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Informação online em www.tribunadamadeira.pt O empossado Presidente do XII Governo Regional da Madeira mostrou-se confiante e seguro durante o seu discurso na tomada de posse. Miguel Albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim, e não esqueceu os emigrantes. O governante também enviou uma mensagem às famílias madeirenses e portosantenses, aos jovens, aos pais e aos idosos. 8 a 11 MADEIRA COM MENOS DESEMPREGADOS 22 FILME “ÁGUAS” ESTREIA NO TEATRO MUNICIPAL 28 BRITO GERA EXPETATIVAS NA SAÚDE 32 HÁ FALTA DE 350 NOVOS ENFERMEIROS 15 “OPEN DAY” DE REFLEXOLOGIA NO JARDIM DO LIDO No sábado, dia 25, das 17 às 19 horas. 16 e 17 REGIÃO AINDA LONGE DA META Abandono escolar precoce continua a ser mais alto na Região que no País. 12 NOVO CERCO NAS “MALVINAS” Operação da PSP volta a isolar o bairro para “operação de limpeza” . 13 SEMANÁRIO | ANO 16 | Nº 805 SEXTA-FEIRA | 24 de Abril de 2015 1,50 € DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR tribunadamadeira.pt «SEREMOS IMUNES A PRESSõES ILEGíTIMAS OU A INTERESSES SECTORIAIS» PINTURA HENNA É UM “RITUAL E UMA EXPERIÊNCIA PARA OS 5 SENTIDOS” A arte corporal já começou a cativar as madeirenses. 6

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Informação online em www.tribunadamadeira.pt

O empossado Presidente do XII Governo Regional da Madeira mostrou-se confiante e seguro durante o seu discurso na tomada de posse. Miguel Albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim, e não esqueceu os emigrantes. O governante também enviou uma mensagem às famílias madeirenses e portosantenses, aos jovens, aos pais e aos idosos. 8 a 11

MadeIra coM Menos deseMpregados 22

FIlMe “Águas” estreIa no teatro MunIcIpal28

BrIto gera expetatIvas na saúde32

HÁ Falta de 350 novos enFerMeIros 15

“open day” de reFlexologIa no jardIM do lIdo No sábado, dia 25, das 17 às 19 horas. 16 e 17

regIão aInda longe da MetaAbandono escolar precoce continua a ser mais alto na Região que no País. 12

novo cerco nas “Malvinas”Operação da PSP volta a isolar o bairro para “operação de limpeza”.13

SEMANÁRIO | ANO 16 | Nº 805SEXtA-fEIRA | 24 de Abril de 20151,50 € DIRECtOR: EDGAR R. AGUIAR

tribunadamadeira.pt

«sereMos iMunes a pressões

ilegítiMas ou a interesses

sectoriais»

pIntura Henna é uM “rItual e uMa experIêncIa para os 5 sentIdos”A arte corporal já começou a cativar as madeirenses. 6

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semeador2 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

aNTÓNIO BaRROSO CRUZ

[email protected]

Selecção mundial dos “mete nojo”Escolho estes porque são os mais

óbvios e que correm as bocas populares.Mas cada um deles tem uma tão gran-

de catrefada de suplentes que fico a pensar, preocupadamente, no futuro da Humanidade…

casillas – o aviárioMundialmente reconhecido por ser um verdadeiro aviário iti-

nerante, o que transmite uma imensa insegurança aos seus companheiros de equipa. Todo ele é frangos e racção adultera-da. A baliza continua-lhe a ser um mistério tão insondável que

até mete nojo.

nicolas Maduro – o destruidor

Conseguiu rapidamente destruir o trabalhinho mar-xista do seu camarada Chá-vez. Destruiu a economia, os opositores e a vida de milhões de compatriotas.

Pelo que a posição de defe-sa lateral esquerdo assen-ta-lhe que nem um bolívar

desvalorizado.vladimir putin – o assassino“O czar”, como também é conhecido, tem difi-

culdade em sorrir e facilidade em mandar matar os adversários. É um jogador frio, sovi-ético de gema, e um adepto ferrenho da “guer-ra fria”. Joga a trinco, congela quem lhe apa-rece pela frente e é patrocinado pela SOGE-

LO, S.A.

José castelo Branco – o andrógeno

Feio todos os dias, o seu maior trunfo é o mesmo o da androge-nia, pois os adversários nunca sabem se vão ser comidos pela frente ou por trás. Snifa pó-de-arroz antes de entrar em campo e joga a defesa direito com chu-

teiras de salto alto da Louboutin.

vitor pereira – o broncoÉ das mais recentes contratações desta selecção. Depois de só

ter feito merda na Grécia, de ter levado um enxerto de porrada dos No Name Boys no aeroporto da Portela às 4 da manhã e de ter sido cuspido e escarrado por antigos jogadores do FC Porto,

só lhe resta mesmo alinhar por esta merda de equipa.

Berlusconi – o papa-ratasNos balneários é quem mais gosta de exibir o material e não há ratinha (magrebina, sul-americana ou asiática) que não quei-

ra para repasto. É adepto do “todos ao molho e fé nas virgens”. Jogador irrequieto é raro não terminar os jogos sem levar com um tijolo nos cornos e levanta sempre processos judiciais aos

árbitros que amiúde lhe mostram o cartão encarnado.

paulo Futre – o rascaContinua labrego, boçal e altamente rasca. Aparece ago-ra na televisão a fazer anúncios de preservativos agarra-do a duas tipas de calendário de oficina. Tem voz rasca,

tem olhar rasca, tem postura rasca, tem roupa rasca e um hálito medonho. Que acaba por ser a sua maior estratégia

para aniquilar o adversário.

varoufakis – o tigre de papelVerdadeiro sex symbol e sempre em compita com Berlusconi por mais uma ratinha. Dá entrevistas em cenários ricos e requintados enquanto manda o seu povo apertar o cinto. Demagogo encartado

augura-se-lhe uma rápida saída de cena para des-gosto de muita vulva tremelicante.

obiang – el português Recentemente admitido na equipa da CPLP por falar português corrente e sem mácu-

la, Obiang é o “toque” exótico nesta selecção, destacando-se pela sua tez e também por ser mundialmente reconhecido enquanto viola-dor dos direitos humanos no seu país. O que representa uma enorme mais-valia pelo pan-demónio psíquico que incute no adversário.

Jihadi John – o ganda maluco

O “ganda maluco” gosta tanto de bola que não se cansa de separar cabeças

dos corpos a que pertencem. Veste de negro e ninguém lhe conhece as fuças. O adversário caga-se literalmente nos cal-ções quando o vê entrar em campo com

faqueiros completos presos à cintura.

João araújo – o limpinho

Sempre ao ataque, é viciado em nico-tina e gordura, conforme atesta o seu barril abdominal. Feio, limpo e mau, ainda que a sua boca lhe fuja perma-nentemente para a porcaria. Gosta

de ver jornalistas femininas a tomar banho mas não assume este seu feti-che perante os microfones. É, segura-mente, o melhor ponta-de-lança des-

ta selecção nojenta.

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 editorial 3

A partir de 2020 será proibido fumar em “locais de uso público em espaços fechados com serviço”, reve-lou ontem o ministro da Saúde. Pau-lo Macedo explicou que o Governo da República decidiu conceder “uma moratória de 5 anos” por causa dos investimentos que entretanto foram realizados pelos donos dos estabele-cimentos. Cigarros eletrónicos com nicotina também serão proibidos. As alterações à lei do tabaco, que já tem cerca de oito anos, foram apro-vadas ontem, quinta-feira, em Con-selho de Ministros.

Além de proibir por completo que se fume em espaços públicos fecha-dos, com serviço, o Executivo regu-lamentou a venda de cigarros eletró-nicos e a proibição de venda de taba-co com aroma. Paulo Macedo reve-lou que o Governo aprovou altera-ções à “proposta de lei do tabaco passados cerca de oito anos da lei

vigente”. Os objetivos passam por “proteger os cidadãos da exposição involuntária” ao tabaco; “proteger os fumadores” e “dar-lhe uma prote-ção adicional através de mais infor-mação”, explicou o ministro.

“É determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de res-tauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogo e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística, sendo esta proibição também aplicada à utili-zação de cigarros eletrónicos com nicotina”, adiantou o comunicado do Conselho de Ministros.

Esta lei, sublinhou Paulo Mace-do, “protege os trabalhadores [dos espaços em que se fuma], ao mes-mo tempo que se protege os investi-mentos realizados”. Assim, “institui-se um período transitório, até final de 2020, para a entrada em vigor da proibição total de fumar nos estabe-lecimentos de restauração ou bebi-

das que já tenham espaços desti-nados a fumadores, nos moldes da legislação anterior.”

O Governo da República regula-mentou também os cigarros eletró-nicos, produto para o qual não havia qualquer regulamentação em Por-tugal. O Executivo determinou ain-da que os avisos nos maços de taba-co “deixam de ter advertências só em forma de texto e passam a ter conjunto de imagens” e eliminam-se referências a “suaves” e “ligths”; os tabacos com aromas passarão a ser proibidos a partir de Maio de 2020; o espaço de publicidade será menor.

Fernando Leal da Costa, secretá-rio de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, está convicto que a nova legislação “não terá impacto nega-tivo” para a restauração, uma vez que considera que a proibição de se fumar em espaços públicos fechados não representa perda de clientes. l

InquérIto onlIne

Está confiante no trabalho que o novo Governo

Regional vai desenvolver nos próximos quatro

anos?Vote no site:

tribunadamadeira.pt

Pergunta anterior: Miguel Albuquerque tem condições para desempenhar um bom mandato à frente do Governo Regional da Madeira?Sim - 67% | Não - 33%

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Governo regulamenta fumo em espaços fechados

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sociedade4 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

«saccharum Hotel resort & spa»um tributo à cana de açúcarO novo hotel dispõe de 175 quartos, 6 suites e 62 apartamentos

O «Saccharum Hotel Resort & SPA» foi inaugura-do no passado dia 18. Loca-lizado na Calheta, esta nova unidade hoteleira do empre-sário Avelino Farinha, ofere-ce vários espaços aos clien-tes, nomeadamente: o Rhum Bar; uma sala de conferên-cias; Business Centre; a Sala Melaço; piscinas exteriores;

Fly Lounge; SPA; Court de Squash; Galeria 1425; duas salas para eventos de confe-rências; etc.

Sobranceiro ao mar e pró-ximo da Marina da Calheta, o «Saccharum Hotel Resort & SPA» foi concebido com um enquadramento natural e pai-sagístico de excecional quali-dade, que permite desfrutar,

em simultâneo, da proximida-de do mar e da montanha.

Sustentado por um concei-to de hotel design, o resort foi projetado pelo moderno e ino-vador atelier de arquitetura RH+, dos arquitetos Roberto Castro e Hugo Jesus, enquan-to o design de interiores ficou a cargo da designer madeiren-se Nini Andrade Silva.

O hotel, que dispõe de 175 quartos, 6 suites e 62 apartamentos, foi especial-mente pensado para ofere-cer o máximo de qualidade e conforto.

Dos vários espaços, é de realçar a Galeria 1425 que surge como homenagem à cana de açúcar e ao antigo Engenho de Mel da Calheta,

local onde nasce o «Saccha-rum Hotel».

As instalações apresentam detalhes que fazem a diferen-ça, e no SPA é possível os clientes reencontrar o equilí-brio entre o corpo e a mente.

Todo o ambiente que envol-ve o hotel oferece uma estadia calma e relaxante aos clien-tes. l

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sociedade6 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

as tatuagens de henna têm a par-ticularidade de se destacar mais na zona das mãos e dos pés. cristina perneta dedica-se a esta arte milenar que pode ser apli-cada em qualquer pessoa, incluindo grávidas.

T ribuna da Madeira (TM) - O que a levou a iniciar este método da pin-

tura Henna? Cristina Perneta (CP) -

Esta actividade vem no segui-mento da minha formação em Artes Plásticas, realizada na Universidade da Madei-ra. Desde muito cedo que par-tilho o gosto pelo desenho e pela pintura. Nesse sentido, foi algo natural porque está tudo interligado. Aqui a “tela” passa a ser o corpo. Fiquei surpreendida quando vi pela primeira vez esta arte, e foi isso que me levou a explorar esta vertente artística. Por-que podemos expressar o que vem da alma. É um privilégio poder fazer este tipo de traba-lho nas pessoas.

TM - Em que consiste a pintura mehndi?

CP - Mehndi é a palavra indiana usada para descrever a Henna.

A henna é um corante vege-tal temporário baseado nas folhas da planta Lawsonia Inermis, que é aplicado na pele como forma de adorno. A hen-na é uma arte milenar usada já pelos antepassados do Egipto. É uma arte cheia de magia que simboliza prosperidade, amor e felicidade e está muito ligada a momentos de celebração da vida. É uma das mais antigas formas de arte corporal, sen-do usada à milhares de anos em países da Ásia, África e do Médio Oriente.

TM - Há quanto tem-

po faz estas pinturas corporais?

CP - Desde Novembro de 2008. Mas só no início de 2009 comecei a fazer directa-mente ao público.

TM – Este método está diretamente ligado à sua área de trabalho?

CP - Sim está directa-mente ligada à minha área de trabalho.

A minha formação base é a pintura e o desenho, que ten-to aplicar nas diversas áreas de trabalho e projectos.

TM - Como é feito este processo de pintura corporal?

CP - Primeiro a henna é aplicada na pele, depois per-manece durante algumas horas para esta absorver a tinta.

Passado um dia ou dois a pele adquire uma tonalidade castanha.

Gostaria também de deixar uma breve nota sobre a henna natural que fica sempre casta-nha na pele, mas que algumas vezes é confundida com a “bla-ck henna”, um produto altera-do e que pode causar alergias.

A verdadeira henna fica sempre castanha na pele e nunca preta. Na dúvida, é sempre bom perguntar os ingredientes que são adicio-nados à henna.

TM - os clientes já che-gam com uma ideia do que querem fazer ou também pedem a sua opinião?

CP - Geralmente, o clien-te escolhe um desenho dos nossos catálogos, mas mui-tas vezes existe abertura e fle-xibilidade para criar algo no momento, e isso é realmente único. Essa confiança no nos-so trabalho. Algumas pesso-as por sua vez trazem já uma ideia e um desenho que que-rem fazer.

Os desenhos também podem ser criados e perso-nalizados para o momento, isso faz os clientes sentirem-se especiais.

Mais do que uma pintura na pele, é um ritual e uma expe-riência para os 5 sentidos.

TM - Quanto tempo é que as pinturas mehndi resistem no corpo?

CP - Duram em média entre uma a duas semanas,

variando consoante a nature-za de cada pele, o lugar esco-lhido e os cuidados. A pintu-ra de henna vai saindo com a renovação celular da pele e com as lavagens.

TM - Quais são as zonas do corpo que os clien-tes preferem para estas tatuagens?

CP - As tatuagens de hen-na têm a particularidade de se destacar mais na zona das mãos e dos pés, que são os lugares onde faço a maioria das minhas tatuagens. Con-tudo as pessoas escolhem sempre o lugar que mais se identificam.

A tatuagem pode ser reali-zada em todo o corpo, sendo a zona das mãos, braços, pés e tornozelos que a henna fica mais escura.

TM - Quantas horas leva a fazer os desenhos e

a pintura no corpo?CP - Depende do desenho e

da sua complexidade, podem ser realizados em poucos minutos como durante algu-mas horas. Depende do desa-fio que nos é proposto. Já fiz alguns trabalhos que duraram 3 a 4 horas.

TM - Podemos afirmar que esta será uma nova moda para este Verão?

CP - É natural que o Verão propicie uma maior abertu-ra a este tipo de arte corporal, pois o calor deixa-nos mais abertos a novas experiências.

TM - Qualquer pes-soa pode fazer essas pinturas?

CP – Sim, qualquer pes-soa pode fazer a pintura de henna.

As pinturas podem ser rea-lizadas tanto em crianças como em adultos, uma vez que são seguras para a pele e completamente indolores. A henna apenas fica na primei-ra camada da pele.

É um processo artesanal e natural, sem qualquer con-traindicação. As mulheres que estão grávidas, também podem fazer.

TM - Existem alguns cuidados a ter em con-ta antes destas pinturas serem feitas no corpo?

CP - Apenas que a pele esteja sem cosméticos como cremes, óleos, etc.

TM - Quem quiser expe-rimentar este método o que deve fazer, onde pode procurar o serviço?

CP - Qualquer pessoa pode fazer estas tatuagens tempo-rárias, na loja Saudade Madei-ra, (por detrás da Sé Cate-dral), pode contactar através do número 291237151, pelo email [email protected], e pelo site www.cristina-perneta.com.

TM - Aconselha a tatu-agem de henna indiana para este Verão?

CP - Sim, principalmente para aquelas pessoas que não querem se comprometer com uma tatuagem para sempre, esta é uma boa alternativa. Podem também servir para ter uma ideia de como fica-ria uma tatuagem definitiva. Para ocasiões especiais, para um evento ou simplesmente para se divertir. l

pintura Henna é um “ritual e uma experiência para os 5 sentidos”Esta arte corporal já começou a cativar as madeirenses

SaRa SILVINO

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 publicidade 7

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política8 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015P

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«seremos imunes a pressões ilegítimas ou a interesses sectoriais»Garantiu Miguel Albuquerque

F oi perante “casa cheia” que Miguel Albuquer-que tomou pos-se como Presiden-

te do Governo Regional da Madeira.

Junto com a equipe que irá governar no XII Gover-no da Madeira, Albuquerque mostrou-se confiante no seu mandato garantindo que ira cumprir as prioridades que já haviam sido apontas.

No início do seu discur-so, Albuquerque começou por reafirmar “o compromisso de o novo Governo Regional tudo fazer para dignificar esta Casa, mãe da Democracia e da Autonomia”.

Apontou que «a recente redução em 40% do finan-ciamento dos partidos polí-ticos; a eleição de uma Mesa politicamente plural para esta Assembleia; o compromis-so de o Governo comparecer com regularidade no Plená-rio e nas Comissões, e outras medidas que se seguirão na reforma e na credibilização do nosso sistema político regio-nal, são a garantia de que vamos cumprir integralmen-te aquilo que prometemos aos madeirenses e aos portosan-tenses». E afirmou: «Podem contar connosco para a con-cretização desta missão. Uma missão que exige um envolvi-

mento de todos nós.»No seu discurso, Albu-

querque enalteceu o traba-lho feito e deixado por Jar-dim. «Quero cumprimentar o executivo cessante na pes-soa do Doutor Alberto João Jardim, sendo inegável reco-nhecer o seu papel históri-co na implantação da Auto-nomia Política e no desenvol-vimento da Região. Mais do que os Homens, a História fará justiça ao desempenho e

à obra de V. Exª, em prol dos madeirenses e portosanten-ses», afirmou.

Albuquerque não esque-ceu os emigrantes. «Envio um caloroso abraço às nos-sas Comunidades Madeiren-ses espalhadas pelo Mundo, afirmando de uma forma cla-ra que este também será o vosso Governo», apontou.

«Temos que simplificar a linguagem política», frisou.

O governante também

o empossado presidente do Xii governo regional da Madei-ra mostrou-se confiante e seguro durante o seu discurso na tomada de posse. Miguel albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim, e não esqueceu os emigrantes. o governante também enviou uma mensagem às famílias madeirenses e portosantenses, aos jovens, aos pais e aos idosos.SaRa SILVINO

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 política 9

«esta autonomiajá não me diz nada»

alberto joão jardim passou o testemunho da governação a Miguel albuquerque. aquele que já havia sido apontado como um dos delfins preferidos de jardim, mas também que encarou o presidente cessante de frente, que teve coragem de dar um murro na mesa, mas que também soube enalte-cer o trabalho feito por jardim ao longo da sua governação. palavras de agradecimento que foram deixadas no discurso de albuquerque na tomada de posse.

jardim manteve-se atento ao discurso do seu sucessor. na sua saída, em declarações aos jornalistas, e respondendo à questão lançada se se sente optimista em relação ao futuro, alberto joão jardim limitou-se a rematar: «apenas com uma reserva mental. é que boas intenções há do lado da Madeira, agora do lado de lisboa não acredito. são as minhas convic-ções, não sou apenas autonomista, sou um federalista. e, por-tanto, esta autonomia já não me diz nada. é preciso dar um grande passo em frente, constitucional, obviamente».

Quanto a se jardim vai manter canais de comunicação com este novo governo, respondeu prontamente: «sim, eu dou-me bem com as pessoas. aliás, o tom forte em que decorreu o debate interno mas que depois culminou num excelente resultado, demonstra que o partido estava mais do que preparado para isto. Foi o meu último trabalho no psd».

jardim deixa o governo e o rumo da Madeira mas, certa-mente, será um espetador de bancada muito atento ao que se seguirá.

enviou uma mensagem às famílias, aos jovens, aos pais e aos idosos. «Não posso dei-xar de passar uma mensa-gem de esperança às famí-lias que vivem o drama do desemprego; aos jovens que se vêem obrigados a sair da nossa terra, muitas vezes por

razões de sobrevivência; para os pais que lutam diariamen-te para assegurar o sustento dos seus filhos; para os ido-sos que vivem na angústia de uma escolha entre uma refei-ção condigna ou a compra de medicamentos», disse. «Não basta dar respostas conven-cionais. Nem muito menos discursos demagógicos carre-gados de falsas promessas», adiantou.

Miguel Albuquerque subli-nhou que «compete, em pri-meiro lugar, aos governantes ter objetivos claros relativa-mente ao tipo sociedade em que todos queremos viver».

«O nosso Governo não dei-xará de intervir na correc-ção das desigualdades e na construção diária da coesão social»

Albuquerque realçou: «Temos de apresentar uma esperança. Para o jovem desempregado, para a mãe de família angustiada, para

o idoso que vive na preca-riedade social e na solidão». E garantiu: «A solução passa por políticas humanizantes e de inclusão, que dignifiquem cada um dos nossos concida-dãos, e que os retirem do ciclo constrangedor da pobreza e da iniquidade». Disse ainda,

«é absurdo pensar que bas-ta o crescimento económico para termos uma sociedade desenvolvida».

O Presidente do Governo Regional garantiu que a sua equipa agora formada irá tra-balhar em prol do povo.

«Eu e todos os membros deste Governo, estamos aqui, ao serviço da nossa Região, do nosso Povo e do nosso País, determinados a ultrapassar e a vencer os desafios, mes-mo os mais difíceis. Temos total disponibilidade para estabelecer pontes de diálo-go. Temos a humildade de ouvir os outros. Mas que nin-guém duvide da nossa deter-minação férrea de tomar as decisões necessárias ao bem comum».

Sereno e confiante nas suas palavras, que eram ouvidas atentamente por muitas pes-soas que se encontravam na sala, Miguel Albuquerque fez questão de realçar «sere-

mos imunes a pressões ilegíti-mas ou a interesses sectoriais que desvirtuem o nosso dever perante a “res pública”».

Continuando: «Assumire-mos as nossas responsabili-dades políticas e tomaremos as decisões, mesmo as menos populares, necessárias à sal-vaguarda dos interesses da Região», disse. «Não tere-mos receio em tentar estabe-lecer consensos com a opo-sição em matérias vitais e estruturais para o futuro da Madeira, como é o caso do Novo Hospital, a Reforma do Sistema Político ou a necessi-dade de um novo Quadro Fis-cal para a Região», acrescen-tou ainda.

Albuquerque frisou que «ninguém pode esperar da nossa parte soluções mági-cas ou instantâneas para os problemas e dossiers pendentes».

O Presidente do Governo Regional garantiu que após a aprovação do programa de Governo que será apresen-tado à Assembleia nos pra-zos estatuários, «encetare-mos a concretização dos nos-sos compromissos de gover-no com os Madeirenses e Portosantenses».

Áreas com políticas transparentes e consistentes para o futuro

Miguel Albuquerque tra-çou as áreas que terão polí-ticas transparentes e consis-tentes para o futuro. «A sus-tentabilidade das Finanças Públicas, a melhoria da Saúde e da Educação, a questão dos Transportes e Mobilidade, a dinamização da nossa Econo-mia e a redução da Carga Fis-cal, o Turismo e Agricultura, a captação de investimento e a boa aplicação dos Fundos Europeus, o reforço das áre-as da Inclusão e da Solidarie-dade, o Ambiente, a preser-vação do nosso Património Natural e Edificado, a Cultu-ra», apontou.

Os canais de entendimento com o Governo da República, «na defesa firme e inteligen-te dos direitos dos Madeiren-ses e Portosantenses» serão, segundo Miguel Albuquer-que, mantidos e reforçados. «Dissipando de uma vez por todas mal entendidos e refor-çando a nossa notoriedade positiva e a nossa credibilida-de em todo o País», disse.

No final do seu discurso, Albuquerque realçou «como principal responsável públi-co destas Ilhas que me viram nascer, sinto que estou unido

a cada um de vós no dia-a-dia dos próximos quatro anos».

«Temos consciência do imenso trabalho que nos espera»

Tranquada Gomes é o atual Presidente da Assem-bleia Legislativa da Madei-ra (ALM), tomando assim o lugar até agora ocupado por Miguel Mendonça.

No seu discurso proferido na tomada de posse do XII Governo Regional da Madei-ra, Tranquada Gomes afir-mou que os políticos não podem ser desiludidos. «As acrescidas dificuldades dos tempos que vivemos exigem de todos nós, responsáveis políticos, a maior determi-nação e empenho, só possí-vel se estivermos motivados e comprometidos com as obri-gações inerentes ao exercício dos cargos que nos confia-ram», disse. «É neste ambien-te de mudança, de renovação, de um novo ciclo político que queremos seja rapidamen-te também social e económi-co, que damos hoje ‘primei-ro passo de uma Legislatura que todos desejamos venha a corresponder às expectativas criadas», afirmou.

Tranquada Gomes defen-de «temos de privilegiar o diálogo entre nós, resolven-do internamente divergên-cias que, natural e sauda-velmente, surgirão nos pró-ximos quatro anos, na con-vicção de que pugnaremos

todos pela credibilidade des-te Parlamento, construindo nesta Legislatura, uma nova imagem desta Instituição junto da opinião pública». O Presidente da ALM garan-tiu «respeitaremos os direi-tos da maioria, mas não igno-remos os direitos da opo-sição, desafiando-a a pres-cindir de qualquer radicalis-mo dialético, para que pos-sa dar, também ela, um con-tributo efetivo na abordagem das problemáticas social-mente mais urgentes regio-nais e nacionais». Tranquada Gomes realçou que o «novo Executivo madeirense com-promete-se a marcar presen-ça regular neste Parlamento, no âmbito das suas compe-tências, reconhecendo, des-te modo, a importância do debate político com a oposi-ção e a relevância do poder legislativo no atual contexto regional».

Disse ainda que «os cida-dãos conhecem o que foi fei-to e sabem o que tem de ser feito. Mas esperam algo mais, esperam sinais concretos da nova governação, que a espe-rança que os anima, e nos anima a todos, nesta fase da vida regional, não seja frus-trada nem traída».

Tranquada Gomes realçou «temos consciência do imen-so trabalho que nos espera para que a Autonomia recu-pere o seu espaço de afirma-ção e o seu poder de deci-são, que em grande medida, e espero que apenas conjun-turalmente, tal como aconte-ceu à soberania do Estado foi perdido». l

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política10 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Miguel AlbuquerquePresidência do Governo regional da Madeira

Á Presidência do Governo são come-tidas as atribuições referentes ao sec-tor da Administração Pública do Por-to Santo.

Sérgio MarquesSecretaria regional dos Assuntos Parlamentares e europeus

Sectores atribuídos:Administração da Justiça.Assuntos europeus.Assuntos parlamentares.Comunidades madeirenses e

imigração.Comunicação Social.Edifícios e equipamentos públicos.Estradas.Obras públicas.A Secretaria Regional dos Assuntos

Parlamentares e Europeus exerce a tutela sobre as seguintes entidades:

a) Empresa Jornal da Madeira, Lda.

b) VIAMADEIRA – Concessão Viá-ria da Madeira, S.A.

São ainda cometidas à Secretaria Regional dos Assuntos Parlamenta-res e Europeus as atribuições referen-tes à manutenção, gestão e apoio às Casas da Madeira de Lisboa, Porto e Coimbra em território continental e na Região Autónoma dos Açores.

Rubina LealSecretaria regional da Inclusão e Assuntos Sociais

Sectores atribuídos:a) Segurança social. b) Emprego.C) Proteção Civil. d) Habitação. e) Trabalho. f) Inclusão e desenvolvimento local.g) Inspeção do trabalho.h) Defesa do consumidor.i) Concertação social. No âmbito das atribuições referidas

no número anterior, funcionam sob a tutela e superintendência da Secre-taria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, os seguintes serviços da admi-nistração indireta da Região Autónoma da Madeira:

a) Conselho Económico e social da Região Autónoma da Madeira.

b) Instituto de Emprego da Madei-ra, IP-RAM.

C) Instituto de Segurança Social da Madeira, IP-RAM.

d) Serviço Regional de Proteção Civil, JP-RAM.

A Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais exerce a tutela sobre a IHM - Investimentos Habitacionais da Madeira, EPE-RAM.

Eduardo Jesus Secretaria regional da economia, turismo e Cultura

Sectores atribuídos:a) Turismo.b) Cultura.C) Economia e empresas. d) Comércio e serviços.

e) indústria.f) inspeção das Atividades

Económicas.g) Transportes.h) Energia. i) Qualidade.j) Empreendedorismo. k) Inovação.l) Apoio às empresas. Serviços da administração indire-

ta da RAM que funcionam sob a tutela da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura:

a) Escola Profissional de Hotela-ria e Turismo da Madeira, atualmente concessionada.

b) Instituto do Desenvolvimento Empresarial, IP-RAM.

A Secretaria Regional da Econo-mia, Turismo e Cultura exerce a tutela sobre as seguintes entidades:

a) Associação de Promoção da Madeira (AP Madeira).

b) APRAM - Administração dos Por-tos da Região Autónoma da Madeira, SA.

C) Centro de Empresas e Inovação da Madeira, Lda.

d) EEM - Empresa de Eletricidade da Madeira, SA;

e) Horários do Funchal - Transpor-tes Públicos, S. A :

f) Madeira Parques Empresariais, Sociedade Gestora, S. A.

As competências e definição das orientações na Cimentos Madeira, Lda. e na SILOMAD - Silos da Madei-ra, SA., empresas participadas integra-das no sector empresarial da Região Autónoma da Madeira, são cometidas à Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura.

AREAM – definir as orientações da participação detida pelo Governo Regional.

Jorge CarvalhoSecretaria regional da educação

Sectores atribuídos:a) Educação.b) Educação especial. C) Formação profissional.d) Desporto.e) Juventude. Serviços da administração indireta

da Região Autónoma da Madeira que funcionam sobre a tutela e superin-tendência da Secretaria Regional da Educação:

a) Conservatório - Escola Profissio-nal das Artes da Madeira- Engº Luíz Peter Clode.

b) Escola Profissional Dr. Francis-co Fernandes.

A Secretaria Regional da Educa-ção exerce a tutela sobre as seguintes entidades:

a) ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação.

b) Pólo Científico e Tecnológico da Madeira, Madeira Tecnopolo, S. A.

São ainda cometidas à Secretaria Regional da Educação as atribuições referentes à manutenção, gestão dos recursos humanos e encargos respei-tantes ao funcionamento do Parque Desportivo dos Trabalhadores e aos encargos na área da defesa.

Susana PradaSecretaria regional do Ambiente e recursos naturais

Sectores atribuídos:a) Água.B) Ambientec) Conservação da natureza.d) Florestas.e) Informação geográfica, cartográ-

fica e cadastral.f) Litoral.g) Mar.h) Ordenamento território.i) Parque natural.j) Saneamento básico.k) Urbanismo.A Secretaria Regional do Ambien-

te e Recursos Naturais exerce a tute-la sobre a ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A.

Manuel BritoSecretaria regional da Saúde

1.Á Secretaria Regional da Saúde são cometidas as atribuições referen-tes ao sector da Saúde. 2.No âmbi-to das atribuições referidas no núme-ro anterior, funciona sobre a tutela e superintendência da Secretaria Regio-nal da Saúde, o Instituto de Adminis-

Xii governo regional da Madeira

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 política 11tração da Saúde e Assuntos Sociais, IP RAM, serviço da administração indi-reta da Região Autónoma da Madei-ra. 3.A Secretaria Regional da Saúde exerce a tutela sobre o Serviço de Saú-de da Região Autónoma da Madeira, E.P.E.

Humberto VasconcelosSecretaria regional de Agricultura e Pescas

Sectores atribuídos:a) Agricultura.b) Pecuária.C) Veterinária. d) Desenvolvimento rural. e) Apoio ao agricultor. f) Artesanato. g) Pescas.

h) Gestão dos fundos comunitários agropecuárias e pescas.

Funciona sobre a tutela e superin-tendência da Secretaria de Agricultu-ra e Pescas, O IVBAM - Instituto do vinho, do Bordado e do Artesanato da

Madeira, IP-RAM, serviço da admi-nistração indireta da Região Autóno-ma da Madeira.

A Secretaria Regional de Agricul-tura e Pescas exerce a tutela sobre as seguintes entidades:

a) CARAM - Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira, E.P.E.

b) GESBA - Empresa de Gestão do Sector da Banana, Lda.

As competências e definição das orientações na ILMA - Industria de Lacticínios da Madeira, Lda., empresa participada integrada no sector empre-sarial da Região Autónoma da Madei-ra, é cometida à Secretaria Regional de Agricultura e Pescas.

Rui GonçalvesSecretaria regional das Finanças e da Administração Pública

Sectores atribuídos:a) Administração Pública e

simplificação e modernização administrativa.

b) Assuntos fiscais.C) Centro Internacional de Negó-

cios da Madeira. d) Comunicações.e) Contabilidade.f) Estatística.g) Finanças.h) Coordenação geral dos fundos

comunitários. i) Informática da Administração

Pública. D Inspeção de Finanças.k) Orçamento.I) Planeamento.m) Património e serviços

partilhados.n) Tesouro. No âmbito das atribuições referi-

das no número anterior, funcionam sobre a tutela e superintendência da Secretaria Regional das Finan-ças e da Administração Pública, os seguintes serviços da administra-ção indireta da Região Autónoma da Madeira:

a) Gabinete de Gestão da Loja do Cidadão da Madeira.

b) Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM.

A Secretaria Regional das Finan-ças e da Administração Pública exerce a tutela sobre as seguintes entidades:

a) ADERAM – Agência de Desen-volvimento da Região Autónoma da Madeira.

b) PATRIRAM – Titularida-de e Gestão do Património Público Regional, S.A.

c) Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira, S.A.

d) Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, S.A.

e) Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A.

f) Ponta do Oeste – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, S.A.

As competências e definição das orientações na SDM – Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A., na Concessionária de Estra-das – VIAEXPRESSO da Madeira, S.A., e na VIALITORAL – Conces-sões Rodoviárias da Madeira, S.A., empresas participadas integradas no sector empresarial da RAM, são cometidas à Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública.

Em relação às demais empresas públicas do sector empresarial da Madeira, a Secretaria Regional das Finanças e da Administração Públi-ca exerce as competências que lhe são cometidas por lei.

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sociedade12 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Madeira ainda longe da metaAbandono escolar precoce continua a ser mais alto na Região que no País

o abandono esco-lar precoce conti-nua a ser um fla-gelo em portugal, mas há importan-tes avanços na descida do indi-cador ao longo dos últimos anos. embora os núme-ros da Madeira sejam mais ele-vados que no res-to do país, há a intenção de redu-zir a percentagem para metade até 2020. o abando-no escolar preco-ce na região des-ceu de 30 para 22%, entre 2011 e 2014.

P ortugal é o quar-to país da União Europeia no que diz respeito ao abandono esco-

lar precoce. Os dados são do Eurostat e foram divulgados na última terça-feira. Segun-do o gabinete de estatísti-cas europeu, o indicador por-tuguês (17,4%) só é menor que o registado em Espa-nha (21,9%), Malta (20,4%) e Roménia (18,1%).

Apesar dos números pou-co favoráveis, entre os paí-ses da União Europeia (UE) foi em Portugal que a taxa de abandono escolar precoce mais desceu. Mesmo assim, o valor está ainda longe da média europeia (11,1%). Em 2006, este indicador ronda-va os 38,5% no país, repre-sentando uma descida para menos de metade até 2014. A meta da UE é fixar a média abaixo dos 10% até 2020, que era de 15,3% em 2006.

De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, são os rapazes que mais preco-cemente desistem de estudar em Portugal. Só em 2014 qua-se 21% dos jovens portugue-ses decidiram abandonar os estudos. Nas raparigas a taxa

foi de 14%. A média da UE é de 12,7% para o sexo masculi-no e 9,5% para o feminino.

Entre os países membros com menor taxa de abandono escolar estão a Croácia (2,7%), a Eslovénia (4,4%), a Poló-nia (5,4%), a República Checa (5,5%) e a Lituânia (5,9%).

Madeira quer reduzir para metade

A Região Autónoma da Madeira (RAM) ainda está muito acima da média nacio-nal no que respeita ao aban-dono escolar precoce, embo-ra tenha vindo a conseguir avanços assinaláveis na redu-ção do indicador ao longo dos últimos anos.

Em Março deste ano, recor-de-se, foi divulgado que o indicador baixou na Madeira de 30 para 22 %, entre 2011 e 2014. Para Jaime Freitas, o ex-secretário regional de Edu-cação, a redução no número de alunos que abandonam os estudos precocemente consti-tuía “um dos sucessos obtidos pelas escolas da Madeira”. O objetivo da RAM é reduzir o indicador para metade, ou seja, alcançar uma diminui-ção de 31 para cerca de 15% até 2020.

Segundo o ex-titular da pasta da Educação, o objeti-vo da Madeira passava por

fazer voltar à escola a todos aqueles que pelas mais varia-das razões tivessem dela saí-do precocemente. Aposta da Secretaria Regional, de acor-do com Jaime Freitas, era igualmente o reconhecimen-to, validação e certificação de competências adquiridas no ensino não formal.

O reconhecimento de com-petências fora da escola tem sido uma das formas como muitos madeirenses obtive-ram os seus graus académi-cos, nomeadamente através dos Cursos de Educação e Formação de Adultos. A per-secução do objetivo passava igualmente por levar metade

dos alunos do Ensino Secun-dário a optar pelo Ensino Profissional.

O desafio de reduzir o abandono escolar precoce está agora está nas mãos de Jorge Carvalho, antigo diretor regional de Juventude e novo secretário Regional da Edu-cação. l

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 sociedade 13

a polícia de segu-rança públi-ca (psp) esteve durante a manhã de quarta-fei-ra no complexo Habitacional da torre, em câma-ra de lobos, onde desenvolveu uma operação relacio-nada com o com-bate ao tráfico de drogas. o trân-sito foi desviado do bairro conhe-cido por «Malvi-nas», deixando-o isolado por várias horas. na vizi-nhança lamenta-se a criminalidade crescente.

F oi uma operação policial de alguma envergadura a que na manhã de quar-ta-feira desenro-

lou-se no Complexo Habita-cional da Torre, em Câma-ra de Lobos. A incursão da PSP isolou o acesso ao bair-ro conhecido pelo nome de «Malvinas», impedindo o trânsito automóvel dentro do complexo.

Há muito que este tipo de operações têm vindo a aconte-cer no bairro camaralobense, mas os vizinhos que vivem nas imediações notam que têm sido mais assíduas ao longo dos últi-mos anos. A justificação, subli-nham, está na crise económica, na falta de trabalho e na crimi-nalidade crescente.

De acordo com relatos fei-tos ao «Tribuna», os roubos

têm sido cada vez mais uma realidade associada a alguns dos residentes no bairro das «Malvinas». O dedo é aponta-do a indivíduos indiciados por consumo de drogas.

“Tem sido uma desgraça. E sabe uma coisa, nem as tam-pas em ferro dos contadores da água de rede escapam”, relata um morador a cober-to do anonimato. “O grande problema disto está na base. Nada mudará enquanto não houver fiscalização e controle de quem compra este tipo de materiais nas sucatas.”

Desemprego e tráfico de drogas

Quem vive nas imediações das «Malvinas» tem notado

que as aparatosas visitas da PSP ao bairro têm sido cada vez mais frequentes. Uma maior assiduidade das forças policiais ao complexo habita-cional que já assume contor-nos de normalidade.

“Antes havia coisas destas uma ou duas vezes por ano, agora têm surgido com mui-to mais frequência”, afiançou um morador da zona. “As pes-soas já nem estranham muito quando isto acontece.”

De acordo com populares, ouvidos pelo «Tribuna», é um fenómeno que não pode ser dissociado da crise económi-ca e do desemprego. Porque são realidades especialmente sentidas num bairro desde há muito conhecido por focos de criminalidade.

“Há imensas pessoas estão sem trabalho e que não con-

seguem arranjá-lo em lado nenhum. Entre eles há jovens que meteram-se nas drogas e que agora socorrem-se de todos os meios para sustentar os vícios”, aponta um residen-te. “Essa é a principal explica-ção para o facto dos roubos terem aumentado muito.”

Vários indivíduos estavam referenciados e justificaram a operação de quarta-feira, assi-nalou um elemento da PSP. A intenção da autoridade poli-cial era proceder a uma “lim-peza” focada não só no tráfi-co e consumo de drogas mas também na criminalidade que lhes são associadas.

“É esse o principal objeti-vo deste tipo de operações. A droga é a fonte da maioria dos problemas que atingem este tipo de bairros”, confidenciou ao «Tribuna». l

Malvinas coM novo

cerco

Operação da PSP volta a isolar o bairro para “operação de limpeza”

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opinião14 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA

GREGÓRIO GOUVEIa

gregoriogouveia.blogspot.pt

Inconsequente política do Governo regional na produção de cana sacarina

Introduzida na Ilha da Madeira no ano de 1425, plan-tada no «Campo do Duque», no Funchal”, tendo posterior-mente proliferado pela ilha e foi a razão de terem sido cria-das alfândegas em algumas localidades, graças ao açú-car produzido. Se, em 1865, a produção de cana atingiu 14.688 toneladas numa área de 357 ha, eram 61.000 tone-ladas em 1961, numa área que rondava os 500 ha. A partir daquele ano, baixou constan-temente até atingir, no ano 2000, 2 871 toneladas numa área de 100 ha, tendo, depois, aumentado lentamente, che-gando a 2014 com a produ-ção de 7 500 toneladas. Foi esse sucessivo aumento que levou a tutela governamen-tal a “fazer uma festa” sempre que aumentavam alguns qui-logramas, como aconteceu no passado dia 12.

As indefinições do Gover-no Regional na política agrí-cola foram de tal ordem que grande parte dos canaviais foram substituídos por bana-neiras. Depois, pela “Resolu-ção nº 807/81 - Consideran-do a importância da cana-de-açúcar na economia regio-nal; considerando o exces-so de produção de cana-de-açúcar; considerando que o Governo Regional, através do Instituto do Vinho da Madei-ra, tem subsidiado a empresa Winton, tendo em vista a sua cobertura do déficit indus-trial, o que faz apurar um custo de produção de açúcar muito superior ao nível das cotações do mercado inter-nacional; considerando que tal custo de produção encon-tra raízes numa fraca renta-bilidade da cultura de açúcar e nas deficientes estruturas da referida empresa indus-trial; o Governo Regional da

Madeira, reunido em plenário em 13 de Novembro de 1981, resolveu:

1º - Nomear uma comis-são que até 31 de Janeiro/82 apresentará ao plenário do Governo uma proposta rela-tiva à produção da cana-de-açúcar e sua industrialização;

2º - Esta comissão é cons-tituída por:

a) Director Regional do Plano, que preside;

b) Director Regional da Agricultura;

c) Director regional do Comércio e Indústria, sendo secretariado por um represen-tante do Instituto do Vinho da Madeira;

3º - O Governo delega nes-ta comissão poderes para convocar todo o pessoal dos serviços, institutos e empre-sas públicas dependentes do Governo Regional, em rela-ção aos quais entenda dever fazê-lo bem como o direito de lhe ser facultada toda a docu-mentação que para o efeito necessite.

Presidência do Gover-no Regional, 13 de Novem-bro de 1981. – O Presidente do Governo Regional, Alber-to João Cardoso Gonçalves Jardim.”

O relatório final motivou a feitura e publicação da Reso-lução nº 572/82 que conside-rava como hipóteses inviáveis as seguintes:

a) Expansão da área de pro-dução de cana-de-açúcar;

b) Abandono total do culti-vo da cana-de-açúcar;

c) Encerramento completo das indústrias sacarinas;

d) Importação de melaços para a produção de álcool.

Foram dadas como assen-tes aquelas quatro hipóte-ses, apenas haveria duas alternativas:

1 - Limitação do cultivo da cana-de-açúcar para abasteci-mento apenas das indústrias locais de aguardente e mel;

2 - Manutenção da pro-

dução de cana-de-açúcar aos níveis actuais, permitin-do, por um lado, o abasteci-mento das indústrias locais de aguardente e mel e, por outro, destinando-se o rema-nescente à indústria do açú-car, do álcool e do rum, o qual remanescente teria de ser completado com importa-ções de açúcar bruto (ramas) para ser refinado na Região, e permitir-se, assim, a rendibi-lidade destas indústrias.

Se se optasse pela primei-ra, levaria ao encerramento da Fábrica do Torreão e a uma reconversão forçada de modo a manter a produção dum quantitativo de 10.000 toneladas de cana por ano, bem como 520.000 litros de aguardente e 200.000 litros de mel.

A segunda hipótese viável seria mais útil para a econo-mia da Madeira, mas exigi-ria um grande investimento na Fábrica do Torreão e sub-sídios à mesma, de modo a “ficarem salvaguardados os legítimos interesses dos pro-dutores de cana, dos indus-triais, do Governo Regional e dos consumidores”.

A decisão de fechar a Fábri-ca do Torreão foi fatídica para as previsões quanto à produ-ção de cana e fabrico de mel e aguardente.A produção de cana nunca atingiu as 10 000 toneladas, e apenas em 1988 e 1989 o mel ultrapassou as 200.000 litros, mas a produ-ção de aguardente (rum) nem chegou a metade dos previs-tos 520.000 litros.

Foi este fel que esteve na política agrícola do PSD-M, nomeadamente no que toca à cana sacarina. E, de agora para o futuro, veremos…! l

gregoriogouveia.blogspot.pt

PU

B

ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE

JOaNa HOmEm da COSTa

tirar o molde…Parece ser tudo uma ques-

tão de moldar, e quantas vezes acabamos por nos mol-dar a realidades ou consis-tências por uma questão de sobrevivência. Ou será de inércia? Surgem muitos dis-cursos para despertar, cheios de verdades, mas alterar algo que tornamos a nossa verda-de exige mais do que isso…

Por vezes as mudanças são feitas de repente, outras vezes têm que ser feitas muito devagarinho, porque assim como nos moldamos, sair desse espaço de confor-to, que de conforto por vezes não tem nada, custa… Nem tudo o que parece é e existe muito que nos parece serem permanências de conforto que são somente uma mol-dagem que assentou. Tal-vez seja preciso mudar ques-tões de fundo, paradigmas e certezas, talvez seja preci-so muito para isso ou muito pouco, o destino trata disso.

Uma mentira dita muitas vezes passa a verdade e uma regra de vida devidamen-te imposta acaba por assen-tar. Existem formas de mani-pulação que até nem acar-retam grande maldade mas que acabam por determinar

muito. Convencemo-nos que é dessa maneira porque não poderia ser de outra, afuni-lamos a visão e, num molde apertado e limitado, acaba-mos por viver assim.

Dificuldade em largar um cenário, dificuldade em habituarmo-nos a organizar os dias de outra forma, difi-culdade em mudar de espa-ço físico, dificuldade em apa-gar um número de telefo-ne que sabemos que nun-ca mais vamos ligar, dificul-dade em fazer as pazes com uma realidade que não vai acontecer…

Existe a dificuldade em largar, por isso mantemos…mantemos porque nos lembra uma versão de nós que pode-ríamos ser, mesmo sabendo que seria alguém em quem nunca nos tornaríamos...

Enquanto mantemos, ali-mentamos uma esperança de que ainda existe uma hipó-tese, ocupamos espaço e ali-mentamos assim uma ilusão. Existe uma dificuldade em largar, mesmo que isso impli-que ficarmos estagnados.

Ocupamos espaço e com isso impedimos talvez o seguir caminho para aquilo que somos realmente… l

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 sociedade 15

o presidente da secção regional da ordem dos enfer-meiros alerta que “o custo dessa não-contratação será passarmos de um dos melhores serviços de saúde para ‘lanterna ver-melha’”.ricardo silva con-sidera também que a classe de enfermagem não pode ser vista como “uma des-pesa da saúde”, salientando que o trabalho desen-volvido por esses profissionais deve ser encarado como um inves-timento priori-tário por parte do governo e do setor privado.

O presidente da secção regio-nal da Ordem dos Enfermei-ros reclama

que a classe de enfermagem não pode ser vista como “uma despesa da saúde”, salientan-do que o trabalho desenvol-vido por esses profissionais deve ser encarado como um investimento prioritário.

Nesse sentido, Ricardo Sil-va, que falava aquando da ses-são de abertura do 2º Con-gresso Insular de Enferma-gem, subordinado ao tema “Desafios para a Enferma-gem no Século XXI”, apontou que é necessário contratar no mínimo 350 enfermeiros, ten-do em vista garantir a “quali-dade mínima” dos serviços na Região.

“O custo dessa não-con-tratação será passarmos de um dos melhores serviços de saúde para ‘lanterna verme-lha’. Não nos podemos esque-cer que um dos melhores car-tazes turísticos da Região - além do seu estatuto de péro-la do atlântico, da sua paz social e do seu clima – são os seus serviços de saúde”, argumentou.

Aquele responsável refor-çou a sua pretensão evocando um estudo realizado na Sué-cia, que refere que “aumentar a sobrecarga de trabalho de um enfermeiro está associado a um aumento da mortalidade de 7%” e, por outro lado, que “a diminuição da mortalida-de está diretamente associada a um aumento da qualificação da equipa de enfermagem”.

“Desse estudo resulta de imediato duas leituras. A pri-meira, a necessidade de dotar

os serviços com enfermeiros em número suficiente para as necessidades e, por outro lado, a necessidade de apos-tar na contratação de enfer-meiros especialistas altamen-te diferenciados”, transmitiu Ricardo Silva.

O presidente da secção regional da Ordem dos Enfer-meiros denunciou, ainda, que a sobrecarga dos servi-ços “teve um forte reflexo na saúde ocupacional dos nos-sos profissionais de saúde em geral e dos enfermeiros em particular”.

“Temos uma grande fatia de profissionais com proble-mas graves de saúde. A quali-dade dos serviços só não dimi-nuiu para níveis drasticamen-te perigosos porque tínhamos enfermeiros a ficar depois do turno numa clara afirmação médica e deontológica natu-ral em situação de emergên-

cia, mas questionável em situ-ações programadas. Fomos também pouco estimados e considerados e a nossa saúde mental também sofreu”, vin-cou Ricardo Silva.

Desta forma, aquele res-ponsável apela ao novo gover-no que passe a olhar para a classe de enfermagem com outros olhos. “Depois de tan-to falarmos em infraestrutu-ração na Região corremos o risco de quando tivermos as estruturas ideais não termos profissionais de saúde qualifi-cados para as mesmas, porque as pessoas estão a emigrar. Neste momento, a prioridade política deverá ser os recursos humanos”, defendeu.

Ricardo Silva afirmou, igualmente, que “não tem grandes expetativas” que haja grandes mudanças a nível das políticas de saúde, ape-sar de termos um novo gover-

no. “Temos apenas esperan-ça, temos também objetivos e uma certeza: Os enfermei-ros têm uma força que des-conhecem e nunca usaram”, apontou.

O responsável pela sec-ção regional da Ordem dos Enfermeiros alertou, ainda, para “a falta de ética empre-sarial” verificada no setor pri-vado ligado à área da saúde. “Alguns do setor privado que-rem pagar 2,50 euros à hora por esta mão de obra alta-mente qualificada”, criticou.

‘Motivação dos profissionais é uma prioridade’

O novo secretário regional da Saúde, Manuel Brito, pro-mete que tudo fará para moti-var os profissionais de saú-de, tendo em vista que o setor ofereça melhores condições aos utentes e, por sua vez, motive os recursos humanos. “Não há projeto nenhum que consiga atingir os objetivos se não tiver a motivação dos pro-fissionais”, sublinhou.

Manuel Brito, que parti-cipou pela primeira como secretário regional da Saúde num ato oficial, traçou tam-bém “três grandes compro-missos” para a área da saú-de nos próximos quatro anos, nomeadamente: melhorar os acessos aos cuidados de saúde; melhorar a qualida-de dos serviços de saúde; e um maior investimento na medicina geral e familiar dos centros de saúde (medicina preventiva).

À margem da abertura do 2º Congresso Insular de Enfer-magem o governante admitiu a possibilidade de receber os “médicos descontentes” com algumas medidas implemen-tadas pelo Serviço Regional de Saúde da Região, as quais motivaram a sua saída.

“Nós vivemos numa ilha e, por isso, convém que todos os bons profissionais estejam connosco, nomeadamente nas nossas instituições públicas. É seguramente esse esforço que nós teremos de fazer. Penso que muitos dos nossos cole-gas estarão interessados em dar o seu contributo”, realçou Manuel Brito. l

JOãO TOLEdO

[email protected]

Madeira com falta de 350 novos enfermeiros

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entrevista16 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

«open day« de reflexologia no jardim do lido No sábado, dia 25, das 17 às 19 horas.

o dia europeu da reflexologia é assinalado tam-bém na Madei-ra com o «open day». o even-to contará com a presença do res-ponsável pelo centro de refle-xologia da Madei-ra, eduardo luís, assim como de vários profissio-nais que esta-rão disponíveis para tirar todas as dúvidas e curio-sidades sobre a reflexologia.

T ribuna da Madeira (TM)- O Dia Europeu da Reflexologia assinala-se a

25 de abril, com o «Open Day» no jardim do Lido. O que irá acontecer nes-te evento?

Eduardo Luís (EL) – No «Open Day» vão estar vários terapeutas, alunos, profis-sionais qualificados a fazer demonstrações gratuitas nos respetivos sítios. No caso do Centro de Reflexologia da Madeira vamos estar no Jar-dim do Lido, sábado, dia 25 de abril, a partir das 17 até as 19 horas. Haverá reflexologia infantil, reflexologia facial, metamórfica, várias técnicas de reflexologia. Haverá tam-bém yoga para todas as pes-soas que queiram ir até ao jar-dim do Lido. Quem aparecer por lá, vai poder usufruir de todas estas técnicas.

TM – Qual é o principal objetivo deste evento?

EL - O objetivo é desmisti-ficar a ideia errónea que exis-te sobre a terapia como tam-

bém dar uma maior credi-bilidade, mais respeito aos reflexólogos.

Será uma tarde diferente, de harmonia. É esse o propó-sito de toda a gente, estar em harmonia e paz.

TM - As pessoas já acre-ditam mais na reflexolo-gia? Nota haver mais cre-dibilidade nessa matéria?

EL - A reflexologia em Por-tugal tem tido um crescimen-to fantástico, assim como na Madeira, deve-se ao trabalho que tenho andado a desenvol-ver junto com pessoas que me acompanham.

TM - As pessoas não devem ter receio de pro-curar a ajuda de um reflexólogo?

EL - Não, desde que sejam qualificados. Aqui na Madeira deveria haver um maior con-trolo nas pessoas que andam a fazer reflexologia. Não só reflexologia mas em todas as áreas. Começando pelo núme-ro de qualificações. Há pesso-as que têm formação de um dia e que se equiparam comi-go que já tenho anos, e tenho licenciatura e formação dife-rente. Pessoas que andam a fazer reflexologia ao virar da esquina, a fazer diagnósticos e a prescrever. Não podem.

TM - Isso poderá dar uma má imagem negativa nesta área?

EL - Sim, são esses que dão uma má imagem aos profis-sionais de reflexologia. Mas acho que o povo madeiren-se é muito inteligente. E está à altura de perceber quem é que anda a difundir, quem é que anda a levar a reflexolo-gia para a frente.

TM - Qual é o sinal que serve de alerta para os “falsos” reflexólogos?

EL - A reflexologia não pode diagnosticar, não pode prescrever. E a partir daí, as pessoas que recorrerem à reflexologia e perceberem que esse pseudo reflexólogo está a prescrever, não é refexólogo.

TM - Esse é o sinal de alerta?

EL - Sim, é um sinal de aler-ta e de que a pessoa não tem formação. É preciso mudar.

TM - O que fazem no Centro de Reflexologia da Madeira?

SaRa SILVINO

[email protected]

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 entrevista 17

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B

CARTÓRIO NOTARIAL DO FUNCHAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA, NOTÁRIA EM SUBSTITUIÇÃO, POR DELIBERAÇÃO DA ORDEM DOS NOTÁRIOS,

SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FREGUESIA DA SÉ, CONCELHO DO FUNCHAL

TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 · E-mail: [email protected](publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015)

Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 91 do Livro de notas para escrituras diversas número 23-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial de MARIA DA LUZ GOMES SILVA, NIF 123 090 849 e marido JOSÉ PEDRO DA SILVA, NIF 123 090 830, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia do Monte e ele da freguesia de Santa Maria Maior, ambas do concelho do Funchal, residentes ao sítio do Curral dos Romeiros, CCI 127,Funchal, afirmam-se donos e legítimos possuidores, são donos com exclusão de outrem de duas porções de benfeitorias rústicas, feitas ao abrigo do regime de colonia, localizadas na freguesia do Monte, concelho do Funchal, a saber:

1 - uma porção de benfeitorias rústicas, com a área de duzentos dez metros quadrados, localizada no sítio do Lombinho Ribeiro, inscrita na matriz cadastral sob o artigo 56/050 da Secção “B2”; e

2 - uma porção de benfeitorias rústicas, com a área de cento e setenta metros quadrados, localizada no sítio do Lombinho, inscrita na matriz cadastral sob o artigo 56/051 da Secção “B2” – porções a confinar do Norte com o Proprietário e Carlos Silva, Sul com o proprietário, Leste com parte com Carlos da Silva e Oeste com o proprietário,.

Que as referidas porções de benfeitorias lhes ficaram a pertencer por doação verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta pelos seus pais e sogros Manuel Gomes e Umbelina Fernandes Gomes - benfeitorias que não se encontram descritas na Conservatória do Registo Predial do Funchal mas são feitas sobre o prédio descrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal sob o número mil trezentos e setenta e quatro – freguesia do Monte, onde se encontra registada a aquisição a favor do primeiro outorgante Roberto Jardim Huber e da representada Cecília Leitão de Branco e Brito Jardim pelas apresentações trinta e sete de mil novecentos e sessenta e um barra zero sete barra vinte e cinco, dois de mil novecentos e noventa e seis barra zero sete barra zero dois e dezanove de dois mil e três barra zero sete barra dez.

Que os justificantes estão, assim, na posse das identificadas benfeitorias, em nome próprio desde o referido ano posse esta pública, pacífica e de boa fé, contínua e ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário, colhendo os respectivos frutos.

Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade das identificadas benfeitorias a título originário – por usucapião.

Está conforme o original aqui narrado por extracto.Funchal, vinte e três de Abril de dois mil e quinze.

P’la NOTÁRIA,(Graciela Maria Gonçalves Miranda – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/16).

EL - No nosso espaço, o Centro de Reflexologia da Madeira, temos profissionais qualificados, damos consultas, estamos abertos para todos os que nos querem procurar.

O Centro de Reflexologia da Madeira é o único na Madei-ra a dar formação para tera-peutas de reflexologia. Mas, infelizmente, há muitos sítios a dar formação de reflexolo-gia, aquelas formações bási-cas de 50 horas. É importan-te incentivar essas pessoas a estudar, a dar continuação na sua formação.

TM - Os madeiren-ses estão rendidos à reflexologia?

EL - Sim. Eu queria que neste fim de semana acon-tecesse o que aconteceu no ano passado, em que o jardim do Lido encheu, foram cente-nas de pessoas para receber reflexologia.

“A reflexologiaé importante no alívio da dor”

TM - Qualquer pessoas pode participar no “Open Day” de reflexologia no jardim do Lido?

EL - Sim, qualquer pessoa. Levem os animais, os pais, os avós, vão estar vários pro-fissionais, eu também vou lá estar. Será um total de 20 terapeutas qualificados e alu-nos que estão a estudar neste momento.

TM - Quando as pesso-

as o procuram para expor os seus problemas o que é que apontam?

EL - Eu tenho tido bons resultados, as pessoas quando vêm ter comigo trazem uma indicação ou porque alguém indicou, ou porque passou pelo Centro e sugeriu.

Muitas delas vêm por curio-sidade, depois regressam.

A reflexologia é importante no alívio da dor.

TM - Através de uma conversa com as pessoas consegue saber que tipo de problema é que tem?

EL - Conseguimos per-ceber se a pessoa está bem ou não. Porque as pessoas deixam transparecer a carga emocional e há uma necessi-dade do toque.

É importante porque há um contacto físico, e a partir daqui os resultados começam a aparecer.

TM - Já houve sinais de cura?

EL - Eu não posso dizer que curo. Ninguém cura nin-guém. Ninguém faz mila-gres. Ajudamos é que a pes-soa atinja o seu equilíbrio, e a partir daí as pessoas come-çam a tomar a consciência de quem são, o que são, o que querem. É preciso parar para pensar porque, por vezes, o que a mente reprime, o cor-po exprime.

TM - É o Presidente da Ordem Mundial de Refle-xologia e Presidente do Comité de Investigação, assim como o responsá-vel pelo Centro de Refle-xologia da Madeira. Cer-

tamente, tem uma agen-da muito extensa?

EL - Sou uma referência da reflexologia a nível nacional. Não trabalho sozinho, tenho uma boa equipa.

Estive recentemente no X Congresso Mundial de Natu-ropatia. Vou agora para outro Congresso de Naturopatia onde estão esperados meio milhão de pessoas, em Leiria, onde vou falar na importância da reflexologia no Parkinson. A nível nacional, estou sem-pre em conferências e dan-do formação, a nível interna-cional parto em Maio para a Alemanha.

TM - Os seus objeti-vos estão sendo alcan-çados em relação à reflexologia?

EL - A reflexologia está a crescer, estamos a conse-guir atingir os nossos objeti-vos mas é preciso fazer mui-to mais.

TM - Que mensagem deixa às pessoas que têm uma doença, estão deses-peradas, já não acredi-tam numa melhoria na saúde e estão a perder a esperança?

EL - Aquilo que digo é que amem-se. Se a pessoa amar-se todos os dias e souber aqui-lo que quer para a vida é um passo e é importante. Quan-do as pessoas pensarem que não há solução, existe sempre uma solução. Não podemos viver do passado, temos de viver o momento, o dia a dia. É importante também que as pessoas olhem para nós não como um curativo mas como

um complemento. Há muita coisa a fazer.

Se as pessoas querem mudar e se têm curiosidade que apareçam no sábado, que

exponham as suas dúvidas e que falem com os profissio-nais de reflexologia que vão estar no jardim do Lido.

TM - Quais são as fai-xas etárias que mais pro-curam os vossos serviços de reflexologia?

EL - Desde bebés, jovens, adultos, idosos.

TM - Em relação às crianças quais são os pro-blemas apontados?

EL - Crianças hiperativas, com défice de atenção, por vezes tenho situações em que as crianças andam deprimi-das e que vêm até a reflexolo-gia, até mim, e encontram um amigo, não um profissional. A partir daí, começa a haver uma relação importante entre eu e a criança e eles sentem-se bem.

TM - Que mensagem deixa a quem tem pro-blemas e receie pedir ajuda?

EL - Se as pessoas que-rem mudar e se têm curiosida-de que apareçam no sábado, nos jardins do Lido, que expo-nham as suas dúvidas e que falem com os profissionais de reflexologia que vão estar lá.

Eu também vou lá estar. Estamos disponíveis para tirar todas as dúvidas que ainda persistem sobre a refle-xologia. l

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crónicas18 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015P

UB

C E R T I D Ã O

CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES

Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos NotáriosPraça da Acif, 9000-044 Funchal

(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)(publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015)

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número VINTE E CINCO -G, exarado a partir de folhas dez, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual Maribel de Gois Fernandes, casada, natural da Venezuela, residente ao sítio da Primeira Lombada, São Vicente, com o cartão do cidadão nº 12686827, 1 ZZ5, válido até 06/10/2015, a outorgar em nome e representação, como procuradora de:

João Ferreira de Gois, NIF 199.071.047 e mulher Teresinha Maria Fernandes de Gois, NIF 199.672.067, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Ponta Delgada, concelho de São Vicente, onde residem à Urbanização Venezuela, casa 8, sítio do Açougue, conforme fotocópia certificada de procuração, que arquivo, afirma em nome dos seus representados que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de três prédios, sitos na freguesia de Ponta Delgada, concelho de São Vicente, a saber:

I) Um prédio rústico, localizado ao sítio da Primeira Lombada, Surdinha ou Vereda, com a área de quinhentos e vinte e nove virgula trinta metros quadrados, inscrito na matriz predial, (em nome de Manuel Jacinto Fernandes – cabeça de casal), sob o artigo 1224/417, com o valor patrimonial e atribuído de um euro e cinquenta e um cêntimos (€ 1,51), a confrontar a norte com a Estrada Municipal, sul e oeste com a vereda, leste com a levada, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente;II) Prédio rústico, localizado ao sítio dos Enxurros, com a área de trezentos e quarenta e três metros quadrados, inscrito na matriz predial, (metade em nome de José Fernandes de Gois e metade em nome de Maria Leontina Fernandes) sob o artigo 1976/041, com o valor patrimonial e o atribuído de vinte euros e oitenta e sete cêntimos (€ 20,87), a confrontar a norte com a Estrada Municipal, sul com Avelino Fernandes, leste com João Andrade e oeste João Ferreira de Gois e Estrada Municipal, não descrito na sobredita Conservatória; e III) Prédio urbano habitacional, localizado ao dito sítio dos Enxurros, com a área total de duzentos e seis metros quadrados, sendo noventa e um metros quadrados de superfície coberta, a confrontar pelo norte e oeste com João Ferreira de Góis, sul com Avelino Fernandes, leste com a estrada municipal, inscrito na matriz predial, (em nome de Manuel Jacinto Fernandes cabeça de casal), sob o artigo 274, pendente de avaliação e com o valor atribuído de cinco mil euros, descrito na dita Conservatória sob o número cento e quarenta e dois, daquela freguesia e ali inscrito a favor de Manuel Jacinto Fernandes e mulher Maria de Jesus da Corte Marques pela apresentação três, de catorze de Dezembro de mil novecentos e noventa e dois.

Que os identificados prédios vieram à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e seis, por compra verbal e não titulada, aos titulares inscritos registralmente no último prédio Manuel Jacinto Fernandes e mulher Maria de Jesus da Corte Marques, casados que foram sob o regime da comunhão de adquiridos, com última residência conhecida ao sítio dos Enxurros, Ponta Delgada, São Vicente, sendo que relativamente ao último prédio, aquele foi registado por mero lapso, pois verbalmente já se encontrava alienado.

Assim, desde aquele ano (mil novecentos e oitenta e seis), os justificantes estão na posse e fruição dos aludidos imóveis, que mantiveram sem interrupção até hoje, usufruindo de todas as suas utilidades, cultivando e colhendo todos os seus frutos, dispondo da casa, suportando todos os impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, de forma ininterrupta, pelo que o adquiriram a título originário – por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título que legitime o seu direito de propriedade.

É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita.

Funchal, dezassete de Abril de dois mil e quinze.O Notário,

Gabriel José Rodrigues Fernandes

Crónicas da memória, com e sem ficção, 15

No início do seculo vinte não havia biblioteca que se prezasse que não tivesse os ditos clássicos.

Entendia-se que a primei-ra educação devia ser essen-cialmente literária e artísti-ca, para se dar plasticida-de ao espirito, desenvolver a imaginação porque se enten-dia, então, que só a educação literária o pode fazer. Esta opinião valia nessa altura portanto no início do século vinte, como também antes e sobretudo depois. E o depois são os dias de hoje. A ima-ginação é fundamental para a escrita. E essa imaginação vem da leitura.

A imaginação não em sen-tido estrito mas em senti-do amplo. A educação literá-ria tem uma utilidade mui-to própria e quase exclusiva e cabe perguntar como se deve-rá fazer essa realização. E a conclusão só pode ser atra-vés das primeiras leituras. E perguntavam-se alguns auto-res de então quais ao autores mais úteis para se começar

a cultivar essa iniciação de cultura e a que escala etária deveriam os jovens começar a ler os ditos, e considera-dos então clássicos. Convém lembrar que estamos a falar do início do século vinte. Per-guntavam-se alguns autores se deveriam começar essas primeiras leituras pelos con-tos populares, muito em voga na altura, se pelos romances ou pela poesia, fábulas, cur-tas narrativas, etc.

E continuavam-se pergun-tando, os responsáveis, pela educação, quando deveriam os jovens começar a ler. Se quando a capacidade recep-tiva estivesse mais desen-volvida. Porem a conclusão foi quase sempre que esse desenvolvimento iria desen-volver-se conforme as leitura se fossem sucedendo.

Começam então a sur-gir pequenas antologias. Se calhar já existiram antes, mas repito nos inícios do seculo vinte e para alguns autores, o pensamento para o desen-volvimento passava pela ela-

boração de pequenas antolo-gias que pudessem iniciar os jovens na leitura de obras, as então, como referimos consi-deradas clássicas.

E esta de 1916 que lemos continha muitos autores, já divididos pelos seus países. Assim começava o autor des-ta antologia pela Grécia, ber-ço de tanta coisa mas tam-bém de textos clássicos fun-damentais a começar por Homero e a acabar em Teó-crito (tinham o cuidado de ordena-los alfabeticamente). Depois Itália, Virgílio, Horá-cio, Dante. Depois a Espanha e o incontornável Cervantes. Depois a França, Inglaterra, Alemanha, Noruega e a Rús-sia e obviamente Portugal.

Referiremos os autores que estavam incluídos nes-sa antologia numa próxima oportunidade porque esta crónica já vai longa e não há espaço para fazermos algu-mas considerações sobre alguns autores.

H. Nóbrega

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 saúde 19

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Envie-nos sugestões, informações, comentários, fotografias e as suas

opiniões para o e-mail: [email protected]

A Sociedade Portugue-sa de Alergologia Pediátri-ca vai assinalar o Dia Mun-dial da Asma, no próximo dia 5 de maio, com a realização de sessões de esclarecimen-to em escolas do ensino bási-co e secundário, por forma a promover o diagnóstico pre-coce desta doença em idade escolar.

“Tendo em conta que a criança passa 30 por cen-to do seu tempo na escola é necessário que todos os seus intervenientes tenham conhe-cimento sobre a asma. Os mitos e problemas relaciona-dos com alergias respiratórias podem ser desmascarados. E se a asma for devidamente

diagnosticada e controlada, se os professores tiverem for-mação nesta área e se existir um plano de atuação, a asma não terá implicações na vida da criança”, explica Libério Ribeiro, pediatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica.

E acrescenta: “há uma forte ocorrência de casos de asma nas aulas de Educação Físi-ca. Esta situação leva, mui-tas vezes, a que alunos com asma não pratiquem cer-tos exercícios ou, no limite, não pratiquem atividade físi-ca, o que acaba por ter um impacto negativo na criança quer a nível psicológico como fator discriminatório, quer a

nível físico por não praticar atividade necessária ao seu desenvolvimento”.

O diagnóstico precoce da asma evita a progressão da doença e a sua evolução para formas persistentes que a tor-nam irreversível. Em respos-ta a vários estímulos, as vias aéreas das crianças asmáti-cas tornam-se mais estreitas e inflamadas, provocando sin-tomas como tosse, sensação de aperto no peito, pieira e falta de ar.

A asma afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo e em 2025 será a doença cró-nica mais prevalente da infân-cia e uma das maiores causas de encargos em saúde. l

Asma em idade escolar não está diagnosticada O Dia Mundial da Asma assinala-se a 5 de maio

Cruz Vermelha Portuguesa realiza mais uma campanha nacional de recolha de alimentos

Nos próximos dias 24, 25 e 26 de abril, sexta, sábado e domingo, a Cruz Verme-lha Portuguesa vai realizar mais uma campanha nacio-nal de Recolha de Alimentos, em todas as lojas Continente do país. Durante os três dias, voluntários da Cruz Verme-lha Portuguesa vão estar em mais de 200 lojas de todo o

país e ilhas, a apoiar na reco-lha dos alimentos. Todos os portugueses podem aderir a esta causa e contribuir com produtos como papas e pro-dutos para bebés, leite e lei-te em pó, enlatados diversos, farinha, azeite, cereais, arroz, massa, açúcar, entre outros bens essenciais.

Os bens doados serão pos-

teriormente distribuídos por famílias carenciadas, identifi-cadas pelas cerca de 100 Dele-gações da Cruz Vermelha Por-tuguesa, de acordo com as necessidades mais urgentes de cada região, a nível nacio-nal, com o objectivo de ajudar muitas famílias portuguesas que procuram apoio junto da Instituição. l

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opinião20 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL J RODRIGUES FERNANDES

Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira BravaTef. 291 952 230 Fax: 201 951 690

E-mail – notá[email protected](publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015)

Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a vinte e um de Abril de 2015, exarada de folhas cinquenta e seis e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 213-A, deste Cartório Notarial, José Ricardo Fernandes Sargo Nif 218.698.844 e mulher Susana Oliveira dos Reis Fernandes, Nif 200.183.117, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ela da freguesia e Campanário e ele da freguesia da Ribeira Brava, ambas do concelho da Ribeira Brava, onde residem na Estrada da Banda de Além, Entrada 58-A-5, 1º direito, declaram-se, com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores, de dois prédios rústicos, de batata doce, localizados ao sitio da Murteira, freguesia da Ribeira Brava, não descritos na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava, a saber: I) - Com área de cento e quarenta e seis metros quadrados, que confronta a Norte com a Ribeira, sul, Leste e Oeste com Manuel Carlos Andrade, inscrito na matriz sob o artigo 17.737, com o valor patrimonial de € 6,66 e com o valor atribuído de cem euros. II) - Com área de cento e quinze metros quadrados, que confronta a Norte e Oeste com Manuel Carlos de Macedo, Sul com Caminho e Leste com António Correia, inscrito na matriz sob o artigo 17.738, com o valor patrimonial de € 7,04, e com o valor atribuído de duzentos euros.

Que os identificados prédios vieram à posse do justificante marido, por os terem adquirido por compra verbal e como tal não titulada, feita no ano de mil novecentos e noventa e quatro, ainda no estado de solteiro, menor, tendo posteriormente casado um com o outro, compra essa feita por intermédio de seu pai, Eduardo Ubaldo Fernandes, a Manuel Macedo, solteiro, maior, residente que foi ao sítio dos Moinhos, da dita freguesia de Ribeira Brava. E que desde então os referidos prédios se encontram na posse dos justificantes, portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, pública, pacifica e contínua, sendo consenso que os imóveis lhes pertencem, pois praticam todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, cultivando a terra, pagando as respectivas contribuições, usufruindo da sua utilização ou seja, retirando em seu exclusivo proveito as respectivas utilidades. Que esta posse conduziu à aquisição dos imóveis por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não poder ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial.

Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 21 de Abril de 2015.

O Notário:(Gabriel José Rodrigues Fernandes)

CARTÓRIO NOTARIAL DO FUNCHAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA,NOTÁRIA EM SUBSTITUIÇÃO, POR DELIBERAÇÃO DA ORDEM DOS

NOTÁRIOS, SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FREGUESIA DA SÉ, CONCELHO DO FUNCHAL

TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 E-mail: [email protected]

(publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015)Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 73

do Livro de notas para escrituras diversas número 23-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial de Conceição Gonçalves de Abreu, NIF 131 607 910 e marido José de Abreu, NIF 130 057 355, naturais da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, concelho de Câmara de Lobos, residente ao Caminho do Lombo do Foro, número 18, freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, casados no regime da comunhão geral, afirmam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, composto de pastagem ou pasto, cultura arvense de regadio e leitos de curso de água, ao sítio da Serra, freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, a confrontar pelo Norte com a Ribeira, Sul com Manuel Silvestre Jesus, Leste com Manuel Fernandes Camacho e Oeste com herdeiros de João Pestana, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1/462 da Secção D8, prédio não descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos.

Declaram para os efeitos previstos no artigo 112º número 4, do Código do Registo Predial, que o prédio acabado de identificar, não tem qualquer relação, por não ser o mesmo, com os prédios semelhantes descritos na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos, sob os números dois mil seiscentos e vinte e três; cinco mil quatrocentos e dois e, quinze mil quinhentos e dezoito a folhas setenta e sete verso do Livro quarenta e um, todos da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.

Que o referido prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, através de doação meramente verbal feita pelos pais da justificante mulher Adelino Gonçalves e Filomena de Jesus do Espirito Santo, casados no regime da comunhão geral, e residentes ao Caminho do Lombo do Foro, número 16, dita freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.

Que os justificantes estão assim na posse do identificado prédio, em nome próprio desde o referido ano, posse esta pública, pacífica e de boa fé e, assim, contínua e ininterruptamente à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário cultivando-os e colhendo os respectivos frutos.

Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade dos identificados prédios a título originário – por usucapião.

Está conforme o original aqui narrado por extracto.Funchal, vinte e um de Abril de dois mil e quinze.

P’la NOTÁRIA,(Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/16).

lei do álcool, Será que é desta? O governo prepara-se para

efetuar uma nova alteração a lei do álcool que estabelece o regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e abertos ao público, estando já para aprovação em conselho de ministros a nova Lei.

A última alteração remonta a abril de 2013, onde o gover-no estabeleceu a idade míni-ma de 18 anos para as bebi-das espirituosas com elevado teor de álcool p.ex., destiladas (Gin, Whisky, Aguardente) e 16 anos para as bebidas não espirituosas p.ex., fermenta-das (cerveja ou vinho). Dois anos volvidos e sendo notório que a alteração realizada em 2013 não teve o impacto pre-tendido, na redução do con-sumo de álcool por parte dos jovens, o governo irá estabe-lecer a idade mínima em 18 anos para todas as bebidas alcoólicas (parece que é des-ta). Esta medida inicialmen-te tinha sido prevista em 2013 mas, porque razão não foi adoptada? Terá sido pelas crí-ticas e pressão exercidas por parte das empresas associadas ao vinho e a cerveja? O facto é que o governo recuou e na altura não seguiu as recomen-dações de diversos profissio-nais ligados a saúde que aler-taram para os diversos riscos desta droga, lamentando que “os interesses das empresas que vendem álcool se sobre-ponham ao interesse da saúde dos portugueses”.

O consumo de álcool nos jovens, esta associado a danos cerebrais (perdas de memó-ria, depressão, perturbação do sono, suicídio) e neuro-cognitivos com implicações na aprendizagem e no desenvol-vimento intelectual, instabili-dade de movimentos, dificul-dades respiratórias, doenças cardiovasculares, úlceras, pro-blemas sexuais, entre outros problemas.

Alguns estudos referem que a adolescência é o perío-do em que as características dos jovens são propícias ao inicio do consumo de drogas, inclusive, a sua tendência para a dependência, onde p.ex., o

estímulo para beber álcool pode partir do meio familiar ou do meio social (pelo consu-mo regular dos pais, familia-res ou amigos), por outro lado quando o início do consumo é retardado para depois dos 18 anos, o risco de um jovem sofrer problemas com o álcool é reduzido em 50%.

Por todos estes factores, parece-me importante que seja exercida uma fiscalização apertada por parte das entida-des com competência de fisca-lização (ASAE, PSP e GNR) e ainda a necessidade de aumen-tar o valor das coimas previs-tas em caso de infração, onde atualmente o valor pode ir de 500 euros a 3740 euros, caso o infrator seja pessoa singu-lar, ou de 2500 euros a 30000 euros caso estejamos perante pessoa coletiva.

Não se vislumbra uma tare-fa fácil por parte das entida-des fiscalizadoras, por um lado a dificuldade na fiscali-zação, nomeadamente a falta de recursos humanos e mate-riais, por outro lado as infra-ções têm que ser detetadas em flagrante delito. Em caso de infração caberá a entidade fis-calizadora levantar o auto de contraordenação ao estabele-cimento visado e nos casos em que os menores evidenciem intoxicação alcoólica deve-rá ser elaborada a notificação ao responsável legal do menor i.e., implicando perigo para o menor a entidade fiscalizado-ra “deve diligenciar para lhe por termo, pelos meios estri-tamente adequados e neces-sários e sempre com preserva-ção da vida privada do menor e da sua família (…) poden-do ainda solicitar a coopera-ção da Comissão de Prote-ção de Crianças e Jovens ou do representante do Ministé-rio Público territorialmente competentes”.

Um maior número de alte-rações à Lei não implica uma maior eficácia da mesma (nes-te caso revela até má técni-ca legislativa uma vez que não produziu quaisquer efeitos jurídicos). A eficácia depen-derá sempre da envolvência de todos os atores, refiro-me

ao governo responsável pela elaboração da lei com medi-das que podem fazer dimi-nuir o consumo do álcool por parte dos jovens, às associa-ções e comissões que desem-penham um papel fulcral na sensibilização e os Órgãos de Policia Criminal, responsá-veis pela aplicação da Lei que deverão exercer uma fiscaliza-ção com o rigor e a imparciali-dade que se lhes impõe e que se espera. Porém estes inter-venientes que acabei de referir só deviam atuar caso os res-ponsáveis pela disponibiliza-ção/distribuição do álcool aos jovens contrariem a Lei, pelo que são estes a chave princi-pal para o sucesso do cum-primento e da aplicabilidade da mesma. Numa perspecti-va financeira, a ilicitude dos actos nunca pode compensar face ao cumprimento da Lei e por isso a prevenção geral das contra-ordenações aqui em apreço é o aspecto nucle-ar e que deve operar de forma profunda junto dos vendedo-res e distribuidores de bebidas alcoólica, p. ex., em determi-nados países a venda de bebi-das alcoólicas a menores pode levar ao encerramento ime-diato do estabelecimento, por isso não há bebida alcoólica que seja vendida antes de exis-tir uma confirmação mediante a apresentação de documen-to identificativo, se o cidadão não o tiver consigo, não existe sequer a venda.

Relativamente aos pais estes esperam que, caso os seus filhos/menores, sob a sua responsabilidade, se dirijam a um estabelecimento lhe seja negado o acesso ao álcool uma vez que é contra legem, porém estes não podem olvidar que são os primeiros e principais responsáveis, pois os valores e educação adquirem-se maio-ritariamente em casa e tam-bém não me parece que os pais queiram ver a sua ação e responsabilidade de “fiscaliza-ção” substituída pela polícia, devendo ser estes os primeiros a transmitirem bons padrões de comportamento aos filhos não se esquecendo que são a sua referência. l

JERÓNImO PINa

associado do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) no Comando Regional da madeira.

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 opinião 21

PU

B

CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO DE SÃO VICENTE

(com extensão de competência ao concelho do PORTO MONIZ)NOTÁRIO: JOÃO PAULO MARQUES ROSA

(piso superior ao Serviço de Finanças de São Vicente)Vila, São Vicente / Telef: 291842129(publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015)

Certifico para fins de publicação que, por escritura celebrada hoje, iniciada a folhas cinquenta e nove do livro de notas para escrituras diversas número trinta e três - A deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, pela qual António Eduardo Mendes, NIF 142 497 215, e mulher, Maria Cesária José, NIF 109 675 509, casados na comunhão geral de bens, naturais da freguesia e concelho de São Vicente, residentes à Rua Conde Carvalhal, número 44, freguesia de Santa Maria Maior, concelho do Funchal, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos prédios seguidamente identificados, todos localizados ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente, a saber:

Um - Prédio misto, composto por terra de cultivo e casa para habitação, com a área total de quatrocentos e trinta e um vírgula sessenta metros quadrados, dos quais quarenta e um vírgula setenta e quatro metros quadrados são de superfície coberta e vinte e quatro vírgula sessenta e quatro de logradouro, a confrontar a Norte e a Este com António Eduardo Mendes, a Sul com o Caminho Municipal e a Levada e a Oeste com João Gonçalves, inscrito na matriz, em nome de João Augusto de Sousa, sob o artigo urbano 1639 e os artigos rústicos, 4442 e parte (1/12) do 4443, descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente sob o número mil duzentos e quarenta e quatro da freguesia de São Vicente, onde se acha inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, pela apresentação três, de vinte e oito de Outubro de mil novecentos e noventa e seis, a favor de Maria Teresa de Sousa, viúva, Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, Maria de Sousa, viúva, Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França;

Dois - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de mil e noventa e seis vírgula dez metros quadrados, a confrontar a Norte com o Caminho e a Levada, a Sul com Gregório de Abreu, a Este com o Limite do Domínio Público Hídrico da Ribeira e a Oeste com Manuel Marques Rosa, inscrito na matriz, em nome de João Augusto de Sousa, sob parte (2/10) do artigo 4438, e o artigo 4439, descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente sob o número mil duzentos e quarenta e cinco da freguesia de São Vicente, onde também se acha inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, pela apresentação três, de vinte e oito de Outubro de mil novecentos e noventa e seis, a favor de Maria Teresa de Sousa, viúva, Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, Maria de Sousa, viúva, Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França.

Que a divergência de área entre a descrição predial e o presente título, no que se refere ao prédio identificado na alínea a), decorre de simples erro de medição, não tendo ocorrido qualquer alteração na configuração do prédio, o que é declarado nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do número 2 do artigo 28º-C do Código do Registo Predial, e a divergência de área entre a descrição e o presente título, no que diz respeito ao prédio identificado na alínea b), decorre de simples erro de medição, o que é declarado nos termos e para os efeitos do disposto no número 1 do artigo 28º-C conjugado com o artigo 28º-A do Código do Registo Predial.

Três - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de mil duzentos e setenta metros quadrados, a confrontar a Norte com António Gonçalves, a Sul com Eduardo Rodrigues Mendes, a Este com Manuel Francisco e a Oeste com António Eduardo Mendes, inscrito na matriz sob o artigo 17237, em nome de Vicente Rodrigues Mendes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente;

Quatro - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de dois mil trezentos e setenta e três metros quadrados, a confrontar a Norte e a Sul com António Gonçalves, a Este com António Eduardo Mendes e a Oeste com Eduardo Rodrigues Mendes e outro, inscrito na matriz sob o artigo 17238, em nome de Armando Nunes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente.

Que os prédios identificados sob os números Um e Dois vieram à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e noventa e três, por compra não titulada efetuada aos titulares inscritos: Maria Teresa de Sousa, à data viúva e entretanto falecida, residente ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, entretanto falecida, residentes ao Sítio da Vargem, freguesia e concelho de São Vicente; Maria de Sousa, viúva, residente ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, residentes ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França, residentes à Rua Jardel França, São Vicente, São Paulo, Brasil.

Que o prédio identificado sob o número Três veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e oitenta e um, por doação não titulada efetuada pelos pais do justificante varão, Manuel Rodrigues Mendes e Celeste Augusta Andrade, já falecidos, residentes que foram ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; e o prédio identificado sob o número Quatro veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal efetuada a Maria Olívia Nunes e Manuel Gonçalves Quitéria, já falecidos, residentes que foram na Venezuela.

Que, para efeitos de reatamento do trato sucessivo, foi efetuada a prévia notificação, mediante o envio de carta e pela afixação de editais na Conservatória do Registo Predial e na Junta de Freguesia de São Vicente, os quais arquivo no maço respetivo.

Que, desde as referidas datas e sem interrupção, os justificantes entraram na posse e fruição dos identificados prédios, usufruindo de todas as utilidades por eles proporcionadas, nomeadamente, amanhando e plantando a terra, conservando a moradia e suportando as suas contribuições e encargos, agindo por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo a sua posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que declaram adquirir os referidos prédios por usucapião.

É extrato certificado da escritura e vai conforme o original.São Vicente, vinte de Abril de dois mil e quinze.

O Notário,João Paulo Marques Rosa

Aqui e ali, por este país fora, comemora-se o 25 de Abril de 1974, como também se invoca a implantação da República em cada 5 de Outu-bro e ainda se festeja no 10 de Junho de cada ano o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Contudo, enche-me de tris-teza de sentir e ver que os portugueses, na sua esmaga-dora maioria, não estão sen-sibilizados para participarem nessas cerimónias em honra de factos extraordinariamen-te marcantes e importantes para a sua História.

E porquê? Julgo porque eles são comemorados segun-do um figurino de cerimó-nias solenes que os afastam naturalmente, pela sua índo-le de “montra de passagem de pessoas importantes” que detêm os diversos poderes em Portugal.

Mas falamos do 25 de Abril de 1974 que será invocado no próximo sábado. Nos primei-ros anos que se sucederam a esse acontecimento ímpar na vida do nosso país, porque foi ele que devolveu a Liberdade aos cidadãos e acresce ainda o facto de que a nós, Povo des-ta Região, possibilitou a insti-tuição da Autonomia. Por dis-cutível que ela seja, quanto à sua importância, foi aquela que nos proporcionou dar um qualitativo, altamente positi-vo no nosso desenvolvimen-to económico, social, infra-es-trutural e educacional, nes-ses primeiros dez, quinze ou vinte anos, poucas entidades comemoraram-no em peque-na escala, segundo o figuri-no de cerimónias hoje cons-tatado: o hastear da bandei-ra nacional e das suas compa-nheiras habituais, discursos dos representantes dos parti-dos políticos, discurso do Pre-sidente da República e finali-

za com o Hino Nacional.Pouco mais se pode consta-

tar nas comemorações de data tão importante para os portu-gueses que além da Liberda-de, vieram a ganhar mais tar-de a Democracia.

Os políticos mandantes ves-tem-se a rigor, emprestam-se um aspecto o mais importan-te possível, usam a linguagem estereotipada para demons-trarem as suas capacidades culturais e perante um punha-do, por vezes muito pequeno, de cidadãos comuns, presi-dem assim a actos “solenes” mediáticos.

Se esse costume perdurar por muitos anos, corre-se o risco de que a maioria das pessoas esquecerá completa-mente a importância históri-ca que esses acontecimentos tiveram para a sua Comuni-dade e a interacção importan-te que Portugal terá com paí-ses terceiros, sejam ou não da União Europeia, tornar-se-á cada vez mais ténue. A nossa voz colectiva valerá cada vez menos, até ser inaudível.

Nos primeiros anos que se seguiram ao golpe de esta-do, os militares revolucioná-rios e os políticos que deram um novo rosto ao poder civil comemoravam “Abril” com decisões e actos coerentes com a revolução. Ou seja, todas as leis que se publicassem ou todos os actos públicos que se assumissem, procuravam dar às pessoas melhor quali-dade de vida, concretizadas através de medidas ou obras que se julgavam atingir esse objectivo.

Não devemos esquecer os erros cometidos no pós-25 de Abril, designadamente no Processo Revolucionário em Curso (PREC), nomeada-mente as excessivas naciona-lizações e muitos saneamen-tos injustos. Mas também não devemos esquecer aque-les que foram da autoria dos governantes do regime ante-rior e noutras épocas de toda a nossa História, até porque isso ajudar-nos-á a não repe-

tir no presente e no futuro os mesmos erros.

Assim, nessa época, come-morava-se “Abril” trabalhan-do e fazendo obra, por mais pequena que fosse, para o bem comum. Não havia tem-po nem lugar para exibição de vaidades.

Se comemorassem o 25 de Abril de 1974 para além das cerimónias solenes, através de medidas e obras que visassem o bem comum, designada-mente de cariz cultural, des-portivo e de lazer, que apelas-sem a todos os níveis etários mas em particular aos jovens, então talvez cresça significati-vamente o gosto colectivo por essa comemoração.

Espectáculos de índo-le diversa, festas populares e eventos desportivos hão-de dar um novo fôlego ao interes-se pelas comemorações desses acontecimentos históricos.

Post scriptum: Duran-te quase quarenta anos os governos do PSD/Madei-ra liderados pelo Dr. Alberto João Jardim, como também as autarquias social-democra-tas, assumiram um estilo de governação que tirou a Região da miséria e em que atingi-mos um patamar de desenvol-vimento interessante.

Confio serenamente que o novo governo, acabado de ser empossado, igualmen-te do PSD/Madeira e lidera-do pelo Dr. Miguel Albuquer-que, vai continuar nessa sen-da e orientação, ainda que, naturalmente, os perfis do seu Presidente e dos restantes membros, bem como a actual situação financeira europeia e nacional o obrigue a caracte-rizar com significativas dife-renças em relação à anterior governação. l

Comemorar o 25 de Abril

DIVAGANDO...

VIRGÍLIO PEREIRa

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economia22 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

JOãO TOLEdO

[email protected]

no final de mar-ço, o número total de desemprega-dos na região era de 22534, o que significa uma des-cida de 1,5% em relação ao mês anterior.

D e acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e For-

mação Profissional (IEFP), no final do mês de março de 2015 o número total de desempre-gados na Região era de 22534, o que significa uma descida de 1,5% em relação ao mês anterior, onde existiam 22872 (+338) desempregados ins-critos no Instituto de Empre-go da Madeira.

Por sua vez, se comparar-mos com o mês homólogo do ano transato verificamos que o número de desempregados diminuiu 3,9%, sendo que em março de 2014 as estatísticas davam conta de 23447 (+913) pessoas sem emprego.

Se analisarmos o todo nacional observamos que, no final do mês de março de 2015, estavam inscritos, como desempregados, nos Cen-

tros de Emprego do Conti-nente e Regiões Autónomas, 590 605 indivíduos, número que representa 70,7% de um total de 835 626 pedidos de

emprego. Registe-se, ainda, que

o total de desempregados registados no País diminuiu em comparação com o mês

homólogo de 2014 (-14,4%; -99 220) e face ao mês ante-rior (-2,3%; -13 709).

A evolução, comparativa-mente a março de 2014, mos-tra a descida do desempre-go nos homens (-15,3%) e nas mulheres (-13,5%). Quanto ao grupo etário, ambos os seg-mentos de análise (jovens e adultos) apresentavam uma descida anual do desempre-go, respetivamente -18,3% e -13,8%.

Os dados do IEFP mos-tram, ainda, que a nível regio-nal, e comparando com o mês de março de 2014, o desem-prego diminuiu em todas as regiões do País. Relativamen-te ao mês anterior, todas as regiões apresentaram menos desempregados inscritos. l

Madeira com menos desemprego

Valor da Comercialização de vinho generosocom quebra homóloga de 10,6%

lusitania Seguros reforça presença na MadeiraA Lusitania Seguros, segu-

radora de capital integral-mente nacional, inaugurou, no passado dia 23 de abril, um novo balcão da Compa-nhia e uma nova loja na ilha da Madeira, representada pelo Agente M.I.M, aumen-tando, desta forma, a sua

representatividade local e a sua resposta às necessidades dos madeirenses.

“Providenciar um servi-ço de qualidade é prioritário” para João Lira e João Ramos, responsáveis pela Loja M.I.M – Madeira Insurances Mana-gement, localizada na vila da

Ponta do Sol. “Ambicionamos oferecer um acompanhamen-to premium ao cliente com serviços atrativos e direciona-dos para cada tipo de necessi-dade. A conjugação do apoio da Lusitania ao nosso projeto e uma equipa motivada e pro-fissional, serão o nosso fator

de sucesso”, salientam aque-les responsáveis.

“É fundamental chegar junto dos nossos mediado-res e oferecer um conjunto de soluções e serviços adequados que se refletem num melhor e mais atento atendimen-to ao cliente. O novo balcão,

localizado no centro do Fun-chal junto à Câmara Muni-cipal, apresenta infraestrutu-ras renovadas e uma equipa de profissionais atentos que primam por um serviço de excelência”, destaca Rodrigo Lucas, gerente do novo balcão Lusitania do Funchal. l

Segundo dados do IVBAM, a comercialização de vinho generoso “Madeira” ron-dou os 750 milhares de litros nos primeiros três meses de 2015, traduzindo-se em recei-tas de primeira venda de 3,9 milhões de euros. Compara-tivamente ao período homó-logo registou-se um decrésci-mo 8,4% na quantidade e de 10,6% no valor.

Os dados mostram também que o mercado regional foi um dos impulsionadores des-ta diminuição tendo o mesmo observado quedas de 32,3% na quantidade e de 34,9% no valor. No mercado comunitá-rio, as reduções foram menos acentuadas, mais precisa-mente de 7,0% no volume e de 2,0% no valor. O merca-do francês permanece como o mais representativo den-tro da UE, tendo as exporta-ções para aquele país crescido 5,9% em quantidade e 6,0%

em valor.No caso dos países tercei-

ros a evolução verificada foi de aumento nas quantida-des (+5,1%) e de quebra no

valor (-5,0%). Os EUA – que no trimestre em referência foram, em termos de recei-tas, o segundo mercado exter-no mais importante, depois

da França – reduziram a sua procura de vinho Madeira comparativamente ao perío-do homólogo, observando-se quedas de 25,0% no volume

comercializado e de 19,2% no valor.

Registe-se, ainda, que a comercialização de bebidas espirituosas produzidas na RAM ultrapassou em 2014 os 642 milhares de litros, obser-vando-se um incremento de 1,5% face ao ano preceden-te. Para este crescimento con-tribuiu o aumento verifica-do na comercialização de licor (+6,4%), que compensou a diminuição registada no rum da Madeira (-1,7%).

Relativamente à comercia-lização de vinho DOP «Madei-rense» registaram-se fortes subidas face a 2013, mais con-cretamente de 35,4% na quan-tidade e de 44,3% no valor de primeira venda. Já no vinho IGP «Terras Madeirenses», apesar da quebra na quanti-dade comercializada (-13,5%), o valor gerado por este tipo de vinho registou um ligeiro aumento (+0,3%). l

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internacionalizar 2020No âmbito da atividade da rede euro-

peia de apoio às empresas Enterpri-se Europe Network, a ACIF-Câmara de Comércio e Indústria da Madeira, em

resultado de uma parceria com o Insti-tuto de Desenvolvimento Empresarial da RAM, convida as suas associadas a participar na sessão de apresentação do

Sistema de Incentivos à Internaciona-lização das Empresas da Região Autó-noma da Madeira – Internacionalizar 2020 que terá lugar na próxima quarta-

feira, às 9h30, à Rua dos Aranhas 26A entrada é gratuita mas sujeita

a inscrição através do telefone 291 206800

10h30: Receção dos participantes

11h00: Sessão de abertura

Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa

Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas

11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

IESE, Oliveira das Neves e João Figueira de Sousa

12h30: Sessão de encerramento12h30: Sessão de encerramento

Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, em representação do Presidente do Governo Regional

Entrada livre mas sujeita a inscrição

13h00 - Pestana Casino Park Hotel

Custo do almoço por pessoa: 45 € (sócios) e 55 € (não associados) Sujeito a reserva

Inscrições e reservas: e-mail [email protected] | telefone 291 206800

Almoço

Programa

Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

27 de abril

10h30: Receção dos participantes

11h00: Sessão de abertura

Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa

Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas

11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

IESE, Oliveira das Neves e João Figueira de Sousa

12h30: Sessão de encerramento12h30: Sessão de encerramento

Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, em representação do Presidente do Governo Regional

Entrada livre mas sujeita a inscrição

13h00 - Pestana Casino Park Hotel

Custo do almoço por pessoa: 45 € (sócios) e 55 € (não associados) Sujeito a reserva

Inscrições e reservas: e-mail [email protected] | telefone 291 206800

Almoço

Programa

Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

27 de abril

10h30: Receção dos participantes

11h00: Sessão de abertura

Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa

Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas

11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

IESE, Oliveira das Neves e João Figueira de Sousa

12h30: Sessão de encerramento12h30: Sessão de encerramento

Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, em representação do Presidente do Governo Regional

Entrada livre mas sujeita a inscrição

13h00 - Pestana Casino Park Hotel

Custo do almoço por pessoa: 45 € (sócios) e 55 € (não associados) Sujeito a reserva

Inscrições e reservas: e-mail [email protected] | telefone 291 206800

Almoço

Programa

Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM

27 de abril

Apresentação para associados

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opinião24 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015P

UB

Edifício O Liberal · PEZO, Lote7, Socorridos9004-006 Câmara de Lobos Tel. 291 911 300 · Fax 291 911 309Email: [email protected]

Marisa Mendes

O CALHAU da LAPA

PR

EÇO

DE

CU

STO

€ 10,00

Imaginem a expressão sonora que os aparelhos de uma unidade de cardiolo-gia apresenta ao monitorizar um doente, indicando o rit-mo cardíaco, a sua intensida-de e pressão. Repentinamen-te, o BIP - BIP, transforma-se num som contínuo e a cur-va visível nos monitores dá lugar a um risco contínuo. Só com um conjunto de procedi-mentos tendentes à reanima-ção, o doente poderá voltar a um estado de equilíbrio e de estabilidade.

É com esta imagem de angústia, de risco e de incer-teza que me assalta quan-do nos vão dando relato pela comunicação social, da cala-midade criminosa dos milha-res de refugiados que atraves-sam o mediterrâneo, procu-rando sobreviver, procurando abrigo, procurando paz.

Muitos morreram, tentan-do chegar a bom porto. Mui-tos mais se seguirão. Será que continuaremos, a UE, a fazer o pouco que tão maus resulta-dos tem obtido? Será?

As migrações têm a tendên-cia de mudar o mundo e esta realidade, fruto das guerras

civis, da fome, da doença, da insegurança, que grassa em países inviáveis, ou em recon-versão, são, antes de mais, um problema humanitário.

O mundo e a UE, terão de encontrar uma resposta pron-ta, da mesma forma que se mobiliza para fazer, ante o combate ao terrorismo ou a outros fenómenos e aciden-tes globais.

Provavelmente, teremos de defender um principio de ingerência em outros territó-rios, por forma a acautelar os desastres humanitários. Nes-se plano, a ONU seria o orga-nismo apropriado para conju-gar uma resposta a este pro-blema, articulando com a UE.

Sabemos que para conter o fluxo dos migrantes, deverí-amos criar as condições para que nos países de origem dos mesmos as condições de vida, fossem as suficientes para criar as condições de confian-ça, de segurança, de desen-volvimento, que levassem à normal fixação das suas gen-tes. Mas quando no território de origem não existe, na ver-dade, qualquer país, só uma capacidade de ingerência de forças pacificadoras, podere-mos responder a esse propó-sito. Teremos a vontade e a determinação para tal? Tere-mos ou não uma consciência colectiva de defesa dos direi-tos humanos e de defesa da humanidade que se sobrepo-nha aos interesses mesqui-nhos da geopolítica regional,

ou aos custos financeiros de uma tal operação?

De qualquer forma e, antes de mais, teremos de socorrer os que abraçam o risco da tra-vessia. Teremos de ter opera-ções mais eficientes e eficazes no socorro. Teremos de com-bater, mais e melhor, os car-rascos e as organizações cri-minosas que se aproveitam da fraqueza dos necessitados. Teremos de acolher os refu-giados e entender que esse acto não é, nem pode ser, da responsabilidade só dos paí-ses do sul da Europa, mas do conjunto da mesma.

Será que é necessário uma movimentação dos cidadãos, com manifestações, vigílias e um conjunto de outras pres-sões para que esta temática tenha o relevo que merece? Será que os parceiros sociais, partidos e principalmente os governantes continuarão a pouco fazer?

Impõem-se um envol-vimento da opinião pública sobre esta matéria. Falta um “lobbying” pelos refugiados.____________ BIP...BIP...BIP...BIP...BIP, temos de res-suscitar o “doente”. De resto, se analisarmos as coisas bem, o verdadeiro “doente” somos nós. l

RICaRdO FREITaS

dirigente sindical

BIP...BIP...BIP...BIP...BIP___________

RaqUEL COELHO

deputada do PTP

Velhos hábitosnunca mudam

O Jornal da Madeira tinha como hábito presentear-nos diariamente com inúmeras fotos/notícias de Jardim e do PSD. Para não falar nos arti-gos de opinião dos escribas do regime que outra coisa não faziam, senão enaltecer os fei-tos da Madeira Nova e dene-grir a imagem dos seus oposi-tores políticos.

Embora os tempos sejam de propalada renovação, atre-vendo-se os mais poéticos a afirmar que Abril chegou pela primeira vez à Madeira. A verdade é que pouco mudou desde então e basta abrirmos o Jornal da Madeira, para nos perguntarmo-nos onde está a renovação?

Tive o cuidado de contar quantas fotos trouxe o Jornal da Madeira de Albuquerque num só dia, um total de nove fotografias e onze notícias do novo executivo, sendo que o Diário de Notícias também não lhe tem ficado atrás.

Durante as eleições inter-

nas do PSD, Miguel Albu-querque foi alvo das línguas viperinas do Jornal da Madei-ra, provando pela primeira vez do veneno do próprio par-tido. Revoltado tratou logo de defender a entrega do Jor-nal à diocese, alegando que era antidemocrático e um desperdício do dinheiro dos contribuintes.

Mas agora que chegou ao Governo, a história é outra, passou de diabo a santo no dito jornal e já goza dos mes-mos privilégios que Jardim.

Moral da história, mudam-se as personagens, mas o for-mato do jornal é sempre o mesmo.

No tempo do fascismo, o Jornal da Madeira resumia-se a duas coisas: desporto e Sala-zar, depois passou para des-porto e Jardim e agora é des-porto e Albuquerque. Enfim, é caso para dizer: “Velhos hábi-tos nunca mudam”. l

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 desporto 25

Há cerca de 15 anos, nor-malmente em meados de junho, fazíamos um estágio quando acabavam as aulas e o meu primeiro foi na Vidiguei-ra que, para quem não sabe, fica em Beja, no Alentejo inte-rior. Como tinha um exame na universidade, acabei por juntar-me mais tarde à equi-pa. Cheguei já de madruga-da e como havia treino no dia seguinte, foi chegar e dormir no mesmo quarto com o Filipe Rebelo. No dia seguinte correu tudo normalmente, treinámos, almoçámos e só depois, quan-do fomos para a habitual ses-ta, tive oportunidade de olhar como deve ser para o quarto onde estava a ficar, já gabado

pelo Filipe: «Já viste, conse-gui o maior quarto só para nós os dois», dizia ele. É óbvio que estava também contente com

a boa-nova, mas qual não foi o meu espanto quando constatei que aquele era o único quarto do apartamento onde ficámos

sem ar condicionado! Tinha apenas uma ventoinha que fazia um barulho como nunca ouvi na minha vida e não nos

deixava dormir. Ora, na altu-ra estava já um calor absurdo, cerca de 40 graus — houve até um dia sem treinos por causa disso —, pelo que vivemos um pequeno inferno nesse está-gio. Até no chão nos deitámos na esperança de nos sentirmos mais fresquinhos.

Lembro-me que os trei-nos decorriam numa piscina municipal, aberta ao público, e se os das 9 da manhã corriam sem problemas, à tarde as pis-tas que alugávamos eram fre-quentemente alvo de mergu-lhos e “bombas”. Até tínhamos “adeptos” debaixo de água a aplaudir-nos porque achavam piada àquilo!

andré cunha

Desde 1952 perto do mar e dos madeirenseswww.clubenavaldofunchal.com

A pesca desportiva foi uma das primeiras modalidades dinamizadas pelo Naval e aquela que, a meados do sécu-lo passado, mais nos pres-tigiou a nível internacional, através dos recordes do Dr. António Ribeiro. Por isso, é com satisfação que vemos o esforço desenvolvido na for-mação, ao longo dos últimos anos, dar frutos também nesta modalidade. São disso exem-plos Francisco Teixeira e Car-los Abreu que, no passado fim de semana, sagraram-se Cam-peões Regionais de Juvenis e de Juniores U21, respetiva-mente. Eles são o topo de uma pirâmide onde se incluem ain-da o Vice-Campeão Regional de Juvenis, o Luís Pereira, e outros jovens que, não ten-do alcançado pódios, comun-gam uma dedicação exemplar a uma modalidade que tira

partido das potencialidades desta nossa maior infraestru-tura que é o mar. Foi a expe-riência ganha no litoral da Madeira que dotou outro nos-so atleta, o Ricardo Santos, da qualidade suficiente para lan-çar no Campeonato Nacional de Juniores U16, cuja parti-cipação terá início este fim de semana. A acompanhar esta-rá o técnico e coordenador Rui Oliveira a quem se deve a dinâmica e resultados des-ta modalidade. Quem sabe se não estará nesta “fornada” de novos valores do Naval, outros atletas internacionais que honrem a nossa tradição e promovam a Madeira numa modalidade que conta milha-res de praticantes por essa Europa fora.

Bom fim de semanaMAFAldA FreItAS

presidente

Atualidade

Pescando títulos

Crónicas, Recordações e Memórias do Naval

quarto grande não era grande coisa

em que ano foi inaugurada a Marina do Funchal?

respostas para: [email protected]

GAnHe uM VouCHer nAVAl

Francisco Teixeira. Carlos Abreu.

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N A V A L i s tadesporto26 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

toda ela do Naval, nomeada-mente Nuno Faria e Tomás Lacerda, os 2.º e 3.º classifi-cados, respetivamente.

Na classe Open, em femi-ninos, Jess Dunsdon garan-tiu o seu segundo êxito do dia, agora secundada pelas com-

panheiras Catarina Melim e Matilde Faria. No Open mas-culino, o melhor navalista foi Tomás Lacerda, no 4.º lugar. Finalmente, na Masters, a vitória foi de André Pontes, que bateu na final o também navalista André Rodrigues. l

cross training

naval Box trust us nos Promofitgames

a naval Box trust us participará, este fim de semana, no promofitgames vI, competição nacional de cross training, que terá lugar no centro de desportos e congressos de Matosinhos, no âmbito da convenção Internacional promo-fitness. Blenda corte, Miguel Faria, rebecca sousa e rodri-go lucas compõem o quarteto do naval que ganhou lugar entre as 15 equipas participantes. esta modalidade fitness, que vem crescendo exponencialmente a nível mundial nos últimos anos, é conhecida pela sua grande exigência físi-ca. a prova inclui desafios diversos desconhecidos à partida pelos atletas, tanto assim que o lema é qualquer coisa como “preparados para o imprevisto”. o projeto naval Box conta 18 meses e ganhou recentemente um espaço próprio no com-plexo desportivo da nazaré.

Os surfistas do Naval con-tinuam na crista da onda no MOCHE Circuito Regional de Surf. Na 3.ª etapa, dis-putada sábado, na Fajã da Areia (São Vicente), a vitó-ria fugiu em apenas 1 das 8 categorias em disputa e, nal-guns casos, o pódio foi preen-chido por navalistas. Assim, a duas etapas do fim, já há navalistas campeões, casos de Tomás Lacerda (Sub14), Francisco Ornelas e Mafalda Abreu (Sub16) e Jess Duns-don (Sub18). Este quarteto tem já garantida a participa-ção no Campeonato Nacional de Surf Esperanças, cuja 1.ª etapa está agendada para 4 de julho, em Peniche.

Na prova disputada em São Vicente, nos Sub14, os 5 pri-meiros classificados enverga-

ram o emblema do Naval, ten-do Tomás Lacerda conquista-do a vitória, enquanto Gon-çalo Gomes e Bernardo Cor-reia foram os 2.º e 3.º classi-ficados, respetivamente. Nos Sub16 a história dominado-ra do Naval repetiu-se, ago-ra alargada aos 7 primeiros classificados, com Francis-co Ornelas a subir ao degrau mais alto do pódio, ladeado por Lourenço Faria e Duar-te Pessoa. Neste mesmo esca-lão etário, mas em femini-nos, só subiram navalistas ao pódio, com Catarina Melim no 1.º lugar, Mafalda Abreu no 2.º e Matilde Faria no 3.º. Um trio que não variou mui-to nos sub-18: Mafalda foi 3.ª, Matilde foi 2.ª e o triun-fo foi de Jess Dunsdon. Nos Sub18 masculinos, Francisco

Ornelas levou a melhor sobre a concorrência mais direta,

Francisco Teixeira e Carlos Abreu sagraram-se Campe-ões Regionais, confirmando as expectativas com que par-tiram para as derradeiras eta-pas dos respetivos campeona-tos regionais. Nas provas dis-putadas sábado e domingo, na Praia Formosa, sob condições algo difíceis devido a algu-ma “levadia” que se fez sentir, os pescadores do Naval ren-tabilizaram as lideranças que traziam da primeira etapa.

Nos Juvenis, Francisco Tei-xeira somou dois 3.ºs lugares, o suficiente para terminar o campeonato no 1.º lugar, com um total de 7 pontos (1+3+3), menos 2 pontos do que Luís Pereira, Vice-Campeão Regio-nal, seu colega do Naval, que nestes dois dias somou um 1.º e um 2.º lugar, mas tra-zia um 6.º da primeira eta-pa (6+1+2). Luís foi mesmo o atleta com o maior exemplar, com 61 gramas, capturado em

todo o campeonato.Por seu turno, nos Junio-

res U21, Carlos Abreu, vence-dor da primeira etapa, alcan-çou um 3.º lugar no sába-do e um 2.º posto no domin-go, o que lhe garantiu o títu-lo com 6 pontos. Carlos foi, em duas etapas, responsável pela maior captura, primei-ro com um exemplar com 197 gramas e depois com um de 523 gramas.

Ricardo Santosno Nacional U16

Ricardo Santos inicia este fim de semana, em Troia, a sua participação no Campe-onato Nacional de Juniores U16. Será a segunda parti-cipação do navalista a este nível, pelo que há boas expec-tativas em torno da sua per-formance técnica. A estreia será na Praia Soltroia-Rio, seguindo-se etapas na Praia do Forte Novo (Quarteira), a 16 e 17 de maio, e da Praia de Quiaios (Figueira da Foz) nos dias 6 e 7 de junho. l

títulos na crista da onda

Francisco e Carlos são campeões

Navalistas em grande no MOCHE Circuito Regional de Surf

Navalistas em grande na pesca desportiva

Carlos Abreu sagrou-se Campeão Regional U21.

Equipa do Naval com bons motivos para festejar.

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 cocktail 27P

UB

«preciouse stone»

Ingredientes:1/3 dose Vodka Smirnoff1/3 dose Green Curaçau Licor1/3 dose Madeira SecoPreencher com Brisa Maracujá

Confecção: Shaker

Fernando Olim: «A riqueza do ser humano não se mede pelos bens que tem mas pela maneira como desfruta deles e os coloca ao serviço dos outros».

Com o patrocínio da Associação de Barmen da Madeira.

Decoração:Tira de casca de Abacaxi; flo-res de cerejas e casquinha de limão; raminho de groselha; estrela de maçã.

O cocktail «Preciouse Stone» foi elaborado para lembrar o quão precioso é o nosso planeta, relembrando as pedras preciosas que são extraídas e usadas para embelezamento e na criação de joias exóticas.

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sociedade28 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Filme “Águas” estreia a 25 de abrilno teatro Municipal

“Águas” é a última produção do Clube de Cinema da Jaime Moniz e terá a sua estreia no sábado, dia 25 de abril, no Teatro Municipal Balta-zar Dias, pelas 21:30H.

A exemplo dos anos anteriores, e relembre-se que esta já é a oita-va produção do Clube Cinemoniz, este trabalho conta com a participa-ção de um grupo grande de pessoas, entre alunos, docentes, funcionários, encarregados de educação, ex alunos e docentes aposentados.

O grupo de atores e figurantes ultrapassa a centena.

A realização deste filme está a cargo do coordenador do Clube, o docente Luís Miguel Jardim.

Na tela mágica do cinema os espe-tadores poderão assistir a um filme retratar, com alguma ficção, de um importante episódio da História da Madeira: a revolta das Águas de 1962 que teve lugar na freguesia da Pon-ta do Sol.

Mais um episódio da nossa His-tória capaz de revelar o espírito rei-vindicativo e corajoso das gentes da Ilha, e no caso concreto da Lombada

da Ponta do Sol, que em pleno Esta-do Novo, enfrentaram o poder vigen-te como forma de defender “as suas águas”, e assim salvaguadar a pro-dutividade das suas terras, principal fonte de sustento de muitas familias.

Relembre-se que recentemente o Clube Cinemoniz havia produzido o filme “Miradouro do Mar”, um tra-balho que teve como temática central o injusto e caduco regime da colónia, que marcou profundamente a Histó-ria da Madeira.

Algumas vivências da época são retratadas no filme, embora a cena mais emblemática seja mesmo a guarda pelo povo das águas no cabo da ribeira, facto que se arrastou por três meses e que só terminou com uma intervenção violenta de forças policiais, ordenada pelo presidente da Junta Geral, superiormente dita-da pelo Governo Salazarista.

No papel de dono do cinema da Ponta do Sol está João Carlos Abreu, e Carlos Lélis tem a tarefa de dar cor-po ao Presidente da Junta Geral da época. Estes são os convidados espe-ciais do filme “Águas”. l

A produção é do Clube de Cinema da Jaime Moniz

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 opinião 29

-Deve-se valorizar: a expe-riência dos eremitas do deser-to, que tinham animais “sel-vagens” como companheiros, “discípulos” e “executores” funerários. E o facto de várias ordens monásticas medievais (cistercienses, cartuxos, car-melitas…) valorizarem a dieta vegetariana.

-Devem-se valorizar, tam-bém, as tradições de profun-da compaixão pelos seres da Vida, e consequente vegeta-rianismo, dos cristãos gnós-ticos (ebionitas, carpocratia-nos, priscilianos, paulicianos, bogomilos e albigenses…); e a assunção plena da ‘Bênção Original’, sobre a noção agos-tiniana de “Pecado Original”, dos silvanitas primitivos, dos pelagianos, dos amalricanos da Irmandade do Espírito Livre, dos begardos e tabori-tas, juntamente com a valori-zação das tradições neo-ada-mitas dos “Quackers” e dos adventistas do sétimo dia, que, também, defendiam os direitos das mulheres.

-Deve-se dar ênfase ao tra-balho, pleno de Amor pela Vida e por todos os seus seres, da mística medieval Hilde-garda de Bingen; e dar cen-

tralidade ao exemplo radical e extraordinário de Francisco de Assis, ao seu Amor agápi-co e incondicional pela Vida de todos os seres e acontece-res concretos, mesmo os mais desprezados e tidos por des-prezíveis, e à sua crença no valor individual e insubstituí-vel aos olhos de Deus de todos eles (que a sua ordem, após a sua morte, foi paulatinamen-te esquecendo, excepção seja feita aos, heterodoxos, dul-cinitas e joaquinitas); valori-zando ainda a intuição fran-ciscana primitiva de que os animais e aconteceres natu-rais são, e devem ser, abran-gidos pela redenção evangé-lica como foram abrangidos pela ‘Bênção Original’.

E, finalmente, deve-se aprofundar o trabalho da Ecoteologia moderna (da qual foram inspiradores Mar-tin Buber e Teillard de Char-din, e da qual foram e são expoentes Thomas Berry, Mathew Fox, Lynn White, John B. Cobb, Nancy Man-gabeira Unger…) que procu-ra interpretar o papel do ser humano no seio da Criação, não como Rei, Dono e Mes-tre, mas como Guardião res-peitador, escrupuloso, pacífi-co e benevolente.

-ISLAMISMO:

-No Corão evidenciar e dar centralidade às suratas 6:38, 16:68, 22:37, 23:19 e 24:41, onde se afirma compaixão pelos animais, se defende o seu bom trato, e se recusam os sacrifícios animais e se expli-cita que Deus não aprecia ou necessita de carne para si, e à surata que evidencia a igual-dade original entre homens e mulheres (surata 4: 1).

-Valorizar, também, as tra-dições sufis, que demonstram Amor e compaixão concreta pelos seres não humanos da Vida (Ibn Arabi, Farid ud-din Attar, Rumi, Kabir Sahib…).

-E, muito importante, estender e prolongar o esta-do de ‘Ihram’, que aconte-ce durante a peregrinação a Meca, no qual não se pode matar animais e exercer vio-lência e Poder subtracti-vo, para a vida quotidiana de todo o ano, santificando-o em nome de Deus. A Vida é uma peregrinação permanen-te, devemos mover-nos nela ‘santificados’ continuamente num estado de ‘Ihram Perma-nente’. l

Director:Edgar R. de Aguiar

Redacção: Juan Andrade Sara Silvino

Fotografia: Fábio Marques (Madeira),Diana Sousa Aguiar (Lisboa)

Economia:Juan Andrade

Secretariado de Redacção:Dulce Sá

Colunistas: António Cruz, Celso Neto, Constantino Palma, Ferreira Neto, Francisco OliveiraGregório Gouveia,Helena Rebelo, Humberto Silva,Idalina Perestrelo, Joana Homem Costa, José Carvalho, José Mascarenhas, Luísa Antunes, Pinto Baptista, Raquel Coelho,Ricardo Freitas, Teresa Brazãoe Rui Almeida

Paginaçãoe tratamento de imagem:Miguel Mão Cheia, Miguel Reis

Departamento Comercial:Hernani Valente

Departamento Financeiro:Clara Vieira

Redacção, montagem, impressãoe distribuição: O. L. C., Limitada

Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO, Lote n.º 6

Empresa proprietária: O. L. C. - Audiovisuais, TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda. Contr. n.º 509865720 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - UnipessoalRedacção e Paginação:Telef.: 291 911400 e 291 911300 – Fax: 291 911409E-mail: [email protected]://www.tribunadamadeira.ptSede:Edifício Sol-Mar, sala 303, Ponta DelgadaTelef: 291 911400/300 – Fax: 291 911409E-mail: [email protected] Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 69300 Câmara de Lobos – Madeira – Portugal

9300 Câmara de Lobos Madeira - Portugal Telef.: 291 911300 e 291 911301 Fax: 291 911309 E-mail: [email protected]

Registo no ICS N.º 123416Empresa jornalística N.º 220639Depósito legal N.º 142679/99INPI N.º 4354 N 9909Tiragem: 11.000 exemplares

Conforme prometi no meu último artigo neste semaná-rio, irei apresentar alguns «mapas» para o que chamo «uma sublimação biocên-trica», mas também pode-ria denominar «mística», na verdadeira acepção da pala-vra, das três religiões abraá-micas, que ao longo da histó-ria, e infelizmente, tanta vio-lência têm originado; como mais uma vez se viu em Paris, recentemente. As três religi-ões, para além das suas ver-tentes institucionais, oficiais e verticais, de uma maneira ou outra comprometidas com o Poder, e com os poderes, tantas vezes cruéis e gros-seiros, deste mundo, sempre tiveram, também, paralela-mente, e subterraneamente, correntes heterodoxas, gnós-ticas e ‘místicas’ que, nunca se «vendendo» às «gaiolas douradas» da matéria e das prisões deste mundo, comu-nicaram-nos uma mensagem de Paz, respeito por todos os seres, e ascensão espiritual. É baseado nessas correntes heterodoxas, e nas leituras não superficiais que fizeram dos textos sagrados abraámi-cos, que vos proponho estes «mapas». Quer queiramos, quer não, as religiões, e as espiritualidades que delas emergiram, têm um papel

importante a desempenhar ainda e sempre na evolução futura da humanidade, isto, se quisermos ascender para além da superfície, porque se desejarmos somente «ras-tejar» em torno do estôma-go e da matéria, fixados ape-nas nos objectivos económi-cos e políticos, como o fize-ram todas os totalitarismos do século XX, à Esquerda e à Direita, mereceremos o «destino branco» para o qual já caminhamos á milénios…

-Dentro do Cristianismo, devem-se valorizar os insi-ghts, e estudos, que sugerem a ligação de Jesus de Naza-ré ao movimento dos gnós-ticos essénios, do Mar Mor-to, que defendiam um paci-fismo radical, a relação mís-tica, sem sacerdotes, com o Divino, e praticavam o vegetarianismo.

-Deve-se expandir a noção de ‘próximo em Deus’ aos demais seres não humanos da Vida, para afirmar que a sublimação mística evangélica de todos os mandamentos no Mandamento Único: ‘ama o teu próximo como a ti mesmo’, refere-se não só aos membros da comunidade religiosa, ou à humanidade, mas a ‘todos’ os seres vivos existentes.

Mapas para a sublimação biocêntrica das religiões abraámicas (PARTE 2, Cristianismo e Islamismo):

mIGUEL SaNTOS

militante do PaN madeira

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frases30 tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

“Independentemente de integrar o PSD, a partir de hoje serei o presidente de todos

os deputados e, por isso, peço a vossa ajuda para o desempenho das minhas funções, bem como os demais elementos da mesa agora eleitos”Tranquada Gomes, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira

“A estrita política de austeridade na Grécia deve terminar”

Paul Krugman, economista

“A Região tem um governo legitimado, uma Assembleia

democraticamente eleita, tem todas as condições para os desafios que enfrenta, o desemprego, as acessibilidades, a saúde e a educação”Ireneu Barreto, representante da República para a Madeira “

A TAP é uma grande marca (…). Não há greve irresponsável que possa pôr isto

em causa”Paulo Portas, vice-primeiro-ministro – Lusa

“Estamos todos cansados da ideia de sermos governados

por modelos macroeconómicos”António Costa, secretário-geral do PS – Expresso

“Ninguém pode esperar da nossa parte soluções mágicas

ou instantâneas para os problemas e dossieres pendentes, mas após a aprovação do programa de governo (…) encetaremos a concretização dos nossos compromissos de governo com os madeirenses e portosantenses”Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira

“Não é aceitável que, tendo havido todos estes escândalos – o BPN, que terá

custado aos portugueses seis a sete mil milhões de euros, e o BES –, não haja bens confiscados”Paulo Morais, candidato à presidência da República – Público

“Parece que ele (Boris Neme, médico da seleção croata) vem de

outro Mundo, um extraterrestre”Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid – Record

“Eu tenho sido apontado como responsável, e assumo-me como

responsável político, mas fui enganado, porque foi um projeto mau (construção da Marina do Lugar de Baixo) e nós fomos enganados”Cunha e Silva, ex-vice-presidente do Governo Regional da Madeira

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tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 opinião 31

novas propostas de apoio à natalidadeSociedade de Advogados, RL

dRa. maRIaNa qUEIRÓS maRqUES

advogada-Estagiária, área de actuação, Contencioso Civil, Penal e Laboral.e-mail: [email protected]

A Assembleia da República aprovou, na generalidade, no passado dia 17 de Abril de 2015, nove projectos de lei que têm como objectivo comum promover o incremento da natalidade em Portugal.

A maioria do pacote legisla-tivo foi, na sua grande maio-ria, proposto pelos partidos da coligação PSD e CDS/PP, os quais propuseram, entre outras medidas, a criação de um mecanismo de protecção das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes, a cria-ção de uma nova modalidade de trabalho na função pública (a chamada meia jornada) e a introdução de uma isenção de 50% em sede de Imposto sobre Veículos para famílias numerosas.

Com o objectivo de “dis-suadir todas as empresas a laborar no território nacional da prática de acções ilegais para com as trabalhadoras” grávidas, puérperas e lactan-tes, os referidos partidos pro-põem que sejam negados sub-

sídios ou subvenções públi-cas a empresas que tenham sido condenadas pelo despe-dimento ilegal de mulheres que se encontrem naquelas condições. Futuramente, e caso o projecto venha, efecti-vamente, a ser aprovado, “As entidades nacionais que pro-cedam à análise de candida-turas a subsídios ou subven-ções públicos ficam obrigadas a consultar a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego sobre a existência de condenação transitada em julgado por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes relativamente a todas as entidades concor-rentes”.

No que respeita à nova modalidade de trabalho na função pública, e com o intui-to de criar políticas de apoio às famílias e ao exercício da parentalidade, propõe-se a criação da meia jornada de trabalho, a qual consiste na redução, em metade, do perí-odo normal de trabalho a

tempo completo, contando-se, para efeitos de antigui-dade, integralmente o tempo de serviço. A opção pela refe-rida modalidade tem como destinatários os funcionários com, pelo menos, 55 anos que tenham netos com idade infe-rior a 12 anos, todos os fun-cionários que tenham filhos menores de 12 anos e todos aqueles que tenham filhos com deficiência ou doença crónica (independentemente da idade) e implicará uma redução salarial, passando o beneficiário a auferir uma “remuneração corresponden-te a 60% do montante total auferido em regime de pres-tação de trabalho em horário completo”.

Também os agregados familiares que tenham mais de três dependentes a seu car-go poderão requerer à Autori-dade Tributária que lhe seja concedida uma isenção cor-respondente a 50% do mon-tante do Imposto sobre Veí-culos na aquisição de auto-

móveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares.

Foram, igualmente, apro-vados os projectos do Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Ecolo-gista “Os Verdes”, os quais visam, respectivamente, pro-mover a Igualdade na paren-talidade para protecção das mulheres na maternidade e no emprego, reforçar os direi-tos de maternidade e paterni-dade e estipular que nenhuma criança fique sem médico de família.

Cabe, por fim, salientar que os referidos Projectos de Lei terão, ainda, de ser votados na especialidade, sendo cada um dos artigos votado indi-vidualmente, pelo que, por enquanto não passam disso mesmo: de meros projectos legislativos. Esperamos, con-tudo, que os mesmos venham a ser, efectivamente, aprova-dos, aguardando, pois, que as referidas medidas alcancem os resultados esperados. l

PU

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turísticas, incluindo as taxas locais, têm efeitos negativos sobre a competitividade da indústria do turismo”.

l Várias organizações católicas apelaram ontem

aos portugueses para que se vistam de branco para cha-mar à atenção para a situ-ação das vítimas da imi-gração forçada, muitas das quais morrem a tentar che-gar à Europa. As organiza-ções “apelam a todos os por-

tugueses para que, no pró-ximo domingo, 26 de Abril, coloquem nas suas janelas um pano branco ou usem uma peça de roupa bran-ca e se unam, em oração ou num minuto de silêncio, aos milhares de pessoas solidá-

rias com todos os que bus-cam uma vida melhor e par-tem diariamente das suas terras na procura legítima de melhores condições de vida”, adiantam em comunicado. A campanha tem a designação “somostodospessoas”.

l A detenção do vice-pre-sidente do conselho de admi-nistração do Grupo Lena fez elevar para sete o número de arguidos detidos no âmbi-to da «Operação Marquês», que envolve o ex-primei-ro-ministro José Sócrates. O último arguido conheci-do, Joaquim Barroca Rodri-gues, 43 anos e administra-dor do Grupo Lena, foi deti-do na quarta-feira, depois de buscas realizadas à sede do grupo, na Quinta da Sardi-nha, no concelho de Leiria. O detido, juntamente com António Barroca Rodrigues, presidente do grupo, terá sido o autor de algumas das transferências de dinheiro que foi acumulado nas con-tas da Suíça por Carlos San-tos Silva, arguido suspeito de ser testa de ferro de José Sócrates

l O tesouro português conseguiu ontem trocar cer-ca de 4000 milhões de euros de dívida que atingia a sua maturidade nos dois próxi-mos anos por dívida que ape-nas tem de ser paga dentro de 10 e 15 anos. A operação de troca sugerida pela Agên-cia de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) foi bem recebida pelos inves-tidores. De acordo com os dados disponibilizados no final da manhã de quinta-feira, o IGCP comprou 2358 milhões de euros de títulos com maturidade em Outubro de 2017 e 2178 milhões de euros de títulos com maturi-dade em Junho de 2018.

l A proposta de Antó-nio Costa para a criação de uma taxa turística em Lis-boa pode ser ilegal. Isto por-que a legislação da União Europeia proíbe a discrimi-nação em razão de naciona-lidade. De acordo com Bru-xelas, esta proibição aplica-se às “discriminações osten-sivas em razão da nacionali-dade” e “às formas dissimu-ladas de discriminação”. Cri-térios que, aponta a Comis-são Europeia, levam ao mes-mo resultado, uma vez que “são suscetíveis de afetar em maior grau os cidadãos da UE do que os nacionais e de os colocar numa situação de particular desvantagem”. Os responsáveis europeus con-sideram ainda que “as taxas

tRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Previsão para hoje

24º19º

www.

tribu

nada

mad

eira.

pt

Períodos de céu parcialmente nublado. Vento fraco.Max. 20º Min. 14º

Brito gera expetativasna saúde

o presiden-te do sindica-to dos enfermei-ros não tem dúvi-das que o passa-do de Manuel Bri-to como médico e gestor hospita-lar pode constituir uma mais valia para a resolução dos problemas que o setor da saúde atravessa na Madeira. Mes-mo assim, Juan carvalho deixa alguns alertas.

A s expetativas no Serviço Regional de Saúde estão elevadas, no que respeita ao futu-

ro desempenho do novo secre-tário regional com a tutela da Saúde. Juan Carvalho, o presi-dente do Sindicato dos Enfer-

meiros da Madeira (SERAM), Manuel Brito, enquanto médi-co e ex-diretor clínico do Hos-pital Central do Funchal, tem todas as condições para solu-cionar alguns dos problemas que afligem a classe.

“O novo secretário regio-nal é um profundo conhe-cedor das dificuldades pelas quais passamos e sabe perfei-tamente quais são as lacunas que atingem o sector. Espe-ramos que esse conhecimen-to de causa permita-lhe con-tribuir para a resolução des-tas questões”, aponta o diri-gente sindical.

Na quarta-feira, durante o 2º Congresso Insular de Enfer-magem da Madeira e Aço-res, que decorreu até ontem no Funchal, Manuel Brito fez uma promessa para os próxi-mos quatro anos do seu man-dato: motivar os profissionais de saúde na Madeira.

“Não é possível motivar os profissionais de saúde quando há disparidades salariais den-tro de uma classe, como acon-tece no caso dos enfermeiros”, alerta Juan Carvalho. “Espe-ro que essa seja uma das prio-ridades do Governo Regio-nal, porque deixar tudo como está não só é injusto como indigno.”

Passar das palavras aos atos

No 2º Congresso Insular de Enfermagem da Madeira e Açores, onde Manuel Brito fez a primeira aparição oficial enquanto governante, o secre-tário regional assumiu vários compromissos. Entre eles a melhoria no acesso dos doen-tes à prestação de cuidados de saúde, a aposta na qualidade dos serviços e o investimento na medicina preventiva e nos cuidados de saúde primários.

“Apraz-nos registar que as medidas preconizadas pelo senhor secretário regional da Saúde são as mesmas que temos vindo a defender ao lon-go dos últimos anos”, assina-

la o presidente do SERAM. “Esperamos que, ao longo do seu mandato, possa passar das palavras aos atos. Só dessa for-ma é que teremos uma evolu-ção para melhor.”

O médico Manuel Brito foi um dos nomes que Miguel Albuquerque levou a votos nas Eleições Legislativas Regio-nais antecipadas, sufrágio que o PSD-M ganhou com maioria absoluta. O antigo presidente da Ordem dos Médicos (OM) na Madeira acabou por ser a aposta do novo presidente do Governo Regional para liderar a área da Saúde.

Além de presidente da sec-ção regional da OM, Manuel Brito foi diretor clínico do Hospital Central do Funchal e administrador dos hospitais civis de Lisboa. l

Conhecimento do setor por parte novo secretário regional é uma vantagem