso escriptor de¦revistas. Mas tambem pouco empata, porquesuas conquistas não vão além dos passeiosao Leme obrigados a despezas de Fidalga.... Raras vezes calha o gabirú ficar, porquea gaja dá o fora em busca de outro.j'f"f A Carmen Tainha, ria Pocariça, temandado de Herodes para Pilatos cm buscado Lagarto.Pobre Albano! Quem te mandou ajudar

a raptar a pequena em Coimbra ?Não ha que ver: vamos ter o Pará no

Rio i...*ar Uma collega da Maria Ferreira, doApollo, offereceu-se-nos para contar a'ORio Nu a historia do Zé dos Gatos que estáem Penafiel, feito antepassado do D. Jaymede Bourbon.

Descanse que nem mesmo á Maria Fer-reira diremos quem a senhora é. Pode contara historia.

Para se poder julgar da seriedade com que:a Alfaiataria Guanabara, o celebre34 da rua da Carioca, realiza o seu negocio deroupas feitas e sob medida, basta examinaras suas fazendas, forros e preços.A Guanabara é uma só e não tem fi-liaes; tem entretanto innumeros imitadoresque só preparam armadilhas aos ingênuos.

Cautela, pois, com esses intrujões 1 Ninguémpode competir com a Alfaiataria Guanabara emseriedade nem em modicidade de preços.Nào se deixem enganar e procurem somenteo 34 ria rua da Carioca.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

'=¦•' Falando da partida rio emprezarioZé Loureiro para Portugal, em busca da«iarte-, disse O Imparcial:

• Graças aos seus esforços têm vindo aoRio as melhores companhias portuguezas ealgumas estrangeiras de valor».

Diante disso, perguntamos :Não serão estrangeiras as companhias

portuguezas'?tsr «Quem vê a Chica Martins a fazer a«fome» no «31» sai dali com vontade de a

comer... porque, em verdade, uma «fome»tão gorda não deve ser muito difficil desupportar.

«3" Prometteu contar-nos uma inferes-sante historia do dcsapparecimento de umaschinellas da Carmen de Oliveira, a bordo, onosso amigo Zé Moraes.

Venha ella! Estamos roxos para a conhe-cer todinha!

-S' Em retribuição aos versos do Sr. K.Baço, publicados no nosso numero passado,Hugo Macedo, o poeta das coristas, enviou-nos e nos pediu a publicação da seguintequadra:Pensando ser Emilia Minha amada,Enganou-se K. Baço amigo meu.;Outra mais formosa é minha adoradaO amor que tive outr'ora já morreu...

Que avaccalhação !...^ «Meus amigos, disse o Leal — em

certa roda — agora casei-me; sou homemsério 1...»

7II1III...^' Contou-nos o Miguel do Nacional quea Sofia mandou pôr no seu quarto um venti-

lador.Esperamos, á vista disso, que a invejosa

Maria Amélia mande pôr um tambem no seu.ff Um conhecido maestro nacional vai

publicar aqui, em verso, para ser vendida noRepublica, emquanto lá estiver a companhiado «31», a vida da estrella Sra. Magda Arrudano Pará... quando a mesma cantava umasapimentadas cançonetas.

Vai ser um suecesso !*ar O Souza, a Adelina, a Sarah e achistosa Carlota passaram-se com armas ebagagens para a casa da invertida Daria.Que a Carlota fosse não nos admira,

mas o resto...**¦ Porque não trouxe desta vez o Lealo Zé Gordo ?

Deixal-o-ia guardando a Alice ?...^ Na caixa do S. José foi encontradoo seguinte acrostico, a que o autor deu portitulo : «Tu» :Anjo que és de immoríal belleza ;Delicado primor feito com arte;Invejável serás tu com certeza,Em uma tela, quando eu pintar-te !Muitas vezes vejo no céo escassoLeves traços da linda face tua;A gyrar vagarosos nelo espaço,E reconheço estar fitando a lua !

De instante a instante tua imagem vejoA fitar-me com o teu terno olhar; 'Rasgo o silencio e falar desejo,Immerges logo, p'ra não escutar !Muitas vezes te invoco, linda estrella,Lamentando não seres minha ainda,

'E reconheço que mulher tão bella,Bem pôde ser um anjo ou uma fada !...

Si a Belmira chegar a ler tanta asneiramanda procurar o poeta e... assassina-o***¦ Que tal saberia ao Gomes aquellamusica de gaitinha, no Café?O homem vai metter aquillo no «3!»**" As coristas da Companhia Galhardodepressa arranjaram collocação entre os sa-btrus rio Republica. A Laurinda, uma galantealfacinha que dá ares com a Zazá, fez-se sun-ptementar de policia e a Emminha, a maiseximia das apaches, logrou quasi o secreta-nado da empresa.Das outras dezoito, nem se fala... Bastalembrar que ate a Anna já arranjou quem lhemandasse concertar a dentadura.

do Loureiro?'^068 d° AVe"ar pela partida

Foi, foi, foifoi-se embora e me deixousem me fazer chefãoe a outro me amarrou...

Ora, valha-te S. Paio...*"*" O Candinho anda cheio d'olhos emcima do que se passa no Apollo.Diz elle que o preto no branco fala como

gente e, assim, o Loureiro está sabendo detudo ao primeiro escorregão do pessoal. Cui-dado com elle, Avellar!...*""¦ A Sra. Carmen d'01iveira, ao queparece, vai mandar para o estaleiro ascadeiras da sua rica garage afim de seremrebatidas pelo Sr. Manoel Tunes.;. ., ,'"Pelo menos, o moço mostra o retrato'-da menina da Pocariça a todos dizendo-a $sua amante. .-..,- ^.Interessante a entrevista da Carmend Oliveira com o Jornal do Brasil'.... A mocadiz-se rebento duma familia de artistas.

Que raio julga a rapariga que seja artista'So porque caiu no fado com o pé direito'Melhor fora dizer-se duma familia dèbichos : Isabel Tainha, Luiz Leilão, AlbanoLagarto e o Vicente com quem foi ao Lemeno dia 10.

JOÃO RATÃO.

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Ou KeeMirafliNo dia dos annos do Commendador, o

finório do Eduardo arranjou de ficar ao ladoda Chiquinha, á mesa do jantar.

Chi! Que namoro escandaloso! coclu-chavam as raparigas.

E estava mesmo escandaloso o namoio.E mais escandaloso ficou ainda dcpois.quandoo Eduardo, a prelexto de passar pratos, sechegava todo para a pequena, com olliadel asde carneiro moribundo, e quando a Uiiquinlia,que era da pelle, começou a servil-o comuns carinhos e com uns cuidados de mulher-zinha no dia seguinte ao do casamento.

Olha a Chiquinha a servir o Eduardo!diziam as amigas, tocadas de inveja, isso eque é dar na vista!

Findo o jantar, a Lulú e mais a Pitota emais a Julinha, - que todas também tinhamo seu namoro —inventaram jogar prendas.

E começou o brinquedo, com grandetroça a cada sentença, e com grande patifariade apertos longos de mãos e de abraçosap6r—

Esta é a ultima! disse a Pitóta a tiraruma prenda da cartola do Eduardo, conver-tida em caixa dos tributos do jogo.

— Então é a berlinda! exclamaram todos.Vamos á berlinda I

Era o Eduardo o dono da prenda, e Ia sefoi sentar a uma cadeira, emquanto a Lulucolhia as opiniões da roda.

— O Eduardo ! Oh ! Vai sahir a semver-gonhice da mesa I Vai sahir a historia daChiquinha servil-o !

E sahiu mesmo.

O senhor está na berlinda... começoua declarar a Lulú.

Grande sensação.Vamos a ver porque ! disse o com-

mendador todo risonho.O senhor está na berlinda, continuou

a moça, .porque.,, porque... porque é muitobém servido I

DIABINHO VERMELHO.

Licor TifoainaO melhor purifica-

— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua 1° de Março, 14

Offerecimento

«Úma senhora de meia idadeeducada, apta para qualquermister, além da sua profissãoprecisa auxilio de um senhorsério, para desenvolver suaactividade como se combinaretc.»

(Do Popularissimo)

Quasi vovó, é tia com certezaE quer desenvolver actividade ?...Pois venha trabalhar cá, na limpezaDa minha espada (vai sem mais maldade)

CAPiRÃO EUTICO.

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19 de Dezembro dc 1914 |^__§]=

ibliotheca do "Rio MAs pessoas <lo interior i|ii<- nos fi-xcrei» pe«li«l«». «le «una só voai. «letodos os livros quo compõem n «i-liliotlieca «lo MU XV, «josarAo «lemu abatimento qua nflo pôde serleito nas eneomincnilas pnrecltn-.Ins. Até a pi-es«-nte «lata. a Bíblia-tlli-ca consta «le SM volumes, quevendidos um a um lionin para osleitores do interior, numa despeja

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importância dc

18$000sem outras despesas. Aquelles que»e qi-tzcrcm aproveitar dessa van-taljclU lavam suas eneomniendas.acompanhadas da respeetiva im-

porlaiicia. a

ALFREDO VELLOSOSlusi do Hospicio - 318

KIO I»K _A.-HI__.

[PB1€_ P-EP'-© 2

«Um senhor de todo o res-peito desejaprotegeruma moçaque seja séria e sympathica,com uma mensalidade de 100Í;etc.»

(Do Popularissimo)

Para esse cavalheiro de respeitoEm cujo seio a protecção aninha,Eu venho, sem mais tir-te, satisfeito,

Dar a minha !SURICO.

Quatorze versos

— As coisas, cada -vez. .estão mais pretas.(Assim me dizes, Dulce)'. Em tal,eu creioPorquanto, não me illódem certas fretas,Nas quaes a gente honrada vai no meio..'..

Do nosso cofre, as colossaes gavetas,Si ás vezes deixo abertas, não receioRoubado ser, em libras ou pesetásE algumas notas gordas, de permeio...E' raro o mez, rarissima a semana,Em que um teu primo ou tio, irmão ou mana,Não passe... uns poucos dias, entre as gentes...

Dulce... (Jamais me julgues um tyranno)Porque não fazes tu, no fim do Anuo,Liquidação geral... dos teus parentes ?. ..

ESCARAVELHO.

Tônico JaponczPara perfumar o cabelío e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Idyl.i.o em. Üla^Minhas gentis leitoras, meus leitores,Contar-vos-ei agora, em breves traços,

A historia de uns amoresFérteis em embaraços —

De um tal commendadorQue a vez primeira amava.

Era bem grande c verdadeiro o amorQue elle á Mariquinhas dedicava...Um momento siquer, nem um só dia,Durante todo o mez 011 anno inteiro,

Parece, não haviaEm que o rico dinheiro(Er o delle, já se sabe)Não gastasse a valer.

E viviam assim. «Antes que acabe,Dizia ella, o mundo, hei de metter

Nos bolsos do cometaO dinheiro do marchante.»

Eu sou mesmo um pateta,Dizia o velho amante

(Ao lado chupitando o seu rape)Limpa me já desde a cabeça ao pé.

Já não falava nem riaO pobre do marchantePerdendo, noite e dia,O rubro do semblante,

Oue amarello ficava, de repente,Extinguindo-se-lhc as forças lentamente,

Até que um bello diaUma surpresa novaReservou-lhe a MariaPreparando-lhe a sova.

E assim ella pagou ao pobre amante velho 1(Que ao menos elle sirva a alguém de espelho]

Um horror de sacrifíciosFeitos — tornando as cansJoguetes para os vicios,Tal um clown nos can-cans. j!

Era o caso qtie a pérfida cocotte \Entregava-se, na ausência do velhote.

Aos braços do cometa,— Um rapagão formoso,Mas tão fraco na cheiaQuão forte e vigoroso

Nos pulsos e nas armas de combate.— A historia chega, emfim, ao seu remateChega o rapaz (surpresa feita em regra):E o velho encontra unindo á gruta negra

A boca desdentada,Tendo a lingua estendidaA lamber desesperadaO corpo da perdida...

SERTANEJA.

®«Uma moça viuva e de edu-

cação, deseja a protecção deum senhor de idade etc».

(Do Popularissimo)Sem marido, coitadinhaP'ra conversa sem assumpto,O que tem a viuvinhaSão saudades do defunto I

BARRIGUINHA.

Campo Santo do «0 Rio Nu»(LAPIDES LÉPIDAS)

ministro Luso

]á quando lá para o Ignótus,Sorridente e calmo, parte(Sem que honrarias aceite)Murmura assim : — Tendo... Arte,A vida, é sempre uni de.. .leite...

JEREMIAS.

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N. 32 1__<2" Seriei

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*-**»*V" \.-

19 de Dezembro de 1914 (-) O RIO NU (-)

lUiPiuiciüilbiaJcai

O tempo agora está feio,Mas não me passa na maça,Mas na maça e no meu corpoE' demais a urucubaca!

Do Rio Grande do Sul,Foi que veiu esta macaca,Baptizada pelo povoPor desgraça — urucubaca !

•Livra-me nossa SenhoraDeste algoz, de espada e laça:Elle tem além de tudoEssa tal de urucubaca !

Eu sou filho do sertãoDe onde veiu o corta-jaca,Mas não tocadosa pianoNem cheio de urucubaca !

Quem traz água em arupembaE mata mosquito a faca ?Seria tudo possivelSi não.fosse a urucubaca !

Meu filho não ande armadoNem de pistola, nem faca,Na presidência inda estáO Dudú, da urucubaca !

/jfeSei não ser semana santa,VíffMas você toque matraca,

Emquanto elle for presidenteTem o povo urucubaca.

Caboclo lá do sertãoNão corre de jararaca,Mas hoje em dia se pelaDa peste da urucubaca !

Lá na rua do CatteteVão collocar uma placa :Morreu Dudú — presidenteCom a sua urucubaca !

Usa-se muito na roçaEnfiada numa estaca

Uma caveira de burroPor causa da urucubaca!

Na grande zona estragadaNâo mais vejo uma polaca !Meu bom Deus, que horror é esteDesta tal de urucubaca!

Logo chega c toma assento,Logo chega e se abarraca,Na choupana e no palácioA senhora — urucubaca.

HUGO MACEDO.

Nota: Não foi publicado ha mais tempopor causa do E. de Sitio. — Hugo.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-

nhecida em todo o universo. Ruas dos An-

dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

«Um ancião viuvo já bas-tante avançado na edade, de-seja para sua companhia umasenhora maior de 40 annos,não ha duvida em consorciar-se dando boas referencias ao'-' seu comportamento, etc.»!:P>'¦i ¦..'•

(Do Popularissimo)

Tenh'a:a senhora o máximo cuidadoEstando em companhia do ancião :Quem é na idade já tão avançado

Não tem... razão ! ! !SUR1CO.

Bom bombeiroTodas as tardes, quando estava de folga,

o bombeiro Antônio Taquary subia as esca-das da casa da rua do Lavradio e sentava-seá mesa da cozinha, onde a cosinheira AméliaLevadura lhe reservava os melhores petiscosdo jantar de seus amos.

Assim ficavam socegados na cozinha,quepor signal era separada do resto da casa porum comprido corredor.

Depois do jantar, quando o amo, conhe-cido taverneiro, ia para a maçonaria, apatroa recebia um amigo do marido quevinha sempre depois que este sahia de casa.

Desta fôrma reinava alegria tanto nasala de visitas como na cozinha.

Uma tarde que o Taquary acabava dedar e receber a sua ração, a porta abriu-seviolentamente.

A patroa corria á cozinha em busca deuma bebida quente ou de vinagre, afim dereanimar o visitante que acabava de desmaiarem seus braços.

Estava aterrada com essa syncope, lem-brando-se das apoplexias resultantes de abu-sos depois de um copioso jantar.

Na sua afflicção.não quiz ver o Taquarye arrastou Amélia até seu quarto.

Com os cuidados das duas mulheres oimprudente voltou a si; não era nada, umsimples atordoamento.

Poz em ordem as roupas do moço, que apatroa dizia ter desabotoado para lhe dar are se retirou por fim.

A patroa, tranquilla, trocou com a criadao seguinte dialogo:

Quem era esse homem que eu vi nacozinha?

Um bombeiro, patroa.Havia então fogo ?Havia, minh'ama, mas elle apagou.Elle? Como? Elle trazia bomba?

E bem cheia, patroa; um bombeiroque se preza anda sempre com a bombabem cheia...

ZE' CODEA.

FOLHETIM

sint-m— POR —

V. DE NOVAES

3ãJL

¥̂

Ali começou a reflectir no passo quedera e na insinuação do criado.

Fiz mal. Devia ter distraindo oManoel com algum serviço fora de casa...Elle está senhor do que se passou e é capazde contar ao Alonso.

Estava ainda entregue ás suas reflexõesquando bateram de leve á porta do quarto.Estremeceu e foi ver quem era.

Deu de cara com o Sr. Santos, que,sorridente, lhe disse:

Fiquei com a boca doce, sabe ? Evenho perguntar-lhe si as nossas entrevistasse repetirão. . .

Mas. . . o senhor está louco? Meumarido não tarda por ahi e, si nos encontraa conversar...

Que tem isso ? A senhora lhe dirá

que me estava convencendo de que nãome devo mudar e eu confirmo declarando

que não me mudarei... Mas... respondaá minha pergunta.Nào sei si as nossas entrevistas serepetirão. Isso depende. . .

De que ?Das circumstancias... O senhor

comprehende.,. hoje a ausência do Alonsonos favoreceu, mas assim mesmo. ..

Assim mesmo o que ?. . .Ha uma pessoa que sabe: o Manoel.Ora, o Manoel 1 O Manoel vende o

seu silencio por qualquer coisa.Em todo o caso, é uma ameaça que

pesa sobre mim.—¦ Eu me encarrego de o fazer calar.Nisso, ouviu-se na escada o tropel de

passos.D. Sinhá, muito assustada, disse :

Ahi vem o Alonso ! Retire-se !O Sr. Santos rodou nos calcanhares e,

na escada, encontrou-se com o hespanhol.Este o interpellou:

O senhor ainda a esta hora poraqui ? Não foi trabalhar hoje ?

Está tratando da mudança ?Já não me mudo.Ah !. . .Resolvi acceitar as ponderações de

sua senhora, que demonstrou a sem razãodo meu procedimento.Folgo muito com isso.

E eu também, Sr. Alonso... Até logolAo chegar ao topo da escada, o hespa-

nhol encontrou a esposa.Então o Santos ?. . .Fica.. .

E' melhor assim. Si elle se mudasse,eu estava disposto a pôr na rua as tuasprotegidas.Por causa dellas, justamente, foique me resolvi a dissuadil-o da idéa de se"mudar.

Que lhe disseste ?D. Sinhá córou até á raiz dos cabellos,

mas, por sua felicidade, o marido nãonotou essa alteração.

Já nem me lembro bem—respondeuella. O que é facto é que o convenci. ¦-.--

Alonso, nem por sombras, suspeitouque sua mulher, para conservar aquelleinquilino, se lhe entregara de corpo e alma.Era de extraordinária boa fé o pobre hes-panhol I

Ella, entretanto, sentia-se completa-mente arrependida do passo que dera.

(Continua)

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(-) O RIO NU (-)

A Encrenca EuropicaTelegrammas de primeiríssima

Systema Mar... conico desfiadoCD

Londres, 17 — Por ter sido morto porum soldado allemão, suicidou-se cm Viennade Áustria um soldado russo.

O enterro da victima não se realizoupor estar ella de perfeita saúde.

Berlim, 17-Aggrava-se sensivelmente oestado de saúde do kaiser.

S. M. só tem saúde nos cabellos doburaco do... nariz.

Cracovia, 17 — A cidade está quasi empoder dos russos.

Estes já chegaram a Pekm, na Americado Norte, e caminham para Berlim na Clima,com tal velocidade, que parecem um tremrápido da Central.

Paris, 17 — Communicação official deVienna diz que o kaiser está senhor da Alie-manha e que esta lhe pertencerá inteiramenteemquanto as forças aluadas a não tomarem.

Havre, 17 — Em Vienna d'Áustria osbelgas andam roxos á procura dos Austríacos.

Só têm encontrado turcos.

New York, 17 — Desde hontem que épermittida a entrada de paquetes na barra doporto desta cidade.

As senhoras estão contentissimas.

Lisboa, 17 — Confiados na restauraçãoda monarchia em Portugal os thalassas ma-nifestaram-se a favor da Allemanha.

O imperador Guilherme tem batido pai-mas de satisfeito.

PARIS, 17 (Communicação official á ultimahora) — Logo que fique bom o kaiser seráenra.. .scado pelos alliados.

Vai ser um suecesso /

'çreHXBPIHM de fl-STHfliOS

Carrapato — O' homem, afrouxe I Ofim do mundo ainda não se sabe quando é esi você não dá uma folga nessa lua de mel,acaba... acaba melado !...

.. ,. Vá saboreando o prato devagar...ChicJuinha — Com que então já tres e...

todos acharam geito de dar o fora ; a meninaainda não casou ?...: Olhe que já é ser infeliz ! Ter tido trese ficar sem elles...

D. Amélia — Quer um brinquedo} Temosum esplendido e custa apenas tres tostões...

E' o romanceie melhor no gênero...Caçador —Ha muitas maneiras de caçar

pombinhas: uns as caçam de pé (é um poucodifficil) outros deitados de costas, com aespingarda apontada para o ar; mas o me-lhor processo é caçal-as de bruços...

JOÃO DURO.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Bía Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

="£51 19 de Dezembro de 1914 gj§]:

HS SjMICONTOS RÁPIDOS

Linda collecção de contos rápidos300 réis cada exemplar com uma bellae suggestiva gravura impressa em papelcouche.

Os doze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mulher defogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia, A Pulga,O Correio do Amor, Dolores. FamíliaModerna, Na Zona... e O brinquedoconstituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col-lecçào completa dos doze enviara ape-nas a importância de 4^500.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospício - Rio de Janeiro

Eis-me afinal, querida, para sempre,O teu humilde escravo, respeitoso,Serás de hoje em diante, a minha vida,De minha vida, um astro esplendoroso.

Vai suecumbir tão pura, essa innocenciaEm teu virgineo corpo derramada,Agora ella será qual, flor mimosaPela fúria do vento arrebatada.

Minh'alma toda inteira eu te offereço,Minha carne palpita pela tua, _Na febre deste amor e do desejo,De ver-te minha, inteiramente nua.

Dá-me pois a qtientura de teus seios,Entrega-me teu corpo immaculado,Entremos do prazer no paraíso,Peia porta sublime do Peccado.

Quero queimar na chamma da volúpiaA meiga flor de tua virgindade,Cerra os olhos de tua puericia,Desfructemos um do outro a mocidade.

Mais do que nunca esta posição me abrasaAgora que a teus pés me vês pendido,Unamos, pois, querida, as nossas vidasP'ra que eu gose teu frueto prohibido.

Na aza branca do amor tua purezaSobe envolta no incenso do prazer,Quem sabe si no brilho de uma estrellaNão irá ella agora fesplender?

Vai alta noite, o corpo teu se inflammaNo mesmo ardorquefaz-me os membros lassos,Une em febre teu corpo á minha carne,Enlaça-me na serpe de teus braços.

A. VAZ.

% Galeria Artística %Avisamos aos lcllorcs «|uc tenhamfalta sle algumas estampas cia nossaGaleria As-<istiea. e queiram eomnle-tar a collecção. IJtuC ssm nosso «seria-tssriss existem exemplares sle todsssos numero» slss HlO XV slestle t, im-eiss <Ia publicação dessa Galeria, po-delido ser ailiíuiritlsss s<->» aoijmento

de preço.

PERFIS DA ZONAi

Jnlciaes — J. M.Alcunha — Escandanhas.Fcitio — Criança desmammada.O ime é — Um apaixonado de actnzes.O oue foi — Cantor de chopps.O que será-Vm desilludido, nao so da

arte de representar como de amar...O que faz - Palhaçada, com o que julga

tornar-se espirituoso.Dc que vive—De sua espinhosa profissão

de actor.Como gosta das malheres-Que não sejam

muito feias e que os seus nomes comecempor P. L. ou B... ,

Antecedentes: — Por causa de uma demi-mondaine, certa noite de baile no Maison,quasi foi a via de faetos com conhecidodentista' S.JOÃO.

Licor TibainaO melhor pzxriíica-— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

(C©miil©§ e«. De§<c©BHÍ©§

AS ROSCAS...

Já ha quasi umas cinco semanas... depão que o José Valente, o antigo e concei-tuado reserva, da Padaria Flor do Tojo, áFabrica das Chitas, requestava a Maricota,uma mulatinha dos seus dezeseis annos pre-sumiveis; tão bem apessoada.quão bem for-nida de carnes e a cujos olhos, de umavivacidade tentadora, não resistiria, talvez, othaumaturgo Santo Antônio, si vivo fossee... a visse...

Vel-a e... desejal-a, fora obra de ummomento... em que o José lhe entregara opão da tarde, em certo dia...

E visto que — «quem porfia, mata caça>e ainda mais — « quem espera, semprealcança», o Valente Zé, á sexta semana decerco, logrou entrar, victorioso, no Forte...

E (é de justiça registrar-se) demonstrou,dignamente, o seu valor estratégico de inte-merato combatente!...

Houvera, porém, um accordo prévio :A Maricota exigira que o seu Zé fosse

premunido de umas... duas dúzias de ros-quinhas de manteiga, as quaes elle geitosa-mente iria quebrando e retirando do outro...«Zé», quando ella assim julgasse mister...ou prudente.Ora, lá quanto a isso não seja a du-vida... (responderão Zé) trago-te até doissaquinhos dellas...»

No — «Emfim sós I... Isto c, no : afinal-unidos :

Tira rosca, seu Zé... Tira rosca...Estou tirando.rapariga... estou tirando...Tira mais, seu Zé... Tira mais...Ora... por razão, Maricota, te digo

que... isto aqui (e passou a mão no logaroffendido) não é... Padaria I...

ESCARAVELHO.

Já está á venda n. 12 dos contos rápidosdos — O brinquedo — empolgante narraçãode um noivo duplamente feliz.

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s 19 dc Dezembro de 1914 (-) O RIO NU (-)

iStkL^^^^wâ^AVISO— O "Rio Nu" não tem repórter ai-

gutn nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção; todo aquelle quese apresentar como tal é um tntrujãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieQuando uma noite destas o Janjão estava

no café «Luso Brazileiro» tomando cervejacom a Maria Pequena, foi ali descoberto poruma funecionaria da zona Lavradio, que,talvez com dôr de cornucopia, começou adirigir-lhe indireclas. Mais tarde yimol-opromettendo petelécos á mesma funecionaria.

Cuidado, sua funecionaria, porque oJanjão não é muito certo!

£5" Certa funecionaria da zona Viscondedo Rio Branco 18 deu agora para se misturarcom blocos de pretos de toda a espécie.

Tome vergonha !•sr o imperador Guilherme 1°, da zona

S. Manoel, descobriu que os Reis Messias e oGarcia planejavam dirigir-lhe um ultimatumdeclarando guerra. Porém o Guilherme, quenada tem de kaiser, teve... medo e... si nãohouvesse a intervenção de outras potênciaselle não teria sahido do seu gabinete parapercorrer o campo da lueta.

Que fiteiro !nsr A Ermelinda Portugueza arrepiou

carreira, mudando-se para a zona Cattete.O diabo foi o grande beiço que ella pas-

sou na Maria José.Acceite um conselho, Ermelinda: veja si

pode acabar com os bichinhos que pululamna sua torre!

f®1 A Pepa corista, no sabbado ultimo,barrou o seu agaloado e foi ao «Poleiro»acompanhada por uma morena a quem estálançando.

Boa professora... não ha duvida I_& No baile de anniversario do «Poleiro»

o Barreto do «Carlos Gomes» esteve todoafoubado a convencer a morena que acompa-nhava a Pepa de que elle era o primeiro-artista da companhia e que estava cheio dearame, devido ao ultimo beneficio.

Que águia!_3r O Toloza tambem quiz aproveitar o

tempo e no «Poleiro» agarrou a Célia da zonapraça dos Arcos, ensaiando os passos avac-calhados com que pretende dançar com aMaria Lina no Apollo.

Que mania!...

«ar O Jerico chorou suas misérias emcima da Amélia Portugueza, corista do «Re-publica», mas nem assim arranjou penetraçãono «Poleiro».

«s* O Asdrubal é que não quiz saber dedifficuldades. Agarrou um trapezio do pho-tographo do «Malho» e penetrou no «Poleiro»fazendo o photographo.

Que bella tapeação hein, seu moço ?**sr Disseram-nos que a Ermelinda Por-tugueza mudou-se da zona Lavradio 32 paraa zona Cattete para viver das caricias doseu compadre Acylino.

Cuidado, sua funecionaria, com a carametade do zinho !

4-3" O desdentado Leopoldo da zonaGeneral Severiano andou apanhando algunspetelécos por causa de certas encrencas nazona.

Então, seu zinho, agora é certa a...dentadura!

tssr Então, seu Belém, já fez as pazes?Desta vez ou vai ou racha !...sõt O Nônõ anda radiante com a sua

nova conquista.Pudera! Só mesmo uma «Minas Geraes»

poderia lhe servir de mãizinha !¦ts!' Eslá novamente engordando a Inhã

Labareda.Pudera não ! Si a funecionaria tem dois

fornecedores de leite puro e só gosta depasseios á Copacabana !

LÍNGUA DE PRATA.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALGrande e Extraordinária Loteria do Natal

Sabbado, 19 do corrente, ás 3 horas da taide313'— 2»

inteiros em meios 383600.Inteiros em quinquagesimos 40Í000

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casas lotericas

EDCBIETMClAo ver hontem a RosetaSenti tão forte prazer,Que fui p'ra casa a correrE toquei uma... cometa l

ZE.

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

, Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros grãos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

„. fpf _ • °m°_vv^_.. ' -.

jdtiM REI Áj^ÍW \ Ta/ M

...o menino Bulhões da zona GeneralSeveriano chupando mangas no chateou doMimi...

.. .o Palamenta da zona General Seve-riano, em chinellos sem meia, conversandocom a sua diva...

...a Ermelinda Portugueza comprandomercúrio em certa pliarmacia da zona La-vradio para acabar com a raça de certosredondinhos bichos...

...a Guiomar atrapalhada com um enormechapéo...

...a Maria Pequena fazendo fitas nazona Rio Branco.. .

...a Arthurina dando o desespero como avaccalhamenlo do Leal...

.. .na zona Mem de Sá a Marietta dandoo desespero por ter levado uma correctacarona...

.. .a Aurora Gallinha do Bloco agarradanovamente ao Tobias do «S. José».. .

.. ,o Antônio «cobrindo» uma avantajadacreatura...

...o tenor Dias ageitando uma func-cionaria ingênua, da zona Lavradio, parauma cavação gratuita...

...o Antonico Ignacio engallinhando-secom a Aurora do Bloco. . .

.. .o Asdrubal todo convencido, ao ladoda sua ex e actual amante...

.. .o Raul recebendo uma diária...

...a iMaria Pequena atacada de uru-cubatina...

VÊ TUDO.

Ãgna JagiwuezaNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas : Andradas, 43 a 47 eHospício, 164 e 166.

BOLSA DE OURO

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ofivLti. ¦ lôSis

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COMO ESTAVA COMO ESTOU

w135—33—736

DEZENAS95—11—27—41—22—19—70-44—10—81-

CENTENAS912—583—687—348—092—467

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ffl'd'eDezeml3'rade 1914'V'.,

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_______ 8 =^§íí-'- (-)ORIQNU(^) , E§—-:-', . '--.''• V'Z'~--Y'\

.Entoa 40 RIO NU :. |DOIS CONTRA UMA— Primorosa série

impressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo dois,volumes.

>-:Está á venda o 1? volume. Preço l$50O;pelo Correiov 2Í000._

' •'¦ A CABEÇA DO CARVALHO - Pyraml-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2$000; pelo Correio, 2*500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1$500;pelo Correio, 2JÍO0O.

'¦¦ AMORES DE UM FRADE - (3» edição,n. 1 da «Coílecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,5*00 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa.)-Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matn-monio, contados por Mathusalém, 500 reis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CoílecçãoAmorosa») — Historia de uma .linda viuvinhapatusca, que para comer exige appentivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800íréis-

i CASTA SUZANNA-.- (ri. 4 da «Còl.ec-ção Amorosa») — Empolgante descnpçao de

-scenas amorosas passadas - entre uma don-zella é Lúcio d'Amòur, que afinal consegueentrarem Barcelona depois de varias invés-

• tidas .pelas redondezas.-Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800-_rs."„

SANDWlCH-(n. 5 da Coílecção Amo-rosa)—

'Peripécias interessantes dos primei-ros gosós. de uma mulher recem-casada^narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 reis.

ÁLBUNS DE VISTAS - Coílecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chá de 1» qualidade e acompanhadas de bei-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 6, 4 e5. Preço de cada um, 1Í000; pelo Correio1Í500.

COUTOS RÁPIDOS — Estão pu-blicados osiseguintes: N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Bngracia - N. 4, Faz tudo.»— N. 5, A Viuva Alegre —,N. 0, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga - N. 8, O Correio do Amor

,_ n 9 Dolores - W. 1.0, FamíliaModerna — N. 11, MaZona... e N. 12,O brinquedo.

todos esses contos, que são escriptos -em linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada.um, narram as mais pittorescasscenas-de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio: 500 rs.,

Todos os livros acima citados sãolllustrados com gravuras tiradas donKt

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cãrdeaes», em versosbrejeiros. Três respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem pêias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis. ¦ '.

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da respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaesou dinheiro e endereçados a

:Jklfr©cto líeltos©.Rljj§t DO HOSPÍCIO 218— Rio de Janeiro

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