SEMEANDO POESIA: ARTE DE LER E ESCREVER POEMAS - … · 2 JÉSSICA RASSWEILER TALITA TAYLANE ALVES...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO JÉSSICA RASSWEILER TALITA TAYLANE PROKOSKI ALVES SEMEANDO POESIA: ARTE DE LER E ESCREVER POEMAS FLORIANÓPOLIS 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

JÉSSICA RASSWEILER

TALITA TAYLANE PROKOSKI ALVES

SEMEANDO POESIA: ARTE DE LER E ESCREVER POEMAS

FLORIANÓPOLIS

2013

2

JÉSSICA RASSWEILER

TALITA TAYLANE ALVES

SEMEANDO POESIA: ARTE DE LER E ESCREVER POEMAS

Relatório Final de estágio apresentado como

requisito parcial para avaliação da disciplina

Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e

Literatura I do 8º período do Curso de Graduação

em Letras/Português (Licenciatura) sob a

orientação da Professora Dra. Maria Izabel de

Bortoli Hentz.

FLORIANÓPOLIS

2013

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, primeiramente, que me permitiu chegar até aqui.

A minha dupla TALITA TAYLANE PROKOSKI ALVES, pelo empenho e

ajuda nos trabalhos realizados.

As minhas queridas amigas LAIANA ABDALA MARTINS e JANICE DA

SILVA, por acreditarem na minha capacidade, por me motivarem a continuar nesta

caminhada e por me fazerem sorrir nas horas difíceis.

A MINHA FAMÍLIA, por entender minhas ausências.

E especialmente ao meu noivo ANDERSON LUIS ANDERLE, pelo apoio

incondicional em todos os momentos.

A todos vocês, deixo meus sinceros agradecimentos.

JÉSSICA RASSWEILER

Dedico este trabalho a vocês que sempre me fizeram acreditar na realização dos

meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realizá-los, meus pais. A você

Josiane, amiga especial, que sempre me apoiou nas horas difíceis e compartilhou

comigo as alegrias.

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por ter me dado forças para chegar até

aqui, sem ele essa conquista, esse nova etapa não teria se concretizado. À minha família

pelo apoio, pela compreensão, por entender as minhas ausências.

À minha dupla JÉSSICA RASSWEILER por toda ajuda, todo apoio, todo

companheirismo ao longo deste percurso.

A uma amiga mais que especial, que me encorajou nos momentos difíceis do

estágio, embora ela não saiba disso, que me proporcionou momentos de risos mediante

as tensões e prazos que me cercavam. Em Provérbios 17:17 diz-se: “Em todo tempo

ama o amigo e na angústia nasce o irmão”, você foi mais que uma amiga JOSIANE

BERTO, obrigada por tudo.

TALITA TAYLANE PROKOSKI ALVES

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AGRADECIMENTOS

À professora MARIA IZABEL DE BORTOLI HENTZ, pelas orientações e incentivos

que tornaram possível a conclusão deste Relatório e de mais esta etapa.

A toda equipe de professores, funcionários e alunos da Escola Beatriz de Souza Brito,

por abrirem suas portas e nos permitirem conhecer e interagir dentro do universo

escolar.

À Esther F. do Amaral Gutjarh, por todo auxílio que nos deu durante as atividades do

projeto extraclasse e na confecção e editoração do Jornal Escolar.

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Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não

sonhar os meus próprios sonhos?

Fernando Pessoa

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RESUMO

Este relatório foi produzido para a disciplina de Estágio de Ensino em Língua

Portuguesa e Literatura I do curso de Letras - Língua Portuguesa e Literatura da

Universidade Federal de Santa Catarina, ministrada pela Professora Dra. Maria Izabel

de Bortoli Hentz e tem como objetivo relatar as experiências vivenciadas durante o

período de observação, das aulas ministradas no período de docência em sala de aula e

da docência extraclasse, bem como, as reflexões e descrições acerca dessas experiências

desenvolvidas em uma escola de educação básica da rede municipal de ensino de

Florianópolis. Na docência em classe, trabalhamos com a Poesia, analisando-a desde os

aspectos formais até os aspectos lúdicos que ela contém, para que, no fim, os alunos

pudessem produzir e recitar seus próprios poemas. Na docência extraclasse, preparamos

oficinas para que os alunos entrassem em contato com os gêneros presentes na esfera

jornalística, a fim de produzirem matérias para o Jornal Escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua portuguesa; Poesia; Jornal Escolar.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................8

2 A DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL.........................................10

2.1 Apresentação do campo de estágio...............................................................10

2.1.1 A escola......................................................................................................10

2.1.2 A turma e a professora................................................................................11

2.1.3 Observação das aulas..................................................................................13

2.1.4 Análise fundamentada das atividades acompanhadas...............................20

2.2 O PROJETO DE DOCÊNCIA.....................................................................21

2.2.1 Escolha do tema..........................................................................................21

2.2.2 Justificativa.................................................................................................22

2.2.3 Referencial teórico......................................................................................23

2.2.4 Objetivos.....................................................................................................25

2.2.5 Conhecimentos trabalhados........................................................................26

2.2.6 Metodologia................................................................................................26

2.2.7 Avaliação....................................................................................................30

2.2.8 Planos de aula.............................................................................................32

3 A DOCÊNCIA EM PROJETOS EXTRACLASSE.......................................101

3.1 JORNAL ESCOLAR...................................................................................101

3.1.1 Reflexão teórica.........................................................................................102

3.1.2 Objetivos................................................................................................... 108

3.1.3 Conhecimentos trabalhados...................................................................... 108

3.1.4 Metodologia...............................................................................................108

3.1.5 Planos das Oficinas....................................................................................112

4 REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA..................................120

5 VIVÊNCIAS DO FAZER DOCENTE NO ESPAÇO ESCOLAR..............123

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................125

7 REFERÊNCIAS.............................................................................................126

8 ANEXOS........................................................................................................129

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1 INTRODUÇÃO

O relatório final de estágio tem como função proporcionar um conhecimento

acerca das experiências vividas por nós e levar esse conhecimento a outras pessoas que

ainda irão passar por este momento.

O estágio de docência é uma etapa que se encontra na grade curricular da oitava

fase do curso de Letras-Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa da

Universidade Federal de Santa Catarina. Nesta fase, nós, alunos e alunas, entramos em

contato direto com o ambiente escolar. Em um primeiro momento, visitamos a escola e

vimos como se organizava cada espaço que a constituía.

Durante o período de observação, conseguimos perceber a dinâmica da escola,

quais são os seus direitos e deveres em relação à sociedade e à comunidade escolar e

como ela se organiza mediante isto. Também vimos como se efetiva a prática docente e

como se estabelece a relação entre aluno (a) e professor (a). Isso nos proporcionou um

aprendizado enorme e nos possibilitou uma melhor compreensão acerca do que

realmente é feito e trabalhado em sala de aula. Quando iniciamos nossa prática docente,

já pudemos perceber as dificuldades da turma, suas reais necessidades e as

possibilidades de ação dos atores sociais que constroem esse espaço, assim como de

nossa atuação quando da docência.

Durante a prática docente, pudemos trabalhar com alguns conteúdos aprendidos,

tanto na Universidade, quanto no período de observação. Após planejarmos,

cuidadosamente, todas as aulas que demos, entramos em sala de aula. O planejamento

foi fundamental para executar todas as atividades propostas, pois ele nos deu uma

garantia e mais segurança na hora de cumpri-las.

Como atividade conjunta da prática docente, tivemos as horas destinadas às

atividades extraclasses. Durante este período nos dedicamos a elaborar oficinas

relacionadas ao projeto do jornal escolar, que já fazia parte das atividades da escola.

Para isso, desenvolvemos um projeto em comum com os demais estagiários (as) de

Língua portuguesa que lá atuaram nesse semestre. As oficinas que ministramos,

resultaram nas matérias que constituíram a edição comemorativa dos 50 anos da escola.

Este trabalho se constitui como o relatório final da disciplina de Estágio

Obrigatório em Língua Portuguesa e Literatura I do curso de licenciatura em Letras

Português da UFSC, ministrada no primeiro semestre letivo de 2013, pela Professora

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Dra. Maria Izabel de Bortoli Hentz e relata as experiências vivenciadas no decorrer da

disciplina, desde a visita à escola, o estágio de observação, o planejamento do projeto de

docência, a prática docente e o projeto extraclasse. Nossas considerações e reflexões

foram construídas durante esse período e encontram-se ao longo deste relato.

Cremos que o registro de todas essas experiências é fundamental para aqueles

colegas de curso que ainda não chegaram nessa etapa. O relato de cada passo dado por

nós poderá contribuir para que os futuros licenciandos possam ter uma noção de como é

viver nesse espaço tão amplo e encantador que é a escola. Entre os objetivos deste

relato, estão o de possibilitar a visualização da totalidade do trabalho desenvolvido;

proporcionar o acesso a todos os recursos que serviram de base para o desenrolar das

aulas e oficinas por nós planejadas e levar o leitor a uma reflexão a respeito de nossa

ação pedagógica.

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2. A DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

2.1 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

2.1.1 A Escola

A inauguração do Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito em 1963 - onde

atualmente é o Centro Comunitário - marca uma data importante na história da

Educação no Sertão do Pantanal em Florianópolis, que se iniciou nos anos 30 com as

casas-escolas. A construção do novo e atual prédio da escola, em 1986, foi outro passo

marcante para a vida da comunidade do Bairro Pantanal. Em 2013, celebram-se os 50

anos da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito nessa trajetória em busca da

excelência do ensino público de qualidade, pelos esforços de todos os que se

comprometeram nela e com ela, com as crianças e adolescentes, professores, alunos,

funcionários, pais e amigos da comunidade escolar a re-evolucionar e re-encantar o

mundo.

A escola Beatriz de Souza Brito oferece Ensino Fundamental I e II e conta com

uma estrutura ampla e bem organizada: possui quadra de esportes, ginásio poliesportivo,

brinquedoteca, sala informatizada, auditório, refeitório, biblioteca, sala de reuniões, sala

dos professores, secretaria, diretoria, sala para equipe pedagógica e diversas salas de

aula. Há, também, um amplo espaço verde na escola, com muitas plantas e árvores que

proporcionam um ambiente extremamente agradável.

A escola também possui rampas de acesso para cadeirantes, um estacionamento

para os professores e funcionários e uma guarita com vigias para cuidar do

monitoramento das pessoas que entram e saem da escola. Ela é cercada por muros altos

e seus portões possuem grades de ferro. Tanto seus espaços internos, quanto externos,

são bem arejados. Inclusive, há um projeto de reforma para a escola, previsto para o

segundo semestre de 2013, onde haverá ampliação e melhoria de alguns destes espaços.

Diante da realidade das escolas públicas, a Beatriz, sobressai-se entre elas.

Na sala dos professores encontramos vários materiais para leitura, que estão

disponíveis para todos os que lá circulam. Revistas pedagógicas como: “Nova Escola”

pode ser encontrada por lá. O uso de equipamentos como: projetor multimídia e

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aparelho de som, devem ser agendados previamente pelos professores na secretaria. Em

geral, são bastante utilizados por todos os professores.

A comunidade escolar também possui um contexto socioeconômico

diversificado. Os alunos correspondem há várias faixas etárias e advém de diversas

classes sociais e econômicas. Sobre a organização das turmas: há três turmas de 8ª série

e um ou dois professores de cada área do conhecimento nos anos finais, 90% desses

professores são efetivos. Já nos anos iniciais, não há muitos professores efetivos, a

maioria ainda são substitutos.

Vários projetos também são realizados nessa escola, entre eles estão o PIBID de

Pedagogia, de Educação Física, de Matemática e de Música, ambos representados pela

UFSC e UDESC. Estas instituições também trazem estagiários para atuar em diversas

disciplinas. A escola, juntamente com o professor de Artes, também está criando um

coral. Além disso, possui muitos projetos ligados à leitura e “contação” de histórias.

A biblioteca conta com um acervo vasto e com um número de obras bem

diversificadas. Durante a semana, cada turma possui um horário da aula agendado para

ir lá e fazer a troca de livros. Os alunos também vão lá fora do horário de aula para

pegar livros.

Esse fato refletiu também no currículo da escola, pois ele é estruturado sob três

eixos: conceitual, procedimental e atitudinal. Ele é trabalhado também, através de

sequências didáticas. No ano de 2010, houve a reformulação do currículo, cujo foco

principal foi a inclusão da leitura e da escrita nas diferentes áreas de ensino, sob uma

concepção interdisciplinar.

2.1.2 A turma e a professora

A turma na qual realizamos a observação e a docência em aulas de Língua

Portuguesa é uma turma de 6 ° ano, composta por 34 alunos, com faixa etária entre 11 e

12 anos. É uma turma mista com número de meninos e meninas equivalentes. Para uma

turma de 6° ano o comportamento deles em sala de aula é típico de alunos que acabaram

de sair do 5° ano. Para eles é tudo “novo”, principalmente, em relação à quantidade de

professores. Normalmente no 5° ano eles têm em média 3 professores, já no 6° ano

contam com uma equipe de, no minímo, 7 professores. Os alunos são um pouco

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agitados, mas isso devido à fase em que estão. A postura dos alunos em relação a

professora é de respeito e comprometimento com as atividades solicitadas. Há 25 anos

no magistério, a professora regente da turma é efetiva da escola Beatriz de Souza Brito,

formada em Letras Português com Mestrado em Educação.

A sala de aula é organizada em cinco filas, contendo carteiras e cadeiras. Os

alunos devem respeitar o espelho de classe que fica afixado no mural da turma, que se

localiza logo na entrada da sala. Há dois quadros: um quadro negro, onde são afixados

alguns cartazes importantes e o quadro branco, onde a professora escreve o conteúdo

ministrado. A sala é repleta de cartazes que são referentes tanto à disciplina de Língua

Portuguesa quanto às demais disciplinas.

A professora geralmente permanece na parte da frente da sala, quando os alunos

estão fazendo alguma atividade, ela anda entre as fileiras pra ver se eles estão fazendo

efetivamente. Quando algum aluno chama, geralmente ela vai até a sua carteira para

esclarecer sua dúvida. Durante as apresentações de trabalhos, ela costuma ficar mais ao

fundo da sala, para avaliar melhor as apresentações.

Cada aluno possui seu livro didático e ele é utilizado com frequência nas aulas.

Os alunos, em geral, parecem gostar da disciplina. As meninas estão entre as que mais

demonstram gostar. A professora também se mostra sempre acessível a seus alunos e

gosta do que faz, prepara sempre muitos e novos materiais para serem trabalhados com

a turma. Alguns alunos perguntam e se interessam sobre os materiais e livros estudados.

No início das aulas a professora sempre procura conferir a lista de presença,

recolhe atividades solicitadas em aulas anteriores e tira dúvidas dos alunos. No decorrer

das aulas, a professora procura explicar o conteúdo, orientar os alunos para a atividade

que será desenvolvida, dá sugestões de como realizar os trabalhos e de como fazer as

correções (quando é possível).

Durante as aulas, os alunos comunicam-se entre si. Algumas vezes para discutir

assuntos relativos à disciplina, em outras vezes, para discutir temas que aparentemente

não pertencem ao assunto. Isso faz com que, em certos momentos, a professora tenha

dificuldades na comunicação com a turma. Porém, a turma é participativa e coopera

com todas as atividades solicitadas. As aulas geralmente funcionam com um clima

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agitado, devido a essa conversa entre alunos e a atenção da professora muitas vezes se

concentra nos alunos que possuem dificuldades. Esses alunos com dificuldades são

atendidos no reforço escolar, que acontece em um horário extraclasse, previamente

agendado.

A professora auxilia tanto esses alunos, quanto os demais, para que superem

suas dificuldades. Mas também permite que eles tenham autonomia para realizarem suas

atividades. A professora é que conduz todas as atividades, mas são os alunos que

determinam o ritmo de trabalho, uns são mais rápidos e outros demoram mais na

realização dos trabalhos. Os alunos que não conseguem terminar na mesma aula, podem

terminar o trabalho em casa.

Todo início da aula, a professora faz uma breve retomada do conteúdo

desenvolvido na aula anterior, a não ser que o conteúdo que ela vai passar seja novo

para os alunos. Mesmo assim, ela insere todo um contexto antes de iniciá-lo.

Geralmente ela apresenta alguns conceitos para depois questionar os alunos e passar as

atividades.

2.1.3 Observação das aulas1

1º dia de observação: 01/04/2013. Horário: 16h45min às 17h30min.2

Nosso primeiro dia de observação iniciou em uma segunda-feira. Entramos na

sala do 6º ano com a professora Ângela e ela nos apresentou para a turma. Embora os

alunos estivessem inquietos neste dia, todos prestaram atenção quando houve a

apresentação, foram bem receptivos conosco.

A professora deu início à chamada e pediu para os alunos contarem uma

pequena “mentirinha” quando fossem chamados, já que este dia é conhecido

popularmente, como o Dia da Mentira.

Dando continuidade a aula, a professora pede para que os alunos peguem seus

livros didáticos e abram-no na página 40, onde consta um exercício de pontuação.

Como eles estão estudando pontuação como conteúdo gramatical, a professora lê a

1 Este relato foi produzido através da observação da experiência docente realizada na Escola Beatriz de

Souza Brito, localizada no bairro do Pantanal, no município de Florianópolis/SC. A turma observada foi

um dos sextos anos do Ensino Fundamental. A observação realizou-se no período vespertino e teve a

duração de dez aulas, que ocorreram durante os dias 01/04/2013 a 22/04/2013. 2 O relato das aulas observadas foi retirado integralmente do Relatório de Observação da aluna Jéssica

Rassweiler.

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piada com entonação e pede para que os alunos a pontuem e copiem-na no caderno. Ela

também chama a atenção dos alunos para o significado das palavras “homi” e “Cê”. E

explica a distinção entre o uso formal e coloquial da língua.

Ao fazer a correção do exercício no quadro, a professora diz que em alguns

trechos da piada, podem ser consideradas diferentes possibilidades de pontuação. Ela dá

o exemplo através do ponto de exclamação e ressalta que seu uso é determinado pelo

contexto em que está inserido. Durante a correção, a professora também explora o duplo

sentido da palavra “Catarata”. Ela pergunta se os alunos conhecem o sentido da palavra

e explica que pode se referir tanto a uma doença, quanto a uma queda d’água.

Fim da aula.

2º dia de observação: 02/04/2013. Horário: 16h00min às 16h45min.

Nosso segundo dia de observação ocorreu em uma terça-feira. Inicialmente a

professora comunicou sobre o atendimento para os alunos que possuem dificuldades na

escrita. Ela entrega um convite aos alunos que terão esse atendimento e explica a

importância de eles participarem. Esses atendimentos ocorrerão nas terças-feiras e

sextas-feiras de manhã. Nesses dias, esses alunos passarão os dois turnos na escola.

A professora faz a chamada e alguns alunos falam que uma colega está de

aniversário nesse dia. A professora então convida a todos para cantar parabéns para a

colega. Assim que terminamos de cantar parabéns, a professora cobra a tarefa iniciada

na aula anterior, sobre pontuação e dá pontos para os alunos que terminaram em casa.

Essa mesma tarefa é corrigida no quadro. A professora faz várias perguntas para

os alunos, a fim de fixar o conteúdo. Eles participam ativamente, respondendo todas as

perguntas.

Inicia-se uma nova atividade, ainda atrelada à pontuação. A professora traz

fotocópias de um exercício e distribui para os alunos. Enquanto ela distribui o exercício,

Talita e eu distribuímos as folhas de papel almaço onde o exercício deve ser colado. Os

alunos colam o exercício na folha e a professora pede para que eles o façam em casa.

Fim da aula.

3º dia de observação: 05/04/2013. Horário: 16h00min às 16h45min.

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Nosso terceiro dia de observação ocorreu em uma sexta-feira. A aula tem início

com o recolhimento da tarefa solicitada na última aula. Apenas alguns alunos

entregaram, pois outros já haviam entregado a tarefa para a professora em outro

momento.

A professora fala brevemente sobre a primeira experiência no atendimento

extraclasse de alguns alunos. Ela relata que a experiência foi muito boa e que, como o

grupo era pequeno, as atividades fluíram facilmente. Ela fala positivamente sobre as

apresentações que ocorreram durante o atendimento e diz que os papéis foram muito

bem encenados pelos alunos que lá estavam.

Em seguida a professora faz a chamada. Ela ressalta a importância do espelho de

classe naquele momento e resolve reorganizar rapidamente a turma, de acordo com

espelho.

A professora alerta sobre as apresentações de trabalho em grupo, que iniciarão

no dia 08/04. Ela ressalta a importância da participação de todos os membros dos

grupos durante a apresentação e requer a fala de todos os membros. Explica como deve

ser o cartaz dos grupos, a importância de se ter uma letra grande e legível para que os

demais colegas possam lê-lo, fala também sobre a margem do cartaz e sobre a sua

conservação. Ela ainda pergunta se todos os grupos possuem material para a elaboração

da apresentação e ressalta que, embora o cartaz não seja obrigatório na apresentação,

quem optar por fazê-lo deve prestar atenção nessas dicas.

Após dados os avisos, a professora pede que os alunos abram seus livros

didáticos na página 41, onde há uma história em quadrinhos. A história trata de um

diálogo entre os personagens Hagar e sua esposa, Helga. A professora explica sobre os

personagens (quem são) e depois dá cinco minutos para os alunos lerem o quadrinho. A

seguir, ela pergunta sobre moral da história, se todos a compreenderam e sugere a

leitura da história pelos alunos que, sentados em duplas, dublam os papéis de Hagar e

Helga. Em algumas duplas os papéis foram invertidos, sendo que os meninos querem

interpretar Helga e as meninas, Hagar. Todos os alunos ficaram muito entusiasmados

com a interpretação dos personagens, todos queriam fazê-lo. E todas as duplas o

fizeram, seguidas umas das outras. Em cada interpretação, a professora incentivava mais

a entonação dos alunos e com isso eles ficavam mais entusiasmados ainda. Foi uma

atividade bem produtiva.

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A professora ainda passa a tarefa para eles fazerem em casa, durante o fim de

semana. Ela solicita que eles copiem e respondam os exercícios 1 e 2 da página 41 do

livro didático, que trata sobre a pontuação no quadrinho de Hagar e Helga.

Fim da aula.

4º dia de observação: 08/04/2013. Horário: 16h45min às 17h30min.

Nosso quarto dia de observação ocorreu em uma segunda-feira. Nesse dia

começaram as apresentações em grupo. Cada grupo escolheu um livro com um conto

para apresentar. A apresentação é livre, ficou por conta das escolhas dos grupos. Para

uma melhor socialização das apresentações, durante esse período, Talita e eu

reorganizamos antecipadamente a sala em semicírculo, atitude que foi aprovada pela

professora Ângela. Após a chamada ter sido feita, o primeiro grupo começou a se

organizar para a apresentação. O primeiro grupo foi composto por cinco alunas:

Eduarda, Fernanda, Izabel, Karen e Thamirys. Elas fizeram uma leitura dramatizada do

conto “Os sete Novelos: Um conto de Kwanzaa” da autora Angela Shelf Medearis.

Enquanto liam, as alunas também mostravam as figuras ilustradas no livro.

A professora fez intervenções durante a apresentação e pediu para que o grupo

que estava apresentando, explicasse certos fatos do conto para a turma ou então, ela

mesma explicava alguns termos mais complexos, que não são do conhecimento dos

alunos. Assim que o grupo terminou a apresentação, a professora perguntou sobre os

elementos da narrativa: tempo, espaço, personagens, narrador, entre outros e pediu para

que os alunos identificassem trechos do conto que continham esses elementos. A

professora também solicitou às alunas que apresentaram que recontassem brevemente a

história, agora com suas próprias palavras. Como a aula estava quase no fim, ela pediu

para terminarem na próxima aula. A professora possui uma ficha de avaliação para

anotar aspectos da apresentação, que vão compor a nota desta atividade.

Fim da aula.

5º dia de observação: 09/04/2013. Horário: 16h00min às 16h45min.

Nosso quinto dia de observação ocorreu em uma terça-feira. A professora

iniciou a aula com a chamada. Esse foi o dia da segunda apresentação. A dupla que

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apresentou o conto “Hora de Dormir” era composta pelas alunas: Érika e Débora. Como

a aluna Débora não compareceu à aula neste dia, a aluna Juliana se ofereceu para ajudar

Érika na apresentação.

Antes de a segunda equipe apresentar, a professora retomou alguns aspectos

vistos na primeira apresentação, pediu que o grupo que apresentou na aula anterior,

falasse brevemente sobre o conto. Foram retomados alguns aspectos do conto e alguns

elementos importantes, como o tempo, espaço e personagens.

Passando ao início da segunda apresentação, as alunas Érika e Juliana se

organizaram para a apresentação. As duas também fizeram uma leitura dramatizada,

semelhante à do primeiro grupo. A professora procedeu da mesma forma com a dupla,

solicitando a indicação de elementos importantes do conto: tempo, espaço, personagens,

entre outros.

Fim da aula.

6º dia de observação: 11/04/2013. Horário: 14h15min às 15h00min.

Nosso sexto dia de observação ocorreu em uma quinta-feira. Nas aulas de

quinta-feira não há apresentações de trabalhos. Esse dia é destinado ao estudo da

gramática e a elaboração de outras atividades.

A professora escolhe uma aluna para verificar quem fez a tarefa solicitada na

semana anterior, dia 05/04. Enquanto esta aluna passa pela sala com a ficha de

atividades para ver quem fez, a professora faz a correção do exercício sobre pontuação

no quadro. Ela explica sobre as várias intenções que os pontos de exclamação podem ter

e utiliza frases do quadrinho estudado. As frases utilizadas como exemplo foram as

seguintes: “Durante a semana, sou um chefe viking!”. “Uau! Bolo de Chocolate!”. Estas

frases foram retiradas dos quadrinhos de Hagar e Helga, que foram interpretados pelos

alunos em outro momento. A professora utiliza algumas frases mencionadas nos

quadrinhos e pede para que os alunos criem outras situações para determinado tipo de

pontuação.

Seguindo adiante, ainda no livro didático, a professora dá inicio a outra

atividade. Ela pede para os alunos olharem a imagem da página 43, que possui a figura

de uma pintura de Almeida júnior, com o título Recado Difícil. A professora explica

quem é o autor da pintura, onde a pintura se encontra atualmente e pergunta aos alunos

o que eles pensam dos personagens descritos na pintura. Ela também tenta criar um

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contexto para aquele momento que foi retratado. A seguir, ela fixa no quadro a mesma

imagem do livro didático, mas ampliada, para que os alunos possam ter maior

visibilidade da imagem. São distribuídas folhas de papel almaço para os alunos e a

professora pede para que eles criem uma história baseada na imagem mencionada. Para

tornar o ambiente da sala de aula mais tranquilo, a professora também liga uma música

enquanto eles começam a escrever. Juntamente com o cartaz da imagem ampliada, a

professora cola outro cartaz para reiterar alguns aspectos que a história deve conter: o

título, o ambiente, personagens, tempo e espaço, que momento revela a imagem e qual o

conteúdo.

Fim da aula.

7º dia de observação: 12/04/2013. Horário: 16h00min às 16h45min.

Nosso sétimo dia de observação ocorreu em uma sexta-feira. Houve a

apresentação de trabalho do terceiro grupo, composto pelas alunas: Amanda, Juliana,

Maria Eduarda e Raíra. Elas escolheram o conto: “Por que morcego só voa de noite?”.

Após a professora realizar a chamada, o grupo se prepara para a apresentação.

Elas apresentaram o conto fazendo uso do projetor multimídia. Primeiro apresentaram o

livro para a turma e depois contaram sua história. Os slides continham aspectos

importantes da narrativa, como: Personagens, narradores, resumo e fotos do conto. Ao

final da apresentação, as alunas fizeram um pequeno agradecimento aos colegas e à

professora.

Ao final da apresentação, a professora Ângela fez uma reflexão com a turma

sobre a moral da história.

Ainda nesta mesma aula, houve mais uma apresentação. As alunas: Indianara,

Lisiana, Paloma e Vitória apresentaram o conto: “Abad, Alfeu e a Caveira”, do autor

Manuel de Jesus de La Concha.

As meninas narraram a história do conto e falaram sobre os elementos contidos

no cartaz: personagens, tempo e espaço e resumo da história.

A professora chamou a atenção do grupo para a importância de alguns aspectos

como: leitura em voz alta e pediu mais clareza e entonação ao grupo. Ela também

chamou a atenção da turma para que fizessem silêncio durante as apresentações e

trabalhou o significado da palavra “Recompilados”, que apareceu durante a narrativa

proposta pelo grupo. Durante as apresentações, Ângela também tirou fotos dos grupos.

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Fim da aula.

8º dia de observação: 18/04/2013. Horário: 14h15min às 15h00min.

Nosso oitavo dia de observação ocorreu em uma sexta-feira. A professora

iniciou a aula com a chamada e logo em seguida devolveu a produção textual que os

alunos estavam fazendo sobre a imagem do livro didático: “Recado Difícil”, do pintor

Almeida Júnior.

Alguns alunos já haviam terminado a primeira versão, outros ainda não. Para os

que já haviam concluído, a professora entregou uma nova folha e solicitou que eles

fizessem a versão final. Ela sugeriu melhorias para o texto desses alunos e corrigiu erros

gramaticais de alguns deles.

Para os alunos que ainda estavam elaborando a primeira versão, a professora deu

dicas de como escrever a narrativa e pediu para alguns alunos que já estavam quase

finalizando, lerem as suas histórias.

Isso facilitou a dinâmica de trabalho da turma e deu novas ideias aos que ainda

não haviam finalizado a tarefa.

Fim da aula.

9º dia de observação: 19/04/2013. Horário: 16h00min às 16h45min.

Nosso nono dia de observação ocorreu em uma sexta-feira. A professora iniciou

a aula com a entrega dos trabalhos sobre pontuação, realizados pelos alunos. Ela

divulgou as notas e disse que os alunos que tiraram notas baixas teriam auxilio no

reforço. Ela pediu que os alunos trouxessem os trabalhos assinados pelos pais na

próxima aula.

Alguns alunos entregaram as versões já feitas do trabalho e os que ainda não

haviam entregado, tiveram trazer na aula seguinte.

Antes de iniciar a próxima apresentação de trabalho sobre os contos, a

professora refez o espelho de classe e conferiu a lista de presença. Enquanto isso, a

equipe que apresentou o trabalho se preparava.

Os integrantes do grupo foram: Marcos, Matheus Henrique, Matheus Libardo e

Patrick, que apresentaram o conto: “Enganar a morte não é boa solução”. No início da

apresentação, os alunos deram um breve panorama de como era tratada a questão da

20

morte antigamente. Depois, eles narraram a história e fizeram interpretações com as

falas do conto. O grupo trouxe um cartaz com itens contendo o resumo da história e

algumas gravuras de caveira, que representam a morte.

A professora enfatizou novamente a questão da clareza e entonação da voz na

hora da apresentação. Ela pediu que os alunos falassem com um pouco mais de

‘clareza’.

Ao final da apresentação, a professora fez uma reflexão sobre o conto com a

turma.

Fim da aula.

10º dia de observação: 22/04/2013. Horário: 16h45min às 17h30min.

Nosso décimo e último dia de observação na turma 62 ocorreu em uma segunda-

feira. Logo no início da aula, a professora Ângela trouxe materiais como: som e

dicionários. Assim que entramos, muitos alunos já mostraram seus trabalhos

devidamente assinados pelos pais, como a professora havia pedido na aula anterior e

entregaram para ela.

Devido a esse fato, alguns alunos ficaram meio inquietos, pois queriam mostrar

as assinaturas dos pais para a professora. Mas quando começou a apresentação do

trabalho sobre os contos, eles se acalmaram.

Após ter sido conferida a lista de presença, o grupo se preparou para a

apresentação. O grupo que apresentou o trabalho neste dia foi composto pelos alunos:

José Pedro, Matheus Beirão e Thalia. Eles apresentaram o seguinte conto: “O macaco e

a velha”. O grupo contou a história do conto e interpretou as falas que continham nele.

Assim que acabou a apresentação, a professora Ângela perguntou sobre personagens,

tempo e espaço da narrativa.

Fim da aula.

2.1.4 Análise fundamentada das aulas e das atividades acompanhadas

Durante o período de observação da prática docente, pudemos perceber que,

tanto os professores, quanto a escola, levam a sério a função educativa que lhes é

atribuída. Eles procuram sempre trabalhar com conteúdos que levam em consideração a

21

realidade vivida pelo aluno e procuram inseri-lo, de forma dinâmica e ativa, nas

atividades que são propostas.

Isso é visível não só em sala de aula, mas também, nas atividades extraclasses

que são realizadas. A escola realiza gincanas, olimpíadas, possui o projeto do jornal

escolar, de “contação” de histórias, possui reforço para os alunos com dificuldades de

aprendizagem e realiza oficinas em diversos segmentos. Além disso, também trabalha

com a questão da consciência alimentar, que é fundamental para propiciar à criança e ao

adolescente uma alimentação saudável. Em todas essas atividades, percebemos que os

alunos estão e são envolvidos. Ou seja, a escola acaba cumprindo não só o seu papel de

ensinar conteúdos curriculares, mas também se compromete com a realidade vivida

pelos seus alunos.

Considerando a linguagem como principal instrumento da comunicação, seu

valor foi sendo construído historicamente.Quando entramos na sala de aula, não falamos

somente da linguagem oral, mas também, da linguagem escrita. No papel de professor,

nosso trabalho é não apenas mostrar a linguagem, mas fazer com que o aluno seja

letrado. Segundo Kato, o aluno deve ser

[...] um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua

necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender às

várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de

linguagem como um instrumento de comunicação. (KATO, 1987, p.

7).

Ou seja, o aluno necessita fazer uso da linguagem escrita para poder se

comunicar em diferentes campos que envolvem o seu domínio.

Na observação das aulas, percebemos um grande empenho da professora em

inserir o aluno nos conteúdos trabalhados. Seja na escrita e reescrita de um texto, na

apresentação oral dos trabalhos e na reflexão sobre as atividades. Em suas atividades,

ela sempre propõe esse segundo olhar sobre o texto e, até um terceiro, se for necessário.

Essa metodologia faz com que o aluno possa melhorar e refletir sobre o que escreveu,

com isso, internalizando os conhecimentos. A professora avalia os textos dos alunos, faz

anotações, apontando o que ele precisa melhorar e mostrando os pontos bons no texto.

2.2 O PROJETO DE DOCÊNCIA

2.2.1 Escolha do Tema:

22

O tema poesia foi sugerido pela equipe docente e pedagógica da EBM Beatriz de

Souza Brito, juntamente com a professora de Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e

Literatura I, para compor o projeto “Escreve Beatriz”, que faz parte das atividades

comemorativas dos 50 anos de fundação da escola. Este projeto conta com a

participação e o envolvimento de grande parte dos membros da escola, já que a mesma

se encontra em momento festivo.

Tendo como foco, o curso desenvolvido pela escola: Ler e escrever:

compromisso de todas as áreas de conhecimento, juntamente com os eixos norteadores

do currículo da escola e também pensando no papel dos gêneros do discurso na

formação do leitor proficiente; tomamos a concepção dialógica da língua proposta por

Bakhtin e retomada por Geraldi, para pensar em um ensino operacional e reflexivo da

linguagem, que serão explicitados na seção 2.2.3.

Escolhemos a escola EBM Beatriz de Souza Brito, pois a visitamos em outro

momento e conhecemos alguns dos projetos didáticos que lá são realizados. Além disso,

sabemos que a escola possui uma infraestrutura muito boa, e dá apoio necessário ao

professor para a realização de seus projetos. A escola situa-se em uma região na qual

um número significativo de famílias vive em um contexto social e econômico

desfavorecido, por isso, necessita de programas que envolvam os alunos em atividades

que lhes proporcionem oportunidades de compreensão da leitura e escrita e certos

convívios que eles não possuem fora do ambiente escolar como a interação com os

colegas, professores, servidores e equipe pedagógica, proporcionando também,

aprendizados relacionados ao convívio social.

2.2.2 Justificativa:

O projeto “Semeando poesia: arte de ler e escrever poemas” teve como objetivo

levar os alunos ao mundo da poesia, dos poemas, fazer com que eles tivessem contato

com esse universo, fugindo daqueles exercícios cheios de questionários, perguntas que

muitos livros didáticos propõem. A ideia era trabalhar a poesia de modo mais livre,

mais interativo, mais lúdico com atividades nas quais os alunos tivessem a possibilidade

de fazer leituras e de brincar com as palavras. A poesia é mais do que apenas um

contato com a língua, ela permite continuar a experiência com a oralidade, devido às

diversas formas que assume e com as quais se apresenta ao leitor. Conforme Magalhães

“(...) a criança já traz para a escola uma experiência linguística que, em sua

funcionalidade, é poética”. (1987, p. 29). Considerando esta compreensão, escolhemos

23

também alguns poemas que são musicados e exploram a musicalidade e o ritmo da

linguagem poética tão presente nas experiências de linguagem que as crianças

vivenciam em seu cotidiano.

Se observarmos e refletirmos sobre o ensino de língua (mas não apenas este), é

possível perceber que a poesia não ocupa um lugar de destaque na escola e nem nos

livros didáticos. Quantas vezes o seu, o nosso professor parou para ler um poema em

sala de aula? Poucas vezes o professor para a aula para ler um poema e, se isso acontece

só mostra o lugar de exceção que a poesia ocupa. Diante disso, procuramos trazer a

poesia mais perto dos alunos, pois não é somente com o estudo da Gramática

propriamente dita que a criança aprende o sistema linguístico. Quando ela vem para

escola, traz consigo os conhecimentos que já desenvolveu acerca de sua língua materna

que é cheia de sons e palavras, e ela aprendeu com isso. A poesia faz um jogo de sons e

palavras. Se estabelecermos uma relação da poesia com os aspectos sonoros da língua,

podemos dar continuidade à atividade linguística que a criança já realiza em seu

cotidiano. Conforme Pondé “(...) a poesia é, por excelência, um dos meios de se criar

novas linguagens e de se respeitar o mundo da criança, que possui uma lógica particular

e característica”, permitindo, assim, a expansão da sua capacidade inventiva. (1983, p.

96).

2.2.3 Referencial teórico:

Repensar a disciplina de Língua Portuguesa na escola, hoje, em uma perspectiva

dialógica da linguagem implica, antes de tudo, tomar uma posição diferenciada em

relação aos alunos, uma vez que a linguagem é o lugar para construir as relações sociais.

Logo, o aluno já não pode mais ser visto como sujeito passivo a quem cabe aprender os

conteúdos, mas como interlocutor que, traz à escola conhecimentos de mundo e valores

com os quais a escola precisa interagir para construir um diálogo que permita a

aprendizagem de alunos e professores, em contextos sociais e históricos, a partir do

respeito à pluralidade de saberes, culturas e valores.

Inserido nesse contexto, tomamos por base as ideias do pensamento bakhtiniano.

Para Bakhtin a linguagem institui a interação verbal. Ela se materializa na enunciação,

na interação de dois indivíduos que estabelecem relações entre si em uma situação

social. Para este autor, a natureza da linguagem tem relação com o social e ideológico.

“A enunciação é o produto da interação de dois indivíduos socialmente organizados.”

(BAKHTIN, 2003, p.112).

24

A realidade fundamental da língua é a interaçãoe, como tal, não deve ser

analisada como um sistema fechado, mas como um fenômeno socioideológico, a

verdadeira natureza da língua é constituída por esse caráter social da interação verbal,

realizada por meio da enunciação.

Segundo o autor, para se estudar a linguagem é preciso partir da interação entre

indivíduos, dentro de uma prática social. Para ele, o sujeito se constitui através do meio

e o exterior exerce um papel fundamental na enunciação. O ato de enunciar nunca é

tomado como puro, pois ele necessita da troca entre indivíduos que interagem entre si,

ou seja, todo ato de fala é refratado através da interação entre locutor e interlocutor no

meio social. O enunciado então possui certas peculiaridades: a alternância dos sujeitos

do discurso, a conclusibilidade e a relação entre enunciados e falantes e do enunciado

com outros participantes do discurso. “Qualquer enunciação por mais significativa e

completa que seja, constitui apenas uma fração de uma corrente de comunicação verbal

ininterrupta (concernente à vida cotidiana, à literatura, ao conhecimento, à política,

etc.)”. (BAKHTIN, 2003, p.123).

Pensando na proposta deste autor para o estudo da linguagem, ou seja, tomando

por base os seus usos sociais, o aluno passa a ser visto como um sujeito inserido num

contexto social e histórico, onde poderá assumir-se como autor de suas próprias

produções e o professor, como um sujeito mediador da aprendizagem, possui um papel

de extrema importância na formação do aluno. É com base na teoria proposta por

Bakhtin, que Geraldi reflete sobre as concepções de linguagem que sustenta(ra)m o

ensino de língua na escola. Essas discussões foram introduzidas com a mudança no

cenário do ensino de Língua Portuguesa, que ocorreu no início dos anos 80.

Nessa década, algumas propostas de reformulação na compreensão do que se

efetivava em termos de ensino de Língua Portuguesa indicavam mudanças relevantes no

modo de ensinar. Essas propostas estavam em busca de um processo de ensino e

aprendizagem comprometido com os usos sociais da linguagem, ou seja, uma ação

docente voltada para a produção textual, leitura e análise linguística.

Segundo Geraldi, o ensino de Língua Portuguesa deve ser calcado em três

grandes práticas, são elas: a prática de leitura, a prática de produção textual, mediada

pela prática de análise linguística. Em relação à prática de produção textual, o autor

considera “[...] a produção de textos (orais e escritos) como ponto de partida (e de

chegada) de todo o processo de ensino/aprendizagem de língua” (GERALDI, 1993, p.

135). Geraldi (1993) define a prática de análise linguística como:

25

[...] conjunto de atividades que tomam uma das características da

linguagem como seu objeto: o fato de ela poder remeter a si própria,

ou seja, com a linguagem não só falamos sobre o mundo ou sobre

nossa relação com as coisas, mas também falamos sobre como

falamos. ( p. 189-190).

Ou seja, pensar na prática de análise linguística não é negar o ensino da

gramática na escola, mas pensar esse ensino para outras finalidades. E é através da

interlocução dos professores e alunos, que ocorre a reflexão sobre a linguagem e isto,

posteriormente, acarretará na reescrita dos textos.

Essas práticas mencionadas por Geraldi (1993) estão ligadas à proposta de um

ensino da linguagem que seja operacional e reflexivo. O que significa dizer que não

basta saber ler e escrever: é preciso fazer o aluno refletir acerca das práticas sociais de

leitura e escrita, para que ele saiba se comunicar nas diferentes esferas sociais,

utilizando determinados gêneros do discurso. Para tanto, a ação docente deve

possibilitar aos alunos um estudo da “[...] língua em situações concretas de interação,

entendendo e produzindo enunciados, percebendo as diferenças entre uma forma de

expressão e outra” (GERALDI, 1985, p. 47).

Trabalhar a linguagem como interação social com uso de textos orais e/ou

escritos e expor o indivíduo a eles, proporcionará ao aluno, uma boa produção de textos

e possibilitará a compreensão dos textos alheios. Esse processo se concretizará através

do estudo dos gêneros do discurso.

Acreditamos que o estudo dos gêneros é um fator essencial para auxiliar o aluno

nas práticas discursivas situadas em diferentes esferas sociais, pois é a partir das

relações sociais que ele estabelece que será capaz de apropriar-se de conhecimentos e

tornar a aprendizagem significativa.

2.2.4 Objetivos:

Gerais:

Conhecer o gênero literário (poesias) pela leitura-fruição e leitura-estudo de

poemas de diferentes autores;

Desenvolver e aprimorar habilidades de compreensão leitora;

Produzir poemas,

Desenvolver a autonomia e atitudes de responsabilidade diante das tarefas

escolares.

26

Específicos:

Ler e recitar poemas explorando os recursos existentes na oralidade, valorizando

os sentimentos que os poemas transmitem pelo emprego adequado da entonação de voz,

fluência, ritmo e dicção.

Identificar as estratégias determinadas pelos autores para produzir efeitos de

sentido nos poemas.

Compreender os aspectos mais formais dos poemas pelo estudo das rimas,

versos e estrofes.

Compreender as estratégicas discursivas e linguísticas de diferentes autores, pelo

estudo dos recursos expressivos dos poemas lidos.

Conhecer a biografia dos autores mais recorrentes durante as aulas.

Conhecer a prática social de todos os elementos que envolvem um sarau, no qual

as pessoas se reúnem para declamar poemas, além de interagir com um público ouvinte.

Escrever seus próprios poemas, biografias, complementando-os com ilustrações.

2.2.5 Conhecimentos trabalhados:

Leitura-fruição e leitura-estudo de poemas;

Expressividade, entonação, ritmo, melodia na leitura oral e na declamação de

poemas;

Recursos discursivos e recursos expressivos (metáforas, onomatopeias);

Forma de composição de poemas (estrofes, versos, rimas);

Diversas formas de manifestação dos poemas;

Conhecendo poetas: a biografia de alguns dos autores lidos;

Produção escrita de poemas;

Análise de fenômenos linguísticos com base nas produções dos alunos.

2.2.6 Metodologia:

No primeiro momento, nos apresentamos e fizemos uma conversa informal

sobre o tema. Também apresentamos um cartaz, elaborado por nós, com o poema

“Convite” de José Paulo Paes e procuramos juntamente com os alunos, o melhor lugar

para afixá-lo. Após a apresentação desse poema, em forma de cartaz, analisamos com a

27

turma. Ao final da aula, entregamos uma ficha de leitura na qual os alunos registrariam

os poemas lidos durante o percurso das aulas. Também trouxemos uma cesta de livros

de poesia, que ficou exposta para que os alunos manuseassem e pegassem os livros para

ler. A primeira aula foi mais aberta, livre, para que pudéssemos identificar o que a turma

já compreendia desse gênero.

Feito isso, introduzimos várias perguntas referentes às leituras que os alunos

costumavam fazer sobre poesia. Perguntamos, também, o que sabiam sobre este gênero

e se queriam recitar algum poema que conheciam. E, para incentivá-los ao gosto pela

leitura de poemas, entregamos um convite com um poema para cada aluno e

perguntamos quem gostaria de lê-lo em voz alta. Também perguntamos quais foram

suas impressões sobre o poema recebido.

Para a aproximação mais sistemática com o gênero, fizemos uma roda de leitura

para que os alunos tivessem a oportunidade de conviver com os livros, compartilhando

práticas de leitura e despertando a fruição e a apropriação das poesias. Esta aula foi

realizada na biblioteca da escola. A fim de trabalhar com a análise linguística,

estudamos figuras de linguagem que se configuram como recursos discursivos e

expressivos em determinados poemas que foram lidos em sala de aula, tais como: “O

relógio” de Vinicius de Moraes, “A estrela” de Manuel Bandeira e “O Leão” de

Vinicius de Moraes. Para que houvesse compreensão dos recursos expressivos e

discursivos em poemas, propusemos também exercícios de análise que foram corrigidos

em sala de aula.

A seguir, solicitamos um trabalho em grupo sobre os autores mais estudados até

aquele momento, para que os alunos apresentassem para a turma a biografia de cada

autor. Este trabalho foi preparado pelos alunos e foram organizados por cada equipe e

foi apresentado oralmente em sala de aula e também exposto no painel da turma.

Nesta mesma aula apresentamos Trava-Línguas para que os alunos se

familiarizassem com aspectos orais da poesia. Esta experiência foi socializada em sala

de aula e houve a solicitação, por parte das estagiárias, para que os alunos

apresentassem as Trava-Línguas que foi recitada para o restante da turma.

Também trabalhamos com aspectos mais formais dos poemas, como rima, verso,

estrofe e ritmo. Para isto, nos valemos dos poemas: “Identificação” de José Paulo Paes,

“Borboletas” de Vinícius de Moraes, e “Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de

Ruth Rocha. A partir disso, foi proposto um exercício de fixação sobre esses elementos.

28

Encaminhamos uma atividade para que os alunos criassem seus próprios poemas

para integrar o projeto “Escreve Beatriz”, criado para festejar os 50 anos da escola. Esta

atividade foi socializada por meio de um Sarau, que contou com convidados que fazem

parte da equipe pedagógica da escola e ocorreu durante nossas aulas. Também fizemos

um Varal Literário, com as poesias criadas pelos alunos, que ficaram expostos na parte

externa da escola.

Considerando o projeto da escola, na produção dos poemas, os alunos

trabalharam com o tema escola. Trouxemos para a sala de aula, recursos e exemplos de

poemas que tratavam sobre o assunto auxiliando-os na confecção desses poemas. Eles

também fizeram uma pequena biografia e ilustração de seus poemas.

Para auxiliá-los na preparação do Sarau, selecionamos alguns poemas musicados

e outros declamados, que os ajudaram no exercício da oralidade. Ao fim da

apresentação do Sarau, fizemos uma pequena premiação dos melhores poemas (que

foram criados e declamados), cuja escolha foi realizada pelos próprios alunos e

convidados presentes nesse dia.

Com o término das atividades, entregamos uma caixinha surpresa, contendo uma

lembrança para cada aluno. Para que o projeto fosse concluído sem maiores problemas,

necessitamos de 18 aulas, totalizando cerca de um mês de aula.

Na sequência, apresentamos o cronograma das aulas:

Aula/Dia/Horário

Atividade

Aula 1

14/05-Terça-16h00min às 16h45min

Convite

Aula 2

16/05-Quinta- 14h15min às 15h00min.

Convite Especial

Aula 3

17/05- Sexta- 16h00min às 16h45min.

Aula de Leitura

Aula 4

20/05- Segunda- 16h45min às 17h30min

Figuras de Linguagem

Aula 5

21/05- Terça-16h00min às 16h45min

Figuras de Linguagem

Aula 6

23/05- Quinta- 14h15min às 15h00min

Trava-Línguas

Aula 7

24/05- Sexta- 16h00min às 16h45min

Rima,Verso, Estrofe e Ritmo

29

Aula 8

27/05- Segunda- 16h45min às 17h30min

Rima, Verso, Estrofe e Ritmo

Aula 9

28/05- Terça-16h00min às 16h45min

Conhecendo o Autor

Aula 10

03/06- Segunda- 16h45min às 17h30min

Refacção do exercício de Figuras de

Linguagem

Aula 11

04/06- Terça-16h00min às 16h45min

Poemas sobre Escola

Aula 12

06/06- Quinta- 14h15min às 15h00min

Elaboração do poema sobre Escola

Aula 13

07/06- Sexta- 16h00min às 16h45min

Poemas sobre Escola

Aula 14 e 15

11/06- Terça – 16h00min às 17h30min

Criação da biografia

Confecção do Varal

Aula 16

13/06- Quinta- 14h15min às 15h00min

Poemas Musicados

Aulas 17 e 18

14/06-Sexta- 15h00min às 16h45min -

Sarau de poesias

Finalização do Estágio

30

Para realizar as atividades previstas e indicadas, foram utilizados recursos

materiais como: máquina fotográfica digital, aparelho de som, violão, cartolinas, papel-

cartão, papéis coloridos, folha sulfite, folhas de fichário, cola, tesoura, lápis de cor. E,

também, recursos bibliográficos: livros, sites e CDs com coletânea de poesias. A escola

possui alguns exemplares de livros disponíveis na biblioteca, dos quais, faremos uso. O

restante, nós professoras estagiárias, providenciamos.

2.2.7 Avaliação:

Para avaliar os alunos, nos baseamos em alguns conceitos determinados por

ZABALA (1998). O autor propõe quatro tipos de avaliação: avaliação dos conteúdos

factuais, avaliação dos conteúdos conceituais, avaliação de conteúdos procedimentais e

avaliação de conteúdos atitudinais.

O Autor mostra que os procedimentos só podem ser avaliados enquanto um

saber fazer, propondo uma avaliação sistemática em situações naturais ou

artificialmente criadas. Ainda afirma que os conteúdos atitudinais implicam na

observação das atitudes em diferentes situações. Com isso problematizar a vivência,

incluir os alunos, organização das condições do ensino e aprofundamento significativo

dos conteúdos.

Baseamo-nos principalmente nos três últimos tipos: conceitual, procedimental e

atitudinal. A avaliação conceitual precisa ser pensada com base nos conceitos

ensinados, no caso, o entendimento do que é poesia, a aproximação e reconhecimento

do gênero e de suas especificidades. A avaliação procedimental exige a atenção e

cooperação dos alunos para as tarefas solicitadas. No caso, a confecção de cartazes, de

poemas, ilustrações dos poemas, a criação das autobiografias, do painel e de outras

tarefas mais, que são solicitadas ao longo das aulas. A avaliação atitudinal se refere às

atitudes, valores e comportamentos que os alunos demonstram durante este período, no

caso, a postura na organização dos grupos, no envolvimento no trabalho em grupos, a

postura de escuta atenta quando da apresentação de trabalho pelos colegas, entre outros.

Pensando nas categorizações mencionadas acima, desenvolvemos uma avaliação

que considerou o desenvolvimento das atividades previstas neste Projeto de Docência e

contou com três notas, são elas: uma nota de participação, que foi contada a partir da

participação em sala, interlocução, presença, empenho e responsabilidade em trazer

31

materiais quando solicitados e realizar as tarefas; uma nota pelo trabalho em equipe

Conhecendo o autor e outra nota individual, referente à criação e apresentação do

poema.

32

2.2.8 Planos de Aula:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 1 – 45 min/a (14/05 – Terça-feira – 16:00 ás 16:45)

Tema: Convite

Objetivos Gerais:

Entrar em contato com o gênero poesia pela leitura de um poema-convite, instigando os

alunos a brincarem com as palavras, a fim de desenvolver a curiosidade deles sobre o

tema e propiciar um primeiro contato com o gênero.

Objetivos Específicos:

Analisar o poema “Convite”, de José Paulo Paes;

Familiarizar-se com o gênero poesia pela leitura-fruição de poemas de livre escolha dos

alunos.

Conhecimentos abordados:

Projeto de docência: “Semeando poesia: arte de ler e escrever poemas”.

Leitura do poema “Convite”, de José Paulo Paes.

Leitura-fruição de poemas.

Metodologia:

Apresentar as estagiárias para turma;

33

Expor o projeto de docência “Semeando poesia: arte de ler e interpretar

poemas”, conversando informalmente com os alunos sobre o tema.

Entregar um pequeno roteiro para cada aluno e para as professoras presentes,

explicando em linhas gerais o projeto.

Ler e debater com a turma o poema “Convite”, de José Paulo Paes, que será

apresentado em cartaz a ser afixado em lugar a ser escolhido com os alunos.

Apresentar para os alunos a Cesta de livros, explicando a eles que o seu objetivo

é possibilitar a aproximação e familiarização de todos com a poesia. A cesta estará

disponível em todas as aulas e eles poderão pegar os livros para lerem.

Entregar aos alunos uma ficha de leitura de poesia para eles preencherem com o

nome da poesia lida, autor, assunto e opinião sobre a poesia.

Explicar a função dessa ficha de leitura, indicando que ela precisa ser colada no

caderno e que será verificada sistematicamente pelas professoras-estagiárias.

Registrar na ficha de leitura os dados dos poemas lidos nesta aula.

Recursos didáticos:

Cartaz com o poema “Convite”, de José Paulo Paes;

Fotocópias do resumo do projeto;

Fichas de Leitura;

Cesta de Livros.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na discussão do

poema “Convite”, de José Paulo Paes, pelas respostas dos alunos aos questionamentos

das estagiárias e pelas colocações dos próprios alunos, assim como na busca por livros

na cesta e no manuseio destes.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

34

Específicas:

PAES, José Paulo. Convite. In: Poemas para brincar. Ilustrações de Luiz Maia. 10 ed.

São Paulo: Ática, 1996.

35

ANEXO 1 – Roteiro que entregamos aos alunos no primeiro dia em que

ministramos as aulas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

EBM Beatriz de Souza Brito

Estagiárias-Professoras: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski

Roteiro de Trabalho

Projeto: “Semeando poesia: arte de ler e escrever poemas”.

Tema: Poesia.

Total de aulas: 18 aulas.

- Confecção de um painel para afixar os trabalhos feitos durante o projeto.

- Trabalho 1: “Conhecendo o Autor”.

Trabalho 2: “Criação individual de um poema” com a temática Escola.

- Criação de uma ilustração e autobiografia para seu poema.

- Apresentação de poemas no Sarau.

- Apresentação de Trava-línguas em grupo.

Avaliação: 3 notas:

Nota de participação + Nota do trabalho “Conhecendo o Autor” e nota da Criação da

poesia, juntamente, com a apresentação do Sarau.

Boas Aulas!

36

ANEXO 2 - Poema que entregamos aos alunos no primeiro dia em que

ministramos as aulas.

Convite

(José Paulo Paes)

Poesia

É brincar com palavras

Como se brinca

Com bola, papagaio, pião.

Só que

Bola, papagaio, pião

de tanto brincar

se gastam.

As palavras não:

Quanto mais se brinca

com elas

mais novas ficam.

Como a água do rio

que é água sempre nova.

Como cada dia

que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?

37

ANEXO 3 - Ficha de Leitura entregue aos alunos no primeiro dia de aula.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

EBM Beatriz de Souza Brito

Estagiárias: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski

Aluno (a)_________________________________________

FICHA DE LEITURA

Nome do Poema: Assunto do poema: Autor:

38

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 2 – 45 min/a. (16/05 – Quinta-feira – 14:15 às 15:00)

Tema: Convite Especial

Objetivos Gerais:

Ampliar o contato com o gênero poesia pela leitura-fruição de poemas-convite,

provocando a curiosidade e o interesse pela linguagem poética.

Objetivos Específicos:

Expressar-se oralmente acerca das próprias vivências de leituras de poemas;

Ler com expressividade, entonação, ritmo e fluência poemas diversos recebidos na

forma de convites ao trabalho com a linguagem poética;

Conhecimentos abordados:

Leitura-fruição de poemas.

Metodologia:

Introduzir várias perguntas referentes às leituras que os alunos costumam fazer

sobre poesia.

Perguntar o que sabem sobre este gênero e se querem recitar algum poema que

conhecem.

Incentivar o gosto da leitura de poemas, através da entrega de um convite com

um poema para cada aluno.

39

Perguntar quem gostaria de lê-lo em voz alta. Também vamos perguntar quais

foram suas impressões sobre o poema recebido.

Recursos didáticos:

Convite confeccionado pelas estagiárias com poemas distintos para cada aluno;

Cesta de livros de poesia,

Ficha de leitura.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na leitura e discussão

dos poemas recebidos individualmente, as respostas dos alunos aos questionamentos das

estagiárias e pelas colocações dos próprios alunos, assim como na busca por livros na

cesta e no manuseio destes e, também, pelos registros feitos na ficha de leitura.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília; MURRAY, Roseana. Meus Primeiros

Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MACHADO, Ana Maria. Cinco Estrelas. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de

Janeiro: Objetiva, 2001.

PAES, José Paulo. Poemas para brincar. Ilustrações de Luiz Maia. 10 ed. São Paulo:

Ática, 1996.

LISBOA, Henriqueta; MORAES, Vinicius; PAES, José Paulo; QUINTANA, Mário.

Palavra de Poeta. Ilustrações de Alex Cerveny. Coleção Literatura em Minha Casa. São

Paulo: Ática, 2001.

40

ANEXO 1 – Modelo de um dos convites especiais (com poemas) distribuídos aos

alunos.

41

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 3 – 45 min/a. (17/05 – Sexta-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Aula de Leitura-fruição

Objetivos Gerais:

Desenvolver e aprimorar habilidades de compreensão leitora pela leitura-fruição de

poemas diversos.

Objetivos Específicos:

Aprofundar o contato com o gênero poesia pela leitura silenciosa de poemas.

Socializar com os colegas um dos poemas lidos, expressando-se oralmente com clareza

e objetividade.

Conhecimentos abordados:

Leitura-fruição de poemas.

Metodologia:

Aproximação mais sistemática com o gênero.

Roda de leitura para despertar a fruição e a apropriação das poesias.

Recursos didáticos:

Cesta de Livros.

42

Ficha de leitura.

Avaliação: Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na socialização

dos poemas que escolheram para ler, as respostas dos alunos aos questionamentos das

estagiárias e as colocações dos próprios alunos, assim como o interesse na busca por

livros na cesta e no manuseio destes e, também, pelos registros feitos na ficha de leitura.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998

Específicas:

BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília; MURRAY, Roseana. Meus Primeiros

Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MACHADO, Ana Maria. Cinco Estrelas. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de

Janeiro: Objetiva, 2001.

PAES, José Paulo. Poemas para brincar. Ilustrações de Luiz Maia. 10 ed. São Paulo:

Ática, 1996.

LISBOA, Henriqueta; MORAES, Vinicius; PAES, José Paulo; QUINTANA, Mário.

Palavra de Poeta. Ilustrações de Alex Cerveny. Coleção Literatura em Minha Casa. São

Paulo: Ática, 2001.

43

ANEXO 1 – Livros utilizados para a leitura-fruição dos alunos durante a aula.

44

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 4 – 45 min/a (20/05 – segunda-feira – 16:45 às 17:30)

Tema: Figuras de Linguagem

Objetivos Gerais:

Conhecer os recursos expressivos e discursivos dos poemas, pelo estudo de figuras de

linguagens que mais se manifestam nos poemas lidos.

Objetivos Específicos:

Identificar em poemas lidos as figuras de linguagem que se constituem em recursos

expressivos;

Analisar o efeito de sentido de determinados recursos expressivos com base em um

exercício de interpretação de poemas.

Conhecimentos abordados:

Leitura e interpretação de poemas

Figuras de Linguagem: metáfora, anáfora, comparação, onomotopeia e hipérbole.

Metodologia:

Estudar figuras de linguagem presentes em recursos discursivos e expressivos

em determinados poemas.

Ler os poemas: “O relógio” de Vinicius de Moraes, “A estrela” de Manuel

Bandeira e “O Leão” de Vinicius de Moraes.

45

Realizar exercícios de análise que serão corrigidos em sala de aula.

Recursos didáticos:

“O relógio” de Vinicius de Moraes.

“A estrela” de Manuel Bandeira.

“O Leão” de Vinicius de Moraes.

Ficha de Leitura.

Fotocópias do exercício.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta, pelas

respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos a respeito do exercício proposto, assim como na busca por livros na

cesta e no manuseio destes.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

BANDEIRA, Manuel. A Estrela. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MORAES, Vinícius. A Arca de Noé. 2 ed. Capa e Ilustrações de Marie Louise Nery.

São Paulo: Companhia das Letras. 2003.

46

ANEXO 1 – Exercícios sobre Figuras de Linguagem

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

EBM Beatriz de Souza Brito

Professoras-Estagiárias: Talita Taylane Prokoski e Jéssica Rassweiler

Exercícios sobre Figuras de Linguagem

1- Leia com atenção o poema abaixo:

O Relógio

Vinicius de Moraes

Passa, tempo, tic-tac

Tic-tac, passa, hora

Chega logo, tic-tac

Tic-tac, e vai-te embora

Passa, tempo

Bem depressa

Não atrasa

Não demora

Que já estou

Muito cansado

Já perdi

Toda a alegria

De fazer

Meu tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

Tic-tac

Tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

Destaque no poema a figura de linguagem mais recorrente.

a- Qual a intenção do autor ao empregá-la?

b- O que essa figura de linguagem está representando?

Pense em uma situação com barulhos e crie uma frase em que possa ser utilizada

essa figura de linguagem.

47

2- Leia o poema abaixo:

O Girassol

Vinicius de Moraes

Sempre que o sol

Pinta de anil

Todo o céu

O girassol

Fica um gentil

Carrossel

Roda, roda, roda

Carrossel

Roda, roda, roda

Rodador

Vai rodando, dando mel

Vai rodando, dando flor

Sempre que o sol

Pinta de anil

Todo o céu

O girassol

Fica um gentil

Carrossel

Roda, roda, roda

Carrossel

Gira, gira, gira

Girassol

Redondinho como o céu

Marelinho como o sol

A figura de linguagem Comparação está presente neste poema. Identifique no

poema onde o autor usou esse recurso.

Com o que o Autor comparou o Girassol?

3- No poema abaixo, há uma repetição das frases ao final de cada estrofe.

Último Andar

(Cecília Meireles)

48

"No último andar é mais bonito:

do último andar se vê o mar.

É lá que eu quero morar.

O último andar é muito longe:

custa-se muito a chegar.

Mas é lá que eu quero morar.

Todo o céu fica a noite inteira

sobre o último andar.

É lá que eu quero morar.

Quando faz lua, no terraço

fica todo o luar.

É lá que eu quero morar.

Os passarinhos lá se escondem,

para ninguém os maltratar:

no último andar.

De lá se avista o mundo inteiro:

tudo parece perto, no ar.

É lá que eu quero morar: no último andar".

Como vimos em sala de aula, qual a figura de linguagem que ocorre essa

repetição das palavras? E qual a intenção da autora em fazer essa repetição?

4- Metáfora é o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de

uma relação de semelhança, provocando assim uma “espécie de comparação”. É,

em alguma medida comparar, sem comparar. No poema “A formiga” de

Vinícius de Moraes encontra-se presente há diversas metáforas.

A Formiga

Vinicius de Moraes

As coisas devem ser bem grandes

Pra formiga pequenina

A rosa, um lindo palácio

E o espinho, uma espada fina

A gota d'água, um manso lago

O pingo de chuva, um mar

49

Onde um pauzinho boiando

É navio a navegar

O bico de pão, o corcovado

O grilo, um rinoceronte

Uns grãos de sal derramados,

Ovelhinhas pelo monte.

Destaque 3 trechos onde podemos encontrar essa figura de linguagem e no

trecho escolhido, como é feita está “comparação”

50

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 5 – 45 min/a (21/05 – Terça-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Figuras de Linguagem

Objetivos Gerais:

Compreender o papel dos recursos expressivos e discursivos presentes nos poemas,

através da correção coletiva do exercício de figuras de linguagens.

Objetivos Específicos:

Identificar nos poemas lidos as figuras de linguagem que se constituem em recursos

expressivos;

Refazer o exercício de análise e interpretação de poemas.

Conhecimentos abordados:

Figuras de Linguagem: metáfora, anáfora, comparação, onomotopeia e hipérbole.

Metodologia:

Retomar a explicação acerca de figuras de linguagem presentes como recursos

discursivos e expressivos em determinados poemas.

Reler os poemas: “O relógio” de Vinicius de Moraes, “A estrela” de Manuel

Bandeira e “O Leão” de Vinicius de Moraes.

Devolver e corrigir coletivamente os exercícios realizados na aula anterior.

51

Organizar o trabalho em grupo sobre os autores mais estudados até o momento.

Montar os grupos.

Recursos didáticos:

“O relógio” de Vinicius de Moraes.

“A estrela” de Manuel Bandeira.

“O Leão” de Vinicius de Moraes.

Ficha de Leitura.

Cesta de Livros.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta,

pelas respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos a respeito dos exercícios propostos, assim como na busca por livros na

cesta e no manuseio destes. A entrega do exercício nesta aula irá compor a nota de

participação.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

BANDEIRA, Manuel. A Estrela. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MORAES, Vinícius. A Arca de Noé. 2 ed. Capa e Ilustrações de Marie Louise Nery.

São Paulo: Companhia das Letras. 2003.

52

ANEXO 1 – Roteiro para o Trabalho “Conhecendo o autor”

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

EBM Beatriz de Souza Brito

Estagiárias-Professoras: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski

Roteiro para o Trabalho “Conhecendo o autor”

- O objetivo deste trabalho é conhecer um pouco mais dos autores das poesias que

estamos trabalhando.

- Nesse trabalho vai constar a biografia de cada autor e servirá como modelo para você

fazer sua autobiografia.

- Cada dupla receberá um autor para apresentar aos colegas.

- O trabalho deverá ser feito em cartolina, com letra grande. Tem que constar: Nome do

autor, principais obras e um pouco da sua história, pelo menos, 4 linhas.

- A nota desse trabalho, será uma das 3 três notas de avaliação.

- Apresentação do trabalho dia 28/05.

53

ANEXO 2 – Exemplo de biografia de autores dos poemas lidos para pesquisa dos

alunos.

Manuel Bandeira

Este notável poeta do modernismo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, no

ano de 1886. Teve seu talento evidenciado desde cedo quando já se destacava nos

estudos.Durante o período em que cursava a Faculdade Politécnica em São Paulo,

Bandeira precisou deixar os estudos para ir à Suíça na busca de tratamento para sua

tuberculose. Após sua recuperação, ele retornou ao Brasil e publicou seu primeiro livro

de versos, Cinza das Horas, no ano de 1917; porém, devido à influência simbolista, esta

obra não teve grande destaque.

Dois anos mais tarde este talentoso escritor agradou muito ao escrever Carnaval,

onde já mostrava suas tendências modernistas. Posteriormente, participou da Semana de

Arte Moderna de 1922, descartando de vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar

temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham foco nas recordações de

infância.

Além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também outras atividades: jornalista,

redator de crônicas, tradutor, integrante da Academia Brasileira de Letras e também

professor de História da Literatura no Colégio Pedro II e de Literatura Hispano-

Americana na faculdade do Brasil, Rio de Janeiro.

Este, que foi um dos nomes mais importantes do modernismo no Brasil, faleceu no ano

1968.

Suas obras:

POESIA: Poesias, reunindo A cinza das horas, Carnaval, O ritmo dissoluto (1924),

Libertinagem (1930), Estrela da manhã (1936), Poesias escolhidas (1937), Poesias

completas, reunindo as obras anteriores e mais Lira dos cinqüenta anos (1940), Poesias

completas, 4a edição, acrescida de Belo belo (1948), Poesias completas, 6a edição,

acrescida de Opus 10 (1954), Poemas traduzidos (1945), Mafuá do malungo, versos de

circunstância (1948), Obras poéticas (1956), 50 Poemas escolhidos pelo autor (1955),

Alumbramentos (1960), Estrela da tarde (1960).

Fonte:

http://www.suapesquisa.com/biografias/manuelbandeira/

54

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DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 6 – 45 min/a. (23/05 – Quinta-feira – 14:15 às 15:00)

Tema: Trava-Línguas.

Objetivos Gerais:

Desenvolver e aprimorar habilidades de compreensão leitora pela leitura de Trava-

Línguas.

Aprender a interagir em grupo.

Desenvolver a oralidade.

Objetivos Específicos:

Socializar com os colegas as Trava-Línguas lidas, expressando-se oralmente com

clareza e objetividade.

Conhecimentos abordados:

Leitura de Trava-Línguas.

Metodologia:

Recolher a atividade de figuras de linguagem (valendo nota de participação).

Apresentar Trava-línguas para os alunos.

Dividir a classe em duplas, sendo que cada dupla fica responsável por apresentar

uma trava-línguas para a turma (apresentação e socialização na mesma aula com um

tempo destinado ao preparo de cada grupo para apresentação oral).

55

Recursos didáticos:

Fotocópias das Trava-Línguas.

Ficha de leitura.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na apresentação e no

exercício da oralidade através das Trava-Línguas que receberam para ler, as respostas

dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos próprios alunos,

e, também, pelos registros feitos na ficha de leitura.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

CIÇA, Alves Pinto. Travatrovas. Ilustrações de Ziraldo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1993.

_____. Quebra-Língua. Ilustrações de Ziraldo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

56

ANEXO 1- Capa de um dos livros utilizados na aula de Trava-Línguas.

57

ANEXO 2 - Uma das Trava-Línguas utilizada na aula, retirada do livro: “Trava-

Trovas”, de Ciça.

58

ANEXO 3 - Capa de um dos livros utilizados na aula de Trava-Línguas.

59

ANEXO 4 - Uma das Trava-Línguas utilizada na aula, retirada do livro: “Quebra-

Língua”, de Ciça.

60

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DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 7 – 45 min/a (24/05 – Sexta-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Rima, Verso, Estrofe e Ritmo.

Objetivos Gerais:

Conhecer os aspectos formais dos poemas.

Objetivos Específicos:

Identificar rima, verso, estrofe e ritmo na leitura-estudo de poemas de diferentes

autores.

Elaborar um verso sobre coisinhas que nos fazem feliz, baseando-se no poema: “Doze

coisinhas à toa que nos fazem felizes” de Ruth Rocha.

Conhecimentos abordados:

Forma composicional do poema: rima, verso, estrofe.

Metodologia:

Explicar para os alunos e colocar no quadro o conceito de Rima, Verso e Estrofe

exemplificando cada um deles através dos poemas lidos em aula.

Colocar no quadro uma orientação para que eles criem uma pequena estrofe

(quadrinha).

61

Pedir para que os alunos criem uma estrofe (quadrinha) falando sobre coisinhas

que os fazem felizes, baseando-se no poema: “Doze coisinhas à toa que nos fazem

felizes” de Ruth Rocha.

Perguntar como está o andamento para a apresentação do trabalho em equipe

sobre os autores (aula 9).

Recursos didáticos:

Fotocópias de poemas para os alunos.

“Borboletas” de Vinícius de Moraes.

“Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de Ruth Rocha.

“A Bailarina” de Cecília Meireles.

Cesta de Livros.

Ficha de Leitura.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta,

pelas respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

BANDEIRA, Manuel. A Estrela. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MEIRELES, Cecília. A Bailarina. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

DIAS, Gonçalves. Canção do Exílio. In: MACHADO, Ana Maria. Cinco Estrelas.

Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

62

MORAES, Vinícius. A Arca de Noé. 2 ed. Capa e Ilustrações de Marie Louise Nery.

São Paulo: Companhia das Letras. 2003.

ROCHA, Ruth. Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes (À moda de Otávio Roth).

In: Toda criança do mundo mora no meu coração. São Paulo: Salamandra, 2007.

63

ANEXO 1 – Poemas lidos para estudo da forma composicional de textos desse

gênero.

64

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DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 8 – 45 min/a (27/05 – Segunda-feira – 16:45 às 17:30)

Tema: Rima, Verso, Estrofe e Ritmo.

Objetivos Gerais:

Conhecer os aspectos formais dos poemas.

Objetivos Específicos:

Identificar rima, verso, estrofe e ritmo na leitura-estudo de poemas de diferentes

autores.

Declamar as estrofes (quadrinhas) elaboradas sobre coisinhas que nos fazem felizes,

com entonação, ritmo e fluência.

Conhecimentos abordados:

Forma composicional do poema: rima, verso, estrofe.

Expressividade, entonação, ritmo na apresentação oral de poemas.

Metodologia:

65

Pedir para que os alunos recitem sua estrofe (quadrinha) falando sobre coisinhas

que os fazem felizes, baseados no poema: “Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes”

de Ruth Rocha.

Recolher a estrofe (quadrinha) que os alunos fizeram baseados nos conceitos

trabalhados sobre rima, verso, estrofe.

Alertar para a apresentação do trabalho em equipe sobre os autores na próxima

aula.

Recursos didáticos:

Fotocópias de poemas para os alunos.

“Borboletas” de Vinícius de Moraes.

“Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de Ruth Rocha.

“A Bailarina” de Cecília Meireles.

Cesta de Livros.

Ficha de Leitura.

Avaliação:

Serão avaliadas a participação e o envolvimento dos alunos na na declamação

dos poemas, considerando-se a expressividade, entonação, ritmo e fluência. A entrega

do exercício proposto na aula anterior sobre rima, verso, estrofe e ritmo irá compor a

nota de participação.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

BANDEIRA, Manuel. A Estrela. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MEIRELES, Cecília. A Bailarina. In: BANDEIRA, Manuel; MEIRELES, Cecília;

MURRAY, Roseana. Meus Primeiros Versos. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

66

MORAES, Vinícius. A Arca de Noé. 2 ed. Capa e Ilustrações de Marie Louise Nery.

São Paulo: Companhia das Letras. 2003.

ROCHA, Ruth. Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes (À moda de Otávio Roth).

In: Toda criança do mundo mora no meu coração. São Paulo: Salamandra, 2007.

67

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DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 9 – 45 min/a. (28/05 – Terça-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Conhecendo o Autor.

Objetivos Gerais:

Conhecer os autores dos poemas lidos e estudados em sala de aula, pela apresentação da

biografia de cada um deles.

Objetivos Específicos:

Socializar o resultado da pesquisa sobre a biografia de um dos autores dos poemas lidos

e estudados em sala de aula no contexto deste projeto;

Desenvolver a oralidade, através de apresentações orais sobre a vida de um dos autores

dos poemas lidos e estudos em sala de aula;

Expressar-se com clareza, entonação, fluência na apresentação oral da biografia de um

dos autores dos poemas lidos e estudados em sala de aula.

Conhecimentos abordados:

Biografia dos poetas: Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Ricardo Azevedo, José Paulo

Paes, Olavo Bilac, Cecília Meireles e Ruth Rocha,

Expressão oral: entonação, ritmo, fluência, clareza.

Metodologia:

68

Reunir a turma em semicírculo para apresentação dos trabalhos.

Recolher cartazes para avaliar.

Recursos didáticos:

Ficha de leitura.

Ficha de Avaliação.

Avaliação:

Serão avaliadas a participação e o envolvimento dos alunos na apresentação dos

trabalhos, considerando a expressividade, entonação, ritmo, clareza e coerência; a

adequação dos aspectos da vida e obra dos autores selecionados para a apresentação e as

respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e as colocações dos próprios

alunos acerca dos trabalhos apresentados pelos colegas.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

69

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DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 10 – 45 min/a. (03/06 – Segunda-feira – 16:45 às 17:30)

Tema: Refacção do exercício de Figuras de Linguagem

Objetivos Gerais:

Proporcionar aos alunos a refacção do exercício feito sobre Figuras de Linguagem.

Objetivos Específicos:

Refazer o exercício de Figuras de Linguagem.

Conhecimentos abordados:

Apropriação do conteúdo e das orientações dadas para o trabalho proposto.

Metodologia:

Entregar os exercícios já corrigidos para os alunos.

Refazer com os alunos no quadro, os exercícios de Figuras de Linguagem feitos

em aulas anteriores.

Explicar novamente o conceito de Metáfora e trabalhá-lo com a turma.

Colar um cartaz com conceitos e exemplos sobre Metáfora na sala de aula.

Recursos didáticos:

Cartaz com conceito e o exemplo de Metáfora.

70

Fita adesiva.

Cesta de livros.

Avaliação:

Consideraremos a participação, interesse e envolvimento dos alunos na refacção

do exercício, assim como a adequação das respostas dos alunos.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

71

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DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

EBM Beatriz de Souza Brito

Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 11– 45 min/a (04/05 – Terça-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Poemas sobre Escola.

Objetivos Gerais:

Ler poemas de diferentes autores que abordem o tema escola.

Objetivos Específicos:

Identificar as estratégias discursivas e expressivas de diferentes autores, em poemas

sobre a escola.

Produzir um poema cujo tema seja a própria Escola.

Conhecimentos abordados:

Leitura e escrita de poemas.

Metodologia:

Ler e interpretar as poesias sobre escola com os alunos.

Iniciar a elaboração do poema.

Pedir que eles registrem as primeiras ideias no papel.

Auxiliar os alunos na criação do poema: dar dicas e rever algumas estruturas já

estudadas.

72

Recursos didáticos:

Poema: “Escola” de José Paulo Paes.

Poema: “Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de Ruth Rocha.

Poema: "Coisas” de Maria Dinorah.

Ficha de Leitura.

Folhas de fichário.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta,

pelas respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos. A elaboração do poema irá compor a nota individual.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

73

ANEXO 1 – Poema “Coisas” de Maria Dinorah utilizado nas aulas 11 e 12.

Coisas

Coisas boas:

Bombom, bolinho, bolacha,

pastel, pipoca, pitanga.

Coisas lindas:

barquinho, balão, boneca, palhaço, pião, poema.

Coisas de todos:

lagoa, estrada, folhagem, luar, estrela, farol.

Coisas de poucos:

mel, moeda, medalha, milagre, amigo, amor.

Maria Dinorah

74

ANEXO 2 - Poema “Escola tem Rima?” de Carlos Magno Paz Nogueira utilizado

nas aulas 11 e 12.

Escola tem Rima?

Então: você aí, desenrola.

Fala para mim o que rima com escola?

Será que escola rima com Lola?

Mas essa rima não é boa

Toda Lola, embola.

Então, escola rima com sacola!

Pode ser, mas a sacola não tem argola.

Ajuda aí, me dá uma cola,

Fala pra mim o que rima com escola.

Já sei. Será que é carambola?

Pode ser, mas carambola não “rola”.

Vamos analisar.

Se eu rimar escola com cola,

Não dá, porque quem cola não quer escola.

Se eu rimar escola com sacola

Não dá, porque a sacola leva a cola.

Já sei, pode ser bola,

Porque para ser bom de bola, tem que ser bom na escola.

Então, você aí, desenrola,

Fala pra mim o que rima com escola.

de Carlos Magno Paz Nogueira.

75

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DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

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Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 12 – 45 min/a. (06/06 – Quinta-feira – 14:15 às 15:00)

Tema: Elaboração do poema sobre Escola.

Objetivos Gerais:

Elaborar poemas sobre Escola.

Objetivos Específicos:

Fazer a reescrita do poema com o tema Escola.

Conhecimentos abordados:

Escrita de poemas

Metodologia:

Solicitar que os alunos que já estiverem com o poema pronto, façam a segunda

versão do poema.

Recursos didáticos:

Cesta de livros.

Dicionários.

Primeira versão dos poemas produzidos pelos alunos.

Folhas de fichário.

76

Ficha de leitura.

Avaliação: Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade

proposta e na reescrita do poema.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

77

ANEXO 1 - Primeira versão do poema do aluno Marcos Vinicius.

78

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DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

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Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 13 – 45 min/a (07/06 – Sexta-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Poemas sobre Escola.

Objetivos Gerais:

Elaborar a versão final dos poemas.

Objetivos Específicos:

Ilustrar o poema criado.

Reescrever o poema elaborado em aulas anteriores, com base nas indicações das

professoras estagiárias.

Conhecimentos abordados:

Escrita de poemas;

A imagem como texto: a ilustração dos poemas.

Metodologia:

Rever algumas dúvidas recorrentes na produção do poema e passar a limpo a

versão final.

Pedir para que os alunos criem uma ilustração para o seu poema.

Recursos didáticos:

79

Folhas brancas e coloridas.

Lápis de cor e giz de cera.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta,

pelas respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos. A elaboração do poema irá compor a nota individual.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

80

ANEXO 1- Poema criado pela aluna Paloma.

81

ANEXO 2 - Poema criado pela aluna Vitória.

82

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PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

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Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Talita Taylane Prokoski Alves.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 14 – 45 min/a. (11/06 – Terça-Feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Criação da biografia

Objetivos Gerais:

Elaborar a biografia do autor do poema para integrar a coletânea de poemas da turma

62, a partir dos exemplos estudados em sala de aula.

Objetivos Específicos:

Fazer a leitura-estudo de diferentes biografias para tê-los como referência na

elaboração da própria biografia;

Identificar os recursos expressivos e discursivos de uma biografia, com base na leitura-

estudo da biografia de diferentes autores.

Conhecimentos abordados:

Biografia: função social e forma de composição.

Metodologia:

Passar no quadro as informações que precisam constar na biografia para que os

alunos elaborem a sua própria biografia.

Elaborar uma biografia da professora-estagiária responsável pela aula, para

exemplificar para os alunos.

Pedir para que os alunos elaborem a sua própria biografia.

83

Auxiliar os alunos na elaboração de sua biografia.

Recursos didáticos:

Cesta de livros

Folhas brancas e coloridas.

Folha de fichário.

Modelo de biografia de um autor já estudado.

Modelo de biografia da professora.

Fotocópias do roteiro com orientações para a biografia.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos nas atividades

propostas, na criação da biografia e na confecção do Varal Literário.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

84

ANEXO 1 – Algumas biografias produzidas pelos alunos da 62.

.

Indianara Braganholo nasceu no dia 12 de Dezembro

de 2000 no hospital HU em Florianópolis. Ela gosta de

comer, sair com as amigas, dormir, mexer no

computador e ir para escola. Mora em Florianópolis no

bairro Pantanal. Estuda na Escola Beatriz de Souza

Brito.

Fernanda Natividade Stanck nasceu em Florianópolis

em 10 de Maio de 2001. Ela recebeu este nome por

escolha de seus pais. Fernanda gosta muito de

conversar com suas amigas, ela toca violão.

Raíra Pitta Corrêia da Silva nasceu e mora em

Florianópolis SC. Nasceu dia 5 de Janeiro de 2002.

Seus pais se chamam Telma de Oliveira Pitta e Zébio

Corrêia da Silva. O que mais gosta de fazer é dormir,

ver TV e comer. Adora ouvir rap e ama a banda Pollo.

Para passar o tempo, ela toca violino. Raíra já toca há

dois anos.

Karen do nascimento Domingues nasceu em

Torres/RS em 17 de setembro de 2001. Ela recebeu este

nome por escolha de sua mãe e seu pai. Karen ama a

música, os amigos, a família e adora comer e se

exercitar. Atualmente mora em Florianópolis SC.

Karen adora cantar e escrever músicas.

85

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Professora regente da turma: Ângela Beirith

Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 15 – 45 min/a. (11/06 – Terça-feira – 16:45 às 17:30)

Tema: Confecção do Varal Literário

Objetivos Gerais:

Elaborar um Varal Literário a fim de expor as produções dos alunos e incentivá-los,

cada vez mais, à produção de poemas e trabalhos do gênero.

Objetivos Específicos:

Confeccionar um Varal Literário com ajuda dos alunos e das professoras-estagiárias.

Conhecimentos abordados:

Organização do Varal Literário.

Metodologia:

Reunir os alunos em um grande grupo para elaboração de um Varal Literário

com várias poesias produzidas por eles.

Trazer os trabalhos já elaborados para serem afixados no varal.

Colagem do painel no corredor externo da escola.

Recursos didáticos:

86

Poemas produzidos nas aulas anteriores.

Papéis coloridos.

Tesouras

Colas

Fitas.

Cesta de Livros.

Avaliação:

Consideraremos a participação, engajamento e envolvimento dos alunos na

atividade proposta.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

87

ANEXO 1 – Poema e ilustração do aluno Marcos Vinicius que foi anexado ao Varal

Literário.

88

ANEXO 2 – Poema e ilustração da aluna Juliana que foi anexado ao Varal

Literário.

89

ANEXO 3 – Poema e ilustração do aluno Patrick que foi anexado ao Varal

Literário.

90

ANEXO 4 – Varal Literário afixado na parte externa da escola.

91

ANEXO 5 – Alunos e professoras afixando o Varal Literário na parte externa da

escola.

92

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Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 16 – 45 min/a (13/06 – Quinta-feira – 14:15 às 15:00)

Tema: Poemas Musicados.

Objetivos Gerais:

Desenvolver a expressão oral através da escuta atenta de poemas musicados e da

declamação dos poemas produzidos pelos próprios alunos.

Objetivos Específicos:

Atribuir sentidos à fala do outro pela escuta atenta e ativa de poemas musicados e

declamados;

Declamar os poemas produzidos pelos próprios alunos, considerando a expressividade,

entonação, ritmo, fluência.

Conhecimentos abordados:

Compreensão leitora pela escuta atenta de poemas.

Expressividade, entonação, ritmo e fluência na declamação de poemas.

Metodologia:

Trazer os poemas escritos pelos alunos para exercitar a declamação.

Trazer um Cd com uma coletânea de poemas para ver como se declama um

poema, a fim de, preparar os alunos para o Sarau.

Ouvir poemas que foram musicados e cantar com os alunos.

93

Recursos didáticos:

Poemas escritos pelos alunos.

Aparelho de som.

Cd e fotocópias dos poemas musicados.

Poemas: “A casa” e “O Relógio” de Vinicius de Moraes.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade proposta,

pelas respostas dos alunos aos questionamentos das estagiárias e pelas colocações dos

próprios alunos.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

Específicas:

Site: www.viniciusdemoraes.com.br Acesso em 9 de Maio de 2013 às 19:45 h.

94

ANEXO 1 – Poemas utilizados na aula 16.

A Casa

Vinicius de Moraes

Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto, não tinha nada

Ninguém podia entrar nela, não

Porque na casa não tinha chão

Ninguém podia dormir na rede

Porque na casa não tinha parede

Ninguém podia fazer pipi

Porque penico não tinha ali

Mas era feita com muito esmero

Na rua dos bobos, número zero

O Relógio

Vinicius de Moraes

Passa, tempo, tic-tac

Tic-tac, passa, hora

Chega logo, tic-tac

Tic-tac, e vai-te embora

Passa, tempo

Bem depressa

Não atrasa

Não demora

Que já estou

Muito cansado

Já perdi

Toda a alegria

De fazer

Meu tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

Tic-tac

Tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

95

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Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 17 – 45 min/a. (14/06 – Sexta-feira – 16:00 às 16:45)

Tema: Sarau de poesias

Objetivos Gerais:

Apresentar os poemas, produzidos em aulas anteriores, no Sarau organizado para este

fim.

Objetivos Específicos:

Expressar-se com clareza, entonação, ritmo, fluência na declamação dos próprios

poemas no Sarau;

Atribuir sentidos à fala do outro pela escuta atenta e ativa dos poemas a serem

declamados pelos colegas no Sarau.

Conhecimentos abordados:

Uso oral da língua na declamação de poemas;

Expressividade, entonação, ritmo e fluência na declamação de poemas.

Metodologia:

Entregar uma cédula aos alunos para que eles escolham os três melhores

poemas.

Apresentação dos poemas pelos próprios autores no Sarau a ser realizado no

auditório da escola.

96

Recursos didáticos:

Aparelho de som e Cd.

Poemas escritos pelos alunos.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na atividade; a

apropriação dos conteúdos ministrados em aula e a forma como fizerem uso de aspectos

da oralidade quando declamarem seus poemas como: expressividade, entonação, ritmo e

fluência.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

97

ANEXO 1 – Alunos organizados em semicírculo para a apresentação do Sarau.

98

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Estagiaria responsável pela aula: Jéssica Rassweiler.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6º - Turma 62.

Plano de aula 18 – 45 min/a. (14/06 – Sexta-feira – 16:45 às 17:30)

Tema: Finalização do Estágio.

Objetivos Gerais:

Realizar o fechamento do conteúdo e divulgar o resultado da votação do Sarau.

Objetivos Específicos:

Retomar aspectos importantes das experiências vividas.

Conhecimentos abordados:

Apropriação do conteúdo ministrado nas aulas.

Metodologia:

Fechar o conteúdo.

Divulgar o resultado e fazer a entrega das premiações.

Socializar da experiência.

Entregar para cada aluno uma caixinha do poema com uma lembrancinha.

Reservar um período para distribuir bolos e sucos aos alunos, professoras e

convidadas.

99

Recursos didáticos:

Cesta de livros.

Caixinha do poema.

Bolo e suco.

Avaliação:

Consideraremos a participação e envolvimento dos alunos na leitura de seus

poemas durante o Sarau e nas demais atividades propostas.

Referências Bibliográficas:

Gerais:

ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola,

2003.

GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: (Org) O texto na sala de

aula. 3 ed. São Paulo: Ática,2001.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.

Porto Alegre, ARTMED, 1998.

100

ANEXO 1 - Poema contido na caixinha que foi entregue aos alunos, professoras e

convidadas na última aula do estágio.

Caixinha Mágica

Fabrico uma caixa mágica

para guardar o que não

cabe em nenhum lugar:

a minha sombra

em dias de muito sol,

o amarelo que sobra

do girassol,

um suspiro de beija-flor,

invisíveis lágrimas de amor.

Fabrico a caixa com vento,

palavras e desequilíbrio

e, para fechá-la

com tudo o que leva dentro,

basta uma gota de tempo.

O que é que você quer

esconder na minha caixa?

AUTORA: Roseana Murray

101

3 A DOCÊNCIA EM PROJETOS EXTRACLASSE

3.1 JORNAL ESCOLAR “NOTÍCIAS DO BEATRIZ”

A Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito está localizada no bairro

Pantanal, em Florianópolis, e elegeu como base de seu projeto pedagógico a leitura e a

escrita como compromisso de todas as áreas do conhecimento. Nesse contexto, a escola

procura trabalhar de forma coletiva e interdisciplinar levando em conta o compromisso

com a escrita e a leitura em busca da construção do saber.

Em contato mais direto com a escola e seu entorno social, pudemos conhecer

melhor alguns dos projetos didáticos que são realizados por diferentes professores

individualmente e coletivamente. Além disso, sabemos que a escola possui uma

infraestrutura muito boa e dá apoio necessário ao professor para a realização de seus

projetos.

Como parte integrante dos projetos realizados na escola, o Notícias do Beatriz

surgiu em 2011 com o título Notícias da Bia. Foi produzido pelos estagiários de Língua

Portuguesa: Rubens Rozsa Neto, Jacqueline Tonera Soares, Camila Gabriela Pollnow,

Rozelena May de Farias, Clara dos Santos e Mariana Hoffmann Junckes, que

estagiaram na escola no ano letivo de 2011, pelos alunos da escola e supervisionados

pela professora Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott.

No primeiro semestre de 2012 o Notícias do Beatriz teve continuidade sendo

produzido pelas estagiárias de Língua Portuguesa: Carla Cristiane Mello, Nicola Mira

Gonzaga da Silva, Juliana da Rosa, Sílvia de Souza Espíndula, Edriely Silva da Rocha e

Joriane Schmitt Desessards. Já no segundo semestre, foi produzido pelas estagiárias:

Carla Ruthes, Juliana Flores, Tayse Feliciano Marques e Valéria Cunha dos Santos,

pelos alunos do Beatriz e supervisionados pelas professoras Maria Izabel de Bortoli

Hentz, no primeiro semestre e Gizelle Kaminski Corso, no segundo semestre.

O projeto do Jornal escolar foi proposto como atividade extraclasse no contexto

do estágio de ensino de Língua Portuguesa. Esta foi quarta edição do jornal e contou

com a participação 24 alunos, organizados em dois grupos, um no período da manhã e

outro no da tarde, além dos seis estagiários, sendo eles: Gabriela Fortes Carvalho,

Grazielle Helena Scheidt, Jéssica Rassweiler, Talita Taylane Prokoski Alves, Júlia

102

Maccari Espíndola e Ricardo Dalpiaz com a orientação da professora Maria Izabel de

Bortoli Hentz.

O projeto se organizou em torno de oficinas, que tiveram como foco o trabalho

com diferentes gêneros da esfera jornalística. Entre eles, destacamos alguns como:

Artigo de Opinião, Entrevistas, Notícias e Reportagens. Os alunos participantes, vieram

no contra-turno e foram envolvidos em atividades de leitura e escrita que possibilitaram

o conhecimento e o contato com esses gêneros. O convite aos alunos foi feito na forma

de um pequeno questionário, onde eles precisaram contar um fato interessante que

ocorreu na escola e que achavam que deveria ser estampado no jornal. Lembrando

também, que a participação dos alunos foi voluntária, ou seja, eles participaram por

interesse e vontade própria.

Neste ano, o jornal escolar será uma edição comemorativa, pois a escola

completa 50 anos de fundação. Por isso, acreditamos que esta edição aumentará ainda

mais o vínculo entre comunidade e escola, proporcionando maior interação entre os

alunos, professores e servidores, além de aumentar a articulação que já existe entre as

disciplinas. Ou seja, o jornal escolar se configura como um meio para exercitar o

convívio em equipe e proporcionar um trabalho que permita uma discussão e divulgação

que abrange os interesses de todos os segmentos envolvidos, além de proporcionar um

maior contato com a língua, especialmente no que se refere às práticas de escrita. Isso

também pode proporcionar ao estudante um maior aprendizado, de forma a torná-lo

letrado, ou seja,

[...] um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua

necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender às

várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de

linguagem como um instrumento de comunicação. (KATO, 1987, p.

7).

As questões relativas à ética, aos valores, à solidariedade e ao comprometimento

foram trabalhadas no decorrer do projeto, juntamente com os conhecimentos aprendidos

em sala de aula.

3.1.1 – Reflexão teórica3

3 A reflexão teórica presente neste projeto tem como base a reflexão teórica do projeto de docência dos

alunos Júlia Espíndula e Ricardo Dalpiaz.

103

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), publicados em 1998, se aponta

que a formação para a cidadania é uma das principais, senão a principal função social da

escola.

Por sua vez, na Proposta Curricular de Florianópolis,

Entende-se que produzir cidadania significa criar condições para que

os sujeitos se apropriem do conhecimento científico historicamente

produzido e das tecnologias da informação e da comunicação,

possibilitando-lhes reflexão da realidade (produção de novos

conhecimentos) e atuação crítica na sociedade (partícipes das

mudanças), condição que ampliará as possibilidades de trabalho e

inclusão social, ou seja, qualidade de vida humana. (2008, p. 15).

Como professores em formação e mediadores do processo de formação para a

cidadania, que condições seriam estas que deveríamos criar e de que maneira elas

estariam relacionadas ao projeto extraclasse que pretendemos executar na Escola Básica

Municipal Beatriz de Souza Brito?

Buscamos a resposta no Projeto Político Pedagógico (não publicado) da própria

escola. Nele, se pode encontrar que:

Assumir a palavra é condição de cidadania. O domínio da linguagem,

como atividade discursiva e cognitiva, é condição de maior

participação social. Pela linguagem os indivíduos se comunicam,

acessam a informação, defendem e partilham visões de mundo,

produzem cultura. (2012, p.10).

Portanto, o que norteia o nosso projeto é ideia de fazer com que nossos alunos

possam assumir a palavra. E, para assumir a palavra, nossos alunos precisam lidar com

a língua.

Segundo os PCNs LP (1998), o aprendizado de uma língua acarreta

necessariamente no conhecimento dos seus significados culturais, no posicionamento do

indivíduo em relação a tais significados (consciente ou inconscientemente), e a partir

disso, na interpretação e reinterpretação da realidade bem como de si mesmo. Tudo isso,

em um meio social composto por outros indivíduos no mesmo movimento.

Por isso, temos que considerar a língua como algo dinâmico, que se modifica de

acordo com os processos sociais que ocorrem ao longo da história, e com os sujeitos

que constituíram o processo histórico.

104

Linguagem aqui se entende, no fundamental, como ação

interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo

interacional que se realiza nas práticas sociais existentes nos

diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos de sua

história. Os homens e as mulheres interagem pela linguagem, tanto

numa conversa informal entre amigos, ou na redação de uma carta

pessoal, quanto na produção de uma crônica, uma novela, um poema,

um relatório profissional. (BRASIL, 1998, p. 20).

Sob tal perspectiva, que se pauta principalmente nos teóricos Mikhail Bakhtin

(1988) e Lev Vigotski (2000), a língua é um processo interlocutivo que está sempre em

transição. E nós, indivíduos historicamente situados, ao mesmo tempo em que a

constituímos, somos constituídos por ela.

A língua é um diálogo. Mas diálogo aqui tem sentido mais amplo que uma

conversa em voz alta entre duas ou mais pessoas face a face, ou até mesmo um

solilóquio. É um diálogo na perspectiva dialógica. Em outros termos, é uma

interlocução que não responde somente aos interlocutores visíveis, mas a infinitos

outros interlocutores que fizeram e farão parte da interação. Aqui estão imbricadas todas

as construções sociais humanas nas quais somos aculturados e de que dispomos,

mobilizamos recursos e nos posicionamos durante toda e qualquer interlocução.

Para os alunos utilizarem a língua escrita de forma dialógica e situada,

os professores teriam de criar situações e estratégias em que os alunos

utilizassem os gêneros em diferentes situações, ou seja, um trabalho

de língua materna voltada para o uso dos textos em gêneros diversos.

(BUNZEN, 2006, p.157).

Não há melhor maneira de fazer com que nossos alunos pensem a esfera

jornalística, do que fazer com que produzam textos para um jornal real. Além disso, por

se tratar de um jornal contextualizado, há uma tendência de que os outros alunos da

escola se sintam atraídos pela leitura do mesmo, já que os textos que se farão presentes,

em tese, estão mais próximos da realidade em que vivem.

Mas escolha da produção de um jornal não está isenta de implicações.

É o que podemos ver na Lei da Prefeitura Municipal Florianópolis, n° 8.623, de

02 de junho de 2011, que dispõe sobre a implantação do conteúdo educação para

mídia nas escolas municipais de Florianópolis.

105

No parágrafo IV, do artigo 3° da lei, podemos encontrar que a educação para

mídia integra, de forma complementar, “a criação de novos projetos de práticas

comunicacionais no âmbito escolar, como produção de jornal escolar, blogs

informativos na internet e oficinas de rádio e vídeo.” (FLORIANÓPOLIS, 2011).

Portanto, ao se fazer oficinas para produção de um jornal, de acordo com a mesma lei,

no artigo 2°, capítulo VII, é necessário fornecer as nossos alunos:

[...] à noção de que os conteúdos veiculados na mídia, sejam eles de

caráter informativo ou de entretenimento, não são retratos fiéis da

realidade, mas sim de visões de mundo e de sociedade que devem ser

analisados com cautela, não podendo ser tomados como padrão pelos

jovens. (FLORIANÓPOLIS, 2011).

Em outros termos, devemos fazer com que nossos alunos percebam as

características dos textos que vão produzir. Que percebam quem elas vão além dos

aspectos textuais e que estão diretamente relacionados com os seus interlocutores e

também com a esfera de circulação. Aliás, que percebam que os aspectos textuais

dependem, inexoravelmente, dos aspectos não textuais e que há uma relativa

estabilidade na maneira como os discursos se materializam em determinados contextos.

O que nos faz crer que a maneira como pretendemos executar a oficina de

produção do jornal vai ao encontro da Lei n° 8.623 da Prefeitura Municipal de

Florianópolis.

Portanto, produzir um jornal é muito mais do que aglomerar alguns textos em

algumas laudas. Produzir um jornal é se posicionar criticamente à esfera de circulação

do mesmo, aos recursos linguísticos que serão mobilizados para a produção do texto,

aos recursos não linguísticos utilizados na produção, bem como à escolha dos temas que

serão abordados.

Como a participação dos alunos foi voluntária, a chance de envolvimento por

parte deles foi grande. Mas para potencializar o engajamento, trabalhamos com alguns

gêneros que pudessem não ser tão usuais para tal suporte, mesclando-os com os gêneros

mais característicos dessa esfera de discurso (reportagem, notícia, entrevista, resenha

crítica, quadrinhos, classificados), tentando fazer com que as vozes de nossos alunos

pudessem ressoar com mais força nos textos. Para tanto, esperamos já em nossa

primeira oficina, identificar quais gêneros os alunos gostariam de acrescentar ao

trabalho.

106

Vamos agora no que concerne ao texto.

O nosso trabalho com os textos se deu com base em três eixos: leitura, produção

de textos e análise linguística. Em todos os três, a questão dos gêneros e da esfera estará

atravessada.

Faz-se importante a ressalva de que os três eixos não foram abordados

hierarquicamente. Assumimos uma postura na perspectiva do que João Wanderley

Geraldi propõe em Portos de Passagens (1997), na qual a produção textual é tida como

ponto de partida e de chegada no processo de ensino e aprendizagem. Isso porque é nela

que a língua se revelaria em totalidade.

3.1.1.1 Leitura

Se a língua é um processo dialógico, para que a interlocução ocorra em um ato

de leitura é necessário que o leitor esteja engajado durante a leitura, que se posicione

perante o texto, que o enfrente, que o refrate e até mesmo que o rejeite, mas depois de

ler.

Como os textos que fazem parte do jornal foram de produção dos próprios

alunos, a nossa expectativa é de que boa parte da escola se engaje na leitura do jornal.

Esperamos que o público leitor do produto de nosso projeto seja efetivamente um

público leitor. Desejamos que os leitores sejam, sobretudo, interlocutores.

Quanto ao trabalho com a leitura que foi desenvolvido especificamente com os

alunos que participaram das oficinas, foram abordados textos da esfera jornalística que

eram relevantes para fomentar a criticidade dos alunos e também para que pudessem se

familiarizar com os gêneros nos quais fizeram suas produções.

3.1.1.2 Produção Textual

Através do contato com a língua escrita, nosso cérebro assimila automaticamente

formas, estruturas, regularidades e também as constrições da grafia. Obviamente a

prática da escrita permite que se aprimore a capacidade de utilização da língua para fins

específicos, pois é através dela que nos deparamos com dificuldades para formular

nossas idéias para os possíveis (visados + os não previstos) interlocutores.

107

Na produção textual escolar, nós buscamos o sujeito do discurso (BAKHTIN,

2003), que é um sujeito autor (BUNZEN, 2006). E buscamos pensando na diferença

essencial que há na produção de um texto que se faz na escola, para um texto que se faz

para a escola (a redação, por exemplo).

O exercício de redação, na escola, tem sido um martírio não só para

os alunos, mas também para os professores. Os temas propostos tem

se repetido de ano para ano, e o aluno que for suficientemente vivo

perceberá isto e, se quiser, poderá guardar redações feitas na 5ª série

para novamente entregá-las ao professor de 6ª série, na época

oportuna: no início do ano, o título infalível “Minhas férias”, em maio,

“O dia das mães”, em junho, “São João”, em setembro, “Minha

Pátria”, e assim por diante...Tais temas, além de insípidos, são

repetidos todos os anos, de tal modo que uma criança passa a pensar

que só se escreve sobre estas “coisas”. (GERALDI, 2008, p. 64).

Geraldi propõe que para as produções textuais escolares seria necessário partir

das premissas que para dizer: se tenha o que dizer, para quem dizer, razões para dizer e

se utilize estratégias para dizer. Por isso não basta apenas uma oficina de escrita, se faz

necessária uma oficina para a produção de um jornal.

Por isso, o trabalho foi feito com alunos que voluntariamente se dispuseram a

participar do processo de construção do jornal. Acrescenta-se ainda o fato de que o

jornal é real e tem interlocutores reais que fazem parte do contexto dos sujeitos que

produziram os textos. Eis a nossa estratégia para fazer com nossos alunos fossem

sujeitos autores.

3.1.1.3 Análise Linguística

A análise linguística não é um reconhecimento de estruturas linguísticas que

devem ser seguidas. Pelo contrário, o reconhecimento das estruturas inerentes à língua

só tem algum valor quando contextualizadas. Esta é a maneira de tornar a reflexão

significativa. E, se a tornarmos significativa, o processo de construção do conhecimento

ocorrerá. Portanto, as reflexões metalinguísticas só fazem algum sentido, se é que o

fazem, depois de uma reflexão epilinguística.

A análise linguística jamais se dá de maneira isolada. Ela é constitutiva do

processo de interpretação e também do processo de produção textual e deve ser

elencada junto a eles.

108

O contexto é que deve provocar a análise linguística. Por isso, as reflexões sobre

os aspectos linguísticos se deu com base no que os alunos produziram, ao invés de

prescrevermos previamente quais e como seriam mobilizados os recursos linguísticos a

serem utilizados.

3.1.2 Objetivos

Primeiramente, propiciamos um contato maior com os gêneros situados na

esfera jornalística, a fim de utilizar a língua como mecanismo para compreender a

realidade vivenciada dentro da comunidade escolar. Também analisamos os gêneros e

seus meios de circulação, para que o aluno pudesse aprender a se posicionar

criticamente sobre determinados assuntos. Em seguida, aprimoramos as produções

textuais escritas pelos alunos, analisando com eles os aspectos formais e gramaticais do

seu texto. Isso fez, não somente que eles conhecessem o gênero em si, mas também os

outros aspectos envolvidos por trás da produção.

3.1.3 Conhecimentos trabalhados

Este projeto de docência teve como principal objeto de conhecimento a leitura e

a produção escrita de textos de gêneros da esfera jornalística, bem como a utilização da

linguagem específica do gênero em questão. Para tanto, foram abordadas a função

social, forma de composição e estilo de textos dos gêneros: notícias, reportagens,

enquetes, contos, artigos de opinião, entrevistas, classificados, caderno cultural, seção

de variedades com publicação de tirinhas, quadrinhos, correio do amor etc.

3.1.4 Metodologia

Para a realização da produção do jornal, seis estagiários do curso de Letras-

Português da UFSC estavam engajados. Formos divididos em duplas e cada dupla ficou

responsável por uma seção do jornal. A primeira etapa do projeto de produção do jornal

Notícias do Beatriz consistiu na divulgação, nas salas de aula de sextos, sétimos e

oitavos anos do ensino fundamental no período matutino e vespertino, da 4ª edição do

jornal. Entregamos um convite em que os alunos deveriam preencher o nome, a série e

relatar um acontecimento que tivesse ocorrido na escola (poderia ser inventado) que eles

considerassem que seria interessante de ser publicado no jornal. A próxima etapa foi

selecionar os textos mais bem estruturados e que cumpriram com o que foi solicitado

109

para que assim os alunos escolhidos pudessem levar aos seus responsáveis o pedido de

autorização para participarem do projeto extraclasse no contra turno de sua atividade

escolar regular, tendo em vista que teriam de permanecer na escola no período de

almoço. Os planos de oficina foram feitos separadamente, cada dupla de professores

estagiários produziu um plano de aula condizente com os textos das seções do jornal

que iriam organizar e ministrar.

O primeiro dia, 12 de junho, foi dedicado a apresentar aos alunos o projeto,

entrar em contato com jornais, conversar sobre algumas seções do jornal. Neste dia

também foi exibido vídeo da propaganda do jornal Folha de São Paulo do ano de 1986,

que levanta questões sobre a imparcialidade no campo jornalístico. Com base neste

vídeo, discutimos com os alunos, até que ponto o jornalismo brasileiro, e em especial o

de Santa Catarina, pratica a imparcialidade em suas edições, conversamos também

sobre os cuidados que se deve tomar ao produzir um jornal, para que não se limite ao

senso comum ou que se baseie apenas na opinião de quem o escreve. Em seguida,

dividimos os alunos em dois grupos de oito para cada dupla de estagiários e iniciamos a

apresentação das seções que seriam produzidas e discutimos com os alunos quais seções

eles achavam importante incluir que ainda não tinham sido propostas.

A partir do segundo dia, 18 de junho, terça-feira, deu-se início à produção das

oficinas. Os alunos foram divididos, cada professor estagiário ficou responsável por, no

máximo, cinco alunos, sendo assim, os temas das oficinas foram divididos entre eles.

Esta semana, que consistiu nos dias 18, 19 e 20 do mês de junho, também foi

dedicada à produção e refacção dos textos dos alunos. Com o auxílio dos professores

estagiários e com base nas observações feitas por estes, os alunos escreveram e

reescreveram seus textos de modo que ficassem de acordo com os elementos que

compõem o gênero jornal impresso.

A última etapa do processo de produção do jornal Notícias do Beatriz contou

com a finalização do projeto, digitação e edição dos textos, bem como edição do jornal

como um todo, estando assim, pronto para a publicação.

3.1.5 Cronograma

Organização e seleção dos alunos participantes.

Dia 1 – (06/06/2013)

110

Neste dia, divulgamos a 4ª edição do projeto do jornal nas turmas do ensino

fundamental, nos turnos matutino e vespertino. A divulgação se deu através de uma

conversa em que explicamos o que é o jornal, as datas das oficinas e entregamos o

convite, que é parte da seleção, para os alunos interessados.

Convite

Dia 2 – (07/06/2012)

Retornamos às turmas para recolher o convite dos alunos interessados em

participar do jornal. Lemos as respostas e selecionamos os alunos que fizeram parte da

‘redação’ do jornal.

Dia 3 – (10/06/2012)

Divulgamos a lista dos alunos classificados para participarem do jornal.

Entregamos as autorizações para que os responsáveis destes alunos assinassem e eles

trouxessem no dia seguinte.

Dia 4 – (11/06/2012)

Recolhemos as autorizações e demos as orientações sobre as oficinas: local, data

e horário.

Oficinas de produção

Semana 1- (12/06/2013)

Você curte ler? Curte escrever?

Que tal fazer parte da 4ª edição do Notícias do Beatriz?

Para isso, você precisa contar, no verso deste convite um fato interessante que

tenha ocorrido na escola e que considera que deveria ser publicado no jornal.

Lembre-se, esta edição é comemorativa e merece uma atenção especial.

Nome: ______________________________ Turma: _____

111

Momentos de integração entre o grupo, conhecimento das pautas previamente

escolhidas para serem trabalhadas no jornal e debate para coleta de sugestões de pautas

pelos alunos. Apresentadas as propostas de trabalho, os alunos puderam escolher em

quais temas gostariam de trabalhar.

Semana 2 – (18/06/2013, 19/06/2013, 20/06/2013)

Início das produções. Nesta semana foram escritas e reescritas as reportagens,

realizadas as entrevistas e selecionados os textos que entrarão no caderno cultural. Nesta

semana também foram realizadas as enquetes, entrevistas, pesquisas e disponibilizadas

urnas para recolhimento de mensagens e classificados.

112

3.1.6 Planos das Oficinas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

Escola Básica Beatriz de Souza Brito

Professora regente: Ellen

Jornal Escolar Notícias do Beatriz

Estagiárias Responsáveis: Jéssica Rassweiler e Talita Prokoski Alves.

Plano de oficina 1 – 12/06 – Quarta-feira (08:30 às 11:30)

Entrando em contato com o jornalismo.

Objetivos gerais

Conhecer a esfera jornalística;

Reconhecer os diferentes gêneros que fazem parte da esfera jornalística.

Objetivos específicos

Refletir sobre o papel do jornal na sociedade;

Identificar os locais em que há a circulação dos jornais.

Conhecimentos abordados

Gêneros do discurso da esfera jornalística;

Contexto de circulação dos jornais.

Metodologia

Organizar os alunos em semicírculo;

Explicar como funcionarão as oficinas;

Conversar sobre os trabalhos que cada dupla de estagiários irá desenvolver;

Conversar com os alunos sobre o que eles gostariam de escrever no jornal que

não foi contemplado por nenhuma das propostas;

113

Separar o grupo em dois grupos menores (um para cada dupla);

Circular jornais e revistas pelo grupo para que tenham contato com os gêneros

presentes nos mesmos;

Introduzir o gênero Artigo de Opinião;

Ouvir breve relato de uma aluna da graduação que elaborou o jornal em uma

edição anterior, para que os alunos possam perceber como se desenvolveu o trabalho;

Encerrar a oficina com os encaminhamentos para o próximo encontro.

Recursos Didáticos

Jornais e revistas;

Resumo com itens que deve conter um Artigo de Opinião.

Avaliação

Será satisfatório se ao final da oficina o aluno tiver compreendido, em linhas

gerais, as implicações e os gêneros do discurso presentes na esfera jornalística. Isso será

observado através da postura e do engajamento nas discussões propostas na oficina.

114

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

Escola Básica Beatriz de Souza Brito

Professora regente: Ellen

Jornal Escolar Notícias do Beatriz

Estagiários Responsáveis: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski Alves.

Plano de Oficina 2 – 18/06 Terça-Feira (08:30 às 11:30)

Início das produções

Objetivos gerais

Conhecer as características específicas dos gêneros Reportagem e Artigo de

Opinião.

Utilizar essas características para iniciar a produção textual referente ao gênero

Artigo de Opinião e Reportagem.

Objetivos específicos

Definir os temas para iniciar as produções textuais.

Coletar as informações necessárias para a produção, realizando entrevistas e

enquetes.

Produzir a primeira versão das reportagens e dos artigos de opinião.

Conhecimentos abordados:

Especificidades do gênero: reportagem e artigo de opinião.

Aspectos discursivos e linguísticos dos gêneros reportagem e artigo de opinião,

como a construção da argumentação, a forma de apresentar a fala do outro, entre outros.

Produção escrita da 1ª versão da reportagem e do artigo de opinião.

Metodologia:

Organizar os alunos em dois grandes grupos: um com sete e outro com quatro alunos;

Separar esses alunos em três duplas para trabalhar com o gênero reportagem e outras

duas duplas para trabalhar com artigo de opinião;

Elencar os temas que os alunos trouxeram;

115

Organizar as perguntas e entrevistas que os alunos farão com outras pessoas e que serão

utilizadas na reportagem;

Para os alunos que irão escrever o artigo de opinião, pedir para que escrevam num

parágrafo a opinião deles (breve). A partir disto, eles deverão formular uma ou duas

perguntas para conhecer uma segunda opinião sobre o assunto;

Para os alunos que irão fazer a reportagem, entregar as edições anteriores do Notícias do

Beatriz e dos demais jornais, para que eles formulem perguntas para conhecer uma

segunda opinião sobre o assunto;

Disponibilizar aos alunos um tempo para que eles possam fazer as entrevistas a partir

das perguntas formuladas;

Iniciar a produção da primeira versão e entregá-la ao final da aula.

Recursos Didáticos:

Jornais Notícias do Beatriz

Fotocópias do Roteiro.

Edições do jornal Diário Catarinense

Avaliação:

Será satisfatório se ao final da oficina o aluno tiver entendido as especificidades

dos gêneros reportagem e artigo de opinião e inserido em suas produções. Isso

será observado através da postura e do engajamento nas produções propostas na

oficina.

116

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

Escola Básica Beatriz de Souza Brito

Professora regente: Ellen

Jornal Escolar Notícias do Beatriz

Estagiários Responsáveis: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski Alves.

Plano de Oficina 3 – 19/06 Quarta-Feira (08:30 às 11:30)

Dando continuidade as produções

Objetivo geral

Aprofundar o conhecimento das características discursivas, expressivas,

composicionais e linguísticas dos gêneros: Reportagem e Artigo de opinião.

Objetivos específicos

Analisar e adequar os aspectos discursivos, expressivos, composicionais e

linguísticos de sua produção.

Produzir a segunda versão das reportagens e dos artigos de opinião.

Conhecimentos abordados:

Especificidades discursivas, expressivas, composicionais e linguísticas do

gênero: reportagem e artigo de opinião.

Produção escrita.

Coleta de informações necessárias para dar continuidade as suas produções.

Metodologia:

Análise discursiva, textual e linguística, a partir das produções que foram entregues

pelos alunos.

117

Se for necessário, conferir com o aluno as diferenças entre sua produção e o gênero em

seu suporte original.

Retomar a produção para entrega da segunda versão no final da oficina.

Recursos Didáticos:

Produções dos alunos.

Edições do jornal Diário Catarinense.

Avaliação:

Será satisfatório se ao final da oficina o aluno tiver compreendido as implicações

formais e gramaticais dos gêneros reportagem e artigo de opinião. Isso será observado

através das adequações nas produções escritas na oficina.

118

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

DISCIPLINA: Estágio de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I

PROFESSORA: Maria Izabel de Bortoli Hentz

Escola Básica Beatriz de Souza Brito

Professora regente: Ellen

Jornal Escolar Notícias do Beatriz

Estagiários Responsáveis: Jéssica Rassweiler e Talita Taylane Prokoski Alves.

Plano de Oficina 3 – 20/06 Quinta-Feira (08:30 às 11:30)

Finalizando as produções

Objetivo geral

Aprofundar o conhecimento das características discursivas, expressivas,

composicionais e linguísticas dos gêneros: Reportagem e Artigo de opinião.

Objetivos específicos

Analisar e adequar os aspectos discursivos, expressivos, composicionais e

linguísticos de sua produção;

Produzir a versão final das reportagens e dos artigos de opinião.

Conhecimentos abordados:

Especificidades formais do gênero: reportagem e artigo de opinião.

Produção escrita.

Metodologia:

Análise discursiva, textual e linguística, a partir das produções que foram entregues

pelos alunos.

Se for necessário, conferir com o aluno as diferenças entre sua produção e o gênero em

seu suporte original.

Retomar a produção para entrega da versão final dos Artigos de Opinião e Reportagens.

119

Recursos Didáticos:

Produções dos alunos.

Edições do jornal Diário Catarinense.

Avaliação:

Será satisfatório se ao final da oficina o aluno tiver compreendido as implicações

formais e gramaticais dos gêneros reportagem e artigo de opinião. Isso será observado

através das adequações nas produções escritas nas versões finais dos trabalhos.

120

4 REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA/ANÁLISE DA PRÁTICA

PEDAGÓGICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM ATIVIDADES

EXTRACLASSE

O professor na sociedade atual assume diversas funções. Ele tem o papel de

agenciar muitos saberes e formas de conhecimento e esses conhecimentos não se

limitam apenas ao espaço escolar. Pelo contrário, ele se constitui também fora da escola,

pois cria "ecossistemas educativos" que são capazes de reconhecer a diversidade

cultural, pensando que a cultura não se faz apenas na escola.

O professor, além de ensinar também é um eterno aprendiz. Ele exerce diversas

funções, entre elas está o de agente de memória, onde ele é responsável pela

manutenção da memória social. Ou seja, ele realiza interações entre seus alunos e a

linguagem, os espaços e os conhecimentos (sociais, tecnológicos, entre outros). Nesse

contexto, ele também deve mostrar aos seus alunos, que eles estão inseridos em grupos

sociais distintos e que é necessário ter a cooperação e o respeito às diferenças.

O professor é visto também, como um agente de valores, pois de certa forma,

possui influências no comportamento e nas atitudes de seus alunos, ajudando na criação

de uma identidade própria. O professor, nessa instância, também mostra um pouco dos

seus próprios valores e escolhas e isso reflete na vida do aluno, pois muitas vezes, eles

tomam o professor como um exemplo a ser seguido, fazendo com que ele permaneça

em suas lembranças, mesmo depois do período escolar.

E também é visto como agente de inovações, pois possibilita esse contato com

as novas descobertas que surgem em determinadas épocas ou períodos históricos e os

implementa à 'cultura escolar'. Nesse período, é necessário que o professor oriente e

ajude seus alunos a refletir e se posicionar criticamente, para que haja debates em sala

de aula sobre determinados assuntos, resultando assim, em uma 'aprendizagem

cooperativa'.

Pensando nisso, planejamos o nosso projeto de docência e extraclasse e tentamos

desenvolver todas as atividades lá propostas. Durante o andamento das aulas, tivemos

que fazer algumas mudanças no planejamento, para que ele pudesse atender as reais

necessidades da turma. Em função disso, algumas aulas foram modificadas e, outras,

tiveram seu prazo de execução adiantado ou delongado. Estas aulas tratam dos seguintes

assuntos: Seria realizada a Confecção de um Painel, mas decidimos realizar a confecção

de um Varal Literário, pois vimos que o painel exigiria um espaço maior na parte

121

externa da escola e como as produções expostas eram em grande quantidade, este não

foi viável. Outra aula que foi modificada foi a aula em que iniciaríamos a produção dos

poemas, ela foi delongada devido a necessidade de uma nova correção dos exercícios de

Figuras de Linguagem, pois percebemos que os alunos ainda não haviam compreendido

certos conceitos e, consequentemente, tivemos que retomá-los. Com isso, as aulas

seguintes também foram remanejadas. Algumas aulas finais tiveram que ser acopladas

em um mesmo dia, a fim de cumprir os prazos estabelecidos no cronograma.

A maioria dos alunos, embora muito agitados e cheios de energia, cooperaram e

se dedicaram nos momentos de criação e produção, participaram das discussões

levantadas por nós e sempre estavam dispostos a ler. E nós buscamos explorar essa

característica da turma: sempre que podíamos tentávamos envolvê-los na leitura das

poesias, e isso quase sempre funcionava.

Aos poucos, fomos percebendo que era necessário fazer uma lista de quem iria

ler, pois isso organizava a dinâmica de leitura, a relação entre nós e os alunos, poupava

tempo durante as aulas e, principalmente não provocava quebra na sequência da leitura

dos textos.

Também percebemos que pequenos detalhes fazem uma grande diferença, pois

nem tudo que está esclarecido para nós, enquanto professoras, estava tão claro para os

alunos. Desde a sistematização de colocar a data, o cabeçalho da escola no quadro até a

fala, que precisou, em muitos momentos, ser colocada pausadamente e repetidamente.

Percebemos como é importante para os alunos a organização das informações.

No início, como não tínhamos experiência, não fazia diferença para nós, a forma de

utilizar o quadro, mas com o tempo, percebemos que isso era fundamental para nortear a

turma. Vimos o quanto os “detalhes”, não são realmente detalhes, pois fazem toda a

diferença.

Durante o período em que observamos a turma até no inicio da docência, vimos

que teríamos o desafio de prender a atenção deles e, por isso, ficamos em dúvida se eles

responderiam, de maneira positiva, as aulas que iríamos ministrar. Além disso, vimos

que a ausência da professora regente da turma e a entrada de uma nova professora

regente, deixou-os um pouco desnorteados, pois estavam acostumados com a

sistemática e a rotina da outra professora.

As aulas que envolveram a leitura-fruição de poemas foram muito importantes

para que os alunos entrassem em contato com o gênero trabalhado e esse contato com os

livros que eles liam durante essas aulas, permitiu um maior envolvimento no estudo dos

122

poemas, já que na hora de fazer os exercícios, alguns já estavam familiarizados e sabiam

como se estruturava uma poesia.

Na hora de criar seus próprios poemas, os alunos tiveram algumas dificuldades,

mais especificamente em relação ao tema, pois não haviam trabalhado com essa

temática anteriormente. Muitos manifestaram a vontade de escrever sobre outras

temáticas, de gosto pessoal e perguntavam-nos por que isso não era possível.

Conversando com os alunos durante a produção de suas poesias, vimos que eles,

aos poucos, iam tendo ideias que surgiram por meio das dicas que demos. E percebemos

um aprimoramento no processo da criação e escrita dos poemas.

O resultado que obtivemos foi positivo, pois os alunos produziram poesias

excelentes, que estavam de acordo com tudo o que havíamos pensado e planejado.

Desde a estrutura, abarcando rima, verso, estrofe, ritmo e as figuras de linguagem

estudadas, até a criatividade utilizada por eles para manifestarem seu olhar e amor à

escola.

Vimos que esse trabalho feito com a turma, não permaneceu apenas dentro da

sala de aula, mas foi além, pois com o Varal Literário que fizemos na área externa da

escola, muitos que lá circulavam liam, gostavam e compartilhavam os mesmos

sentimentos demonstrados nos poemas. Isso fez com que a poesia não permanecesse

restrita ao papel, mas cada um que passava por lá, levava um pouco dela consigo.

Em relação ao projeto extraclasse, também tivemos que fazer pequenas

alterações, sendo que no primeiro dia estava planejada uma oficina com material

multimídia, a qual foi substituída, pela introdução de um dos conteúdos, neste caso,

artigo de opinião.

Em geral, tanto o projeto de docência quanto o projeto extraclasse, foram bem

aceitos pela turma. Em relação ao projeto do jornal escolar (realizado como atividade

extraclasse) pudemos perceber um maior envolvimento e aceitação por parte dos alunos,

pois a participação nesse projeto se deu com os alunos que mostravam interesse em

confeccionar o jornal. Já o envolvimento dos alunos com o projeto proposto em sala de

aula, que abarcava a poesia, foi menor, pois entendemos que em uma sala com

aproximadamente 30 alunos, nem todos gostam de trabalhar com esse tema e nem todos

os alunos demonstravam engajamento com a disciplina de Língua Portuguesa. Porém,

isso não impossibilitou que a maioria deles fizesse um ótimo trabalho.

Trabalhamos com o ensino de língua em dois projetos diferentes. O projeto de

docência, que envolveu a Poesia, abrangeu o ensino de língua pautado em uma ementa

123

com conteúdo curricular, que restringiu o ensino apenas em uma temática, sendo que

trabalhamos apenas sob um foco. Já a experiência extraclasse abrangeu o ensino de

língua que transitou por diversos gêneros, mas também com um único foco: o Jornal

escolar. Nas duas experiências obtivemos bons resultados: No projeto sobre Poesias,

tivemos a leitura, escritura e envolvimento da maioria dos alunos e a aprovação da

escola e no projeto do Jornal Escolar, também tivemos a leitura e escritura e o

envolvimento de todos os alunos, bem como, a aprovação da escola.

Portanto, avaliamos positivamente ambas as atividades, pois elas

proporcionaram duas maneiras distintas de ensino e aprendizagem, tanto para nós

estagiárias que passamos pela prática docente quanto para os alunos, que foram

envolvidos nos projetos.

5 VIVÊNCIAS DO FAZER DOCENTE NO ESPAÇO ESCOLAR

Além das atividades relatadas acima, participamos de momentos indispensáveis,

em nossa opinião, que contribuem para a formação de um professor, tanto de Língua

Portuguesa quanto de outras áreas do conhecimento. É pensando nisso, que a escola

oferece ao corpo docente, a formação continuada.

Essa formação é destinada para todos os professores da escola e também para

professores de outras escolas vizinhas. É uma formação interdisciplinar, ou seja, abarca

todas as disciplinas curriculares, para que a escrita e leitura estejam presentes em todas

as áreas do conhecimento. Ela é ministrada por Terezinha Bertin, professora

especializada em Gêneros e autora de vários livros didáticos.

O foco dessa ministrante é o ensino e a aprendizagem dos gêneros textuais.

Inclusive a escola adotou os livros didáticos de autoria de Terezinha Bertin. O livro é

bem completo, com atividades diversificadas, abarcando as propostas referentes ao

conteúdo de cada ano.

Ler e escrever: compromisso de todas as áreas de conhecimento é a proposta

pedagógica assumida pela escola, iniciada em 2004 e é justamente um dos resultados e

ganhos obtidos com a formação mencionada anteriormente.

Segundo informações prestadas pela escola:

O curso ocorre em duas etapas: o módulo de Língua Portuguesa é

organizado em duas etapas: dois dias no primeiro semestre letivo e

124

dois dias no segundo semestre, totalizando 50 horas de formação por

ano para cada módulo. Dessas, 32 horas são presenciais e 18 horas não

presenciais, sendo destinadas à leitura/estudo de textos teóricos pelos

participantes e à socialização da implementação de práticas

pedagógicas inovadoras. Na segunda etapa do Curso, os professores

apresentam sequências didáticas que tenham sido desenvolvidas com

uma ou mais turmas e que tenham relação com a temática discutida

naquele ano. A análise dessa apresentação se constitui em um

importante momento de reflexão e de avaliação do próprio processo

de formação do professor e do grupo.

O projeto foi pensado pela escola, com base nas necessidades identificadas pela

equipe pedagógica, pois considera a língua “como o principal instrumento de ensino e

aprendizagem de todas as disciplinas, a quase totalidade das atividades tem como

suporte o texto, quer enquanto objeto de leituras, quer enquanto trabalho de produção”.

Pensando também nas práticas realizadas em sala de aula, o conjunto de professores

observa que:

[...] os alunos leem textos relacionados às diferentes disciplinas do

currículo para aprender seus conteúdos, sem que, de maneira geral,

alguém lhes tenha ensinado como fazer isso. É comum à grande

maioria dos professores pressupor que os alunos já saibam ler, pois já

estão alfabetizados, bastando, portanto, que se apropriem dos

conteúdos, tomando por princípio que os textos sejam

autoexplicativos.

Considerando essa observação, ainda ressalta que:

[...] pensar a leitura e a escrita como atividades interativas indica que

nossas concepções sobre os objetos e métodos de ensino precisam ser

revistas, no sentido de implementar uma outra prática pedagógica

capaz de atribuir sentido aos processos de ensinar e aprender como

atividade essencialmente humana.

Um dos aspectos que nos chamou a atenção foi essa condição de formação

continuada que os professores possuem. Isso é, sem dúvida, fundamental e de extrema

importância para a carreira docente. Não é comum vermos tal iniciativa em todas as

escolas.

Outro momento que tivemos a oportunidade de participar foi o conselho de

classe, no qual alguns professores são convidados a apresentarem suas propostas e seus

projetos de ensino, que trabalharam durante o bimestre.

Este conselho é dividido em duas etapas: uma que comporta as decisões sobre

notas e comportamento dos alunos e, outra, que se destina a apresentação dos trabalhos

125

realizados pelo professor. Cada professor convidado apresenta seu trabalho em projetor

multimídia.

Isso nos mostrou como é importante refletir sobre a prática docente, recebendo

as contribuições e opiniões dos demais professores.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante este relato, procuramos mostrar as experiências vividas no ambiente

escolar.

Consideramos todas as etapas vivenciadas durante o estágio fundamentais para

nossa formação acadêmica e docente. Com certeza é um período decisivo, pois é através

das primeiras experiências que adquirimos gosto ou não pela profissão. Essa experiência

escolar em si é muito diferente de tudo que já apreendemos na universidade. Ao mesmo

tempo em que há um distanciamento muito grande entre teoria e prática, há também

uma relação, pois agora é a hora de fazermos uso de tudo o que aprendemos. Os

conceitos, autores, termos e teorias vistas durante estes três anos e meio de graduação,

terão que efetivamente sair do papel.

Essa distância do contato com a escola faz com que nos sintamos inseguros ao

entrar pela primeira vez na sala de aula, pois somos preparados na teoria, nos conteúdos

e a prática é deixada de lado, aparece apenas durante o estágio, onde muitos de nós

entramos pela primeira vez na escola. É por isso que o primeiro contato foi difícil, pois

entramos em um universo totalmente diferente do universo acadêmico e isso nos faz ver

que há algo para se repensar na reformulação do currículo, na preparação das disciplinas

para que saiamos da universidade com a certeza de que estamos preparadas, pelo menos

inicialmente, para a escola.

Repensando sobre todas essas experiências, constatamos que tudo o que foi

vivenciado, nos permitiu expandir nossos saberes e nos trouxe um grande aprendizado.

Finalizamos mais essa etapa com um sentimento de alegria, pois essas vivências nos

permitiram experimentar um pouco do papel de um professor.

Quando entramos em sala de aula, nos deparamos com algumas dificuldades que

a profissão possui. Vimos que dar aula, não é somente transmitir conteúdos, mas

também, dedicar um longo tempo ao planejamento, a atividades extraclasses e a outras

atividades mais. E, além disso, se adequar a realidade que os alunos e a escola

apresentam. Isso fez com que nos sintamos encantadas com esse universo.

126

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http://escolabeatrizdesouzabrito.blogspot.com.br/ Acesso em: 26/05/2013 às 14h17min.

129

ANEXOS

130

ANEXO 28 – Cesta de Livros utilizada durante nossas aulas.

131

ANEXO 29 – Piada utilizada pela professora regente da turma para trabalhar a

pontuação na primeira aula do nosso período de observação.

132

ANEXO 30 - Piada utilizada pela professora regente da turma na segunda aula do

nosso período de observação.

133

ANEXO 31 - História em quadrinho utilizada pela professora regente da turma na

terceira aula do nosso período de observação.

134

ANEXO 32 - Exercício proposto pela professora regente da turma na terceira aula

do nosso período de observação.

135

ANEXO 33 - Imagem utilizada pela professora regente da turma na sexta aula do

nosso período de observação.

136

ANEXO 34 - Apresentação do trabalho sobre contos: Na foto, as integrantes do

grupo Paloma, Vitória e Karen, apresentando o conto: “Abad, Alfeu e a Caveira”.

137

ANEXO 35 - A professora Ângela comentando o trabalho do grupo.

138

ANEXO 36 - Apresentação do trabalho sobre contos. Na foto, os integrantes do

grupo: Thalia, José Pedro e Matheus Beirão, apresentando o conto: “O Macaco e a

velha”.

139

ANEXO 37 - Alguns alunos reunidos para fazer o trabalho em grupo.

140

ANEXO 38 - Cartaz feito pela professora Ângela e por nós, estagiárias de Lingua

Portuguesa, para sistematizar as apresentações dos alunos.

141

ANEXO 39 - Registro de Observação contendo os dias, horários e conteúdos

trabalhados durante o período de observação.

142

ANEXO 40 - Registro de Observação contendo os dias, horários e conteúdos

trabalhados durante o período de observação.

143

ANEXO 41 - Termo de Compromisso de Estágio Obrigatório.

144

ANEXO 42 - Termo de Compromisso de Estágio Obrigatório.