Seminário Volt transporte de massa

download Seminário Volt transporte de massa

of 24

Transcript of Seminário Volt transporte de massa

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    1/24

    VoltametriaVoltametria

    Reaes controladas por transporte de massa

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    2/24

    Reaes controladas por transporte de massa

    Num processo faradaico ocorrendo na superfcie de um eletrodo, por exemplo,

    a reduo de ons Cd2+ a Cd0, qual seria a velocidade da reao:

    Pela lei de Faraday sabemos que: )...( doseletrolizamolNnF

    Q!

    nF

    ismolv

    !

    ).(

    1

    Como i=dQ/dt, temos que dN/dt = v, a velocidade da reao em moles/seg

    dada por:

    Cd2+ + 2e- Cd0

    Ou ainda, se quisermos a velocidade em mol/s.cm-2, temos que tomar a

    densidade de corrente, j = i/A, onde A = rea do eletrodo, portanto:

    nF

    j

    nFA

    icmsmolv !! )..( 21

    Veremos agora somente processos onde a velocidade da reao controlada

    por transporte de massa, ou seja, o transporte de matria (reagente) at a

    superfcie do eletro a etapa determinante da reao:

    tmvnFA

    i

    v !!

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    3/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    4/24

    Equao de Nernst-Planck:

    O transporte de massa do seio da soluo at a superfcie do eletrodo ao longo

    do eixo x, perpendicular superfcie do eletrodo, dado por:

    Ji(x) = fluxo (mol.s-1.cm-2) da espcie i na distncia x do eletrodo;

    Di = coeficiente de difuso (cm2.s-1) da espcie i;

    Ci = concentrao da espcie i;

    v(x) = velocidade do elemento de volume se movendo ao longo do eixo x

    (cm/s);

    )1.2)...(()()(

    )( xvCx

    xCD

    RT

    Fz

    x

    xCDxJ iii

    iiii

    x

    x

    x

    x!

    J

    x

    x

    Cix

    x)( = gradiente de concentrao da espcie i na distncia x;

    x

    x

    x

    x )(J= gradiente de potencial.

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    5/24

    Transporte de massa em estado estacionrio

    Tomemos a seguinte reao de catodo:

    Na ausncia de migrao temos:

    0

    )(!

    xx

    wx

    Otm

    x

    x

    Cv

    mO = coeficiente de transporte de massa;

    C*O = concentrao de O no seio da soluo

    O + ne- R

    )2.2)].....(0([ * !! xCCmvOOOtm

    )4.2]....()0([ *RRRtm CxCmnFA

    iv !!!

    medida que a reao prossegue, R est sendo produzido, portanto:

    )3.2)]....(0([ * !!! xCCmnFA

    iv

    OOOtm

    Se no existir R na soluo:

    )5.2)....(0( !!! xCmnFAi

    v RRtm

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    6/24

    Transporte de massa em estado estacionrio

    Perfis de concentrao da espcie O

    num eletrodo. X = 0 corresponde

    superfcie do eletrodo:1) Corresponde a Eap tal que CO (x=0)

    C*O;

    (1) Corresponde a Eap tal queCO (x=0) } 0 e i = il, corrente limitede difuso.

    A maior velocidade de transporte de

    massa ocorre quando CO (x=0)

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    7/24

    Transporte de massa em estado estacionrio

    A corrente i que flui no sistema ser sempre menor ou igual a i l de modo que:

    Ou seja, quando i = il, CO(x=0) = 0, portanto:

    lO

    O

    ii

    CxC !! 1)0(

    *

    )7.2....()0(O

    lO

    nFAm

    iixC

    !!

    Se as velocidades de transferncia de eltrons na interfase eletrodo/soluo

    so rpidas, pode-se dizer que CO(x=0) e CR(x=0) so as concentraes de

    equilbrio da espcie eletroativa na forma oxidada e reduzida, respectivamente.

    Portanto, podemos aplicar a equao de Nernst ao sistema e teremos:

    )8.2....()0(

    )0(ln

    !!

    !xC

    xC

    nF

    RTEE

    R

    Oo

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    8/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    9/24

    Derivao das curvas i vs Eap

    a) Caso em que R se encontra inicialmente ausente, C*R=0

    Notar que quando i=il/2, Eap = E1/2 =

    potencial de meia onda

    )11.2....(ln2/1R

    Oo

    m

    m

    nF

    RTEEE !!

    E1/2 independe das concentraes de

    O e R, portanto, caracterstico do

    sistema ou par O/R, logo:

    )12.2....(ln2/1

    !

    i

    ii

    nF

    RTEE l

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    10/24

    Derivao das curvas i vs Eap

    b) Caso em que ambos, O e R, esto presentes

    Considerando Ilc = corrente limite catdica e ila= corrente limite andica, temos:

    )13.2....(*

    RRla CnFAmi ! )14.2....()0(R

    laR

    nFAm

    iixC

    !!

    )15.2....(lnln

    !

    la

    lc

    R

    Oo

    ii

    ii

    nF

    RT

    m

    m

    nF

    RTEE

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    11/24

    Transporte de massa por migrao e difuso

    Seja um espcie numa soluo em dois pontos, s e r, cuja distncia que ossepara infinitezimal. A Figura abaixo ilustra como so os potenciaiseletroqumicos nestes dois pontos.

    Um fluxo Ji poder surgir em funo de diferenas (gradiente) nas atividades

    da espice i em r e s ou por diferena (gradiente) de potencial entre esses dois

    pontos. Portanto:)16.2....(

    iiJ Qw

    Para transporte de massa linear temos:

    Para transporte de massa retangular temos:

    )17.2....(x

    ix

    x!

    )18.2....(z

    kjix

    x

    x

    x

    x

    x!

    yxI, j, k, so os vetores unitrios ao longo

    dos eixos x, y e z, respectivamente.

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    12/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    13/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    14/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    15/24

    O efeito da adio de um eletrlito suporte

    Outro exemplo: efeito da adio de KNO3 nas correntes limitespara a reduo de Pb(II) a Pb0

    KNO3/mol.L-1 Corrente limete/QA

    0 17,6

    0,0001 16,20,0002 15,0

    0,0005 13,4

    0,001 12,0

    0,005 9,8

    0,1 8,45

    1,0 8,45

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    16/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    17/24

    Condies de contorno em sistemas eletroqumicos

    O sistema modelo a ser seguido diz respeito a seguinte reao:

    a) Condio inicial Usualmente tem a forma )29.2)...(()0,( xfxCO !

    Se R est inicialmente ausente, ento:

    Por exemplo, se a espcie O est uniformemente distribuda por toda a

    soluo com a mesma concentrao do seio da solulo, C0*, a condio inicial

    :

    O + ne- R

    )30.2...()0,(*

    OOCxC !

    )31.2...(0)0,( !xCR

    b) Condio semi-infinita Usualmente a clula eletroqumica to grande

    comparado com o tamanho do caminho de difuso que os efeitos das paredes

    da clula sobre o processo so desprezados. Ou seja, quando xp g, a

    concentrao atinge um valor constante para qualquer valor de t, por exemplo,o mesmo que o inicial:

    )33.2...(0)0,(lim !gp

    xCR

    x

    )32.2...()0,(lim*

    OOx

    CxC !gp

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    18/24

    Condies de contorno em sistemas eletroqumicos

    c) Condio de contorno na superfcie do eletrodo Usualmente as

    condies de contorno adicionais dizem respeito s concentraes ou

    gradientes de concentrao na superfcie do eletrodo.

    Onde f(E) alguma funo do potencial de eletrodo que obtida da

    caracterstica geral de corrente-potencial ou da equao de Nernst (um dos

    casos especiais). Se a corrente a quantidade controlada, a equao de fluxo

    determina as condies de contorno, p. ex.:

    Por exemplo: )34.2)...((),0( EftCO

    ! )35.2)...((),0(

    ),0(Ef

    tC

    tC

    R

    O !

    )36.2)...((),(

    ),0(0

    tfx

    txCD

    nFA

    itJ

    x

    O

    OO!

    -

    x

    x!!

    !

    A conservao de matria tambm define uma condio. Caso ambos, O e R

    sejam solveis, para cada O que reage na superfcie do eletrodo, um R

    obtido. Como JO(0,t) = -JR(0,t), temos:

    )37.2...(0

    ),(),(

    00 !

    -

    x

    x

    -

    x

    x

    !! x

    R

    R

    x

    O

    O x

    txC

    Dx

    txC

    D

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    19/24

    Experimentos com degrau de potencial

    Esquema do arranjo

    experimental para

    experimentos com potencial

    controlado

    Como exemplo vamos considerar a reduo de antraceno sobre um eletrodo

    slido plano em meio de DMF desaerado:

    An + e- An-.

    No potencial E1, o antraceno no

    eletroativo. J em E2, o antraceno reduzido ao seu nion radical numa

    rapidez tal que no possvel a

    coexistncia do antraceno e do eletrodo.

    Em E2 a velocidade do processo

    controlada por difuso. Qual seria a

    resposta do sistema a esta perturbao ?

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    20/24

    Experimentos com degrau de potencialAo se aplicar o potencial E2, temos

    um salto de corrente devido

    reduo instantnea das molculas

    de antraceno que se encontravamjunto superfcie do eletrodo. Com o

    aumento do tempo durante a

    aplicao de E2, a concentrao de

    antraceno vai diminuindo at que seja

    atingida a corrente limite, responsvelpelo transporte de antraceno da

    soluo at a superfcie do eletrodo.

    Lembrando que no processo controlado por

    difuso a corrente proporcional ao fluxo e

    este proporcional ao grandiente deconcentrao, note que com o aumento do

    tempo de eletrlise, a derivada da curva de

    CO vs x diminui, tendo como resultado uma

    diminuio na corrente registrada em funo

    do tempo. A figura ao lado corresponde a

    uma medida cronoamperomtrica.

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    21/24

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    22/24

    Experimentos com degrau de potencial

    Se fizermos a amostragem da corrente num tempo t = X, e graficarmos os

    valores de corrente lidos em funo do potencial aplicado, teremos como

    resultado um voltamograma.

    Como veremos mais adiante este tipo de experimento e os conceitos a ele

    relacionados so a base da polarografia dc (voltametria com eletrodo gotejante

    de mercrio).

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    23/24

    Eletrodos planos degrau de potencial com controle

    difusional

    O sistema considerado a reao abaixo ocorrendo, por exemplo, sobre um

    eletrodo plano de Pt na ausncia de conveco.

    a) Soluo da Eq. de difuso O clculo da corrente limite de difuso, id, e o

    perfil de concentrao, CO(x,t) envolvem a soluo da equao de difuso

    linear:

    O + ne- R

    )38.2...(),(),(

    2

    2

    x

    x

    !x

    x

    x

    txC

    Dt

    txCO

    O

    O

    para as seguintes condies de contorno:

    )39.2...()0,(*

    OOCxC !

    )40.2...()0,(lim*

    OOx

    CxC !gp

    )41.2)...(0(0),0( "! ttCO

    Soluo homogna para t = 0

    condio semi-infinita, regies distantes doeletrodo no so perturbadas pelo experimento.

    Condio que indica que aps a aplicao dopotencial, a concentrao na superfcie do eletrodo

    zero para qualquer t>0.

  • 8/3/2019 Seminrio Volt transporte de massa

    24/24

    Eletrodos planos degrau de potencial com controle

    difusional

    Nas condies estabelecidas, a soluo da equao de difuso chamada de

    equao de Cotrell e dada por:)42.2...(

    )()(

    2/11/2

    *2/1

    t

    CnFADtiti OO

    d!!

    a) Soluo da Eq. de difuso

    b) Perfil de concentrao Nas condies estabelecidas, o perfil de

    concentrao dado por:

    )43.2...(

    2),( 2/1

    *

    -

    !

    tDxerfCtxCO

    OO