Servindo Uns Aos Outros

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SERVINDO UNS AOS OUTROS  Jo 13.1-17 INTRODUÇÃO  Jesus estava passando por um momento muito delicado em sua vida. Na verdade sua vida estava em perigo. Nos bastidores já era cogitada sua morte e muitos planos eram arquitetados por fim a vida do Messias. Contudo, estes momentos sombrios que cercavam o Mestre parece que foram ainda mais inspiradores, pois foram ocasiões em que Jesus continuou a ensinar e abençoar seus discípulos grandemente.  I. NÃO HÁ OCASIÃO ESPECÍFICA PARA SERVIR 1- A circunstância do jantar e os problemas de Jesus. (saber que seria traído, morte iminente). Talvez se nós pa ssássemos por situões semelhantes desani mar íamos, esmoreceríamos. Ser ia aquele momento “não me toque”, “me deixe quieto”, “quero ficar só”. Pelo contrário, o Senhor conseguiu pensar nos outros num momento como este! Conseguiu vencer seus medos, seus anseios, distrações, mal humor e tudo mais para continuar ensinando e preparando os discípulos. Aliás, podemos até supor de Jesus 2- O que você faria se soubesse que tem pouco tempo de vida? Jesus considerou o servir algo de extremo valor. 3- Todo tempo é tempo para servir. A lição que aprendemos dessa atitude é que todo tempo é tempo para servir. Serviço é para ser feito quando surge e da maneira que surge e não quando queremos. Se ficarmos esperando condições favoráveis de acomodação, ambiente, clima e satisfação para trabalharmos certamente ficaríamos na cama o dia todo! Se só trabalho quando estou bem disposto e sem problemas, quando está “tudo de bom”. Nem todos os momentos são assim. O servir é algo que deve ultrapassar estas circunstâncias. II. TENHA INICIATIVA 1- A nobreza da iniciativa. Qualquer um dos discípulos poderia realizar este serviço, mas nem todos tiveram iniciativa. Julgavam aquele serviço indigno de ser realizado por discípulos do Mestre. Quantas oportunidades são perdidas por falta de iniciativa. A iniciativa é aquela força de saber que algo deve ser feito e fazê-lo imediatamente ant es que qualquer outro.  Talvez esta qualidade seja difícil de se encontrar devido às responsabilidades de ela traz. Iniciar é assumir responsabilidade. Iniciar é por “a cara a tapa”, pois se a obra for boa e der certo, ótimo, caso contrário o executor terá que arcar com as conseqüências. Mas, as boas iniciativas sempre são bem vinda. Tenha isso em sua vida. 2- Difere nciação, seleção e hier arqui zação de serviço. Esse era o pensamento dos dis pulos. Talvez eles pensassem e até mesmo se queixassem quanto à falta de servos para lhes lavar os pés. Achavam este serviço exclusivo para os mais baixos servos do lar. Contudo, Jesus mostra o valor de todo serviço. O valor das pequenas coisas. Na verdade, grandes homens mui tas vezes realizaram pequenas obras. José começou sendo, digamos, garoto de favor de seu pai, depois pastor de ovelhas, escravo,

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SERVINDO UNS AOS OUTROS

 Jo 13.1-17

INTRODUÇÃO

 Jesus estava passando por um momento muito delicado em sua vida.Na verdade sua vida estava em perigo. Nos bastidores já era cogitada suamorte e muitos planos eram arquitetados por fim a vida do Messias.Contudo, estes momentos sombrios que cercavam o Mestre parece queforam ainda mais inspiradores, pois foram ocasiões em que Jesus continuoua ensinar e abençoar seus discípulos grandemente.

 I. NÃO HÁ OCASIÃO ESPECÍFICA PARA SERVIR1- A circunstância do jantar e os problemas de Jesus. (saber que seriatraído, morte iminente). Talvez se nós passássemos por situações

semelhantes desanimaríamos, esmoreceríamos. Seria aquele momento“não me toque”, “me deixe quieto”, “quero ficar só”. Pelo contrário, oSenhor conseguiu pensar nos outros num momento como este! Conseguiuvencer seus medos, seus anseios, distrações, mal humor e tudo mais paracontinuar ensinando e preparando os discípulos. Aliás, podemos até suporde Jesus2- O que você faria se soubesse que tem pouco tempo de vida? Jesusconsiderou o servir algo de extremo valor.

3- Todo tempo é tempo para servir. A lição que aprendemos dessaatitude é que todo tempo é tempo para servir. Serviço é para ser feitoquando surge e da maneira que surge e não quando queremos. Se ficarmosesperando condições favoráveis de acomodação, ambiente, clima esatisfação para trabalharmos certamente ficaríamos na cama o dia todo! Sesó trabalho quando estou bem disposto e sem problemas, quando está“tudo de bom”. Nem todos os momentos são assim. O servir é algo quedeve ultrapassar estas circunstâncias.

II. TENHA INICIATIVA1- A nobreza da iniciativa. Qualquer um dos discípulos poderia realizareste serviço, mas nem todos tiveram iniciativa. Julgavam aquele serviçoindigno de ser realizado por discípulos do Mestre. Quantas oportunidadessão perdidas por falta de iniciativa. A iniciativa é aquela força de saber que

algo deve ser feito e fazê-lo imediatamente antes que qualquer outro.  Talvez esta qualidade seja difícil de se encontrar devido àsresponsabilidades de ela traz. Iniciar é assumir responsabilidade. Iniciar épor “a cara a tapa”, pois se a obra for boa e der certo, ótimo, caso contrárioo executor terá que arcar com as conseqüências. Mas, as boas iniciativassempre são bem vinda. Tenha isso em sua vida.

2- Diferenciação, seleção e hierarquização de serviço. Esse era opensamento dos discípulos. Talvez eles pensassem e até mesmo sequeixassem quanto à falta de servos para lhes lavar os pés. Achavam esteserviço exclusivo para os mais baixos servos do lar. Contudo, Jesus mostra ovalor de todo serviço. O valor das pequenas coisas. Na verdade, grandes

homens muitas vezes realizaram pequenas obras. José começou sendo,digamos, garoto de favor de seu pai, depois pastor de ovelhas, escravo,

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depois um empregado doméstico, depois servo prisioneiro e por últimoassumiu total comando do Egito estando abaixo apenas de Faraó. Davi foipastor de ovelhas, depois um tipo de entregador de pão para seus irmãos,depois guerreiro, fugitivo, e por último Rei. Devemos valorizar todo serviço,claro que por questões de vocação de habilidade nos identificamos maiscom certas atividades, contudo, em momentos de precisão, nada nosimpede de fazermos serviços diversos, até mesmo os considerados maissimples.

III. TENHA PERSISTÊNCIA

É possível que ao tentarmos realizar um serviço algo aconteça comoempecilho para que a obra seja feita. Comumente temos obstáculos narealização de tarefas, pois a ação implica mudança e mudança requermexer, deslocar, sair de uma posição cômoda, gastar forças, enfim, umasérie de elementos. No caso de Jesus a oposição veio por parte de Pedroque relutou, mesmo sem compreender, a ação do Senhor. Jesus poderia

muito bem ter ignorado Pedro, então, já que ele não quer, vou fazer o que?Mas o propósito seria quebrado caso Pedro ficasse de fora. O objetivo eraalcançar a todos e tal objetivo tinha que ser cumprido e pronto. Aresistência foi simplesmente retirada por Jesus com bom senso.

O que essa atitude tem para nos ensinar?

IV. TODO SERVIÇO REALIZADO NOS MOLDES ENSINADOS PORCRISTO TÊM UM SIGNIFICADO ESPIRITUAL

1- O sentido espiritual da lavagem dos pés.  Jesus, mediante a objeçãode Pedro, utilizou a situação que parecia um simples serviço para dar-lheum significado muito maior. Um significado espiritual. Até ali era só pano eágua. Mas, quando a rejeição de Pedro foi explicada por Jesus como sendouma rejeição de Cristo as coisas mudaram. E Pedro continuou semcompreender ao certo o significado, pois pediu para ser banhadocompletamente. Jesus insistiu: “Pedro é só o pé”, pois você já está limpo, ouseja, purificado espiritualmente, só é necessário uma manutenção dessalimpeza. O que Jesus queria ensinar, agora no prisma espiritual, é que osdiscípulos estavam limpos espiritualmente, mas os pecados cotidianos aindanecessitam ser tratados, purificados, ou seja, a manutenção da limpezaprecisa ser feita e é Jesus quem continua executando isso por nós.

2- O sentido espiritual de todo serviço. Sem querer espiritualizardemais, mas não faltando com a verdade, temos que dizer que todo serviçotem um plano de fundo espiritual. Talvez pareça exagero usar a partículauniversalizadora TODO. Mas, é a pura verdade. A bíblia diz em Mateus 5.16:“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suasboas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. Nossoserviço, nossa obra de ser para glorificar ao Senhor. Em 1 Co 10.31 estáescrito: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,façam tudo para a glória de Deus”.

V. AJA COM HUMILDADE.“Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e

voltou ao seu lugar”. V. 12.

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Quando Jesus terminou o serviço, simplesmente voltou e sentou-se no seulugar. Nada de exigir que agora limpassem também seus pé... a propósito?Depois de tudo isso algum discípulo lavou os pés de Jesus?

VI. SERVINDO UNS AOS OUTROS“Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocêstambém devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, paraque vocês façam como lhes fiz” V. 14-15.

Aqui chegamos ao ápice da cena. Jesus quer mostrar a necessidade deservirmos uns aos outros. Agora o lava pés é metafórico e representaqualquer serviço. Os apóstolos reverberaram este ensinamento de Jesus emdiversos textos, vejamos:

Gl 6.2. – Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a leide Cristo.

Rm 12.10 – Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal.

1Pe 4.10 – Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros,administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Sealguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguémserve, faça-o com a força que Deus prove, de forma que em todas as coisasDeus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poderpara todo o sempre. Amém.

 Tg 2.15-17 – Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e doalimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se ealimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adiantaisso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, estámorta.

Fl 2.4 – Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dosinteresses dos outros.

2 Co 11.23-28 – São eles servos de Cristo? – estou fora de mim para falardesta forma – eu ainda mais: trabalhei muito mais, fui encarcerado maisvezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes.Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado

com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei umanoite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando deuma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes,perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade,perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalheiarduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitasvezes fique em jejum; suportei frio e nudez. Além disso, enfrentodiariamente uma pressão interior, a saber, a minha preocupação com todasas igrejas....

CONCLUSÃO

É da vontade do Senhor que sejamos servos. Que possamos saber o que éservir e servir uns aos outros para edificação do corpo de Cristo e para que

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o Senhor seja glorificado em nossas vidas, pois para isso existimos para aprática de boas obras! É pura verdade, é uma questão até existencial“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermosboas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” Ef 2.10.