Seminário de Tupi_Caderno de Resumos

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  • Centro ngel Rama

    rea de lnguas indgenas do Brasil

    Departamento de Letras Clssicas e Vernculas

    FFLCH-USP

    I SEMINRIO "O TUPI ANTIGO E AS LNGUAS GERAIS NA

    FORMAO DA CIVILIZAO BRASILEIRA"

    Dias 27 e 28 de junho no prdio das Letras da FFLCH USP,

    na sala 107, das 11h45 s 18h00.

  • I APRESENTAO

    O I Seminrio O Tupi Antigo e as Lnguas Gerais na Formao

    da Civilizao Brasileira surgiu do esforo e necessidade que os alunos

    de graduao e ps-graduao veem em divulgar e debater as

    questes relacionadas rea. Na verdade, a necessidade tornou-se

    mais expressiva no dia 10 de maro de 2008, com a promulgao da lei

    11.645, que torna obrigatrio o estudo da histria e cultura indgena nos

    estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio pblicos e

    privados. Desde ento a tentativa de dar visibilidade e promover tais

    questes tornou-se uma inquietao da rea, e este primeiro seminrio,

    um de seus frutos.

    A inquietao no s nossa, mas de todos: ficamos muito

    felizes e realizados com o nmero de inscries, muito superior ao

    esperado. Isso prova o quanto a discusso a respeito do Tupi, do

    Nheengatu e das temticas relacionadas s culturas indgenas uma

    demanda essencial, prova a necessidade deste evento e cria a

    expectativa de um evento maior no ano seguinte. Agradecemos a todos

    que se inscreveram e a todos que assistiro s atividades. Pela

    qualidade dos resumos, acreditamos que todos podero contribuir e

    trazer novas dimenso e perspectiva para os estudos da rea.

    Aproveitamos tambm para agradecer ao apoio das instituies

    sem as quais este seminrio no poderia acontecer. Ao Centro ngel

    Rama, e Marlene Petros Angelides, que deram toda a estrutura

    necessria para a construo do evento; Pr-Reitoria de Graduao,

    que possibilitar a publicao dos anais do evento; ao grupo Leetra, ao

    Departamento de Letras Clssicas e Vernculas e UFSCAR, que por

    meio de seus professores e pesquisadores enriquecero as discusses

    do evento.

    Esperamos que estes dois dias divulguem os estudos em

    andamento e que motivem estudos novos. Temos certeza de que este

    ser o primeiro de muitos encontros.

    Comisso Organizadora

    II COMISSO CIENTFICA

    Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro, vice-presidente do Centro ngel

    Rama

    Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos, coordenadora da rea de

    Lnguas Indgenas do Brasil do DLCV FFLCH USP

    III COMISSO ORGANIZADORA

    Coordenador:

    Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro Vice-Presidente do Centro ngel

    Rama rea de Estudos da Traduo

    Prof. Antnio Fernandes Ges Neto Centro ngel Rama rea de Estudos

    da Traduo

    Prof. Joo Paulo Ribeiro Centro ngel Rama rea de Estudos da Traduo

    Prof. Juliana Flvia de Assis Loureno Campoi DLCV rea de Literatura

    Brasileira Colonial

    Prof. Renato da Silva Fonseca Centro ngel Rama rea de Estudos da

    Traduo

    Prof. Rodrigo Sant'Ana Brucoli DLCV rea de Literatura Brasileira Colonial

  • III PROGRAMAO

    QUINTA-FEIRA, 27 DE JUNHO

    12h00 Palestra de abertura

    Prof. Dr. Alfredo Bosi

    13h00 Almoo

    14h30 Contextos com a lngua guarani

    Paulo Edson, Aizza

    15h00 O tupi comparado com outras lnguas

    Roger Buono, Beatriz Negreiros Gemignani, Catherine Aparecida

    Oliveira Maia, Juliana Vignado Nascimento

    16h00 Toponmia e aspectos da cultura brasileira

    Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos, Renato da Silva Fonseca

    17h00 Estudos coloniais

    Andressa Nesi de Souza, Marcel Twardowsky vila, Beatriz Beccari

    Barreto e Brysa Delgatto Godoy

    18h00 Tupi e o ensino de lnguas

    Isadora Soares Galvanese, Luiz Moreno Guimares, Everson Carlos da

    Silva

    SEXTA-FEIRA, 28 DE JUNHO

    12h00 Palestra de abertura

    Profa. Dra. Maria Slvia Cintra Martins

    13h00 Almoo

    14h00 Literatura de viagens do sculo XVI

    Rodrigo Godinho Trevisan, Rodrigo SantAna Brucoli, Miguel Bevilaqua

    Fag, Silvio Tamaso DOnofrio

    15h00 Literatura de viagens do sculo XIX

    Edgar Tessuto Junior, Gabriela Ismerim Lacerda, Juliana Flavia de A. L.

    Campoi, Dbora Bueno Trindade

    16h00 Os impactos coloniais nas lnguas Tupis

    Ricardo Jos Luiz, Patrcia Regina Vannetti Veiga, Inau Taiguara

    Monteiro de Almeida

    17h00 Escrita indgena

    Antnio Fernandes Ges Neto, Joo Paulo Ribeiro, Renato da Silva

    Fonseca

    18h00 As lnguas indgenas nos outros saberes

    Clayton Santos Ferreira, Cau Dal Colleto Alves Tanan da Silva

  • IV RESUMOS DAS COMUNICAES

    Dia 27, 15h00 O TUPI COMPARADO COM OUTRAS LNGUAS

    Roger Buono

    Curso: Letras (habilitao: Lngua japonesa)

    Ttulo: O vocabulrio tupi e japons na obra de Luiz Caldas Tibiri

    Resumo: O estudo consiste em analisar e categorizar o vocabulrio

    nas obras "Estudo comparativo do japons com lnguas amerndias" e

    "tupi: lngua asitica" de Luiz Caldas Tibiri, levando em considerao

    a diviso do vocabulrio japons em trs grupos, a fim de apontar e

    corrigir erros na seleo das palavras.

    Beatriz Negreiros Gemignani

    Curso: Letras

    Ttulo: Comparaes lingusticas entre o tupi antigo e o japons

    Resumo: As relaes entre diferentes lnguas so assunto que ainda

    pode ser muito estudado e desenvolvido, sugerindo-se algum

    parentesco lingustico, em geral levando em considerao tambm a

    proximidade geogrfica entre os povos. As semelhanas lingusticas

    encontradas podem indicar uma origem comum dos idiomas ou apenas

    certa convergncia entre eles. Com efeito, a comparao lingustica que

    se pretende traar aqui entre dois povos que aparentemente no

    tiveram contato entre si, os tupis e os japoneses, cujos idiomas,

    entretanto, revelam caractersticas comuns. Sero apresentados alguns

    aspectos da lngua tupi antiga e da lngua japonesa que as aproximam

    por curiosas semelhanas, de forma a revelar o carter universal da

    linguagem. Entre esses aspectos, destacam-se: a ordem sinttica

    sujeito-objeto-verbo; o uso de posposies em vez de preposies, ou

    seja, partculas que sucedem os termos regidos; no nvel fontico, a

    ausncia de encontro consonantal (exceto com a consoante n); a

    ausncia de flexo de nmero, porm este pode ser construdo com o

    adjetivo et" em tupi, o qual posposto ao substantivo e ser

    empregado como se fosse morfema de flexo de plural, assim como,

    em japons, so empregados os sufixos indicadores de plural -tachi, -

    ra ou -domo. Alm desses aspectos lingusticos, sero apresentados

    outros menos significativos na estrutura lingustica desses idiomas, mas

    que tambm os assemelham, como a presena de uma marca

    morfolgica de interrogao (-pe em tupi e -ka em japons), a

    negao de substantivo, pronome ou advrbio, e o tempo nominal. Por

    fim, alm de apresentar essas semelhanas lingusticas entre o tupi

    antigo e o japons, pretende-se analisar aspectos do tupi que so

    expressos de forma diferente em japons, porm que ainda assim

    apresentam alguma semelhana. Exemplo disso a caracterstica de

    lngua incorporante que se atribui ao tupi antigo, quando se incorpora

    um tema verbal que objeto de outro verbo com mesmo sujeito,

    colocando-o entre o prefixo nmero-pessoal e o tema do outro verbo.

    Apesar de no apresentar flexo de pessoa na conjugao verbal, a

    lngua japonesa pode tambm incorporar um tema verbal em outro

    verbo, originando verbos compostos com o sentido de comear a,

    continuar a ou terminar de. Essa comparao entre o tupi antigo e o

    japons pretende ser uma investigao lingustica com o intuito de

    assemelhar ambas as lnguas, porm tambm se levar em

    considerao que algumas caractersticas intrnsecas de cada idioma

    no esto necessariamente presentes no outro idioma, como a flexo

    verbal de pessoal atestada somente pelo tupi.

    Catherine Aparecida Oliveira Maia

    Curso: Letras Portugus

    Ttulo: A questo da posse em 3 lnguas nativas: Anlise

    contrastiva de pronomes possessivos nas lnguas Tupi, Tsalagi e

    Jiwarli

  • Resumo: Traarei um paralelo/comparao entre 3 lnguas nativas de

    diferentes pases (Tupi-Brasil/Tsalagi-Amrica do Norte/Jiwarli-

    Austrlia), tendo como objetivo a investigao do uso dos pronomes

    possessivos quando a questo so elementos da natureza. Cada lngua

    reflexo da prpria cultura. Gostaria de apontar as similaridades ou

    diferenas entre essas culturas, tendo como prisma, o aspecto

    lingustico.

    Juliana Vignado Nascimento

    Curso: Letras Lingustica

    Ttulo: Numerais em Lngua Karitiana e em Lngua Tupi:

    Semelhanas e Diferenas

    Resumo: O karitiana uma lngua indgena brasileira pertencente ao

    tronco Tupi e nica sobrevivente da famlia Arikm, existem em torno de

    400 falantes que vivem em uma reserva prxima a Porto Velho -

    Rondnia. Seu sistema numrico composto de unidades de 1 a

    3(myhint, sypomp e myjymp respectivamente), o 4(otadnamynt)

    derivado de ota outro e o 5(yjpyt )de py mo, os demais numerais so

    compostos por estes numerais bsicos.(cf. MULLER et al 2006). Nesta

    lngua os numerais ocorrem em posies adverbiais e acontecem

    sempre com o sufixo oblquo t, caracterstica tpica de advrbios. Estes

    entre outros fatos me levam a crer que estes elementos so adjuntos

    adverbiais, porm minha pesquisa est em andamento e ainda

    preciso coletar mais dados a fim de afirmar a impossibilidade de seu

    carter adnominal. O tupi antigo possui quatro unidades: 1 (oep), 2

    (mok), 3 (mosapyr) e 4 ([oo]irundyk), conta-se at quatro e acima

    disso faz-se circunquilquios que exprimam a quantidade em questo.

    Por exemplo, para expressar a quantia dez eles diziam xe p minhas

    mos e para dizer 20 diziam xe p xe py minhas mos e meus ps.

    Tambm usava-se a partcula n mostrando o nmero de dedos

    equivalente quantia que pretendia-se expressar. Os numerais em Tupi

    antigo ocorrem no sintagma nominal, antepondo-se ou pospondo-se ao

    nome a que se referem. De maneira que so adjuntos adnominais. ( cf.

    NAVARRO, 2004)

    O mote deste trabalho 1) apresentar ambos sistemas numricos;

    2)realar semelhanas e diferenas na classe dos numerais das lnguas

    elencadas; 3) atentar brevemente s maneiras distintas que as lnguas

    naturais podem recorrer para expressar a noo de quantidade (cf. GIL,

    1984); 4) apresentar a anlise e os dados de maneira acessvel ao

    pblico no linguista. Portanto, pretende-se fazer uma breve

    comparao entre o sistema numrico Karitiana e o sistema numrico

    do Tupi antigo que se justifica em 1) demonstrar que os numerais

    ocorrem de diversas maneiras nas lnguas naturais; 2) difundir

    informaes sobre sistemas numricos indgenas brasileiros.

    Dia 27, 16h00 TOPONMIA E ASPECTOS DA CULTURA

    BRASILEIRA

    Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos Coordenadora da rea de Lnguas Indgenas do Brasil do DLCV FFLCH USP Apresentao e discusso sobre a rea de estudos das lnguas indgenas na Universidade.

    Renato da Silva Fonseca

    Curso: Letras

    Ttulo: A influncia do movimento das bandeiras na toponmia

    paulista

    Resumo: O movimento das Bandeiras paulistas, tanto por terra, pela

    mata virgem, como por gua, atravs do porto de Araraitaguaba (atual

    cidade de Porto Feliz) foi um dos responsveis pelo curso que a histria

    brasileira tomou no que se refere formao geogrfica e lingustica.

    As marcas deixadas por esses movimentos em direo ao serto da

    terra inexplorada no se identificam somente nos antigos documentos e

  • livros de histria. Os topnimos paulistas, de idade colonial e recentes,

    remetem a esse captulo da histria do Estado. No somente os nomes

    em portugus que se referem a esse perodo; os na lngua indgena

    tambm o fazem, visto que o homem bandeirante era falante da Lngua

    Geral Paulista (tupi) e por vezes nomeava os lugares pelos quais

    passava nesse idioma ou apenas preservava o nome dado pelo ndio. O

    presente trabalho tem por objetivo uma investigao onomstica dos

    nomes relacionados com os movimentos bandeiristas, a histria, o

    significado e a motivao, relacionando-os ou no com estes homens

    to importantes para o quadro histrico e geogrfico do Brasil.

    PALAVRAS-CHAVE: influncia; bandeira; toponmia; paulista.

    Dia 27, 17h00 ESTUDOS COLONIAIS

    Andressa Nesi de Souza

    Curso: Letras (Lingustica/Portugus)

    Ttulo: Epistolografia de Jos de Anchieta: um olhar sobre o tupi

    antigo

    Resumo: A epistolografia de Anchieta bastante rica em quantidade e

    na riqueza dos assuntos tratados e descritos a outros Irmos da

    Companhia de Jesus a respeito da vida indgena, costumes e f.

    Buscar-se-, dentro de uma perspectiva historiogrfica e por meio de

    um levantamento e leitura atenta dessas cartas, sobretudo a Igncio de

    Loyola, observar a descrio e tratamento de Anchieta acerca do tupi

    antigo, uma vez que de sua autoria a primeira gramtica publicada

    sobre essa lngua, uma das razes do povo brasileiro e que por alguns

    sculos foi a mais falada em terras da ento maior colnia de Portugal.

    Marcel Twardowsky vila

    Curso: Letras

    Ttulo: As lnguas gerais nos relatos das viagens de Francisco

    Jos de Lacerda e Almeida (1780-1789) e de Theotnio Jos

    Juzarte (1769-1771)

    Resumo: Tem sido aceita a diviso histrica e territorial entre trs

    lnguas gerais provenientes de idiomas da famlia Tupi-Guarani, que

    tiveram importante papel nas comunicaes intertnicas da Amrica do

    Sul colonial, e que foram, ou ainda so, utilizadas em parte do territrio

    brasileiro: a lngua geral amaznica (ou do norte), a lngua geral paulista

    (ou meridional, ou austral) e o guarani. Existem ainda muitos aspectos

    obscuros quanto histria social dessas lnguas: qual a origem

    delas? Quais idiomas indgenas pr-coloniais influenciaram em suas

    formaes? Qual o territrio em que eram utilizadas no perodo

    colonial? Qual era o nmero de falantes dessas lnguas? As respostas

    s questes acima so especialmente nebulosas no que diz respeito

    lngua geral paulista, muito menos documentada do que suas irms.

    histria deste idioma, nico dos trs j extinto, soma-se a questo: at

    quando esta lngua foi utilizada?

    As leituras de crnicas e documentos de viagens do sculo XVIII podem

    fornecer alguns indcios que ajudem na conceitualizao histrica

    dessas lnguas gerais. A partir dos relatos de viajantes como Francisco

    Jos de Lacerda e Almeida (1780-1789), e do Sargento-Mor Theotnio

    Jos Juzarte (1769-1771), pode-se esboar algumas especulaes

    histricas e, principalmente, formular novas questes que direcionem

    frutferos estudos nessas reas. Lacerda e Almeida participou de

    grande viagem para coleta de dados astronmicos que ajudassem nas

    delimitaes das fronteiras brasileiras, percorrendo grande parte da

    Amaznia, do Centro Oeste e do interior paulista. Theotnio Jos

    Juzarte viajou pelo interior de So Paulo e por parte do territrio

    atualmente contido no estado do Mato Grosso do Sul, em expedio

    com objetivo de povoar o serto para garantir a posse portuguesa sobre

    essas terras. Seus relatos so de extrema importncia para a histria

  • da toponmia de origem Tupi do interior brasileiro, sobretudo do interior

    paulista. Alm disso, os viajantes do indcios de que havia ainda

    falantes de lngua geral no estado de So Paulo, na segunda metade do

    sculo XVIII, e instigam questes a respeito de possveis zonas de

    contato entre as trs lnguas gerais supracitadas, principalmente no que

    hoje constituem os estados de Rondnia, Mato Grosso e Mato Grosso

    do Sul. Colocam-se, assim, algumas dvidas quanto aos limites de

    validao das divises histrico-metodolgicas dessas lnguas gerais.

    Beatriz Beccari Barreto e Brysa Delgatto Godoy

    Curso: Engenharia Ambiental, Escola Politcnica, e Letras

    Ttulo: A significao da Natureza em Tupi: A Histria da Evoluo

    da Taxonomia e da Nomenclatura Popular Botnica e Animal do

    Brasil

    Resumo: No velho mundo, o conhecimento estava bastante centrado

    em Universidades. Com a descoberta da Amrica, houve uma

    imigrao de pessoas pertencentes a outras reas, que acabaram

    desenvolvendo conhecimento sobre assuntos que antes no estavam

    em seus domnios.

    No caso da colnia brasileira, o que bastante impressionava os colonos

    era fauna e a flora brasileira, sendo descritas na obra de Anchieta, e

    mais tarde esmiuada por estudiosos como Willian Piso, George

    Marcgrave e Carlos Lineu. Assim, para efeito de estudo, analisou-se a

    evoluo da taxonomia e da nomenclatura vinda das lnguas indgenas,

    registrada pelos jesutas e eternizada na cincia posteriormente.

    Dia 27, 18h00 O TUPI E O ENSINO DE LNGUAS

    Isadora Soares Galvanese

    Curso: Letras

    Ttulo: Na boca a pipoca; o tupi na escola!

    Resumo: Desde 2008, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional) prev a obrigatoriedade do estudo da histria e cultura afro-

    brasileira e indgena nas escolas do pas. O presente artigo tem como

    objetivos discutir, brevemente, essa deliberao e propor um plano de

    aulas para professores do Ensino Fundamental II e Ensino Mdio, com

    enfoque na grande influncia do tupi na formao de nosso vocabulrio.

    Luiz Moreno Guimares

    Ttulo: Uma pequena contribuio vinda do perspectivismo

    amerndio para o ensino de tupi antigo

    Resumo: O objetivo central desta apresentao trazer uma pequena

    contribuio para o ensino do tupi antigo, vinda de meu contato com a

    obra do antroplogo Viveiros de Castro. Para isso, trabalharemos na

    interface entre dois campos: por um lado, examinando como se d o

    ensino de tupi antigo, levando em considerao algumas propostas de

    ensino (principalmente a gramtica de Jos de Anchieta e o mtodo do

    professor Eduardo Navarro); por outro, retomando algumas anlises do

    antroplogo Viveiros de Castro acerca do pensamento amerndio.

    Nossa questo saber se, ao aprender uma lngua, aprende-se

    tambm algo da forma prpria de pensar do povo que a fala ou a

    falava? Ou se, ao contrrio, apenas nos esforamos para colonizar

    linguisticamente o outro com nossa forma de pensar? Em outros

    termos, quando podemos dizer que aprender uma lngua um exerccio

    de alteridade?

  • O ensino de uma lngua, sobretudo o tupi antigo, pautado na ideia de

    sinnimos isto , supondo que h duas palavras (uma de cada lngua)

    que designam o mesmo referente (algo supostamente exterior a lngua)

    mostra-se particularmente problemtico, isso porque no pensamento

    amerndio no so s as palavras que mudam, mas as prprias coisas

    se alteram sofrem metamorfoses. O ensino pautado no sinnimo

    pressupe que h uma natureza una e imutvel exterior linguagem; e

    o pensamento amerndio parece estar na contramo desse

    pressuposto. nesse sentido que a epgrafe do livro A inconstncia da

    alma selvagem de Viveiros de Castro a seguinte frase de Italo

    Calvino: De todas as mudanas de linguagem que o viajante deve

    enfrentar em terras longnquas, nenhuma se compara que o espera

    na cidade de Ipsia, porque a mudana no concerne s palavras, mas

    s coisas. E aprender uma lngua qualquer lngua no exige uma

    viagem para Ipsia? Em suma, a difcil questo que proponho e que

    certamente s conseguirei tangenciar : como transmitir, ao se

    ensinar uma lngua, essa outra forma de pensar onde as prprias coisas

    se alteram?

    Everson Carlos da Silva

    Ttulo: Redescobrindo a lngua braslica

    Resumo: Diante do desconhecimento de grande parte dos brasileiros

    acerca da influncia da lngua tupi na formao da brasilidade o projeto,

    Redescobrindo a Lngua Braslica, se prope em trazer aos cidados

    paulistanos interessados o conhecimento desta lngua que se encontra

    presente por todos os cantos do municpio de So Paulo, nos nomes de

    ruas e avenidas, bairros, localidades geogrficas e estaes de metr.

    Para os interessados no aprendizado desta lngua, decifrar seus

    significados parece algo similar ao trabalho de um detetive ou

    arquelogo.

    Uma caracterstica marcante da lngua tupi sua capacidade

    aglutinante, onde uma frase inteira pode ser dita em apenas uma

    palavra, sem a necessidade do uso de artigos ou flexes de gnero e

    nmero, a exemplo da palavra Paranapiacaba, juno que significa

    lugar de onde se v o mar, ou Caapava, que significa lugar de

    travessia da mata. Esta lngua, to presente em nosso dia-dia,

    apresenta uma gramtica dividida em fonologia, morfologia, taxionomia

    e sintaxe. A partir do trabalho semestral pretendemos junto dos

    estudantes do curso, produzir livros e CDs para serem usados como

    material didtico-pedaggico na rede municipal de ensino de So Paulo.

    O projeto pretende contribuir com Lei Federal n 11.645 de 10 de maro

    de 2008, apoiada no artigo 215 da Constituio Federal, que passa a

    incluir no currculo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

    temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena. Assim, sendo

    direcionada a formao de professores do ensino mdio, o projeto

    Redescobrindo a Lngua Braslica pretende abordar a influncia da

    lngua e cultura tupi na formao da brasilidade, a tabuada da

    civilizao brasileira nas palavras de Afrnio Peixoto.

    Dia 28, 14h00 LITERATURA DE VIAGENS DO SCULO XVI

    Rodrigo Godinho Trevisan

    Curso: Portugus / Lingustica

    Ttulo: Anlise toponmica acerca do nascimento do rio So

    Francisco e da descrio de sua costa at o rio Sergipe luz de

    Gabriel Soares de Souza em tratado descritivo do Brasil em 1587

    Resumo: O relato de Gabriel Soares de Souza uma das fontes

    documentais mais ricas do sculo XVI a respeito da colnia portuguesa

    no Brasil. A sua importncia se estende influncia exercida em outros

    viajantes que almejavam a concesso real de honras mercs para as

    empreitadas em terras de alm-mar, tornando-se o pedido de Soares de

    Souza corte um exemplo a outros exploradores. A escolha dessa obra

  • se justifica devido fartura de topnimos nela arrolados e riqueza em

    pormenores dos trechos ao longo da costa brasileira nela declarados. O

    rio So Francisco como escopo deste trabalho explica-se por Gabriel

    Soares de Souza ter recebido como concesso real o ttulo de capito-

    mor e governador da conquista do rio So Francisco, e essa regio ser

    o principal alvo de sua concupiscncia.

    O objeto de estudo desta pesquisa so os seguintes excertos, contidos

    na obra Tratado descritivo do Brasil em 1587, de Gabriel Soares de

    Sousa, na parte intitulada Roteiro Geral, em que declara a costa

    brasileira do rio Amazonas ao rio da Prata: Que trata da grandeza do rio

    de So Francisco e seu nascimento e em que se declara a costa do rio

    de So Francisco at o de Sergipe. Com essa delimitao, o objetivo

    deste projeto consiste em investigar se os topnimos arrolados por

    Gabriel Soares de Souza no sculo XVI nascente de rio, rio, riacho,

    enseada ainda conservam a mesma nomeao no sculo XXI. Em

    suma, pretende-se averiguar se a nomeao a esses recursos hdricos,

    elementos da natureza, tende a permanecer estvel por longos

    perodos de tempo.

    Rodrigo SantAna Brucoli

    Curso: Mestrado em Literatura Brasileira Colonial

    Ttulo: Utopia e anti-utopia nos dirios de conquista do sculo XVI

    Resumo: A retratao do ndio da Literatura de Viagens do sculo XVI

    constituiu um impasse entre a viso utpica e anti-utpica do mundo

    novo, entre o histrico e o mtico. A viso utpica j aparece nas bulas e

    tratados anteriores conquista da Amrica, baseada santo Toms de

    Aquino, que postula a teoria da excelncia do estado natural, e o statu

    innocentiae do homem sem contato com a civilizao. Esta viso est

    na base do conceito de gentio, corrente durante a primeira metade do

    sculo XVI, que v no ndio um cristo adormecido que, pela

    catequizao, se deve despertar. Corrobora com o conceito de

    gentilidade a viso do paraso terrenal, segundo os quais Amrica traz a

    possibilidade de retornar Idade do Ouro e construir uma nova

    civilizao catlica. Colombo e Vespcio j anunciam em suas crnicas

    que a viso da natureza d indcios de que ao menos esto prximos

    do paraso terrenal.

    A viso do paraso articulada gentilidade ser questionada pelos

    textos produzidos a partir da dcada de 1540, que tm perspectiva anti-

    utpica. Frei Gaspar de Carvajal (1542), Andre de Thvet (1557), Hans

    Staden (1557) e Jean de Lry (1578) trazem temas como a fora

    guerreira dos indgenas, a religiosidade indgena e a antropofagia ritual.

    Neste momento, por meio de autores no portugueses, as dificuldades

    da imposio cultural e conquista so expostas, trazendo tona tanto a

    fora do ndio que no quer se submeter quanto a dificuldade do

    europeu em lidar com universo to distinto do seu. Estes conceitos

    sero por meio das xilogravuras presentes no dirio de Hans Staden e

    sua releitura feita por De Bry. Na anlise veremos como os franceses,

    mais fortemente vinculados ao humanismo renascentista, tm na

    alteridade uma porta para o relativismo cultural, e como as alegorias

    dos indgenas so permeadas de eurocentrismo, utilizando a

    antropofagia ritual como argumento pr colonizao das almas.

    Miguel Bevilaqua Fag

    Curso: Letras

    Ttulo: Antropofagia Tupi

    Resumo: Proponho um trabalho que consista na comparao de

    relatos sobre a prtica do canibalismo ritual entre ndios Tupi, descrita e

    interpretada nas Histrias de Jean de Lry e Hans Staden e nos

    Tratados de Gabriel Soares de Sousa e Ferno Cardim. O ensaio

    buscar traar a viso dos viajantes e pensadores renascentistas sobre

    a antropofagia e levantar o lxico do Tupi Antigo relacionado ao tema.

  • Silvio Tamaso D'Onofrio

    Curso: Ps-Graduao em Histria Social FFLCH USP

    Ttulo: Na alvorada do Brasil: o caso Jos de Anchieta

    Resumo: Pe. Jos de Anchieta meno obrigatria no estudo de

    lnguas gerais e tupi, nos alvores do Brasil. Desde novio, atua pelo

    prisma da formao: estuda a lngua tupi, gramaticaliza-a, verte o

    catecismo e acultura aborgenes e imigrantes.

    Escrevendo em quatro idiomas, historia, faz teatro, poesia e cartas,

    iniciando a literatura brasileira em benefcio da alma do gentio e da

    nao que se erigia.

    Dia 28,15h00 LITERATURA DE VIAGENS DO SXULO XIX

    Edgar Tessuto Junior

    Curso: Mestrado em Literatura Brasileira

    Resumo: O ndio (assim como a Selva Amaznica do "baixo

    amazonas" - na terminologia do prprio Ingls de Sousa, que envolve a

    regio de bidos no Centroeste do Par) faz parte do meio que

    determina a ao do homem em seus romances naturalistas de

    costumes, a dizer, O cacaulista, O coronel Sangrado, Histria de um

    pescador (da trade "Cenas da Vida Amaznica" - outra denominao

    do autor) e O missionrio, e em seu livro de contos Contos

    Amaznicos.

    Em sua obra possvel captar admirvel fotografia da selva e da

    sociedade de que fazem parte os ndios - ainda que com papel marginal

    na sociedade, em decorrncia da viso do progresso cientificista do

    positivismo da poca. Mas da qual se pode extrair verdadeiro

    testemunho mitolgico de crenas e costumes selvagens, no meio do

    quais os enredos de sua obra so tecidos, expondo, assim, a

    peculiaridade da regio amaznica no que condiz sua realidade, ao

    cabo do sculo XIX.

    Gabriela Ismerim Lacerda

    Curso : Mestrado em Literatura Brasileira

    Ttulo: O selvagem: nheengatu e identidade nacional

    Resumo: Entre as crticas feitas por Silvio Romero a O selvagem

    (1876), de Couto de Magalhes, figura a de que, por conter muitos

    assuntos distintos, os estudos seriam mais aproveitados se fossem

    publicados em trs livros independentes: um contendo o curso de lngua

    geral segundo o mtodo Ollendorf, outro que abordasse as questes de

    etnologia, e ainda um terceiro em que estaria presente a coletnea de

    literatura oral em nheengatu.

    Ressalta-se queO selvagem consiste na reimpresso de brochura

    intitulada Regio e raas selvagens do Brasil (1874) acrescida da

    gramtica e dos contos indgenas. Alm de situar o autor entre as

    discusses correntes na sua poca, discutir-se-o os objetivos que o

    levaram a condensar estudos aparentemente distintos em apenas um

    s volume.

    Juliana Flavia de A. L. Campoi

    Curso: Mestrado em Literatura Brasileira

    Ttulo: Literatura literatura, e Histria histria? As narrativas em

    nheengatu

    Resumo: Os dirios que registram a Amaznia no sculo XIX,

    diferentemente da literatura que os precede na tradio colonial, para

    alm de uma motivao documental lingustico-antropolgica, tm

    tambm a funo de registrar os costumes e valores dos povos

  • indgenas por meio da construo literria. Carregados de informaes

    cientficas, de espao e de memria, esses textos influenciaram a partir

    de uma literatura de informao a construo de uma literatura

    nacional, que corroborou na constituio de uma intencional identidade

    brasileira. Literatura esta que amplia o universo dos ideais romnticos e

    contribui para o entendimento de um processo de contato de culturas

    diversas. Tratando-se a temtica indgena no a partir de sua

    reconstituio hipottica, mas pelo registro de suas prprias narrativas,

    atribuindo-as sob leitura de seus povos e culturas indgenas

    especficos. Abrindo-se, deste modo, novas fontes para a pesquisa.

    Dbora Bueno Trindade

    Curso: Letras - Portugus e Francs

    Ttulo: Vermelho Brasil

    Resumo: Tendo como ponto de partida o romance Vermelho Brasil

    (Rouge Brsil), de Jean-Christophe Rufin, esse trabalho visa analisar a

    maneira como essa narrativa de fico aborda algumas prticas

    culturais dos ndios da costa do Brasil na regio onde foi empreendida a

    Frana Antrtica. Pretendendo realizar essa anlise de forma

    comparativa com relatos reconhecidos como fontes histricas, o

    interesse desse levantamento observar a forma como a cultura tupi

    chega atravs dessa obra a um grande pblico estrangeiro, j que esse

    romance teve sucesso de venda na Europa e recebeu uma adaptao

    televisiva.

    Dia 28, 16h00 OS IMPACTOS COLONIAIS NAS LNGUAS TUPIS

    Ricardo Jos Luiz

    Curso: Tupi Antigo I

    Ttulo: Histria da Resistncia Indgena - Invaso e Escravizao

    na Regio Sudeste da Amrica Portuguesa no sculo XVI

    Resumo: Estimagtizados como agentes passivos no episdio histrico

    da invaso lusitana e escravizao indgena no Brasil colonial do sculo

    XVI, recorro neste ensaio a fontes documentais da fase inicial colonial e

    a historiografia moderna, para melhor compreenso dos brasis e seu

    movimento de resistncias, a exemplo da Confederao dos Tamoios,

    movimento de revoltas e alianas entre povos indgenas do tronco

    lingustico tupi, lideradas pelos Tupinambs em congregao com os

    Goitacases, Aimors e Temimins junto a tribos do Vale do Paraba na

    Capitania de So Vicente contra os colonizadores portugueses e

    franceses.

    Patrcia Regina Vannetti Veiga

    Curso: Mestranda em Lnguas Indgenas/ Lingustica UNICAMP

    Ttulo: Os diferentes significados lingustico-culturais do

    nheengatu

    Resumo: As relaes entre a lngua e a cultura dos povos indgenas

    so indagadas de diferentes formas nos debates lingustico-

    antropolgicos. Esta exposio far uma discusso sobre os impactos

    das lnguas gerais, mais especificamente, do nheengatu, nos usos das

    lnguas indgenas no perodo colonial brasileiro, a partir da reflexo

    sobre os significados culturais da lngua ancestral para os seus falantes.

    A lngua nheengatu expressa, na sua prpria formao e estrutura

    lingustica, as relaes entre uma lngua indgena - o Tupinamb do

    Maranho - e o portugus, consequncias de contatos no apenas

    lingusticos. Nos dias de hoje, alguns grupos da Amaznia,

    principalmente os da etnia Bar, consideram o nheengatu a sua lngua

    prpria, outras etnias, usam o nheengatu como primeira lngua, fato que

    envolve diferentes questes lingustico-culturais e polticas.

  • Inau Taiguara Monteiro de Almeida

    Curso: Filosofia

    Ttulo: A diferena entre as vises de mundo dos falantes de tupi,

    portugus e nheengatu expressas nas relaes de posse

    permitidas por suas lnguas

    Resumo: Diz-se que o nheengatu o portugus falado com palavras

    em tupi. Porm, vale dizer tambm que o nheengatu no nem o tupi

    nem o portugus. O tupi uma lngua extinta enquanto o nheengatu

    ainda falado por comunidades ribeirinhas no mdio e alto rio negro. A

    relao do portugus com o nheengatu de diglossia, pois o portugus

    ocupa cada vez mais espaos comunicativos nestas regies em

    detrimento do nheengatu. Ambos, o tupi e o portugus, so sistemas

    lingusticos complexos e abrangentes, enquanto que o nheengatu

    uma lngua geral, simplificada devido a sua origem funcional de

    possibilitar a comunicao entre interlocutores de sistemas referenciais

    lingusticos diferentes. Assim, o nheengatu uma lngua que

    intermedeia duas posies distintas, sem tender a nenhuma delas, e

    que nasce do contato entre as culturas portuguesa e indgena.

    Dia 28, 17h00 ESCRITA INDGENA

    Antnio Fernandes Ges Neto, Joo Paulo Ribeiro, Renato da Silva

    Fonseca

    Curso: Letras

    Ttulo: A dimenso social das grafias do nheengatu

    Resumo: Este artigo prope uma anlise das grafias do nheengatu sob

    uma perspectiva histrica. O cotejo de diferentes fontes visa a elencar,

    ainda que de modo preliminar, motivaes internas e externas lngua,

    que possam ter condicionado os diferentes autores a propor uma grafia

    e, em alguns casos, uma ortografia para o nheengatu. Os resultados

    fornecem uma viso panormica sobre as diferentes tradies

    constitudas ao longo de sculos de documentao e permitem a

    proposio de apontamentos acerca das atuais prticas de escrita

    realizadas, sobretudo, pelas populaes do Alto Rio Negro, em parceria

    com outros agentes da regio.

    A partir desta anlise preliminar, outras indagaes surgem: o advento

    da escrita est interligado a mudanas scio-econmicas e, neste

    processo, os hbitos de uma comunidade se sobrepem aos de outras?

    Frequentemente, acredita-se que a escrita fornece os meios para se

    separar o texto, fixando seus significados. Isto pode ser demarcado

    historicamente, em algumas grafias do nheengatu? As grafias do

    nheengatu esto, na maioria das vezes, ligadas a projetos de expanso

    do domnio poltico e cientfico sobre um territrio ou ligadas aos

    interesses das comunidades falantes da lngua? Estas sero questes a

    serem discutidas ao longo da comunicao.

    18h00 AS LNGUAS INDGENAS NOS OUTROS SABERES

    Clayton Santos Ferreira

    Curso: Geografia

    Ttulo: Uma reflexo sobre o modo de vida dos diversos tipos

    sociais que participam da formao do povo brasileiro: tcnicas,

    manejo dos recursos do meio ambiente, qualidade de vida,

    progresso e trabalho

    Resumo: O objetivo desse trabalho fazer uma reflexo dos diversos

    tipos sociais presentes na formao da sociedade brasileira e seus

    modos de vida. E que aos poucos foram sendo suprimidas pelo

    progresso mas no sem resistncia. Assim, iremos construir uma

    reflexo sobre a palavra abstrata trabalho. Tambm exporemos uma

    reflexo sobre as comunidades quilombolas e seus tipos de uso da

  • terra. Explicaremos os diversos ciclos econmicos que levaram a nossa

    sociedade para o mundo do trabalho e para o consumismo.

    Assim tentaremos explicar as leis do Estado para criao das reservas

    florestais, as demarcaes de terras indgenas e quilombolas. A

    proibio de prticas indgenas como a coivara e o uso do timb com o

    pretexto de proteo do meio ambiente. Dentro da exposio da

    reflexo sobre a formao social brasileira iremos expor a influncia do

    tupi na culinria,nos nomes dos lugares,no folclore,nas lendas,nos

    conhecimentos medicinais. Falaremos da lngua geral do Amazonas

    .Nos conhecimentos e prticas de manejo da floresta por parte dos

    ndios e que os quilombolas conseguiram assimilar.

    Cau Dal Colletto Alves Tanan da Silva

    Curso: Histria

    Ttulo: Dilogos na fronteira dos saberes: introduo a aspectos de

    lngua, antropolgicos, arqueolgicos e histricos sobre os povos

    indgenas

    Resumo: Encarando o vis transdisciplinar como o que parece mais se

    adequar aos estudos sobre culturas indgenas, necessrio utilizar-se

    ao mesmo tempo de uma vista panormica e particular, mesclando a

    horizontalidade de um mtodo comparativo (por analogias) com a

    verticalidade de uma reflexo crtica. Para isso, faz-se coerente munir-

    se de mtodos de diferentes reas do conhecimento como o estudo de

    lnguas, a antropologia, a arqueologia e a histria.

    O objetivo principal desta apresentao expor alguns debates dessas

    reas mencionadas que permitam a reflexo sobre assertivas a respeito

    de vrios povos indgenas (e paleoindgenas), sua definio e

    caractersticas de seus costumes. Nesse sentido, ser evidenciado o

    carter poltico que envolve certas categorizaes.