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Pub. Pub. www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares Sábado | 18.Fevereiro 2012 semanário - edição n.º 702 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Distribuído com o VENDA INTERDITA Actual Distrito vai ter Carnaval em grande 7 Pub. +POLÍTICA O de- putado Eduardo Cabrita vai candi- datar-se à lideran- ça do PS no distri- to. Diz-se capaz de unir os socialistas e quer ganhar. Sistema de radares sem data para vigiar a nossa costa Plataforma petrolífera a caminho de Setúbal +NEGÓCIOS Um grupo holandês quer tra- zer para Setúbal uma plataforma petro- lífera desactivada para transformá-la numa unidade hoteleira. E podem surgir outras, caso haja interesse das autorida- des portuárias. A plataforma, com 87 me- tros de altura, já está em trânsito da In- donésia para a Holanda, à espera da re- bocagem até à costa sadina. PÁG. 10 PÁG. 15 PÁG. 22 PÁG. 4 Cabrita quer ganhar distrital do PS Câmara sadina investe meio milhão nos bairros sociais “Nova Expo da Margem Sul está ferida de morte? PÁGS. 2 e 3 DR DR +Região Santiago vai ser a catedral do caravanismo 14 Anti-stress Herman volta ao Casino de Tróia 12

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www.semmaisjornal.comDirector: Raul TavaresSábado | 18.Fevereiro 2012 semanário - edição n.º 702 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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ActualDistrito vai ter Carnavalem grande

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+POLÍTICA O de -putado Eduardo Cabrita vai candi-datar-se à lideran-ça do PS no distri-to. Diz-se capaz de unir os socialistas e quer ganhar.

Sistema de radares sem data para vigiar a nossa costa

Plataforma petrolífera a caminho de Setúbal+NEGÓCIOS Um grupo holandês quer tra-zer para Setúbal uma plataforma petro-lífera desactivada para transformá-la

numa unidade hoteleira. E podem surgir outras, caso haja interesse das autorida-des portuárias. A plataforma, com 87 me-

tros de altura, já está em trânsito da In-donésia para a Holanda, à espera da re-bocagem até à costa sadina.

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Cabrita quer ganhar distrital do PS

Câmara sadina investe meio milhão nos bairros sociais

“Nova Expo da Margem Sul está ferida de morte? PÁGS. 2 e 3

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Anti-stressHermanvolta ao Casino de Tróia

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Abertura

Foi apresentado em 2009 como o projecto habilitado a requali-

ficar importantes áreas da margem sul no estuário do Tejo. Investimento previsto: 600 milhões de euros ao longo de 20 anos. E a garantia de 20 a 30 mil empregos directos no prazo de uma década. O ex-ministro do Ambiente, Nunes Correia, anunciava mesmo uma

«nova Expo» com a reno-vação urbanística da Quimi-parque (Barreiro), Siderurgia Nacional(Seixal) e Margueira (Almada). Menos de três anos volvidos, o projecto Arco Ribeirinho Sul (ARS) cai por terra. Apesar de elogiar o plano, que resultou de vários meses de trabalho entre o ARS e autarquias, o Governo decidiu extinguir a sociedade gestora devido aos «cons-trangimentos financeiros» que o país atravessa, admi-

tindo que tenciona dar segui-mento ao projecto.

A Intervenção contem-plava uma área próxima dos 900 hectares (o equivalente a 900 campos de futebol) com uma espécie de meta-morfose à beira rio, com vista sobre Lisboa. «Era a tal cidade com duas margens que tanto se fala ao longo dos anos», recorda Fonseca Ferreira, presidente do ARS, extinto agora no âmbito da Parque Expo, percebendo a

«frustração» que este processo está a gerar entre as populações.

Afinal, além de requali-ficar as áreas mais degra-dadas da Quimiparque, Side-rurgia Nacional e Margueira, anunciavam-se investi-mentos turísticos, como hotéis e marinas, espaços de lazer, a par de urbanizações

semelhantes às do Parque das Nações. «É uma decisão que penaliza bastante a margem sul, que continua a ser a sacrificada em relação a Lisboa», insiste Fonseca Ferreira, alertando que o argumento financeiro do Governo para pôr fim ao ARS, garantindo que poupa 300 mil euros ano, não colhe.

Projecto sem ‘dívida’ e muito lucrativo no futuro

«Não tínhamos um euro de endividamento, porque desde a primeira hora que ficou claro que isto era para ser feito apenas com investi-mento privado e sem encargos estatais», justifica, sem entender a decisão do Governo

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‘Cidade da água’, na Margueira, é a primeira baixa espectável

Fim do Arco Ribeirinho Sul ameaça “nova Expo”na Margem Sul

Governo diz que não abandonou o projecto O Conselho de Minis-

tros garante que apesar da extinção do ARS – na semana passada – que teve por base a necessidade de «racionalizar custos», o projecto vai ter continui-dade. Para já não revela que entidade o irá concretizar,

dizendo apenas, através de comunicado, que a requa-lificação da Margueira, Side-rurgia Na cional e Quimi-parque ficarão a cargo dos municípios e da Baía do Tejo (empresa que detém grande parte dos imóveis nestes terrenos), passando o

projecto a ser monitori-zado» por um grupo de acompanhamento não remunerado, que vai incluir representantes do Estado. A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, fala numa poupança de 300 mil euros anuais com o fim do ARS.

Além da requalificação ambiental dos terrenos, o ARS prevê a criação de um parque de actividades económicas, pólo tecno-lógico e indústrias criativas. A indústria existente é para manter, estando em carteira ainda a construção de escolas, além de equipa-mentos sociais, de saúde e desportivos. O apoio à acti-vidade náutica está em foco, como factor de desenvol-vimento turístico, um parque urbano e recupe-ração patrimonial do alto-forno e moinho de maré. A reconversão urbanística tem um prazo de 12 anos. O estudo económico estima um investimento entre 150 a 200 milhões de euros. A alienação de terrenos deverá gerar receitas de 97 milhões de euros.

Para os terrenos dos antigos estaleiros navais da Lisnave projecta-se a primeira marina da margem sul e uma das maiores do país, no valor de 20 milhões de euros, permitindo até 500 postos de amarração, consignando 66hectares de plano de água total - 45 para concessão, 15 de estacionamento a seco e seis de edifícios de usos fluviais. Além do processo de descontaminação, demolições e limpeza, a zona ribeirinha de Almada tem ainda projectos de construção do Túnel do Brejo, para ligar a Cova da Piedade e o Centro Sul, uma nova doca, um museu da indústria naval, no âmbito da “Cidade da Água”, e duas zonas de lazer (Praça Tejo e Praça Lisnave. O investimento ronda entre 161 e 192 milhões de euros. As receitas estimadas com a alienação de lotes chegam aos 269 milhões de euros.

Siderurgia Nacional Margueira

Três anos após ter sido criado o motor de arranque para a revolução de três das mais importantes frentes ribeirinhas da península de Setúbal, tudo voltou à estaca zero. Os custos deste impasse estão por medir. Mas não há dúvidas de que a região vai perder, e muito…

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

Maqueta das intervenções projectadas para a zona industrial da Quimiparque, com novas acessibilidades

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“A CASA do Peixe”, com gerência de Luís Cruz, que completa dois anos no próximo dia 1 de Abril, é um misto de restaurante/taberna, na Rua General Gomes Freire, em Setúbal. Ali é possível deglutir pratos à base de peixe e produtos da região, como os famosos e premiados vinhos, os queijos de Azeitão e as laranjas doces de Setúbal. Nos petiscos impera o queijo e a manteiga de Azeitão, mas na época de Verão os reis são os cara-cóis e a feijoada de búzios, chocos e lulas.

«Fazemos os possíveis para servir aos nossos clientes o marisco e o peixe fresco de Sesimbra, Setúbal e Sines. Apostamos nos produtos de qualidade da região, que são adquiridos diariamente aos produtores locais», começa por realçar o gerente Luís Cruz, que acrescenta que as ostras e o marisco são «prove-nientes do Sado, que está menos poluído».

“A Casa do Peixe”, com capacidade para 58 lugares sentados, na sala interior, e outros 150 na esplanada, veio criar cinco postos de trabalho. Em ocasiões espe-ciais, o espaço costuma organizar noites de fado e musicais, sempre com a ‘prata da casa’. Os pratos gastronómicos centram-se nas receitas e saberes dos nossos ancestrais. «Faço caldeiradas, com os desig-nados sete peixes pobres, e outros petiscos, como o meu avô e o meu pai me ensinaram», sublinha.

Aquilo que eram insta-lações degradadas e votadas ao abandono viraram um espaço gastronómico com cores harmoniosas com pátio para refeições coberto, onde não falta uma pequena zona verde com algumas

espécies vegetais da Arrá-bida, pássaros e tartarugas, e um pequeno parque infantil «calmo e seguro». Luís Cruz orgulha-se de ter contribuído para a recupe-ração de um espaço gastro-nómico localizado numa zona servida de vários

parques de estacionamento e muito próxima da baixa sadina.

Quase todo o recheio do espaço foi recuperado/apro-veitado de outras casas de restauração que entretanto fecharam portas por dificul-dades económicas. «Recu-

perei o telhado e as portas e as janelas, com mais de cem anos, coloquei um alumínio a imitar a madeira nas portas, recuperei as cadeiras e as mesas da antiga taberna “A Vinícola”, localizada na Praça do Bocage, o equipamento de cozinha também foi recu-perado e modificado de outras casas que entretanto fecharam. Ficou tudo como novo.

A carta da “Casa do Peixe” aposta em preços médios/baixos. Na “Casa do Peixe” podemos almoçar ou jantar por cerca de dez euros, enquanto o prato do dia, à base de peixe, custa 4 euros.

Nas paredes são visíveis quadros/fotos de artistas setubalenses, da família, filhos e amigos, bem como de zonas típicas de Setúbal.

«numa altura em que o país precisa de atrair investimento. Seria sempre lucrativo e estes terrenos estão expectantes há mais de uma década, repre-sentando encargos anuais de conservação», nota.

Por exemplo, Almada deu um passo atrás na construção de uma marina nos terrenos da Margueira, orçada em 20

milhões de euros. «Já havia interessados e íamos lançar o concurso público, mas o fim do ARS arrefeceu o negócio», revela ainda Fonseca Ferreira, enquanto a presidente da autarquia, Maria Emília de Sousa junta à marina o projecto do Túnel do Brejo, que deveria libertar a Cova da Piedade do tráfego automóvel.

Com o plano da «Cidade da Água» mergulhado num impasse, a edil está «preocu-pada», pedindo ao Governo que esclareça agora «qual é a entidade que vai executar o plano estratégico, porque não podemos parar. É preciso é promover o projecto em todo o mundo, porque estão em causa postos de trabalho e dinamização da economia.»

O presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto, reconhece que um dos méritos do ARS passava por «agilizar processos» que contemplassem investimentos privados na região, lamentando, sobretudo, o arrefecimento da «promoção do projecto», com a consequente a ausência de «valorização externa e comer-cialização», resumindo que a atracção de investimento fica agora «mais limitada».

“Casa do Peixe” promove produtos da região

Aproveitando as quali-dades ambientais e cénicas do território, o projecto prevê estruturar um corredor ecológico ao longo do Arco Ribeirinho, através da requalificação de cerca de 60 quilómetros, entre a

Trafaria e o Samouco. O objectivo é a criação de uma estrutura verde contínua, pontuada com equipa-mentos e infra-estruturas que potenciem a sua utili-zação para actividades de lazer e de desporto informal.

Corredor Ecológio

O Barreiro tem projec-tada uma revolução à beira do rio Tejo nos terrenos da velha CUF (Companhia União Fabril). O investi-mento de 150 milhões de euros contempla uma inter-venção numa área de 300 hectares, ao longo de 18 anos, para criar novas zonas de lazer, com restauração e hotelaria, espaço dedicado ao desporto náutico, além de uma estação multimodal,

que será a maior da margem sul. O projecto estima que a “nova cidade” venha a criar cerca de 30 mil empregos. A criação de um parque urbano no porto de Tanquipor, dotado de esta-ções fluvial e rodoviária, virado para Lisboa, é a prio-ridade. A alienação de lotes de terrenos infra-estrutu-rados deverão gerar receitas na ordem dos 320,5 milhões de euros.

Quimiparque

Com o experiente empresário da restauração sadina, Luis Cruz, ao leme, a “Casa do Peixe”, é um agradável espaço de bem comer na cidade de Setúbal.

Maqueta das intervenções projectadas para a zona industrial da Quimiparque, com novas acessibilidades

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A proximidade com os clientes é um dos trunfos de “A Casa do Peixe”

Ampla esplanada, num investimento feito com carinho

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Diferença marca empresário

Luís Cruz, de 49 anos, é uma figura sobejamente conhecida em Setúbal. Longe vão os tempos em que dirigiu o bar “Aldrabar”, a loja de discos “Virgus” e o estabele-cimento de vestuário alter-nativo “Tendências”. Tam -bém esteve na origem do Teatro Estúdio Fontenova, passou pelo grupo Presença e fez parte do projecto Cantares. “A Casa do Peixe”

é o primeiro projecto de restauração a «sério» que lhe está a dar «muito prazer» dirigir. «A minha preocupação sempre foi fazer coisas dife-rentes e valorizar o que de bom existe em Setúbal e desenvolver a economia local». Ainda este mês a “Casa do Peixe” irá participar no Festival de Caldeiradas de Setúbal organizado pelo município. O empresário Luis Cruz

Publireportagem

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EM 1989, QUANDO foram lega-lizadas as rádios locais, o distrito de Setúbal recebeu 19 frequências. No início da década de 90 do século passado, o distrito dava cartas no âmbito das rádios locais que tinham ao seu serviço profissionais quali-ficados não só na área da infor-mação, como também na animação, locução e sonoplastia.

Do distrito saíram muitos dos profissionais que deram corpo a vários projectos radiofónicos nacionais, como o caso da TSF, que estiveram no início das televisões privadas e que, ainda hoje, ocupam lugares de destaque nos media

nacionais. Algumas rádios do distrito foram mesmo sucessos nacionais. A Rádio Azul foi, na década de 90, citada como exemplo de profissionalismo, tendo sido a primeira estação local a emitir 24 horas por dia.

Longe vão esses tempos. Hoje o espectro radiofónico do distrito resume-se a uma dezena de rádios locais, com meios reduzidos, redac-ções pouco estruturadas, infor-mação regional escassa e muita informática a ocupar os lugares ocupados em tempos por profis-sionais. Muitas das frequências foram aglutinadas por Lisboa e

rádios como a Margem Sul e a Sul e Sueste, com frequências atribu-ídas pelo concelho do Barreiro, são apenas retransmissores dos grandes grupos radiofónicos.

Almada, Moita e Montijo fora do espectro radiofónico

Almada, que em tempos teve

duas rádios a funcionar, a Rede A e a Rádio Voz de Almada, hoje não tem qualquer emissão própria no concelho. As frequências da Moita, ex rádio Arremesso, e do Montijo, ex rádio Impacto, também há muito que deixaram de emitir. Mais recen-temente, a rádio Voz de Setúbal e a rádio Pal, passaram a emitir inte-gradas em cadeias de rádios nacio-nais, Amália e Sim, respectivamente.

Quando se assinala pela primeira vez o Dia Mundial da Rádio, no passado dia 13 de Fevereiro, os números são esclarecedores. De perto de metade das frequências atribuídas restam apenas memó-

rias. A maior parte das rádios locais vive actualmente em situação finan-ceira delicada e os objectivos que se pretendiam atingir aquando da legalização são prática corrente em poucos casos. A produzir conteúdos locais, apesar das dificuldades, mantêm-se a Rádio Azul e a Rádio Jornal de Setúbal, a Popular FM, no Pinhal Novo, a Baía e a Rádio Seixal e a Sesimbra FM. No Litoral Alen-tejano, continuam a emitir a Rádio Mirasado, em Alcácer, a Antena Miró-briga, em Santiago do Cacém, a Rádio Sines e a Rádio Clube de Grândola.

Marta David

Dia Mundial da Rádio serviu para situa região do ‘apogeu’ à decadência, embora haja emissoras resistentes

Desde a legalização das rádios locais o distrito perdeu nove estações

Saudosos tempos das ‘piratas’

DR

O SISTEMA de comunicações da rede de radares de vigilância costeira está muito longe de se encontrar operacional na região. O facto de os radares estarem loca-lizados em terrenos privados e uma aparente descoordenação de várias entidades estão a comprometer seriamente o avanço do chamado Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC).

O sistema já deveria estar a funcionar desde Agosto de 2011, mas nenhum está operacional. O SIVICC localizado na Fonte da Telha (Almada) até é o mais avançado, já com processo concluído, mas está ainda desligado.

Já o sistema previsto para a Comporta (Alcácer do Sal) está em propriedade privada e sujeito a negociações, enquanto o de Santo André (Santiago do Cacém), também em propriedade privada, procura uma nova localização.

Perante este cenário, a GNR ainda não avança uma previsão de quando poderá ser inaugurado o SIVICC, que continua, ainda assim, a ser apontado pelas forças de segurança com uma rede de radares ultrassofisticados, que permite «blindar» a costa portu-guesa das ameaças à segurança nacional que vêm do mar.

Região vulnerávelao contrabando de tabaco

Recorde-se que a região, entre Sesimbra e Sines, é das zonas do país mais vulneráveis, sobretudo, no que diz respeito ao contrabando de tabaco, o que levou recente-mente as autoridades portuárias e policiais a apertarem o torniquete nos portos de Sines, Setúbal e Sesimbra. É aqui que o SIVICC é encarado como sendo um reforço de peso.

O dossiê SIVICC é classificado como «extremamente complexo» pelo próprio ministro Miguel Macedo, que quis passar o processo a pente fino. Uma das complexi-dades prende-se com o facto de o SIVICC não ter sistema de comu-nicações próprio para ligar em rede os radares de toda a costa ao Centro de Controlo e Comando Opera-cional (CCCO).

O anterior Executivo entendeu que este devia ser ligado ao sistema do Instituto Portuário e dos Trans-portes Marítimos (IPTM), o VTS (Vessel Traffic System), que controla o tráfego marítimo dos grandes navios. Mas, até hoje, o IPTM, agora na dependência do mega-ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Território, não auto-rizou esta ligação.

Roberto Dores

Sistema de radares sem data para vigiar a nossa costa

D.R

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A falta de vigilância da nossa costa já havia sido denunciada várias vezes por reportagens do Semmais

NO PRÓXIMO dia 9 de Março, véspera do Dia Nacional da Cáritas, pelas 20h30, na Quinta Dia-a-Dia, em Almada, terá lugar um jantar solidário a favor dos desempregados da região de Setúbal.

A iniciativa, organizada pela Cáritas Diocesana, destina-se também a assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e do Diálogo entre Gera-ções e tem o custo de vinte euros.

O jantar solidário conta com as actuações de Micaela, Rute Belga, Maria José Valério, Nuno de Aguiar, Américo Grova, Freud Mamede, João Magalhães, Liliana Martins, Maurício Cordeiro, Nelson Lemos, Orlando Francisco, Sara

da Costa e Sérgio Daniel.Eugénio Fonseca, presidente

da Cáritas Diocesana, afirma que com «a participação de fadistas de várias gerações, e da cantora Micaela, vamos ser solidários com os desempregados, porque pouco mais podemos fazer. Vamos encher a sala da Quinta do Dia-a-Dia. Com o entusiasmo de todos isso será possível», vinca, acrescentando que todos os artistas se predispuseram a participar graciosamente na acção.

As inscrições para o jantar solidário, que estão abertas até ao dia 9 de Março, podem ser efec-tuadas directamente na Cáritas Diocesana ou no Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro Lopes, na Cova da Piedade.

Jantar solidário da Cáritasde apoio aos desempregados

HISTÓRIA e Cronologia de Setúbal (1248-1926)" é o título da nova obra de Albérico Afonso Costa, historiador e docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.

O lançamento da obra, levada à estampa pela editora Estuário, está marcado para a tarde do próximo dia 25, no Salão Nobre da Câmara de Setúbal, com apre-sentação de Viriato Soromenho Marques.

Este livro resulta de um estudo de vários anos de investigação sobre os temas da História de Setúbal, com realce para o período da História Contemporânea, e de uma selecção de documentos diversificados e de materiais bibliográficos que pretendem «contribuir para a cons-trução de um saber histórico que, numa perspectiva integrada, tente reabilitar e (re)construir a memória e a identidade locais», afirma o autor

em nota prévia. Trata-se de uma obra crono-

logicamente organizada sobre Setúbal que abarca grande parte de oito séculos da História Local, parcelarmente caracterizados como "Setúbal Medieval e Moderna", "Setúbal Liberal" e "Setúbal Repu-blicana" e que integra também uma síntese de investigações de vários outros historiadores do processo de evolução da cidade.

Com a publicação deste livro o autor pretende dar um contributo aos estudantes e professores dos vários graus de ensino, a quem o seu conteúdo poderá colmatar a falha de instrumentos de trabalho refe-rentes à História Local, mas sobre-tudo aos setubalenses, «aos que aqui nasceram e aos que decidiram aqui viver porque, todos em conjunto, somos herdeiros deste património histórico e cultural que é inaliena-velmente nosso», escreve em prefácio.

Albérico Afonso reabilita História de Setúbal

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Classificados

aEngº viúvo alto reformado.Deseja relação séria c/senhora compatível alta que não fume até 65 anos. Região de Setúbal con-tacto 964457782. Só com número bem identificado.Diversos

Urgênci5 euros6 euros7 euros8 euros9 euros

10 euros11 euros

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MYFARM.COM é o nome do novo site do projecto do Instituto Politécnico de Beja que sensibiliza para a agri-cultura sustentada.

O projecto teve início com um desafio proposto a alunos do IPBeja: discutir ideias inovadoras de negó-cios e utilizar o instituto como plataforma de teste. Deste desafio, recorda o IPBeja, nasceu a ideia que começou por se chamar Hort@ n@ Net, e que agora

se denomina MyFarm.com. O objectivo passa por possibilitar a residentes em meios urbanos, a criação de hortas reais geridas unicamente através da Internet.

De acordo com os acon-selhamentos técnicos pres-tados pelo IPBeja, os deten-tores das hortas definem os modos de produção e os alunos realizam o trabalho prático na horta. Segundo o projecto, assim que os

legumes estiverem prontos serão entregues em casa dos clientes prontos para serem consumidos.

O projecto MyFarm.com funcionará em 20 parcelas de terreno loca-lizadas no Centro Horto-Frutícola do Instituto Poli-técnico de Beja.

Para se inscrever neste projecto-piloto de hortas sustentáveis, pode consultar o novo site, em http://myfarm.com.pt.

Instituto Politécnico de Beja aposta nas hortas geridas via net

OS «MAIS fantásticos» bailes de Carnaval do distrito estão de regresso à Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela. Este sábado e na segunda-feira terão lugar os tradicionais bailes de Carnaval com a Orquestra da Vila e com o cantor/humorista Jorge Nice, que prometem muita folia e animação até altas horas da madrugada.

Além de muitas outras surpresas, o ambiente aque-cerá ainda mais com a presença dos elementos da escola de samba “Batuques do Conde”, que farão uma

animada e colorida apre-sentação do projecto.

«Todos os nossos visi-tantes terão ainda oportu-nidade de colocarem à prova a sua criatividade no carismático concurso de máscaras, que tem sido pautado pelo rigor das fantasias», refere Maria João Camolas, presidente da colectividade palmelense.

Os mais novos não foram esquecidos e, para eles, a colectividade preparou o Carnaval e o Disco Kids, que acontecerá ao abrir das portas, pelas 21 horas, com

prolongamento até às 22h30, hora em que chegarão os mais graúdos para assistirem ao grande baile.

No ano passado, segundo Maria João Camolas, marcaram presença nas iniciativas carnavalescas da colectividade cerca de 3 mil pessoas. A exemplo de anos anteriores, os fantasiados a rigor terão acesso ao baile mediante o pagamento de apenas um euro. «Queremos encher a sala de muitas cores. O Carnaval sem mascarados não é Carnaval», sublinha a presidente da Humanitária.

Humanitária promete dois fantásticos bailes de Carnaval

O FORUM Montijo promove até terça-feira, dia de Entrudo, um atelier de pintura com inscrições gratuitas para que os visitantes desta grande superfície comer-cial da região possam retratar a quadra carnavalesca na tela.

O atelier de pintura do

Forum Montijo, promovido em parceria com a ArtAlive, dispõe de cavaletes, telas e tintas e desafia os habituais clientes a inspirarem-se no espírito do Carnaval para demonstrarem publicamente a sua criatividade e os seus dotes artísticos.

Este espaço está a funcionar junto à Praça do Lago, entre as 14 e as 18 horas, sendo que final dos trabalhos os clientes poderão levar as suas telas para casa para depois serem serem fotogra-fadas e colocadas numa galeria online em www.artalive.pt.

Forum Montijo desafia arte dos clientes

O LEIRÃO, o pequeno roedor que ainda frequenta as hortas das zonas mais rurais do distrito entrou em declínio e já atingiu a chamada zona de risco. Ainda assim, os biólogos têm pouca informação sobre a espécie, que também gosta de pomares e jardins, pelo que não conseguem afirmar se a população já estará em vias de extinção ao nível regional.

Aliás, é justamente devido à ausência de informação adequada que permita avaliar o eventual risco de extinção e o que esteve na origem do seu abrupto desaparecimento de algumas regiões do Sul do país, que dificilmente haverá condições para criar medidas mitigadoras de preservação.

Uma das características mais conhecida pelos biólogos é a forma como a espécie se aproxima do homem, sem se perturbar, o que demonstra a sua forte personalidade, fora do comum nos semelhantes roedores.

Os biólogos também garantem que a sua apetência pelas hortas das zonas rurais do distrito e Setúbal se prende com a sua dieta altamente diversifi-cada, rica em rebentos e frutos, mas também insectos, caracóis, aves, ovos, aranhas e besouros.

Porém, o que levou à redução populacional da espécie, com a consequente diminuição da área de ocupação, é a pergunta que não tem resposta, por enquanto, traduzindo-se numa «péssima» notícia para o futuro do leirão, estando classificado como espécie «Vulnerável» à escala global.

É que sem dados concretos sobre factores de ameaça não é possível investir em medidas e conservação. Os biólogos equacionam a diminuição de qualidade de habitat, além da perda de espaço para outros roedores, como é o exemplo da ratazana-castanha. Mas isso não explicará tudo.

Aliás, os especialistas admitem que estas possibi-lidades são «muito curtas» para uma redução em tão larga escala (admite-se uma quebra de20% em dez anos) de alguém que chegou o ocupar todo o território conti-nental. Os dados mais recentes não confirmaram a sua presença em «vastas regiões do Centro e Sul», apontando ainda ocorrências muito escassas e dispersas no resto do território.

O que diz doLivro Vermelho

O Livro Vermelho dos

Vertebrados de Portugal alude a um estudo realizado em Portugal com base em egagró-pilas de coruja-das-torres Tyto alba, onde a frequência de ocorrência da espécie foi

inferior a 0,1%. É preciso terem linha de conta que o nosso país não tem qualquer infor-mação sobre os parâmetros populacionais da espécie. A única certeza é que a sua abundância é inferior à de outros roedores.

Porém, não é nada que retire o sono aos sobrevi-ventes deste transversal declínio. Pelo menos durante o dia, período em que leirão aproveita para descansar, seja de Verão ou de Inverno, saído do ninho apenas pela calada da noite. Eis a razão pela qual se torna particu-larmente difícil estudar esta espécie. Quando desperta de vez dá início a uma intensa actividade de caça, transfor-mando-se num implacável predador.

Pequeno Leirão já está em risco nas nossas hortas

Esta espécie gosta de ‘conviver’ em pomares e em jardins

Os biólogos admitem que outros roedores têm tomado conta dos habitats da espécie, mas esse facto não esplica tudo.. .

DR

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EM SESIMBRA, os desfiles das escolas de samba percorrem a Avenida da Liberdade nos dias 19 e 21, a partir das 14h30. O muni-cípio investiu 70 mil euros, ou seja, menos dez que em 2011. Os mais novos foram os primeiros a mostrar as fantasias, na sexta-feira pela manhã. No dia 20 à tarde, acon-tece o desfile de palhaços.

Este sábado e no dia 20 decorrem bailes na Sociedade Musical Sesim-

brense, enquanto que o Grupo

Desportivo local, após alguns anos de interregno, reactiva os designados ‘bailes do ginásio’. Este sábado, às 23 horas, realiza-se o Baile de Veneza; no dia 19 a 1.ª Gala do Samba, às 21h30; no dia 20, às 23 horas, terá lugar o Baile da Alegria; e no dia 21, à mesma hora, o Baile do Amanhã. Vanda Pinto, da organização, realça que o objectivo é «dar um pouco de vida às colectividades e ajudar a financiar as suas actividades», subli-nhando que Paulo Macedo, figura ligada aos festejos carnavalescos, tem sido um dos «grandes obreiros» na reactivação dos ‘bailes do ginásio’.

Mas também as Cegadas, reali-zadas há mais de cem anos no concelho, vão actuar em vários locais das freguesias do Castelo e Santiago para proporcionar momentos de grande paródia.

O desfile de Sines regressa ao centro da cidade com muitas surpresas. A associação Siga a Festa investiu cerca de 170 mil euros nos festejos, menos 50 mil que no ano passado. A actriz Marta Andrino, a Verónica dos “Morangos com Açúcar”, e o jornalista da RTP Sérgio Mateus são os convidados que irão animar os corsos dos dias 19, 20 e 21. Os Reis do Carnaval são Joana Batista e Diogo Oliveira, ambos estudantes de 19 anos. Este sábado, a festa DJ´s

Carnaval Party é animada com os DJ´s Sérgio Delgado e Rui Miguel.

Desfiles de foliões e cegadas inte-gram o Carnaval de Setúbal,

orçado em cerca de 15 mil euros. Os desfiles, com entrada livre, decorrem a 19 e 21, na Avenida

Luísa Todi, e envolvem cerca de 500 foliões e vários

carros alegóricos. O Águias de S. Gabriel e a União das Pontes

inspiram-se na crise económica, parodiando a troika. Na sexta-feira teve lugar um desfile infantil e concurso de fantasias com crianças dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º ciclo nas ruas da baixa. No mesmo dia, às 21h30, na Associação de Moradores da Anunciada, estreou a cegada “O Viveiro das Passaronas”. No dia 20 tem lugar uma after hours com o DJ Pedro Goya, a partir da meia-noite, no Auditório José Afonso.

Mais pequenos mostram criatividade

Em Almada, o desfile das escolas e instituições de infância teve lugar na quinta-feira e envolveu dois mil foliões. Para domingo, às 15 horas, na Praça S. João Baptista, decorre um concerto com os Homens da Luta.

Na sexta-feira todas as fregue-sias do concelho do Seixal assis-

tiram à criatividade dos mais novos. E no Barreiro também houve desfiles na quinta e sexta-feira nas várias freguesias envolvendo 1 600 crianças. A Galeria de Arte recebe um workshop de Carnaval a 20, 21 e 22, das 10 às 13 horas. O convento da Madre de Deus da Verderena acolhe este sábado uma noite vene-ziana, a partir das 21 horas, com baile, concurso de máscaras e ceia.

A União Alhosvedrense foi contemplada com um subsídio de 10 mil euros, para comparticipar a reali-zação do corso. “E Se Alhos Vedros Fosse um Filme” é o tema que sai à rua nos dias 19 e 21, pelas 15 horas. No dia 22, às 21 horas, procede-se ao enterro do Baca-lhau. Um atelier de construção de máscaras decorre este sábado, pelas 15 horas, na biblioteca local, bem como um atelier de pinturas faciais na biblioteca da Baixa da Banheira, durante todo o dia.

No Pinhal Novo, os Amigos de Baco levam à rua um corso mais pobre em comparação com anos anteriores, devido ao corte do subsídio da Câmara e da Junta de Freguesia. Para minorar os prejuízos, a orga-nização recorre a um peditório junto da população e comerciantes. O corso sai à rua a 19 e a 21, sempre às 15h30, com entrada livre. Juntam-se ao corso

cerca de uma centena de foliões parti-culares e de outras associações, que podem levar carros confeccionados por si próprios.

A falta de ajudas das entidades oficiais, segundo Rute Moreira, dos Amigos de Baco, põe em causa a qualidade dos festejos, mas o desejo da população falou mais alto ao soli-citar para que «não se deixe morrer uma velha tradição da terra». No sábado e na segunda-feira, às 21h30, há bailes, nos bombeiros. Na sexta-feira foi a vez do desfile das escolas e jardins-de-infância de Pinhal Novo,

que envolveu cerca de 2 mil alunos, docentes e auxi-

liares de educação. Em Alcácer do

Sal realizam-se corsos em Alcácer

do Sal e no Torrão, este sábado e domingo,

respectivamente, às 15 horas, sob o tema “A Selva”. O município volta a apoiar o movimento associativo e os grupos de cidadãos para fazer sair à rua 20 carros alegóricos e 1 400 mascarados. Os desfiles em Alcácer do Sal foram retomados há seis anos, depois de um interregno de década e meia. Em 2011 o desfile carnava-lesco contou com a envolvência de mais de mil pessoas e duas dezenas de carros alegóricos.

Carnaval brinca com a crise ao jeito da troika Nem a troika nem a crise económica impedem os municípios da região de organizar os seus corsos e bailes de Carnaval. Apesar de alguns cortes financeiros, as avenidas vão encher-se de muita cor, folia e alegria para tentar esquecer os tempos de crise e atrair a atenção de milhares de pessoas ao comércio local.

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8 S á bado | 18 . Fev. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.comEspaço Público

No relatório da AICEP de Janeiro de 2008 pode ler-se, “Portugal é um país

moderno, com um mercado de trabalho atractivo e um ambiente laboral tranquilo, apresentando um conjunto de vantagens competitivas para os investidores estrangeiros.” Este diagnóstico é o oposto dos pressupostos que conduziram ao compromisso para a competiti-vidade e emprego assinado pelos parceiros sociais em Janeiro de 2012. Este último baseia-se na “neces-sidade de criar condições para uma recuperação forte e dura-doura do crescimento económico, multiplicando as oportunidades de investimento e a criação de emprego.”

Estas duas leituras, bem distintas da realidade económica, dependem da visão política do poder e do momento em que este é exercido. Se tivemos no passado uma visão optimista da nossa economia acompanhada por um discurso político que evidenciou o que de melhor se faz em Portugal, agora, temos um pessimismo que concentra as atenções dos agentes económicos para as nossas fragi-lidades. O discurso do copo meio cheio, trouxe as condições neces-sárias para ganhos de competiti-vidade ao nível das exportações, como é o exemplo de alguns sectores tradicionais no nosso Distrito como sendo a pasta de papel, o papel e a celulose ou o sector automóvel (estudo de Augusto Mateus e associados patrocinado pela CIP, Dezembro de 2010). A visão pessimista do copo meio vazio colocá-las-á em causa querendo com isso justi-

ficar a necessidade de medidas sobretudo no mercado laboral. Se é verdade que as alterações labo-rais poderão ser importantes nos sectores em défice de produtivi-dade, já a solução dos baixos salá-rios ou da flexibilização laboral não fará sentido em sectores como é o caso da pasta de papel, papel e celuloses, onde esses indica-dores apresentam rácios muito competitivos, tendo em conta que a nossa principal concorrência, é oriunda dos países a norte da Europa onde se praticam salários substancialmente mais elevados, contendo uma protecção social superior e mais abrangente.

Sectores cuja capacidade exportadora atinge mais de uma centena de países em todo o mundo, representando 90% do que é produzido, responsável pela criação de centenas de postos de trabalho nos últimos anos (contrária á tendência do aumento de desemprego), torna-se difícil explicar a necessidade de apli-cação das medidas sugeridas pelo compromisso para a competiti-vidade e emprego resultante do acordo recentemente assinado. È até contraproducente se consi-derarmos que poderá colocar em causa o ambiente laboral tran-quilo que, segundo o relatório da AICEP, é tida como vantagem competitiva.

Uma dose excessiva da receita da austeridade é um erro visto com o carimbo ideológico, sendo que, isso representa um perigo evitável para a economia regional e nacional.

*Membro do Partido Socialista

Motivo haverá para que, de quatro em quatro anos, uns quantos milhões de boletins

sejam convictamente preenchidos com rabiscos vulgares em forma de cruz. Mas se a simplicidade desses traços concorrentes é notória, a conotação de consciente liberdade e dever que lhe são inerentes parece ser esquecida. Cómoda, melanco-licamente esquecida.

Uma visão exterior aos problemas, o reservar atónito das

palavras é, de facto, confortavel-mente mais nítido. E o argumento natural faz-se por força ouvir: apro-varam alhos e bugalhos no parla-mento, sem que a voz da socie-dade fosse sequer escutada…Sem dúvida uma realidade espelhada nestes instantes presentes a que placidamente se assiste, como programa televisivo que turva audi-ências à medida de interesses estri-tamente económicos. Ora estes dados, tomando-os por verda-

deiros, induzem a um ciclo de consequências nefastamente comuns que em parte explicam o paradigma actual.

Enquanto outras problemáticas de índole social se agravam um pouco por todo o mundo, nomea-damente com o alastrar do desem-prego e a escassez de apoios justos e efectivos, os holofotes dos media aparecem magistralmente voltados a outros palcos. Em cena só há lugar ao monólogo da metamorfose de valores tradicionais imprescindí-veis, como seja a alteração dos códigos morais no seio da família.

Em teoria, impunha-se o virar de rumo com vista à concretização de ideais universalmente tidos com certos. Contudo a aparente e gene-

ralizada apatia relega as alterna-tivas políticas para um plano secun-dário, falso merecedor de confiança e raso em propostas credíveis.

Lei alguma obriga ao perma-necer, estático e inerte, em face à rotação previsivelmente constante de uma força maior. Um boletim, uma regra ou qualquer nova medida deve respeitar todos os indivíduos envolventes, envolvida a responsabilidade de todos. O valor da vida não é questionável segundo meses do ano, séculos ou gerações. Segue o tempo, os ideais como unidade em constante cres-cendo: o futuro, enquanto gran-deza, não está em saldos.

* Estudante

Encarada como uma reforma estrutural para o momento que o país está a viver, desde logo porque terá sido uma imposição da poderosa e incansável troica, a nova lei das rendas parece percorrer caminhos algo sinuosos.

Sobretudo porque é tendencialmente mais favorável a uma das partes e, em boa verdade, pende para o elo mais forte, o dos senhorios que, agora, ficam praticamente com a faca e queijo nas mãos para decidirem o futuro dos seus inquilinos.

Bem sabemos - e não sou nada fundamentalista neste aspecto – que há milhares de arrendamentos de muito baixo custo e proprietários com dificuldades de sobrevivência. Não me parece, contudo, que seja a parte mais gorda do fenómeno em Portugal.

Desde 1990 que o arrendamento é livre. Durante este período, é público e notório que as rendas praticadas no nosso país, e em especial nos grandes centros urbanos, são altas, desmesuradas face às habitações arrendadas e os senhorios, obrigados a cumprir alguns quesitos de conservação e manutenção dos seus imóveis não o têm feito de forma expressiva. Há casos e casos. Mas todos temos exemplos deste panorama verídico.

O que se passou em Portugal nos últimos anos é que os bancos, por via da agressividade comercial e da baixa de juros, geraram uma ambiência propícia à aquisição de casa própria. E não é verdade que se tornou mais barato adquirir habitação própria do que alugar um apartamento ou mesmo uma moradia?

Esta situação tem vindo a alterar-se nos últimos anos e os senhorios vislumbraram um negócio chorudo, com casas de menor qualidade arrendadas muito acima do razoável.

É pois falacioso dizer-se que a maioria dos proprietários de imóveis arrendados são vitimas. E o que se pretende agora é tornar este mercado, que deveria ser impulsionado, ao livre arbítrio destes empresários (que o são) secundados por uma polícia administrativa do despejo, sem mandato judicial, numa política sem rei-nem-roque muito perniciosa.

Acaso, haverá alguma família interessada em aceitar um aluguer de casa de modo precário!

A lei do arrendamento e o elo mais fraco

Ideologiae competitividade

ManuelFernandes*

Futuro em Saldos Carolina Duarte*

Editorial // Raul Tavares

As penhoras eletrónicas por parte da Autoridade Tribu-tária têm vinda a acelerar

de forma significativa, a cobrança de dívidas coercivas.

Só no ano de 2010, os serviços de finanças penhoraram 32.799 salários, e deram com e ordem para penhorar 82. 235 automóveis e 93.103 imóveis.

Porém, é na venda de imóveis penhorados que o contribuinte poderá acabar por se sentir mais “lesado”. E isto porque, nos termos do Art.º 250 do Código de Proce-dimento e de Processo Tributário, o valor dos prédios urbanos é sempre o valor patrimonial tribu-tário (VPT), que como se sabe, regra geral, é bem inferior ao seu valor efetivo.

Acresce ainda o facto de que, o valor a anunciar da venda será 70% do referido valor patrimonial tributário.

Ou seja, o contribuinte execu-tado, poderá ver o seu imóvel vendido por um valor muito abaixo do que ele vale na realidade. O que no final, nem chega para liquidar o empréstimo bancário associado ao mesmo.

Na realidade é bastante penoso para o Sujeito Passivo. Contudo não se trata de qualquer irregula-ridade a nível do órgão executivo, que neste caso é o serviço de finanças onde corre o processo de execução fiscal.

É que importa ter em conside-ração, que a venda de bens em processos de execução fiscal, não é uma venda normal, tendo em conta a forma de pagamento, a ausência da garantia dos bens,

eventuais riscos processuais tais como pedidos de anulação de venda, recursos etc. Pelo que devem ser observados determinados fatores que, acaso não fossem tidos em conta, certamente poucas ou nenhumas vendas se verificariam.

Assim, e em jeito final de conclusão, o meu conselho vai no sentido de evitar a todo o custo a penhora e posterior venda de bens imóveis, o que passa por, em primeira opção, proceder ao paga-mento da dívida exequenda, ou nessa impossibilidade, oferecer como garantia outro tipo de bem.

Venda de ImóveisPaulo Janela

[email protected]

Notas Físcais

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O contribuinte executado, poderá ver o seu imóvel vendido por um valor muito abaixo do que ele vale na realidade. O que no final, nem chega para liquidar o empréstimo bancário associado ao mesmo.Na realidade é bastante penoso para o Sujeito Passivo. Contudo, não se trata de nenhuma irregularidade a nível do órgão executivo, que neste caso é o serviço de finanças onde corre o processo de execução fiscal.

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Política

COM o objectivo de dar a conhecer aos jornalistas o funcio-namento das instituições europeias e sensibilizá-los para temas que se revestem de particular importância para quem trabalha em órgãos de comunicação social regionais, como é o caso da reforma da Política Agrí-cola Comum, da política regional e dos programas educativos de inter-câmbio, a representação da Comissão Europeia em Portugal promoveu, de 7 a 9 do corrente mês, uma visita de 14 jornalistas de media regionais à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, com a simpá-tica coordenação de Ana Cabo.

Depois de comodamente insta-lados no Hotel Scandic Grand Place, de quatro estrelas, os 14 jornalistas participantes acordaram bem cedo, no dia seguinte, com temperaturas muito baixas, para uma deslocação ao Berlaymont, onde os esperavam Adelaide Pinto, responsável pelas visitas, e Margarida Marques, direc-tora de comunicação, que dissertou sobre “Arquitectura institucional” e “Processo de decisão política” na Comissão Europeia. Durante a manhã foi ainda possível efectuar uma visita ‘relâmpago’ ao gabinete do presi-dente Durão Barroso, que na altura

se encontrava em reunião para tratar de assuntos relacionados com nova ajuda financeira à Grécia. Mesmo assim, os jornalistas tiveram sorte e lá conseguiram apanhar o ex-Primeiro-Ministro de Portugal, nos corredores do edifício, para a habitual fotografia do grupo. Foi ainda

possível conhecer os estúdios de tele-visão da Comissão Europeia, com 15 anos de existência, e a sala de imprensa do Berlaymont.

Da parte da tarde, Sousa Uva, Eduardo Barreto e João Delgado falaram sobre “Reforma da PAC Pós 2013 – Desenvolvimento Rural”, “FEDER e a Política de Coesão” e “A Política Europeia de Formação Profissional”, respectivamente.

O último dia foi dedicado ao Parlamento Europeu e ao Parlamen-tarium, que proporciona a pessoas de todas as idades descobrirem por dentro o hemiciclo político da Europa. Com entrada livre, os visitantes parti-ciparam numa viagem virtual inte-ractiva pela Europa e visualizarem um mapa luminoso do continente em 3 D, bem como um mural composto por vídeos com mensa-gens dos deputados europeus, as actividades e as exposições. Antes de apanharem o avião, os jornalistas ainda tiveram tempo de apreciar/comprar os deliciosos chocolates belgas e outras recordações.

Todos os custos da viagem, incluindo estadia, refeições e trans-portes em Bruxelas, foram assegu-rados pela representação da Comissão Europeia em Lisboa.

Jornalistas à descoberta do Parlamento EuropeuJovens BE em defesa da liberdade de expressão

OS JOVENS do Bloco de Esquerda do distrito pintaram esta semana um mural junto ao Insti-tuto Politécnico de Setúbal, em defesa da liberdade de expressão e pelo livre acesso à internet.

Os jovens repudiam o acordo que pretende instalar um verda-deiro “big brother” na Europa, em que as operadoras de comunica-ções poderão vigiar e investigar todo o histórico dos utilizadores de internet, downloads e partilhas que efectuam.

Segundo os jovens, se o acordo entrar em vigor, um cidadão que efectue qualquer actividade na internet conside-rada “antipolítica governa-mental” perderá a sua privaci-dade e todos os direitos de protecção de dados serão «dela-pidados». O acordo prevê, também, inspecção da bagagem dos viajantes dos aeroportos, do computador e do telemóvel, para ver se há ficheiros que não tenham pago direitos de autor.

Além do Semmais, marcaram presença na deslocação a Bruxelas, os jornais Diário de Aveiro, o Jornal do Fundão, o Correio do Alentejo (Beja), O Algarve (Vila Real de Santo António), o Interior (Guarda), o Região

de Leiria, o Jornal da Região (Lisboa), o Grande Porto e o Cidade de Tomar, bem como a Rádio Universitária do Minho (Braga), a RBA (Bragança), a Rádio Universidade de Coimbra e a Rádio Clube de Lamego.

Semmais convidado a representar Setúbal

Os presidentes das Câmaras do Seixal, Almada, Barreiro, Palmela, Sesimbra e Moita

assinaram, simbolicamente, na passada segunda-feira, na Quinta de S. Paulo, em Setúbal, o mani-festo que dá corpo à “Plataforma 235º - Defender e Valorizar o Poder Local Democrático”, com o objec-tivo de salvaguardar o poder local conquistado com o 25 de Abril e que está ameaçado com a reforma da administração local imposta pelo Governo, que prevê a extinção de juntas de freguesia.

Alfredo Monteiro, presidente da edilidade seixalense e da Associação de Municípios da Região de Setúbal, mostrou-se indignado com o «modelo de retrocesso» que o Governo de Passos Coelho tenciona implementar no terreno. «Ao lado da população vamos lutar para que este modelo, que não serve as populações nem o poder local, não se concretize. O que o País necessita é de desenvolvimento económico e de emprego», diz o edil que acrescenta que é importante avançar com o debate público em todos os concelhos do distrito. Além do mais, queixa-se que os municí-pios «não foram ouvidos» na reforma da administração local.

A edil almadense Maria Emília de Sousa, considera que estamos perante uma «ameaça ao poder

local», uma vez que os diplomas dessa reforma «põem em causa» a vida das populações que foi cons-truída depois da revolução dos cravos. «Nos dias de hoje as fregue-sias fazem muita coisa. Gerem mercados, intervêm na educação e na área do social. São micro-Câmaras municipais que deixaram de passar apenas atestados», vinca.

«Trata-se de um golpe constitucional»

O presidente Carlos Humberto, do município barreirense, relem-brou que as autarquias depois do 25 de Abril conseguiram avanços «extraordinários nos territórios da região», pelo que deixou o alerta de que os autarcas irão tomar posi-

ções públicas num processo que está «longe do fim». A seu ver, as medidas do Governo são um «golpe constitucional que poderá contribuir para que a região recue no tempo».

Já a presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente, realçou que a reforma anunciada pelo Governo para o poder local

demonstra uma atitude «autori-tária e anti-democrática». Na sua opinião, «esta proposta do Governo deixa-nos indignados porque as cinco freguesias do concelho de Palmela estão em questão. Será que as populações que distam a 20 quilómetros do concelho ficarão melhor servidas?», questiona.

Augusto Pólvora, edil sesim-brense, considera que a «suposta» reforma administrativa prevista para a administração local não passa de «uma fraude e embusto», queixando-se que continua por cumprir a criação das regiões admi-nistrativas. Na sua opinião, existem situações de «clara violação» da constituição, pelo que frisou que os autarcas e a população estão apostados em avançar para a «batalha política» por não se conformarem com as alterações anunciadas pelo Governo.

Por último, João Lobo, presi-dente da Câmara da Moita, rotula as medidas do Governo de «ataque feroz» ao poder local democrático conquistado com os 35 anos do 25 de Abril.

Para subscrição do manifesto e estar ao corrente das iniciativas da Plataforma 235 (o artigo que consagra o poder local), a popu-lação terá de aceder à web e clicar em plataforma235.amrs.pt

Autarquias lançam ‘Plataforma 235.º’para lutar contra ataque ao pode local

O movimento dos autarcas vai apostar nas novas tecnologias para melhor sensibilizar as populações

DR

Durão Barroso avistou-se com os

jornalistas de cada região do país

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Page 10: Semmais 18 Fevereiro 2012

10 S á bado | 18 . Fev. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

O DEPUTADO Eduardo Cabrita, da concelhia do Barreiro, e que fez parte de vários governos socialistas, confirmou esta semana ao Semmais a sua disponibilidade para disputar a liderança da distrital de Setúbal do PS, em eleições que deverão ocorrer em Junho deste ano.

Cabrita, que deverá ter como opositora Madalena Alves Pereira, também da concelhia do Barreiro, uma das mais representativas em todo o distrito, considera ter «condi-ções únicas para unir os socialistas» e ao mesmo tempo «defender a importância estratégica da região» perante a situação política que o país está a viver. «Este distrito, da península ao litoral alentejano, é um grande património do PS, que sempre considerou o seu papel central no desenvolvimento do país», disse ao Semmais. Outra das prioridades de Cabrita são as próximas autárquicas, entendidas como «um ponto de viragem do PS como alternativa em todo o distrito».

Para já, Eduardo Cabrita, que preside a uma das mais importantes comissões parlamentares desta legis-latura - do Orçamento, Finanças e Administração Pública - , conta com o apoio expresso das mulheres e juventude socialistas, para além de grande parte dos dirigentes que fazem parte da actual cúpula distrital lide-rada pelo histórico Vítor Ramalho, e deputados como Ana Catarina Mendes, Pedro Marques e Euridice Pereira. «Nunca foi um alinhado com a actual liderança, mas é visto como uma alternativa credível, com larga experiência política e muito comba-tivo para os tempos difíceis que

correm», confessou ao Semmais um indefectível de Ramalho.

O putativo candidato, muito próximo de António Costa, a quem anteviu publicamente a liderança nacional do partido da rosa e de um futuro governo socialista, diz estar a ser «impulsionado pelo camaradas de Almada a Sines», com responsabilidades ao nível das concelhias, mas também de «uma forte pressão» de uma «larga franja de militantes de todo o distrito».

Barreiro no centro das decisões

Tudo indica que a disputa pela distrital seja travada por cama-radas da mesma secção. Ainda sem confirmação oficial, é dada como certa a candidatura de Madalena Alves Pereira, presidente da conce-lhia do Barreiro, sendo que as duas figuras não «morrem de amores um pelo outro», no dizer de uma outra fonte socialista, aludindo a algumas disputas internas no seio da concelhia barreirense.

Por outro lado, Madalena Alves Pereira é tida como «muito próxima de Amélia Antunes», presidente da Câmara de Montijo e ex-presidente da distrital, o que poderá acicatar ainda mais a disputa eleitoral, já que Cabrita e Amélia Antunes estiveram quase sempre «em sensibilidades diferentes» no universo socialista.

Outros militantes admitem o aparecimento de uma terceira e quarta candidaturas, uma vez que, segundo um outro dirigente distrital «não faz sentido o Barreiro concen-trar a disputa federativa», embora

esta concelhia tenha tido nos últimos anos um grande protago-nismo, a mais recente das quais ocorreu com a candidatura frus-trada de Luís Ferreira ao cargo de presidente da federação.

Eduardo Cabrita tem a seu favor uma enorme experiência política

e grande visibilidade a nível nacional. No último governo de Sócrates, foi secretário de Estado da Administração Local, uma das temáticas que mais interessa à região, tenda em conta a discussão da lei que pretende extinguir mais de cem freguesias no nosso distrito.

Comunistas preocupados com ‘lay off’ na UNICERAM

Pedro do Ó Ramos quer ganhar Montijo nas autárquicas de 2013

Eduardo Cabrita assume candidatura àliderança distrital do PS

O GRUPO parlamentar do PCP acaba de deslocar-se à UNICERAM - Cerâmicas Associadas, no Montijo, para reunir com a admi-nistração e com a comissão sindical. Os deputados ficaram a saber que já foi desencadeado pela administração junto do Ministério da Economia e Emprego, no sentido de colocar 42 trabalha-dores no “lay off”, quase todos durante seis meses.

Sediada em Alto Estanqueiro, Jardia, no Montijo, a empresa dedica-se ao fabrico de cerâmicas certificadas para a indústria da construção e comercialização de matérias-primas, tendo unidades fabris em Montijo, Pegões e Torres Vedras e dando emprego a 92 pessoas.

Para os deputados Bruno Dias, Francisco Lopes, Paula Santos, Miguel Tiago e Rita Rato é inad-missível que o ‘lay off’, que vai causar «graves problemas» aos trabalhadores e suas famílias, acon-teça numa empresa que tenha como accionistas o IAPMEI e o Grupo Espírito Santo.

Os deputados querem saber como explica o Governo que o Ministério da Economia e Emprego se tenha mantido, até agora, «silencioso e demissio-nário» em relação às suas respon-sabilidades neste processo e porque razão não foi dada qual-quer resposta relativamente à proposta concreta, apresentada a 16 de Janeiro, pelo respectivo Sindicato, permitindo assim a precipitação da entrada em efeito de um processo nestes termos.

PEDRO do O Ramos apre-sentou a recandidatura à Comissão Política Distrital do PSD com um objectivo bem defi-nido. O actual presidente da CPD quer ficar na história como o primeiro presidente a conquistar uma câmara no distrito e a do Montijo é aquela que, «no ranking das possibilidades, se apresenta mais bem posicionada».

Candidatando-se com o mesmo elenco directivo, porque, segundo afirma, «em equipa que ganha não se mexe», o deputado social-demo-crata admite que este será um «mandato difícil» face ao actual cenário político e social que o país atravessa. O próximo mandato será marcado pela realização de eleições autárquicas sempre difíceis para o PSD no distrito e cujo melhor resul-

tado foi a conquista de três juntas de freguesia em 2005. «Eu quero ser o presidente de distrital que conse-guiu ganhar uma câmara municipal no distrito», assumiu em conferência de imprensa.

As eleições do próximo ano serão realizadas já com a reforma da lei autárquica em vigor e com muitos presidentes de câmara a não se poderem recandidatar. «Sabemos que quando o presidente em exercício não se recandidata é sempre mais difícil manter o partido no poder. E, no distrito, são muitos aqueles que não se podem recandidatar. Vamos tentar apro-veitar esta conjuntura», disse.

Optimismo moderado para Almada e Setúbal

Os resultados conquistados em anos anteriores pelos social-demo-

cratas no concelho montijense, onde estiveram perto do triunfo com Luís Graça, em 1993, e onde conquistaram

uma junta de freguesia, em 2005, levam Pedro do O Ramos a acreditar que «com a saída de Amélia Antunes, o PSD pode conquistar a câmara». Almada e Setúbal são outros conce-lhos onde o deputado acredita que o PSD terá bons resultados. «Espero que agora se consiga um melhor rela-cionamento com a secção de Setúbal na escolha do candidato», algo que não aconteceu em 2009 tendo os social-democratas passado de três eleitos com Fernando Negrão, em 2005, para apenas um vereador.

Ainda sem oposição interna nestas eleições, Pedro do O Ramos faz um balanço positivo dos dois últimos anos de mandato. «Sabe bem constatar que cumprimos o projecto com que nos apresentámos aos militantes há dois anos. Fizemos duas convenções distritais bastante

participadas. Criámos o Gabinete de Estudos com trabalhos visíveis em áreas temáticas como a saúde, a economia e o emprego, que nos ajudaram a estar mais bem prepa-rados nas últimas eleições. Traba-lhámos em parceria com as estru-turas autónomas do partido e criámos a linha de apoio ao autarca», explicou, em jeito de balanço.

Bruno Vitorino é o candidato à mesa da assembleia distrital e João Afonso candidata-se ao conselho de jurisdição, nas elei-ções marcadas para dia 3 de Março. Miguel Frasquilho é o mandatário da candidatura e Maria das Mercês Borges continua a merecer a confiança da equipa directiva na condução do Gabinete de Estudos.

Marta David

Deputado quer segundo mandato

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Cabrita, à direita, pode vir a substituir Vitor Ramalho, na distrital do PS

Entre os socialistas não há dúvidas. Amélia Antunes, histórica presidente da Câmara de Montijo, está a «preparar terreno» para uma eventual candidatura à Câmara de Setúbal, uma vez impedida de voltar a concorrer no concelho que gere há quatro mandatos. «Já não são rumores», afiança um dirigente distrital do PS. E muitos camaradas entendem ser «a melhor escolha e uma forte possibilidade de o PS voltar a ganhar a autarquia capital do distrito», diz a mesma fonte ao

Semmais. O nome de Amélia Antunes, que apesar de tudo «não é consensual entre os socialistas sadinos», tem estado no centro das conversas havidas entre dirigentes locais do PS e do PSD, nomeada-mente os presidentes das conce-lhias rosa e social-democrata, Luís Gonelha e Paulo Calado, respecti-vamente. «Estes contactos têm ocor-rido e têm sido patrocinados pelo vereador José Luís Barão, colega de Paulo Calado na Misericórdia de Lisboa.

Corrida de Amélia Antunes por Setúbal

Eleições estão agendadas para Junho e a sua grande opositora também pode vir do Barreiro

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Alguma vez esperou vencer a "Casa dos Segredos 2"? Claro que sim. Nunca come-ço nenhum desafio sem o ten-tar vencer. Porém, a vitória nunca foi aquilo que mais de-sejei, mas sim tentar ser eu

mesmo ao longo do progra-ma e, acima de tudo, divertir-me ao máximo... e foi o que fiz. Voltaria a repetir a experiên-cia? Porquê? Sem dúvida. Mas, desta vez, preferia entrar num ‘reality show’ do tipo do “Survivor”, algo fora das quatros pare-des e com mais natureza. Foi uma experiência única que me permitiu conhecer um pouco mais de mim próprio. Foi algo muito intenso e en-riquecedor a nível pessoal, daí eu dizer que voltaria a re-petir tal aventura.

"A Casa dos Segredos 2" está a ser uma porta para outras oportunidades?Principalmente na área da moda e televisão. Com o tem-

po, veremos que outras se po-derão abrir. Até onde a fama o poderá levar? Quem sou eu para o dizer. Eu gosto de pensar no presente e, neste momento, está a ser espectacular. O amanhã logo penso nele. O espelho é o seu melhor amigo e conselheiro? O espelho foi um aliado den-tro da casa. Cá fora, mal olha-mos um para o outro. Vai continuar a ensinar ho-mens a seduzir mulheres? É algo que gosto de fazer nes-te momento, mas, devido a tra-balhos e presenças, não tenho tempo nem para mim. Por isso, será complicado dar continui-dade aos cursos de sedução, mas não está fora de questão retomar essa actividade da-qui a uns tempos.

A religião ficará para sempre em segundo plano? É complicado falar no futuro mas, se ao longo de 24 anos sempre ficou em segundo pla-no, será complicado passar a prioridade. O que o faz zangar seria-mente?Ver um homem a insultar ou a maltratar uma mulher.

Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da re-gião? Não sou a melhor pessoa para falar sobre política, mas des-de que preservem bem a nos-sa cidade e cuidem de todos os setubalenses, por mim está perfeito

Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos de elogios? Assim de repente, só me lem-bro do grande mister Mouri-nho e do grande cantor Toy.

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: “The

Girl next Door”.

Férias de sonho: Dubai.

Local de eleição: Nova Iorque.

A primeira paixão: Já nem me lembro...

Maior ousadia: Não posso contar, é segredo!

Ídolo de referência: Paulo Futre.

Projecto de vida por realizar: Ir à Lua.

B. I. Idade: 24 anos // Naturalidade: Setúbal Família: Pai, mãe, quatro irmãos e avó materna. Estado civil: Solteiro // Residência: Setúbal

Miguel Caleira - concorrente da "Casa dos Segredos 2"

«‘A Casa dos Segredos’ abriu-meportas para a moda e televisão»

DR

Pub.

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Anti-stress

Pub.

DIA 17 ÁS 10H00 na Praça de Bocage - Desfile infantil, Atividade com concurso de fantasias, para crianças dos jardins de infância e das escolas do 1.º ciclo, no âmbito do “Carnaval de Setúbal 2012”.

DIA 17 na Associação de Moradores do Bairro da Anunciada – Cegadas “O Viveiro das Passaronas”, as cegadas voltam a marcar presença no programa carnavalesco, desta feita inspiradas no célebre filme francês “A Gaiola das Malucas”, numa sátira teatral à luxúria e ao transformis-mo, com texto e encenação de Bruno Frazão./ Preço: 3,5 €

DIA 20 ÀS 15H00 no Centro Multicultural -

Festa de Carnaval, Iniciativa no âmbito do projeto “+ Ambiente”, integrada no “Carnaval de Setúbal 2012”.

DIA 20 DAS 21H00 ÀS 24H00 no Made in Kids (Parque Urbano de Albarquel) - Festa de Carnaval, construção de um dragão de carnaval, teatro e desfile de másca-ras, para crianças dos 5 aos 12 anos./ Informa-ções: 934 904 330

DIA 20 a partir da meia-noite no Auditório José Afonso - Carnaval After Hours, Animação carnavalesca pelo DJ Pedro Goya, com a duração de quatro horas, do “Carnaval em Setúbal 2012”.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Fantasmasdas melâncias “Os Fantasmas das Melâncias” é um espectáculo colorido e divertido, onde se contam três histórias, que apela à interactividade das crianças com a própria peça.Teatro Municipal de Almada |16H

Revista à portuguesa Na revista “Canções de Todos Nós”, pela Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal Novo, reina a animação musical e os momentos de humor.Cine-Teatro S. João, Palmela | 14H

O humor de HermanCom entrada livre, Herman José promete momentos de muito humor, gargalhadas inesquecíveis

e algumas cantigas ao som da sua viola.Casino de Tróia | 23h30

Sex. 24

A Sogra de Luís XIV“A Sogra de Luís XIV”, pelo Teatro de Ensaio do Barreiro, de Georges Feydeau e com encenação de Graciano Simões, proporciona momentos hilariantes em palco. Oficina de Teatro do Barreiro | 16h30

Textos partilhadosDois actores consagrados, António Machado e Philippe Leroux, testam diversos textos, com o público, nas suas mais diversas formas de interpretação, com e peça “Diz-me Deças”. Forum Cultural de Alcochete | 21h30

Dom. 19

Sex. 24

Sáb. 18

Seg. 20

O setubalense Manuel Marques foi a atracção especial na comédia/

revista/cabaret de Fernando Gomes “Todos a Bordo”, que esteve em cena no teatro da Malaposta, em Olival de Basto, nos arredores de Lisboa, entre Dezembro e 12 do corrente mês.

Manuel Marques, que faz um balanço «muito positivo» da sua participação no espec-táculo, que lotou por completo as várias represen-tações, realça que o feedback do público foi «fantástico» e de «grande satisfação» a esta viagem imaginária ao Mundo louco do espectáculo.

E confessa que foi «muito fácil» e uma «grande honra» aceitar o convite para traba-lhar, pela primeira vez, com Fernando Gomes em “Todos a Bordo”. «É um homem que percebe imenso de teatro e com quem é possível aprender sempre mais, visto ser um grande conhecedor e pesqui-sador de tudo o que se vai fazendo em teatro, não só em Portugal como no estrangeiro. O Fernando Gomes consegue transpor essas competências nos trabalhos que faz e isso transparece no resultado final».

Manuel Marques refere que já tinha assistido a alguns trabalhos do encenador/actor

Fernando Gomes, como é o caso de “Doce de Laranja”, o cabaret levado à cena pelo Teatro Animação de Setúbal nos anos 80. Por outro lado, não descarta a possibilidade de, um dia, vir a trabalhar com Filipe La Feria. «Admiro muito o Filipe La Feria. É um homem arrojado e com imensa coragem e habilidade

para adaptar musicais de grande êxito internacional para Portugal», sublinha.

O setubalense integra nos que correm o elenco do programa “Estado de Graça”, na RTP 1, é o actor convidado do “Herman 2012”, também da RTP, e participa ainda na rubrica da Antena 1 e Antena 3 intitulada “Portugalex”.

Sadino Manuel Marques faz rirem cabaret de Fernando Gomes

Manuel Marques foi ‘rei’ em musical de Olival de Basto

DR

+ Cartaz...

TEMOS para oferecer aos nossos leitores convites para o musical em cena no Casino Estoril, “O Melhor de Filipe La Feria”, que celebra este sábado a sua 100.ª representação e tem sido um verdadeiro sucesso de bilheteira. Ligue 918 047 918 para solicitar os seus convites.

Ganhe convites para “O Melhor de La Feria”Oferta Semmais

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13S á bado | 18 . Fev. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Ensino

SMJ – Quais as razões que os levou a investir no ensino particular? Colégio Atlântico – Numa socie-dade global em que a capacidade de iniciativa dos jovens é um fa-tor de sucesso, um sistema cen-tralizado de ensino público não responde aos desafios do mundo de hoje porque o sistema é pesa-

do, demasiado uniforme, não pre-meia o mérito, não há competiti-vidade entre escolas pois não pre-cisam de “ganhar” alunos para a sua sobrevivência. A autonomia da escola particular é totalmente diferente e a sua principal vanta-gem está na eficiência, tem de exis-tir uma resposta pronta a todos os problemas porque se os pais não estiverem satisfeitos, pura e sim-plesmente, nós não temos alunos. Há a ideia de que muitos colégios

estão a fechar devido a dificulda-des financeiras da parte dos pais. No entanto, o Atlântico fez, re-centemente, um grande investi-mento em novas instalações, de cerca de 4 milhões de euros, isso é mesmo acreditar que o ensino particular tem futuro? Em primeiro lugar queria referir que nesse investimento não há qualquer apoio público e numa altura em que

é preciso poupar em todos os recur-sos, uma parceria ME/privados, uti-lizando as salas de aula disponíveis nos colégios existentes ou compar-ticipando novas instalações, pode ser uma boa solução, bem mais eco-nómica, para responder à necessi-dade de novas escolas. Nós investi-mos porque sentimos que temos um projeto e um espaço na educação atual, o Atlântico ao longo de 30 anos

tem tido um crescimento sustenta-do. Neste momento, temos cerca de 800 alunos, desde creche ao 9º ano. As novas instalações e salas de au-las vão-nos permitir, se for o nosso desejo, avançar para o ensino secun-dário. Por outro lado, criaram-se ou-tros espaços: a piscina aquecida, o pavilhão coberto multiusos e a Aca-demia de Música – os Anjos, aber-tos à comunidade. A adesão ao nos-so projeto continua a ser uma reali-dade e já temos a garantia que, no próximo ano letivo, vamos ter mais

turmas no ensino básico e um au-mento significativo no número de alunos. Acreditamos, pois, que o en-sino particular e o país tem futuro, desde que, o trabalho realizado as-sente em competência, exigência e capacidade de iniciativa. Sabemos que cada Colégio tem o seu projeto. Como caracteriza o projeto Atlântico?

O nome Atlântico está ligado à ca-pacidade empreendedora de Por-tugal, de dar novos mundos ao mun-do e a uma cultura baseada na mo-dernidade, democracia e liberda-de, portanto, a capacidade de ini-ciativa é uma pedra basilar do nos-so projeto. O nosso colégio dispo-nibiliza a todos os alunos as mais modernas tecnologias de apren-dizagem: quadros interativos nas

salas de aulas, o sistema internet “wireless” em todo o espaço esco-lar e plataforma “moodle”, de in-teração alargada entre alunos, pro-fessores e pais. Partir à descober-ta do desconhecido faz parte do currículo Atlântico, desde acam-pamentos e viagem de finalistas, no 1º ciclo, Viagem a Londres, no 6º ano e Viagem a Paris, no 9º ano. O reforço da língua inglesa e o in-tercâmbio com outras escolas do País e da Europa é uma constante realidade na formação dos nossos

alunos para o sucesso no mundo cada vez mais global. Os nossos alunos, desde muito cedo, estão en-volvidos em projetos de solidarie-dade, na produção do nosso jornal “Bliss”, no clube ambiental Eco-Es-colas, em várias modalidades des-portivas, grupos de teatro, dança… O nosso currículo Fazer para Ser desenvolve a autonomia, empre-endorismo e criatividade.

O Atlântico parece caracterizar-se por um ambiente muito familiar…O ambiente familiar privilegia uma proximidade entre a família e a es-cola, cria-se um clima de confian-ça, há uma colaboração ativa dos pais que participam, frequente-mente, em atividades organizadas pelo colégio: dia do pai, dia da mãe, semana do desporto, feira da ci-ência… O ambiente afetivo e hu-mano é essencial na educação de hoje numa sociedade cada vez mais fria e desumanizada, aliado a uma cultura de exigência e excelência. Para além do saber ser, saber es-tar e saber fazer é muito impor-tante desenvolver nos alunos a persistência e a capacidade de tra-balho. Só assim poderão ter su-cesso no futuro, numa sociedade cada vez mais competitiva.

O que podemos saber sobre os rácios dos resultados escolares da instituição? Os resultados escolares dos nos-sos alunos são excelentes, a taxa de insucesso escolar nos últimos anos, em média, é inferior a 2%, os

resultados em provas e exames co-locam-nos na vanguarda dos va-lores registados a nível distrital. Claro que a educação não é ape-nas o avaliado nos exames. Por esse motivo, há da nossa parte uma apos-ta na educação global, na área das ciências os alunos desenvolvem desde cedo aulas de laboratório ou atividades de educação ambiental. As artes e a música estão sempre presentes no seu dia a dia, os alu-nos desenvolvem exposições e pro-jetos de decoração do espaço es-

colar, os grupos de dança e ballet trabalham a expressão corporal e a parceria recente com a Academia de Música – os Anjos abre horizon-tes à sua carreira musical.O Gabinete de Psicologia – a Bús-sola - é um espaço muito im-portante de intervenção tera-pêutica e educativa integrado no projeto do Colégio Atlântico ao serviço das famílias.

Novo ciclo para um projecto inovadorCom cerca de 800 alunos, o Colégio Atlântico apresenta condições ímpares em instalações modelares, num investimento de 4 milhões de euros. Os seus responsáveis apostam num tipo de ensino de excelência, alicerçado no espírito empreendedor, na inovação e no cariz familiar.

Foto

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A direcção do colégio têm defi-nido para cada ano lectivo um extenso programa de actividades, nomeadamente nas áreas cultu-rais e da animação. Para Março estão agendadas duas iniciativas de peso. A primeira terá lugar no dia 7 do próximo mês, com a inau-guração da Academia de Música, que contará com um mini-concerto de “Os Anjos”. E a 10 de Março, no âmbito do “Work in Progress”, ocorrerá o “Encontro Empreen-dedor de ti próprio, sob o tema “Bater punho e nunca desistir”, com a presença já assegurada de Miguel Gonçalves, um entusiás-tico palestrante especialista em psicologia motivacional.

“Os Anjos” e palestrasmotivacionais

Aspecto de uma das amplas zonas interiores do equipamentoUma das áreas exteriores do estabelecimento de ensino privado

Pavilhão multiusos, moderno e sofisticado, é uma das coqueluchesO colégio conta com três laboratórios para o ensino das ciências

Os directores António e Tina Pereira junto de alunos do Colégio, por ocasião da comemoração do Dia dos Namorados

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[ LITORAL ]

+ Região

INSTALADO no con celho de Odemira, o Matadouro do Litoral Alentejano iniciou a primeira fase de laboração.

O investimento de 5 milhões de euros já arrancou a primeira fase de laboração da unidade indus-trial, «com os testes de linha», efec-

tuando «um abate experimental de animais», adianta a Câmara de Odemira, accionista da sociedade gestora.

Situado em Fornalhas Velhas, na freguesia de Vale de Santiago, o matadouro é uma aspiração antiga, com mais de uma década,

de produtores de gado da zona. O equipamento, que resulta de

um investimento que ronda os cinco milhões de euros e prevê a criação de cerca de 20 postos de trabalho, está equipado com três linhas de abate.

Localizada no seio da produção

pecuária dos concelhos de Odemira, Ourique e Santiago do Cacém, a unidade vai ter um «papel deter-minante» na região, já que vai permitir «completar a fileira da carne no território, desde a produção até à venda ao consu-midor», reforça a entidade gestora.

A sociedade do MLA foi criada, no final de 2003, por produtores pecuários e entidades ligadas ao sector, com o envolvimento também da Câmara de Odemira e de uma entidade bancária, que detêm mais de 90 por cento do capital social.

5 milhões abrem Matadouro de Odemira para todo o Litoral Alentejano

ARRANCOU na semana passada um dos mais ambi-ciosos projectos de descentra-lização da cultura, no concelho de Grândola, com a abertura, ao público da Biblioteca Móvel.

Este é um projecto recente do município de Grândola, que disponibiliza à população do concelho os serviços de uma Biblioteca Móvel, constituída por um fundo com cerca um milhar de documentos.

Com esta unidade, é agora possível fazer chegar a todos os cidadãos do concelho os serviços que são disponibili-zados no edifício da Biblioteca Municipal de Grândola - o livre acesso, consulta local e emprés-timo domiciliário de um fundo documental diversificado – livros, jornais, revistas, DVD, acesso à Internet, ao catálogo colectivo da rede concelhia e a acções de promoção do livro e

da leitura – cumprindo o prin-cipio da igualdade de oportu-nidades para todos e continu-ando a promover o desenvol-vimento sustentado e integrado do nosso território, valorizando ainda mais as zonas rurais e os centros de menor dimensão.

A Biblioteca Itinerante de Grândola percorre, rotativa-mente, de 2ª a 5ª feira vários locais e freguesias do concelho de Grândola, dando “Asas à Cultura”

Cultura itinerante para percorre GrândolaO MUNICÍPIO de Alcácer do

Sal celebrou esta semana com a AERSET – Associação Empresa-rial do Distrito de Setúbal um proto-colo tendente à criação de uma Área de Acolhimento Empresarial (AAE), na Zona Industrial Ligeira de Alcácer do Sal.

Esta AAE visa promover e captar investimento nacional e internacional, para além de dispo-nibilizar um vasto leque de serviços às firmas já instaladas e a instalar, entre os quais: infra-estruturas básicas de abastecimento de água, electricidade, Internet, telecomu-nicações, segurança, limpeza, conservação e reparação; infra-estruturas complementares de higiene e segurança no trabalho, logística e transporte, gestão, conta-bilidade e advocacia e apoio ao tratamento de resíduos.

O protocolo prevê, ainda, a criação de espaços de Internet e gestão de tecnologias de Infor-mação, acesso à investigação e a processos de inovação, a possibi-lidade de especialização sectorial, promovendo estruturas que propor-

cionem sinergias e ganhos de efici-ência pela partilha de conhecimento e desenvolvimento de projectos comuns; a organização de semi-nários, workshops, acções de formação e eventos; o apoio à gestão de projectos; criação de processos de intermediação e negociação com outros parceiros e de bolsas de emprego; bem como o incentivo à formalização de agrupamentos complementares de empresas.

O apoio integrado a acções de certificação e exportação e a divul-gação nacional e internacional das empresas integradas nesta área também fazem parte do protocolo assinado por António Capoulas, presidente da AERSET e Pedro

Paredes, presidente da Câmara Alcácer do Sal, o que justificou também a presença de outros diri-gentes da AERSET, empresários com interesses na região e um representante da AIP- Associação Industrial Portuguesa.

O passo seguinte é a prepa-ração dos elementos instrutórios que constituirão o procedimento de autorização prévia de instalação e exploração da AAE, a submeter à Direcção Regional de Economia do Alentejo e a preparação de uma candidatura ao Sistema de Apoio a Áreas de Acolhimento Empre-sarial e Logística: Eixo Prioritário 1 – Competitividade, Inovação e Conhecimento.

Alcácer ganha novo pólo empresarial

A PRAGA do escaravelho vermelho, que tem vindo a afectar vários exemplares de palmeiras das Canárias, levou a Câmara de Sines decidiu proceder ao corte das palmeiras da avenida Vasco da Gama.

O objectivo inicial da autarquia era o transplante das palmeiras da avenida noutro local, mas as indi-cações recentes de um inspector fitossanitário da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alen-tejo obrigaram a autarquia a optar pela solução do abate.

Sines corta palmeiras doentes

O CONCELHO de Santiago do Cacém vai passar a dispor de uma área de serviço pública para auto-caravanistas, cuja inauguração está marcada para dia 26.

A medida, tomada pela autar-quia, integra-se num espaço loca-lizado junto às piscinas munici-pais, que serve para o abasteci-mento de água e tratamento de detritos químicos e despejo de águas residuais.

Para a presidente do Clube Auto-caravanista Itinerante (CAI), Ana Pressler, trata-se de uma «neces-sidade muito antiga dos autocara-vanistas que visitam a região».

A inauguração do espaço será, também, uma forma de Santiago do Cacém assinalar a sua presença nos roteiros internacionais de auto-caravanismo, cujo expoente máximo vai ocorrer de 24 a 26 deste mês, com a realização do 1º Encontro de Autocaravanismo.

A iniciativa, organizada pela Câmara, Junta de Freguesia de Santiago do Cacém e pelo CAI,

espera a presença de mais de uma centena de pessoas e de 40 auto-caravanas vindas de todo o país.

Para além de se tratar de um convívio de autocaravanistas, o 1º encontro contempla diversas inicia-

tivas e actividades das quais se destaca a realização do colóquio – “Autocaravanismo – Uma forma de Turismo”.

O encontro, que terá lugar no Auditório Municipal António

Chainho, com a presença do presi-dente da Câmara, vai abordar as perspectivas económicas deste tipo de turismo

que é amigo do ambiente e que envolve cada vez mais pessoas.

Santiago vai ser ‘capital’ das autocaravanas

O executivo criou um mega-espaço para o autocaravanismo que este mês terá um encontro nacional em Santiago

Protocolo entre Câmara e Aerset visa incrementar actividade económica

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A ideia é democratizar a cultura

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[ SETÚBAL ]

[ PALMELA ]

O DUO Encore apresenta-se, no dia 25, às 21h30, no auditório de Pinhal Novo, com o espectá-culo “… À Luz de uma Vela”.

Esta formação de música de câmara, constituída por dois

intérpretes – Fernando Ruas, no clarinete e José Micael, na guitarra - tem reunido e inter-pretado, ao longo dos seus dez anos de existência, um reper-tório bastante alargado, que

abrange várias épocas da história da música.

Para “… À Luz de uma Vela”, o Duo Encore idealizou um concerto onde as composições são inter-pretadas de um modo mais

informal, com recurso a elementos simples, mas sempre com o objec-tivo de aproximar e envolver, o mais possível, público e músicos. A entrada para o espectáculo tem o valor de 2,5 euros.

Duo Encore à luz da vela no Auditório do Pinhal Novo

O MUNICÍPIO promove, durante as próximas semanas, um ciclo de debates em cada uma das freguesias do concelho, com o objectivo de envolver a popu-lação e todos os agentes do terri-tório na análise da proposta de lei para a reorganização admi-nistrativa territorial autárquica e na procura das respostas mais adequadas. Segundo a autarquia, esta proposta vem alterar, profundamente, a organização administrativa do país e prevê a redução substancial do número de freguesias.

O calendário de debates, sempre com início às 21 horas, é o seguinte: Junta de Freguesia de Quinta do Anjo (dia 22); Junta de Freguesia de Poceirão (dia 28); Espaço Cultural Multiusos

de Águas de Moura (1 de Março); Biblioteca Municipal de Palmela (dia 5); Junta de Freguesia de Pinhal Novo (dia 7); Seminário

– Cine-Teatro S. João, Palmela (dia 15).

O conjunto de debates encerra com a realização do seminário

“Poder Local - Que Futuro?”, a decorrer no dia 15 de Março, no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com início às 14 horas.

Município debate reforma administrativa

O CINE-TEATRO S. João, em Palmela, acolhe, no próximo dia 24, o espectáculo “Quatro Cantos. Do Presente ao Passado do Fado”. Com início às 21h30, a iniciativa reúne, em palco, quatro grandes nomes do fado - António Pinto Basto, Maria Armanda, Teresa Tapadas e José da Câmara – que nos propõem uma viagem musical por alguns dos maiores êxitos de sempre da canção nacional, agora Património Imaterial da Humanidade.

Os temas que fizeram história, mas também o fado actual surgem, aqui, enrique-cidos com componentes multi-média e bases musicais a cargo dos músicos José Luís Nobre da Costa na guitarra portuguesa, Francisco Gonçalves na viola e Armando Figueiredo no baixo acústico. As entradas têm o valor de 12,5 euros na plateia e 10 euros no balcão.

O passadoe o presente do fado

O conjunto de debates sobre a reforma da administração local pretende relembrar a importância das autarquias

Portal da saúde“Setúbal Saudável” é o novo portal de internet da edilidade, totalmente dedicado à saúde, com um conjunto de informações úteis, como os contactos de emergência e das especialidades médicas no concelho. A disponibilização de conteúdos sobre saúde de uma forma rápida e eficaz, como contributo para a promoção da qualidade de vida, é o principal objectivo deste sítio, uma iniciativa do município.

Novos espaços verdesO município está a reabilitar zonas verdes junto da estação ferroviária da Praça do Brasil. A intervenção inclui o reaproveitamento de plantas de época, arbustos e equipamentos de rega. Os trabalhos de embelezamento urbano, realizados com recurso a meios técnicos e humanos da autarquia, são motivados pelo facto de se ter verificado que a anterior solução executada pela Refer na estação não era a mais apropriada ao local.

+ Notícias

OS SABORES da tradição pisca-tória estão em destaque no “Festival da Caldeirada de Setúbal”, inicia-tiva da autarquia que arrancou no dia 25 e culmina a 11 de Março. A acção destina-se a promover o património gastronómico.

Gastronomia, degustações, uma

palestra e uma exposição fotográ-fica de artefactos do mar fazem parte deste evento dedicado a um prato que, da forma tradicional ou com variações, vai constar das ementas de 44 restaurantes de Setúbal e Tróia. A divulgação dos restaurantes envol-vidos no evento e a criação de condi-

ções para a atracção de públicos de diversos pontos do País são outros objectivos do festival, o primeiro de um ciclo a realizar ao longo do ano de promoção dos recursos gastro-nómicos locais, como o choco, a sardinha, o marisco, a ostra e o salmo-nete.

Há ainda a exposição “Terri-tórios do Mar”, a palestra “Os bene-fícios do consumo de peixe”, a 8 de Março, bem como, no dia 10, uma mostra e degustação de caldei-rada, e ainda no Aqualuz de Tróia a actividade “Caldeirada de Setúbal nas Memórias de Tróia”.

Caldeiradas promovem património gastronómico sadino

O INVESTIMENTO de mais de meio milhão de euros em opera-ções de reabilitação de habitações nos bairros sociais a realizar em 2012 foi anunciado esta semana pela presidente do município, Dores Meira, na Bela Vista. «Esperamos ainda este mês lançar concursos para a realização de sete emprei-tadas para trabalhos de construção civil em habitações e reparação de coberturas nos edifícios», anun-ciou a autarca, na cerimónia de inauguração de um conjunto de obras de requalificação do bloco E1A do Bairro da Bela Vista.

Dores Meira falou sobre os futuros investimentos, que englobam os bairros das Mantei-gadas, Quinta de Santo António e Bela Vista. Novas empreitadas

incluem a rectificação das caixas de recolha dos esgotos das prumadas e a instalação de novas

ligações de esgotos domésticos. Operações relacionadas com elec-tricidade, trabalhos de pintura e

reparação de fachadas de prédios estão também contempladas nos vestimentos.

Em curso estão duas emprei-tadas para colocação de cober-turas no Bairro da Bela Vista e a de pintura de fachadas de edifí-cios na Rua do Monte.

Em consulta estão mais três empreitadas para repinturas no E2B, para reparação de galerias do bloco 8 do Forte da Bela Vista e para reabilitação de vários fogos na alameda das Palmeiras. Além destas obras, a edil reforçou que a autarquia vai «instalar novas janelas em algumas fracções habi-tacionais» e facultar «tintas a grupos de moradores» que se ofere-ceram para participar na pintura dos seus edifícios.

Mais de meio milhão para bairros sociais

A presidente Dores Meira anunciou avultados investimentos para bairros

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[ ALMADA ]

[ SEIXAL ]

O MARÇO Jovem está de volta ao Seixal, com um programa de actividades que se prolonga por todo o mês de Março, celebrando a juventude com música, cinema, arte, encontros e workshop.

Este ano, a iniciativa, organi-zada em parceria com as organi-zações juvenis e associações de estudantes do concelho, volta a apresentar uma linguagem original e irreverente e lança um desafio, que é também o mote para o mês da juventude: mostra a tua face!

Pela primeira vez no auditório municipal, as Noites Antena 3 voltam a apresentar as escolhas de Nuno Calado, DJ e voz conhe-cida daquela rádio, onde apresenta o programa Indiegente. Ladrões do Tempo, banda que conta com a participação de Zé Pedro (Xutos & Pontapés), Tiguana Bibles, Kaviar

e Miss Lava são algumas das propostas que sobem ao palco nos dias 9, 16 e 23 de Março.

As bandas do concelho têm também lugar de destaque na programação e animam as noites de 3 de Março (Sub21@Seixal com Another Day Will Come, Broken Toilet e Excuse Me) e de 17 de Março

(Stand Up Rock com Ossos do Ofício, High Trash e Quest Com).

Durante a iniciativa poderá também apreciar trabalhos de pintura e fotografia em vários espaços municipais dedicados à juventude e até meter as mãos à obra nos workshops previstos e nas 24 Horas a Pintar, que junta

no Centro de Apoio ao Movimento Associativo Juvenil os jovens artistas do concelho que queiram mostrar o seu talento para a pintura.

As escolas secundárias do concelho e as associações de estu-dantes são também protagonistas essenciais e grande parte da acti-vidade do Março Jovem passa pelos equipamentos educativos. Pela primeira vez, recebem o Seixal Skate Fest e são também palco das eliminatórias do Canta! - 4.º Concurso Inter escolas de Intér-pretes Musicais.

O programa de actividades é variado e inclui ainda cinema, teatro, desporto, encontros e banda desenhada. O site do Março Jovem 2012 é a porta de entrada para este mês dedicado ao público jovem e a programação está disponível na nova página no Facebook.

Regresso do ‘Março Jovem’ desafia criativos

NA NOITE de 24 de Feve-reiro, o Lions Clube do Seixal organiza, em parceria com o Centro de Assistência Paroquial de Amora (CAPA), o espectá-culo Fado Solidário, no Salão Paroquial da Igreja Beato Scala-brini, na Amora.

A receita reverte a favor de famílias carenciadas, através da aquisição de bens de primeira necessidade.

Integram este espectáculo os fadistas Agostinho Saraiva, Maria João e Maria Eugénia, entre outros, e os músicos António Queirós (guitarra) e Manuel Domingos (viola).

Fado solidáriona Amora

A RUBRICA de rádio Seixal Saudável conta a partir de agora com um novo leitor que permite, além de ouvir as emissões, partilhá-las através das redes sociais Twitter e Facebook.

Para usar as novas funcionali-

dades basta aceder ao ícone do lado direito do leitor e escolher a rede que quer usar para partilhar uma emissão. As novas funcionalidades estão opti-mizadas para funcionar nos programas de navegação: Internet Explorer 9,

Google Chrome, Firefox e Safari.Durante o mês de Fevereiro, as

rubricas podem ser acompanhadas na RDS - Rádio Seixal, frequência 87.6 FM, aos sábados às 10, e com repetição às 20 horas. No dia 11,

Octávio Rodrigues, da Associação Portuguesa Promotora de Saúde e Higiene Oral, responde à questão «Como conseguir um sorriso bonito» e no sábado seguinte o tema «Combater a depressão» é o mote

para a conversa com Renata Frazão, da Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares. Corália Loureiro, vereadora da autarquia, encerra as rubricas do mês a falar sobre o Hospital no Seixal.

Rubricas ‘saudáveis’ para partilhar em emissões radiofónicas

Um mês dedicado ao potencial artístico dos jovens seixalenses

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Município ouve populaçãoArrancou ontem, sexta-feira, na Sociedade Recreativa Musical Trafariense, na Trafaria, mais um ciclo “Opções Participativas”, com o primeiro fórum público de participação organizado pelo município. Este ciclo decorre entre Fevereiro e Junho, com sessões nas onze freguesias do concelho. Recolher o contributo dos cidadãos para a elaboração das Opções do Plano (Câmara e Serviço Municipal de Água e Saneamento) de 2013 é o objectivo desta iniciativa. Além da participação nos fóruns públicos, os cidadãos podem dar as suas sugestões através da internet, até 30 de Junho.

Nova produção em marcha Já arrancaram os ensaios de “Dança de roda”, de Arthur Schnitzler, da Companhia de Teatro de Almada com encenação de Rodrigo Francisco. A peça, cuja representação foi proibida na altura da sua publicação, no final do século XIX, estreia a 15 de Março. O elenco é constituído por ex-finalistas em 2011 do Curso de Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema.

+ Notícias

TRÊS pessoas foram detidas e 50 foram identificadas numa operação efectuada este mês pela PSP de Almada e destinada a combater o tráfico e o consumo de droga junto a estabelecimentos de ensino neste concelho.

Segundo refere a PSP, em comu-

nicado, esta quarta-feira, «foram efectuadas três detenções e iden-tificados cerca de 50 indivíduos, com idades compreendidas entre os 15 e os 26 anos de idade, bem como a apreensão de cerca de 600 doses de haxixe».

Fonte da corporação adiantou

que a operação foi desencadeada na sequência de uma análise da crimi-nalidade na região, dado que havia registo de vários roubos e agressões a alguns alunos, nas imediações de algumas escolas, na área de juris-dição da Divisão da PSP de Almada.

Perante os dados de que

dispunha, a PSP de Almada inten-sificou o patrulhamento nas imedia-ções das escolas secundárias da sua área de jurisdição, tanto de elementos uniformizados, como de elementos não uniformizados, com o objectivo de prevenir e dissu-adir a prática deste tipo de crimes.

Operação da PSP combate tráfico de droga perto de escolas

O MUNICÍPIO vai lançar a primeira pedra do Centro de Interpretação Almada Velha (CIAV), no próximo dia 22, às 11h30, no Largo Conde Ferreira. O edifício que, durante séculos, albergou a Ermida do Espírito Santo e que foi adquirido pelo município em 2007, vai ser alvo de obras de restauro para dar lugar ao CIAV. Ligado à memória do núcleo histórico de Almada, o futuro equipamento muni-cipal pretende ser «uma refe-rência simbólica e identitária para a cidade».

Celebrar as tradições e vivên-cias locais através de espaços expositivos, montras dinâmicas, com destaque para os produtos e actividades do município, e propostas de circuitos pedonais e roteiros de visita temáticos autónomos ou organizados são algumas das mais-valias do novo espaço.

Este equipamento insere-se num conjunto de intervenções, financiadas pelo programa comu-nitário Polis XXI, que têm como objectivo valorizar o centro histó-rico. Além do Centro de Inter-

pretação de Almada Velha estão também em curso a construção do Museu da Música Filarmó-

nica, a Universidade Sénior e a consolidação da falésia junto ao Jardim do Rio.

Centro de Interpretação preserva memóriade Almada Velha

O passado do ‘casco velho’ fica perpectuado no Centro de Interpretação

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[ BARREIRO ]

[ SESIMBRA ]

A MULTIPLICAÇÃO de casos de lixo depositado indevidamente na via pública levou o executivo de Augusto Pólvora a lançar uma campanha de sensibilização e infor-mação centrada no acondiciona-mento de resíduos domésticos, resí-duos verdes, resultantes de hortas e jardins, e monos domésticos.

Para além da informação dispo-nibilizada na revista Sesimbra Muni-cípio de Novembro/Dezembro e no site da autarquia, foram colocados autocolantes nos contentores que indicam a forma correcta de depo-sição de cada tipo de resíduo.

O objectivo desta acção é manter a via pública mais limpa e ao mesmo tempo rentabilizar o serviço de recolha.

Paralelamente, a autarquia lançou também uma campanha de recolha de dejectos caninos, outra das problemáticas ambientais que afecta as zonas urbanas. A campanha apela ao civismo dos donos de cães e sugere modos de actuação e cuidados a ter no espaço público.

O EXECUTIVO sesimbrense vai pedir à GNR que investigue e reforcem o patrulhamento das zonas que nas últimas semanas têm sido vandalizadas.

Por outro lado, a autarquia afirma que não pode garantir a vigilância de todos os espaços onde existem equipamentos munici-pais, pelo que pede aos cidadãos que, «sempre que detectem uma atitude menos correcta ou movi-mentos suspeitos, alertem as auto-ridades»

Nos últimos meses aumen-taram os actos de vandalismo que têm como alvo o património muni-cipal instalado em espaços públicos e de lazer destinados à comuni-dade.

A última zona onde ocorreram acções deste género foi o parque de merendas do Castelo, usado por várias famílias aos fins-de-semana e em períodos de férias.

A destruição alargou-se ao caminho pedonal que dá acesso à Porta do Sol.

Campanha contra acumulação de lixo

Câmara quer mais GNR nas zonas públicas

PERTO de 216 mil euros é o valor base do concurso público para a empreitada de construção dos acessos viários e pedonais à nova Escola Básica n.º 1 e Jardim-de-Infância de Sampaio, na freguesia do Castelo, que deverá abrir portas no próximo ano lectivo.

A obra consiste na criação de uma estrada entre as avenidas Costa Gomes e D. Manuel da Silva Martins, com duas faixas de rodagem, estacionamento para ligeiros e paragem para os auto-carros.

Para além dos acessos, a empreitada inclui a construção de

passeios em calçada, bancos em betão, plantação de árvores e arbustos, colocação de sinalização, instalação de mobiliário urbano e contentores semienterrados, redes de distribuição de águas, drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, telecomu-nicações e gás.

Nova escolade Sampaioganha acessos

A nova via será acompanhada de um novo tapete de calçada e diverso mobiliário urbano

A INSTALAÇÃO de infra-estru-turas da rede de comunicações e do sistema de controlo e gestão de tráfego, pela AEBT - Autoes-tradas do Baixo Tejo está a condi-cionar o tráfego rodoviário no IC 21 – Via Rápida do Barreiro.

No âmbito destes trabalhos, que arrancaram na quarta-feira e se prolongam até 30 de Abril, serão implementados condicionamentos de tráfego, entre os quilómetros 0,4 e 1 e entre os quilómetros 2,4 e 9,4, com recurso a cortes de berma direita em período diurno (entre

as 06h00 e as 22h00) e a cortes de via direita, em período nocturno (entre as 22h00 e as 06h00), de forma a minimizar os impactos para os automobilistas.

Obras de telecomunicaçõescondicionam tráfego no IC21

O ROTEIRO das Freguesias chegou terça-feira ao fim, com o edil barreirense a fazer um balanço positivo da iniciativa.

Caracterizando a freguesia do Barreiro como um núcleo central do concelho, com tradições fortes, uma vivência associativa muito marcada e um conjunto de equi-pamentos de grande importância, o presidente da autarqua recordou que, neste roteiro, foi possível visitar equipamentos das áreas da saúde, do apoio social e da educação.

Ao nível estratégico, Carlos Humberto de Carvalho considera importante continuar a estreitar laços com o movimento associativo, com as instituições, com os empresários e com as populações em geral. «Estamos numa fase do ponto de vista económico e financeiro, do país mas também do poder local e em concreto da câmara, que não nos permite responder a solicitações de apoio financeiro, mas em relação ao apoio de outra ordem, que se traduza em encontrar soluções e pensar em conjunto, para isso temos total dispo-nibilidade», afirmou.

Carlos Humberto de Carvalho considerou que o momento actual não permite ‘fazer’ mas é ideal ‘para pensar’. Defendendo que é preciso «ter uma perspectiva de futuro em relação às coisas», o edil reiterou vontade e disponibilidade para com todos trabalhar. «O que temos dito às instituições é que estamos disponíveis para com elas pensar, no sentido de encontrarmos as soluções mais adequadas para o seu futuro, para o futuro da freguesia e do concelho. A nossa

postura é de diálogo, de abertura e de disponibilidade», sustentou.

Ainda de acordo com o autarca, o Roteiro e esta estadia na freguesia do Barreiro, «ais uma vez comprova a importância do diálogo e deste reencontro com as populações».

Para Carlos Humberto, «se não se consegue fazer tudo hoje, vamos fazendo, dia após dia. O incentivo e o apoio são fundamentais para não nos deixarmos amedrontar e para contrariarmos, com dinamismo, a vontade de desistir». conclui.

Roteiro das freguesias satisfaz presidente da Câmara

Executivo camarário faz um balanço positivo dos encontros com a população

O EXECUTIVO barreirense apro vou a proposta de criação da Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e Mata Nacional da Machada. A área de 800 hectares, apresenta valores naturais, patri-moniais e paisagísticos que o muni-cípio pretende preservar, requa-lificar e valorizar.

Durante esta reunião, Nuno Banza, vereador da área da Susten-tabilidade Ambiental, recordou

que nos últimos anos, foram elabo-rados alguns estudos científicos que revelaram importantes dados acerca da biodiversidade do terri-tório e confirmaram os valores naturais em presença.

Ao longo desde tempo, foram também promovidos diferentes momentos de auscultação junto do público, permitindo dizer que, de uma forma geral, a população concorda com a criação desta área protegida.

Reserva natural local avança

Os trabalhos prolongam-se até Abril

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[ MONTIJO ]

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ATÉ 30 de Junho estão abertas as inscrições para o VI Concurso Nacional de Poesia e Ficção Narrativa “Montijo Jovem 2012”. Uma iniciativa do Gabinete da Juventude da Câmara do Montijo, cujo objectivo é descobrir e divulgar novos talentos na área da literatura.

Qualquer cidadão nacional ou estrangeiro residente em Portugal, com idade entre os 15 e os 25 anos, pode candidatar-se ao Montijo Jovem 2012, através do preenchi-mento de ficha de inscrição acom-panhada de uma fotocópia do bilhete de identidade e de uma foto-grafia tipo passe.

O concurso compreende duas modalidades: poesia e ficção narra-tiva. Cada concorrente só pode apresentar um trabalho, optando por uma destas categorias. Os trabalhos, de tema livre, devem ser inéditos, escritos em língua portu-guesa e ter um limite mínimo de 25 páginas na modalidade de poesia e 50 páginas na categoria de ficção narrativa.

É obrigatória a entrega de três

cópias de cada trabalho dactilo-grafadas, respeitando o espaço duplo entre linhas, o tamanho de letra 12 e a fonte Times New Roman.

Os vencedores das duas cate-gorias recebem, como prémio, 625 euros cada. A Câmara patrocinará a publicação dos trabalhos vence-dores, podendo, ainda, promover a publicação de outras obras a concurso.

A todos os concorrentes selec-cionados serão entregues diplomas numa cerimónia, a decorrer em Novembro, onde serão conhecidos os vencedores da VI edição.

Concurso literário preparacaptação de novos valores

O FUTURO do concelho face à realidade económico-social é o desafio para o primeiro debate a realizar, dia 25, no âmbito do Clube Autárquico.

A iniciativa, que abre o conjunto de debates previstos para este ano, na Galeria Municipal, sob o lema Sementes para o Futuro, vai contar com a participação de cerca de duas dezenas de cidadãos «selec-tivamente convidados» tendo em conta as características do debate, argumenta o executivo montijense.

No encontro, a discussão vai correr em torno de alunos e profes-

sores das Escolas Poeta Joaquim Serra, Jorge Peixinho e Escola Profissional do Montijo, além de empresários e autarcas.

O objectivo do debate é pôr cada participante a escrever num quadro em branco ou numa folha de papel em branco com um ponto de interrogação uma ou duas ideias inovadoras com vista a um Montijo melhor nos próximos dez anos.

O desenvolvimento e o cres-cimento económico; a promoção da qualidade ambiental; a cultura, o desporto e o lazer foram os temas escolhidos para promover

a criatividade e a inovação dos participantes.

Recorde-se que as próximas iniciativas do Clube Autárquico acon-tecerão no dia 20 de Março com a realização da segunda sessão dos Cafés com Debate, uma iniciativa que os promotores aguardam «com enorme expectativa», tendo em conta as personalidades convidadas para esta sessão; e no dia 21 de Abril, com uma visita à ETAR do Seixalinho e à Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões. Esta última inicia-tiva enquadra-se na iniciativa “Conhecer a realidade local”.

Cidadania e futuroabertos à discussão

Ficção e poesia mostram talentos

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[ ALCOCHETE ]

[ MOITA ]

OS SERVIÇOS da Câ -mara Municipal da Moita vão estar encerrados no próximo dia 21, terça-feira de Carnaval, por decisão da autarquia.

O executivo do comu-nista João Lobo justifica a decisão contrária à medida do Governo, que este ano não deu ‘ponte’, com a «tradição histórica, as diversas manifestações culturais que se realizam no concelho, no âmbito das festividades de Carnaval».

O investimento já efec-tuado pelas associações locais e pelo município nestas festividades e a previsão de uma fraca aflu-ência de utentes aos serviços públicos foram outros dos argumentos avançados pela autarquia para declarar o encerra-mento dos serviços cama-rários na terça-feira gorda.

Carnaval ‘dá’ feriado na Câmara

O TEATRO Alardiário estreia este sábado a peça “Grimm”, teatro para a família e infância, da autoria de Ricardo Bragão.

No espectáculo, marcado para as quatro da tarde, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, dois actores com ajuda de inúmeras marionetas, teatro de sombras e projecções de vídeo, irão contar a história dos Irmãos Grimm e as histórias dentro da história, ou seja, da Branca de Neve à Bela Adormecida e do Capu-chinho Vermelho aos Músicos de Bremen, num ambiente român-tico, encantado e humanista que caracteriza estas histórias.

A peça assinala a passagem do 200º aniversário da publicação do primeiro livro dos Irmãos Grimm.

Arte familiar no fórum

CERCA de uma dúzia de novas actividades abertas a todos os cida-dãos seniores do concelho é o que oferece, este ano, a UNISEM – Universidade Sénior da Moita.

Para além do ano lectivo regular, destinado aos alunos inscritos na UNISEM, a direcção desta instituição decidiu desen-cadear, em Fevereiro e em Maio, um conjunto de actividades com aulas abertas a todos os seniores

da terra, em áreas como azulejaria, scratch, tango argentino, danças de salão, teatro, expressão corporal, heráldica, seminários sobre a história da pintura ocidental e diversas tertúlias.

Estas actividades complemen-tares, desenvolvidas pelos profes-sores e outros colaboradores da UNISEM, são abertas à partici-pação da população em geral, afirma a direcção da instituição

que tem por objectivo proporcionar aos cidadãos com 50 anos ou mais um processo de integração social saudável e a manutenção de bons hábitos de saúde física e intelec-tual.

Para participar, os munícipes podem efectuar a inscrição através da Divisão de Assuntos Sociais da Câmara, instalados na Zona Envol-vente à Praça de Touros, no centro da cidade moitense.

Universidade séniorabre portas a todos

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Aulas abertas a toda a comunidade senior do concelho é o desafio para os meses de Fevereiro e Março

Teatro de marionetas em festa

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A ESTRADAS de Portugal abriu um concurso público para a execução da requalificação da EN118, entre os concelhos de Alco-chete e Samora Correia, numa extensão de 28 quilómetros.

De acordo com a empresa, esta intervenção tem como objectivo «alcançar uma melhoria signifi-cativa das condições de circulação e segurança nesta importante via de ligação» dos distritos de Santarém e Setúbal.

De acordo com o caderno de encargos, o preço base de concurso estimado para esta empreitada é de cerca de 216 mil euros, sendo que o prazo previsto para a execução é de 240 dias.

No documento, publicado em Diário da República do dia 13 de Fevereiro, é indicado que a aber-tura das propostas está marcada para dia 27 de Março.

EN118 vai para obras

AS NOTÍCIAS vindas esta semana a público, sobre dificul-dades financeiras do agrupamento de escolas D. Manuel I, «são despro-porcionadas, injustas e factor de alarmismo social, possuindo moti-vações que transcendem o normal funcionamento das escolas e da vida da comunidade educativa».

A convicção é do executivo de Luís Miguel Franco, em resposta a notícias vindas a público e que têm vindo a ser divulgadas em reuniões de pais e de encarregados de educação, relativamente a uma situação financeira difícil em que se encontra o Agrupamento de Escolas El Rei D. Manuel I por causas imputáveis ao município.

A autarquia rejeita essa respon-sabilidade, adiantando que, apesar da redução das transferências do Orçamento de Estado por via da crise económica e financeira que assola o país, a Câmara continua a considerar a Educação como «um objectivo estratégico de desenvolvimento local», razão pela qual investiu neste domínio, entre 2007 e 2011, mais de oito milhões de euros.

Por outro lado, recorda Luís Miguel Franco, a câmara inaugurou recentemente o Centro Escolar de S. Francisco, «um equipamento de excelência, cujo investimento ascendeu a três milhões de euros», e que apenas foi comparticipado em 773 mil euros. Destes, a autarquia ainda está para receber 400 mil.

«Este esforço financeiro colossal criou alguns constrangi-mentos ao município e impediu, pontualmente, que cumpríssemos

nos prazos habituais os nossos compromissos junto dos agentes concelhios», pelo que o executivo reuniu com a direcção do agrupa-mento para analisar a situação, tendo nessa reunião, sido «iden-tificados os montantes em dívida da Câmara ao Agrupamento, bem como do Agrupamento à Câmara Municipal e foi agendada uma nova reunião, onde se processarão os acertos de contas, respectivos planos de pagamento.

Autarquia desdramatiza ‘finanças’ de agrupamento escolar

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O executivo rejeita culpas e garante continuar a investir na educação

28 km de troço vão ser melhorados

O EXECUTIVO, de maioria comunista, aprovou uma moção sobre a oferta da rede de trans-portes colectivos.

Esta moção, que surge na sequência de um compromisso assu-mido na última reunião da Junta Metropolitana de Lisboa, integra a posição do município relativamente

à rede de transportes do concelho.«No que diz respeito aos trans-

portes rodoviários houve uma melhoria significativa, mas quanto à rede de transportes fluviais praticamente nada se alterou desde a proposta inicial», sustenta o vereador José Luís Alfélua, para quem a população de Alcochete «é penalizada no trajecto para Lisboa».

Município exige mais oferta de transportes colectivos

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+ Desporto

Há bem pouco tempo o consagrado cine-asta Manoel d’Oliveira

completou 103 anos de idade, fazendo gala de uma lucidez e bonomia de muito difícil adjectivação.

Nasceu em 1908, ainda em tempo válido de Monar-quia e guarda dessa época remota perfeitos de interes-santíssimas memórias.

Além do mais ele é, presentemente, o mais antigo aviador português, com ‘brevet’ obtido há mais de 70 anos!

Eis um belo exemplo das ‘delicias’ da veterania, sob o signo de uma longevidade que tem feito eco em todo o mundo.

Também nos domínios do Desporto e no nosso Portugal encontramos motivo para continuar o tema do super-centenário Manoel d’Oliveira. E vale a pena acompanhar-nos no exercício…

Respigamos de ‘A Bola’ a notícia que nos leva à reflexão extra sobre os limites da veterania. No Alvorense, dos ‘regionais’ do Algarve, actua o guarda-redes Hélder Lourenço que vai a caminho dos 58 anos de idade, com um pouco mais de quarenta de ininterrupta actividade em nove clubes, com títulos conquistados e simpatia geral bem mere-cida. Ao serviço do Portimo-nense, já quarentão, venceu a Liga de Honra e é uma figura de intensa populari-dade em todo o Algarve. Natural de alvor, a sua ‘santa terrinha’, como costuma dizer, Hélder nutre uma intensa paixão pelo futebol e ainda não pensa em ‘arrumar as luvas’.

Na história da modali-dade tem havido casos de longevidade de ‘keepers’, em planos de evidência para além dos 40 anos – e estamos a lembrar-nos do mexicano Carvajal, do russo Yatchine, do italiano Buffon e do brasi-leiro manga, entre outros mais como, por exemplo, Abraão do Olhanense.

Nas equipas da I Divisão Nacional da decor-rente época actuam nada menos do que 10 elementos com mais de 30 anos de idade entre os quais o brasileiro Diego (32) em evidência ao serviço do Vitória de Setúbal. Todavia, o mais velho (Quim, do Sp. Braga) vai nos 37 anos e – calcule-se! – até poderia ser filho do ‘Matusalem’ Hélder, de Alvor.

Dois portugueses dignos da nossa convicta simpatia e admiração: Manoel d’Oliveira e Hélder Lourenço, separados por meio milhar de quilómetros (Porto e alvor) e por menos do que 46 anos. Constituem, como pudemos evocar, exemplos marcantes das ‘delicias’ de veteranos bem aproveitadas.

E já agora, em final de croniqueta lançamos ao Semmais mais uma desa-fiante sugestão. Esta: a de apurar uns quantos casos de habitantes de Setúbal e cercamias com idades próximas ou já para além dos 100 anos. Creio que daria uma boa reportagem de peculiar interesse regional. A imitar o cineasta deve haver, pela certa, um cidadão centenário na ‘Princesa do Sado’.

Os ‘keepers’balzaqueanos

Ao serviço das equipas da Liga, relativamente a 2012, contamos nada me nos do que 15 guarda-redes com idades supe-riores a 30 anos, sob o rótulo (estrangeirado) de ‘balzaqueanos’.

Os líderes de tal veterania são Paulo Santos (Rio Ave) e Quim (Sp. Braga) com 28 e 37 anos, respectivamente.

Depois há ‘keepers’ com 36 anos (1), 35 (2), 33 (3), 32 (4) e 31 (3).

Será que algum deles se aproximará da proeza de Hélder Lourenço, o ‘patriota’ de Alvor? A resposta só surgirá nas próximas décadas…

As ‘delícias’da veterania

DavidSequerra

Barreirense é vice-campeão nacional de xadrezA equipa do FC Barreirense sagrou-se, na Marinha Grande, vice-campeã nacional, em partidas semi-rápidas. Os xadrezistas barreirenses apenas foram batidos pelo ACDR Vale de Cambra, numa prova que contou com mais de 200 jogadores de 49 equipas.

Atletismo da Baixa da Banheira foi o melhor da regiãoA equipa masculina do Centro Atletismo Baixa da Banheira ficou no histórico 8.º lugar da fase final da I Divisão do Campeonato Nacional de Clubes de Pista Coberta. Na competição ganha pelo SL Benfica, o CABB somou 36 pontos.

Taça AFS já definiu finalistas FC Barreirense e AD Quinta do Conde são os finalistas da edição 2012 da Taça da Associação de Futebol de Setúbal.Os quintacondenses, que militam na II distrital, registaram a grande surpresa das meias-finais depois de vencerem, por 1-0, em casa, o Vasco da Gama de Sines, equipa que havia vencido a prova no ano passado.No outro jogo, o Amora recebeu o Barreirense, mas não conseguiu evitar o afastamento da competição. Os ‘alvi-rubros’ venceram, por 3-2, após prolongamento de um desafio que chegou aos 90 minutos empatado a dois golos.A final está marcada para o dia 25 de Abril, em campo ainda por definir.

Selecção de futsaltreina na MoitaA selecção distrital de futsal de sub-20 da Associação de Futebol de Setúbal está a preparar a sua participação no Torneio Nacional Inter-Associações no Pavilhão Municipal de Exposições, na Moita.Depois do primeiro treino ter decorrido no dia 15, estão ainda agendadas mais duas sessões nos dias 22 e 29, sendo que neste último será realizado um jogo-treino frente aos juniores do Sporting CP.

Entradade José Mota para acelerar motivação vitoriana

A equipa do Vitória recebe amanhã, às 18h15, no Bonfim, o

FC Porto, no jogo a contar para a ronda 19 da Liga, e que marca a estreia de José Mota como novo treinador da equipa vitoriana.

No fundo da classificação, aos sadinos resta renovar a motivação para vencer e conquistar pontos com vista à manutenção. O novo técnico, substituto de Bruno Ribeiro, reconhece que a missão é complicada mas confia na qualidade do plantel sadino para segurar a equipa na Liga maior do futebol luso.

Ex-treinador do Bele-nenses, José Mota iniciou a sua experiência no Bonfim na quarta-feira, dia em que, depois de orientar o primeiro treino da equipa, foi apresen-tado aos adeptos e mostrou, desde logo, ambição para

registar uma estreia vitoriosa, frente ao FC Porto. «Os joga-dores estão preparados. É um jogo difícil, mas tempos de perceber que esse é um jogo que nos traz motivação e ambição. Digamos que é aquele jogo em que temos muito a ganhar. Temos de ter determinação e humildade, jogar contra o campeão nacional faz-nos superar, estou confiante. Sabemos que para jogar contra os grandes temos de ser muito solidários, não pode existir intranquilidade. Se conseguirmos ter isso tudo, com o talento que estes joga-dores têm, temos hipótese de ganhar ao F.C. Porto», referiu o técnico sadino, que assinou contrato até Junho de 2013.

Antes de elogiar o trabalho e a dedicação do seu antecessor, José Mota reforçou a qualidade do plantel sadino: «É uma equipa com bons jogadores. Este é um momento menos bom

em termos de resultados, mas vamos conseguir o que pretendemos, que é ganhar e pontuar para passarmos para uma zona mais tran-quila. Acho que temos condi-ções, se não tivéssemos não aceitaria este cargo», assumiu.

Capitão confiana recuperação

Na antevisão ao embate com os portistas, esta quinta-feira, o defesa-central Ricardo Silva disse que a entrada de José Mota vai contribuir para renovar a motivação da equipa. «Veio para nos ajudar e melhorar aquilo que não estava bem. É o início de um novo ciclo, com novas ideias», abordou o capitão sadino.

Quanto ao FC Porto: «Temos o que é preciso para ganhar. É uma equipa muito forte, mas acreditamos que é possível vencer o campeão», afirmou.

A EQUIPA do Seixal FC conquistou, no domingo, o título distrital de basquetebol masculino, em sub-16.

Na competição a quatro (Seixal, Barreirense, Basket Almada e Scalipus), coube aos seixalenses segurar o troféu, depois de vencerem, por 60-55, o Basket de Almada, no derra-deiro encontro da fase final. Um desafio que reuniu largas dezenas de espectadores e cuja incerteza do resultado até ao final do jogo foram motivos de grande entusiasmo.

O Seixal, só com vitórias, sagrou-se campeão, relegando os almadenses para o 2.º lugar. Barreirense e Sclipus de Setúbal foram 3.º e 4.º classi-ficados, respectivamente.

OS CONCELHOS de Palmela e Sesimbra estão na rota das principais provas de golfe inscritas no calen-dário da federação portu-guesa da modalidade.

O confronto entre as selecções nacionais de amadores e profissionais, em “match play”, num formato semelhante ao da Ryder Cup, é a grande novi-dade do calendário oficial de 2012 da PGA de Portugal, e está marcado para o inicio de Julho, no Montado Golf, em Palmela.

Para a Quinta do Peru, quinta do Conde, Sesimbra, está reservado o mais impor-tante torneio de “stroke play”. O Campeonato Nacional vai

realizar-se em Novembro e permitirá a melhor partici-pação de sempre, pelo facto de jogadores como Ricardo Santos, Filipe Lima e Tiago Cruz já não estarem a competir em circuitos inter-nacionais nessa altura.

Refira-se que o PGA Portugal Tour 2012 será composto por um total de 19 competições.

Seixal vence basquete distrital

Região vai receber elitedo golfe nacional

Passes Curtos

Quinta do Peru recebe Nacional

José Mota elogia a qualidade do plantel sadino e confia na manutenção da equipa na Liga

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Remo indoorpromovecompetiçãoem Setúbal

A SECÇÃO de Remo do Clube Naval Setubalense, organiza este sábado, a partir das 10 horas, no Pavilhão Gimnodespor-tivo do clube, o “ 2º Open de Remo Indoor.

O evento, que há um ano contou com cerca de 200 participantes, visa divulgar a modalidade e promover o gosto pelo remo, nesta sua vertente indoor.

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+ Negócios

Setúbal poderá vir a albergar em breve uma plataforma de extracção de petróleo

desactivada que o grupo holandês DB Group pretende vir a trans-formar numa unidade hoteleira a instalar igualmente na região, caso as autoridades viabilizem o projecto.

O grupo investidor holandês que, segundo fontes contactadas pelo Semmais, «conseguiu convencer os clientes a fazer este trabalho em Portugal», garante que a intervenção na plataforma, de 87 metros de altura e 75 metros de largura, deverá vir a ocupar cerca de 50 trabalhadores especializados, pelo menos durante um período de quatro a cinco meses. «A primeira questão a que é preciso dar resposta é onde a mesma

poderá ser acostada no porto de Setúbal, uma vez que tem um calado de 11 metros, e o custo diário dessa acostagem», referiu a mesma fonte.

O Semmais sabe que terá sido feita uma primeira consulta à Administração do

Porto de Setúbal, que terá reme-tido a viabilidade da operação para os estaleiros navais da Lisnave, na zona da Mitrena, em Setúbal.

Segundo as mesmas fontes, este processo de decisão deverá ocorrer num prazo muito curto, uma vez que a plataforma já terá zarpado da Indonésia com destino à Holanda, sendo que a DB Group tem uma empreitada preparada para proceder à sua rebocagem com destino à costa setubalense. «O problema será a obtenção das decisões em Portugal em tempo útil, caso contrário, o país poderá perder esta oportunidade de negócio, tanto mais que poderão chegar outras plataformas do género para serem intervencionadas», sugerem as fontes do Semmais.

Porto de Setúbal e Lisnave estão a analisar esta forte possibilidade

Plataforma petrolífera pode chegara Setúbal num negócio pouco usual no país

MAIS de três mil euros foi quando a Associação Regional de Empresários Pró-Activos (AEPACTIV) apurou, no evento de solidariedade realizado no sábado, e cujas receitas revertem a favor de duas instituições de apoio a crianças: a Cercizimbra, em Sesimbra, e a Meninos de ouro, em Azeitão.

O evento reuniu cerca de 360 pessoas que quiseram contri-buir para projectos destacáveis de apoio à criança. Esta cele-bração contou com animação musical – através do artista “Colibri” – danças de salão por crianças do Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão, pintura para crianças, uma exibição da Escola de Samba G.R.E.S. Bota no Rego, um espec-táculo de capoeira pela Asso-

ciação Cultural Ginga Brasil, entre outras actividades e incluiu um jantar-convívio.

O encontro, realizado na Quinta do Lago, em Palmela, foi promovido pela AEPACTIV, uma associação sem fins lucrativos criada em Agosto de 2011, com o objectivo valorizar a activi-dade dos empresários e promover acções de índole profissional, social e cultural, juntando os esforços de dezenas de empre-sários da Região de Setúbal.

Actualmente, 28 empresas das mais diversas áreas de acti-vidade, asseguram vantagens para as suas entidades através de protocolos que garantem grandes poupanças de custos, em sectores como telecomuni-cações, higiene e segurança no trabalho e formação.

Empresários solidários ajudam crianças de Sesimbra e Azeitão

ANTÓNIO Calçada de Sá, presi-dente e administrador delegado da Repsol Portuguesa, acaba de receber o prémio de Gestor Ibérico do ano 2010-11 atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola - CCILE, numa cerimónia que contou com a presença do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

A administração da empresa entende que este prémio «reflecte

o êxito do seu percurso profissional e o papel diferenciador que tem desempenhado ao longo da sua carreira». Em quatro anos, António Calçada de Sá impulsionou um processo de transformação e mudança na Repsol em Portugal. Actualmente, a empresa que lidera está entre as 10 maiores do nosso país com uma quota de mercado superior a 20 por cento.

A Repsol em Portugal tem investimentos acumulados supe-

riores a 1000 milhões de euros e emprega directamente mais de um milhar de pessoas.

António Calçada de Sá iniciou a sua trajetória profissional na década de 80 na multinacional Exxon e trabalhou em diferentes países e em diversos projectos e mercados desde a química à petro-química até à indústria de aditivos e especialidades, tanto na área de combustíveis como lubrificantes.

Iniciou as suas funções como presidente e administrador dele-gado da Repsol Portuguesa em 2007 e em 2010 acumulou funções

enquanto director da Rede de Retalho em Espanha. É ainda administrador em várias empresas do grupo.

Os prémios atribuídos pela CCILE são de âmbito ibérico e são atribuídos a gestores e empresá-rios que tenham contribuído de forma significativa para o incre-mento das relações bilaterais luso-espanholas na sua actividade profis-sional, quer seja através de inves-timentos, quer através do desen-volvimento das suas empresas.

Presidente da Repsol foi eleito o melhor gestor ibérico

O MOVIMENTO de mercado-rias no Porto de Setúbal atingiu, em Janeiro, um total de 583 mil toneladas, um valor 13,6 por cento superior ao mesmo mês em 2011.

Tendo em conta a situação difícil que a economia nacional atravessa, «constitui um indicador positivo», argumenta a adminis-tração portuária.

Este movimento de mercado-rias significa que, em Janeiro, esca-laram os onze terminais do Porto de Setúbal mais de uma centena de navios em actividade comer-cial, o que, no entender da APSS, «demonstra o empenho e a capa-cidade de resposta das empresas e entidades» da Comunidade Portu-ária de Setúbal «face aos constran-gimentos do presente».

Porto de Setúbal cresce 13,6 por cento

O galordoado António Calçada de Sá

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A CAIXA de Crédito Agrícola Mútuo de Entre o Tejo e Sado, com sede no Montijo, tem em marcha a acção de solidariedade social “Juntos ajudamos mais”, com vista à recolha de alimentos destinados a entidades que actuam no combate à pobreza e exclusão.

Os primeiros alimentos reco-lhidos já foram entregues à Confe-rência S. Vicente de Paulo do Centro Paroquial do Montijo, numa ceri-mónia que teve lugar no passado dia 9, onde marcaram presença Fernanda Braço Forte e Raquel Ferrim, ambas da Conferência S. Vicente, e Paulo Ferreira, presidente do Crédito Agrí-cola de Entre Tejo e Sado.

“Juntos ajudamos mais” tem como meta despertar para a soli-dariedade social para com os mais carenciados e desfavorecidos, e resulta da consciência institucional da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado, bem como de todos os seus colaboradores, órgãos sociais, associados e clientes. «Não

nos podemos alhear do drama que diariamente é vivido pelas pessoas e famílias assoladas pela doença, pelo desemprego, abandono escolar ou quaisquer outras circunstâncias que as empurram para situações extremamente dramáticas, frágeis e delicadas», vinca fonte da insti-tuição bancária.

A acção recebe todos os produ-tores alimentares, mas está já asse-

gurada uma base mensal, tradu-zida numa «significativa quanti-dade de leite embalado, de produção nacional», garante a mesma fonte.

A iniciativa “Juntos ajudamos mais” irá percorrer todas as agên-cias desta instituição bancária e deverá manter-se por todo o presente ano. A próxima campanha está agendada para o concelho de Alcochete.

Crédito Agrícola ajuda carenciados

Fernanda Braço Forte, Raquel Ferrim, da Conferência de S. Vicente e Paulo

Ferreira, presidente do Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado

Caso este primeiro negócio corra bem, o grupo holandês DB Group pretende trazer outras plataformas do género para serem transformadas, gerando trabalho e criando emprego

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A plataforma tem 87 metros de altura

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Page 23: Semmais 18 Fevereiro 2012

23S á bado | 18 . Fev. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de dez de Fevereiro do ano de dois mil e doze,Lavrada de folhas cento e quarenta e seis e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e cinco-A, deste Cartório, JOSÉ AUGUSTO MARTINS PINA e mulher ROSA MARIA CABRITA VALENTE PINA, ambos naturais da freguesia de Pera, do concelho de Silves, que declararam ser casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residentes habitualmente na Rua Rio Vouga, lote cento e vinte e sete, Boa Água-Um, Quinta do Conde, Sesimbra, contribuintes fiscais, respectivamente, números 101071205 e 138264732, justificam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio urbano composto de lote de terreno para construção urbana, designado pelo número cento e vinte e sete, com a área de trezentos e sete metros quadrados, situado na Rua Rio Vouga, Boa Água-Um, na freguesia de Quinta do Conde, do conselho de Sesimbra, que confronta do Norte com o lote cento e vinte e seis, do Sul com o lote cento e vinte e oito, do Nascente com Rua Rio Vouga, e do Poente com lote cento e trinta, que se encontra inscrito sob o artigo 18.333, da freguesia de Quinta do Conde, com o valor patrimonial de 74.330,00€, constando como titular do referido artigo matricial o ora justificante marido. Que, no tocante ao registo predial faz parte do prédio descrito na Conservatória do registo Predial de Sesimbra sob o número oito mil novecentos e setenta e um, de dezassete de Fevereiro de dois mil e nove, da freguesia de Quinta do Conde, com registo de direito de propriedade, a título de bem próprio, a favor de António Xavier de Lima, casado com Maria de Fátima Pires Ferreira de Lima, sob o regime da comunhão de bens adquiridos, sob a inscrição requisitada pela Apresentação vinte e nove, de vinte e nove de Janeiro de mil novecentos e setenta e um.ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos dez de Fevereiro do ano de dois mil e doze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de treze de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas onze e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste Cartório, ALMERINDA MARIA DOS SANTOS MARTINS, segundo declarou, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, viúva, com residência habitual na Rua António Lourenço, número 15, Faralhão, Setúbal, contribuinte fiscal número 132452669, justifica ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, de um prédio rústico composto de parcela de terreno para cultivo, com a área de três mil setecentos e setenta e cinco metros quadrados, sito na Rua António Lourenço, na freguesia do Sado, do concelho de Setúbal, a confrontar do Norte com Júlio Cardoso Martins e Caminho Público, do Sul com viveiros, do Nascente com Almerinda Maria dos Santos Martins e Casimiro da Silva Caseiro dos Santos, e do Poente com Natália Augusta Caseiro dos Santos, Manuela da Conceição Polónio, Manuel António da Costa e António Jacinto Soares, e inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 166, da Secção H, ainda da freguesia de São Sebastião, constando como titular do referido artigo Domingos Martins, sogro da ora justificante. Que, no tocante ao Registo Predial, não se encontra descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Setúbal.ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos treze de Fevereiro do ano dois mil e doze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de treze de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas nove e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste Cartório, ALMERINDA MARIA DOS SANTOS MARTINS, segundo declarou, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, viúva, com residência habitual na Rua António Lourenço, número 15, Faralhão, Setúbal, contribuinte fiscal número 132452669, justifica ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, de um prédio rústico composto de parcela de terreno para cultivo, com a área de quinhentos e quinze metros quadrados, sito na Rua António Lourenço, na freguesia do Sado, do concelho de Setúbal, a confrontar do Norte com Almerinda Maria dos Santos Martins, do Sul com viveiros, do Nascente com caminho público, e do Poente com Valter de Oliveira Pinela dos Santos, e inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 166, da Secção H, ainda da freguesia de São Sebastião, constando como titular do referido artigo Domingos Martins, sogro da ora justificante. Que, no tocante ao Registo Predial, não se encontra descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Setúbal.ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos treze de Fevereiro do ano dois mil e doze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

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Porto de Setúbal e Lisnave estão a analisar esta forte possibilidade

COM UMA carteira de nove marcas, para todas as gamas e preços, a SGS-CAR, uma das principais empresas do sector automóvel da região, com mais de vinte anos no mercado, prepara-se para consolidar a sua posição de multimarcas no Pólo de Setúbal, na Estrada dos Ciprestes, junto à Soonda.

A aquisição de quatro marcas do grupo Fiat, que já estão ao dispor dos clientes, fechou um ciclo de grandes investimentos operados pela SGS-CAR nos últimos cinco anos, que para além de um vasto universo de oferta, conta também um serviço pós-venda, oficina com recursos técnicos espe-cializados, e um centro de colisão multimarcas. «Trata-se de um grande esforço financeiro mas é também uma forte aposta nas insta-lações de Setúbal e na soma da nossa oferta, do modo a que o nosso cliente possa encontrar aqui todas as solu-ções para as suas necessi-dades, com melhoria do acompanhamento persona-lizado e do serviço pós-venda», explica ao Semmais, Pedro Carvalho, director-geral da SGS-CAR que, para além de Setúbal, mantém pólos em Almada e no Montijo.

Às marcas Fiat , Alfa-Romeu, Lancia e Fiat Profis-sional, juntam-se as da Volvo, Honda, Mazda, Skoda e Mitsubishi, emblemas já antes comercializados pela empresa. «A aquisição destas marcas Fiat representa a ampliação da nossa cota de mercado, o que significa que dispomos agora de viaturas mais generalistas e a preços mais acessíveis, mas também marcas de referência como a Honda e a Volvo para outro tipo de gama, e ainda uma linha de viaturas comerciais, através da Fiat Profissional e da Mitsubishi», sublinha o gestor da empresa.

Vinte anos ao serviçodo mercado em Setúbal

Pedro Carvalho, com larga experiência no

mercado automóvel, admite que a SGS-CAR está a operar «em contra-ciclo», mas também a aproveitar «algumas ilhas

que a retracção do mercado está a gerar». E não tem dúvidas de que esta diversificação da acti-vidade em Setúbal, signi-fica «uma melhoria de ‘know how’ e criação de emprego» em prol da região e sobretudo dos clientes que a empresa pretende «fidelizar através de um serviço global e de proximidade». «Estamos neste mercado há mais de vinte anos, os responsá-veis da SGS-CAR estão sempre presentes e, nesta casa, um cliente não é uma matrícula, daí esta aposta em melhorar a qualidade dos serviços prestados e a personalização cada vez mais vincada com quem nos visita», salienta o responsável.

Um grande esforço na formação contínua dos cerca de 50 profissionais ao serviço da empresa e a aposta na inovação são outras características do notório crescimento da SGS-CAR, que tem vindo a remodelar e a moder-nizar de forma constante a sua área de serviços, com cerca de 3500m2. «Há aqui um grande desafio e estamos preparados para o enfrentar e desenvolver. Esta diversificação de marcas e soma delas cons-tituem um trunfo para a nossa marca e uma vantagem para os nossos clientes que aqui encon-tram soluções comuns, seja no mercado particular ou empresarial», afirma, categórico o líder da SGS-CAR.

Empresa fecha ciclo de investimento e solidifica gama com nove marcas

SGS-CAR prepara ‘assalto’ aomercado automóvel de Setúbal

A SGS-CAR vai ser o primeiro concessionário em Portugal a estrear o novo layout da marca Honda para o lançamento do novo Civic, em Março deste ano. «Não deixa de

ser um orgulho termos sido brindados com esta escolha e estamos a adaptar e a modernizar essa zona piloto de forma muito profissional», explica Pedro Carvalho.

Trata-se de um design arrojado, moderno e sofis-ticado, para dar ainda mais visibilidade a uma das marcas de referência no sector automóvel em Portugal.

Lançamento do Civic com estreia piloto na SGS-CAR / SOONDA

O novo e moderno Stand que serve as marcas do grupo Fiat já está ao dispor dos clientes

Pedro Carvalho, o director-geral da SGS-CAR está optimista

Espaço da Volvo, uma das marcas referência da empresa

Foto

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