Semmais 31 outubro 2015

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Sábado 31 | Outubro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 876 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE NEGÓCIOS PÁGINA 12 LISNAVE AUMENTA REPARAÇÕES EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO Nos primeiros nove meses do ano, os estaleiros da empresa, na Mitrena, Setúbal, repararam 79 navios, mais seis em relação ao período homó- logo do ano passado. Grécia e Singapura são as bandeiras que mais escalam as docas da empresa. SOCIEDADE PÁGINA 3 EX-BISPO D. MANUEL MARTINS DECLARA ‘AMOR’ POR SETÚBAL No dia da ordenação do novo bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, o ex-prelado sadino, D. Manuel Martins, que comemorou 40 anos do início do seu ministério, evocando memórias, disse ter «saudades de Setúbal». POLÍTICA PÁGINA 10 PSD DO DISTRITO DÁ TRÊS MEMBROS AO GOVERNO DA COLIGAÇÃO Já se sabia que Maria Luís Albuquerque se manteria à frente da pasta das Finanças, e Fer- nando Negrão, ministro da Justiça. Ontem, to- mou posse Pedro do Ó Ramos, ex-líder distrital do PSD, como secretário de Estado do Mar. TAXA DE SUICÍDIO AUMENTA NO DISTRITO IDOSOS À CABEÇA A região está entre os distritos com maior taxa de suicídio do país, só atrás de Lisboa e Porto, sendo que 40 por cento dos registos são idosos que põem termo à vida. Os especialistas reclamam intervenção mais adequada para travar o fenómeno. SOCIEDADE PÁGINA 5

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Edição do Semmais de 31 de Outubro

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Sábado 31 | Outubro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 876 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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NEGÓCIOS PÁGINA 12LISNAVE AUMENTA REPARAÇÕES EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO Nos primeiros nove meses do ano, os estaleiros da empresa, na Mitrena, Setúbal, repararam 79 navios, mais seis em relação ao período homó-logo do ano passado. Grécia e Singapura são as bandeiras que mais escalam as docas da empresa.

SOCIEDADE PÁGINA 3EX-BISPO D. MANUEL MARTINS DECLARA ‘AMOR’ POR SETÚBAL No dia da ordenação do novo bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, o ex-prelado sadino, D. Manuel Martins, que comemorou 40 anos do início do seu ministério, evocando memórias, disse ter «saudades de Setúbal».

POLÍTICA PÁGINA 10PSD DO DISTRITO DÁ TRÊS MEMBROS AO GOVERNO DA COLIGAÇÃO Já se sabia que Maria Luís Albuquerque se manteria à frente da pasta das Finanças, e Fer-nando Negrão, ministro da Justiça. Ontem, to-mou posse Pedro do Ó Ramos, ex-líder distrital do PSD, como secretário de Estado do Mar.

TAXA DE SUICÍDIO AUMENTA NO DISTRITO

IDOSOS À CABEÇAA região está entre os distritos com maior taxa de suicídio do país, só atrás de Lisboa e Porto, sendo que 40 por cento dos registos são idosos que põem termo à vida. Os especialistas reclamam intervenção mais adequada para travar o fenómeno. SOCIEDADE PÁGINA 5

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Na presença dos seus dois antecessores, D. José Ornelas Clemente, tomou posse solene da sua nova missão. Foi na Sé Catedral de Setúbal, perante centenas de fiéis. O ritual cumpriu-se.

RITUAL SOLENE NA SÉ CATEDRAL DE SETÚBAL PERANTE DE CENTENAS DE FIÉIS

D. José Ornelas Carvalho ordenado bispo promete cumprir missão do Papa Francisco

TEXTO CAROLINA BICOIMAGENS SM

SOCIEDADE

D. José Ornelas Carvalho foi ordenado bispo de Setúbal no dia 25 de ou-

tubro. A cerimónia solene reali-zada na Sé Catedral de Setúbal foi presidida por D. Manuel Cle-mente, cardeal patriarca de Lis-boa e contou com a participa-ção dos dois bispos eméritos, D. Manuel da Silva Martins e D. Gilberto Canavarro dos Reis. A sessão de ordenação epis-copal de D. José Ornelas Carva-lho iniciou-se com a entrada da

imagem peregrina de Nossa Se-nhora de Fátima, ao som do hino das aparições de Fátima. Nesse momento foi anunciado que a visita da Virgem se irá prolongar por mais duas semanas até per-correr todas as paróquias da diocese. Para o administrador apostólico, D. Gilberto trata-se de “um prolongamento das apa-rições de 1917 na Cova da Iria aos três pastorinhos”. Após a entrada da imagem começou a cerimónia de orde-nação do novo bispo. A celebra-ção festiva abriu com o cortejo de todos os padres e bispos

convidados e com a saudação de boas-vindas a D. José, pro-clamada pelo Monsenhor João José Aires Lobato, vigário geral da diocese de Setúbal. Feitas as considerações iniciais, seguiu--se a liturgia da palavra.

Com outros projetos na forja, não hesitou convite do Papa

Antes mesmo da homilia proferi-da pelo cardeal, o rito de ordena-ção episcopal teve início com a leitura do mandato apostólico pelo núncio apostólico em Por-tugal, isto é, a entidade clerical

que representa o Papa Francisco em território nacional. Lido o do-cumento papal, o eleito foi apre-sentado à comunidade pastoral pelo cardeal patriarca considera-do pelo protocolo, o bispo orde-nante principal. Natural de Porto da Cruz, na Madeira e ex-supe-rior geral da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), o pároco com vocação missionária prepa-rava-se para sair em missão para África, antes de ser nomeado pelo Papa Francisco a 24 de agosto de 2015. Contudo, este re-signou, porque, como diz, «não hesitei aceitar tamanho cálice». Posteriormente, o ritual reli-gioso continuou com a interro-gação do eleito pelo bispo orde-nante principal. Em seguida, o futuro bispo prostou-se por terra diante dos demais e ajoelhou-se, a fim de todos os bispos presen-tes imporem as suas mãos sobre ele, abençoando-o. O recém-em-possado foi ainda ungido com o óleo santo e recebeu o anel de bispo, o báculo (cajado) e o Evan-geliário (livro sagrado) pela mão de D. Manuel Clemente. No decurso da distribuição da comunhão a todos os fiéis

Não escondeu a emoção e falou de saudades. D. Manuel Martins, que nasceu bispo em Setúbal, tem agora 88 anos de idade e continua umbilicalmente ligado à diocese e ao seu rebanho.

QUARENTAS ANOS APÓS A SUA NOMEAÇÃO D. MANUEL DA SILVA MARTINS DIZ TER «NASCIDO BISPO EM SETÚBAL»

O bispo que tem saudades de Setúbal continua a ser voz dos desfavorecidos

TEXTO ROBERTO DORESIMAGENS SM

D. Manuel Martins recuou àquela tarde de 26 de outubro de 1975 para re-

petir o que dissera há quatro décadas: “Nasci bispo em Setú-bal. Agora sou de Setúbal. Aqui anunciarei o Evangelho da jus-tiça da paz e do amor”. Palavras proferidas pelo bispo emérito sadino durante a celebração dos 40 anos de início de minis-tério na Diocese de Setúbal. Numa missa cheia, em plena

Catedral, a presidente da câma-ra, Maria das Dores Meira, re-lembrou as intervenções de D. Manuel Martins «contra os po-deres instalados», enquanto o presidente da Cáritas Diocesa-na, Eugénio da Fonseca, garan-tiu que, aos 88 anos, continua a ser a voz que defende os desfa-vorecidos. D. Manuel Martins não es-condeu a emoção durante a ho-milia que juntou centenas de pessoas para assinalarem os 40 anos da sua ordenação episco-pal. Falou da «permanentemen-te saudade» de Setúbal. «Estais

sempre comigo e podeis contar sempre com a minha oração», acrescentou na mesma Catedral onde fora ordenado bispo no dia 26 de outubro de 1975. Recordou os protestos que vinham da rua (sorrisos no templo). Eram tempos do bem quente e conturbado PREC (Processo Revolucionário em Curso). Conclusão de D. Manuel Martins? «Aquela gente não es-tava contra mim. Não obstante a sonância das palavras que pronunciavam, estavam a pe-dir-me que os ajudasse a serem gente, a crescer», referiu, colo-cando a tolerância entre as prioridades da igreja.

D. Manuel Martins, o «bispo vermelho e sem medo»

«O que não pensa como eu, o que não tem o que eu tenho e com quem devia distribuir o que tenho, o que não gosta de mim e me persegue, é o outro o dife-rente. A nossa missão de cristãos é de descobrir, acolher, ajudar e

fazer fraternidade com toda essa gente que nos procura, com quem conversamos e até discu-timos», insistiu, sublinhando ainda que «um filho que procede mal pode precisar de um beijo». O bispo foi puxando das re-cordações em torno daqueles tempos em que os seus discur-sos mais inflamados na defesa dos desfavorecidos lhe valeram rótulos como «bispo vermelho» ou «bispo sem medo». Seria ele a denunciar casos de pobreza extrema, de fome e de desigual-dades no distrito de Setúbal, onde terminou o mandato até 23 de abril de 1998. A autarca Maria das Dores Meira, que marcou presença na cerimónia, vindo, curiosamen-te, o ocupar o lugar onde há 40 anos se sentava a família do bispo, destacou a «voz muito querida de todos os setubalen-ses e de todos os que precisa-vam dele, em situações críticas, em situações de grande aflição, angustia e ansiedade, com uma palavra quente e revoltada ao

mesmo tempo», disse, congra-tulando-se pelas suas interven-ções «contra os poderes insta-lados, protegendo os mais desprotegidos». Também por isso, resumiu, «é uma honra para Setúbal que tenha sido o primeiro bispo desta diocese». Já o presidente da Cáritas Diocesana, Eugénio da Fonseca, recordou ter sido pela mão de Manuel Martins que se come-çou a dedicar aos serviços so-ciais. «Quando me chamou, eu disse-lhe que não ia, porque achava que era muito religioso e não conhecia nada do social. Ele respondeu que era por isso mesmo que eu devia ir, para fa-zer coisas diferentes daqueles que já lá estavam e que sabiam», revelou o dirigente, agradecen-do ainda hoje a «prova de con-fiança», que lhe ensinou uma outra forma de ser cristão. Na Missa foi lida uma men-sagem do Papa Francisco que enviou parabéns a D. Manuel Martins e um pedido: «Não se esqueça de rezar por mim».

presentes, o terceiro bispo de Se-túbal e sucessor de D. Gilberto percorreu as várias naves da igreja de Santa Maria da Graça e abençoou os membros da sua nova casa pastoral. Antes da bênção final, o novo bispo aproveitou ainda para se di-rigir aos seus fiéis. «Quero que sai-bam que aceitei esta missão de coração inteiro como um dom de Deus», disse. Além disso, o atual condutor da diocese de Setúbal apelou para uma «igreja em saída”, que possa ir ao encontro dos mais pobres e necessitados da região, uma vez que “todos somos cha-mados a servir». D. José manifestou a sua enorme satisfação pelo facto de a imagem peregrina ter «teste-munhado a sua ordenação epis-copal» e felicitou igualmente D. Manuel da Silva Martins, que celebrou o seu 40.º aniversário de ordenação episcopal no pas-sado dia 26 de outubro, data do aniversário da criação da dioce-se de Setúbal no ano de 1975. Para encerrar a celebração euca-rística foi lida e assinada a ata de ordenação por António Manuel Costa Marques, chanceler da Cú-ria Diocesana de Setúbal.

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SOCIEDADE

CANDIDATA À SEÇÃO REGIONAL DO SUL DA ORDEM DOS ENFERMEIROS APRESENTA PROGRAMA

Piedade Pinto aposta em plano para melhorar condições de vida e de trabalho dos enfermeiros

Inserida no mês internacional do cancro da mama, Setúbal assistiu a uma conferência centrada na sensibilização, prevenção e diagnóstico. E há também donativos e eventos para chamar a atenção para o problema.

LAHSB APOIA “OUTUBRO ROSA”, EM INICIATIVA APADRINHADA POR LEONOR FREITAS, DA CASA ERMELINDA FREITAS

“À Conversa sobre o Cancro da Mama” alerta em Setúbal para a prevenção e diagnóstico da doença

TEXTO CAROLINA BICOIMAGENS SM

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGENS SM

Inserida na iniciativa Outu-bro Rosa que marca o mês internacional do cancro da

mama realizou-se uma confe-rência centrada na sensibiliza-ção, prevenção e diagnóstico das patologias mamárias, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal. Na sessão foi entre-gue o donativo da Companhia dos Bombeiros Sapadores de Setúbal à Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo, no valor de 12 mil euros, quantia resultante da venda do calendá-rio solidário do ano 2015. A abertura solene do evento coube a Cândido Teixeira, presi-dente da Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo do Centro Hospitalar de Setúbal (LAHSB-CHS) que apresentou

os vários oradores da tarde, en-tre os quais, Vítor Rigueira, co-ordenador da unidade de seno-logia do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), Emília Vaz Perei-ra, assistente graduada sénior e mentora da iniciativa, Leonor Freitas, madrinha do projeto, Maria das Dores Meira, presi-dente da Câmara Municipal de Setúbal, Duarte Costa, enfermei-ra do CHS e responsável pelo projeto Hospital na Comunida-de, Silvina Vilhena, fisioterapeu-ta e Nuno Nunes, nutricionista. Deste modo, a primeira in-tervenção foi da responsabili-dade de Emília Vaz Pereira, ex--diretora do serviço de cirurgia geral do CHS que começou por explicar que a conferência par-tiu da necessidade de se realizar uma ação de sensibilização em outubro que não fosse «fechada sobre si mesma», mas que trou-

xesse algo de novo, daí ter-se aproveitado a ocasião para en-tregar o donativo proveniente da venda do calendário dos bombeiros que este ano esco-lheu como tema, o cancro da mama no homem. Além disso, a juntar à entrega pública das verbas foi criado o conceito Xá c’ Mamas, no qual cada profis-sional de saúde, em jeito de ter-túlia, pôde expor os vários as-petos importantes relacionados com a patologia. Diagnóstico precoce é prio-ritário reafirmam especialistasNa sua comunicação, Emília Vaz Pereira salientou a impor-tância do diagnóstico precoce, que pode significar 85% de cura, caso os tumores detetados se encontrem numa fase inicial. A médica explicou também os vá-rios fatores de risco associados à doença, destacando o aumen-

to da idade como um dos riscos principais. Depois de diagnosti-cada a patologia, «o tratamento é fundamental, bem como a existência de uma equipa mul-tidisciplinar, composta por téc-nicos de diversas áreas, como cirurgia, anatomia patológica, imagiologia, cirurgia recons-trutiva, entre outras», rematou a cirurgiã geral. Em seguida, a palavra foi dada à enfermeira Duarte Costa, responsável pelo projeto Hospi-tal na Comunidade, que preten-de «fornecer uma intervenção holística aos familiares e ao do-ente, dando continuidade aos serviços prestados no serviço de oncologia». De acordo com as palavras de Cândido Teixeira, «não exitem doentes públicos e privados», daí a importância da criação destes dispositivos mé-dicos nos hospitais.

Parceiros da cidade apoiam a luta contra o cancro

Sentada na mesa de oradores principais, Leonor Freitas, em-presária da indústria vinícola da região foi formalmente apre-sentada como a madrinha desta iniciativa de sensibilização e de outras ações futuras. «Sinto uma enorme responsabilidade, mas irei estar no seio da socie-dade civil a ajudar no que pu-der», prometeu. Para além da parceria com a Casa Ermelinda de Freitas, Tere-

sa Ferreira, coordenadora do Hotel do Sado manifestou a dis-ponibilidade do complexo hote-leiro em apoiar este tipo de cau-sas, destacando a próxima ação patrocinada pelo hotel sadino. «No dia 28 de novembro será a vez de o evento Provar e Doar, que consistirá numa christmas wine party, na qual por cada copo de vinho vendido, cinco euros reverterão para a liga con-tra o cancro», informou. Contudo, de todos os parcei-ros presentes, a homenagem re-alizada por Emília Vaz Pereira e pela edil Maria das Dores Meira foi para a Companhia de Bom-beiros Sapadores de Setúbal «pela tremenda generosidade ao canalizar os fundos do ca-lendário para a prevenção do cancro da mama». Depois do discurso de agradecimento da presidente da CMS à corpora-ção, representada pelo bombei-ro sapador Daniel André foi en-tregue o cheque de 12 mil euros a Cândido Teixeira, sendo que os fundos serão aplicados no reforço dos equipamentos do serviço de oncologia do hospi-tal público setubalense. Para encerrar a sessão sole-ne, os presentes assitiram a um momento musical, protagoni-zado por um grupo de quatro jovens guitarristas, alunos do Conservatório Regional de Se-túbal, outro dos parceiros que apoia a Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo.

A enfermeira Piedade Pin-to, candidata à seção re-gional do sul da Ordem

dos Enfermeiros, apresentou recentemente o seu programa “Enfermagem com Futuro”, no Hospital Garcia da Horta. O convidado foi o candidato a Bastonário da Ordem dos En-fermeiros, José Carlos Gomes. Na ocasião, Piedade Pinto, começou por referir os princí-pios com os quais se irá reger a sua candidatura. «Construímos um plano que responda às ne-cessidades concretas da profis-são de enfermagem, no âmbito

da melhoria das condições do exercício, assente na qualidade e segurança dos cuidados, forma-ção, investigação e na traída vi-sibilidade, dignidade e reconhe-cimento social», salientou Piedade Pinto.

Responder às necessidades da classe é objetivo

O plano da candidata, incorpo-ra, entre outros, uma maior pro-ximidade com os enfermeiros, «a fim de se conhecer melhor as diferentes realidades dos con-textos de prática clinica e poder responder às necessidades e problemas da classe que a sec-ção regional do sul representa».

Já José Carlos Gomes, diz que a Ordem dos Enfermeiros tem de combater «um divórcio entre o ensino da prática, das dotações inseguras que gras-sam em muitos serviços de saú-de; da insatisfação da maioria dos enfermeiros por não en-contrarem as condições de tra-balho a que têm direito e que são indispensáveis para a quali-dade dos cuidados que os en-fermeiros prestam. E conclui: «Precisamos de uma enfermagem com futuro, que saiba ir além de um discurso demagógico, pouco ético ou muito populista, que apenas be-neficia interesses pessoais e cor-porativos».

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TEXTO ROBERTO DORESIMAGENS SM

IPS REALIZOU A 10.ª EDIÇÃO DO “BUSINESS WEEK SETÚBAL”

Jogo de gestão reuniu dezenas de participantes de vários países

Os cálculos são exibidos ao Semmais pelo próprio presidente das Infraes-

truturas de Portugal: «Se o movi-mento de mercadorias por ferro-via, a partir do porto de Sines para o Caia, se mantiver nos atu-ais 95%, não valerá a pena estar a gastar os 40 milhões de euros que temos disponíveis para o IC33, entre Grândola e Santiago do Cacém», explica António Ra-malho. Contudo, admite que se a realidade mudar, então ainda será possível que venha a ser re-alizada uma intervenção mais consistente naquele troço rodo-viário, como tem sido reclamado pelas autarquias ao longo de anos. Mas nunca antes de 2017. O presidente das Infraestru-turas de Portugal coloca, por esta via, o IC33 em espera, na prateleira dos «investimentos

O responsável afirma ao Semmais que se o movimento de mercadorias por ferrovia de Sines para Caia se mantiver nos 95% não se justificam os investimentos previstos na rodovia.

condicionados», como os desig-na. E acrescenta: «A nossa priori-dade máxima é estruturar o mo-delo da ferrovia e só depois vamos verificar como se proces-sa a saída do porto de Sines, que está a bater recordes sucessi-vos», explica, admitindo que caso a tendência se mantenha – o mais expectável aos dias de hoje – «não há justificação para uma intervenção tão pesada neste troço».

Parte dos 40 milhões vão ter nova aplicação

Ou seja, uma percentagem dos 40 milhões que vão ficar em stand by poderá vir a ser aplica-da noutras obras, como está contemplado no pacote de inter-venções previstas para os próxi-mos cinco anos. Mas o peso da ferrovia entre Sines e Caia, com ligação a Espa-nha como prioridade máxima, assume um papel preponderante

na região. Basta atender ao facto do projeto ter «batido» a maioria da concorrência internacional ao nível da aprovação da Connec-ting Europe Facility (CEF), fican-do entre as três infraestruturas mais importantes da Península Ibérica e no 11º lugar no territó-rio europeu no que diz respeito a projetos com valores acima dos cem milhões de euros. «Significa que dispõe de prioridade autó-noma, independentemente do Fundo de Coesão», acrescenta António Ramalho. Recorde-se que em finais de julho a Comissão Europeia apro-vou financiamentos para a Plata-forma Multimodal do Porto de Lisboa, a Plataforma Logística de Leixões, Via Navegável do Dou-ro, e os corredores ferroviários entre Leixões-Aveiro-Coimbra e Vilar Formoso, e entre Sines e Caia, num total de 11 projetos, no domínio dos transportes e infra-estruturas, no âmbito das Redes Transeuropeias de Transportes.

A 10.ª edição da Business Week Setúbal – Interna-tional Intensive Program

in Entreprenueurship, iniciativa promovida pela Escola Superior de Ciências Empresariais do Ins-tituto Politécnico de Setúbal, de-correu de 19 a 23 de outubro, no campus do IPS. Mais de 50 parti-cipantes, entre docentes e estu-dantes, de países como a Alema-nha, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Holanda, República Checa e Portugal competiram neste jogo internacional de gestão. Em ambiente multicultural e organizados em equipas, os estu-dantes foram desafiados a elaborar um plano de negócios, onde colo-caram em prática as competências académicas adquiridas nos respe-tivos países. Esta atividade possibi-litou, assim, a troca de experiências e conhecimentos provenientes de diferentes contextos, o que contri-buirá para o enriquecimento pes-soal, educativo e (futuramente) profissional dos estudantes.

Participação em workshops e seminário internacional

No âmbito da Business Week,

os participantes tiveram tam-bém a oportunidade de partici-par em vários workshops e no seminário internacional “En-trepreneurship Shot! Business that promote regional develo-pment”. O programa incluiu, ainda, momentos de convívio e de visita a vários espaços cul-turais da cidade de Setúbal e a algumas empresas da região. As ações realizadas tiveram como objetivo proporcionar o contacto com a cultura, a reali-dade profissional e as boas práti-cas desempenhadas nas empre-sas portuguesas, bem como estreitar as relações entre os participantes com vista ao au-mento da rede de contactos e de parcerias para futuros projetos pedagógicos e científicos. A ini-ciativa revelou-se, assim, um bom exemplo de cooperação e de trabalho em rede. Esta semana internacional que resultou num grande suces-so, contou com o apoio da Câ-mara Municipal do Montijo, da Câmara Municipal de Setúbal, da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal, da Quinta dos Mochos e da Melaria Portuguesa.

ANTÓNIO RAMALHO, DAS INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, NÃO QUER GASTOS DESNECESSÁRIOS

IC33 à espera do efeito ferrovia com 40 milhões em stand by

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SOCIEDADESÓ OS DISTRITOS DE LISBOA E PORTO SUPERAM A NOSSA REGIÃO NA TAXA DE SUICÍDIOS

Medicina quer idosos mais acompanhados para travar taxa de suicídio no distrito

Os idosos representam quase 40 por cento do número de suicídios na região, o terceiro mais elevado do país, atrás de Lisboa e Porto. Os especialistas reclamam uma intervenção mais adequada para estancar o fenómeno.

O distrito de Setúbal surge entre as regiões do país com maior taxa de suicí-

dio, atrás de Lisboa e Porto, se-gundo revela um estudo do Ins-tituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), que mostrou como os idosos representam quase 40% das pessoas que colocam fim à vida, de acordo com a aná-lise às autópsias de 2013 e 2014. Motivo pelo qual João Pinheiro, vice-presidente do INMCF, re-clama um acompanhamento de proximidade junto da popula-ção mais vulnerável e uma in-tervenção mais eficaz na assis-tência à doença. Isto porque, justifica o mesmo responsável, o isolamento, a viu-vez, as doenças crónicas e a per-da de autonomia são fatores de risco que importa combater, en-quanto na população mais jovem são as questões psiquiátricas que podem desencadear o suicídio.

«É preciso que haja uma in-tervenção adequada para dimi-nuirmos este risco», avança o especialista, ressalvando que as conclusões do estudo dei-tam por terra algumas ideias feitas. O documento diz, por exemplo, que o suicídio entre a população não está aumentar na região. Em 2012, as estatísti-cas davam conta de um registo de 105 casos de pessoas que puseram termo à vida, admi-tindo o INMCF que a taxa se manteve por esses valores nos anos seguintes.

Asfixia, por enforcamento é o método mais usado

Ainda assim, acrescenta, «Setú-bal está entre os distritos mais preocupantes, tal como Faro e Braga, além de Lisboa e Porto, que têm a maior taxa nacional de suicídio”, revelando ainda que a asfixia, sobretudo pela via do enforcamento, é o método mais usado, seguindo-se as ar-mas de fogo, afogamentos, in-toxicações e precipitações.

Mas há diferenças entre se-xos. Os homens usam, habitual-mente, meios que os especialis-tas consideram «mais violentos», como enforcamentos ou armas de fogo, enquanto as mulheres praticamente descartam as ar-mas e optam por outros meios. O presidente da Secção Sul da Ordem dos Enfermeiros, Alexandre Tomás, conhece esta realidade e subscreve a neces-sidade da medicina ir ao encon-tro das carências do idosos, mas recorda que são vários os concelhos na região de Setúbal que não têm enfermeiros sufi-cientes para pôr em marcha os cuidados domiciliários junto da população mais envelhecida. «Principalmente no Litoral Alentejano e nas outras zonas mais rurais do distrito encon-tramos uma população cada vez mais envelhecida, carencia-da e muito dispersa. Nós preci-sávamos de fazer uma aposta muito importante nos cuidados domiciliários», refere o dirigen-te, admitindo que sem enfer-meiros não é viável.

TEXTO ROBERTO DORESIMAGENS SM

O Hospital Garcia de Orta (Almada) é a única unidade de

saúde da região que inte-gra a lista de oito hospitais alvo de ações judiciais por não permitirem o descan-so dos médicos, em situa-ções ilegais que põem em risco a vida dos pacientes. Segundo foi revelado esta semana, há médicos a fa-zerem urgências de 24 ho-ras e a serem obrigados a trabalhar logo de seguida, sem descansar, trabalhan-do até 30 horas e chegan-

do mesmo a fazer cirur-gias nas últimas horas de trabalho. A denúncia parte da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que des-de junho intenta ações ju-diciais contra oito hospi-tais e centros hospitalares e contra o próprio Minis-tério da Saúde e a Admi-nistração Central do Siste-ma de Saúde (ACSS). Merlinde Madureira, da FNAM, denuncia que os hospitais não respei-tam o descanso compen-

Hospital Garcia de Orta alvo de ação judicial

satório e há médicos que chegam a trabalhar 30 horas seguidas. «O pro-blema não é uniforme. Não acontece em todos os hospitais e pode acon-tecer em apenas alguns serviços, geralmente os que estão mais desfalca-dos», diz. Recorde-se que em ju-nho o Sindicato dos Médi-cos da Zona Sul anunciou que tinha avançado com ações judiciais contra vá-rios hospitais, onde cons-tava o Garcia de Orta.

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MOITAFEIRA DE ARTESANATO PROMOVE COMÉRCIO LOCALQuem prepara a época natalícia com antecedência, tem já a oportunidade de escolher alguns presentes para os amigos e família na Feira de Artesanato “Artes e Talentos” marcada, como habitualmente, para o primeiro e segundo sábado de cada mês, nos dias 7 e 14 de novembro, entre as 9 e as 13 horas, no interior do mercado municipal da Moita.Os artesãos presentes nesta feira apresentam a sua arte nos mais variados materiais, de que são exemplo ma-deira, metal, ferro, tecido ou cortiça.Os interessados em expor ou comercializar as suas peças, devem inscrever-se através do email: [email protected], mencionando o nome, morada, contacto telefónico, número de contribuinte e o tipo de produto a expor, com fotografias.

ALMADA POPULAÇÃO DISCUTE O PLANO DE PORMENOR DO NOVO CENTRO TERCIÁRIO DA CHARNECA

A população de Almada está a discutir o Plano de Porme-nor do Novo Centro Terciário da Charneca de Caparica. Este plano de pormenor propõe consolidar as áreas habi-tacionais não estruturadas, dotando-as de equipamentos e serviços direcionados para a oportunidade de emprego e desenvolvimento económico, bem como a requalifica-ção ambiental e urbana.Uma sessão pública, promovida pela Câmara Municipal de Almada, decorreu no passado dia 28, no Clube Recre-ativo Charnequense, Palhais, na Charneca de Caparica, com o objetivo de apresentar a proposta de Plano de Por-menor do Novo Centro Terciário da Charneca de Caparica, que se encontra em discussão pública até 12 de novembro. A proposta do plano e documentos associados podem ser consultados em www.m-almada.pt/consultapublica, na Direção Municipal de Obras ou na União de Freguesias da Charneca de Caparica e Sobreda – Junta de Freguesia da Charneca de Caparica.

SEIXAL GALA GÍMNICA ENCERRA 32.ª SEIXALIADA A gala gímnica da 32.ª Seixalíada tem lugar este sába-do, a partir das 21 horas, no pavilhão da Torre da Ma-rinha. O Independente Futebol Clube Torrense prepara e recebe este evento, que encerra mais um período de muita atividade física no concelho. É esperada a par-ticipação de cerca de 300 atletas, a representar vários clubes da região em diversas atividades gímnicas, en-tre elas, a ginástica rítmica, acrobática, trampolins, ae-róbica, pilates e manutenção.A Seixaliada é organizada pelo município, juntas de fre-guesia, movimento associativo e escolas do concelho.

GRÂNDOLA MUNICÍPIO APROVA ORÇAMENTO DE 19,3 MILHÕES DE EUROSO município aprovou, dia 27, o orçamento para 2016 de 19,3 milhões de euros. De acordo com o edil, Figueira Mendes, «após implementarmos uma rigorosa gestão financeira no início do mandato, para controlar a despesa e reduzir a dívida que herdámos, voltámos a ter condições de gover-nabilidade, para dar resposta às necessidades do concelho e garantir capacidade de investimento para o novo QCA». Das apostas para 2016, o autarca destaca a captação de em-presas para a ZIL; apoios ao investimento na floresta, agri-cultura, hotelaria, turismo e nos serviços; a requalificação da EB1 de Grândola e da igreja de S. Pedro; o melhoramento do jardim Júlio do Rosário Cost; a 1.ª fase dos melhoramen-tos do jardim 1.º de Maio e do cemitério local; a execução de infraestruturas no loteamento L2 e L3 do Carvalhal, no Brejinho de Água e no Lousal; a remodelação e ampliação da rede de águas de Grândola e de Melides; a conclusão do abastecimento de água ao Brejinho de Água; o início da construção do canil/gatil e obras em várias estradas.

ALCOCHETE EXECUTIVO MANIFESTA SOLIDARIEDADE COM REFUGIADOSA estratégia de acolhimento de refugiados foi aborda-da na reunião de Câmara descentralizada realizada no Valbom, após intervenção da vereadora Susana Custó-dio, que apresentou algumas das conclusões da últi-ma reunião da supraconcelhia da Península de Setúbal sobre este tema. O executivo manifestou solidarieda-de pelos milhares de pessoas que procuram a Europa para viverem em segurança e em condições que lhes foram retiradas.«Sabemos que aquelas pessoas não migrariam se tives-sem condições de segurança e vivência nos países dos quais são oriundas. Esta é uma questão que urge resol-ver, mas, enquanto não o é, a Europa deve dar o exem-plo da existência de valores que sempre a inspiraram como a solidariedade, a fraternidade e a igualdade», destacou o edil. .O autarca criticou a atuação de alguns países, perante estas pessoas que procuram a Europa para sobreviver, e adiantou que também deveriam ser «aplicadas sanções a países que não cumprem com os tratados que confi-guram esta mesma UE».

LOCAL

PALMELA FESTA DE TODOS OS SANTOS ANIMA QUINTA DO ANJOAté este domingo, decorrem na aldeia de Quinta do Anjo a 259.ª edição da Festa de Todos os Santos, em honra de N.ª Sr.ª da Redenção.A comunidade continua a evocar e a agradecer a prote-ção que a aldeia recebeu, saindo ilesa do terramoto de 1755, que devastou toda a região, e mantém a tradição, com um programa festivo diversificado, que alia devo-ção, animação e promoção da cultura e dos saberes que definem a identidade da freguesia.A música e o desporto, com diversas iniciativas do mo-vimento associativo local e a participação de artistas nacionais, como os Anjos, têm lugar de destaque no programa, da responsabilidade da Associação de Festas de Quinta do Anjo.O município apoia o evento com um apoio financeiro de 2 900 euros, sem contar com a ajuda logística.

BARREIROTRANSPORTES COLETIVOS DO BARREIRO LANÇAM NOVA PLATAFORMA TECNOLÓGICAUm novo site e uma aplicação para telemóvel dos TCB foram apresentadas, dia 26, no Barreiro. Esta nova plata-forma tecnológica permite ao passageiro saber em tempo real todas as informações relativas aos TCB e marca uma nova etapa dos Serviços Municipalizados.Rui Lopo, vereador, referiu que estas ferramentas «de-monstram o percurso de evolução deste serviço munici-palizado, que tem um desempenho importante na quali-dade de vida». A visualização das carreiras em circulação em tempo real; a localização das paragens por carreira; a indicação da paragem mais próxima da sua localização; a consulta de horários, dos percursos das carreiras e dos tarifários, os contactos dos TCB; o acesso ao myTCB, são algumas das funcionalidades.Outras estão a ser desenvolvidas e deverão estar disponí-veis em 2016, nomeadamente a implementação de uma ló-gica de transporte ‘a pedido’, que poderá otimizar os custos e permitir uma maior racionalização do serviço.

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SETÚBALLÂMPADAS INOVADORAS ILUMINAM BAIXA SADINAUm projeto-piloto liderado pelo município testa um novo equipamento de iluminação LED, com lâmpadas de formato convencional mas energeticamente mais eco-nómicas e eficazes, instaladas em várias luminárias da baixa histórica.O projeto, um investimento de cerca de 11 mil euros, é concretizado no âmbito do Plano de Otimização Energé-tica Municipal, iniciativa que, além de vantagens econó-micas para o município, aponta à melhoria da sustenta-bilidade ambiental e do conforto urbano.A fase experimental, implementada desde o dia 7, nas ruas de Bocage, Detrás da Guarda e Augusto Cardoso, assim como na travessa e no largo do Ximenes, incluiu a substituição de um total de 18 lâmpadas de vapor de só-dio, com 150 watts, por tecnologia LED, mais eficientes, com 70 watts.

SESIMBRA EXECUTIVO REDUZ IMI PARA FAMÍLIAS COM DEPENDENTES O município aprovou a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis para os donos de habitação própria e permanente que tenham dependentes a seu cargo.A redução do “IMI Familiar”, como também é conhecido, é de 5 por cento para famílias com um dependente, 7,5 por cento, com dois, e 10 por cento, com três ou mais, valores que estão 50 por cento abaixo do limite legal fixado.Além da redução do “IMI familiar”, a aplicar em 2016, a autarquia manteve o valor de 0,4 para o IMI nos pré-dios urbanos, que se mantém 25 por cento abaixo do valor máximo previsto na lei, e os 0,8 por cento nos prédios rústicos.Em 2016 manter-se-ão ainda os incentivos no IMI à re-abilitação urbana na zona histórica para os donos que tenham feito obras de reabilitação dos seus imóveis nos últimos seis anos.

SANTIAGO DO CACÉM MUNICÍPIO PROMOVE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOS ESPAÇOS PÚBLICOS No âmbito das ações para a promoção de eficiência energética levadas a cabo pelo município, foi instala-da, dia 10 de outubro, uma bateria de condensadores automáticos na EB 2, em V. N. de St.º André. O novo equipamento permite eliminar os custos associados à energia reativa e reduzir os valores da faturação do consumo de energia elétrica. O investimento foi adjudicado à EDP, pelo valor supe-rior a mil euros, prevendo-se o retorno dessa quantia no prazo de oito meses.O município também colocou, dia 21 de outubro, pai-néis solares novos nos balneários públicos de San-tiago do Cacém. Os painéis anteriores deixaram de funcionar e a autarquia, no âmbito da política de mo-dernização e eficiência energética que está a levar a cabo, procedeu à instalação do novo equipamento. O investimento foi adjudicado à empresa Horácio Cata-rino, pelo valor de cerca de mil euros.

SINES CIDADE JÁ PERTENCE À REDE DE PERCURSOS PEDESTRES ROTA VICENTINAOs municípios de Sines, Santiago do Cacém, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo assinaram, no dia 27 de outubro, no salão nobre da Câmara de Santiago do Cacém, proto-colos de colaboração com a rede de percursos pedestres Rota Vicentina.No protocolo estabelecido com a Associação Rota Vi-centina, a autarquia de Sines compromete-se a prestar ao projeto apoio financeiro (3600 euros anuais) e vários tipos de suporte logístico: apoio ao trabalho técnico de manutenção dos trilhos, armazenagem, sensibilização para as boas práticas do projeto, divulgação, entre ou-tros.Cerca de três anos passados desde a sua inauguração ofi-cial, a Rota Vicentina é hoje uma realidade no território, incluindo cerca de 400 km, envolvendo formalmente 120 empresas e contribuindo para estimular a economia lo-cal, em particular nos períodos de época média e baixa.

ALCÁCER DO SAL SOCIEDADE MATOS GALAMBA E BOMBEIROS FESTEJAM ANIVERSÁRIOSA Sociedade Matos Galamba está a celebrar 136 anos de existência. As comemorações estão agendadas para este sábado, a partir das 21 horas, no Teatro Pedro Nunes.Os festejos incluem a sessão solene e as atuações das classes de ballet e de sevilhanas, grupo cénico e banda de música. Esta iniciativa, que conta com o apoio do muni-cípio e da União das Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana, integra-se ainda no âmbito do XXX Mês da Mú-sica da Pazôa.Entretanto, os bombeiros mistos de Alcácer celebram este ano o 104.º aniversário. Para assinalar a data, num ano de grande importância e significado para os bombei-ros pelo alcance de uma das suas metas, como a inaugu-ração do novo quartel, o programa contempla, este sá-bado, visitas ao novo quartel, e, às 10h30, uma romagem ao cemitério, com deposição de flores nas campas dos bombeiros e diretores falecidos.

LOCAL

MONTIJO EB ROSA DOS VENTOS INAUGURA BIBLIOTECA ESCOLARA biblioteca da EB1/JI Rosa dos Ventos foi inaugurada dia 26. Em representação da diretora do Agrupamen-to de Escolas Joaquim Serra esteve a professora Lília Maia, que agradeceu o apoio do município, que «abra-çou a implementação desta iniciativa, na realização das obras necessárias para a instalação desta biblio-teca».O edil Nuno Canta referiu que «a biblioteca é mais que um depósito de livros, documentos e publicações, pois tem hoje um papel fundamental para o estudo e inves-tigação em todos os domínios das ciências, por isso esta nova biblioteca escolar é um importante contribu-to para a democratização do conhecimento, da leitura e da cultura».«Esta biblioteca apetrechada com os mais recentes meios tecnológicos vai prestar um importante serviço à cultura e à educação, é um investimento que assume bem o espirito da sociedade montijense tradicional-mente aberta, tolerante e livre», disse Nuno Canta.

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CULTURA

Atriz barreirense Ana Brinca dá dinheiro aos telespetadores no “Ora Acerta” da TVI

A atriz Ana Brinca, de 27 anos, está a adorar a sua expe-

riência como apresenta-dora do programa, que dá dinheiro aos telespe-tadores, “Ora Acerta”, da TVI, que é emitido em di-reto da Hungria, ao início da madrugada. «Está tudo a correr sobre ro-das. Foi algo inesperado que surgiu, que não cor-respondia totalmente à minha área, mas estou a adorar toda a experiên-cia que me permitiu co-nhecer uma outra reali-dade e um outro País. Além disso consegui su-perar mais um novo de-safio e, sobretudo em di-reto, algo que nunca tinha feito». A jovem talento ten-ciona, em fevereiro do ano que vem, lançar o seu livro “Felicidade Ina-cabada” e, além disso, promete continuar lutar para «ser feliz a fazer aquilo que gosto em ter-mos profissionais e, se for possível, que a minha família se reúna nova-mente, uma vez que os

meus pais e irmão emi-graram para França». Natural do Barreiro e residente em Setúbal, Ana Brinca após estudar artes e de ter frequenta-do a Act-Escola de Ato-res, em Lisboa, durante três anos, estreou-se nos palcos, como atriz, no Teatro Animação de Se-túbal, em 2009, mais concretamente na peça “A Lição”. «Adorei toda a experiência e percebi que todo o esforço com-pensou», sublinha, re-lembrando que na mes-ma companhia ainda participou nos espetácu-los “Lenda da Moura En-cantada”, “Cantar Lorca”, “A Girafa que comia es-trelas”, “X-Acto” e “Auto da Barca do Inferno”. No teatro também passou pelo musical “Luísa Todi” e desempenhou o papel de Cinderela, no Festival de Natal Zig Zag.

Grande paixão pelo teatro

Ana Brinca não esconde que o teatro é a sua «pri-

meira paixão» mas, às vezes, algumas paixões «tornam-se difíceis» nos tempos que correm. «Por isso temos de fazer esco-lhas. O teatro não ficou para trás de todo e espe-ro voltar em breve. Neste momento estou a dedi-car-me ao máximo à apresentação», vinca. Na televisão partici-pou nos “Morangos com Açúcar”, no papel de Eva, uma lésbica, classificando este «enorme desafio» como uma «grande lição». Já o mundo das pas-serelles é encarado como um «bónus» que lhe dá «bastante prazer». Re-centemente, vimo-la a desfilar com os vestidos “Mutant”, de Filipe Blan-quet, sublinhando que o seu amigo «está sempre a surpreender pela positi-va e mostrou, uma vez mais, que é um talento em mutação e que além das peças em açúcar que já nos habituou, também utilizou outros materiais diferentes que funciona-ram todos em harmonia uns com os outros».

Numa altura em que não está fácil fazer teatro, a atriz Ana Brinca está a agarrar, com unhas e dentes, a área da apresentação, um desafio que está a correr sobre rodas. Confessa que é uma oportunidade que lhe permite conhecer outras realidades e outro País.

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGENS S.M.

Devido à grande afluência de públi-co, a peça “Absten-

ção”, de O Bando, foi pro-longada com exibições até este sábado, às 21 horas, e domingo, às 17 horas.

Com encenação de João Brites, “Abstenção”, que parte do texto original de Abel Neves, “Cruzeiro”, conta-nos a história de uma família de Trás-os--Montes, que esconde um

Bando prolonga segredo de uma família de Trás-os-Montes sob o conceito de eminên-cia, que vislumbra que está quase a acontecer qual-quer coisa». Os figurinos são de Clara Bento e a mú-sica é de Jorge Salgueiro. A 7 de novembro regressam as Confrarias do Teatro, um projeto com «quase uma década» no Bando. «São aulas de teatro para não profissionais, de todas as idades», revela Margarida Mata, que salienta que para este ano já há inscrições de «avós e netos que querem fazer teatro juntos». E con-clui: «É uma forma de che-garmos à comunidade e de conhecermos as pessoas que nos rodeiam», vinca a mesma fonte. Há linhas para os princi-piantes, uma mais técnica e uma outra inserida no projeto internacional “Pla-tform Shift+”.

A 7 e 8 e a 14 e 15 de novem-bro, o Bando irá acolher os espetáculos “Em Memó-ria”, do ACERT, de Tondela, encenado e protagonizado por Pompéu José, e “En Contra”, do Teatro do Ins-tante, do Brasil, cujo elenco é constituído por professo-res universitários.Em dezembro, o Bando irá estrear o espetáculo infan-til, cujo título provisório é “Ausência”, um espetáculo que se foca na «emigração e que conta com a envol-vência da canadiana Ja-queline Gosselin e a parti-cipação de alunos de uma escola do Poceirão», com interpretações de Raul Atalaia e João Neca. Entre-tanto, o Bando tem tam-bém disponíveis para as escolas, as peças infantis “Grão de Bico”, Vassilissa” e “Senhor Imaginário”.

segredo. «Da forma como foi adaptada, esta história contemporânea, poderia acontecer em qualquer me-trópole, apesar de a ambi-ência se focar em Trás-os--Montes», revela Margarida

Mata, responsável pela co-municação do Bando. A peça, em termos de téc-nica de ator, contou com a envolvência da coreógrafa Vânia Rovisco, para um «grande trabalho de corpo

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CULTURA

ALMADA31SÁBADO21HVERSÃO INTEGRAL DE HAMLET Companhia de Teatro de Almada

“Hamlet” continua em cena até dia 15. A peça constitui uma oportunidade rara para assistir à versão integral do texto de Shakespeare, encenada por Luís Miguel Cintra, que depois de ter anunciado o fim da sua carrei-ra como ator, ainda sobe ao palco do Joaquim Benite.

SETÚBAL31SÁBADO21H30FESTIVAL DE TUNAS ANIMAM SETÚBAL Forum Luísa Todi

A Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecno-logia realiza o “XX Bocage – Festival Internacional de Tunas de Setúbal”. Este é um dos maiores eventos de tunas a nível nacional e o mais antigo de Setúbal, que ano após ano traz ao distrito as melhores músicas e atuações dos principais grupos artísticos universitá-rios do país e estrangeiro.

SESIMBRA31SÁBADO21H30MARIONETAS “POR ESTE RIO ACIMA” Teatro João Mota

Através de técnicas de manipulação e projeção, a companhia S.A.Marionetas pretende ilustrar visual-mente uma das maiores obras discográficas até hoje produzidas em Portugal, “Por Este Rio Acima”, de Fausto Bordalo Dias, e retratar a fantástica viagem de Fernão Mendes Pinto.

SINES31SÁBADO16H30ENCONTRO DE GRUPOS CORAIS Igreja de Santa Maria (V. N. Stº André)

O grupo do Clube Galp Energia, como manda a tradição, volta a organizar o seu Encontro de Coros em Vila Nova de Santo André, este ano na sua XIV edição. Atuam este ano o Coral Clube Galp Energia, o Orfeão Limiano e o Coral Notas Livres.

MONTIJO31SÁBADO21H30FESTIVAL DE HALLOWEENTeatro Joaquim D´Almeida

A noite de Halloween, organizada pela Câmara Munici-pal do Montijo, ficará marcada com um espetáculo de dança memorável exclusivamente dedicado ao tema. O desafio foi lançado e este sábado, os vários grupos convidados vão apresentar os seus projetos.

AGENDA

CONVITES PARA “NOITE DAS MIL ESTRELAS” “A Noite das Mil Estrelas”, em cena no Casino Estoril, é um musical de Filipe La Féria que conta a história do Casino Estoril e da Costa do Sol desde as suas origens à atualidade. O musical faz reviver no palco os grandes artistas que ali atuaram. Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa, Pedro Bargado, Dora, Rui Andrade, entre ou-tros, são os protagonistas do espetáculo que apresenta um corpo de baile, coreografado por Marco Mercier, e três acrobatas. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 0 85.

Musical “A Bela e o Monstro” passa pelo Forum Luísa Todi

Animação teatral e música em noite de Queimada

Manuel San Payo na Casa da Cultura

Abysmo em Muito Cá de CasaAs ruas de Pinhal Novo enchem-se de personagens encan-

tadas e encontros insóli-tos: a Queimada está de volta, com animação tea-tral, música e mistério. É este sábado, a partir das 21h30.Bruxas, magos e druidas partem do Centro Comer-cial Mochos, e desfilam em direção ao Jardim José Ma-ria dos Santos, com atua-

O musical “A Bela e o Monstro”, história que remete para o

universo dos contos infan-tis que atravessam várias gerações, é apresentado em três sessões no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, nos dias 1, 7 e 8 de novembro. A produção da Yellow Star Company e de Paulo Sousa Costa relata a história de um príncipe transformado num monstro por uma fei-ticeira por punição pela falta de amor no seu arro-gante coração. A única for-ma de quebrar o feitiço é amar alguém e ser amado pela mesma pessoa.

O elenco, composto por Marta Andrino, Joel Bran-co, Ruben Madureira, Sissi Martins, Pedro J. Ribeiro, Carla Salgueiro, José Hen-rique Neto, Carlos Martins, David Fernandes, Soraia Tavares, Júlio Mesquita e João Hydalgo, apresenta--se às 17 horas, enquanto as escolas dispõem de ses-sões específicas nos dias 3, 4, 5 e 6, às 11 horas. Os bilhetes para “A Bela e o Monstro” custam 11 euros para a plateia e 9 para o bal-cão. Existe ainda um pack família, para duas crianças e dois adultos ou três crianças e um adulto, por 25 euros.

ções no Anfiteatro e no Co-reto. A noite termina no Pátio Caramelo, com uma festa convívio.Esta alternativa ao Hallo-ween é uma organização conjunta do ATA – Acção Teatral Artimanha com os Gaiteiros do “Bardoada” – o Grupo do Sarrafo, apoia-dos pela Câmara Munici-pal de Palmela e pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo.

A exposição de Manuel San Payo que está pa-tente ao público na

Casa da Cultura de Setúbal, vai ser prolongada até ao fi-nal do mês de novembro. A mostra revela uma fase ges-tual do artistam, apresenta-da em primeiras tintas nesta exposição. Chamou-lhe Soma Agreste em referência a Era Um Redondo Vocábu-lo, canção de José Afonso.

Na próxima sexta--feira, dia 6 de no-vembro, às 22 horas,

há festa da Abysmo na casa da Cultura de Setúbal. A edi-tora de João Paulo Cotrim apresenta dois livros de dois dos seus autores. Antó-nio de Castro Caeiro e José Anjos estarão à conversa. Haverá recital e surpresas. A

iniciativa inscreve-se nas habituais sessões Muito Cá de Casa, organizadas pela DDLX e divisão de Cultura da Cãmara de Setúbal.

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POLÍTICA

A recondução da ministra das finanças já era previsível. O reputado juiz Fernando Negrão, assume a pasta da justiça. A maior novidade é a de Pedro do Ó Ramos, ex-líder da distrital social-democrata, que vai assumir o lugar de secretário de Estado do Mar

OPOSIÇÃO VOTA CONTRA A PROPOSTA DE ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2016

Câmara de Setúbal aprova orçamento de 117 milhões

MARIA LUÍS ALBUQUERQUE E FERNANDO NEGRÃO SÃO MINISTROS E PEDRO DO Ó RAMOS SECRETÁRIO DE ESTADO

PSD distrital com três lanças no governo de coligação

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGENS SM

Os vereadores do PS na Câ-mara do Seixal apresen-taram, recentemente, em

sessão pública, um pacote fiscal que visa «ajudar as famílias e promover a criação de riqueza» no concelho. Neste sentido, foram apresen-tadas ao município, a baixa da taxa de IMI para a taxa de 0,39 por

A maioria CDU na Câmara de Setúbal apresentou, na passada quarta-feira, a

proposta de orçamento para 2016 no valor de 116 milhões e 970 mil euros. O documento foi votado contra pelos partidos da oposição por ser «irrealista e ir-realizável». Maria das Dores Meira garantiu ainda que até 31 de Dezembro o valor das receitas correntes irá surpreender. No próximo ano, a autarquia de Setúbal pretende continuar a apostar em «áreas fundamentais das políticas municipais» como a educação, a Cultura, a Juventude e o Desporto. O Urbanismo é outra das áreas prioritárias para a CDU que destaca a intervenção nos nú-cleos antigos, a fase final da revisão do Plano Diretor Municipal, o Pla-no do Parque Urbano da Várzea, e a aposta na higiene urbana dos jar-dins, espaços de lazer e recreio. A Energia e iluminação públi-ca, o turismo, e a conservação do

A nomeação de Pedro do Ó Ramos, ex-líder distrital do PSD, para o cargo de

secretário de Estado do Mar, ele-vou a presença de políticos do distrito no novo governo da coli-gação de direita. O jovem deputado, que era vice-presidente da bancada par-

Seixal aprova proposta do PS de redução de IMI para famílias com dependentes

lamentar do PSD e foi diretor de campanha de Pedro Passos Coe-lho na última recandidatura des-te à liderança do PSD, era um dos nomes mais cogitados para as-sumir uma das pastas de secre-tário de Estado, embora para agricultura, setor onde se tem destacado como deputado nos últimos anos. Junta-se assim a Maria Luís Albuquerque - cabeça de lista

primeiro pelo PSD e, depois, da coligação de direita, nas duas úl-timas eleições legislativas - que se mantém como ministra das Finanças. E a Fernando Negrão, que assume a pasta da Justiça, após ter sido diretor nacional da Policia Judiciária, e de ser desta-cado na última legislatura à fren-te da Comissão Parlamentar de Inquérito que tomou conta do “dossier Bes”.

Nuno Magalhães como ‘combatente’ no Parlamento

Fonte da distrital do PSD mani-festou ao Semmais «grande orgu-lho» pelo facto de Passos Coelho reconhecer, desta forma, «a capa-cidade e a qualidade» dos qua-dros social-democratas do distri-to. «São grandes figuras do distrito e com provas dadas na política nacional. E é também um

grande orgulho para a região», afirmou a fonte do Semmais. De fora ficou Nuno Magalhães, o líder distrital do CDS-PP, que já foi secretário de Estado da Admi-nistração Interna, que era dado como provável à frente da mesma pasta. Segundo as fontes do Sem-mais, a coligação achou por bem mantê-lo no parlamento, tendo em conta «a atual conjuntura polí-tica de grande combate».

parque habitacional, através da continuidade de programas como o Nosso Bairro Nossa Ci-dade e o Setúbal Mais Bonita, são outras das apostas do executivo municipal. Quanto aos projetos com re-curso aos apoios comunitários, no âmbito do programa Portugal 20-20, estão garantidos a 2.ª fase de reabilitação do Convento de Je-sus, a implementação de medidas de eficiência energética no âmbito do plano de ação para a energia sustentável no concelho e de efici-ência energética em equipamen-tos municipais, a promoção da Rede para o Desenvolvimento da Economia Local da Região de Lis-boa, com Almada e Seixal, os pro-jetos Setúbal Mais Inclusiva, pen-sado para crianças e jovens, e o Setúbal Para Todos. Destaque para a área da educação e nomea-damente para o projeto “Uma Es-cola Para Todos” que inclui várias ações e intervenções nos estabele-

cimentos escolares, no valor de mais de 2 milhões de euros. O ano de 2016 será ainda marcado pela possibilidade da CMS poder vir a aceitar a pro-posta de redução do IMI.

Oposição junta vota contra e contesta números

Na apresentação do novo orça-mento municipal, Maria das Do-res Meira, fez questão de realçar que o mesmo tem em conta o saneamento municipal e relem-brou o valor da dívida a «longo prazo deixada pelo PS» na ordem dos 67 milhões de euros. «Re-qualificámos as freguesias, o parque escolar e os equipamen-tos cultuais e gastámos mais de 200 milhões de euros, 75 dos quais já foram pagos». No que diz respeito às receitas, no final do ano, garantiu a edil se-tubalense, a Câmara Municipal irá mostrar uma nova realidade. «Es-

taremos nos 80 milhões ou mais». Uma declaração contestada pelo vereador do PSD-CDS-PP, Luís Rodrigues que afirma que as receitas da autarquia não irão ultrapassar os 70 milhões de eu-ros. O vereador da coligação considera o orçamento apresen-tado não concretizável. «Está traçado um cenário cor-de-rosa. Entre 50 a 70 por cento deste ce-nário não poderá ser realizado».Para Luís Rodrigues este novo orçamento não corresponde à realidade e veio inverter a ten-dência verificada nos últimos dois anos. «Desde 2013 que o va-lor do orçamento tem vindo a diminuir e a aproximar-se da re-alidade. Estranhamente, este ano há uma inversão». O OGOP para 2016 foi tam-bém votado contra pelos verea-dores do Partido Socialista. «Este é um orçamento irrealista e com as mesmas características dos anteriores. Estas são receitas im-

possíveis de realizar». A vereação socialista salienta que o orçamento apresentado «reflete um aumento de 10%, cer-ca de 10,5 Milhões de Euros face ao primeiro Orçamento de 2015» e que este valor de 117 milhões, encontra-se «muito distante do valor real que a Câmara Munici-pal conseguiu executar na média dos últimos anos, que se situou em cerca de 50%». Tendo em conta os valores da despesa apresentados no orça-mento de 2016, acrescenta o PS, e «face à receita executada nos últi-mos anos, cerca de 66M€, torna-se claro que se esgota a totalidade do valor das receitas que a CMS tem conseguido realizar, não libertando margem financeira para a realiza-ção de investimento significativo». O PS realça ainda que este este Orçamento continua a não prever do ponto de vista fiscal, a redução da taxa máxima do IMI e da taxa de participação variável do IRS.

cento; a aplicação do IMI familiar com uma bonificação de 10 por cento, para as famílias com um dependente, 15 por cento para as famílias com dois dependentes e 20 por cento para as famílias com três ou mais dependentes; a redu-ção da participação da Câmara no IRS de 5 para 4 por cento; a isen-ção da taxa de derrama para em-

presas com volume de negócios até 150 mil euros e aplicação duma taxa reduzida de 1 por cento para as empresas onde se verifique criação líquida de emprego. A redução da taxa de IMI, ain-da que apenas para 0,41 por cen-to, foi aprovada com votos favo-ráveis do PS e do PCP e as abstenções do PSD e BE, en-

quanto a proposta de IMI fami-liar foi rejeitada. A taxa reduzida de derrama foi aprovada para empresas com criação líquida de dois postos de trabalho no último ano. Assim, os vereadores socia-listas no município congratu-lam-se com a aceitação de algu-mas das suas propostas. «As

nossas propostas incluem-se num pacote fiscal mais vasto de apoio às famílias e incentivo às empresas. Esperemos que no fu-turo, todas as nossas propostas possam ser aceites, pois a sua justeza vai muito além do com-bate político, em especial no que concerne ao IMI familiar», vinca o vereador Samuel Cruz.

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DESPORTODEPOIS DE 17 ANOS SEM CASA FIXA, ADAS QUER AGORA ABRIR NOVOS HORIZONTES PARA MODALIDADE NÚMERO DE PARTICIPANTES

Associação de Aikido de Setúbal ganha novas instalações

Depois de 17 anos a funcio-nar em ginásios e em vá-rias coletividades sadi-

nas, eis que a Associação de Aikido de Setúbal (ADAS) conse-guiu, finalmente, este ano, obter um espaço que permite o normal funcionamento para a prática desta modalidade desportiva.

«Só agora foi possível reunir verba para podermos arrendar um espaço que permite realizar a prática do Aikido», sublinha o presidente da associação, Fer-nando Cavaco, que acrescenta que o novo espaço, na Rua Diogo Cão, é alugado por 300 euros mensais. Contudo, para que as instala-ções pudessem permitir as con-dições necessárias de trabalho, tiveram de ser concretizadas vá-

rias obras que «comportaram encargos significativos para uma associação que sobrevive ape-nas das quotas dos sócios». Mas as obras não estão concluídas. A ADAS ainda necessita de estra-dos de plástico para os balneá-rios, ar condicionado portátil e um aspirador. Também falta ain-da instalar a iluminação de emergência, sistema automático de deteção de incêndio, dois ex-tintores, um televisor LCD e substituir algumas armaduras de iluminação e os tapetes velhos onde se pratica o Aikido.

Modalidade tem na região praticantes dos 6 aos 64 anos

A nova sede, com 210 metros quadrados, está dotada de balne-ários para homens, mulheres e crianças, além do normal espaço para a prática do Aikido. Com 1 050 associados, a ADAS, na atual época desportiva, tem pratican-tes dos 6 aos 64 anos de Setúbal, Palmela e Pinhal Novo. A ADAS recebeu, durante al-guns anos, um «pequeno subsí-dio» anual da empresa Secil, não

tendo atualmente qualquer apoio financeiro externo, institu-cional ou privado, pelo que sub-siste das quotas anuais dos seus associados. Quanto ao futuro, a ADAS so-nha em conseguir vários apoios, públicos e privados, para que possa ter o seu espaço próprio. «Continuamos a sonhar com um local próprio onde possamos, de

ARTE MARCIAL PROMOVE HARMONIA E PAZ ENTRE OS SERES HUMANOSA ADAS, fundada a 23 de novembro de 1998, dedica-se ao ensino e divulgação da arte marcial Aikido. Trata--se de uma arte marcial «onde é proibida a competi-ção e cujos objetivos se baseiam no desenvolvimento da harmonia e paz entre os seres humanos através de um sistema de prática que provoca uma dissuasão na vontade de criar conflitos e lutar», conta Fernando Ca-vaco. Esta arte marcial, que ensina, em simultâneo, técnicas de defesa pessoal contra ataques, de corpo a corpo, e armas.

um modo mais amplo, desenvol-ver as nossas atividades, sobre-tudo aquela que diz respeito ao ensino/prática do Aikido, e, por isso, ambicionamos ter um dojo com cerca de 80 a 90 metros quadrados para realizarmos, além das atividades regulares, receber outros aikidocas em es-tágios nacionais e internacio-nais», vinca Fernando Cavaco.

Nova sede tem condições para desenvolvimento da modalidade e vai permitir um novo crescimento, segundo a Associação de Aikido de Setúbal, que conta com mais de mil associados.

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGENS SM

As Clínicas Desportivas sur-gem integradas na forma-ção curricular da discipli-

na de Educação Física, com a finalidade de criar na escola uma cultura pro ativa para a melhoria dos níveis de atividade física, ap-tidão física, prevenção na saúde e melhoria da qualidade de vida e proporcionar uma maior valo-rização do currículo do aluno ETPM. Princípios de Jogo Ofensivo/Defensivo, Desenvolvimento das ações técnico-táticas e Jogos in-ter-escola vão ser os temas a de-

Depois de uma primeira metade da temporada atribulada, onde apesar

de ter alcançado a primeira vitó-ria da sua carreira, contraiu uma lesão que o obrigou a uma inter-venção cirúrgica, o piloto Miguel Oliveira, de 20 anos, está a uma corrida do final da época, sepa-rado por 24 pontos do líder do campeonato, fazendo com que matematicamente ainda seja possível para o almadense ser campeão do mundo. Miguel Oliveira venceu no passado dia 25 de outubro, o Grande Prémio da Malásia, no Circuito Internacional de Se-pang, naquela que foi a 17.ª etapa do Campeonato do Mundo de Moto GP. O jovem de Almada en-cerra a ronda asiática, somando o segundo triunfo de forma con-secutiva, a 5.ª vitória da tempo-rada, e garantindo que o título fica em aberto até Valência, a úl-tima prova do campeonato.

Luta titânica em busca da vitória e muita felicidade

O jovem atleta fez uma corrida brilhante e liderou mais de meta-de das voltas, numa luta constan-te até ao fim. No final da corrida, Miguel Oliveira explicou ao Sem-

mais Jornal como foi gerir esta corrida: «Eu não vi nenhuma in-formação sobre o Danny (Kent) e apenas fui em busca da vitória, como planeado, e na última volta não queria estar em primeiro nessa reta interior, ainda bem que era o Brad (binder) que as-sim consegui apanhar o cone de ar e ficar na frente. Antes de co-meçar estas três provas eu nunca pensei que conseguia levar o campeonato para Valência». «Estou tão contente pela vi-tória. O campeonato está ainda em aberto. É difícil mas lutarei

até ao fim», rematou o portu-guês felicíssimo que não esque-ceu os agradecimentos: «Agra-deço a toda a minha equipa, aos patrocinadores, família, amigos e fãs por todo o apoio que me têm dado!». Por seu lado, Já Aki Ajo, team manager da equipa considera que «o Miguel tem sido muito forte nas últimas corridas e se conseguiu levar o nosso sonho até à última volta, é totalmente merecido».A última etapa, em Valência, dis-puta-se entre 6 a 8 de novembro.

Palmadense Miguel Oliveira a um passo de se sagrar campeão mundial de moto 3

Clínicas Desportivas promovem cultura pro ativa na Escola Técnica Profissional da Moita

senvolver na Clínica do Futebol. Na Clínica da Dança, a criativi-dade vai ter destaque juntamen-te com a Realização de Coreo-grafias para Eventos. Este projeto apresenta objeti-vos como o desenvolvimento aprofundado de competências adquiridas, curricularmente, a um nível mais superficial; a diversifi-cação de competências, revelador de curiosidade, dinamismo pesso-al e capacidade de trabalho e a promoção do relacionamento in-terpessoal com colegas de outras turmas e professores.

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NEGÓCIOSNOS PRIMEIROS NOVE MESES DO ANO, A EMPRESA RECEBEU 79 NAVIOS, MAIS SEIS QUE IGUAL PERÍODO DO ANO PASSADO

Lisnave aumenta carga de trabalho e de reparação de navios em comparação com 2014

Os estaleiros da empresa instalada na Mitrena continuam a ser um dos mais competitivos a nível internacional e a fidelizar clientes. Grécia e Singapura são as bandeiras que mais escalam a Lisnave.

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGENS SM

A Lisnave, nos primeiros 9 meses deste ano, manteve uma interessante carga de

trabalho e um considerável ní-vel de ocupação das suas docas, tendo procedido à reparação/manutenção de 79 navios, per-tencentes a 51 diferentes clien-tes, oriundos de 19 países, verifi-cando-se, assim, uma melhoria

de atividade, em comparação com o período homólogo de 2014, no qual foram reparados 73 navios. Grécia e Singapura, foram os países com maior número de re-parações e, diferentemente de 2014, a Grécia com 23 docagens, ultrapassou o total de navios re-paradas em 2014 (18), enquanto de Singapura foram reparados 13 navios, em contraste com as 27 reparações realizadas no ano

transato. De referir, ainda, a re-paração, até ao final de setem-bro, de um total de 7 navios pro-venientes da Alemanha. Detentora de um vasto ‘know-how’, que permite fazer a manutenção/reparação de qual-quer navio, continuam, contudo, a ser os petroleiros, o tipo de na-vio que visita a Lisnave em maior número, tendo neste período, sido reparados 42 petroleiros, 11 porta-contentores e 10 Granelei-

ros, bem como executados tra-balhos de manutenção diversos em navios LPG, RoRo, Dragas, de Carga e Barcaças de apoio a pla-taformas de Off Shore.

A âncora de consolidar o “repeat business”

O “repeat business”, continua a ser uma constante a evidenciar nas encomendas obtidas pela Lisnave, tendo nos primeiros 9

meses de 2015 como principais clientes, a italiana Grimaldi Group com 7 navios, a grega Tsakos Columbia Shipmanage-ment com 6 navios e a Teekay Marine, de Singapura, que docou 5 navios. Atualmente, o estaleiro tem 10 navios em reparação, 3 deles pertencentes à Teekay Marine, os petroleiros, “Tokyo Spirit” de 149 996 toneladas, o “Seoul Spirit” de 159 966 toneladas e o “Barcelona Spirit” de 158 482 toneladas. Provenientes da Alemanha, estão 3 navios em doca, sendo 2 deles da companhia E.R. Schi-ffahrt GMBH & CIE KG, os por-ta-contentores “ E.R. Berlim”, de 675 50 toneladas e o MSC Gem-ma, de 67 566 toneladas, e da companhia Harmstorf A, o “He-lene”, de 33 074 toneladas. Completam a lista, o dina-marquês “Nord Princess” o químico/petroleiro de 38 554 toneladas, da Companhia Dampskibbelskabet Norden, o petroleiro “Chalenge Pearl”, de 47 451 toneladas da Wallem Shipmanagent LTD, o LPGs “Navigator Venus” de 23 503 toneladas da Bernhard Schulte, e o “Flagship Willow”, porta--contentores grego de 74127 to-neladas, da Prime Marine Ma-nagement INC.

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OPINIAO

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A ciência sombria

PSD e CDS só se podem queixar de si próprios

Em Portugal aumentou-se a jornada de trabalho na função pública de 35 para

40 horas por semana e introdu-ziu-se o banco de horas no setor privado podendo este chegar às 60 horas de trabalho por semana. Estas medidas vão no sentido contrário dos países do norte da Europa, onde por exemplo, na Suécia se reduziu para seis horas diárias de trabalho, contrariando a tese dos ganhos de produtivi-dade através do aumento de horas trabalhadas. Mas isso não chegou.Em Portugal mais que duplicou o número de trabalhadores com recibo verde nos últimos 14 anos e em cada três novos contratos apenas um é contrato sem termo. Este fenómeno é da inteira responsabilidade do legislador que ao longo de décadas permitiu fenómenos de trabalho fora da área da regulamentação e viu pulverizar o falso trabalho independente e com isso dinamizar a economia

paralela. A resposta veio através de uma palavra que não existia no nosso léxico, a flexiseguran-ça. Dos diferentes modelos de flexisegurança existentes, nenhum se limita à diminuição dos direitos sobre o posto de trabalho sem nada dar em troca ao trabalhador sem reforçar a empregabilidade e a segurança dos trabalhadores no período de reconversão profissional. Mas em Portugal conseguiu-se (re) inventar a roda. A flexibili-dade conseguida nos últimos anos reflete-se com instrumen-tos de lei, utilizados de forma unilateral a favor da entidade empregadora e visam apenas reduzir os custos do trabalho. Fazem-nos acreditar que o objetivo é a criação de emprego, através de uma maior liberdade para despedir, dada a redução dos custos de compensação por cessação de contrato. O que se conseguiu foi uma maior desigualdade social e a pobreza entre trabalhadores com

Como é sabido, o Presidente da República, Cavaco Silva, aceitou os nomes

propostos por Pedro Passos Coelho para o governo depois de o ter indigitado como Primeiro--ministro.Fê-lo na sequência de um discurso muito controverso, após serem conhecidos os resultados eleitorais. Dentro dos próximos dez dias o governo será submetido à Assembleia da República e, em função das moções de censura anunciadas pelo PS, BE e CDU, será chumbado.O discurso do Presidente da República teve a particularida-de de reforçar a unidade do PS em torno do Secretário-geral, António Costa. De tal forma que na reunião da Comissão Política Nacional, que teve lugar no próprio dia em que o Presidente da República se dirigiu aos portugueses, o documento final, mandatando António Costa para continuar as negociações com o PCP com o BE, e com os Verdes para eventualmente formar governo, não teve nenhum voto contra mas apenas duas abstenções.Não é de estranhar que isso tenha ocorrido. É que este novo quadro, criado com o discurso do Presidente da República resulta, por um lado da exclu-

horário a tempo inteiro. Mas isso ainda não chegou.Já em 2009 a OIT alertava para os perigos da generalização do trabalho não declarado na Europa tendo em conta o contexto de crise. A organização Internacional do Trabalho justificava a origem deste fenómeno de precariedade, através da pressão fiscal sobre as empresas em simultâneo com o aumento do desemprego. Atualmente, o trabalho não declarado é uma prática bastante atual em Portugal e equivale a 20% do PIB. Apesar das consequências sociais que daí emanam (o que já não é pouco) o trabalho não declara-

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

do é considerado crime por se constituir numa prática de Dumping social. Este tipo de ilegalidade poder-se-á revestir de trabalho oriundo da imigra-ção clandestina mas também de horas de trabalho não pagas ou pagas de forma subterrânea. O caminho percorrido através das relações laborais levou ao aumento da pobreza na Europa e sobretudo em Portugal.

“Qualquer tipo que seja a pobreza, ela não é a causa da imoralidade mas sim a conse-quência”. Carlyle Thomas – En-saísta, humorista e historiador o qual chamava à economia de “ciência sombria”.

A Igreja Católica tem desempenhado uma missão relevante desde

sempre, mas com maior visibilidade nos momentos de maior tormento e de crise. Nos últimos anos, esse trabalho de formiguinha foi de grande dimensão.A sua rede de cuidados, de apoios diretos, e a sua dimensão de conforto, constituem um triângulo inigualável em termos de solidariedade. A Diocese de Setúbal, com quarenta anos de existência, é um espelho dessa realida-de, mesmo para os não crentes. Em alturas nefastas, a marca da Igreja está presente, com força e sem premissas.Creio mesmo que se não houvera em Portugal esta rede instalada, a crise que se abateu sobre as famílias mais pobres e, sobretudo, atingin-do a classe média, a vulnera-bilidade social seria ainda mais acutilante.Temos agora um novo bispo, dizem que experiente, embora mais teólogo, na senda, aliás do seu anteces-sor, D. Gilberto Canavarro dos Reis, que conheço bem. Também conheci e admirei o primeiro bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, que foi um bispo do terreno, num período particularmente difícil para a população do distrito.Nesta fase, o novo prelado sadino, D. José Ornelas Carvalho, é ainda uma incóg-nita. Tem o apoio da sua Igreja e até dos leigos que oferecem uma dimensão mais robusta à missão católi-ca, mas precisa de deixar uma marca.Os momentos que se seguem são decisivos, tanto na organização da diocese, como na forma de atuar desta no terreno. A missão não é pequena, nem fácil. Esperemos que esse cunho pessoal, que normalmente dá notoriedade à obra, faça a diferença nesta nova fase. Confiemos.

Novo bispo, nova missão, no tempo presente

ACTUALIDADES

MANUEL FERNANDESUGT SETÚBAL

são a que votou os partidos representados na Assembleia da República de poderem integrar o novo governo – no caso o PCP, o BE e os Verdes e por outro de incentivo à dissidência de deputados do Grupo Parla-mentar do PS.Estes factos uniram fortemente o PS e trouxeram a terreiro, de forma nítida, as características do governo da coligação do PSD e do CDS, marcados não só por uma autoridade muito excessi-va mas também pela ausência de uma procura efetiva de diálogo com os demais partidos, em particular com o PS durante toda a legislatura.O facto da coligação PSD/CDS ter perdido nestas eleições a maioria absoluta e com ela setecentos mil votos, reforçou a consciência que o governo não poderia continuar a governar de forma arrogante, como de facto fez, insensível a opiniões diferentes e sem que a prática politica tenha a ver cm a social democracia ou com a democra-cia cristã.Em bom rigor, o PSD e o CDS só se podem queixar de si pró-prios, uma vez que os acordos à esquerda têm por fundamento a reação à forma como governa-ram e que os eleitores condena-ram.A mais que segura condenação

do governo da coligação de direita, que entretanto se constituiu e tomou posse, aguardando apenas o debate e votações na Assembleia da República conduz, nos termos constitucionais, à sua demissão, sendo sempre insondáveis os desígnios do Presidente da República quanto ao que a seguir fará. Não parece, porém, constitucionalmente sustentá-vel que deixe de solicitar ao líder do PS, António Costa, que constitua governo, assumindo--se como Primeiro-ministro. Também o Presidente da República só se poderá queixar de si próprio ao marcar eleições quando já não podia dissolver a Assembleia da República nem esta podia a tempo aprovar o orçamento do Estado para 2016.A circunstância de alguns países da U.E. passarem a ter experiên-cias governativas de direita, como a Dinamarca, a Finlândia e a Suécia, ou mesmo de extrema direita, como a Hun-gria e mais recentemente a

Polónia, mais reforçam a razoabilidade da resposta política do PS e de António Costa ao garantirem a interven-ção politica da esquerda na governação de Portugal, sem que o PS se descaracterize como partido estruturante da democracia portuguesa.O desafio não é tarefa fácil e está, por isso, longe de ser isento de riscos, a vários níveis. Quanto ao PSD e CDS, é natural que o previsível afastamento do poder lhes permitam voltar ao ideário social-democrata e democrata cristão de que se distanciaram sob a atual direção a favor de conceções autoritárias e neoliberais. Como disse, estes partidos só se podem queixar do rumo que seguiram no governo da coligação que forjaram tal como o Presidente da Repúbli-ca, de que é exemplo a ultima intervenção pública quer quanto ao tom quer quanto à ausência de distanciamento que o cargo impõe.

POLÍTICA MESMO

VITOR RAMALHOADVOGADO

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SEMMAIS | SÁBADO | 31 DE OUTUBRO | 2015 | 15

OPINIAO

É do Som que Somos

“Poucochinho” ou será “Poucoxinho”?

À questão, quanto vale um voto? Responderei: Depende. Em economia discute-se

uma regra que vale em todas as variantes da vida -A lei da Oferta e da procura.Na política, essa regra aplica-se com adaptações. Não, não estou a falar de corrupção, votos comprados, ou qualquer ilegalidade. Estou mesmo a falar da necessidade de assegurar maiorias. Quando um executivo, seja num governo de um País, num executivo camarário ou até numa empresa ou agremiação cultural, desportiva ou meramente associati-va, o fiel da balança é sempre o voto com mais poder. A história da política está repleta de situações dessas e basta vermos como está neste momento o quadro para a formação do novo governo, ou lembrar-nos da história do “Deputa-do do Queijo Limiano”.No Seixal, infelizmente o voto dos vereadores e partidos da oposição é meramente um voto político, sem qualquer impacto na votação, pois a CDU goza do privilégio de possuir maioria absoluta, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal.Por isso, mesmo numa negociação, a sua vontade deve ser respeitada, porque ao respeitarmos essa vontade, estamos a respeitar a vontade da população que votou. Mesmo que não concordemos com essas ideias. Mas deve a oposição limitar-se a aprovar esses orçamen-tos, sem massa crítica, ou em alternativa criticando tudo, apenas por ser oposição? Entendo que não. O papel da oposição é ser um forte crítico, mas, construtivo, fundamen-tando a sua crítica e tentando provar que as suas ideias alternati-vas, mesmo que não sufragadas pela população, são válidas e podem ter cabimento, ainda que pontual, quer no orçamento, quer no Plano de Actividades, senão bastava limitar-nos a votar contra o documento, porque não é o nosso, nem são as nossas ideias. E o PSD nunca o fez neste município, nem eu, enquanto vereador, jamais o fiz.Por isso também, muitas das vitórias que hoje o executivo comunista reclama como seus, nós, sem qualquer pudor, dizemos que temos contribuído (e muito) ao longo dos anos, na medida em que a prática nos veio dar razão. Aos mais distraídos relembro que sempre foi uma bandeira para o PSD os orçamentos realistas a redução do período do pagamento a fornecedo-res, a redução da dívida do municí-pio, a negociação dessa divida de forma consolidada, a diminuição do peso das despesas fixas no cômputo geral do orçamento de modo a não termos possibilidade necessidade de sobrecarregar os nossos

munícipes com taxas e impostos sumptuários. E muitas destas bandeiras caminham para a plena concretização, o que só nos pode deixar felizes e orgulhosos do nosso contributo para esse resultado, desculpem a imodéstia, mas no caso do PSD, apesar de muito vos custar a ouvir, não podemos deixar de vos lembrar que muitos destes argu-mentos que a maioria comunista ufanamente nos exibe só são possíveis graças às apertadas regras que o último Governo lhe impôs.Têm dúvidas? Então reparem:De acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, a dívida a terceiros das câmaras municipais caiu para o valor mais baixo dos últimos 10 anos. As câmaras municipais cortaram 489 milhões de euros ao seu passivo no ano transacto, e a dívida total das autarquias é agora de 6,2 mil milhões de euros, abaixo do registo mais baixo da última década.“É uma “evolução extraordinária” aquela que se tem vindo a operar nas contas municipais. E essa evolução é verdade que também está a ocorrer no nosso Município, no entanto, o Sr. Presidente que não encha tanto o peito de ar não se envaideça tanto porque indepen-dentemente dos seus méritos, assim como os da oposição conforme acima referi, são as regras apertadas impostas pelo tão diabolizado Governo Central lhe permitem apresentar tão significativos números.Serão estes números suficientes para o executivo merecer o meu voto favorável, sobretudo quando acabei de provar por “A mais B” que o mérito nem sequer é essencialmente seu? Seriam, se esses números fossem acompa-nhados de um investimento adequado, de um plano de actividades que fosse ao encontro das principais de necessidades do Concelho do seixal de propostas claras em áreas que reputamos de essenciais, nomeadamente de uma aposta efectiva da valorização da “marca Seixal” englobando na mesma uma forte aposta no Turismo aproveitando os recursos incomensuráveis que a Baía do Seixal nos dá, na inovação, qualidade de vida, criando e preservando parques verdes construindo finalmente uma rede de ciclovia, apostando no conceito Seixal amigo da Criança e da Terceira Idade, apostando nos acessos pessoas com deficiências motoras ou outras, revendo a sua aposta no desporto para além da formula de sucesso, reconheça-se, que é a “Seixalíada”, uma aposta na Cultura que seja, mesmo efectiva e não apenas propagandista e,

também na área social, estranha-mente, o parente pobre de um executivo que se diz comunista.Ora, infelizmente, aqueles números não são acompanhados de respostas positivas à maior partes das questões que levantei e muitas outras exigências naturalmente, se sobreponham, como sejam, a renegociação da dívida dos desas-trosos contratos com o Grupo “ A. Silva & Silva”, sorvedouro de uma fatia considerável do nosso orçamento, a suspensão ou adaptação de uma nova formula que em tempo apresentem relativamen-te ao “Boletim Municipal”, outra sorvedouro inesgotável de dinheiros municipais, a adopção de instru-mentos como sejam o orçamento participativo ou o reactivar de uma politica efectiva de realojamento há tanto anos arredada do nosso Município.Assim consciente do nulo impacto que um voto contra tem, para além da marcação da posição política resolvi lançar um desafio ao executivo comunista no sentido de tornar o meu voto útil para a população: Apesar de politicamente não restarem dúvidas de que entre os aspectos positivos e os aspectos negativos que enunciei, o voto teria naturalmente de ser contra, se a maioria que governa a Câmara fosse sensível a pelo menos duas das alterações que eu propunha, então nesse caso estaria disposto a abster-me. No fundo entre um voto contra, marcando uma posição politica, é certo, mas completamente ineficaz na medida em que a maioria não precisa desse meu voto ou uma abstenção, mesmo que não 100% convicta devido às muitas diferenças entre os projectos, mas com claro ganho para a população e sobretudo reivindicando a vitória política de ver aplicadas medidas por mim defendidas, prefiro o pragmatismo desta última posição sabendo que o estou a fazer em prol da população que jurei defender. E quais eram essas condições:1) Aplicação o IMI familiar ou em alternativa baixar o IMI para, no mínimo 0,40% na medida que mesmo baixando para esses valor garante-se o aumento de receitas para o município graças às actuali-zações e aos fins das isenções, assim como à não aplicação da famosa “cláusula travão” que noutros anos impedia que aumentos para além de determinado montante.2) Isenção da “derrama” se não para todos, pelo menos para as empresas que se instalem no Concelho e que criem postos de trabalho3) Devolução do IRS aos munícipes.No que concerne ao IMI refiro que a CDU cumpriu, ainda que minima-

mente uma das condições que impus para não votar contra. Baixou. Pouco. Muito poucochinho, como diria o outro, mas revelando um sinal de abertura e de alívio para a muito castigada população. Mas Repare-se, baixar de 0,415 para 0,41 é “aliviar” em muito pouco o orçamento dos seus munícipes e, mesmo assim, continuar a beneficiar de um aumento efectivo da receita proveniente deste imposto. Ano após ano temos pugnado para o aumento efectivo da receita de IMI e para o facto de ser possível baixá-lo. O executivo, ao invés, tem aumen-tado esse imposto, ou mantido, o que se torna desnecessário face aos próprios números que apresenta. Senão vejamos: Se pôde diminuir a dívida em cerca de 15 milhões de euros desde 2012, Teve um saldo de tesouraria positivo em 2014, no valor de 3,4 milhões de euros, se também ufanamente reclama os méritos de uma poupança de sete milhões de euros com a renegociação da dívida (como se as medidas do Governo que levaram a uma estabilidade do sector bancário não importassem para estes resultados), se ainda há 15 dias aprovámos a 2.ª revisão do Orçamento de 2015, onde reforçá-mos a rubrica das receitas (IUC, IMT, Derrama e venda dos terrenos) em um milhão e seiscentos e cinquenta mil euros, valor que serviu para pagar à “Amarsul” e ao protocolo com o MST de 2016 (até já adianta-mos pagamos, veja-se) leva-nos a fazer a seguinte questão? Quem está a ser mais Troikista que a Troika? Quem está a pagar mais do que o Plano de Consolidação obriga? No fundo, quem está a aplicar todo o dinheiro de forma cega, na estabili-zação das contas esquecendo as pessoas? É caso para dizer: quem é que está a seguir uma política perigosamente protectora do capital e desprotegendo as pessoas que prometeu salvaguardar? Não, não sou eu que o digo. Apenas estou a utilizar os argumentos dos meus caros colegas de vereação e do Sr. presidente, todos eles da CDU. Pois é, “Diz-me o que fazes, dir-te-ei quem és.”Quanto à “Derrama”, apesar de tímido e incipiente, pela primeira vez o executivo comunista acolheu uma proposta do PSD in casu a isenção de pagamento de “derrama” para empresas que se fixem no concelho e que criem

Música fluindo em mim, em ti, em vós. Dispensável ler partitu-ras para vibrar em cada uma das notas que, despercebidamente, se encaixam em nós. A mecânica inerente à condição humana rende-se à sensação, submeten-do-nos a um subtil descontrolo

pelo menos três postos de trabalho.Infelizmente a ousadia podia ter sido assumida na plenitude, porque eliminar a Derrama apenas no primeiro ano e para empresas que criem 2 postos de trabalho é o mesmo que convidarmos as empresas para se situarem na nossa casa, mas impondo-lhes desde logo regras que podem condicionar a sua actividade. Apesar de tudo entendo que a abertura demonstrada ainda é insuficiente para trocar o meu voto contra por uma abstenção, mas ainda em pleno dia de discussão das Grandes Opções do Plano lancei o desafio: se o executivo assumir cumulativamente com a isenção da derrama, não naquelas circunstân-cias que nos impõe, mas para todas as empresas que se instalem no concelho em 2016 e para todas as que não atinjam os 150.000 € de lucro e baixar o IMI para 0,400 % poderia contar com a minha abstenção, de outra forma, não poderei aceitar ser cúmplice de uma política que não subscrevo, de um plano que não elaborei, de opções que não tomaria e de uma forma de fazer política que não acompanho. Assim, se a maioria acolhesse as minhas propostas (estas, pelo menos) em troca de uma abstenção. Diria, de uma forma muito clara que o custo político dessa abstenção seria a satisfação que iria obter por cada empresa que se fixe no nosso concelho graças a esta medida, assim como dos muitos euros que cada munícipe iria poupar aquando da recepção da factura do IMI e do IRS.Acredito piamente que valeria a pena. No fundo, como disse, trocar um voto de significado meramente político, mas absolutamente inconsequente (o orçamento seria sempre aprovado pela maioria) por uma mera abstenção onde algumas das nossas principais revindicações estão acolhidas, não na plenitude, mas inseridas e com o expresso reconhecimento de quem as aplica relativamente à nossa intervenção, então isso é um motivo para nos regozijarmos.Acredito piamente que quem ganharia seria a população.do seixal, no fundo, quem jurámos defender. A maioria assim não o quis. E natural-mente, contou com o meu voto CONTRA.

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

feliz, ocultado por escolha, existente por obrigação vital e integralmente sentido.Os passos mantêm-se constantes, visivelmente semelhantes e ordeiramente corretos, repetida-mente ignorados por quem não os dá, sendo oferta intrínseca e

singular esse timbre metafísico, gravado lenta e progressivamente em quem somos, deliciando não só os ouvidos, mas todo o corpo.A nutrição da mente é assegurada pela melodia, alimentando cada órgão de forma diferente, orien-tando uma confluência de sons e

ritmos combinados que se dissipam da periferia do corpo para o interior da alma, enviando repercussões cada vez mais modificadas e recombinadas para cada músculo existente. A canção é o aroma a sol e a música dá forma à água que nos molda.

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