[Sermão] Aprendendo a perdoar

6
Sermão 26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 1 APRENDENDO A PERDOAR CONTEXTO “Direta ou indiretamente, grande parte do capítulo 18 é dedicada à instrução sobre a atitude do cristão para com irmãos ofensores, especialmente, quando a ofensa é pessoal.” — Comentário Bíblico Adventista, v. 5, p. 473 DESENVOLVIMENTO I. QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR? “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18:21-22) 1. “Limitavam os rabinos o exercício do perdão até três ofensas. Pedro, que [...] seguia os ensinos de Cristo, ampliou-o até sete, o número que indica perfeição.” — Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 243 2. O perdão não é uma questão de matemática legal, mas uma atitude cristã.

description

Conheça o perdão que Deus espera de ti

Transcript of [Sermão] Aprendendo a perdoar

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 1

APRENDENDO A PERDOAR

CONTEXTO

“Direta ou indiretamente, grande parte do capítulo 18 é dedicada à

instrução sobre a atitude do cristão para com irmãos ofensores,

especialmente, quando a ofensa é pessoal.”

— Comentário Bíblico Adventista, v. 5, p. 473

DESENVOLVIMENTO

I. QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR?

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até

quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe?

Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete

vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18:21-22)

1. “Limitavam os rabinos o exercício do perdão até três ofensas.

Pedro, que [...] seguia os ensinos de Cristo, ampliou-o até sete,

o número que indica perfeição.”

— Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 243

2. O perdão não é uma questão de matemática legal, mas uma

atitude cristã.

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 2

3. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,

também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não

perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso

Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:14-15)

4. “Aquele que recusa perdoar, rejeita a única esperança de

[receber o] perdão.”

— Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 127

II. PARÁBOLA DO CREDOR IMCOMPASSIVO

“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu

ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo,

trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.” (Mateus

18:23-24)

1. Através desta parábola, Jesus “mostrou o verdadeiro motivo

pelo qual o perdão deve ser concedido e o perigo de acariciar

espírito irreconciliável”.

— Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 243

2. Alguns oficiais do rei recebiam grandes somas de dinheiro

pertencentes ao governo. Quando o rei investigava a

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 3

administração desse depósito, foi-lhe apresentado um homem

cuja conta mostrava uma imensa dívida de dez mil talentos.

3. Dez mil talentos era cerca de 215 toneladas de prata, o

suficiente para contratar 10 mil trabalhadores da época e pagar

seus salários de 18 anos. Na bolsa de valores, essa semana a

prata foi comercializada a R$ 1.360,00 o quilo. Isso deixa a

dívida do oficial do rei em torno de R$ 290 milhões.

“Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que

fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e

que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente,

rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele

servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a

dívida.” (Mateus 18:25-27)

4. No Oriente Médio era costume o devedor e sua família

serem vendidos como escravos quando uma dívida não era

honrada.

5. “O perdão concedido por este rei representa o perdão divino

de todo pecado. Cristo é representado pelo rei que, movido de

compaixão, perdoou a dívida de seu servo.”

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 4

— Ellen G. White. Parábolas de Jesus, p. 244

6. “A dívida representa o registro dos pecados anotados contra

nós. Como o devedor da parábola, somos absolutamente

incapazes de pagá-la. Mas, quando nos arrependemos

verdadeiramente, Deus nos liberta da dívida”.

— Comentário Bíblico Adventista, v. 5, p. 475

7. Não merecíamos o perdão de Deus, mesmo assim Ele nos

perdoou. O alvo do nosso perdão deve ser exatamente aquelas

pessoas que menos merecem-no. Isso é o que agrada a Deus.

“[...] de graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8)

“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos

que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo:

Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos

pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele,

entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que

saldasse a dívida.” (Mateus 18:28-30)

8. Um denário representa o salário de um dia para um

trabalhador comum. O homem devia-lhe cem dias de trabalho,

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 5

mas o servo incompassivo devia ao rei mais de 700 milhões de

dias de trabalho.

9. O egoísmo do servo incompassivo o cegou para a grandeza

da sua própria dívida e o impediu de apreciar a grande da

misericórdia estendida a ele pelo rei, assim ele tratou ao

homem que lhe devia de forma tão impiedosa.

“Vendo os seus companheiros o que se havia passado,

entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que

acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo

malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;

não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo,

como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu

senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a

dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não

perdoardes cada um a seu irmão.” (Mateus 18:31-35)

10. Aqui está a grande lição da parábola: o infinito contraste

entre a crueldade e a maldade do homem para com seus

semelhantes e a longanimidade e a misericórdia de Deus para

conosco.

Sermão

26 de Setembro de 2014 | www.exegesebiblia.blogspot.com.br p. 6

11. Antes de partirmos para acusar os outros, ou exigir deles

nossas “dívidas”, faríamos bem em considerar primeiramente

como Deus nos tratou em circunstâncias semelhantes e como

gostaríamos que os outros nos tratassem, se as condições

fossem revertidas.

12. “Se do íntimo não perdoardes” (v. 35) mostra que o

problema na pergunta de Pedro foi que o tipo de perdão a que

ele se referia não era de coração, mas, sim, um tipo mecânico

e legalista de “perdão”, com base no conceito de obtenção de

justiça pelas obras.

“[...] perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós

temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus

6:12).

CONCLUSÃO

“Nada pode justificar o espírito irreconciliável. Aquele que não é

misericordioso para com os outros, mostra não ser participante da

graça perdoadora de Deus.” — Parábolas de Jesus, p. 251