Semmais 16 janeiro 2016

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PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 5 O ANO DE 2015 FOI O SÉTIMO MAIS QUENTE REGISTADO NA REGIÃO As altas temperaturas registadas, em média, durante o ano passado na região de Setúbal foram as sétimas mais altas desde que há regis- tos a nível nacional. Segundo os especialistas, que alertam para um clima de desafios, este ano também arrancou de forma atípica. NEGÓCIOS PÁGINA 12 MINISTRA DO MAR MOSTROU ‘SESIMBRA DE EXCELÊNCIA’ À EUROPA Ana Paula Vitorino, deslocou-se esta semana a Sesimbra para mostrar ao diretor-geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas da União Europeia, João Machado, «bons exemplos do que se faz em Portugal» no setor. O projeto da Artesanalpesca foi um dos motes. Sábado 16 | Janeiro | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 885 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais HIPERTENSOS PULMONARES EM ‘GUERRA ABERTA’ COM ADMINISTRAÇÃO DO GARCIA DE HORTA A Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar acusa o hospital Garcia de Orta de ter «critérios economicistas», que levam a recusar tratamento a doentes de outras zonas do país. A administração da unidade hospitalar de Almada, que admite ter uma larga experiência nesta área clínica, rejeita todas as acusações. SOCIEDADE PÁGINA 3 A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 A SEMANA PÁGINA 2 DAVID SEQUERRA DEIXA-NOS AOS 82 ANOS DE IDADE O antigo seleccionar nacional de juniores, de 1961, e um dos nomes mais consagrados do jornalismo desportivo, faleceu esta quinta-feira, vítima de doença prolongada. David Sequerra, prémio CNID em 2012, era um dos nossos mais respeitados colaboradores.

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Edição do Semmais de 16 de Janeiro

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SOCIEDADE PÁGINA 5O ANO DE 2015 FOI O SÉTIMO MAIS QUENTE REGISTADO NA REGIÃO As altas temperaturas registadas, em média, durante o ano passado na região de Setúbal foram as sétimas mais altas desde que há regis-tos a nível nacional. Segundo os especialistas, que alertam para um clima de desafios, este ano também arrancou de forma atípica.

NEGÓCIOS PÁGINA 12MINISTRA DO MAR MOSTROU ‘SESIMBRA DE EXCELÊNCIA’ À EUROPA Ana Paula Vitorino, deslocou-se esta semana a Sesimbra para mostrar ao diretor-geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas da União Europeia, João Machado, «bons exemplos do que se faz em Portugal» no setor. O projeto da Artesanalpesca foi um dos motes.

Sábado 16 | Janeiro | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 885 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisHIPERTENSOS PULMONARES EM ‘GUERRA ABERTA’ COM ADMINISTRAÇÃO DO GARCIA DE HORTA

A Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar acusa o hospital Garcia de Orta de ter «critérios economicistas», que levam a recusar tratamento a doentes de outras zonas do país. A administração da unidade hospitalar de Almada, que admite ter uma larga experiência nesta área clínica, rejeita todas as acusações.

SOCIEDADE PÁGINA 3

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

A SEMANA PÁGINA 2DAVID SEQUERRA DEIXA-NOS AOS 82 ANOS DE IDADE O antigo seleccionar nacional de juniores, de 1961, e um dos nomes mais consagrados do jornalismo desportivo, faleceu esta quinta-feira, vítima de doença prolongada. David Sequerra, prémio CNID em 2012, era um dos nossos mais respeitados colaboradores.

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A SEMANA

Câmara de Palmela adquire espaço abandonado para reabilitação

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Cadáver de baleia anã ‘aporta’ em Tróia

A PJ detém jovem traficante no Barreiro

Autoridades deitam a mão a amêijoas de captura ilegal na Fonte da Telha

David Sequerra morre aos 82 anos

A EMBARCAÇÃO “JONAS DAVID”,

REGISTADA NA CAPITANIA DE SINES, ENCALHOU, ONTEM,

NA PRAIA DE MELIDES, CONCELHO DE GRÂN-DOLA. O ALERTA FOI

DADO POR VOLTA DA UMA DA MADRUGADA

JUNTO DO CENTRO COORDENADOR DE

BUSCA E SALVAMENTOS MARÍTIMOS, QUE

ACIONOU OS MEIOS DISPONÍVEIS, INCLUINDO

AÉREOS. OS ONZE TRIPULANTES DA

EMBARCAÇÃO EM DIFICULDADES FORAM ENCAMINHADOS PARA

O HOSPITAL COMO MEDIDA DE PRECAUÇÃO.

O nosso colaborador David Sequerra, jor-nalista, fundador do

Clube Nacional de Impren-sa Desportiva, faleceu na madrugada da passada quinta-feira, aos 82 anos, ví-tima de doença prolongada.Recentemente fora home-nageado pelo Comité Olím-pico de Portugal e em 2012 já tinha recebido a Medalha de Mérito Desportivo.Natural de Lisboa e residen-te em Sesimbra, Sequerra iniciou a carreira no mundo desportivo aos 18 anos, no extinto “Mundo Desportivo”Formado em engenharia e em ciências históricas e pe-dagógicas, um dos seus principais legados prende--se com o investimento pes-soal e profissional no de-senvolvimento dos jovens futebolistas nacionais, cau-sa à qual dedicou grande parte da visão, empreende-dorismo, saber e talento que sempre o caracterizaram. Distinguiu-se no movimen-to olímpico e ao nível da FPF, foi selecionador nacio-nal de juniores, em 1961, conquistando o título euro-peu. Mas a relevância da sua ação não se esgotou no títu-lo europeu de 1961, nem na réplica federativa entre 1968 e 1970, ao lado de Peres Bandeira. Sequerra mante-ve eterna ligação à causa do futebol jovem, iniciando essa paixão numa altura em que poucos refletiam e se interessavam pelo futuro do futebol português. À família e aos amigos, o Semmais envia as mais sen-tidas condolências.

A Câmara de Palmela anunciou, quarta--feira, a aquisição do

lote n.º 30 da Praceta João Coelho Possante, no Pinhal Novo, uma forte reivindica-ção dos moradores daquela zona urbana. O presidente do município, Álvaro Ama-ro, garantiu que para aque-le espaço «está prevista uma bolsa de estaciona-mento ordenado e a colo-cação de algumas árvores», sendo que a autarquia está ainda aberta a ouvir outras sugestões para dar novo rumo à zona. «Vamos dis-cutir com os moradores e respetiva junta de fregue-sia, no âmbito do “(A)gente

Uma baleia anã deu à costa, segunda-feira, num areal da penín-

sula de Tróia, um evento que já não assim tão insóli-to na costa portuguesa. Se-gundo fonte da câmara grandolense, a primeira entidade a receber o alerta, o animal, já cadáver, “ainda não apresentava um grau de decomposição elevado, e foi conduzido para desti-no final adequado de acor-do com as práticas conso-nantes com o porte”. As causas deste fenó-meno ainda são desconhe-cidas, no entanto, a Câmara de Grândola adiantou que “episódios deste género são

A GNR da Fonte da Telha, em Almada, anunciou esta quin-

ta-feira a apreensão de 380 quilos de amêijoa que estava na posse de um infrator que não se encontrava licenciado para a prática de apanha de bivalves. O indivíduo também não possuía do-cumentos de registo obri-gatório para o transporte do marisco. O homem foi identifi-cado pelas autoridades e os bivalves foram apre-endidos, avaliados em mais de 2.600 euros. A operação decorreu na zona da Fonte da Telha e

de Bairro”, programa que a Câmara de Palmela está a desenvolver, no sentido de dar corpo à melhoria da qualidade de vida em vá-rios locais do concelho. O autarca confessou ainda que esta aquisição, no valor de 60 mil euros, fez parte de um dos com-promissos assumidos pelo executivo camarário, no âmbito do Orçamento Participativo, discussão que agregou, segundo Ál-varo Amaro, «um conjun-to de ideias e projetos, no-meadamente a resolução de um espaço que se en-contrava votado ao aban-dono».

foi efectuada por milita-res do Subdestacamento de Controlo Costeiro da Fonte da Telha.

A Polícia Judiciária de Setúbal realizou uma busca domici-

liária de um jovem com 16 anos de idade que se de-dicava à comercialização de estupefacientes. A ope-ração apanhou o jovem em flagrante quando o mesmo detinha cerca de 1000 doses individuais que estavam prestes a se-rem comercializadas na

Recorde-se que um grupo de moradores da zona chegou a formar nas redes sociais um movimen-to para reabilitar o espaço, submetendo um projeto à Câmara de Palmela, apoia-do pela EDP, situação que não vingou.

Os bivalves, que se en-contravam vivos, foram devolvidos ao seu habitat natural.

zona do Barreiro. O autor, com antece-dentes policiais pela práti-ca do crime de tráfico de estupefacientes está agora acusado pelo mesmo cri-me, na forma agravada. O detido foi, de ime-diato, presente às autori-dades judiciárias para co-nhecer a medida de coação processual tidas por adequadas.

frequentes, contudo acon-tecem principalmente com golfinhos e tartarugas”. No local estiveram ele-mentos da Policia Maríti-ma de Setúbal, da Câmara Municipal de Grândola e da Infratróia, entidade que zela pela maior parte dos serviços urbanos de Tróia. Recorde-se que o alerta foi dado por volta das 9h e a remoção ocorreu pelas 16h.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

E is três fatores que podem explicar o aumento de aci-dentes graves nas estradas

da região em 2015: Mau estado das vias, condições climatéricas adversas e telemóvel ao volante. O número de mortes subiu sig-nificativamente face a 2014, re-gistando um crescimento de 28 para 45 vítimas, segundo os da-dos agora divulgados pela Auto-ridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Ou seja, mais 17 pessoas perderam a vida no último ano no distrito, compa-rando com o ano anterior, o que representa ainda um acréscimo de mais três vítimas face a 2013 Um total de 9244 acidentes – mais 528 do que em 2014 e mais 593 do que em 2013 – provoca-ram ainda 155 feridos graves, traduzindo menos 13 vítimas do que em 2104, mas mais 30 feri-dos face a 2013, que se ficou pe-las 125 sinistrados graves. Porém, a taxa de sinistralida-de no distrito já tinha dado “alerta vermelho” logo nos pri-meiros quatro meses do ano, quando as estradas da região somavam 2886 acidentes com o registo de 17 mortos, o que re-presentava mais cinco vítimas

DISTRITO REGISTOU O ANO PASSADO UM ACRÉSCIMO DE 17 VÍTIMAS MORTAIS NAS ESTRADAS

Mais mortes nas estradas da região e o perigo do telemóvel ao volante

Álvaro Beijinha pede audiência urgente ao novo Secretário de Estado das Infraestruturas para resolver problema de obras inacabadas

mortais face a igual período do ano passado, significando um aumento de quase 25 por cento. Números que empurravam o distrito de Setúbal para o segun-do lugar entre as regiões com maior sinistralidade, apenas atrás de Lisboa. Recorde-se que a ANSR reúne dados da PSP e da GNR, mostran-do os dados oficiais que a tendên-cia se mantém relativamente aos locais mais atingidos pela sinis-tralidade, sendo que a maioria dos acidentes acontece em retas, com embates ocorridos devido a despistes, enquanto uma significa percentagem os sinistros tiveram origem no excesso de velocidade, embora os documentos permi-tam concluir que os automobilis-tas estão mais cautelosos à hora de carregar no acelerador. 1878 condutores apanhados ao telemóvel

Contudo, os condutores continu-am muito dependentes do tele-móvel ao volante na região. A GNR detetou em 2015 um total de 1878 infrações por uso indevido do telemóvel durante a condu-ção nas nossas estradas, segundo avançou a própria Guarda no ba-lanço da operação “Smartphone, Smartdrive”, na qual foram reali-

zadas ações de sensibilização no meio escolar. O distrito é mesmo o sexto com os números mais elevados de infrações no país. A operação que procurou, mais uma vez, alertar os auto-mobilistas para os riscos do uso do telemóvel ao volante teve duas fases distintas. A primeira contemplou a realização de ações de sensibilização, através das Secções de Programas Espe-ciais dos Comandos Territoriais,

com especial incidência para o meio escolar. Já na segunda fase as autoridades procuraram in-tensificar a fiscalização rodoviá-ria para detetar este tipo de in-frações, tendo estado envolvidos militares da GNR dos vários Co-mandos Territoriais e da Unida-de Nacional de Trânsito. «O caso é muito sério, porque o uso do telemóvel ao volante é, de facto, muito perigoso estando na origem de muitos acidentes»,

Em 2015 morreram nas estradas da região 45 pessoas, num total de 9244 acidentes rodoviários, mais 528 dos ocorridos em 2014. As autoridades policiais afirmam que na maior parte dos casos, a origem deste índice de sinistralidade está no mau estado das vias, condições atmosféricas adversas e o uso de telemóvel ao volante.

segundo alerta fonte da GNR. Recorde-se que um estudo efetuado no serviço de urgên-cias do Royal Hospital de Mel-bourne concluiu que os auto-mobilistas que usam o telemóvel sem o equipamento de mãos li-vres incorrem num risco de aci-dente quatro vezes superior aos outros, o que equivale a um ní-vel de risco duplo do dos condu-tores com taxa de alcoolemia superior à autorizada.

O presidente do município de Santiago do Cacém, Ál-varo Beijinha, solicitou

uma audiência ao novo Secretá-rio de Estado das Infraestrutu-ras, Guilherme D’Oliveira Mar-tins, para expor ao governante a situação das obras inacabadas no troço entre Vila Nova de San-to André e Sines, na esperança de ver resolvida, de vez, uma si-tuação que se arrasta há seis anos. A conclusão destas obras «é há muito reivindicada pela po-pulação e pela autarquia, devido à localização nevrálgica para a cidade de Santo André, onde vi-vem mais de 10 mil pessoas que, na sua esmagadora maioria, uti-lizam esta via de comunicação na deslocação para o seu posto de trabalho, que se situa no comple-xo industrial de Sines», destaca Álvaro Beijinha no pedido de au-diência. O edil solicitou «caráter de urgência» ao Secretário de Esta-

do, no sentido de «discutir as questões que se prendem com a segurança da via» e de resolver em definitivo os «graves cons-trangimentos para os milhares de utentes que diariamente nela circulam». Álvaro Beijinha quer também aproveitar a oportunidade para colocar em cima da mesa outros problemas que afetam o municí-pio e a região, com particular ên-fase naquilo que diz respeito às obras inacabadas no IP8, nomea-damente no troço entre Relvas Verdes e Beja, que atravessa S.

Francisco da Serra, no município de Santiago do Cacém. Aquando da visita a essa freguesia, em maio de 2015, o edil falava mesmo numa paisagem que mais se asse-melhava a «um cenário de guerra, com estruturas inacabadas e à vista, estradas danificadas e des-truição do montado e culturas». Recorde-se que Álvaro Beiji-nha tinha já solicitado uma audi-ência ao anterior Secretário de Estado, em meados de 2015, aquando do reinício das obras na A26-1, reunião essa que acabou por nunca se realizar.

Hipertensos pulmonares contestam Garcia de Orta

A Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar acu-sou o Hospital Garcia de

Orta, em Almada, de ter «critérios economicistas» e de «recusar o tratamento a doentes de outras zo-nas do País». A presidente da asso-ciação, Maria João Saraiva, diz «há doentes que estão meses à espera de uma resposta da administração para a sua situação clínica, quer seja cirurgia ou cedência de medi-camentos», acrescentando que «ainda não há um plano nacional de referenciação para os doentes com hipertensão pulmonar».

Na resposta, o Hospital Garcia de Orta negou todas as acusações e assegurou que «está a tratar doentes não só da sua área de influência, mas também fora da sua área», re-ferindo ainda que tem «uma larga e reconhecida experiên-cia no tratamento de doentes com hipertensão pulmonar», pelo que garante ter sempre utilizado «terapêuticas de acordo com as boas práticas» e nega qualquer restrição a tera-pêuticas por critérios econó-micos ou outros.

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A pergunta que se deve fazer é muito simples: ‘que desporto quer praticar este ano?’ Setúbal tem este ano um programa em que quase nenhuma modalidade es-capa. É a força de ser “Capital Eu-ropeia do Desporto”. A autarquia promete muito trabalho para que nada falhe.

SETÚBAL CAPITAL EUROPEIA DE DESPORTO DÁ A CONHECER CARTAZ RECHEADO

Invasão de desportos para todos os gostos na capital do Sado

A festa do desporto vai inva-dir Setúbal ao longo de 2016. O “tiro de partida”, a

que protocolo manda chamar cerimónia oficial de abertura, é já dia 30 de janeiro, sendo anun-ciadas várias surpresas pelos agentes associativos da terra, que vão percorrer toda a cidade, culminando com um grande es-petáculo de música portuguesa no Pavilhão das Manteigadas. Pela cidade, pela serra e pelo rio vão desfilar cerca de 200 even-tos ao longo do ano. Alguns de di-

mensão internacional - como é o caso da célebre maratona de águas abertas no rio Sado, que será uma das provas de qualificação direta para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - outros mais virados para o país, mas, e porque a ideia é pôr a população a mexer, também há lugar para o desporto popular. O tal que se pratica nos bairros. O programa da Cidade Euro-peia do Desporto 2016 ainda não está totalmente definido, porque faltam alguns detalhes, segundo o vereador Pedro Pina, mas já é ga-rantido que, por exemplo, a Fede-ração Portuguesa de Futebol para enquadrar três atividades. Uma

delas será futebol de praia. «Ainda não podemos revelar tudo, porque pode haver alguma alteração, mas nos próximos dias os eventos estarão fecha-dos”, justificou o autarca, estan-do já garantidas outras provas, como a Taça de Portugal de Pa-tinagem Artística, uma etapa da Volta de Portugal, um ultratrail, além do Campeonato Nacional de Atletismo. Em agenda estão duas dezenas de provas interna-cionais, 95 de âmbito nacional e 33 distritais, bem como seminá-rios e congressos na área da for-mação desportiva, segundo re-velou Pedro Pina.

Muito trabalho para que tudo funcione bem

Apesar das dificuldades financei-ras - a autarquia conta apenas com cem mil euros da Secretaria de Estado do Desporto e procura apoio privado -, o município vai avançar com a requalificação do complexo municipal e pista de atletismo, além de redobrar o nú-mero de campos relvados para futebol e râguebi. Na calha está ainda a recuperação de peque-nos polidesportivos. A presidente da câmara Dores Meira, destacou o caminho per-corrido até aqui. «Foi necessário muito trabalho para que, primeiro, Setúbal fosse reconhecida, em Bruxelas, com mais 18 cidades do nosso continente, como cidade Europeia do Desporto. Agora, será necessário muito trabalho para que tudo funcione, para que te-nhamos nas ruas milhares de pes-soas a praticar desporto», disse. A edil alertou ainda para apos-ta «permanentemente no aumen-to dos níveis de participação e fre-quência nas atividades desportivas

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

com segurança», defendendo que a autarquia tem «uma política de desenvolvimento desportivo sus-tentada na forte dinâmica do mo-vimento associativo local e regio-nal de forma transversal, na qual se incluem áreas como a inclusão e as questões da igualdade de gé-nero ou a promoção da saúde e o alto rendimento». A Cidade Europeia do Des-porto Setúbal 2016 é, ainda se-gundo Maria das Dores Meira, «forte pretexto para apostarmos no reforço de iniciativas e dar continuidade à aposta na pro-moção da saúde pela prática da atividade física e desportiva». Quanto ao repto lançado pela autarquia aos setubalenses, para que colaborem no programa de voluntariado, foi revelado que há 150 inscritos, cem dos quais vão iniciar a formação já nos próximos dias e que 54% são mulheres, a maioria entre os 18 e 29 anos. Serão necessárias cerca de 300 pessoas. Setúbal recebe a Cidade Eu-ropeia do Desporto, depois de Guimarães (2013), Maia (2014) e Loulé (2015).

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

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Está confirmado. 2015 foi o sétimo ano mais quente no região desde que existem

registos no nosso país. Com o início do inverno as temperatu-ras desceram a pique, mas até há uma semana atrás a média foi atípica para esta época do ano,

2015 FOI O SÉTIMO ANO MAIS QUENTE NA REGIÃO DESDE QUE EXISTEM REGISTOS NACIONAIS

Especialista em ambiente alerta para novos desafios no clima da região

tendo os termómetros rondado os 20 graus. Uma das conse-quências, dizem os especialistas, vai afetar a agricultura da re-gião, obrigando os agricultores a mudarem os hábitos de cultivo. Afinal, o aquecimento global está marcha. Após um ano em que houve menos 50% de chuva na região, face à média de épocas anterio-

res, o especialista em aqueci-mento global Filipe Duarte San-tos alerta que os agricultores do distrito deverão estar atentos ao fenómeno, começando a aceitar que é preciso pôr em prática no-vas regras que lhes permitam enfrentar os desafios impostos pelas alterações climáticas.«Vai ser preciso começar a pro-gramar as vinhas mais cedo, tal

como as sementeiras», garante em declarações ao Semmais.

Mudança climática em curso afeta também a saúde pública

Aliás, não é de hoje que Filipe Duarte Santos tem alertado que as gerações futuras vão sofrer com os impactos mais negativos do aquecimento global, com on-

O ano arranca com uma média atípica para esta época do ano, com médias a rondar os 20 graus. Os especialistas afir-mam que a agricul-tura vai ser das ativi-dades mais afetadas, com efeito nos hábi-tos de cultivo. Mas há outros desafios a considerar.

das de calor mais frequentes e uma temperatura média mais elevada, mas também com fenó-menos meteorológicos extre-mos, como é o caso de chuvas muito intensas. O professor junta ainda à lis-ta dos impactos os efeitos das alterações climáticas ao nível da saúde, para acrescentar que o país precisa de tomar medidas, procurando encontrar condi-ções para minimizar os seus efeitos adversos e aproveitar al-gumas oportunidades que esta possa trazer em alguns setores sócio económicos. «Penso que há bastante a fazer no futuro neste setor no sentido de nos prepararmos para uma mudan-ça climática que já está em cur-so e que se poderá, muito prova-velmente, agravar», destaca o especialista em questões am-bientais, que deixa esta recado: «Apesar de Portugal ser um dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáti-cas, o tema não faz parte das preocupações dos responsáveis políticos».

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LOCAL

MOITAFEIRA “ABRA A BAGAGEIRA” ESTENDE-SE PELA MARGINAL É já no dia 23, quarto sábado do mês, entre as 10 e as 18 horas, que a feira “Abra a Bagageira” volta à marginal da Moita, junto ao pavilhão municipal de exposições, com diferentes artigos, como livros, mobiliário, brinquedos, discos, moedas, selos, postais, acessórios, roupas, porce-lanas, entre muitos outros.A feira “Abra a Bagageira”, promovida pelo município, pretende ser um espaço que junta artesanato, velharias e antiguidades num espaço ao ar livre.Os interessados em participar devem inscrever-se, atra-vés do email: [email protected] ou pelo 210816914. O pagamento, no valor de 4,04 euros, de-verá ser efetuado previamente, mediante disponibilidade de lugar. Os lugares deverão ser ocupados entre as 9 e as 10 horas.“Abra a Bagageira” do seu carro e venda o que tem a mais no seu sótão ou garagem.

SANTIAGO DO CACÉM ORÇAMENTO DE 2016 APOSTA NO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO O orçamento do município para 2016 ronda os 28,5 mi-lhões de euros e permite à autarquia continuar a centrar a sua política «nas pessoas, no seu bem-estar e na sua comodidade», assegura o edil Álvaro Beijinha, mesmo tratando-se de «um orçamento de contenção, atendendo à realidade financeira do município e a um conjunto de obrigações legais a que os municípios estão obrigados, nomeadamente a redução da dívida».A educação volta a ter lugar de destaque neste ano, man-tendo-se o «contínuo investimento» nesta área, «na defe-sa da escola pública, com um conjunto de intervenções em várias escolas, um pouco por todo o município». A Componente de Apoio à Família volta a ser «completa-mente gratuita, quer nas refeições, quer nos transportes escolares, com um investimento de largas centenas de milhares de euros». A cultura e o desporto são de novo áreas que merecem os holofotes do executivo, com o ob-jetivo de «rentabilizar ao máximo os nossos equipamen-tos municipais».

SEIXAL 1.ª FEIRA DE CHOCOLATE DE CORROIOS COMEÇA DIA 21 O jardim da Quinta da Água, em Corroios, recebe de 21 a 24 de janeiro a 1.ª Feira de Chocolate de Corroios, onde vão poder ser degustadas várias especialidades com este ingrediente. Serão dias de muita doçura, com a presença de um con-junto de expositores, onde os visitantes são convidados a apreciar e a deliciar-se com um mundo de iguarias de cho-colate: crepes, licores, chocolate quente, bombons e mui-tas outras tentações que prometem despertar os sentidos e satisfazer o paladar. Haverá ainda animações de rua.Este é mais um evento que visa dinamizar os espaços pú-blicos e o comércio tradicional e, ao mesmo tempo, levar iniciativas diferentes e originais à população. A entrada é gratuita.O certame, no primeiro dia, funciona das18 às 23 horas; nos dias 22 e 23, das12 às 24 horas; e no dia 24, das 12 às 21 horas.

ALCOCHETE CÂMARA VAI ADQUIRIR NOVA EMBARCAÇÃO TRADICIONAL O município vai adquirir uma nova embarcação tradi-cional, o “Bote Leão”, de forma a manter a tradição da li-gação dos alcochetanos ao rio que se mantém na cultura e tradições locais.Na reunião do dia 6, o executivo ratificou, por unanimi-dade, o protocolo plurianual entre a CMA e a Lusoponte, em que esta empresa assume-se como mecenas na aqui-sição do “Bote Leão”.O edil salientou que se trata de «um compromisso que a Lusoponte assumiu com a Câmara há já vários anos, ainda no âmbito de uma candidatura ao QREN». Neste contexto, Luís Franco elogiou os contributos de Ferreira do Amaral e do António Rosa (Lusoponte SA) que «foram inexcedíveis na parceria com a autarquia».Com capacidade para 45 passageiros, o “Bote Leão” tem um custo total de 369 mil euros, dos quais 200 mil são suportados pela Lusoponte, 120 mil euros comparticipa-dos pelo PROMAR e os restantes 49 mil euros serão um encargo financeiro direto do município.

PALMELA BIBLIOTECA E AUDITÓRIO DE PINHAL NOVO VÃO SER REQUALIFICADOS Está a decorrer, desde 23 de dezembro, o concurso público para a reabilitação da cobertura do edifício da biblioteca e do auditório municipal de Pinhal Novo.Esta obra, com o preço base de cerca de 171 mil euros e prazo de execução de 90 dias, visa a substituição integral da cobertura original do edifício, com uma área total de 1505 metros quadrados. A empreitada contempla, tam-bém, diversas beneficiações no interior, ao nível de tetos falsos, caixilharia, pinturas e sanitários.Neste momento o concurso está em fase de apreciação de erros e omissões apresentados, devendo a apresentação de propostas terminar antes do final do mês.O edifício da biblioteca e do auditório municipal de Pinhal Novo celebra 17 anos e é uma referência cultural da fregue-sia e do concelho, tendo sido a primeira biblioteca da rede pública municipal a ser construída de raiz para o efeito.

BARREIROOPÇÕES PARTICIPADAS OUVEM SUGESTÕES DA POPULAÇÃO No próximo dia 28 de janeiro, pelas 21 horas, a Câma-ra Municipal do Barreiro realiza as Opções Participadas com a população da cidade, nas instalações da Sociedade Democrática União Barreirense “Os Franceses”.Neste encontro, os munícipes têm a oportunidade de colo-car as suas questões sobre a Freguesia ao presidente Carlos Humberto e aos vereadores da Câmara Municipal e à presi-dente da União das Freguesias do Barreiro e Lavradio.As Opções Participadas inserem-se no Roteiro do Bar-reiro. Durante uma semana, de 25 a 29 de janeiro, os eleitos da Câmara Municipal do Barreiro e da União das Freguesias contactam com coletividades, instituições e comércio local, no sentido de conversar com os agentes sociais, culturais e económicos e com a população para ouvir e recolher contributos.O orçamento do município ultrapassa os 44 milhões de euros, dos quais 7 milhões destinam-se aos investimentos.

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SETÚBALCIDADE EUROPEIA DO DESPORTO 2016 ARRANCA DIA 30O programa de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016 arranca oficialmente no dia 30, com maratona de ativida-des desportivas pela cidade, ao longo do dia, e uma sessão de abertura, à noite, no pavilhão das Manteigadas.A sessão de abertura, às 21 horas, com apresentação de Bárbara Guimarães, conta com demonstrações e um des-file de associações, clubes e coletividades em variadas modalidades, a par de um período de alocuções. Inclui a atuação dos Deolinda, na abertura. Neste dia, para assinalar o início do calendário desporti-vo de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016, há uma maratona de atividades, com dez horas de programação e prática física numa dezena de locais distintos do con-celho, numa fusão do desporto com diferentes formas de espetáculo. O programa oficial tem já perto de duas centenas de ações confirmadas, em que se incluem 82 provas desportivas.

SESIMBRA MUNICÍPIO RETOMA OPÇÕES PARTICIPADAS As Opções Participadas vão ser retomadas em 2016 pelo município. A verba global para esta edição é de 300 mil euros, dividida pelas três freguesias.A edição apresenta várias novidades, cujo objetivo é in-centivar a participação dos cidadãos, entre as quais uma verba de 50 mil euros destinada a projetos votados online e um conjunto de visitas do edil, vereadores e técnicos às zonas onde se realiza cada um dos seis foros territoriais com a população, o que permitirá um contacto mais es-treito entre autarcas e cidadãos.Estes foros, que servirão para recolha e debate de pro-postas a incluir nas OP, decorrem entre 16 de janeiro e 19 de março, aos sábados, às 17 horas, em Alfarim, Zambujal, Santana, Cotovia, Sesimbra e Quinta do Conde. Os orça-mentos participativos iniciaram-se em Sesimbra em 2006.

ALMADA ESCOLAS BÁSICAS DO CONCELHO ALVO DE MELHORIAS As intervenções feitas pela Câmara Municipal de Almada em cinco escolas do Ensino Básico beneficiam mais de mil alunos.Trata-se de um investimento municipal que ascende a mais de 700 mil euros e que abrange as escolas básicas n.º 1 do Pragal, n.º 3 da Cova da Piedade, n.º 1 do Monte de Caparica, n.º 3 do Laranjeiro e n.º 3 da Trafaria.Remodelação de logradouros e pavimentos, criação de telheiros cobertos, pinturas de edifícios e muros, benefi-ciação das casas de banho existentes ou criação de casas de banho para deficientes são algumas das obras já reali-zadas ou a realizar em cinco escolas básicas do concelho. No total, mais de mil alunos vão beneficiar destas inter-venções, realizadas no âmbito do Programa de Benefi-ciação do Parque Escolar do concelho.

ALCÁCER DO SAL NOVA ETAR DE RIO DE MOINHOS INAUGURA HOJEO município inaugura, este sábado, às 15 horas, as obras de remodelação da ETAR de Rio de Moinhos. Obra de grande importância para a população daquela locali-dade na freguesia do Torrão, já que a infraestrutura que existia era ineficaz do ponto de vista ambiental. A reno-vada ETAR dispõe de um nível superior de tratamento e é composta pela estação elevatória e fossa séptica re-modeladas. O equipamento conta ainda com um tanque biodisco, uma plataforma de evapotranspiração, tam-bém designada por lagoa de macrófitas. Na envolvente foi construído um novo edifício de apoio à exploração, foi construída uma vedação e um portão do recinto da ETAR. A obra a cargo da empresa CONSDEP, custou cer-ca de 142 mil euros. A obra da nova ETAR contemplou ainda os arranjos exteriores, a construção do arruamen-to de acesso exterior e interior ao recinto, e a execução da rede de água e redes elétricas.

GRÂNDOLA REFORÇO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NAS JUNTAS As Juntas de Freguesia do concelho de Grândola vão ter, em 2016, mais verbas e mais competências delegadas. Os novos documentos, que entraram em vigor no dia 1 de janeiro deste ano, surgem após um processo de discus-são franca e cooperante entre as entidades, no sentido de melhorar os documentos assinados em 2014, privilegian-do sempre a qualidade do serviço público autárquico.Os novos acordos de execução e contratos inter-admi-nistrativos representam um aumento superior a 6 por cento das transferências de verbas da Câmara Municipal de Grândola para as Juntas de Freguesia do concelho, num total aproximado de 450 mil euros por ano.

MONTIJO MUNICÍPIO TRANSITA ANO SEM DÍVIDAS A FORNECEDORES Apesar das adversidades políticas na gestão municipal, com os documentos previsionais para 2015 a serem rejei-tados pela oposição, obrigando a um exercício financeiro com base no orçamento de 2014, o município encerrou 2015 sem qualquer dívida a fornecedores e empreiteiros.Ao longo de 2015, o prazo médio de pagamento foi redu-zido de forma significativa: no final de 2014 era de 33 dias, no quarto trimestre de 2015 este prazo tinha diminuído para os 10 dias. Durante o exercício de 2015, o município pagou mais de 24 mil euros, o que corresponde a uma taxa de execução orçamental da despesa de 92 por cento. A receita líquida total atingiu os cerca de 27 mil euros, equivalendo a taxa de execução orçamental de 100 por cento. Estes resultados, segundo o edil Nuno Canta, são reflexo do «trabalho e empenho» dos trabalhadores municipais e uma gestão municipal «rigorosa, exigente e com disciplina orçamental».

SINES AUTARQUIA, PETROGAL E ENTIDADES APOIAM ASSOCIATIVISMOA Petróleos de Portugal - Petrogal S.A., o município local e 30 entidades locais assinaram, no dia 28 de dezembro do ano passado, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração relativos a 2015.Os protocolos envolvem a atribuição pela empresa de um apoio financeiro de 137 mil euros destinado ao reforço das atividades das coletividades e instituições nas áreas da cultura, desporto e solidariedade social, 10 mil euros de apoio à Junta Freguesia de Porto Covo e 100 mil euros de apoio à Câmara Municipal de Sines. Este financiamento foi ainda complementado com outros apoios a institui-ções do concelho e a eventos promovidos pela autarquia. Os apoios mais avultados foram entregues aos bombeiros, Carnaval de Sines, Vasco da Gama Atlético Clube, Acade-mia de Ginástica de Sines e Associação Pro Artes de Sines.

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CULTURA

A Companhia Masca-r e n h a s - M a r t i n s apresenta-se ao pú-

blico este sábado no Mon-tijo. Trata-se de uma nova estrutura de produção ar-tística que aproveita para estrear o espetáculo “Aber-

Projéctor leva à cena comédia “Susy, Lili e Néné”

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

Produzir vários géneros de espetácu-los é a aposta da Companhia Mas-carenhas-Martins que é apresentada este sábado no Montijo. É o pontapé de saída para novos voos culturais, alguns à base de textos originais. O município está atento ao projeto e promete ajudar na divulgação e cedência de espaços.

tura”. O evento inclui uma conversa e um concerto, que terão lugar na Casa Mora. A conversa, que está marcada para as 16 horas, será uma reflexão sobre a importância de fundar e manter estruturas artísti-cas profissionais, com a participação de João Bri-tes, do Teatro O Bando,

Luís Miguel Cintra do Tea-tro da Cornucópia, e João Lourenço e Vera San Payo de Lemos, do Teatro Aber-to. O concerto, às 21h30, contará com as interpreta-ções de Levi Martins e Ma-ria Mascarenhas. A Companhia Masca-renhas-Martins é uma es-trutura de produção artís-

tica sediada no Montijo que tem como objetivo «desenvolver trabalho profissional nas áreas do teatro, cinema, música, li-teratura e artes plásticas», realça Levi Martins, um dos mentores do projeto. No seu primeiro ano de atividade, 2016, esta nova companhia tem nos seus

Montijo ganha nova estrutura de artes profissionais planos apresentar dois es-petáculos de teatro basea-dos em textos originais, produzir um documentá-rio e, ainda, organizar conversas sobre a impor-tância de fundar e manter estruturas artísticas. Nesta primeira apre-sentação pública serão partilhados com os espec-tadores alguns dos moti-vos que levaram à funda-ção da nova estrutura, numa reflexão para a qual foram convidados os res-ponsáveis por algumas das mais antigas compa-nhias de teatro em ativi-dade. À noite, Maria Mas-carenhas e Levi Martins interpretarão canções de várias épocas e origens, num concerto intimista e descontraído. Segundo Levi Martins, em Março, o grupo prepa-

ra-se para levar à cena um outro espetáculo no cine-ma-teatro Joaquim d’ Al-meida. Trata-se do espetá-culo “Toda a gente e ninguém”, cujo texto é da autoria de Levi Martins e Maria Mascarenhas, sen-do que Levi Martins tam-bém encena. «É um espe-táculo que contém elementos cómicos e dra-máticos, como a vida», su-blinha Levi Martins. Sobre o eventual apoio do muni-cípio ao projeto, Levi Mar-tins realça que, por en-quanto, «ainda não há uma ideia muito clara de como o município nos quer apoiar, mas tem mos-trado abertura para, pelo menos, nos disponibilizar estes espaços e ajudar na divulgação e na constru-ção dos cenários». A en-trada é livre.

O Projéctor Grupo de Teatro leva a cena, no dia 22, às 21h30,

no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Bai-xa da Banheira, o espetá-culo “Susy, Lili e Néné”, com encenação de Lucia-no Barata. Segundo fonte do gru-po, trata-se de «uma co-média, nem sempre cómi-ca, que carateriza a história de três amigas do liceu, após 20 anos de au-sência. Depois de se con-tactarem entre si, através das redes sociais, marcam um encontro para casa de uma delas, para recordar os velhos tempos. Depois, entre conversas, recorda-ções do passado e aconte-cimentos do presente, as três descobrem peripécias

em comum, inclusive que cada uma acabou por ser a responsável pelo fim do casamento da outra». Da autoria de Paulo

Scaldassy, o elenco é com-posto por Suzete Calado, Lília Pinto e Inês Nunes. Os ingressos custam 3,66 euros.

GANHE CONVITES DUPLOS PARA COMÉDIA BARREIRENSE Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para o espetáculo “Hotel da Bela Vista” às sextas e sábados, às 21h30, que acabou de estrear no teatro municipal do Barreiro, sob a batuta do ArteViva. Para se habilitarem aos papelinhos mágicos, os nossos leitores terão de ligar para o 918 047 918 ou 969 43 1 0 85 e manifestarem interesse em assistir a esta divertida e louca comédia.

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CULTURA

ALCOCHETE16SÁBADO21H30CARMINHO ENCERRA FESTEJOS DO FORALForum Cultural de Alcochete

Após um ano de uma programação alusiva aos 500 anos de atribuição do Foral a Alcochete, as comemo-rações não poderiam encerrar de melhor forma. Pela primeira vez no Fórum Cultural de Alcochete, a fadista Carminho sobe ao palco para apresentar “Canto”, o seu último disco e muitos outros temas bem conheci-dos do grande público.

ALMADA16SÁBADO21H30TRAGÉDIA OTIMISTA REGRESSA AOS PALCOSTeatro Municipal de Almada

A tragédia optimista, do russo Vsevolod Vichnie-vski, com encenação de Rodrigo Francisco, está de regresso à sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite para nova temporada. O espetáculo, uma produção da Companhia de Teatro de Almada, remete-nos para o contexto da Revolução de Outu-bro de 1917.

PALMELA16SÁBADO21HTEATRO “A MORTE E A DONZELA”Vale dos Barris, Palmela

O Teatro O Bando, no âmbito da programação de “Gente na Quinta”, traz a Palmela o espetáculo “A Morte da Donzela”, da Artes e Engenhos, com texto de Elfriede Jelinek e encenação de Alexandre Calado. São cinco quadros em torno de feminino.

MONTIJO16SÁBADO16H30MUSICAL COM DANÇAS PARA TODOSTeatro Joaquim D´Almeida

O musical “Era uma Vez”, da Academia Dance Fusion, conta com a participação de cerca de 250 alunos. A Academia, que nasceu em 2013 no Mon-tijo, é uma escola de artes de palco, ao serviço do ensino da dança e da cultura. Sob o tema da Disney, a Academia apresenta o trabalho desenvolvido por professores/alunos no último ano letivo.

MOITA16SÁBADO22H00NOITES BLUES AQUECEM A MOITAForum José Manuel Figueiredo, Baixa da Banheira

A primeira Blues Night by BBBF de 2016 leva ao Fórum José Manuel Figueiredo, a banda portuguesa Charlie & The Bluescats. Influenciados pelas origens dos blues no sul dos EUA, enraizados em África e cruzando o circuito europeu, Charlie & The Blues-cats apresentam a sua perspetiva única dos blues clássicos e contemporâneos.

SETÚBAL22SEXTA22HGONÇALO M. TAVARES NA CASA DA CULTURACasa da Cultura, Setúbal | Sala José Afonso

É um dos escritores mais apreciados e premiados no panorama literário de Portugal, e é um dos au-tores mais traduzidos fora de fronteiras. Vai estar na Casa da Cultura - Setúbal, em habitual sessão Muito Cá de Casa. Rosa Azevedo faz as perguntas e modera. Vamos ter muito gosto em conversar com Gonçalo M. Tavares. Convidados.

A peça de teatro “A Ra-zão”, uma sátira do Teatro Animação de

Setúbal, com encenação de Carlos Curto, que foi re-posta ontem, volta este sá-bado, às 21h30, e domingo, às 17 horas, ao palco do Fó-rum Luísa Todi. Com base na obra “O Auto da Razão”, de Jorge Palinhos, a peça explora relações íntimas vividas entre seres humanos, so-bretudo casais, num pano-rama de violência, degra-dação e intolerância. “A Razão” estuda a de-cadência dos valores hu-manos, em que a violência nas relações é vista aos

TAS repõe em cena as relações íntimas entre casais

ArteViva estreia comédia baseada em factos alemães do pós-guerra

olhos de quem a pratica, de quem é vítima, de quem a tenta esconder e de quem anseia fazer parte dela. Numa abordagem das “fe-ridas na carne” – por vezes, literalmente –, a obra ilu-mina os crimes cometidos à vista de todos e para os quais muitas vezes os es-petadores fecham os olhos. O TAS, por ocasião do 40.º aniversário, em 2015, recuperou a peça de Jorge Palinhos, distinguida com o Prémio de Teatro Miguel Rovisco/INATEL. “A Razão”, organizada num ato, sem intervalo, conta com interpretações de José Nobre, Miguel As-

O grupo ArteViva, do Barreiro estreou on-tem a sua nova pro-

dução intitulada “Hotel da Bela Vista”, uma comédia de Ödön von Horváth, en-cenada por Jorge Cardoso e Carina Silva. O elenco é composto por Alexandre Antunes, Henrique Gomes, Joana Pimpista, Patrocínia Cristóvão, Ricardo Guerrei-ro, Rui Félix e Rui Quintas. Um hotel de província, falido, algures na Europa central. Estação baixa. O dono (Strasser), o empre-gado (Max) e o motorista (Karl) partilham a mesma amante e única hóspede – uma aristocrata decadente (Ada). Chegará alguém (Müller) para cobrar uma dívida de champanhe. Che-gará Emanuel, irmão de Ada, a pedir-lhe dinheiro

para pagar dívidas de jogo. E chegará Christine, uma antiga conquista passagei-ra de Strasser, afinal “com consequências”. À primeira vista, parece que é tudo uma questão de dinheiro. “Hotel da Bela Vista” (que esteve para se cha-mar “Hotel Europa”) foi escrita em 1926. A Alema-nha procurava então so-breviver ao colapso eco-nómico do pós-guerra. A inflação e o desemprego tinham atingido níveis in-suportáveis. Haviam fa-lhado revoltas da esquer-da. Havia falhado o putsch de Hitler, em Munique. Só o exército garantia a so-brevivência da República de Weimar. De acordo com o ence-nador Jorge Cardoso, as expetativas para esta nova

AGENDA

sis, Sónia Martins e Susana Brito. O encenador, Carlos Curto, é também respon-sável pela banda sonora e pelo desenho de luz, en-quanto a cenografia e os figurinos são de Sara Ro-drigues.

Para maiores de 12 anos, o espetáculo resulta de uma parceria entre o TAS e a Sociedade para o Estudo e Intervenção em Engenharia Social. Bilhe-tes a 5 euros para a plateia e a 4 para o balcão.

produção são «as melho-res, tendo em conta a atua-lidade da peça». Este ano, o grupo bar-reirense tenciona levar também à cena as peças “La Nonna”, de Roberto Cossa, com encenação de Luís Pa-checo, e “A Exceção e a Re-gra”, de Bertolt Brecht, com encenação de Rui Quintas.

Prevê-se que a peça esteja em cena até ao dia 19 de Março, mas o público é «quem mais ordena», vin-cou Jorge Cardoso, às sex-tas e sábados, às 21h30. Mantém-se em cena, em si-multâneo, a peça para a in-fância e juventude “A Odis-seia de Ulisses... Manuel”, aos sábados, às 16 horas.

Legenda de fotografia Forum Cultural de Alcochete

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POLITICA

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

A construção do novo hos-pital do Seixal, a luz verde para dar seguimento à uti-

lização da Base Aérea do Monti-jo como complemento ao aero-porto da Portela, em formato ‘low coast’ e o ‘ataque’ ao amian-to que ameaça algumas dezenas de escolas do distrito, são, para já, no que toca ao distrito, garan-tias do atual governo liderado por António Costa. Adalberto Campos Fernan-des, o ministro da Saúde, afir-mou a retoma do projeto de exe-cução do empreendimento, e tudo indica que o Orçamento de Estado para este ano vai incluir as verbas suficientes para o pro-jeto de execução para que possa ser lançado o concurso em bre-ve. Foi o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, que acabou por esclarecer: «O orça-mento de 2016 não vai contem-plar ainda as verbas para a edifi-cação da unidade, mas constará

NOVO HOSPITAL DO SEIXAL, UTILIZAÇÃO DA BASE AÉREA DO MONTIJO E ‘ATAQUE’ AO AMIANTO NAS ESCOLAS DA REGIÃO

Garantias para uma carteira de investimentos do governo no distrito

o montante necessário para se avançar com os respetivos pro-jetos». A decisão do novo ministro da tutela está a deixar os autar-cas do eixo Seixal, Almada e Se-simbra, eufóricos, sobretudo porque este empreendimento tem sido, nos últimos anos, uma das principais reivindicações da Margem Sul. «Aquilo que foi in-terrompido pelo anterior minis-tro em 2011 vai ser retomado, o que são excelentes notícias para as nossas populações», frisou o autarca seixalense. Também a questão financei-ra, num momento em que a crise económica ainda paira sobre o país, foi analisada de forma po-sitiva na reunião que juntou o ministério e os presidentes das três câmaras envolvidas. «Não haverá encargos para o erário público, uma vez que se trata de uma obra orçado em 60 milhões de euros e só a população do Seixal, em IRS, paga ao Estado anualmente 120 milhões de eu-ros», disse Joaquim Santos.

Nas contas do autarca, o hospi-tal, com 72 camas, deverá estar construído em 2019 e 2020.

Pedro Marques alenta decisão pró Montijo

Também a possibilidade de tor-nar a Base Área N.º 6, do Monti-jo, num aeroporto “low coast”, projeto avançado e muito acari-nhado pelo anterior governo, parece não cair, agora, em saco roto. Quem o afirmou foi o mi-nistro do Planeamento e das In-fra-Estruturas, Pedro Marques. O governante já fez saber que «está a ser feito nesta fase o estu-do das soluções apontadas», mas sublinhou que a opção Montijo «está a merecer um destaque es-pecial», dando a entender que é do agrado do novo governo. Pedro Marques acentuou ainda, nesta perspectiva, a ur-gência de se contemplar uma solução urgente, tendo em conta que o aeroporto de Lisboa «já ultrapassou, em 2015, a barreira dos 20 milhões de passageiros»,

O Governo de António Costa já garantiu que o projeto da construção do novo hospital do Seixal vai mesmo avançar. E a utilização da base área do Montijo, em formato low coast, também agrada aos socialistas. A terceira boa notícia refere-se à resolução do amianto nas escolas do distrito. Tudo para acompanhar.

uma subida de 10,7 por cento em relação ao ano de 2014. Para fechar este primeiro ciclo sobre investimentos públicos na região de Setúbal, acresce a deci-são Tiago Brandão Rodrigues, novo ministro da Educação, que já garantiu, desta feita no Parla-mento, a revisão do mapeamento das escolas com edifícios que es-tão revestidos ou cobertos com

placas de fibrocimento, mais co-nhecido por amianto. «Iremos avançar já este ano com um nú-mero largo de intervenções em escolas nessas condições», ga-rantiu o ministro. Na península de Setúbal ain-da se encontram mais de duas dezenas de estabelecimentos de ensino sob esta ameaça para a saúde pública.

SETE ANOS DE CRESCIMENTO DE UM TERRITÓRIO QUE É HOJE UMA DAS GRANDES MARCAS DO PAÍS

Secretária de Estado do Turismo elogia ação do Turismo do Alentejo e Ribatejo

Ana Mendes Godinho, se-cretária de Estado do Tu-rismo, deslocou-se no

passado dia 13 à sede da Entida-de Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, em Évora, para conhecer de perto o po-tencial e as fragilidades do ter-ritório, bem como inteirar-se dos projetos e das estratégias que estão a ser implementadas no setor que tutela. António Ceia da Silva, líder da Turismo do Alentejo/Ribate-jo, apresentou à governante a estratégia para o turismo da-quelas regiões e explicou os propósitos dos planos opera-cionais estratégicos que estão a ser desenvolvidos para diferen-tes produtos turísticos dos des-tinos. O responsável regozijou-se pelo facto de Ana Mendes Godi-nho ter considerado a interven-ção da ERT como um «exemplo

Ana Mendes Godinho gostou do que ouviu e parece ter chancelado a estratégia ganhadora da entidade liderada por Ceia da Silva. O Alentejo continua a marcar pontos e ganhar notoriedade dentro de fora de portas.

no País», o que, para Ceia da Sil-va é encarado como «um sinal de que temos de continuar a trabalhar sempre, cada mais e melhor, no futuro». Ceia da Silva realçou ainda a postura de Ana Mendes Godi-nho, sublinhando que «estar no terreno é fundamental para ver de perto a realidade do territó-rio». Segundo o responsável, «o mais importante foi mostrar a nossa estratégia que temos vin-do a desenvolver ao longo des-tes últimos 7 anos, bem como levantar um pouco do véu da-quilo que projetamos para o fu-turo».

Debates e elogio em publicações estrangeiras

Os auditórios das bibliotecas de Reguengos de Monsaraz e de Odemira vão acolher, a 18 deste mês e a 16 de Fevereiro, sessões

de trabalho alusivas ao Plano Estratégico para o Desenvolvi-mento do Turismo Náutico no território. A iniciativa é da res-ponsabilidade da Entidade Re-gional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e pretende debater este tema com os agentes públicos e privados. A referida proposta foi ela-borada com base nos resulta-dos da consulta a vários agen-tes do setor público com responsabilidade na gestão do território e do levantamento efetuado no território junto dos empresários que operam na re-ferida atividade turística. De acordo com Ceia da Silva, o plano estratégico que a ERT pretende operacionalizar tem especial enfoque nas linhas de água interiores e nos principais eixos fluviais, no Alentejo Lito-ral e no Grande lago Alqueva e visa «estruturar, dinamizar e

promover o turismo náutico no Alentejo e Ribatejo». A Lonely Planet Traveller e a Wine Enthusiast Magazine, duas prestigiadas revistas in-ternacionais, dão grande desta-que ao Alentejo nas suas últi-mas edições. Colocam esta região entre as melhores do mundo para viajar. A Lonely Planet Traveller coloca o Alentejo entre os 52 melhores destinos do mundo para passear um fim-de-sema-na e destaca Elvas e as suas for-tificações, bem como a brancu-ra de Castelo de Vide e os cenários rochosos do Marvão. No artigo da Wine Enthusiast, o Alentejo é sugerido como um dos dez melhores destinos viní-colas para viajar em 2016 e con-siderada uma região “rústica, charmosa e a mais relaxante de Portugal, onde se encontram tintos prontos a beber”.

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DESPORTO

Publicamos, a título póstumo (ver pág. 2), este último texto do nosso colaborador David Sequerra, figura ímpar do desporto nacional durante algumas das décadas mais relevantes no panorama nacional, Último texto que é também o primeiro do ano, já que David Sequerra, sempre atento, deixou-nos algumas sugestões que em sua honra procuraremos cumprir.

Duas sugestões para um ano em cheio – 2016

E já estamos em Dezembro, às portas de festivo ano de 2016 em que Setúbal

vai ser a capital desportiva da Europa, com um magnífico programa de actividades que abrangem toda a cidade do rio azul mas também, justificada-mente, todo o Distrito.Entre tanto de negativo que inquieta a actual Europa, o que se perspectiva para Setúbal daqui por breves dias valerá como um bálsamo de paz e alegria, com a força da juventu-de em primeiríssimo plano.De parabéns a “equipa” autár-quica de firme liderança da Drª. Dores Meira que vai ter, de certeza, um 2016 em cheio.O programa de actividades

ainda não está completo- longe disso, seguramente. Nele se incluirá a participação semanal do “Semmais”, sob o impulso do dinamismo que se aprecia no Raul Tavares.Ainda com 2015 em curso – e como tempo passa depressa!- ouso adiantar duas sugestões de intervenção directa do “Sem-mais” relativamente ao Ano Europeu de que tanto de agradável se espera.E assim sendo, avanço:Sugestão 1: Prémio literário Semmais, para jovens (M/F) até aos 18 anos sobre o tema-base “Europa Século XXI”, com limite de extensão e ajuizamento de um Júri suficientemente representativo.

Prémio em viagem ou monetá-rio, com presumível atribuição de menções honrosas e publica-ção de destaque no “Semmais”.Sugestão 2: Repetindo o escalão etário, até aos 18 anos, um galardão atribuído ao mais destacado praticante desportivo (M/F) do Distrito podendo o prémio ser de viagem a evento desportivo na Europa e/ou compensação monetária suficientemente estimulante.

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRACOLABORADOR

Nos Prémios poderiam ser dados os nomes do Dr. Peres Claro (ilustre homem de cultura, sempre a apoiar a Juventude da sua cidade) e de Rosa Mota, de plena lógica ligada ao evento de 2016. A edilidade Setubalense bem poderia ter outras ideias o que muito me satisfaz. Em anteci-pação e na pessoa da Drª Dores Meira aqui deixo, versus 2016, as mais calorosas felicitações.

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

O presidente Fernando Oli-veira e o treinador Quim Machado anunciaram, na

passada quinta-feira, em confe-rência de imprensa a renovação de contrato do técnico e restante equipa técnica por mais uma época desportiva, ficando assim vinculados ao VFC até 30 de Ju-nho de 2017. Num claro reconhecimento do bom trabalho desenvolvido pelo treinador e seus pares e numa perspetiva de dar estabili-dade ao projeto desportivo sadi-no, o presidente do V. Setúbal, Fernando Oliveira, referiu que a prorrogação do vínculo se de-veu ao facto de Quim Machado ser «um treinador jovem, ambi-cioso e que encarnou na perfei-ção o espírito vitoriano, devol-vendo à massa associativa o gosto de ver a equipa de futebol do Vitória jogar. Neste momento os sócios têm prazer em vir ao Bonfim e queremos que sejam muitos mais. Paulatinamente

TRABALHO DO TREINADOR DO VITÓRIA RECONHECIDO PELO PRESIDENTE FERNANDO OLIVEIRA, QUE QUER DAR ESTABILIDADE AO CLUBE

Quim Machado renova por mais uma época

vamos alcançar esse objetivo», afirmou esperançoso. O líder sadino revelou, ainda, que «esta proposta de renovação foi acolhida de pronto pelo treina-dor, facto que nos apraz registar. Quim Machado mostrou sempre estar muito orgulhoso por repre-sentar o Vitória, por fazer parte deste clube e da sua grandeza», re-afirmando a total sintonia entre Conselho de Administração e equipa técnica, «sabemos bem o

A 3.ª Taça Cidade do Barreiro realiza-se a 6 de fevereiro, pelas 15 horas, no estádio

Alfredo da Silva. Frente-a-frente estarão os históricos GD Fabril e FC Barreirense. Tal como nas edições anteriores, este evento terá um cariz solidário. A receita da partida reverterá a favor da Cooperativa de Educação e Rea-bilitação de Crianças Inadapta-

que pretendemos para o futuro do Vitória e a nossa política desporti-va passa por continuar a apostar nos jogadores oriundos da forma-ção e continuar a prospeção de novos talentos em divisões secun-dárias, potencializando-os e tor-nando-os mais-valias para o plan-tel profissional de futebol. Sem receio desta realidade o treinador Quim Machado acolhe-os, traba-lha-os e os resultados estão à vista de todos», concluiu.

A época vitoriana sob a liderança de Quim Machado já está a dar frutos. Com a Liga a meio do caminho, o clube sadino já renovou com o atual técnico. O presidente Fernando Oliveira diz tratar-se de «reconhecimento do bom trabalho» e o acordo com toda a equipa técnica pretende «dar estabilidade».

SUK CHEGA AO CLUBE DOS SEUS SONHOSO VFC e o FC Porto, acordaram a trans-ferência definitiva do jogador avançado Suk, de 24 anos, para o em-blema azul e branco, indo ao encontro da-quilo que, sempre, foi a vontade manifestada pelo internacional sul coreano. Suk assinou um contrato válido por quatro épocas e meia, até 2020, e fica blindado por uma cláusula de re-scisão fixada nos 30 mil-hões de euros. O valor do negócio ronda os 1,5 milhões de euros por 70 por cento do passe. Fernando Oliveira agra-deceu «todo o empenho, entusiasmo e profis-sionalismo demonstra-dos ao serviço desta centenária camisola, desejando-lhe os maio-res sucessos profission-ais e pessoais». Entretanto, o cama-ronês Meyong já treina no clube. O experiente avançado, de 35 anos, estava sem clube desde que deixou os angola-nos do Kabuscorp no final de 2015. Meyong já representou o VFC em 1999/2006 e 2012/2013.

«Orgulho em ser treinador de um clube enorme como o Vitória»

O treinador Quim Machado tam-bém não escondeu o seu agrado neste momento e afirmou estar «muito satisfeito com o trabalho realizado nestes últimos seis me-ses. Isto não seria possível sem a minha equipa técnica que consi-dero muito forte, unida e compe-tentíssima. Sou uma pessoa de fácil relacionamento e este acor-do aconteceu de forma natural. O importante é vermos esta cidade e este clube unidos e devolver-mos ao Vitória o estatuto que já teve em tempos mas para isso é preciso muito trabalho. É essa a minha única promessa: muito trabalho. Temos realizado boas exibições e o nosso foco é andar-mos sempre do meio da tabela para cima. Resta-me agradecer ao presidente este convite, que aceitei de pronto por tudo o que vivi aqui nestes últimos seis me-ses e pelo orgulho que represen-ta para mim ser treinador de um clube enorme como o Vitória», finalizou.

das da Moita e Barreiro.Os ingressos, no valor de 2 euros, encontram-se disponíveis no pos-to de turismo do Barreiro, auditó-rio Augusto Cabrita e, no dia do jogo, na bilheteira do GD Fabril.A edição de 2015 foi vencida pelo FC Barreirense que bateu o GD Fabril por 2-1, empatando o nú-mero de troféus conquistados pe-las equipas – 1-1, já que na edição

inaugural da Taça havia sido o GD Fabril a vencer (2-0).O evento é organizado pela CMB, Associação de Futebol de Setúbal, Futebol Clube Barreirense e Gru-po Desportivo Fabril. Conta com o apoio das freguesias do conce-lho e do núcleo de Confraterniza-ção dos Árbitros de Futebol do Barreiro.Entretanto, no próximo dia 21, a

mata nacional da Mata da Macha-da vai receber, a partir das 9 ho-ras, o Corta-Mato Concelhio de Desporto Escolar.A edição de 2015, realizada a 15 de janeiro, contou com 322 alunos/atletas, do 1.º ao 3.º ciclo de ensino de estabelecimentos do Barreiro. A organização é do Desporto Es-colar da Península de Setúbal e do município.

3.ª Taça em futebol “Cidade do Barreiro” disputa-se a 6 de fevereiro

12 | SEMMAIS | SÁBADO | 16 DE JANEIRO | 2016

NEGÓCIOS

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, considera que a atividade da ArtesanalPes-

ca, que está dotada de uma uni-dade transformadora de pescado com tecnologias avançadas, é «um exemplo notável de empre-endedorismo». A Ministra deslocou-se, no passado dia 13, ao porto de Abri-go de Sesimbra, numa visita de trabalho, na companhia do Se-cretário de Estado das Pescas, José Apolinário, e do diretor--geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas da União Europeia, João Machado, com o objetivo de dar a conhecer ao represen-tante das pescas na UE, a vitali-dade do sector. «Quisemos dar a conhecer a João Machado coisas muito boas que existem em Portugal, algumas com apoio e financia-mento comunitário. E nós temos a prova em Sesimbra, onde exis-te uma das lotas mais importan-tes do País, que é possível com-patibilizar a pesca com a comunidade local e, também, as exigências da modernidade e sa-nitárias», acrescentando que Se-simbra «anda sempre nos pri-meiros lugares em termos da quantidade de pescado e de va-lor das vendas, por isso, quise-mos dar a conhecer um bom exemplo do que temos em Por-tugal e também tomar conheci-mento daquilo que é necessário fazer para que haja a continui-dade de bons investimentos». A comitiva, que integrou res-ponsáveis da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, da Docapesca, da autoridade marí-tima, da Associação de Armado-

MINISTRA DO MAR, ANA PAULA VITORINO, VISITOU PORTO DE SESIMBRA PARA ‘VENDER’ EXCELÊNCIA À EUROPA

«A lota de Sesimbra é um bom exemplo das coisas boas que temos em Portugal»

res de Pesca do Centro e Sul, e os presidentes do município e As-sembleia Municipal local, per-correu as instalações da APSS, lota da Docapesca e Artesanal-Pesca, tendo ficado a par de pro-jetos levados a cabo nos últimos anos pelas várias entidades, os quais foram elogiados por Ana Paula Vitorino. «Estes investimentos mos-tram bem a capacidade de tra-balho, o esforço de moderniza-ção e a aposta no desenvolvimento do sector, su-blinhou a titular na pasta do mar, que classificou Sesimbra como um bom exemplo na área das pescas, «porque tem sabido conciliar a tradição da pesca ar-tesanal com a sustentabilidade dos recursos». A Ministra revelou ainda que o Governo pretende implemen-tar no currículo escolar um pro-grama de literacia oceânica, e que vai reforçar a verba na in-vestigação, para que as decisões sobre as quotas pesqueiras se-jam tomadas com maior consis-tência, especialmente no que diz respeito à sardinha. Esta opinião foi corroborada por João Aguiar Machado, que considerou «fun-damental manter o equilíbrio entre as necessidades do sector e os recursos».

Município sesimbrense preserva identidade local Durante a visita os responsáveis pelo sector das pescas ficaram ainda por dentro de alguns dos projetos dinamizados pelo mu-nicípio na preservação da iden-tidade local, muito associada ao mar. «A pesca tem uma grande importância na economia do concelho, e nesse âmbito, Se-simbra tem vindo a desenvolver

diversas medidas com vista à preservação da identidade marí-tima de que são exemplo, a re-qualificação do mercado do pei-xe, a abertura do Museu Marítimo na Fortaleza de San-tiago, e a campanha Sesimbra é Peixe», afirmou o edil Augusto Pólvora. O autarca mostrou grande satisfação pelo facto de Ana Paula Vitorino ter escolhido Se-simbra, uma terra que está dota-da de uma das principais lotas do País. «Sesimbra tem a primei-ra lota do ranking nacional, em termos de tonelada descarrega-das em lota, e a segunda em va-lor. Além disso, a ministra e co-mitiva visitaram também projetos com grande impacto a nível local e nacional, como é o caso da ArtesanalPesca, que tem uma unidade de transformação e de congelação que é das mais importantes do País, e o projeto embrionário, muito interessan-te, que é o do Cabaz do Peixe, a cargo de uma pequena organi-zação de produtores locais», su-blinhou o edil. Requalificação total do edifício da lota da Docapesca

João Carlos Pólvora, diretor do Centro Sul da Docapesca, que engloba as lotas de Setúbal, Se-simbra e Sines, revelou que a instituição tem apostado, nos últimos anos, no «melhoramen-to das suas infraestruturas para que se adequem à realidade no que se refere à higiene e à segu-rança alimentar». «Temos feito alguns esfor-ços, as coisas têm melhorado muito e mostrámos à senhora ministra que os esforços têm va-lido a pena e que vamos conti-nuar a investir para melhorar,

cada vez mais, as condições de trabalho e o apoio à pesca pro-fissional», argumentou, realçan-do que o investimento efetuado no espaço da lota da Docapesca rondou os 300 mil euros. A Docapesca revelou à mi-nistra do Mar que é fundamen-tal, no futuro, avançar com a construção de um pavilhão de apoio à descarga do cerco, uma vez que o nível de toneladas de cerco descarregadas em Sesim-bra tem vindo a aumentar ano após ano. «As condições para fa-zer a escolha desse pescado não são as mais apropriadas. Esse é o investimento mais importante que pretendemos fazer», vincou.

ArtesanalPesca quer continuar a crescer

Já Manuel Pólvora, responsá-vel pela ArtesanalPesca, deu a

Dar a conhecer a lota de excelência que existe em Sesimbra, que anda sempre nos tops de vendas e de qualidade e que é considerada um dos bons exemplos das coisas boas que ex-istem em Portugal, foi o grande objetivo de Ana Paula Vito-rino, em levar ao local o diretor-geral dos Assuntos Maríti-mos e das Pescas da União Europeia, João Machado.

conhecer à Ministra do Mar, que para uma maior capacida-de de armazenamento e conge-lamento é necessário construir uma nova infraestrutura, que irá «duplicar a quantidade de peixe». Sobre a atribuição das quotas de pesca para 2016, Ma-nuel Pólvora diz que a pesca artesanal foi a «mais penaliza-da» e que, por isso, no futuro, deve ser «ainda mais protegi-da». E destaca que em 2015, a ArtesanalPesca aumentou «li-geiramente» o seu volume de negócios, que deve ficar muito próximo dos 17 milhões de eu-ros. «Para uma cooperativa de armadores, estes valores de-vem ser dignos de orgulho. Acreditamos que se pode fazer mais e, por isso, em parceria, deixem-nos crescer no porto de Sesimbra». A ArtesanalPesca, uma orga-nização de produtores de pesca, foi fundada em 1986. A ela estão associadas cerca de 50 embar-cações. Está sedeada no porto de pesca de Sesimbra e é reco-nhecida por ser a única OP que assegura a venda da totalidade do peixe capturado pelos seus sócios. O maior empregador privado do concelho dá empre-go direto a 70 pessoas, o que re-presenta mais de 300 famílias, em termos de envolvência de todas as embarcações. Em 2015 a produção dos barcos da em-presa, em peixe fresco, ultrapas-sou as 10 mil toneladas. Depois da construção da nova fábrica, em 2015 a ArtesanalPesca dupli-cou a quantidade de processa-mento de pelágicos, isto sem contar com a sardinha. Com ex-portação para 9 países, a em-presa tem apostado na qualida-de dos seus produtos e na valorização dos seus meios tec-nológicos.

MUNICÍPIO RELEMBROU A IMPORTÂNCIA DA VARIANTE AO PORTO QUE NÃO SAI DO PAPEL HÁ MAIS DE 30 ANOSAugusto Pólvora aproveitou a ocasião para relem-brar a Ana Paula Vitorino para a importância da construção da variante ao porto de Sesimbra. «É uma obra que está prometida há mais de 30 anos. Está ras-gada na serra, quando foi construído o porto de Ses-imbra, nos anos 80. Havia um projeto de uma vari-ante de acesso ao porto que nunca arrancou. A obra tem vindo a ser adiada, de ano para ano. Já esteve em PIDDAC nos anos 90 e inserida numa futura via rá-pida para Sesimbra, que nunca se fez, e, mais recente-mente, foi inscrita no conjunto das Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado, aprovado pelo ante-rior Governo. É uma promessa que os sesimbrenses aguardam há mais de 30 anos», revelou.

SEMMAIS | SÁBADO | 16 DE JANEIRO | 2016 | 13

NEGÓCIOS

TEXTO RAÚL TAVARESIMAGEM SM

FELIZ PARCERIA ABRE “WINE NOT?” PARA DEGUSTAR PETISCOS E BEBER VINHOS DE EXCELÊNCIA

Casa Ermelinda Freitas já tem ‘casa de vinhos’ no coração da capital

Antoine Velge substitui Melo Pires na AISET

Porto de Sines movimentou 43,9 milhões de toneladas de mercadorias em 2015

Tome nota do endereço: Rua Ivens, N.º 45, num dos pul-mões do Chiado. É aqui, sem

mais desvios, que se pode reunir os amigos à volta de uma amena cavaqueira e partir para uma de-gustação gastronómica rica em variados petiscos, para todos os gostos e paladares, provando os vi-nhos da “Casa Ermelinda Freitas”, dos melhores do país, brancos, es-pumantes, roses, tintos e moscatéis.

É a ‘boom’ da moda e a “Casa Ermelinda Freitas” não podia deixar de marcar presença. Lisboa ganhou, a partir desta quinta-feira, um novo ponto de encontro, onde se pode comer petiscos e tapas bem ao gosto da nossa gastrono-mia, e provar os néc-tares da marca “Ermelinda Freitas”. É só partir à aven-tura.

Trata-se de novo projeto com a marca da “Casa Ermelinda Freitas”, numa parceria «moti-vante e desafiante», com João e Rute Ribeiro, um casal empreen-dedor, já com provas dadas no setor da restauração e turismo, proprietários também do 4.º me-lhor hostel do mundo, “Lost In Lisbon”. «Estamos muito entu-siasmados com este novo proje-to, que andou a velocidade cru-zeiro, devido à grande empatia e reconhecimento de competên-cia, dos nossos novos parceiros»,

disse ao Semmais Leonor Freitas, a gerente da empresa vitivinícola de Fernando Pó, após a inaugu-ração do espaço, quinta-feira. Para Leonor Freitas, é mais um «empreendimento de alma e coração», que têm empurrado a empresa de Palmela para o su-cesso dos últimos anos. «Esta-mos particularmente felizes e toda a família e colaboradores mais próximos de empenharam para que corresse bem. Com este projeto fechamos um ciclo e abrimos um outro, porque con-

cluímos o museu e a adega e, agora, temos um espaço nobre na capital onde se podem beber os nossos vinhos como se esti-vesse em nossa casa», disse a empresária. E acrescentou: «a par disto, há que sublinhar que estamos a falar de um espaço onde se pode comer muito bem, como já provámos».

Projeto de excelência com tudo para dar certo

O “Wine Not?”, ocupa o espaço

Antoine Velge, administra-dor da Sapec, substitui o diretor-geral da Volkswa-

gen Autoeuropa, António Melo Pires, à frente dos destinos da As-sociação da Indústria da Penín-sula de Setúbal (AISET). A decisão foi tomada por unanimidade na reunião de fun-dadores, que decorreu recente-mente nas instalações da ATEC de Palmela. Antoine Velge é o novo presi-dente da AISET e Margarida Perei-ra, diretora da área de engenharia da Volkswagen Autoeuropa, assu-me as funções de vice-presidente da AISET. António Pires, renunciou ao cargo, depois de ter nomeado vice-presidente da área de pro-dução do grupo alemão, para a América do Sul. O encontro, que serviu para a eleição do novo presidente, para além das presenças da

onde, com grande êxito, vingou o “New Black”, um conceito mais de restauração pura e dura, com clientela muito fidelizada. «Quisemos mudar e, sobretudo, apostar num conceito que está cada vez mais na moda e com um tipo de procura mais exigen-te e madura. O convite e a apos-ta nesta parceria, tem a ver com a qualidade e reconhecimento dos vinhos “Casa Ermelinda Freitas”. Não podíamos avançar para este desafio com uma mar-ca qualquer. Fomos felizes pela aceitação imediata da Dra. Leo-nor Freitas e restante família. Não tenho dúvidas que é um projeto que tem tudo para dar certo», disse ao Semmais João Ribeiro. E nenhum pormenor foi des-curado, inclusive a formação dos colaboradores que vão ago-ra dar a cara pela boa articula-ção gustativa de petiscos e vi-nhos, porque é preciso saber casar as duas artes. «Os nossos colaboradores visitaram a “Casa Ermelinda Freitas” e puderam apreender a riqueza e as pro-priedades de cada um dos vi-nhos com que vamos acompa-nhar e brindar a nossa oferta gastronómica. Só assim faz sen-tido, porque cada escolha de vi-nho da “Casa” tem uma ligação singular com cada um dos petis-cos ou tapas», salientou João Ri-beiro.

Volkswagen Autoeuropa e Sa-pec, contou ainda com as pre-senças dos mais prestigiados representantes da Secil, Siderur-gia Nacional, Lisnave, Visteon, Lauak, Fisipe, Lusosider, Syste-on, Casa Ermelinda Freitas e Jai-me F. Ribeiro.

O Porto de Sines fechou o ano de 2015 com mais de 43,9 milhões de toneladas

de mercadorias movimentadas, representando um crescimento homólogo de 17%, para o qual contribuíram todos os segmen-tos de carga. No que respeita à carga con-tentorizada foram movimenta-dos 1,33 milhões de TEU, mais 8,5% que no ano passado, man-tendo-se a trajetória de cresci-mento sustentado que este tipo de carga tem apresentado desde a entrada em operação do Ter-minal XXI. O segmento dos granéis sóli-dos, onde se destaca o carvão, foi o que mais cresceu, com uma evolução de 19.5% para os 5,9 milhões de toneladas de merca-dorias. Já no segmento dos gra-néis líquidos, que inclui ramas, refinados e gás natural, foram alcançados 21,5 milhões de to-

neladas movimentadas, repre-sentando um crescimento ho-mólogo de 19,1%. Em 2015 o Porto de Sines re-cebeu 2.187 navios, mais 9,2% que no ano anterior, enquanto que o GT total aumentou 14%, para mais de 80 milhões de to-neladas, demonstrando que os

navios operados em Sines são cada vez de maior porte. Estes resultados estão inti-mamente relacionados com a de-dicação e capacidade de toda a Comunidade Portuária que, dia-riamente, trabalha para garantir a elevada qualidade do serviço prestado aos clientes do porto.

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Raul TavaresDiretor

Tempo novo político – o que é isso?

A nossa Tragédia optimista

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Há homens que marcam a sua passagem pela

vida de uma forma relevante. Deixam marcas e ainda mais saudades quando partem.David Sequerra, que nos deixou esta quinta-feira, é uma dessas figuras singulares, fundador do Clube Nacional de Imprensa Desportiva, obreiro de algumas das façanhas do nosso futebol juvenil e uma personalidade rica em pensamento e atividade.Quase nunca parou de escrever. E fê-lo sempre com a mesma sabedoria. E nem sempre escritos virados para a sua realidade próxima, o futebol. Coube-me a honra, enquanto diretor deste jornal, de o ter entre nós, todas as semanas, nos últimos anos.Sequerra brindava-nos com as suas memórias, as suas evocações e os reparos. Sempre de forma cuidada, mas firme nas convicções. Sempre acutilante. A nossa relação, porém, era e foi, muito mais ínti-ma. Conheceu-me desde criança, na terra de ambos, a nossa querida Sesimbra. Conheceu e conhecia toda a minha família, desde os meus avós paternos aos meus sobrinhos. Foi também o primeiro jornalista sesimbrense que me habituei a saber que era. Quando iniciei esta coisa de escrever para jornais, colocava-o num pedestal. E essa deferência mantive-a sempre.Mas a nossa missão de vida e isto. Concluir um ciclo e partir. David Sequerra talvez tenha partido cedo demais, mas deixou um legado. Bem haja por isso!

A partida de David Sequerra

OPINIAO

No início de um novo ano os Portugueses, serão chamados a pronuncia-

rem-se sobre a escolha de um novo Presidente da República, o qual, atendendo à Constituição e à tradição será o Comandante Supremo das Forças Armadas durante a próxima década. Pegando nos pensamentos do Papa Francisco editados em livro no qual valoriza a situação dos pecadores que sabem pedir perdão e aprender com as falhas, no entanto coloca num patamar diferente e não merecem a comiseração os corruptores, porque estes enaltecem as suas práticas e a ganância gera a maior ganância. No fundo e sem termos tido a oportunidade de ler o seu livro, o Papa Francisco coloca o homem como um ser pecador mas simultaneamente tolerante e que sabe reconhecer os seus erros, mas exorta-nos contra aqueles que não aprendem com as suas falhas e ainda prosse-guem no caminho da superiori-dade perante os seus semelhan-tes, não lhes deverá ser dado perdão na Terra.Refletindo sobre o que ouvimos das intervenções dos candida-tos ao cargo de Presidente da República, tentamos perceber certos “sound bits” e frases soltas da campanha. Chegamos a várias conclusões as quais procuremos de seguida abordá--las em jeito de preocupação.1. Uma década depois da Nação ter iniciado um ciclo “virtuoso?” que permitiu caminhar alegre-

mente quase para o cataclismo da História, temos de regresso protagonistas e ensaístas por trás de um “profeta” de um tempo novo. Aqueles que pactuaram e muito em atos que têm sinais de corrupção demoram a ser julgados, mas hoje pavoneiam as suas indu-mentárias. O povo hoje tende a esquecer alguns dos episódios no passado, onde alguns cidadãos fizeram as denúncias do que se estava a passar e os riscos futuros. Parece que esses que no passado anunciaram na altura os “tempos vindouros” carregados de pragas eram apenas doidos e sem consciên-cia dos perigos que correriam, só o presente lhes dá razão. Como é possível aparecerem candidatos oriundos daqueles que há uma década trouxeram as pragas. 2. Nos últimos anos Portugal e os portugueses com muitos sacrifícios, conseguiram encontrar um rumo diferente e envidar os esforços para que esta Nação tivesse uma História mais credível para ser contada daqui a alguns séculos. No entanto, ao que parece os egoísmos individuais sobre-põem-se ao interesse coletivo, porque caminhamos de novo para adquirir todo tipo de benesses, esquecendo que há uma Nação para além dos nossos dias a preservar.3. Muitos dos eleitores atuais ainda fazem parte de uma geração em que o respeito pelo Chefe de Estado é um valor

A minha trouxa, as minhas peúgas, a minha Maria! Desde que o Homem é

Homem que esbarramos contra esse muro: trazemos este fado dentro de nós!”, diz o marinheiro anarquista Aleksei à Comissária, na minha cena favorita d’A tragédia optimista. A jovem bolchevique (“desde 1916”) responde-lhe: “Achas que contra o ‘eu’ e contra o ‘meu’ já não há nada a fazer? Basta uma galinha para virar os homens uns contra os outros. Fecham-se em casa, barricados com a sua galinhita bem segura… e não vêem as manadas de vacas gordas que lhes passam mesmo diante do nariz”. Ela faz-lhe um discurso inflamado, que ele escuta de costas voltadas, para no final rematar com um desconcertante: “Com jeitinho até marchavas…”. Suspeito de que tenha sido a leitura deste trecho que me fez

relevante na formação cívica. A democracia não justifica a libertinagem de vozes de agentes políticos que nos últimos anos têm dado o exemplo infeliz em maltratar a figura do P.R. Consequentemente, temos quase uma equipa de futebol a compe-tir para o cargo mai elevado da hierarquia do Estado. Mas, do conjunto de “atletas” temos três grupos distintos: há um primeiro grupo de amadores que procu-ram dar nas vistas, nos quais consegue-se extrair pensamen-tos engraçados em certos casos, depois temos um segundo grupo (4) com alguma tarimba do jogo, mas sem um pensamento coerente e nenhum tem perfil de estadista para o desempenho do cargo, por fim temos uma estrela do espetáculo, e apesar do perfil de estadista não temos a certeza do seu tipo de jogo, em qualquer momento faz um drible para um lado e para o outro.4. É confrangedor que Portugal com tantos homens e mulheres estadistas que possui não tenha conseguido ter um grupo de candidatos à Presidência da República que elevasse o nível de debate de ideias e pensamen-tos estratégicos, combatendo a iliteracia reinante. Existe na

EDITO

RIAL

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

ZEFERINO BOALCONSULTOR DA SITEL PORTUGAL

corrida a Belém um candidato que reúne perfil de Estadista e que procura um isolamento de tal modo tão acentuado para que não se confunda com o restante pelotão que corre o risco de não ser compreendido pela maioria dos eleitores. No fundo é um anunciador dos tempos novos que se precisam: novos ideais, novos combates políticos e não tornar a arte de governar e fazer política uma telenovela diária.5. Desejamos que após estas eleições presidenciais o para-digma da política se altere, são precisos atores novos e sérios, condicionando os oportunistas de ocasião. Porque é mais útil ao país ter agentes que erram e corrigem as suas falhas do que aqueles que continuam a pavonear-se como os arautos de boas práticas, repetindo erros do passado; em último recurso serão as bases dos partidos políticos a promover a reestruturação dos mesmos abrindo as estruturas ao contributo da sociedade em geral, se tal não ocorrer terão que ser encontradas novas formas de fazer política e valorizar a arte de governar. Assim seja!

não mais abandonar o desejo de montar o texto de Vsevolod Vichnievski – um russo que já quase ninguém sabe quem é. Nesta discussão entre a bolchevi-que e o anarquista está muito bem resumida a divergência entre as suas posições, entre o individual e o colectivo – mas há lá mais qualquer coisa (o desabafo final do marinheiro, pois claro) que distingue o Autor. Vichnievski fala de ideologia mas não cria autómatos – descreve--nos pessoas.A tragédia optimista é tida como um dos textos fundamen-tais da dramaturgia europeia. Escrita em 1932 para celebrar os 15 anos da formação do Exérci-to Vermelho, foi reescrita (e truncada, do meu ponto de vista) pelo próprio Autor, e foi levada à cena na Madrid cercada pela Falange, na Berlim da década de 70 (e das brigadas

Baader-Meinhof), e em França (em 1974 por Jean-Pierre Vincent, e em 1998 por Bernard Sobel, que fez a acção da peça decorrer defronte dos edifícios de uma “Wall Street universal”). Como é que se mobilizam vontades individuais dispersas em torno de uma causa colecti-va? Até que ponto é legítimo manobrar para levar esse projecto adiante? O que é a vida? Um intervalo temporal de uma existência biológica; ou um instrumento para participar na construção de algo que nos sobreviva? Metafísicas à parte:

seremos nós um amontoado de células com o desaparecimento marcado desde o dia em que nascemos; ou poderemos julgar-nos apenas uma parte de um corpo maior – a Humanida-de – que não pára de crescer, e progredir, em função da renovação dos indivíduos que a compõem? Seremos nós intrinsecamente bons, ou não?São problemas destes que a Comissária tem para resolver. São estas as perguntas que vos colocamos, de novo a partir de 13 de Janeiro, quando repuser-mos o nosso espectáculo.

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

SEMMAIS | SÁBADO | 16 DE JANEIRO | 2016 | 15

OPINIAOO que ficou do que ficou.

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

2015. Mais um ano chegou ao fim. Passou rápida ou lentamente de acordo com a

sensibilidade de cada um. O que ficou, afinal, do que ficou? Para começar a, aparente, mudança da maré da austeridade. A austerida-de mais, virou austeridade menos. Esta “transição” de pensamento (ou de perceção) é uma das marcas de 2015.Mudámos de primeiro-ministro. Quase no final do ano. Sobre o novo (atual) é ainda cedo para sabermos o que vale. Sobre o anterior é o último (será?) de uma linha de primeiros-minis-tros salvadores.Cada um deles encontrou o país à beira da ruina e do caos. E, em consequência, cada um dos 4 últimos primeiros-ministros propôs, nada mais, nada menos, do que salvar o país. Como salvadores deveriam, talvez, formar uma religião em vez de se dedicarem à política. Se salvaram, ou não, não sabemos. Como não sabemos se precisá-

vamos mesmo de ser salvos. Seja como for a continuarmos esta postura talvez os primei-ros-ministros se devessem chamar todos “Sebastião”. Sebastião I. Sebastião II. Etc. Até à salvação final.Outra marca de 2015 foi a incerteza. Incerteza generaliza-da. Incerteza quanto ao rumo da europa. Na verdade a certeza de que a europa não tem qualquer espécie de rumo. Incerteza na crise dos refugiados. Incerteza perante a ameaça terrorista. Incerteza quanto à economia. Incerteza quanto à futura geografia da europa (o Reino Unido fica?). Por isso a incerteza veio para ficar. E teremos de nos habituar a viver com ela. Hoje e no futuro próximo.Ainda em 2015 continuámos a assistir à fuga do futuro para parte incerta. Nada mais, nada menos, do que 315.000 portugue-ses emigraram nos últimos 3 anos (fonte: observatório da emigração). É por isso que em

qualquer reportagem, sobre qualquer tema, e em qualquer lugar, temos sempre um portu-guês a explicar, na primeira pessoa, o que se passou. No essencial emigrámos para países europeus, com destaque para o Reino Unido (65.000 em 2 anos). Como resultado Portugal é hoje o país da União Europeia com mais emigrantes relativamente ao número de residentes: 2,3 milhões vivem no estrangeiro (um quinto da população). Uma parte destes emigrantes são os nossos jovens. Muito qualifica-dos. Qualificações pagas por nós. Qualificações que vão tornar melhores outros países que não o nosso. Esta partida, entre tantas outras consequências, torna-nos mais pobres. Muito mais pobres.Agora emigrantes mas ao contrário: imigrantes ou refugia-dos. O principal problema com que a europa se deparou não chegou, em 2015, a ser um problema português. Aparente-mente os refugiados não

quiseram vir, pelo menos em número significativo, para Portugal. Eventualmente um problema a menos para eles e um problema a menos para nós. Quem sabe?E, por último, a constatação de que há coisas que nunca mudam. 2015, tal como os anos anteriores, foi o ano dos bancos. Com notícias para todos os gostos mas sempre com o mesmo denominador comum: vêm aí problemas. Problemas que você vai pagar. De uma forma ou de outra. Sempre, independentemente do governo, da conjuntura ou do ano, se encontraram soluções para os bancos. Mesmo quando não havia soluções para as pessoas.

Abertura

Porque votarei Marcelo

À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

Acto ou efeito de abrir. Facto de alguma coisa começar. Começo. Início.

Cerimónia ou evento que marca um início. Inauguração. Quali-dade de ser sincero. Franqueza. Sinceridade. Qualidade de sentir e/ou mostrar compreensão. Tolerância. Capacidade de apreensão e aceitação de novas ideias. Peça orquestral que inicia uma ópera, oratória e suite para orquestra. Pluralidade e indeterminação do significado de um texto. Não escolhemos esta palavra ao acaso para dar nome à apresen-tação da Companhia Mascare-nhas-Martins. Abertura. Alguns dos sentidos que dela podemos retirar revelam as nossas

intenções. Quanto aos mais literais, importa explicar o seguinte: não vamos inaugurar nenhum espaço – não o temos (por enquanto) – mas sim uma ideia. Tal como na epígrafe de um livro, na abertura de uma sinfonia, ou no genérico de início de um filme, fazemos questão de anunciar a postura que vai definir seja o que for que façamos. Queremos dar o tom. As nossas escolhas podem ser intuitivas mas não arbitrárias. Abertura. Franqueza. Sincerida-de. Capacidade de apreensão e aceitação de novas ideias. Aquilo que queremos inaugurar é um espaço de liberdade, no qual se possa reflectir sem estar a servir nada mais do que a

própria reflexão. É o reclamar de um poder que os artistas e os agentes culturais poucas vezes têm, especialmente a partir do momento em que, para sobrevi-verem, são tantas vezes encosta-dos à parede pelos vários poderes: a submissão ou a vida? Primeiro é preciso dinheiro, depois logo se vê. Nós pensamos ao contrário: primeiro a liberda-de, depois logo se vê...Curiosamente, pensamos de acordo com a Constituição da República Portuguesa:Artigo 73.º, n.º 3: “O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegu-rando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com

A candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa (MRS ) à Presidência da República

não pode, na minha opinião, deixar de ser vista como uma excelente notícia para todos aqueles que, independentemen-te do seu alinhamento político e (ou) partidário, valorizam o mérito pessoal no desenvolvi-mento e progresso de qualquer sociedade.No que me diz respeito, vejo na personalidade de MRS, na sua inteligência, generosidade, cultura, argúcia e vivacidade, características fundamentais e determinantes que o mais alto magistrado da Nação deve ter para corporizar uma mudança necessária e sinalizar um novo tempo para o nosso País.Esta minha sintonia com o

Mesmo sabendo que existe um “seguro” para os depósitos, em caso de falência, ainda assim os bancos foram “salvos”.Sabendo nós, “simples” cidadãos, que nada está a salvo. Parte pela imprevisibilidade do futuro. Parte por opção. Salários e pensões podem ser cortados. Rendas de casa não pagas significam despejo. Pequenos negócios sem lucro são sinóni-mos de falência. Agora bancos, não. Nem pensar! Estão sempre protegidos. Façam o que fizerem. Arruínem quem arruinarem. Têm sempre um futuro garantido.Será que esse futuro, sempre ruinoso e sempre escandaloso, se repetirá, ainda e de novo, em 2016?

os órgãos de comunicação social, as associações e funda-ções de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes culturais”. Artigo 43.º, n.º 2: “O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas,

políticas, ideológicas ou religiosas”. Primeiro a liberda-de, depois logo se vê. Abertura. Pluralidade e indeter-minação do significado de um texto. Grau de abertura. Limita-ção das possibilidades de interpretação a partir da configuração de um texto. Liberdade. Responsabilidade. Consciência. Igualdade. Frater-nidade. Abertura.

candidato resulta não apenas da partilha de muitas ideias políticas e sociais, mas também, por pensar que a sua personali-dade cordata e humanista aliada ao seu apego ao serviço público se adequam, na perfeição, ao de-sempenho do cargo em coabita-ção serena, mas firme, com os outros órgãos de soberania.Numa candidatura que é individual e nasce de um impulso e de uma vontade de quem aspira exercer as funções presidenciais é muito importan-te que os pontos de contacto com os eleitores sejam múlti-plos, para além da inevitável proximidade ideológica e política.Mas, abstraindo do aspecto político, há em MRS traços de personalidade e de carácter que

vão alargar a sua base de apoio, muito para além do expectável eleitorado, dito ‘natural’.Estou a pensar, sobretudo, no eleitorado feminino e na juventude.Ao longo da sua vida política, MRS tem tido sempre uma grande empatia e intuição para o papel activo que as mulheres devem ter na sociedade, salientando as suas qualidades, estimulando a sua participação efectiva em todos os quadrantes sociais e promovendo a luta contra as desigualdades que persistem. De igual forma, muitos jovens que estão desmotivados e afastados da realidade política e partidária, sentem-se atraídos pelo seu ‘magnetismo’ , pela sua grande capacidade de comuni-

cação e pela sua energia contagiante. Fácilmente atrai a atenção dos jovens, porque desmistifica assuntos comple-xos, torna-os fáceis de entender e tem sempre uma voz de esperança e uma mensagem de optimismo. (esta percepção sedimentei-a em longas conver-sas com o meu filho que, embora não politicamente ativo, segue atentamente as suas opiniões e comentários). MRS possui um carisma natural,

é um homem de afectos e trato simples, com grande inteligência e sentido de humor, bom ouvinte, tolerante e com diálogo fácil que lhe permite comunicar com todas as camadas e estratos sociais, independentemente da idade, raça, credo e convicção política.Com toda a experiência que a idade ajudou a acumular, será seguramente, a personalidade certa para unir e mobilizar o nosso País.

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LINA GONZALEZCONSULTORA