Ser Empreendedor
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MARÇO 2013
Ser Empreendedor
Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa. Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho Santos e Fernando Ribeiro Serra
AYR Consulting, Trends & Innovation | Lisboa | Madrid | São Paulo | Miami
Manuel Portugal Ferreira - Doutorado em Business
Administration pela David Eccles School of Business,
da Universidade e Utah, EUA, MBA pela
Universidade Católica de Lisboa e Licenciado em
Economia pela Universidade de Coimbra, Portugal.
Professor Coordenador no Instituto Politécnico de
Leiria.
Fundador e Director do globADVANTAGE – Center
of Research in International Business & Strategy.
João Carvalho Santos - Licenciado em Gestão pelo
Instituto Politécnico de Leiria e doutorando em
Gestão na Faculdade de Economia da Universidade
do Porto. Professor das disciplinas de Inovação e
Empreendedorismo, Estratégia Empresarial e Gestão
Internacional no Instituto Politécnico de Leiria.
Esta obra pretende atualizar e preparar o leitor para as mais recentes abordagens que têm
sido feitas à Estratégia e Gestão de Empresas. Os autores têm um conhecimento bastante
vasto sobre as teorias e práticas aplicáveis ao atual Mundo Empresarial.
CRÍTICA LITERÁRIA
Fernando Ribeiro Serra - Doutor em Engenharia
pela Pontifícia Universidade Católica no Rio de
Janeiro PUC-Rio. Dirige a Unisul Business School e
é pesquisador do Programa de Pós-graduação da
UNISUL.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email [email protected]
Ser Empreendedor
FERREIRA, Manuel Portugal, et. al. Edições Sílabo © 2008
www.ayr-insights.com 1
Ser Empreendedor
Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa
FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al.
Edições Sílabo © 2008, 378 páginas
Categoria: Gestão/Estratégia
1. Como criar uma empresa de raiz.
2. Como gerir essa empresa no que diz respeito às variantes financeira, legal ou empresarial.
3. Competências de gerências que vão ao encontro de diretrizes de desempenho
contemporâneas.
4. Fazer com que os ideais da empresa criada vão ao encontro daquilo que o Mercado procura e
exige.
5. A inovação é das principais obrigatoriedades para que exista evolução dentro da empresa.
O que irá aprender:
Principais Ideias
1. Existem aspetos económicos, culturais e sociais a ter em conta aquando da criação de uma
nova empresa. Estes moldam o presente e, quando bem interpretados, podem trazer inúmeros
benefícios.
2. As “5 forças de Porter” foram e continuarão a ser o alicerce para qualquer futuro gestor.
3. Um bom empreendedor deverá ter determinadas características, tais como poder de liderança,
criatividade, entre outras.
4. O posicionamento no Mercado, a marca e sua imagem, o comportamento do consumidor, o
estudo de Mercado e a segmentação do Mercado são pontos fulcrais a ter em consideração,
no que respeita ao marketing da empresa.
5. É essencial para qualquer empresa ter a criação de um plano de negócio como prioridade
máxima.
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Introdução
3
Revisão de Conteúdos
4
Capítulo I - Introdução ao Empreendedorismo
5
Capítulo II - O empreendedor
8
Capítulo III - Oportunidades e ideias
10
Capítulo IV - O marketing da nova empresa
15
Capítulo V - O ambiente e a indústria
18
Capítulo VI - Construir a equipa e gerir pessoas
20
Capítulo VII - As formas jurídicas da nova empresa
22
Capítulo VIII - O financiamento da nova empresa
24
Capítulo IX - Aspetos económico-financeiros da nova empresa 25
Capítulo X - O investimento
27
Capítulo XI - O plano de negócios
28
Impacto
29
Principais Conclusões
30
Bibliografia 31
Índice
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Ser Empreendedor
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A obra Ser empreendedor foi redigida por Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho
Santos e Fernando Ribeiro Serra, todos eles especialistas na área da gestão de
negócios e os dois primeiros lecionam no Instituto Politécnico de Leiria.
Manuel Portugal Ferreira é doutorado em Bussiness Administration, grau reconhecido
pela David Eccles School of Business, no Utah (Estados Unidos da América). É ainda
criador e diretor da Fundação globADVANTAGE – Center of Research in International
Business & Strategy. Este teórico contribui também para o crescimento de pequenas e
médias empresas, bem como para vários centros de investigação universitários,
através da publicação de vários artigos de cariz académico. O enfoque das suas
pesquisas são as competências baseadas em recursos1.
João Carvalho Santos é licenciado em Gestão de Empresas e doutorado em Gestão
pela Universidade do Porto. Atualmente, leciona duas cadeiras: Inovação e
Empreendedorismo e Estratégia Empresarial, também no Instituto Politécnico de
Leiria. O último e terceiro autor, Fernando Ribeiro Serra, fez grande parte do seu
percurso no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro. Doutorou-se na PUC
(Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e tem coordenado vários
mestrados em diversas áreas da Gestão, bem como participado em algumas
investigações sobre o mesmo tema.
1 Os recursos supramencionados são principalmente tecnologias da informação. Ou seja, o autor acredita
que é possível criar vantagens competitivas, explorando esta indústria e aplicando-a à gestão e ao empreendedorismo.
Introdução Introdução
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Esta obra pretende atualizar e preparar o leitor para as mais recentes abordagens que
têm sido feitas à Estratégia e Gestão de Empresas. Os autores têm um conhecimento
bastante vasto sobre as teorias e práticas aplicáveis ao atual Mundo empresarial.
O livro encontra-se dividido em 11 capítulos e cada uma destas partes pretende dar
continuação ao assunto anterior. Inicialmente, os autores fazem uma breve introdução
ao empreendedorismo e sob que formas é que este se manifesta, que aspetos agrega
e que consequências pode ter, de uma perspetiva geral. O segundo capítulo diz
respeito ao suposto molde que um gestor/empreendedor deverá ter e sob que
premissas irá atuar. Os restantes momentos de Ser Empreendedor dizem respeito à
criação de uma nova empresa, dos procedimentos básicos a ter em conta, quais os
principais atores e agentes intervenientes. Mais à frente, falar-se-á de como se efetua
um marketing mix, de como deve esta ‘nova empresa’ atuar no mercado (tanto a nível
interno como externo) e quais os comportamentos da indústria, nunca esquecendo a
atratividade do negócio, a visão e missão da empresa e outros importantes pontos.
Ferreira, Santos e Serra focam ainda a necessidade de atenção a problemáticas de
foro jurídico e legal, bem como as questões de financiamento da empresa e as razões
e consequências do estado atual do mercado, por forma a perceber se a entrada da
empresa é realmente proveitosa. Finalmente, os capítulos 10 e 11 são dedicados à
questão do investimento, incluindo os seus principais elementos, e ao plano de
negócios e sua realização, de modo a consolidar a ‘nova empresa’ de forma
permanente.
Em contracapa, pode ler-se: “Afinal, ser empreendedor não é só para os ricos, os
jovens, os iluminados ou para aqueles que possuem qualquer tipo de qualidade inata.
Pode-se aprender a ser empreendedor e a maior parte das vezes o triunfo deve muito
à vontade, ao bom senso e à perspicácia do empreendedor”2.
2 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, contracapa.
Revisão de Conteúdos
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Introdução ao empreendedorismo
Uma das primeiras questões dos autores tem que ver com a cada vez maior
necessidade de criação de negócios e de deteção das principais necessidades do
público. Para que um investimento proporcione lucro, é preciso analisar quais as
principais oportunidades latentes no mercado e no resto do Mundo – por vezes,
nenhum dos produtos existentes consegue suprir as necessidades dos consumidores.
Assim, este capítulo introdutório diz-nos que as oportunidades de negócios podem
estar em qualquer lugar, é apenas preciso saber identificá-las através de análises de
mercado, tanto externa como internamente. Estas “podem ser indiciadas por um
conjunto de tendências e mudanças sociais, políticas, económicas e culturais (...) as
novas oportunidades estão por exemplo, em novas formas de fazer comércio (...), nas
necessidades de racionalização e redução de custos das empresas, e em novas
necessidades dos consumidores”3.
As conclusões deste momento da obra têm origem nos resultados do relatório Global
Entrepreneurship Monitor4. Esta análise ajudou a apurar que há alguns fatores
realmente determinantes para o empreendedorismo (e o seu sucesso). No que toca a
Portugal, é importante saber que:
Obstáculos no acesso a capital;
Instabilidade de políticas industriais e das estratégias de desenvolvimento e
dos programas de apoio do governo;
Pouca importância incutida ao empreendedorismo enquanto disciplina no
ensino superior;
Desenvolvimento pouco suficiente dos serviços comerciais e profissionais.
O mesmo relatório dividiu as condições acima referidas, por nove diferentes
categorias, sendo elas:
1. Governo: Tem que ver com a intervenção que o Estado tem no setor
empresarial, focando os níveis de atuação e os graus de intervenção;
2. Mercados financeiros: Diz respeito ao atual estado do mercado e está
diretamente relacionado com os financiamentos e investimentos;
3 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 17.
4 Um dos maiores estudos mundiais sobre empreendedorismo. Para saber mais, consultar
http://www.gemconsortium.org/.
Capítulo I
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3. Tecnologia de Investigação e desenvolvimento: Foca a necessidade do
avanço tecnológico, pois este pode potenciar a evolução e a inovação dos
negócios;
4. Educação: É seguramente uma das necessidades primárias para o
empreendedorismo;
5. Infraestruturas: Tidas como limitadoras ou potenciadores de negócios,
podendo ser altamente desenvolvidas em alguns locais, e pouco noutros;
6. Gestão: É primordial, pois sem ela, a inovação dentro de uma empresa é
pouco provável;
7. Mercado de trabalho: É outro dos fatores a ter em conta, uma vez que a
estrutura laboral condiciona em muito, a estrutura geral de uma corporação;
8. Instituições: A Igreja e o Estado são bons exemplos e têm um forte poder
sobre a sociedade vigente – no caso português –, podendo também
condicionar a tomada de novos negócios;
9. Grau de Abertura: Muitos teóricos acreditam que isto é um dos pontos mais
importante durante o planeamento e criação de um novo negócio ou empresa.
Estas ações apenas são possíveis se houver um determinado grau de
abertura, que vai depender diretamente do tipo de sociedade e do seu
desenvolvimento.
Outro dos pontos fortes deste capítulo foca as principais razões que justificam o
estudo do empreendedorismo: tem que ver com o apuramento da situação geral do
mercado, com a compreensão daquilo que são empresas fortes e mais fracas, com o
entendimento da importância da estrutura laboral e da quantidade de capital humano
necessário para fazer a corporação crescer e finalmente, com a identificação das
principais componentes de negócio, bem como um conhecimento alargado de técnicas
de marketing e outras áreas do saber.
Existem algumas dimensões a considerar aquando da criação de uma nova empresa e
estas são:
Organização;
Ambiente;
Restrições Ambientais;
Características individuais (está diretamente relacionado com questões de
cariz social e psicológico).
Em 2008, os autores já começam a explorar a noção de Tendências do Consumidor e
a forma como esta nova “ciência” pode dar vida a muitos negócios que parecem não
estar preparados para a entrada no mercado. Nos Estados Unidos, encontra-se Faith
Popcorn5, CEO e fundadora da empresa BrainReserve, pioneira nos Estudos de
5 Para saber mais sobre as 16 Tendências estabelecidas pela Faith Popcorn, consultar
http://marketing.spaceblog.com.br/43987/AS-16-TENDENCIAS-DE-FAITH-POPCORN/.
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Tendências6. Esta definiu algumas linhas bastante gerais que comandam a sociedade
mundial atual e que podem trazer alguns insights às empresas7.
6 Esta plataforma tem bastante informação sobre Tendências e pode munir o leitor de várias ferramentas
para iniciar negócios, fomentadoras de empreendedorismo e inovação. A secção do website dedicada ao tema denomina-se TRC – Trends Research Center – e possui vários artigos de índole científica. 7 Para saber mais sobre as Tendências ditadas pela Faith Popcorn, ver FERREIRA, Manuel Portugal, et.
Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 35.
Capítulo I – Ideias
1. A criação de uma empresa vai, sem dúvida, depender de fatores externos como o Mercado, o estado da economia nacional e mundial, ou dos avanços tecnológicos.
2. Um bom empreendedor tem que estar ciente da importância de uma boa equipa com as competências adequadas.
3. As condicionantes acima referidas servem para apurar que tipo de necessidades é que o Mercado está à procura de momento.
4. As 16 Tendências ditadas pela Faith Popcorn podem ajudar ao estabelecimento da empresa certa no Mercado certo.
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O empreendedor
Ser empreendedor alerta-nos para a dificuldade em definir aquilo que é um
empresário, alguém que investe na criação de uma empresa. Em suma, “(...) é o
empreendedor que organiza os recursos humanos, materiais e financeiros. Neste
esforço, o empreendedor é motivado pela necessidade de atingir algo, de fazer, de
realizar e de ser independente de outros”8. É também nesta fase da obra que surge a
explicação do conceito de Intra-empreendedorismo, tratando-se da estimulação de
mecanismos individuais e por vezes coletivos, por forma a fomentar a criação de
inovação e de novas estratégias dentro de uma mesma empresa. É raro isto
acontecer, mas é possível e não deve ser uma metodologia esquecida, uma vez que
pode fazer com que a empresa cresça bastante dentro do mesmo Mercado onde
sempre atuou, apenas por utilizar mecânicas diferentes das de antigamente.
Aqui, dá-se especial atenção ao “histórico” do empreendedor, ou seja, às suas crenças
e valores – sejam estes de índole pessoal, laboral, familiar, ou outra –, bem como ao
seu background educacional, idade e experiência profissional. Estes fatores podem
condicionar, em muito, a sua performance enquanto diretor de um grande
empreendimento, como também podem propiciar ou atrasar a inovação dentro do
projeto.
Outro ponto a considerar é a frequente confusão que se faz entre aquilo que é um
empreendedor, do que é um gestor e um inventor. O senso comum tende em conotar
estas três funções como uma só. Na verdade, um empreendedor difere de um inventor
porque “ainda que idealmente o empreendedor deva ser criativo e procurar novas
soluções, novos mercados, novas formas de fazer as coisas e servir os clientes”, “é o
inventor quem cria algo novo, o empreendedor é quem congrega todos os recursos
necessários – o capital, pessoas, estratégia, e a tomada de risco – para tornar uma
invenção num negócio fiável”9. Da mesma maneira, um empreendedor difere de um
gestor porque o primeiro estabelece metas de longo prazo (5 ou 10 anos) e o segundo
perspetiva a curto prazo; os empreendedores envolvem-se e podem pedir satisfações
aos seus trabalhadores, enquanto os gestores delegam ações e supervisionam
tarefas; são ainda cautelosos e evitam decisões de risco que possam ter
consequências para a empresa. Por outro lado, um empreendedor investe e assume
riscos, esperando resultados.
8 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 41.
9 Idem, p. 50.
Capítulo II
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Capítulo II – Ideias
1. Se não tiver uma boa equipa do seu lado, um empreendedor não vai conseguir singrar no Mercado.
2. Um bom empreendedor deve preocupar-se com determinados aspetos, como os valores pessoais, experiência profissional, idade, ou ambiente familiar.
3. Empreendedores, gestores e inventores têm funções, responsabilidades e posições muito diferentes; a primeira acarreta geralmente mais risco e preocupações do que as duas seguintes.
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Oportunidades e ideias: criar, moldar, reconhecer e capturar
Este capítulo é dedicado a uma matéria mais subjetiva: as ideias. A maior parte das
pessoas sabe que tem de investir em inovação, mas desconhece qual é a melhor
forma de a colocar em prática. Assim, é importante explicar ao leitor qual a importância
destas ideias na criação de uma empresa, bem como quais são as melhores formas
de aplicabilidade das mesmas. Um empreendedor não tem necessidade por regra, de
ser o principal inovador, mas é crucial que tenha uma visão panorâmica de como as
coisas se poderão processar futuramente. Resumidamente, o que os empreendedores
têm de saber fazer é “identificar a necessidade ainda não satisfeita no mercado e
desenvolver uma oferta de produto/serviço para a colmatar. Há muitas novas formas
de identificar novas oportunidades de negócio”. Esta é, portanto, a principal função de
um empreendedor, pois sem a identificação da necessidade a suprir, a criação da
empresa torna-se inexistente porque é injustificável.
Embora o empreendedor não seja o principal impulsionador de ideias, este tem que ter
pelo menos, a “luz inicial” para dar propulsão ao projeto e “as ideias surgem de muitos
lados e de muitas fontes. Surgem de experiências pessoais e de trabalho, de
experiências indirectas de que ouvimos falar, de ver outros indivíduos e outras
empresas, olhando para as tendências, de viagens internacionais, de ocorrências
casuais, de conversas com colegas, professores, empresários (...)”10. Assim é possível
criar uma mais-valia para a empresa, pois aquilo que ouvimos pode muitas vezes dar
aso a novas ideias, algo sobre o qual nunca havíamos pensado.
É importante mencionar que grande percentagem das ideias se dirige a três elementos
diferentes: novo mercado, nova tecnologia e novo benefício, pois estes são os campos
onde podem ter mais impacto e onde existe mais margem de atuação. A sociedade
encontra-se em estado de evolução constante e “Todo este cenário é palco para a
emergência de novas oportunidades e ideias de produtos e negócios. Por exemplo, a
tendência para o envelhecimento da população, famílias monoparentais, idosos em
solidão, degradação ambiental e o problema da crescente obesidade da população
nos países ocidentais mais desenvolvidos são boas oportunidades para novas ideias
de produtos e serviços aos clientes e portanto, áreas em que os empreendedores
podem explorar para criar as suas novas empresas”11. Depois da identificação das
10
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 68. 11
Idem, p. 69.
Capítulo III
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necessidades supramencionada, os autores alertam para a relevância de
determinadas questões, como:
O que é que está a criar esta oportunidade?
Quem são os clientes alvo?
Qual é a sensibilidade ao preço e quanto é que o produto realmente vale?
De que parte a competição? E em que é que os concorrentes não estão a
satisfazer a necessidade?
As respostas a estas perguntas irão trazer possibilidade e abertura suficiente para que
o negócio se estabeleça sem falhas graves, como muitas vezes acontece com
gestores e empreendedores mais jovens ou menos experientes. De acordo com Ser
Empreendedor, “uma oportunidade é um conjunto de circunstâncias favoráveis que
cria a necessidade de um novo produto ou serviço. Uma ideia é um pensamento,
impressão ou noção, que pode ter, ou não, as qualidades de uma oportunidade”12.
De seguida, a obra em análise oferece-nos um conjunto de metodologias que podem
ajudar no processo de descoberta de ideias:
Identificação de necessidades – trata-se de procurar as tais já mencionadas
necessidades não satisfeitas da sociedade;
Observação de deficiências – Outro método básico, que consiste em verificar
falhas ou obstáculos em determinados projetos, com vista a melhorá-los,
inovando;
Observação de tendências – “O empreendedor pode seguir as tendências para
aproveitar oportunidades emergentes, sejam estas o resultado de modas que
surjam, de ciclos económicos, de evoluções tecnológicas, ou outras”13;
Derivação da ocupação atual – Acontece quando o empreendedor em questão
decide incutir determinados hábitos, inovações ou técnicas utilizadas no seu
trabalho anterior. Desta forma, pode acontecer mesmo tornar-se concorrente
do antigo local onde estava empregado;
Hobbies – Os passatempos são outra inteligente fonte de descoberta de
oportunidades. Os clubes desportivos são bons exemplos disso, pois revelam-
se um local cheio de boas ideias, já que os sócios notam as lacunas e fazem
vingar a sua imaginação;
Imitação do sucesso de outro – Esta situação é uma das mais comuns, uma
vez que todos os negócios costumam preceder um primeiro. Ou seja, têm
algumas ideias novas, mas a base é a mesma de outras empresas já
existentes;
12
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 71. 13
Idem, p. 75.
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Canais de distribuição – Estes costumam servir para catapultar novas ideias já
pensadas, mas que ainda não tinham tido hipótese de sair do papel para a
realidade;
Regulamentações governamentais – A maior parte dos negócios e das
empresas dependem muito de decisões do Estado e, consequentemente, das
leis aprovadas ou vetadas. Segundo esta lógica, é possível dizer que novas
leis aprovadas abrem caminho para a formação e criação de novas estruturas
empresariais e novos ideais de negócios que antes eram impossíveis;
Esforço em investigação e desenvolvimento – Esta é uma área cuja exploração
se aconselha veemente, uma vez que é uma das mais prolíficas formas de
invenção.
O ponto seguinte do livro tem que ver com aqueles que são considerados os melhores
métodos para gerar novas ideias (logo, inovação). O brainstorming é um dos mais
usados por ser um dos mais eficazes, mas este apenas funcionará se se cumprirem
determinados requisitos como:
Liberdade para criar e encorajamento de espírito livre e improvisação;
Proibição de críticas negativas que não tenham um cariz construtivo;
Geração de dinâmica durante as sessões, de modo a fomentar a participação
ativa de todos os membros envolvidos;
Permissão do melhoramento das ideias dadas por outros intervenientes.
Outras técnicas mencionadas são os grupos de discussão (ou focus group, como são
normalmente conhecidos) – que funcionam mais ou menos como um grupo de
brainstorming –, os questionários, a etnografia14, ou o método de anotações coletivas,
entre outros.
A última fase deste capítulo é dedicada à proteção das ideias, ou seja, dos direitos de
autor e das patentes. Os autores sublinham a necessidade de patentear novas
marcas, produtos ou serviços porque existe um enorme risco de que as ideias sejam
copiadas. Com a patente, deixam de poder ser copiados na íntegra e passam a ser
material exclusivo do inventor ou da empresa detentora.
É então importante realçar que a legislação sobre patentes protege determinados
itens, como:
Palavras;
Designs e logótipos;
Sons;
14
A etnografia consta num processo de análise de observação participante, no qual o observador
participa de forma inativa no dia-a-dia do ser observado. Este é um método muito utilizado em investigações sociológicas.
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3
Formas;
Fragrâncias;
Cores;
Aparência;
Números e letras.
Por último, os autores estabelecem uma tipologia de redes fracas e de redes fortes15.
Os contactos e parceiros de negócios são fatores cruciais para o sucesso de um
empreendimento. Eis o exemplo de uma rede de laços fracos:
E uma rede de laços fortes:
15
As figuras podem ser consultadas em FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa:
Edições Sílabo, 2008, p. 97.
Cliente
B
Empreendedor
Cliente
A
Capital
de risco B
Centro
de I&D
Tec
Anjo
Empreendedor
Cliente
E
Capital
de risco
F
Y
G
Cliente
M
B
Anjo
D
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Capítulo III – Ideias
1. Uma oportunidade resume-se a um conjunto de circunstâncias que propiciam a tomada de um novo produto ou serviço.
2. Há várias maneiras de identificar novas ideias, das quais a descoberta de sistemas de negócios deficientes, deteção de necessidades que não estão a ser supridas, etc..
3. Assim, também existem diferentes métodos para a criação e fomento de inovação, dos quais se destacam o brainstorming, os questionários ou os conhecidos focus groups.
4. Os direitos de autor e de patente, bem como o registo da marca são fatores chave para a preservação das ideias.
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5
O marketing da nova empresa
Este é um parâmetro ao qual os autores dão especial importância. O marketing da
empresa é um dos elementos cruciais para que esta seja dada a conhecer ao Mundo e
ao restante Mercado em que se movimenta. Dos estudos de mercado podem ser
extraídos dados relevantes para o estabelecimento de uma corporação. As
justificações para se recorrer frequentemente a esta tipologia de estudos são diversas:
A segmentação cada vez maior de mercados, que obriga à procura de novos
mercados-alvo;
O comportamento dos consumidores está a seguir uma direção diferente de há
uns anos. Não se preocupam tanto com bens de primeira necessidade –
porque há partida estão automaticamente supridos – mas sim com coisas mais
luxuosas ou simplesmente menos precisas;
O consumidor está a deixar de se focar no preço e a dar mais atenção a
fatores como a qualidade, durabilidade ou funcionalidade;
A existência de uma notável maior rivalidade com a concorrência, tanto a nível
nacional como internacional;
As necessidades a que os avanços tecnológicos obrigam.
O segundo ponto dos autores foca-se na segmentação do Mercado. Esta tem que ser
altamente escrutinada e pensada, de modo a captar o público-alvo certo e ter cuidado
para que não haja erros na transmissão da mensagem e do conceito da marca para o
consumidor, fase esta que é crucial para a aceitação da empresa pelo mercado e
pelos consumidores: “Para segmentar o mercado, a empresa deve decidir o mercado
que pretende atingir. Isto requer que se divida o mercado em grupos mais
homogéneos com base, por exemplo, nas características do cliente ou nas situações
de compra. Depois, seleccionar o(s) segmento(s) a atingir e, por fim, criar um plano de
marketing que integre as quatro dimensões: produto, preço, distribuição e
comunicação”16.
Os analistas podem debruçar-se sobre várias ‘fatias’ da sociedade para criarem o seu
público, mas é frequente que as variáveis sejam de uma das naturezas abaixo
descritas:
16
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 126.
Capítulo IV
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Geográfica – Baseia-se em fatores como o clima, a região, hábitos e valores
ou aspetos culturais. Não costuma ser suficiente e é por isso, muitas vezes
combinado com outras variáveis;
Demográfica – É um dos mais utilizados e foca elementos como a idade, sexo,
esperança média de vida, etnia e religião ou nível educacional, composição do
agregado familiar, etc.;
Psicográfica – Este ponto dá especial atenção a aspetos como hobbies dos
consumidores, personalidade, filiação política ou religiosa, estilo de vida e
classe social, etc.;
De uso – Especifica fatores como a fiabilidade dos produtos, sua qualidade,
durabilidade, design, entre outros que podem (ou não) trazer benefícios ao
consumidor.
O posicionamento é o próximo elemento a ser tratado no livro. Este “consiste no
conjuntos de acções que visam formar, ou manipular, a percepção dos consumidores
relativamente ao(s) produto(s) e marca(s). Geralmente, o posicionamento é suportado
por alguma característica diferenciadora do produto ou marca relativamente à
concorrência”17. Em suma, vai tratar-se de fazer com que a marca seja melhor do que
as restantes do mercado com a mesma função. A nova empresa criará uma posição
de exclusividade no Mercado, oferecendo um produto sem igual. A marca é o quinto
ponto deste capítulo, tida em Ser Empreendedor, como “um activo valioso e a lealdade
dos consumidores à marca pode permitir à empresa diminuir a sensibilidade dos
clientes a aumentos de competição no mercado. As marcas são construídas através
de um conjunto de técnicas: publicidade, relações públicas, patrocínios e apoio a
causas sociais, bom desempenho, etc.”18.
A marca deve ser um dos principais aspetos a ter em conta aquando do
estabelecimento de uma empresa, e o mais importante deve ser a criação de valor da
marca, que vai possibilitar numa primeira instância, a atenção do consumidor e por
último, a sua fidelização.
O comportamento do consumidor é a etapa seguinte. Os autores explicam-nos que o
processo de compra passa por várias fases, sendo estas: a identificação da
necessidade, a procura de informação, a avaliação das alternativas ao produto em
questão e finalmente, a decisão da compra e o comportamento depois disso. Mais
uma vez, é realçado o facto dos consumidores não desejarem apenas suprir
necessidades básicas como as fisiológicas; hoje em dia, querem mais e com mais
qualidade, dando importância ao design, à durabilidade e outros fatores que há alguns
anos não eram primordiais.
17
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 128. 18
Idem, p. 129.
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7
No fundo, o que mais importa é a satisfação do cliente, pois “quanto mais satisfeito o
cliente ficar, maior será a probabilidade de repetir a compra ou recomendar aos
amigos”.
Nesta fase, importa saber um pouco mais sobre o consumidor, a pessoa que na
realidade dá ‘alma’ ao produto e faz com que a marca seja, ou não, bem vista no
Mercado. Aqui, estudam-se fatores como a personalidade, estilo de vida, profissão ou
família do consumidor alvo.
O sétimo ponto a ter em conta é o marketing mix e a análise SWOT19. Aquando da
criação da nova empresa, é crucial avaliar as fraquezas, oportunidades, ameaças e
forças que a empresa detém, tanto interna como externamente. O marketing mix é
uma das técnicas mais usadas e que também serve para posicionar a marca,
avaliando as variáveis de Produto, Preço, Canais de Distribuição e Comunicação20.
19
Estratégia de marketing bastante utilizada para determinar o posicionamento de uma empresa. As
siglas que constituem a palavra significam respetivamente, Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats (em português são as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças de um negócio face a fatores externos e internos). 20
Não se considera pertinente incorrer na explicação detalhada de pormenores referentes a esta
temática, pois não se justifica a sua inserção nesta crítica. Para mais informação, consultar FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, pp. 134-144.
Capítulo IV – Ideias
1. Os estudos de mercado são uma das ferramentas mais importantes antes da estabilização da empresa, pois podem resultar em curiosas conclusões que podem ou não, ajudar a definir o público-alvo.
2. A segmentação do mercado e a marca são dois elementos indivisíveis, na medida em que a imagem da marca acaba sempre por definir o segmento de mercado ao qual a empresa, produto ou serviço se dirigem.
3. O comportamento do consumidor é obviamente, um dos pontos cruciais para segmentar o mercado, pois conclui dados sobre o tipo de comprador com que a empresa está a lidar, funcionando também para aprimorar e melhorar o produto à medida que a sociedade se vai alterando.
4. O marketing mix e a análise SWOT são conhecidas técnicas que tal como os estudos de mercado, servem para segmentar o público a quem a empresa se dirige.
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O ambiente e a indústria
Neste momento, Ser Empreendedor entra numa fase de perceção exterior, ou seja, de
que forma é que a empresa pode beneficiar com o fator novidade no Mercado.
Primeiro, há que ter em conta o ambiente envolvente e a indústria em que vai atuar.
Os autores focam-se em 7 pontos essenciais, que são:
A visão e missão da empresa – “a visão é um mapa que guia o futuro da
empresa na sua orientação futura em termos de tecnologia-produto-cliente, nos
mercados geográficos a perseguir, nas capacidades e competências a
desenvolver e no tipo de gestão que a empresa procura criar (...) A missão
expressa a finalidade (a razão de ser), a estratégia (objectivos e
posicionamento no mercado), os valores (princípios éticos que orientam a
actuação da empresa) e os padrões de actuação da empresa (a forma como se
espera que os colaboradores atuem)”;
Ambiente externo – Este ponto pretende que o empreendedor analise
elementos como as principais tendências de mercado, recentes mudanças no
meio em que opera e a longo prazo a determinação de quais as tendências
mais importantes e projetar resultados;
Análise Interna – “No fundo, importa que o empreendedor entenda o que tem
de fazer para poder almejar a uma vantagem competitiva”;
Atratividade do negócio – A satisfação do próprio inovador em relação ao
negócio que está a desenvolver deve ter como base a resposta a 3 perguntas
essenciais: “O que está a ser satisfeito? [no que toca às necessidades dos
consumidores], Quem está a ser satisfeito? Como estão a ser satisfeitas” estas
necessidades?
Análise da indústria – Este subtema do livro sublinha a relevância da teoria das
Cinco Forças de Porter21 para a tomada de um negócio. O objetivo subjacente
à análise destas forças “é entender a estrutura de uma indústria ao examinar
as 5 forças principais que determinam a rendibilidade da indústria”;
Estratégias genéricas de negócio – Porter é novamente referido pela
teorização de 3 importantes estratégias, sendo elas a Liderança pelos custos,
Diferenciação (do produto, da imagem, do serviço ou do pessoal) e Enfoque.
21
A explicação da importância e utilização das cinco forças de Porter encontra-se explícita em
PRAHALAD, C. K., BARTLETT, Christopher, et. Al, Estratégia. – Brasil: editora Campus, 4ª ed, 1998, obra também disponível nesta plataforma.
Capítulo V
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9
Todas estas estratégias visam, em última análise, a tomada de uma vantagem
competitiva;
Análise SWOT – É o último fator analisado pelos autores e já foi mencionado
anteriormente: “Para uma estratégia bem concebida, as forças e fraquezas
devem estar ajustadas às oportunidades do mercado e às ameaças
exógenas”22.
22
Todos estes 7 parâmetros acima descritos podem ser consultados com mais pormenor em FERREIRA,
Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, pp. 152-185.
Capítulo V – Ideias
1. São estabelecidos 7 pontos básicos para a criação de uma nova empresa. Estes focam lógicas de curto e de longo prazo.
2. Se tivermos em conta um quadro geral, pode dizer-se que todos estes funcionam em harmonia quando bem construídos e finalizados.
3. É importante mencionar que existem pontos que não funcionarão sem terceiros. Ou seja, muitos deles complementam-se uns aos outros.
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0
Construir a equipa e gerir pessoas
“Criar uma equipa para uma nova empresa significa muito mais que agrupar um
conjunto de pessoas com conhecimentos e funções distintas. É preciso criar uma
cultura de empresa favorável, que estimule o espírito de equipa e mobilize as pessoas
em torno do projecto da empresa, porque a equipa é uma das chaves do sucesso”23.
Esta premissa contida na introdução deste capítulo parece resumir tudo aquilo que
deve ser a verdadeira e correta noção de equipa dentro de uma empresa.
Relativamente a este parâmetro, há que ter em conta a visão do empreendedor e a do
outro lado – da equipa por si coordenada. Por um lado, é crucial que o dirigente saiba
quais as competências que pretende dos seus funcionários e para que funções.
Deverá também ser capaz de cruzar estas competências com a estrutura que deseja
ver implementada e com os elos que pretende que sejam criados entre essa mesma
estrutura interna. Há que ter em conta vários outros elementos, dos quais se destaca a
motivação, que deve ser constantemente fomentada entre a equipa de trabalho e que
pode surgir das mais diferentes formas, seja através de incentivos materiais e
monetários, ou de progressões na carreira.
No que toca ao recrutamento de pessoal, os autores mencionam duas vias possíveis:
o recrutamento interno e o externo. Ou seja, as empresas podem ter uma equipa fixa
que funciona toda sob as mesmas premissas e sob o mesmo regulamento e pode ao
mesmo tempo, ter pessoas a trabalhar consigo de forma externa, recrutados com base
em diferentes moldes.
A motivação é tida como um dos principais valores que deve existir entre patronato e
restante estrutura laboral. Esta baseia-se na conhecida Pirâmide de Necessidades24
de Abraham Maslow. A sua teoria postula que o ser humano tem 5 necessidades
básicas que precisa de ver satisfeitas. Estas são:
- Autorrealização, Estima, Sociais, Segurança e Fisiológicas.
Estas necessidades são tidas como cruciais para uma vivência contínua e equilibrada
do Homem, mas raramente são satisfeitas na sua plenitude.
Passemos agora para a questão da liderança. Todos os empreendedores têm que ser
bons líderes (ou pelo menos, saber nomear um gestor/dirigente que saiba liderar):
23
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 182. 24
Maslow nasceu a 1908 e faleceu a 1970. Contribuiu para várias áreas do conhecimento, com especial
enfoque para a Psicologia.
Capítulo VI
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1
“Liderar significa influenciar o comportamento de outros; ter a capacidade de promover
uma actuação coordenada para seguir os objectivos da organização; ter a capacidade
de conduzir as pessoas a envolver-se com entusiasmo e até voluntariamente em
actividades para a concretização de objectivos”25.
A comunicação é tida como um dos poderes centrais numa empresa, pois sem ela a
estrutura laboral pode colapsar em pouco tempo. É até primordial que exista uma
comunicação interna bastante acentuada e forte dentro da empresa e isso é algo que
se cultiva. Os gestores, dirigentes e restantes funcionários têm que estar atualizados
acerca das situações e informações mais importantes e que dizem respeito à empresa
como um todo: “Um empreendedor que não informa continuadamente a sua equipa,
que não compartilha os progressos, que não esclarece sobre os objectivos e
estratégias, que não comunica em feedback, dificilmente conseguirá o envolvimento
dos colaboradores”26.
A gestão de conflitos que possam surgir de forma corrente e o desenvolvimento de
competências são outros dois elementos sublinhados em Ser Empreendedor. O
primeiro está diretamente relacionada com a questão da comunicação; se esta fluir
corretamente e for boa, os conflitos minoram e não é necessário chegar à fase de
resolução, que pode sempre fazer danos na equipa. O desenvolvimento de
competências deve ser uma tarefa desempenhada de forma contínua. Porquê?
Porque os funcionários precisam de estar constantemente atualizados em relação a
novas metodologias e técnicas que possam melhorar a qualidade do produto final.
Para isso, os gestores e o empreendedor têm que ter sempre em vista a execução de
cursos de formação em várias áreas como a informática, a gestão, a inovação, entre
outras.
25
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 197. 26
Idem, p. 207.
Capítulo VI – Ideias
1. Os empreendedores devem dar importância a 6 pontos para que a empresa funcione bem em termos estruturais.
2. A motivação é um dos parâmetros mais importantes, pois sem isso a equipa poderá desmembrar-se rapidamente.
3. A formação contínua dos funcionários pode beneficiar a empresa em grande medida, pois mantém a estrutura altamente atualizada.
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2
As formas jurídicas da nova empresa
O empreendedor deve certificar-se que tudo na empresa se encontra dentro dos
conformes legais e que se adequa às políticas usadas no país de estabelecimento da
empresa criada. Na data de publicação do livro, o código das sociedades comerciais
contempla várias formas jurídicas. O empreendedor deverá escolher ao que melhor se
adapta ao Mercado em que está a entrar:
Sociedade unipessoal por quotas – empresas constituídas por um sócio
apenas, sem que hajam mais agentes envolvidos no que respeita à legalização
e oficialização da empresa;
Empresário em nome individual – “Nesta forma, a personalidade jurídica do
empresário confunde-se com a da própria empresa – o empresário é o
investidor do capital e quem assegura, isoladamente, a gestão corrente da
empresa mesmo que esta seja delegada noutro (dirigente)”27;
Estabelecimento individual de responsabilidade limitada – “Neste tipo de
empresa há uma separação entre os bens do indivíduo e os bens afectos à
empresa (...) No entanto, em caso de falência da pessoa singular que tutela o
estabelecimento, o falido responde com todo o seu património pelas dívidas
contraídas nesse exercício se se provar que não decorria uma separação total
de bens”28;
Sociedade por quotas – “são sociedades de capitais, não admitindo as
contribuições da indústria (ou trabalho). A responsabilidade dos sócios é
limitada, só o património responde para com os credores pela dívida da
sociedade”;
Sociedade anónima – Não existe responsabilidade social por parte dos sócios
integrantes, pois cada um responde apenas pelo capital que investiu na
sociedade.
Sociedade em nome coletivo – Rege-se pelo princípio de ‘um por todos e todos
por um’, pois um dos sócios pode responder pela falência de um, justificando-
se o adjetivo de ‘solidária’.
27
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 220. 28
Idem, p. 221.
Capítulo VII
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3
Sociedade em comandita – Existem as simples e por via de ações. As
primeiras são constituídas por pessoas e as segundas por capitais29.
29
Para saber mais sobre este tipo de empresas, consultar o capítulo VII de FERREIRA, Manuel Portugal,
et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008. 29
Idem, p. 221
Capítulo VII – Ideias
1. Existem 7 tipos de formas jurídicas que podem ser escolhidas para um determinado tipo de empresa.
2. É crucial que a nova empresa saiba definir uma forma jurídica específica para o tipo de empresa que tenciona implementar.
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O financiamento da nova empresa
Uma das primeiras ações a completar antes da oficialização da empresa e
conhecimento desta ao público, é a decisão de qual o melhor método de
financiamento. Para que uma empresa funcione e frua dentro do segmento certo, é
necessário adequar o tipo de investimento ao formato do negócio em causa.
Normalmente, os empreendedores juntam dois tipos de financiamento, utilizando um
estilo híbrido. Estes são o financiamento por endividamento – “é aquele que envolve
um empréstimo que é remunerado com juros (...) tipicamente, esse financiamento,
concedido por um banco comercial, exige um activo como garantia (por exemplo um
automóvel, apartamento, casa, edifício, equipamento, terreno)” – e financiamento
através de capital próprio – “Este é oriundo das suas próprias poupanças ou de bens
patrimoniais que possui”30.
Os autores frisam uma outra hipótese: o financiamento por parte de entidades
privadas ou terceiros, sendo que o seu grau de envolvimento deverá sempre depender
da quantidade de capital que investem, das regras impostas e das competências que
detêm.
30
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 241.
Capítulo VIII
Capítulo VIII – Ideias
1. O financiamento de uma empresa é não só um dos pontos fulcrais, como um dos primeiros passos a dar aquando da sua criação.
2. Este pode ser efetuado junto de várias entidades, nomeadamente da banca ou de entidades privadas (o mecenato, por exemplo).
3. Existem dois tipos de financiamento: por endividamento ou por capital próprio.
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5
Aspetos económico-financeiros da nova empresa
Este momento do livro foca a necessidade de saber fazer previsões quanto ao negócio
criado. Esta “deve ser feita para os 3 a 5 anos seguintes”31. Entre várias outras tarefas,
é preciso estar constantemente a monitorizar determinados elementos, como as
despesas (que podem ser fixas, iniciais ou variáveis)32. Também há que ter em conta
os fornecimentos, pagamentos ao pessoal empregado, entre outros.
O ponto crítico das vendas ou break-even point é uma das etapas cruciais da
empresa, a partir do momento em que esta se encontra em pleno funcionamento. Esta
é a altura que “indica o nível de actividade para o qual os custos igualam os proveitos
e os resultados da empresa são nulos. A nova empresa deve, na sua actividade, gerar
recursos financeiros suficientes para cobrir todos os encargos em que incorre. Quando
as receitas das vendas dos produtos ou das prestações de serviços cobrirem as
despesas que lhes estão associadas, consideramos que a empresa atingiu o ponto de
equilíbrio”33.
Para efetuar a análise da situação da empresa, em dado momento, existe um plano
financeiro constituído por três documentos: o balanço, a demonstração de resultados e
o mapa de fluxos de caixa.
Balanço: Representado por um quadro que demonstra o comportamento e a
performance da nova empresa em determinado momento do seu trajeto desde
a sua existência. É composto pelo seu capital (a posição ou património dos
acionistas da empresa), pelos passivos (obrigações financeiras, das quais se
salientam as dívidas, por exemplo) e pelos ativos (tudo aquilo que são os bens
e direitos das entidades responsáveis e que se pode traduzir em imóveis ou
bens de outra natureza);
Demonstração de resultados por naturezas: Composta por todos os custos,
perdas, receitas e lucros;
Mapa de fluxos de caixa: Tem que ver com as atividades operacionais, que são
“um indicador da capacidade da empresa gerar meios de pagamento
suficientes para manter a capacidade operacional, reembolsar empréstimos,
31
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 269. 32
Para saber mais sobre o tipo de despesas e gastos existentes, consultar http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm. 33
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 272.
Capítulo IX
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6
pagar dividendos e fazer investimentos e substituição sem ter de recorrer a
capitais alheios”34.
34
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 284.
Capítulo IX – Ideias
1. O ‘mapeamento’ da situação financeira da empresa deve ser um dos maiores e mais constantes cuidados dos empreendedores para que seja mantida uma margem de lucro aceitável, bem como de gastos.
2. Existem várias formas de o fazer, mas aconselha-se a utilização do modelo constituído por balanço, mapa de fluxos de caixa e de demonstração de resultados por natureza.
3. Há que ter em conta que irão sempre existir despesas variáveis e fixas (como a eletricidade ou o custo mensal de internet), mas estes devem ser corretamente equilibrados em função da lógica de receitas e planeamento de lucro da empresa.
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7
O Investimento
Este livro fala-nos ainda dos investimentos, tidos como outra das partes básicas da
estrutura da nova empresa. Estes podem ser de cariz de substituição – “visam a
modernização de equipamento ou a sua substituição pelo desgaste do uso”35 – de
inovação (“podem visar a introdução de novos produtos/serviços, ou a melhoria dos
níveis de produtividade do trabalho, ou a redução de custos”36) e, finalmente, os de
expansão e os estratégicos.
Os de expansão têm que ver com o aumento da atividade noutros setores da indústria
ou outros espaços geográficos e com os estratégicos pretende-se um aumento da
capacidade competitiva da empresa.
De acordo com os autores da obra aqui em análise, os projetos de investimentos
devem ser compostos por 5 elementos, dos quais:
O investimento em si – Que detém elementos como o preço da compra do
equipamento e outras variantes de cariz diverso;
Necessidades de Fundo de Maneio – Está relacionado com os stocks, as
dívidas de clientes e créditos de fornecedores;
Fluxos Líquidos de Tesouraria – O cálculo é feito subtraindo as receitas de
exploração diferenciais e os encargos diferenciais de exploração;
Vida do Investimento – Define-se pelo cálculo de previsão do tempo em que se
esperam Fluxos Líquidos de Tesouraria positivos;
Valor Residual – É o valor líquido dos bens depois da sua utilização37.
35
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 307. 36
Idem, ibidem. 37
Aconselha-se, por isso, a leitura deste mesmo capítulo da obra para um melhor entendimento das
questões acima abordadas.
Capítulo X
Capítulo X – Ideias
1. O investimento é uma das fases mais importantes para posicionar a nova empresa a um nível relativamente positivo no Mercado.
2. O plano de investimento é constituído por 5 partes distintas, que precisam de ser corretamente avaliadas e embora funcionem separadamente, resultam melhor enquanto conjunto.
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8
O plano de negócios
“Agora que já se decidiu a ser empreendedor, já identificou a ideia e o modelo de
negócio, seleccionou o mercado alvo, identificou a concorrência, definiu o marketing
mix, calculou as necessidades de investimento e as fontes de financiamento, chegou o
momento de escrever o seu plano de negócios”38.
Um plano de negócios deve ser constituído por:
Capa e índice;
Introdução;
Apresentação do negócio em causa;
Qual a equipa fundadora e de gestão;
Apresentação da empresa e da sua estrutura;
Análise do meio envolvente e da indústria adjacente;
Plano de Marketing;
Estratégia da empresa;
Plano de organização e de recursos humanos;
Plano de produção ou de operações;
Plano económico;
Calendário de implementação;
Anexos (que podem ser imagens, gráficos, estatísticas, entre outros
elementos).
38
In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 334.
Capítulo XI
Capítulo XI – Ideias
1. O plano de negócios é, no fundo, o agregador de todas as ferramentas que temos vindo a analisar.
2. Para que resulte, é crucial que este seja sucinto, mas ainda assim preciso e altamente legível e percetível.
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9
Este livro mune o leitor de ferramentas para a criação de um negócio – mais
especificamente de uma empresa, mas cujas premissas são aplicáveis a qualquer tipo
de projeto empresarial. A forma e a perspetiva sob a qual os autores escrevem é clara
e concisa, mas ainda assim mutável e extremamente adaptável.
Nele, são abordados conceitos e regulamentos morais, laborais, estruturais, legais ou
mesmo financeiros, de modo a que o jovem empreendedor possa estabelecer o seu
negócio, independentemente da área de conhecimento e do segmento a atingir. O
mais importante é que este saiba aquilo que pretende formar, pois o livro oferece as
ferramentas e é extremamente prático, mas não prima pelos exemplos e pela
inovação. Mais uma vez, é importante salientar que Ser Empreendedor oferece um
conjunto variado de opções e sugestões para a resolução de várias problemáticas
como o financiamento, a estrutura laboral e suas competências, o investimento, entre
outros aspetos.
Tal como Estratégia (aclamada obra redigida por C. K. Prahalad), também a obra aqui
em análise nos mostra qual o caminho a seguir antes e durante a criação de uma nova
empresa. É ainda altamente recomendado para qualquer um que queira embarcar na
aventura de colocar um novo projeto em prática, mas não tanto para quem deseja
remodelar ou reformular uma empresa já existente.
Porém, é preciso ter em conta que esta é uma obra que trata questões de âmbito mais
nacional (Portugal, nomeadamente) e é redigida por autores portugueses, sendo por
isso, mais direcionada para mercados semelhantes ao de Portugal, mas não tão
aplicável a empreendedores que desejem expandir o seu negócio a mercados muito
distintos, como é o caso do Brasil, dos Estados Unidos ou de um país africano. A
mecânica dos mercados e do mundo empresarial difere de país para país e é preciso
ter atenção a isto. Todavia, não deixa de ser uma obra de referência para
empreendedores portugueses ou estrangeiros que queiram alargar os seus horizontes
em território nacional.
Impacto
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0
Ao longo desta crítica, abordámos algumas noções essenciais que por vezes passam
despercebidas a empreendedores menos experientes, mais novos ou provenientes de
outras áreas do Mercado que não aquela na qual desejam imiscuir-se. Ser
Empreendedor fala-nos de todos os aspetos principais e mais básicos que devem
constar aquando da criação de uma nova empresa. Não aborda a reestruturação de
departamentos ou outras questões que estejam relacionadas com a inovação e gestão
de uma empresa já formada, pois não é esse o enfoque dos autores. Enfatiza sim, a
constante (e cada vez maior) problemática da segmentação de mercado e da imagem
da marca, produto ou serviço que a empresa tenciona transacionar.
Portugal encontra-se numa fase económica menos próspera a um nível geral, o que
dita dois possíveis grandes cenários: abre portas para novos mercados nunca antes
explorados, ou cria obstáculos a financiamentos e outros elementos básicos da
estrutura empresarial.
Ser Empreendedor dá ao leitor uma nova visão do que poderá ser um novo negócio e
tendo em conta que as premissas em si postuladas, nunca deixará de ser um livro
atualizado. Devido à escassez de exemplos específicos, o leitor tende a generalizar e
as afirmações contidas na obra tornam-se gerais e aplicáveis a quase todos os setores
do Mercado.
Principais Conclusões
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1
FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo,
2008.
http://www.gemconsortium.org/
http://marketing.spaceblog.com.br/43987/AS-16-TENDENCIAS-DE-FAITH-POPCORN/
Todos os sites supramencionados foram consultados entre os dias 01 de outubro e 12
de outubro de 2012.
Bibliografia
Webgrafia
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