SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ...
Transcript of SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ...
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
ÁUREO DE ARRUDA ALVARENGA JÚNIOR
PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO AMBIENTAL VIA PLATAFORMA
VIRTUAL
BELÉM – PA
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
E MEIO AMBIENTE
ÁUREO DE ARRUDA ALVARENGA JÚNIOR
PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO AMBIENTAL VIA PLATAFORMA
VIRTUAL
Dissertação apresentada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Instituto de Ciências Exatas e Naturais. Programa de Pós Graduação em Ciências e Meio Ambiente, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente Orientador: Profº. Dr. Ricardo Jorge Amorim de Deus Co-Orientadora: Profª. Dra. Simonny do Carmo Simões R. de Deus
BELÉM – PA
2019
ÁUREO DE ARRUDA ALVARENGA JÚNIOR
PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO AMBIENTAL VIA PLATAFORMA
VIRTUAL
Dissertação apresentada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Instituto de
Ciências Exatas e Naturais. Programa de Pós Graduação em Ciências e Meio
Ambiente, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre.
Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente
Aprovada em: _________________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Profº. Dr. Ricardo Jorge Amorim de Deus (UFPA)
Orientador
_________________________________________________________
Profº. Dr. José Rogério de Araújo Silva (UFPA)
_________________________________________________________
Profº. Dr. Lourivaldo da Silva Santos (UFPA)
Profº. Dr. Rainiomar Raimundo Fonseca (UEA)
Dedico primeiramente a Deus: O Pai, O Filho e o Espírito Santo. A meus pais, irmãos,
unhado, cunhada e sobrinhos. A minha família. Meus alunos aos quais tive a oportunidade
de ministrar aulas e contribuir para suas formações cidadãs e acadêmicas. Meu amor e
agradecimento a todos os meus tios, tias, primos e primas. Á Fernanda Ramos e Júlia
Azevedo Alvarenga.
AGRADECIMENTOS
A Deus, em primeiro lugar.
A minha família.
Aos meus pais, irmã, cunhado, cunhada e sobrinhos.
Ao meu orientador, Profº. Dr. Ricardo Jorge Amorim de Deus, e Co-Orientadora:
Profa. Dr. Simonny do Carmo Simões R. de Deus, primeiro por ter aceitado participar
desse projeto, pelo conhecimento transmitido e pela imensa contribuição por parte
dos dois mestres para a conclusão desse grande projeto.
Aos Coordenadores do Programa Drº. Waldinei Monteiro e Drº. Claudio Nahum por
tanta sabedoria e empenho na realização do curso.
Aos amigos que ao longo dessa jornada estiveram sempre me incentivando e
apoiando durante o decorrer do curso.
À todos os mestrandos da turma: 04\2017 pelo apoio e compartillhamento de
conhecimentos.
Aos professores do Programa de Pós Graduação em Ciências e Meio Ambiente da
UFPA (Universidade Federal do Pará), pela imensa disposição para com os
mestrandos em transmitir e compartilhar os conhecimentos em sala de aula.
Ao meu irmão Fabricio Vieira Alvarenga.
Ao Secretário de Educação, aos diretores e professores das escolas públicas do
município de Manaus-AM, pela colaboração no desenvolvimento da pesquisa.
Agradeço a imensa colaboração e apoio da empresa Oficina Jander Mota, (Locação
e manutenção de Empilhadeiras).
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda.”
Paulo Freire
RESUMO
A presente pesquisa foi desenvolvida com objetivo de diagnosticar o uso, por parte dos alunos e professores das multimídias em sala de aula no contexto ambiental via plataforma virtual. Como objetivo geral: Implantar uma proposta integrativa de práticas docentes em ambiente virtual de aprendizagem colaborativa para realização de atividades interativas e inovadoras ao processo educativo no contexto ambiental e específicos Diagnosticar o uso das multimídias pelos discentes e docentes em sala de aula no contexto ambiental via plataforma virtual, avaliar a possibilidade de trabalhar o meio ambiente no contexto virtual e confirmar o uso de ferramentas dinâmicas para construção de um ambiente de interação compartilhando conhecimentos e tornando professores e alunos sujeitos ativos nesse processo e tendo como problemática o seguinte contexto: A pesquisa desenvolvida em cinco escolas estaduais na zona centro-oeste da cidade de Manaus, estado do Amazonas com docentes na faixa etária entre 28 a 45 anos e discentes do ensino médio, na faixa etária entre 14 e 17 anos. Quanto à metodologia utilizamos pesquisa bibliográfica aplicada de cunho qualitativo e ainda o método dedutivo realizando um levantamento das possibilidades e limitações que os recursos informáticos podem proporcionar à educação no contexto ambiental. Os resultados mostraram que a utilização das multimídias via plataforma virtual no ambiente de sala de aula permite maior interação dos alunos e professores permitindo aqueles trazer algo comum de seu mundo para dentro de sala de aula, pois nesse processo de aprendizagem o apredizado torna-se mais prazerozo e dinâmico envolvendo uma maior participação dos discentes.
Palavras-chave: práticas docentes, contexto ambiental , docentes, discentes, plataforma virtual.
ABSTRACT
This research was developed to diagnose the use by students and teachers of multimedia in the classroom in the environmental context via virtual platform. General objective: Implement an integrative proposal of teaching practices in a virtual collaborative learning environment to perform interactive and innovative activities in the educational process in the environmental and specific context. Diagnose the use of multimedia by students and teachers in the environmental context via the platform. assess the possibility of working the environment in the virtual context and confirm the use of dynamic tools to build an interaction environment sharing knowledge and making teachers and students active subjects in this process and having the following context as problematic: five state schools in the midwestern city of Manaus, state of Amazonas with teachers aged 28-45 and high school students aged 14-17. Regarding the methodology we used applied bibliographical research of qualitative nature and also the deductive method performing a survey of the possibilities and limitations that computer resources can provide to education in the environmental context. The results showed that the use of multimedia via virtual platform in the classroom environment allows greater interaction of students and teachers allowing them to bring something common from their world into the classroom, because in this learning process the learning becomes more enjoyable and dynamic involving greater student participation.
Keywords: Teaching practices, environmental context, teachers, students, virtual .
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 16
1.1 Identificação e justificativa do estudo ................................................... 18
1.2 Objetivos ................................................................................................. 21
1.2.1 objetivo geral.......................................................................................... 21
1.2.2 objetivos específicos .............................................................................. 21
1.3 Contribuição e relevância do estudo ..................................................... 21
1.4 Delimitação da pesquisa ........................................................................ 27
1. 4.1 Tema: Práticas Docentes no Contexto Ambiental Via Plataforma Virtual ....................................................................................................................... 27
1.4.2 Delimitação do estudo: A importância do uso das multimídias em sala de aula no contexto ambiental via plataforma virtual. ........................................... 27
1.4. 3 Definição do problema: ......................................................................... 27
1.4.4 Definição dos limites da pesquisa: ........................................................ 27
1.4.5 Hipóteses: .............................................................................................. 27
1.4.6 Material e métodos................................................................................. 28
2. ESTADO DA ARTE .................................................................................... 28
2.1 Tecnologia na Educação ........................................................................ 28
2.2 A importãncia da tecnologia na Sociedade da Informação ................ 31
2.3 O estudo do meio ambiente com auxílio de multimídia ....................... 33
2.4 Aspectos Conceituais da Educação Ambiental .................................... 36
2.5 O Professor e a Tecnologia .................................................................... 39
2.6 Dificuldades dos Professores com a Tecnologia ................................. 41
2.7 As plataformas virtuais como ferramenta de apoio ao professor ....... 43
3 METODOLOGIA .......................................................................................... 44
3.1 Abordagem ............................................................................................. 45
3.2 Quanto aos procedimentos: ................................................................... 45
10
4 A FORMAÇÃO DOCENTE E SUAS REPERCUSSÕES NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO NO CONTEXTO AMBIENTAL ................................... 46
5 DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ATUALIDADE.................... 52
6 O USO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA NA CONCEPÇÃO AMBIENTAL ........................................................................... 58
6. 1.LUDICIDADE NA SALA DE AULA ENVOLVENDO MEIO AMBIENTE .. 61
6. 2 ENSINO NO CONTEXTO AMBIENTAL COM AUXÍLIO DE MULTIMÍDIA ....................................................................................................................... 64
6. 3 MOTIVAÇÃO ........................................................................................... 65
6. 4 AULA EXPOSITIVA REELABORADA .................................................... 67
CAPÍTULO VII ....................................................... Erro! Indicador não definido.
7 MINHAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS EM SALA DE AULA.............................................................................................................. 69
8 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM .......................................... 76
9 DIAGNÓSTICOS DE INDICADORES AMBIENTAIS EXPLORATÓRIOS PARA ENSINO-APRENDIZAGEM ................................................................. 79
9.1 Desflorestamento na Amazônia Legal ................................................... 79
9.2 Focos de calor no Brasil, na Amazônia Legal , em Unidades de Conservação e Terras Indígenas ................................................................. 81
9.3 Unidades de Conservação no Brasil (UC) ............................................. 83
9.4 Comercialização de agrotóxicos e afins, por área plantada no Brasil 84
10 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO METODOLOGIGA DE WEBSITE PARA ENSINO-APRENDIZAGEM NO CONTEXTO AMBIENTAL ........................... 86
10.1 A criação da página .............................................................................. 87
10.2 Otimização para buscas ....................................................................... 88
10.3 Como criar um site no Wix? ................................................................. 89
Passo 1 – Cadastro para criar um site grátis no Webnode.............................. 94
Passo 2 – Escolhendo o tipo de negócio ........................................................ 94
Passo 3 – Escolhendo o Template .................................................................. 95
Passo 4 – Escolhendo as primeiras páginas ................................................... 95
11
Passo 5 – Publicando o site criado gratuitamente ........................................... 96
10.4 Disponibilidade de arquivos na página ............................................... 98
11 NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO ............................................... 105
11.1 Benefícios da Web Site na educação ................................................ 106
12 METODOLOGIA ...................................................................................... 108
12.1 O lugar da pesquisa ........................................................................... 108
12.2 Sujeitos da Pesquisa ......................................................................... 109
12.3 Coleta de Dados ................................................................................. 110
12.4 ASPECTOS ÉTICOS ............................................................................ 110
13 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................... 111
14 CONCLUSÃO .......................................................................................... 118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 120
REFERÊNCIAS DOS SOFTWARES ............................................................ 129
REFERÊNCIAS DAS AULAS ANIMADAS .................................................. 131
APÊNDICES ................................................................................................. 132
APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO DA PESQUISA ......................................... 132
QUESTIONÁRIO PARA OS DOCENTES DE ENSINO MÉDIO.................... 132
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA ........................................ 133
QUESTIONÁRIO PARA OS DISCENTES DE ENSINO MÉDIO ................... 133
APÊNDICE C- TCLE .................................................................................... 135
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.0 Acesso a plataforma Wix.com 80
Figura 2.0 Criação do Site 80
Figura 3.0 Escolha do modelo 81
Figura 4.0 Escolha do Conteúdo 81
Figura 5.0 Escolha do conteúdo 82
Figura .6.0 Edição do Site 82
Figura 7.0 Site criado 83
Figura 8.0 Acesso a plataforma Webnode 86
Figura 9.0 Cadastro na plaforma 86
Figura 10.0 Criando o Site 87
Figura 11.0 Escolha do modelo do Site 87
Figura 12.0 Escolha do modelo do Site 88
Figura 13.0 Escolha da estrutura do Site 88
Figura 14.0 Edição do Site 89
Figura 15.0 Siote Criado 89
Figura 16.0 Site criado 90
Figura 17.0 Histograma representativo do novo paradigma
da educação
94
Figura 18.0 Local da pesquisa 96
13
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.0 Disponibilidade de artigos na página 91
Tabela 2.0 Disponibilidade de Apostila no Site 92
Tabela 3.0 Links educacionais 93
Tabela 4.0 Aulas animadas 93
Tabela 5.0 Resultados\discussões\docentes – uso de programas
computacionais e aulas animadas
100
Tabela 6.0 Resultados\discussões\discentes– uso de programas
computacionais e aulas animadas
101
Tabela 7.0 Resultados\discussões\docentes– diagnóstico do uso
das multimídias.
102
Tabela 8.0 Resultados\discussões\discentes– diagnóstico do uso
das multimídias.
103
Tabela 9.0 Resultados\discussões\docentes– trabalhar o meio
ambiente no contexto virtual
104
Tabela 10.0 Resultados\discussões\disentes– trabalhar o meio
ambiente no contexto virtual
105
14
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 22.1 Desflorestamento bruto anual na Amazônia Legal -
1992-2017
72
Gráfico 1.0 Focos de calor no Brasil, na Amazônia Legal em
unidades de Conservação e Terras Indígenas- 2006-
20177
74
Gráfico 22.3 Comercialização de agrotóxico e afins, por área
plantada no Brasil – 2001 – 2016
77
Gráfico 4.0 Resultados\discussões\docentes – uso de programas
computacionais e aulas animadas
101
Gráfico 5.0 Resultados\discussões\docentes– diagnóstico do uso
das multimídias.
102
Gráfico 6.0 Resultados\discussões\docentes– diagnóstico do uso
das multimídias.
103
Gráfico 7.0 Resultados\discussões\discentes– diagnóstico do uso
das multimídias
103
Gráfico 8.0 Resultados\discussões\docentes– trabalhar o meio
ambiente no contexto virtual
105
Gráfico 9.0 Resultados\discussões\disentes– trabalhar o meio
ambiente no contexto virtual
106
15
NOMENCLATURA
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
IBAMA INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
SUDAM SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA
AMAZÔNIA
CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
PCN’S PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
UC UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
16
1 INTRODUÇÃO
Para a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento
(CMMAD, 1988;1991) os objetivos que derivam do conceito de desenvolvimento
sustentável estão relacionados com o processo de crescimento da cidade e
objetiva a conservação do uso racional dos recursos naturais incorporados às
atividades produtivas. Entre esses objetivos estão: - crescimento renovável; -
mudança de qualidade do crescimento; - satisfação das necessidades essenciais
por emprego, água, energia, alimento e saneamento básico; - garantia de um
nível sustentável da população; - conservação e proteção da base de recursos; -
reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco; - reorientação das
relações econômicas internacionais (MMA, 1988;1991).
Um dos grandes desafios do desenvolvimento sustentável e o lugar
marginal que tais assuntos ocupam nos estabelecimentos de ensino, nos dias
atuais, revela a necessidade de um papel mais assertivo por parte da pratica
docente para que estejam preparados para assumir a responsabilidade de formar
cidadãos críticos e conscientes de que vivem em uma sociedade moderna, que
necessita de uma visão multifacetada de conhecimentos e habilidades com
capacidade para liderar mudanças. Porém, até pouco tempo atrás, a educação
podia ser vista, principalmente, como um meio responsável pela transmissão de
determinados conteúdos escolares através das gerações, objetivando a
reprodução e perpetuação da cultura. Nesse sistema educativo, ideias e valores
deveriam ser assimilados passivamente pelos aprendizes, sem maiores reflexões
sobre a possibilidade de criação de ambientes que estimulassem a construção do
conhecimento (CARDOSO, 2004, p.22). Esse tipo de ensino caracteriza uma
metodologia tradicionalista onde a forma como questões ambientais são
abordadas, pode ter contribuído para a difusão de concepções distorcidas, uma
vez que os conceitos são apresentados de forma puramente teórica (e, portanto,
entediante para a maioria dos alunos), como algo que se deve memorizar e que
não se aplica a diferentes aspectos da vida cotidiana (ARROIO, et al, 2006,
p.173).
17
Novos métodos e/ou ferramentas pedagógicas devem ser inseridas no
contexto escolar para minimizar a abstração do ensino, assim como, proporcionar
melhores abordagens nos conteúdos ambientais, de tal forma que acompanhe
também as modificações tecnológicas ocorridas na sociedade. Pois, para o
mundo atual, existe a necessidade de constante processo de aprendizagem no
sentido de adquirir competências individuais e sociais de comunicação, e
interação com o processo de sustentabilidade ambiental (MANTOAN apud
SCHLÜNZEN JUNIOR E SCHLÜNZEN, 2007, p.1). Isso demonstra a
necessidade de implantação de projetos de incentivo para reflexões acerca das
práticas docentes no contexto Ambiental e o uso de procedimentos
metodológicos modernos como perspectiva de desenvolver guia virtual (website
free) para o ensino no contexto Ambiental. Reigota (1995, p. 54), ao analisarem
as perspectivas paradigmáticas no contexto Ambiental, consideram que esses
eixos estão relacionados com o positivismo (conhecimento sobre o ambiente), o
construtivismo (atividades no ambiente) e a teoria crítica (ações para o ambiente)
da educação. O desenvolvimento dessas habilidades pode ser facilitado através
do uso de procedimentos metodológicos modernos (Web Site) que permite a
concepção de novas formas de trabalho por meio da criação de ambiente virtual
de aprendizagem em que os Docentes e Discentes possam pesquisar, fazer
simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar soluções e construir
novas formas de representação mental sobre o desenvolvimento sustentável,
oferecendo meios rápidos e eficientes para gestão de problemas ambientais
complexos, o que proporciona a dedicação de mais tempo em atividades de
interpretação e elaboração de conclusões (VALENTE, 1993, p.12).
Entretanto, não é o software que faz a diferença em termos de resultados
cognitivos, mas sim, a forma como ele é utilizado no processo de ensino-
aprendizagem pelo professor Lohn ( 2005, p.2).
18
1.1 Identificação e justificativa do estudo
A pesquisa realizada apresenta como temática: Práticas Docentes no
Contexto Ambiental Vla Plataforma virtual. O tema proposto possui uma grande
importância pois, visa, motivar o professor para apresentar uma conduta
inovadora, criando situações desafiadoras, significativas e diferenciadas,
utilizando-se de recursos didáticos variados para o ensino da quimica. No
entanto durante esse processo o aluno precisa ser motivado a envolver-se
ativamente no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando com isso que
este possa construir o seu conhecimento a partir de múltiplas interações.
As Diretrizes Curriculares da Edução Básica para o Ensino da quimica
(BRASIl, 1998, p. 87) bem como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
incentivam o uso de novas tecnologias, que levem ao aluno uma aprendizagem
significativa. Dentre estas tecnologias o computador passa a ser um dos recursos
de destaque.
É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras (BRASIL, 1998, p. 96).
Por isso em uma sociedade de bases tecnológicas, com mudanças
contínuas, não é mais possível desprezar o potencial pedagógico que as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) apresentam quando
incorporadas à educação.
De acordo com (KAMPFF, et al, 2004, p. 32), “as TIC, quando
incorporadas à educação, podem constituir um elemento valorizador das práticas
pedagógicas”.
Contudo estas tecnologias incorporadas ao ensino acrescentam, em
termos de acesso à informação, flexibilidade, diversidade de suportes no seu
tratamento e apresentação, além de possibilitarem o desenvolvimento acelerado
do conhecimento na atualidade.
19
Por conta do que foi exposto que houve a necessidade por parte deste
pesquisador em fazer um estudo mais aprofundado e prolongado, para
apresentar as possiveis respostas para o problema apresentado nessa pesquisa.
Tendo em vista que a sala de aula é o espaço privilegiado quando pensamos em
escola, em aprendizagem. Esta nos remete a um professor na nossa frente, a
muitos alunos sentados em cadeiras olhando para o professor, uma mesa, um
quadro negro e, às vezes, um vídeo ou computador.
Com a Internet e as redes de comunicação em tempo real, surgem
novos espaços importantes para o processo de ensino-aprendizagem, que
modificam e ampliam o que fazíamos na sala de aula.
O professor, em qualquer em qualquer nível de ensino, precisa hoje
aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada
e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com
atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório para desenvolver
atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se
ampliam e complementam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem e
se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento
da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada,
um espaço importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as
possibilidades de atividades de aprendizagem.
Para que isso ocorra precisa fundamentalmente de professores bem
preparados, motivados, e bem remunerados e com formação pedagógica
atualizada. Isso é incontestável.
Entretanto vale resaltar que: é preciso que exista na escola salas
confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples até as sofisticadas.
Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, computadores e, no
mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor
ou pelos alunos, quando necessário.
20
É importante que se destaque que: No livro "Vida Digital", o
pesquisador do Negroponte (1995. p. 54) defende a possibilidade do uso do
computador na educação. Segundo ele, até o advento do computador, a
tecnologia usada para o ensino limitava-se a audiovisuais e ao ensino a
distância, pela TV, o que simplesmente ampliava a atividade dos professores e
passividade ddos alunos. Negroponte (1995, p. 54) salienta a possibilidade
interativa oferecida pelo computador, que desperta o interesse do aluno em
descobrir suas próprias respostas, em vez de simplesmente decorar os
ensinamentos impostos. "Embora uma porção significativa do aprendizado de
certo se deva ao ensino, mas ao bom ensino, com bons professores, grande
parte dele resulta da exploração, da reinvenção da roda e do descobrir por si
próprio" (NEGROPONTE, 1995, p. 172). Negroponte (1990, p. 56), conclui que a
máxima do "aprender fazendo" tornou-se regra e não exceção devido ao alto
poder de simulação do computador.
Entretanto com a conclusão da pesquisa pretendemos deixar um
grande legado de informações para a comunidade cientifica, incluindo os
pesquisadores, academicos e sociedade em geral, para que possam utilizar
essas informações como fonte de pesquisa.
Destaca-se que com a realização da pesquisa, pude desenvolver
algumas habilidades como: leitura, interpretação, capacidade de síntese e
analise de dados além de contribuir para a melhoria dos meus conhecimentos
sobre o tema apresentado. Pois na minha prática docente através dos resultados
obtidos nesta vou poder implantar em sala de aula as estratégias e metodologias
vivenciadas durante esse percurso.
Esperamos que a instituição continue incentivando e apoiando seus
mestrandos para a importância do incentivo a pesquisa, inovação e
compartilhamento de informações na academia.
Por esses motivos que realizamos este estudo com objetivo de
buascar as respostas para responder a problemática e os objetivos propostos na
pesquisa.
21
1.2 Objetivos
1.3.1 objetivo geral
Implantar uma proposta integrativa de práticas docentes em ambiente
virtual de aprendizagem colaborativa para realização de atividades interativas e
inovadoras ao processo educativo no contexto ambiental.
1.3.2 objetivos específicos
- Diagnosticar o uso das multimídias pelos discentes e docentes em
sala de aula no contexto ambiental via plataforma virtual;
- Avaliar a possibilidade de trabalhar o meio ambiente no contexto
virtual;
- Confirmar o uso de ferramentas dinâmicas para construção de um
ambiente de interação compartilhando conhecimentos e tornando professores e
alunos sujeitos ativos nesse processo
1.4 Contribuição e relevância do estudo
As práticas docentes no contexto ambiental via plataforma virtual,
apresentou-se durante a realização da pesquisa como uma temática bastante
difundida no ambiente de ensino aprendizagem, principalmente com relação ao
ensino superior, ensino médio e ainda iniciando no ensino fundametal. Pois os
ambientes virtuais de aprendizagem são recursos que vem se destacando na
atualidade, a pesquisa apontou grandes contribuições que podem melhorar o
ensino da quimica via plataformas virtuais através principalmente da ultilização
de sites. Durante a realização desta procurou-se cinco escolas públicas
estaduais do ensimo médio com vinte salas cada uma e nestas observou-se que
nenhuma possuia meio virtual ou programa voltado para estudo da disciplina de
22
química via plataforma virtual nem mesmo relacionado ao meio ambiente.
Encontramos projetos, no papel, para implantação futura relacionado a outras
matérias.
Conforme Chaves, (1998, p. 54):
A difusão das plataformas virtuais, aliadas às novas tecnologias e a mudanças sócio-econômicas e culturais propiciam de forma fantástica a utilização do computador como ferramenta de ensino. Uma das mudanças mais significativas na tecnologia é a expansão das redes globais de comunicação. As instituições investiram significativamente para participar destas redes e as pessoas estão rapidamente tentando incorporar-se a elas. Atualmente, as instituições estão percebendo que o foco de seus investimentos deve ir além da infra-estrutura, incluindo a criação de conteúdo e a capacitação dos usuários. (CHAVES, 1988, p. 5).
Por esse motivo podemos afirmar que os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem via plataforma virtual vêm sendo utilizados cada vez mais no
Brasil, já que instituições de ensino de ensino, estão gradativamente notando os
benefícios da utilização desse tipo de ferramenta dentro e fora de sala de aula.
Os recursos multimídia e ferramentas de ensino via virtual comprovadamente
otimizam e refletem positivamente no aprendizado presencial e a distância do
aluno, com os resultados alcançados surpreendendo aos próprios professores.
Por isso que o uso dos Ambientes Virtuais via plataforma virtual pode
favorecer a inclusão digital dos alunos e professores, além de estimular o ensino
podendo tornar as aulas mais dinâmicas já que utiliza a Internet e recursos
multimídias como, por exemplo, áudio e vídeo.
Com a conclusão da pesquisa iremos contribuir para: A utilização das
multimidias em sala de aula, no contexto ambiental via plataforma virtual,
permite que os alunos tragam algo comum de seu mundo para escola, pois
nesse processo de aprendizagem o apredizado torna-se mais prazerozo e
dinâmico envolvendo uma maior participação dos atores. Com isso é necessário
o acompanhamento da educação em relação a essas mudanças implementando
novas tecnologias dentro do ambiente educacional.
23
A utilização de plataformas virtuais no ambiente de ensino a aprendizagem traz diversas
vantagens, comunicação e interação; estímulo para pesquisar a partir de temas previamente
definidos ou a partirda curiosidade dos próprios alunos; desenvolvimento de uma nova forma de
comunicação e socialização; estímulo à escrita e à leitura; estímulo à curiosidade;
desenvolvimento da autonomia; troca de experiências entre professores/professores, aluno/aluno
e professor/aluno.(TAJRA, 2001, p. 153).
Compreendendo as vantagens acima descritas, pode-se afirmar que a
as plataformas virtuais são excelentes ferramentas no ambiente pedagógico, haja
vista que o professor oferece ao aluno a possibilidade de interagir por meio do
computador. Neste ambiente, “o professor deve usar uma variedade de técnicas
para conduzir os alunos na direção de abraçar determinado objeto comum”.
Em relação a uma segunda contribuição que a pesquisa apresenta
com seus resultados, foi observado que: os alunos participantes do projeto
tornaram-se sujeito mais ativos nas aulas, dando sugestões e interagindo.
Aproveitaram também para utilizar tal ferramenta com outras matérias. pois tudo
que era visto de forma linear, agora passa a ser compreendido de maneira
virtual, interativa e dinâmica. Assim como o aproveitamento do tempo, pois sendo
mais otimizado permite aos alunos conhecimento prévio da lição por meio do
material fornecido com antecedência pelo professor no ambiente virtual. Com
isso a aula pode ser dedicada a aprofundar o tema e a desenvolver os assuntos
mais importantes.
Os estudos ainda apontaram que :
Com a utilização da plataforma virtual em sala de aula percebeu-se
que, o protagonismo do aluno é trabalhado a todo momento. Pela dinâmica da
plataforma, o estudante é convidado a desenvolver sua autonomia e
responsabilidade. Pois geralmente, as tarefas que foram estipuladas pelo
professor tiveram um prazo a ser cumprido e coube a cada aluno decidir o melhor
horário e o melhor momento para resolvê-las.
Um outro ponto observado na pesquisa, foi que o ensino da quimica
24
via plataforma virtual de Aprendizagem foi um excelente recurso para que os
alunos revisarem e fixarem o conteúdo que foi visto em sala de aula.
Uma grande contribuição a ser mencionada é que, essa ferramenta
educacional, se tornou muito mais simples e rápido para gerar dados
educacionais e relatórios sobre os estudantes, turmas e disciplinas. Por meio do
sistema, durante e após a realização das atividades propostas (questões,
videoaulas…), tanto professores quanto coordenadores e diretores podem ter um
panorama geral e comparativo da realidade educacional na escola.
Para Moran, as tecnologias:
São pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, norteiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes (MORAN, 2007,p.162).
A integração das TIC’S à educação, segundo BELLONI (2009, p. 11)
deve ser realizada “em sua dupla dimensão: como ferramentas pedagógicas e
como objetos de estudo”. Assim, a tecnologia em sala de aula precisa ser usada
de forma adequada, com professores preparados para o uso pedagógico, pois
quando usadas de forma errada, essas ferramentas podem causar distrações e
acabar com todo o planejamento e objetivo da aula.
É notório como o uso de novas tecnologias possibilita maior interação
e participação em sala de aula.
Com isso podemos afirmar ser possível trabalhar não só o meio
ambiente em ambiente virtual, como também é viável trabalhar as demais
disciplinas através dessa ferramente pedagógica.
Finalmente como uma terceira contribuição apresentada com os
resultados da pesquisa, foi observado com relação aos discentes e docentes
que: após implantação de tais ferramentas houve um maior diálogo entre
25
professores e alunos, pois com tais materiais retirados diretamente da rede
mundial de computadores sobre o tema meio ambiente os discentes ficaram mais
seguros em questionar e apresentar idéias aos docentes.
Tal situação, a de que os alunos sentem-se inseguros ao apresentar
dúvidas, é recorrente em nosso município já que por não apresentarem bom
desempenho ou pouco material sentem-se dimuidos ao buscar orientação
pedagógica.
É fato como a dinâmica ensino aprendizagem ocorre sem um meio o
qual faça a intersecção entre os dois pólos quais sejam. Aluno e Professor(
maiúsculo intencional). Sem esse meio não há ensino e muito menos
aprendizagem.
É importante a se observar que: Aquelas escolas e ou faculdades
mais desenvolvidas em relação à material de estudo ou pesquisa são as mais
bem poncicionadas nos itens de avaliação.
As ferramentas de interação dos ambientes virtuais de aprendizagem
são importantes no processo da construção do conhecimento, uma vez que seu
uso possibilita a construção do ambiente de interação com compartilhamento de
conhecimentos científicos tornando o processo mais contextualizado, próximo à
vivência dos alunos. Fornece ainda um autoconhecimento da sua vida e do seu
‘mundo, promovendo assim o despertar como sujeitos críticos e participativos no
ensino. Entretanto a interação nos ambientes virtuais será intensificada, somente
se os professores e alunos utilizarem as ferramentas interativas síncronas e
assíncronas de forma significativa no processo educacional.
Entretanto os recursos tecnológicos disponíveis, hoje, diminuem as
dificuldades existentes pela distância física entre alunos e professores. A
tecnologia da informática permite criar um ambiente virtual em que alunos e
professores sintam-se próximos, contribuindo para o aprendizado colaborativo.
Além disso, possibilitam o armazenamento, distribuição e acesso às informações
independente do local.
26
De acordo com Silveira (2005, p. 59), os avanços tecnológicos
oferecem aos usuários de mídias em geral, várias ferramentas de comunicação
disponibilizadas na Internet.
Em alguns sistemas hospedados nas rede, encontram-se ferramentas
reunidas e organizadas em um único espaço virtual, visando oferecer ambiente
interativo e adequado à transmissão da informação, desenvolvimento e
compartilhamento do conhecimento.
Relevância do estudo para a sociedade academica, civil e para o
pesquisador.
Destacamos como relevância para a sociedade academica sobre a
pesquisa realizada, acerca de práticas docentes no contexto ambiental via
plataforma virtual. Pretende-se deixar um grande legado de informações para a
comunidade cientifica, incluindo os pesquisadores, academicos e sociedade em
geral, para que possam utilizar essas informações como fonte de pesquisa.
Destaca-se que com a realização da pesquisa, pude desenvolver
algumas habilidades como: leitura, interpretação, capacidade de síntese e
analise de dados além de contribuir para a melhoria dos meus conhecimentos
sobre o tema apresentado. Pois na minha prática docente através dos resultados
obtidos nesta vou poder implantar em sala de aula as estratégias e metodologias
vivenciadas durante esse percurso.
Esperamos que a instituição continue incentivando e apoiando seus
mestrandos para a importância do incentivo a pesquisa, inovação e
compartilhamento de informações na academia.
27
1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
1.4.1 Tema: Práticas Docentes no Contexto Ambiental Via Plataforma Virtual
1.4.2 Delimitação do estudo: A importância do uso das multimídias em sala de
aula no contexto ambiental via plataforma virtual.
1.4. 3 Definição do problema:
1) Como definição para o problema de nossa pesquisa propomos: Como
Diagnosticar o uso, por parte dos alunos e professores das multimídias em sala
de aula no contexto ambiental via plataforma virtual?
1.4.4 Definição dos limites da pesquisa:
A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Manaus, na região centro oeste
da mesma, no estado do Amazonas situado na região Norte do Brasil. Foi
realizado uma visita junto a Secretaria Estadual de Educação junto a gerencia de
ensino médio da região centro-oeste com diretores para solicitação de
autorização para desenvolver a pesquisa. Após a autorização este pesquisador
se reuniu com os professores da disciplina de quimica, então iniciou-se a
pesquisa de campo em cinco escolas públicas estaduais, os sujeitos da pesquisa
foram alunos na faixa etaria entre 14 e 17 anos, do sexo masculino e feminino;
cor branca, parda e negra, em estado de saúde considerado normal e classe
social de baixa renda. Cada série das escolas possui em média de 35 alunos;
totalizando uma coleta de dados com 175 pesquisados abordados de forma
direta e indireta. O critério de inclusão foi o de livre e espotânea vontade na
participação da pesquisa e o de exclusão foi a de desistência de alguns sujeitos.
A pesquisa seria suspensa caso o poder público estadual não aceitasse realiza-
la.
1.4.5 Hipóteses:
- Através da utilização de ferramentas tecnológicas em sala de aula como
computador, data show, aparelho celular ou tablete;
28
- Através da realização de questionários com perguntas livres a docentes e
discentes;
- Disponibilizando para professores e alunos um ambiente via plataforma
virtual com conteúdos sobre meio ambiente, através de vídeos, documentários,
aulas animadas e links educacionais.
1.4.6 Material e métodos
A presente pesquisa utilizou como material para coleta de dados
questionários com perguntas livres aplicados a docentes da disciplina de quimica
e discentes do sexo feminino e masculino, na faixa étaria entre 14 á 17 anos,
com objetivo de observar diagnosticar o uso, por parte dos alunos e professores
das multimídias em sala de aula no contexto ambiental via plataforma virtual?
Quanto ao delineamento da pesquisa: Foi realizado um estudo
bibiografico e de campo com docentes e discentes de cinco escolas estaduais de
ensino médio.
2 ESTADO DA AR
2.1 Tecnologia na Educação
O termo tecnologia nos remete à evolução, progresso e comodidade. Na
história da humanidade constatam-se vestígios de uma tecnologia rudimentar,
necessária para a realização de tarefas essenciais para a sobrevivência do ser
humano. Com o avanço da tecnológia ao longo dos anos, de forma progressiva
influenciando a vida das pessoas, transformando o homem e sua cultura.
Segundo Kenski (2012, p. 22) “[...] a expressão “tecnologia” diz respeito a
muitas outras coisas além das máquinas. O conceito tecnologia engloba a
totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar
em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações”. Esse conceito
compreende tudo que é construído pelo homem a partir da utilização de diversos
recursos naturais, tornando-se um meio pelo qual se realizam atividades com
29
objetivo de criar ferramentas instrumentais e simbólicas, para transpor barreiras
impostas pela natureza, estabelecer uma vantagem, diferenciar-se dos demais
seres irracionais.
Para Kenski (2012, p. 24), o conjunto de:
[...] conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer equipamento - uma caneta esferográfica ou um computador -, os homens precisam pesquisar, planejar e criar o produto, o serviço, o processo. Ao conjunto de tudo isso, chamamos de tecnologias.
Por esse motivo que, o homem como um ser racional, principal atributo
que o diferencia dos demais seres vivos, apoia-se em sua capacidade de pensar,
refletir sobre suas ações, acumulando e desenvolvendo conhecimento, traçando
planos e hipóteses, buscando superar as adversidades, na tentativa de controlar
os fenômenos naturais ou antropogênicos, transformando o espaço natural
almejando qualidade de vida.
Entretanto, pode-se perceber a relação de poder que a tecnologia exerce.
O homem, um ser sujeito a manipulação, com sua capacidade de criação, fez
mudanças na estrutura urbana, nos meios de comunicação, na arquitetura e nas
atividades industriais e energéticas. Dessa forma, o trabalhador que antes
detinha o controle da sua invenção, agora é submetido e dominado pelas
condições de trabalho, na maioria da vezes, escravo. Já aqueles que são
capazes de controlar obtêm vantagens sobre os demais acelerando o
crescimento econômico alcançando prestígio, conhecimento e poder. Para tanto,
o papel da tecnologia é oferecer condições para que o homem possa satisfazer
sua necessidade de sobrevivência, de criar técnicas de facilitação para o trabalho
diário, assim como a sua necessidade de interação com o outro por meio do uso
de tecnologias da informação e comunicação.
É importante que se destaque, dentre tantos outros conceitos sobre a
tecnologia, relacionada à educação. De acordo com Niskier (1993, p. 32)
menciona algumas ideias como “uma mediação do encontro entre Ciência,
Técnicas e Pedagogia.” ou ainda como “um exercício crítico com utilização de
30
instrumentos a serviço de um projeto pedagógico”.
Nesse sentido Segundo Lévy (1993, p. 54) a necessidade incentiva o
impulso às criações tecnológicas, como o ábaco, instrumento utilizado por povos
primitivos para auxiliar na contagem, considerado assim o primeiro computador.
Na década de 40, em meio a segunda guerra mundial, os computadores
modernos surgiram. Nos Estados Unidos, na década de 60, popularizou o
microcomputador e este se tornou a principal ferramenta de trabalho.
Em se tratando de Brasil, a partir a década de 80 foi marcada por
grandes investimentos governamentais de informática na educação.
Em resumo Giraffa (1993, p.67) descreve o contexto em seis ondas:
Primeira onda: logo e programação; segunda onda: informática básica; terceira onda: software educativo; quarta onda: internet; quinta onda: aprendizagem colaborativa; sexta onda: o que será? (APUD GIRAFFAFERRETI, 1993, p.65)
Por isso Para as autoras uma sociedade humana não pode sobreviver se
a cultura não for transmitida de geração a geração e é a educação que garante
esta transmissão. Para tanto, a escola precisa inserir ferramentas que lhe auxilie
na formação mais reflexiva do ser humano na construção de um mundo melhor.
Um grande exemplo que ajuda a ilustrar que a inserção das tecnologias na
educação nem sempre são compreendidas ou ocorrem sem muita clareza se
refere ao projeto UCA. No ano de 2005, o governo desenvolveu o projeto: “Um
Computador por Aluno (UCA)”, com objetivo de intensificar o uso da tecnologia
da informação nas escolas. Após um longo processo de licitação em 2008 o
governo efetuou a compra de 150 mil laptops que contemplou 300 escolas
brasileiras.
Pois a educação, sendo um processo, não um fim em si mesmo, portanto
precisa sofrer intervenções positivas para o seu aprimoramento. O uso das
tecnologias na área da educação pode exercer um papel importante na relação
ensino-aprendizagem.
Sendo assim, utilizar as tecnologias como ferramentas pedagógicas
31
podem auxiliar o aluno no processo de construção do conhecimento. Para isso a
capacitação e inclusão digital do profissional da educação são de suma
importância, porque professor é a figura central da mediação do saber.
Demo (1987, p.134) ainda ressalta:
Temos que cuidar do professor, pois todas as mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portarcomo tal. (APUD ANDRADE, p.16).
No entanto, a dinâmica da visão moderna sobre a tecnologia trata-se de
uma ferramenta, ou um meio para o uso humano, no qual à tecnologia configura
a cultura e a sociedade. Contudo essa mudança de paradigma não será fácil de
ocorre, pois a proposta não é simplesmente trocar o velho pelo novo, mas sim
tornar a tecnologia um recurso eficaz, dentro do ambiente escolar. Para isso uma
mudança na postura docente se torna essencial pois a escolha de recursos
passa pelo professor e a possibilidade de torná-lo significativo também.
Portanto com a inovação tecnologica, olhamos uma forma de transformar
a realidade de maneira que a sociedade e a educação sejam as principais
beneficiadas. Cabe aos usuários, fazer uma análise sobre as consequências
sociais das inovações, já que o objetivo da criação da tecnologia tem sido o
favorecimento do capital, e não o bem estar do ser humano. No entanto podemos
perceber que o homem deve utilizar a tecnologia para o bem comum, seguindo a
linha do raciocínio que vise agir sobre o meio em que vive de forma consciente,
afinal o uso dos recursos naturais é fundamental para a sobrevivência da espécie
humana.
2.2 A importãncia da tecnologia na Sociedade da Informação
As sociedades conteporâneas e as do futuro próximo, nas quais vão atuar
as gerações que agora entram na escola, requerem um novo tipo de indivíduo e
de trabalhador em todos os setores econômicos. E uma das marcas que exprime
32
com clareza essa sociedade, que chamamos “Sociedade da Informação”, é o uso
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em nosso dia a dia.
Informação é poder. O que seria então a chamada sociedade da informação?
Esse conceito surgiu da necessidade de explicar e ao mesmo tempo justificar
alguns fenômenos sociais que começaram a acontecer especialmente a partir da
década de 80.
Entretando, tais fenômenos eram marcados pelas tecnologias da
informação que passaram a existir depois da junção dos inventos da informática
com os avanços da telecomunicação.
[...] as características fundamentais da sociedade contemporânea que mais têm impacto sobre a educação são, pois, maior complexidade, mais tecnologia, compreensão das relações de espaço e tempo, trabalho mais responsabilizado, mais precário, com maior mobilidade exigindo um trabalho multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações novas, sempre prontas a aprender. Em suma um trabalhador mais informado e mais autônomo[...] (BELLONI, 2009, p.39).
No entanto, quando inseridos nesse contexto, a educação, o professor,
como as demais organizações, estão sendo muito pressionadas para que tais
mudanças venham a ocorrer.
Por isso que, O ministério de Educação e Cultura tem priorizado, ao
formular políticas para a educação, aquelas que agregam às melhorias
institucionais, o incremento na qualidade da formação do aluno e do professor,
pois, segundo Moran (2007, p. 32), “a educação universal e de qualidade é
percebida hoje como condição fundamental para o avanço de qualquer país”.
A democratização do acesso à melhoria da qualidade da educação básica
vem acontecendo num contexto marcado pela modernização econômica, pelo
fortalecimento dos direitos da cidadania e pela disseminação das tecnologias da
informação, que impactam as expectativas educacionais ao ampliar o
reconhecimento da importância da educação na sociedade do conhecimento.
As escolas nos dias atuais sobrevivem, segundo Moran, (2007, p. 54),
33
porque são espaços obrigatórios e legitimados pelo Estado. Frequentamos as
aulas porque somos obrigados, não por escolha própria, por interesse, por
motivação, por aproveitamento. A escola está atrasada por não acompanhar os
avanços das ciências, ensina o que já está aceito, cristalizado e encara com
desconfiança a adoção das novas tecnologias.
Precisamos tornar a escola um espaço vivo, agradável, estimulante, com
professores mais bem remunerados e preparados; com currículos mais ligados à vida
dos alunos; com metodologias mais participativas, que tornem os alunos pesquisadores,
ativos; com aulas mais centradas em projetos do que em conteúdos prontos; com
atividades em outros espaços que não a sala de aula, mais semi-presenciais e on-line,
principalmente no ensino superior[...] (MORAN, 2007, p.10).
No entanto a função da escola na sociedade atual ampliou-se muito por
força das novas exigências de formação e da omissão da família e de outras
instituições no desempenho de seus papéis sociais.
2.3 O estudo do meio ambiente com auxílio de multimídia
O uso de diferentes mídias e tecnologias no processo de ensino
aprendizagem torna-se algo imprescindívvel, pois esses recursos tecnológicos
possibilitam aos alunos novos meios de aprendizagem, despertando nos
discentes a curiosidade, gerando um espírito investigativo. As mídias poder ser
utilizadas pelo professor como uma estratégia no desenvolvimento das aulas,
pois com este recurso o aluno constrói seu conhecimento, através de novas
descobertas, o professor assim torna-se um mediador da aprendizagem.
Por que usar o computador, no processo de ensino-aprendizagem da
educação ambiental?
No processo de ensino-aprendizagem é necessário que se formem
cidadãos conscientes para o exercício da cidadania. A mentalidade de
preservação precisa surgir e, somente será realidade, quando o indivíduo
perceber o seu papel e a importância dele neste processo. Fornecer elementos
para que ele consiga essa percepção, é também tarefa da Educação Ambiental.
34
Por isso que, com o avanço tecnológico mostra novos modelos em relação
ao saber, ao conhecer, proporcionando assim mais possibilidades para uma
melhor interação entre as pessoas e o ambiente. Portanto, são fortes os desafios
da educação ambiental, aliada à tecnologia, aliada à informática, propondo-se
uma nova visão didática junto às unidades escolares.
Com a tecnologia a todo vapor, passamos a ter algumas alternativas
interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas. A sala de aula que antes
se resumia a alunos, professores, quadro, giz, mesas e cadeiras pode agora
contar com novos elementos de multimídia.
O uso do computador e da internet como ferramentas de mídia na escola,
por isso nota-se que essas aplicações contribuem para melhorar a capacidade de
professores e alunos de encontrar e associar informações, trabalhar em grupo e
comunicar cada vez mais, de forma adequada.
De acordo com Silveira (2005, p.39) ''os alunos hoje são orientados a
realizarem pesquisas e estudos de casos através da Internet e outras atividades
que sendo aplicadas pelo computador e se forem bem orientados pelos
educadores, aumentam o interesse e envolvimento com a mídia social''.
No entanto, a Internet é vista hoje como uma fonte de avanços e de
problemas. Podemos encontrar o que buscamos, e também o que não
desejamos. A facilidade traz também a multiplicidade de fontes diferentes, de
graus de confiabilidade diferentes, de visões de mundo contraditórias. É difícil
selecionar, avaliar e contextualizar tudo o que acessamos.
Podemos destacar nesse processo que, para que haja o melhor potencial
do usso da Internet, se equilibramos a rapidez e multiplicidade da informação
com o necessário tempo de análise, de decantação, de reflexão. Se focarmos
menos quantidade e mais qualidade da observação, da percepção, da
comunicação. Se combinarmos a função de “radar” - que mapeia e descobre -
com o de “focar” - que aprofunda e ilumina.
Nessa ferramenta, um personagem tem um importante papel, Os
35
professores, estes podem ajudar os alunos incentivando-os a saber perguntar, a
enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de
páginas, a comparar textos com visões diferentes. E ainda cabe aos docentes
incentivar aos alunos focar mais na pesquisa do que dar respostas prontas.
Podem propor temas interessantes e caminhar dos níveis mais simples de
investigação para os mais complexos; das páginas mais coloridas e estimulantes
para as mais abstratas; dos vídeos e narrativas impactantes para os contextos
mais abrangentes e assim ajudar a desenvolver um pensamento arborescente,
com rupturas sucessivas e uma reorganização semântica contínua.
É importante que alunos e professores levantem as principais questões
relacionadas com a pesquisa: Qual é o objetivo da pesquisa e o nível de
profundidade da pesquisa desejado? Quais são as “fontes confiáveis” para obter
as informações? Como apresentar as informações pesquisadas e indicar as
fontes de pesquisa nas referências bibliográficas? Como avaliar se a pesquisa foi
realmente feita ou apenas copiada?
Segundo Lohn (1999, p.1),
[...] a questão ambiental está se tornando cada vez mais urgente e importante para a humanidade, o futuro depende da relação entre homem/natureza e o tipo de uso que a humanidade faz dos recursos naturais disponíveis.
Entretanto é importante que essa realidade se torne essencial através do
conhecimento da Educação Ambiental, podendo-se chegar a um futuro com
melhores condições de sobrevivência para a humanidade.
Assim, segundo Schuelter (2007, p. 1), destaca que, a Educação assume
um papel fundamental, tanto como processo voltado para mudanças radicais que
ocorrem no mundo do trabalho, mas também, sobretudo para a construção da
modernidade que seja ética e humanista.
Neste contexto, ainda Freire (1996, p. 56), aponta que: a ação docente e
inovadora precisa contemplar a instrumentalização dos diversos recursos
36
disponíveis, em especial, os computadores e a rede de informação.
Por isso cabe aos professores e alunos tomar parte de um processo
conjunto para aprender de forma criativa, dinâmica e encorajadora, que tenha
como essência o diálogo e a descoberta.
É salutar destacar que, cabe ao docente buscar conhecer os conceitos
cada vez melhor, para que a partir deles, possa integrar os diversos conteúdos e
abordar a realidade natural e social de forma mais abrangente e rica, mostrando
como os seus componentes se interconectam, se complementam e interagem
entre si.
Nesse sentido Bastos (2002, p. 37),
A tecnologia, mais especificamente o computador, trouxe inúmeras e profundas mudanças sociais e culturais tais como, aproximação dos povos e culturas, evidenciando os contrastes nesse mundo interconectado e globalizado, uso de aparelhos e máquinas facilitando as tarefas humanas no serviço, nos bancos, residências, etc.
Então, o computador não é somente mais uma invenção eletrônica, mas
sim uma poderosa ferramenta que está mudando tão radicalmente não somente
a Educação, mas todos os aspectos de nossas vidas. Olhando para o ponto de
vista histórico dos séculos de mudanças educacionais, a informática não deve
ser temida, ao contrário, ela deve ser encarada como dádiva que torna possíveis
muitos ideais pelos quais os educadores têm tradicionalmente se esforçado.
2.4 Aspectos Conceituais da Educação Ambiental
A Educação Ambiental (EA), de modo sintético, trata de um processo que
visa à formação do cidadão, em relação às questões ambientais e sua
problemática.
Carvalho (2001, p. 42), aponta que Há de se observar que o conceito em
si pode ser encontrado de formas diferenciadas em obras de vários autores
37
diferentes, porém seus fundamentos são sempre os mesmos.
No entanto, pois se referem a um método contínuo da formação da
cidadania em relação aos aspectos ambientais em toda a sua amplitude, sendo
esta formação dependente, ou melhor, com conteúdos integrados de todas as
disciplinas.
Segundo Reigota (1995, p. 54), “[...] a educação ambiental é
interdisciplinar, orientada para a resolução de problemas locais, possuindo
características específicas: é participativa, comunicativa, criativa e valoriza a
ação”
A Educação Ambiental é a realidade vivenciada, formadora da cidadania, a
qual transforma valores e atividades através da construção de novos hábitos,
conhecimentos e cria uma ética conscientizadora para relações conjugadas entre
o ser humano, a sociedade e a natureza.
Na conferência de Dias (1994, p.26) definiu a Educação Ambiental,
“[...]como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada
para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente através de
enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada
indivíduo e da coletividade”.
Entretando, temos que destacar que a Educação Ambiental é fundamental
no processo de conscientização para a busca do desenvolvimento sustentável,
porém a ignorância ainda é um grande obstáculo na melhoria das relações entre
o ser humano e a natureza.
Dias (1994, p.26) destaca que o CONAMA – Conselho Nacional de Meio
Ambiente – defendeu a Educação Ambiental como “[...] um processo de
formação e informação, orientado para o desenvolvimento da consciência crítica
sobre as questões ambientais, e de atividades que levam à participação das
comunidades na preservação do equilíbrio ambiental”.
Por isso, quando um trabalho de Educação Ambiental é bem feito tem
como grande enfoque a formação de uma consciência crítica nos indivíduos, para
38
que possam ser capazes de se situarem no contexto geral no mundo em que
vivem e poderem participar de soluções dos problemas ambientais.
Assim, para Porto (1996, p.21),
[...] a Educação Ambiental, visa desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhe são associados, e que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos.
A Educação Ambiental é fundamental no processo de conscientização
para a busca do desenvolvimento sustentável, porém a ignorância ainda é um
grande obstáculo na melhoria das relações entre o ser humano e a natureza.
De acordo com Carvalho, (2001, p. 43), a Educação Ambiental busca, por
meio de ações pontuais, estimular a solução de problemas mais próximos à
população, em particular de cada região.
Assim sendo, os efeitos surgidos destas ações, se somados, podem
acarretar benefícios em proporções maiores, do mesmo modo que acontece em
relação às ações humanas nocivas ao meio, que se iniciam localmente, porém,
se somadas, podem resultar em impactos em escalas espaciais maiores,
tornando-se mesmo, globais.
De modo complementar a este pensamento, pode-se dizer que a
Educação Ambiental é um processo que depende muito da formação do cidadão,
pois para que ele efetue uma ação ambiental com sucesso, é preciso que
conheça pelo menos os princípios da conservação/preservação do meio
ambiente.
Capra (2000, p. 231), na obra “Teia da Vida”, defende que se necessitade
cidadãos ecologicamente alfabetizados, ou “eco-alfabetizados”, significando
aqueles que entendem os princípios de organização ecológica dos ecossistemas,
e que podem usar estes princípios para criar comunidades humanas
sustentáveis.
39
Sendo assim, têm-se importantes elementos que valorizam a formação de
cidadãos como a grande chave para se encontrarem caminhos que nos levem ao
desenvolvimento sustentável. Portanto, este processo está também fortemente
apoiado na maneira como o cidadão é educado, daí a necessidade e a
responsabilidade do sistema convencional de educação na preparação de
profissionais aptos nas mais variadas áreas de conhecimentos, bem como no
estímulo ao empenho em se engajar junto a esse novo processo educacional,
juntamente com seus educandos, no caso dos professores.
2.5 O Professor e a Tecnologia
Segundo Ripper (1996, p. 59-60), o primeiro método de
ensinoaprendizagem e o primeiro modelo de professor vem da escola Socrática;
inovador para a sua época, por volta do ano 400 a.C.
Por isso o professor tinha o papel de induzir o aluno a criar suas próprias
conclusões, fazendo com que nascesse do aluno a sua própria verdade. Porém,
este método não se fixou; o que se cristalizou como modelo de escola no mundo
cristão tinha uma proposta bastante diversa.
Na Idade Média, a escola estava ligada ao poder religioso e era um
privilégio de poucos. A prática pedagógica hegemônica foi o papel do professor
como transmissor do conhecimento pronto e acabado, que deveria ser assim
recebido pelos seus alunos.
De acordo com Saviani, (1994, p. 163), “Com a chegada da Revolução
Industrial no século XVIII, houve também uma Revolução na Educação, em que
“[...] aquela colocou a máquina no centro do processo produtivo; esta erigiu a
escola em forma principal e dominante da educação”.
Por esse motivo, com o surgimento da industrialização, a partir do século
XIX, e a necessidade social de se atender à demanda de mão-deobra
especializada, a escola se concretiza neste papel autoritário e dogmático. Com
isso, a necessidade de novos conhecimentos e mudanças. Enquanto na Idade
40
Média tinha-se como doutrina a religião, neste novo modelo de sociedade, a
ciência passa a ser o objeto de conhecimento. O surgimento da ciência no
processo produtivo envolve, a partir daí, a propagação da escrita e cria a
necessidade da expansão escolar, porém não pode ser entendida como total
processo de avanço. Assim como na sociedade da Idade Média, o professor
continua com o seu papel de transmitir o conhecimento como algo pronto, sem
permitir ao aluno criar novas curiosidades a este conhecimento que foi
construído.
Durante esse processo, verifica-se que ao professor, comparando a escola
como uma “linha de montagem”, também não é dada a oportunidade de inventar,
ousar ou mudar e, neste mesmo ambiente, entram os orientadores pedagógicos,
os coordenadores e outros profissionais, os quais treinam os professores em
como agir em suas práticas. O professor acaba sendo um mero transmissor de
informações, que segue um script previamente estabelecido, em série, por outros
especialistas.
Segundo Ripper (1996, op. cit., p. 62), “[...] os poucos que ousam são logo
postos de lado pela cultura hegemônica que não admite diversidade.”
Já nos meados do século XX, surgem sinais de mudanças, pois na
fábrica, os princípios do taylorismo/fordismo, o modelo da produção em massa,
começaram a dar sinais de esgotamento já na década de 1950. Porém, não
podemos deixar de mencionar que, em alguns setores da sociedade, ele ainda
está presente até os dias atuais. Agora, este novo operário tem que saber pensar
pois ele passa a assumir certas responsabilidades na fábrica, como o controle da
qualidade, sugerir mudanças para melhorar o processo de fabricação, e a escola
até então não preparava o indivíduo para tal.
Por esse motivo Valente (1993, p.31) sustenta esta idéia, quando diz que
“[...] hoje, as mudanças do sistema de produção e dos serviços, as mudanças
tecnológicas e sociais exigem um sujeito que saiba pensar, que seja crítico e que
seja capaz de se adaptar às mudanças da sociedade”. É necessário que, nestas
mudanças, surjam na sociedade visões mais críticas para enfrentar as situações-
problema, com competência para a tomada de decisões quando necessário.
41
2.6 Dificuldades dos Professores com a Tecnologia
Utilizar a tecnologia para auxiliar o ensino dentro da sala de aula já é visto
como algo bom por 92% dos professores brasileiros. Mesmo percentual,
considera positiva a capacitação profissional para a aplicação dessas tecnologias
em sala, segundo pesquisa realizada pela Fundação Lemann. De acordo com os
dados divulgados, os professores, em sua maioria, consideram positivo o uso de
recursos tecnológicos e defendem a formação para melhorar o trabalho em sala
de aula. No entanto, a TIC Educação, divulgada em 2013 pelo Comitê Gestor da
Internet no Brasil – entidade oficial que coordena serviços da web no país –
mostrou que apenas 2% dos professores brasileiros usam a tecnologia como
suporte em sala de aula.
Mais um apequena parcela de professores vêem hoje a tecnologia e os
computadores como um bicho de sete cabeças, acham que nunca conseguirão
‘domá-los’, demonstram uma grande insegurança.
Segundo Sandholtz et al (1997, p.78), à medida que os professores
aprendem a utilizar a tecnologia para seu benefício no gerenciamento da sala de
aula, descobrem que suas atitudes em relação aos computadores, vão sendo
modificadas conforme o contato no dia a dia com a máquina.
O Brasil tem 190 mil escolas de ensino básico, das quais 150 mil são
públicas. Já foi constatado que o número de computadores nas escolas públicas
é insuficiente, além do que, eles costumam ser instalados em locais inadequados
ao uso pedagógico e a conexão à internet tem baixa velocidade. De acordo com
o Censo da Educação Básica de 2013, realizado anualmente pelo Ministério da
Educação, 48% das unidades públicas ainda não têm computadores para uso
discente; 50,3% têm acesso à internet e há um computador para cada 34 alunos.
A banda larga está presente em 40,7% das unidades. Além disso, falta
capacitação aos professores para usar pedagogicamente as tecnologias dentro
da sala de aula.
Por esse motivo, a grande revolução que o computador promove é permitir
uma educação massificada no sentido de que há muita informação disponível e
42
ao mesmo tempo individualizada.
Nesse sentido, Sandholtz, (1997, p. 78), "[...] Ao contrário do que ocorreu
no início, quando osprofessores expressavam preocupações sobre suas salas de
aula computadorizadas, eles agora se preocupavam por terem que lecionar em
salas de aula sem acesso à tecnologia" .O que vai acontecer é que o ensino não
vai mais se limitar ao livro didático. Os livros deverão ser melhores, adequados à
informática, trazendo, até mesmo, sugestões de sites.
Segundo Lozza (2002, p. 54), o papel é a forma mais fácil de acesso ao
conhecimento, as aulas expositivas, os trabalhos de laboratório, as pesquisas de
campo, as consultas à Internet são recursos complementares, que devem ser
utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o oposto do que faz a
educação convencional, que desperdiça o mais precioso de todos os recursos, o
professor, fazendo dele mero fornecedor de informações, quando deveria ser um
organizador de situações de aprendizagem.
Acredita-se que para falar a mesma língua das crianças e adolescentes,
os educadores precisam saber explorar o potencial dos novos recursos
tecnológicos. Porém, os números mostram que a tecnologia ainda não faz parte
da escola pública no país. Os principais obstáculos são o precário acesso a
equipamentos e a falta de um olhar específico para a tecnologia nas políticas de
formação de professores.
Porém, existem infelismente no país escolas com infraestrutura básica
extremamente ruim, sem energia elétrica, por exemplo, o que impossibilita o uso
de aparelhos eletrônicos. Além disso, o uso das novas tecnologias no ensino
ainda é pouco abordado nos cursos de pedagogia e licenciaturas.
No entanto, na tentativa de levar as tecnologias digitais para as escolas
públicas, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) até criou projetos, como o
Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), que leva computadores,
recursos digitais e conteúdos educacionais às escolas, o projeto Um Computador
por Aluno (UCA), que distribui netbooks para os estudantes e, mais
recentemente, a distribuição de tablets para os professores do ensino médio.
43
Para promover o acesso à internet há ainda o Programa Banda Larga nas
Escolas (PBLE) e outras ações, como o Programa Nacional de Formação
Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado), que orientam os
educadores sobre o uso dessas tecnologias.
Para isso o profissional em educação não deve pensar que irá perder seu
emprego por conta da informática, e sim, utilizá-la como meio para melhorar a
qualidade de ensino. O papel do profissional em educação é mostrar ao aluno
para que serve o conhecimento.
Para Lozza, (2002, p. 62), o educador precisa enxergar-se como apenas
uma parte do processo de aprendizado.
Assim Sandholtz et al., (1997, p. 163), "Os professores são, devido à
natureza de seu trabalho, pragmáticos. Eles têm que sobreviver a cada dia e
estar prontos para o dia seguinte".
2.7 As plataformas virtuais como ferramenta de apoio ao professor
O cotidiano da sala de aula é, por si só, extenuante. O professor está
sempre sobrecarregado com aulas para planejar, provas para corrigir, cursos de
atualização para fazer e, com tudo isso, nem sempre é fácil acompanhar os
lançamentos tecnológicos que podem facilitar e otimizar o seu tempo.
Com o aparecimento de novas tecnologias, as escolas vem sofrendo
bastantes mudanças, tanto de comunicação como também de informação, mas
principalmente, no que diz respeito ao uso do computador na educação escolar.
Estas mudanças têm provocado um questionamento dos métodos e da prática
educacional, uma vez que a simples inserção da tecnologia não garante a
melhoria do processo educacional. Neste caso, como salienta Giraffa (1993, p.
3),
[...] a utilização do computador fica especialmente justificada se pensado como elemento integrante da comunidade escolar, pela ação pedagógica que ele viabiliza. A simples modernização de técnicas não garante melhorias significativas no processo
44
educativo. O substantivo é a Educação e o modo de viabilizá-la deve estar embasado em fundamentos psico-pedagógicos que explicitem certa concepção de ensino e aprendizagem.
Com estas modificações o professor também sofre com o seu papel de
educador, pois o computador não tem a capacidade de alterar ninguém e
nenhum contexto, porém quem o pode fazer são os professores e os alunos.
Valente (1993,, p. 7) a este respeito destaca:
[...] o professor deve deixar de ser o repassador do conhecimento – o computador pode fazer isto e o faz muito mais eficientemente do que o professor – e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. As novas tendências de uso do computador na educação mostram que ele pode ser um importante aliado neste processo que estamos começando a entender.
Por esse motivo, o professor tem de ser sensibilizado para o uso crítico da
informática, tendo em vista a Educação como um todo, bem como mudanças
qualitativamente desejáveis no processo de ensino-aprendizagem deverão
ocorrer continuamente.
Sobre essa quebra de paradigma do uso da internet na educação, Sob esta
reflexão, da inserção da Internet no processo educacional, é importante que o
professor precise analisar criticamente a questão a fim de modificar tal processo.
3 METODOLOGIA
Quanto à metodologia e fundamentos para construir a pesquisa:
3.1 Propósito
Quanto a seu propósito, esta pretende atingir os objetivos geral e
específicos proposto nesta pesquisa.
45
- Um dos propósitos ainda foi desenvolver de forma exploratória os
objetivos propostos na pesquisa bibliografica e de campo, pois permitiu uma
maior interação entre o pesquisador e o tema, já que o tema possui grande
relevância para o ensino e aprendizagem.
- Ao se utilizar a pesquisa descitiva, objetivamos descrever as
características de dos sujeitos descritos na pesquisa, docentes e discentes.
Tentando estabelece a relação entre os fatores do tema analisado
- E ainda destaca-se que o trabalho procurou apresentar de forma
explicativa a razão e o porquê dos fenômenos apontados na pesquisa, assim
como aprofundar r o conhecimento explorado a ser explorado no tema.
3.2 Abordagem
Para se fazer Abordagem optamos pela pesquisa qualitativa para a coleta
dos dados coletados, com objetivo de apontar por meio de números a frequência
e a intensidade dos comportamentos dos sujeiros, discentes e docentes, para
comprovação dos objetivos propostos. Pois os resultados serão mostrados
através gráficos e tabelas.
3.3 Quanto aos procedimentos
a. Entrevista e aplicação de questinário
Durante a tragetória da pesquisa, optou-se pela aplicação de questionários
abertos e livres aos docentes e discentes, objetivando coletar as informações
solicitadas neste para a pesquisa e posterior análise dos resultados.
b. Análise de documentos
Utilizou-se também como procedimento a técnica de análise
documentalmental, disponibilizados nos sites governamentais\ MEC, Secretaria
de Estado de Educação, softwares, revistas, trabalhos cientificos disponíveis na
46
rede mundial de computadores, relatórios do Ministério da Educação e em livros.
Objetivando buscar meios legais e confiáveis para realizar a pesquisa mais
aprofundada.
c. Pesquisa de campo
Quanto a esse procedimento, utilizamos a pesquisa de campo, com
objetivo de: obter informações junto à Secretaria de Estado de Educação sobre
as unidades públicas que já possuem laboratório de informática em condições de
funcionamento e ainda para saber se os docentes utilizam as multimídias via
plataforma virtual em sala de aula no contexto ambiental.
4 A FORMAÇÃO DOCENTE E SUAS REPERCUSSÕES NA SOCIEDADE DO
CONHECIMENTO NO CONTEXTO AMBIENTAL
A partir da década de 1990 o governo brasileiro tem colocado em prática
reformas educacionais, promovendo ajustes, estabelecendo novos marcos
regulatórios para a educação. As reformas educacionais e as mudanças
ocorridas na formação de professores no Brasil são uma resposta às novas
demandas por educação advindas do mundo do trabalho, da cultura e das
relações sociais.
A necessidade de reformas educacionais é justificada pelos ideólogos
neoliberais a partir da constatação de que a educação brasileira está em “crise”,
uma crise de eficiência, eficácia e produtividade, não representando, portanto,
uma qualidade possível de adequação às novas demandas do mercado de
trabalho, que exige um novo perfil de cidadão capaz de flexibilidade,
multifuncional e competente para trabalhar com as novas tecnologias da
informação e comunicação.
Diante das críticas dirigidas à ineficiência da escola para impulsionar o
desenvolvimento socioeconômico, a discussão sobre a atuação dos professores
foi colocada no centro de debates: os professores agora são apontados como
culpados pela falta de qualidade na educação na escola, pelas suas mazelas,
47
mas, paradoxalmente, agora são responsabilizados pela sua “salvação” Então, a
questão da formação de professores é vislumbrada como um dos elementos-
chave nas proposições políticas governamentais referentes à qualificação do
sistema educacional, passando os governos a investir nessa direção (BASSI &
AGUIAR, 2009).
A responsabilidade dos educadores, especialmente os de níveis iniciais
escolares, com a formação de cidadãos com postura crítica e consciente de sua
atuação social, faz da temática “formação docente”, um ato essencialmente
político-social. Além de uma questão estratégica, enquanto processo de
organização continuada do saber, torna-se fundamental nas ações pertinentes ao
Estado democrático, fazendo surgir à educação para a cidadania. A imensa
quantidade de informações com as quais o cidadão tem que lidar, obriga o
educador a reavaliar as estratégias pedagógicas em uso, as capacidades
esperadas do aluno, o papel do professor, Trabalho Docente e Práticas
Pedagógicas Inovadoras e as metodologias de ensino.
Para Masseto, (2001, p. 52), um conjunto de mudanças está criando uma
realidade nova, denominada de “espaço do conhecimento”, envolvendo
comunicação, informação e formação. Para o autor, hoje não basta trabalhar com
propostas de modernização da educação, é preciso repensar a dinâmica do
conhecimento no seu sentido mais amplo e as novas funções do educador como
mediador deste processo.
O aprender é hoje uma das principais preocupações das pesquisas em
educação e psicologia cognitiva e ganha um novo significado por Universidades
como a Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, pois envolve
conhecimentos que terão que ser construídos e reconstruídos constantemente
pelos aprendizes, sendo ampliados para além do cognitivo, implicando o
desenvolvimento de habilidades consideradas fundamentais para a atuação
efetiva da sociedade atual.
Masetto, (2001, p. 54), “compartilha desta idéia, ao afirmar que
aprendizagem ganha novo significado, deixando de ser vista como simples
48
aquisição e acumulação de conhecimentos, passando a ser concebida como um
processo de apropriação individual que, embora utilize as informações, o faz de
forma totalmente diferente, pois supõe que o próprio educando vá buscá-las,
saiba selecioná-las de acordo com suas próprias necessidades de
conhecimento”.
Esses novos modos de conceber o ensino e a aprendizagem supõem uma
nova atitude por parte dos professores, dos alunos e de toda a equipe escolar.
Requer um clima favorável à mudança, altamente motivador tanto para o
professor como para o aluno e um ambiente facilitador, com autonomia de
trabalho e liberdade, permitindo trabalho cooperativo e solidário. Nesse sentido,
para mudar a escola e transformar o ensino é necessário que haja envolvimento
direto de todos os participantes da comunidade escolar. As propostas devem ser
construídas a partir de novos paradigmas que transformem as idéias em ações
concretas, e essas ações em projetos sociais significativos, que abandone o
simples ativismo eficaz, da prática pela prática. Em se tratando de reconstrução,
em novas bases prático-teóricas, em especial dos cursos de formação de
educadores, torna-se necessário aprofundar o entendimento comum sobre o que
seja a dimensão profissional no mundo de hoje, sobre o que devemos entender
por formação profissional em sua relevância fundante e sobre que linhas
temático-conceituais devem embasar-se a formação do profissional da educação.
Por isso a função do professor é realizar intervenções e interferências no
processo de ensino-aprendizagem. A rápida evolução tecnológica que está se
presenciando, coloca novos problemas que exigem soluções inovadoras.
Na concepção de Masetto, (2001, p. 25), ”hoje se vive uma evidente
metamorfose do funcionamento social, das atividades cognitivas, das
representações de mundo”. No entanto a evolução das técnicas intelectuais pode
ser considerada como um agente destas transformações na medida em que
trazem consigo novos meios de conhecer o mundo, de representar e de transmitir
estes conhecimentos. Assim, segundo Alonso, (1999, p. 41), ”cria-se um novo
espaço de aprendizagem a partir da ampliação e transformação de contextos,
“eliminando distâncias físicas e promovendo a construção cooperativa dos
49
conhecimentos, o desenvolvimento da consciência crítica e o favorecimento das
soluções criativas para os novos problemas que se impõem”.
A sociedade tecnológica e globalizante da pós-modernidade precisa de
profissionais com grandes operacionalidades de pensamento, com habilidades e
competências de comunicação, abstração, integração, entre outras. Assim, o
professor do novo tempo deve buscar competências e desenvolver habilidades
frente a sua própria formação, visto que diante dos novos desafios presentes no
contexto escolar e na sala de aula, em que o conhecimento que se transforma a
cada instante, torna-se necessário o desenvolvimento de novos hábitos e de
atitudes frente à nova realidade social e humana. Para reconstruir a sua
formação, o professor deve repensar a sua prática, buscando competências
pedagógicas na sua própria prática através de uma reflexão sobre a mesma.
Entretanto o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC’s,
nas aulas, podem ser uma boa opção para alcançar essas recomendações, por
serem um meio auxiliar bastante poderoso para ensinar e aprender ciências e
poderão modernizar o processo de ensino-aprendizagem desde que a escola
acompanhe as transformações sociais (MORAES, 2006. p.34). Além dessas
possibilidades, a informática educativa pode promover a inclusão digital dos
discente de forma racional. Haja vista que “a inclusão digital não pode ser
apartada da inclusão autônoma dos grupos sociais pauperizados, ou seja, da
defesa de processos que assegurem a construção de suas identidades no
ciberespaço, da ampliação do multiculturalismo e da diversidade a partir da
criação de conteúdos próprios na Internet, e, pelo ato de cada vez mais assumir
as novas Tecnologias da Informação e Comunicação para aplicar sua cidadania,
conforme Silveira (2005, p. 421-446). É importante alertar que, mesmo possuindo
conexão e computadores, várias escolas deixam esses equipamentos sem uso,
em geral, pela falta total de formação de professores e pela ausência de uma
política educacional de uso da Internet como instrumento pedagógico e de
reforço a pesquisa escolar (SILVEIRA, 2005, p.425). Por isso, a inserção do
computador no espaço escolar não acabará com os problemas da educação,
muito pelo contrário, se esses recursos, se não forem usados de maneira
50
adequada e por pessoas qualificadas poderão se tornar prejudiciais a formação
dos discentes.
A temática Formação de Professores, hoje, transforma-se em uma área
complexa de conhecimentos e investigação, à medida que busca oferecer
soluções necessárias aos sistemas educativos, mas que na busca das mesmas,
acaba por apontar outros problemas A formação do professor deve garantir a
habilidade desse profissional para organizar e redirecionar o seu trabalho na sala
de aula, mesmo que não constitua a sua formação inicial, o professor deverá
assumir o compromisso consigo mesmo e ampliar o seu conhecimento a fim de
garantir uma evolução no seu processo de formação, assumindo, assim, a
responsabilidade para desenvolver o seu potencial, sua autonomia didática e o
seu comprometimento com a educação e com o ensino. Essa formação
continuada atenderia o desenvolvimento pessoal, individual e coletivo da classe
docente, a partir da construção de novas e de um novo perfil profissional através
de aperfeiçoamento de recursos humanos e da capacitação dos profissionais que
atuam em nome da educação.
O desenvolvimento pessoal do professor, defendido por Carvalho (2001, p.
32), “exige uma prática de aprendizagem cotidiana e contínua, cujas trocas de
experiências com outros pares consolidarão espaços de uma formação mútua”.
No entanto, essa formação resgata a necessidade de interação e integração
entre os professores. Assim, exige uma ação coletiva que permita a discussão e
a reconstrução de conhecimentos a partir de pontos de vistas diferenciados, de
modo que do confronto de idéias surjam novas competências que favoreçam a
reconstrução dos conhecimentos e possibilidades no contexto educacional e
social.
Por isso na concepção de Carvalho (2001, p. 29), “a formação de
professores é encarada como um processo permanente, integrado no dia a dia
dos docentes e das escolas”. O autor defende um investimento educativo nos
projetos escolares e uma prática de formação continuada centrada nas escolas
“a formação não se faz antes da mudança, faz-se durante, produz-se nesse
esforço de inovação e de procura aqui e agora dos melhores percursos para a
51
transformação da escola”.
No entanto a ideia de formação permanente é resultado do conceito da
“condição de inacabamento do ser humano e consciência desse inacabamento”.
Contudo o homem é um ser inconcluso e deve ser consciente de sua
inconclusão, através do movimento permanente de ser mais:
A educação é permanente não por que certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de finitude. Mas ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia, mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí (FREIRE, 1997, p. 20).
Nesta direção, é preciso defender um processo de formação de
professores em que as escolas sejam concebidas como uma instituição essencial
para o desenvolvimento de uma democracia crítica e também para a defesa dos
professores como intelectuais que combinam a reflexão e a prática, a serviço da
educação dos estudantes para que sejam cidadãos reflexivos e ativos. Somente
a partir da implementação de uma política pedagógica eficiente para o uso
“computador” nas atividades escolares, este será capaz de desenvolver
habilidades intelectuais e cognitivas dos alunos, capacitando-os a buscar
informações, (re)descobrir novas maneiras de interpretar o mundo e suas
implicações, e consequentemente motivando-os a reflexão e a manifestar suas
opiniões. O desenvolvimento dessas habilidades é facilitado devido ao uso
adequado desse recurso, permitir a concepção de novas formas de trabalho por
meio da criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam
pesquisar, fazer simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar
soluções e construir novas formas de representação mental; oferecer meios
rápidos e eficientes para realizar cálculos complexos, o que proporciona a
dedicação de mais tempo em atividades de interpretação e elaboração de
conclusões” (VALENTE, 1993, p.12).
52
5 DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ATUALIDADE
Quando se propõem apresentar em um texto sobre formação do educador
implica inicialmente em definir o que se entende por formação. Por isso a
definição de formação será “estar se formando” que significa a busca constante
de novos conhecimentos que não se consegue concluir tendo em vista que tudo
se transforma e as experiências são únicas.
O processo educativo encontra-se num processo constante de mudanças,
mudanças essas que tentam acompanhar o ritmo do novo milênio. Nesse sentido
o educador vem exercendo um papel insubstituível no processo profissional,
constituindo fundamentalmente a sua atenção profissional na prática social. Com
o advento das tecnologias de informação e comunicação, o educando, todos os
dias têm acesso a novidades, notícias em tempo real, seja da TV ou da Internet,
assim a escola precisa estar atenta e acompanhar estes novos acontecimentos,
com a finalidade de contextualizar a realidade da escola com a realidade
vivenciada pelos alunos, tornando a educação mais próxima e condizente com o
seu dia-a-dia.
Por isso se faz necessário que a formação dos educadores esteja baseada
em um cidadão com competência e habilidades na capacidade de decidir,
produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar, não apenas
na racionalidade técnica ou apenas como executores de decisões alheias, pois,
uma formação de qualidade é aquela que contribui para o desenvolvimento das
potencialidades e formação do indivíduo, preparado para o mercado de trabalho.
No mundo moderno, principalmente com relação às tecnologias, o
educador do séc. XXI deve ser um profissional da educação que elabore com
criatividade os conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade, tendo o
mesmo que centrar-se numa prática pedagógica de êxito, com uma
aprendizagem satisfatória e significativa, pois as constantes mudanças ocorridas
na sociedade exigem uma nova postura do professor, bem como um repensar
crítico sobre a educação. Portanto, torna-se necessário buscar novos caminhos,
novos projetos, emergentes das necessidades e interesses dos principais
responsáveis pela educação, é necessário transformar a realidade escolar,
53
utilizando as novas TIC’s, (As Tecnologias da Informação e Comunicação), como
recursos para aprimorar e motivar a busca do conhecimento.
Com a expansão das novas tecnologias os educadores devem ser
encarados e considerados como parceiros, autores na transformação da
qualidade social da escola, sendo incumbido de compromisso e
responsabilidade, sendo este portador de competências e atitudes que o
capacitem a ultrapassar os obstáculos, principalmente os político-sócio-culturais,
instigando a capacidade de pensar e questionar do aluno, para a efetivação de
seu objetivo primeiro que deve ser a formação de cidadãos para o exercício
pleno de sua cidadania. Kenski (2001, p.103) afirma que:
O papel do professor em todas as épocas é ser o arauto permanente das inovações existentes. Ensinar é fazer conhecido o desconhecido. Agente das inovações por excelência o professor aproxima o aprendiz das novidades, descobertas, informações e notícias orientadas para a efetivação da aprendizagem. Sabe-se que uma das funções da escola é garantir serviços educacionais de qualidade, garantindo a permanência e o acesso dos alunos na escola contribuindo para a formação de cidadãos críticos, conscientes, atuantes, com objetivos e ideais, para os desafios do mundo moderno.
Portanto caberá então aos educadores do séc. XXI a tarefa de apontar
caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas demandas
do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com
profissionalismo ético e consciência política, para tanto o Ministério da Educação
desenvolve em parceria com os Estados diferentes parcerias para a capacitação
dos profissionais, é necessário somente a busca de profissionais capacitados
para auxiliar neste novo processo, que é de incluir o profissional professor na era
tecnológica.
Contudo diante dos grandes desafios que o educador tem, sem dúvida um
dos mais importantes é o de mediação entre o aluno e conhecimento a ser
trabalhado e construído. Diante dessa situação, Masetto (1997, p.144) propõe
que:
54
[...]seja explicitado como pode ser entendida a mediação pedagógica em um ambiente de aprendizagem. Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento, do professor que se coloca como facilitador incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem não uma ponte estática, mas uma ponte 'rolante', que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.
Faz-se necessário ressaltar que o educador deve conhecer o significado
da docência, juntamente com as suas características pessoais e competências
profissionais, para que se tenha como resultado, diferentes posicionamentos em
sala de aula, tanto dos educadores como dos educandos.
Podemos perceber que o professor precisa desenvolver suas capacidades
e conhecer as transformações tecnológicas de informação em sala de aula,
atender as diversidades culturais, respeitando as diferenças, investindo na
atualização cientifica, técnica e cultural, integrando no exercício da sua docência
a dimensão afetiva, bem como desenvolvendo comportamento ético a fim de
orientar os alunos em valores e atitudes. É necessário ser um facilitador,
orientador e um bom planejador, pois, as novas tecnologias são instrumentos
para os educandos e educadores no processo de formação do cidadão.
De acordo com Moran, (2007, p. 34), “As tecnologias nos ajudam a
encontrar o que está consolidado e a organizar o que está confuso, caótico,
disperso”. Por isso é tão importante dominar ferramentas de busca da informação
e saber interpretar o que se escolhe, adaptá-lo ao contexto pessoal e regional e
situar cada informação dentro do universo de referências pessoais.
Então, desta forma, o educador conseguirá manter-se em constante
aprendizado para que possa acompanhar o desenvolvimento da sociedade e
melhor exercer sua profissão, buscando meios para tornar o processo de ensino
aprendizagem mais significativo, utilizando os recursos tecnológicos e fontes de
informação para adquirir e construir conhecimentos, favorecendo assim o
progresso do aluno na aprendizagem.
Faz-se importante destacarmos que uma sociedade cujas relações se dão
55
entre classes sociais antagônicas, cujos interesses se conflitam, pautados numa
relação de exploração e subalternidade, a educação vem para desenvolver o
cidadão com relação ao desenvolvimento de seu senso crítico e reflexivo.
Como ressalta Libâneo, (1999 p. 66), “só pode ser crítica, pois a
humanização plena implica a transformação dessas relações”.
No entanto entende-se que a educação constitui uma prática social que
tem por objetivo a humanização plena em que a sua realização envolve o
compromisso ético do educador ao questionar as relações e a construção de
novas relações que promovam a emancipação de cada educando em todas as
dimensões, sociais, políticas e culturais.
Diante destas reflexões, pode-se perceber que há uma mudança
fundamental no modo de conceber o educador e o educando, daqui para frente.
O modelo que marcou toda nossa formação teve como princípio uma ciência
absoluta, verdadeira, até dogmática que atualmente, diante de um novo
paradigma que se impõe exige mudanças de natureza epistemológica que
interferirão diretamente no modo de conceber o ensino e aprendizagem. Basto
(2002, p. 40) julga indispensável que:
[...]durante seu preparo, o futuro professor se capacite para, em sua prática docente, compreender o universo cultural do aluno, a fim de que, juntos, a partir do que conhecem, venham a se debruçar sobre os desafios que o mundo lhes apresenta, procurando respondê-los, e nesse esforço, produzam novos saberes.
Entretanto é de suma importância observar que no decorrer de nossa
formação docente sempre consideramos o ensino como transmissão de
conhecimento, onde o educador tudo sabia e o educando era uma verdadeira
folha em branco a quem competia memorizar e repetir o conhecimento
transmitindo, hoje a ordem é para desenvolver o aprender a aprender. Ora este
novo procedimento exigirá um novo tipo de educador que não poderá mais ser
aquele educador tradicional firmado na autoridade do cargo, mas um educador
com uma nova visão do ato de ensinar, disposto a empreender novas atitudes,
56
um educador pesquisador disposto a aprender.
Para Chalita (2001, p.174), “o professor que se busca construir é aquele
que consiga, de verdade, ser um educador, que conheça o universo do
educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento
e autonomia de seus alunos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as
conquistas de cada um de seus alunos, que não discrimine ninguém nem se
mostre mais próximo de alguns”.
É importante que para encarar as transformações que já ocorreram, o
profissional deve se preparar para viver em um mundo de constante
transformação onde o conhecimento torna-se cada vez mais, fator diferenciador.
Os futuros educadores, serão responsáveis pela organização desse
conhecimento junto aos educandos. Por isso é necessário que estes educadores
tenham clareza de que o processo ensino-aprendizagem se encontra em
reformulação contínua diante das transformações sociais e do avanço
tecnológico e cientifico. Contudo, não pode existir comodismo, acreditar que o
conhecimento que possui é suficiente, mas é preciso buscar um aperfeiçoamento
constante se quiser permanecer no mercado de trabalho como profissionais
competentes e dinâmicos. A busca pela formação continuada deverá ser uma
constante na formação do educador e, para tal, é preciso estar aberto ás
transformações e ao conhecimento que está disponível.
Atualmente é necessário que o professor seja um pesquisador, por
excelência, não apenas um transmissor de conhecimentos, pois este papel pode
ser substituído por qualquer equipamento. Porém, se considerarmos a prática
pedagógica como um processo de construção de relações e de formação de
identidades, pode-se dizer também que nenhuma profissão acontece sem a
figura do educador. É este educador que a sociedade moderna está exigindo,
humano, ético, responsável, competente e que trabalha a sua subjetividade para
ter condições de travar um relacionamento pautado nos valores éticos e políticos
apregoados pela nossa educação brasileira, educação esta que apresentou
significativas mudanças nas últimas décadas.
57
No livro "Vida Digital", o pesquisador do Negroponte (1995, p. 49) defende
a possibilidade do uso do computador na educação. Segundo ele, até o advento
do computador, a tecnologia usada para o ensino limitava-se a audiovisuais e ao
ensino a distância, pela TV, o que simplesmente ampliava a atividade dos
professores e passividade das crianças. Negroponte (1995, p. 50) salienta a
possibilidade interativa oferecida pelo computador, que desperta o interesse do
aluno em descobrir suas próprias respostas, em vez de simplesmente decorar os
ensinamentos impostos. "Embora uma porção significativa do aprendizado de
certo se deva ao ensino, mas ao bom ensino, com bons professores, grande
parte dele resulta da exploração, da reinvenção da roda e do descobrir por si
próprio" (NEGROPONTE, 1995, p. 172). Negroponte (1990, p. 173) conclui que a
máxima do "aprender fazendo" tornou-se regra e não exceção devido ao alto
poder de simulação do computador.
Para crianças, por exemplo, os CD-ROMs de histórias são uma excelente
forma de desenvolvimento da capacidade de leitura e fixação. Em vez de um livro
com figuras estáticas, as estórias infantis ganham movimento, sons e
interatividade. Cada página é substituída por uma tela no computador. As
ilustrações ganham vida cada vez que a criança "clica" sobre elas. Os textos são
lidos para a criança à medida que as palavras vão sendo iluminadas assim que
são lidas. A criança ainda pode clicar em cada palavra para que sejam lidas
individualmente. Com textos curtos e uma surpresa a cada clicada, as estórias
infantis são um convite irresistível às crianças. Além da estória em si, a maioria
dos CD-ROMs infantis trazem ainda jogos e telas para pintura que permitem a
utilização dos conhecimentos aprendidos, o desenvolvimento da memória e a
utilização de cores e formas. As interações ambientais podem usar o computador
como uma poderosa ferramenta de ações sustentáveis: coleta seletiva de lixo,
desmatamento, aquecimento global e etc. À primeira vista, os programas podem
assustar os professores levando-os a crer que seus alunos terão dificuldades em
utilizá-lo. Mas, na verdade, esses softwares são de utilização bastante simples, e
permitem ao aluno perceber a utilização de diversos matérias de forma virtual. Já
as disciplinas que tradicionalmente oferecem alguma dificuldade aos alunos por
58
tratarem de assuntos que exigem grande abstração, podem se valer do grande
poder de simulação da multimídia. Além do mais, possibilitam que assuntos
outrora áridos possam ganhar utilização prática com imagens e sons. A
capacidade de assimilação e fixação dos alunos é multiplicada, pois a multimídia
traz vida, demonstrações práticas e conjuga entretenimento a tais conteúdo.
6 O USO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA NA
CONCEPÇÃO AMBIENTAL
O educador é sabedor das dificuldades encontradas diariamente em nossa
docência para proporcionar uma qualidade de ensino para nossos alunos, em
todos os níveis. A formação inicial é responsável pela melhor qualificação do
futuro professor, encarregada de mostrar a variedade de metodologias de ensino,
de fontes de pesquisa, recursos utilizados em sala de aula, atividades criativas
para serem aplicadas aos alunos nos mais diversos níveis de ensino. Por isso é
necessário um repensar imediato na forma de ministrar as aulas, pois a
qualidade de ensino almejada por todos só é conseguida quando o aluno
entende e aproveita os temas mediados. Por isso o professor é o responsável por
utilizar nas suas aulas métodos e técnicas inovadoras como: o uso da ludicidade,
a motivação como parte essencial para uma boa aula, assim como a aula
expositiva em algo realmente interessante e prazeroso. É importante a
compreender que metodologia é aqui entendida como um conjunto de métodos e
técnicas ou estratégias de ensino-aprendizagem, que contém em si mesma uma
junção política que corresponde aos objetivos que se pretende alcançar.
No entanto Masetto indica que (1997, p.88), “Estratégia e técnica não são
a mesma coisa, o autor nos coloca que a estratégia é um termo mais amplo que
técnica. Estratégia é uma maneira de se decidir sobre um conjunto de
disposições, ou seja, são os meios que o docente utiliza para facilitar a
aprendizagem dos estudantes. Técnica são recursos e meios materiais que estão
relacionados aos instrumentos utilizados para atingir determinados objetivos”.
59
Neste mesmo sentido Moran, (2005, p. 58), a firma que “a dificuldade de
mostrar o que se pretende para o aluno com os conteúdos e as propostas de
aprendizagem, num mundo com predomínio da prática e do utilitarismo, tem
afastado o interesse dos educandos pelo conhecimento”.
O autor ainda afirma que o professor tem falhado na tentativa de construir
no aluno o “espírito investigativo”, que poderá despertar a curiosidade sobre sua
própria realidade. Ainda segundo este o aluno interessa-se mais pelo conteúdo e
pela disciplina. Se o professor der significado ao conhecimento que trabalha, isto
começa a fazer sentido para o discente.
Libâneo, (1999, p.137) assevera que:
O trabalho docente deve ser contextualizado histórica e Socialmente, isto é, articular ensino e realidade. O que significa isso? Significa a cada momento, como é produzida a realidade humana no seu conjunto; ou seja, que significado têm determinados conteúdos, métodos e outros eventos pedagógicos, no conjunto das relações sociais vigentes.
No entanto o novo papel do professor neste contexto, com uso de grandes
tecnologias como o computador, tablete e até o celular em sala de aula é o de
mediador do conhecimento. Ele precisa criar oportunidades para que seus alunos
pensem por si, para que aconteça a discussão das ideias, proporcionando
momentos de rever ideias, desconstruir opiniões apressadas problematizando ou
propondo alternativas para superar dificuldades. Neste processo de autonomia
intelectual, a instauração do diálogo entre professor e aluno é muito importante.
Como afirma Garrido (2002, p. 45):
No diálogo, as idéias vão tomando corpo, tornando-se mais precisas. O conflito de pontos de vista aguça o espírito crítico, estimula a revisão das opiniões, contribui para relativizar posições [...]. É neste momento do diálogo e da reflexão que os alunos tomam consciência de sua atividade cognitiva, dos procedimentos de investigação que utilizaram aprendendo a geri-los e aperfeiçoá-lo.
O trabalho do professor é o de mediador, o que confere um domínio muito
grande de conteúdo, pois ele tem de estar disposto e preparado para estar
60
relacionando a fala do aluno com o tema abordado. Para Garrido (2002, p.46), o
papel mediador do professor ainda:
[...] aproxima, cria pontes, coloca andaimes, estabelecem analogias, semelhanças ou diferenças entre cultura “espontânea e informal do aluno”, de um lado, e as teorias e as linguagens formalizadas da cultura elaborada, de outro favorecendo o processo interior de ressignificação e retificação conceitual.
A multimídia como Metodologia diferenciada em sala de aula na
concepção ambiental para a educação é sem dúvida o hipertexto. Segundo
Rosemborg (1993, p. 452) hipertexto é um "texto formatado usando pontos ativos
(hotlinks) e extensamente indexado. Os pontos ativos permitem que o usuário
salte entre tópicos interligados; o índice permite que o usuário localize tópicos
específicos com base em palavras-chave". Quando recorremos a enciclopédia
convencional é comum termos de recorrer a dois ou mais volumes para
encontrarmos as informações que necessitamos. Uma informação pode ser
discutida em tópicos diferentes, em diversos volumes, e talvez até se precise
consultar um dicionário para pesquisar-se o significado de alguns conceitos. A
multimídia automatiza esse processo e o amplia. Uma enciclopédia multimídia é
profundamente indexada o que permite que se salte entre tópicos relacionados
em questão de segundos. Assim que o usuário se depare com uma palavra ou
informação que lhe gere alguma dúvida ele pode clicar tal informação que será
conduzido automaticamente a diversas outras informações que expliquem ou
completem aquela outra. A hipermídia transforma essa possibilidade em algo
ainda mais interativo e de apelo e conteúdo ainda maior. Hipermídia é a
"integração de texto, gráficos, animação e som em um programa multimídia
usando elos interativos" (TWAY, 1993, p. 225). Isto é, em vez de uma explicação
textual sobre um conceito que havia gerado dúvida, pode-se receber um
complemento informativo através de diferentes mídia como gráfico ou vídeo. O
usuário pode então escolher se quer ver tal assunto em foto(s) ou vídeo(s), por
exemplo, ou se prefere assistir a todas as informações disponíveis sobre Meio
Ambiente.
Na verdade, a busca por informações indexadas não é novidade. Os livros
61
já possuíam um sistema de leitura não-linear. As notas de pé de página, as
remissões ao glossário ou outros volumes já quebravam a sequencialidade da
leitura oferecendo leituras suplementares. Lévy (1993, p. 78) sugere que “a
especificidade do hipertexto reside em sua velocidade”. A instantaneidade com
que se resgata informações leva a não-linearidade da leitura a extremos. Como o
hipertexto torna-se característica prepoderante dos produtos multimídia surgem
novas maneiras de escrever (de forma fragmentada) e de ler (batizada de
navegação). Mas a qualidade também pode-se converter em problema:
A pequena característica de interface "velocidade" desvia todo o agenciamento intertextual e documentário para outro domínio de uso, com seus problemas e limites. Por exemplo, nos perdemos muito mais facilmente em um hipertexto do que em uma enciclopédia. A referência espacial e sensoriomotora que atua quando seguramos um volume nas mãos não mais ocorre diante da tela, onde somente temos acesso direto a uma pequena superfície vinda de outro espaço, como que suspensa entre dois mundos, sobre a qual é difícil projetar-se (LÉVY, 1993, p.79).
Lévy, (1993, p. 53), também salienta a importância da utilização da
multimídia na educação. Esse autor reforça que todo conhecimento é mais
facilmente apreendido e retido quando a pessoa se envolver mais ativamente no
processo de aquisição de conhecimento Ambiental. Portanto, graças a
característica reticular e não-linear da multimídia interativa a atitude exploratória
é bastante favorecida. "É, portanto, um instrumento bem adaptado a uma
pedagogia ativa" .
6.1. Ludicidade na sala de aula envolvendo meio ambiente
Ao se deparar com essa palavra, quase todo educador já faz uma leitura
um tanto precipitada e a define como: brincar com os alunos na sala de aula. É
sabido que o lúdico influencia no desenvolvimento do indivíduo e na sua vida
social. Brincando o indivíduo ultrapassa o que não está habituado a fazer e
apreende melhor o conhecimento. Por meio da brincadeira, o educando envolve-
se no jogo, sente necessidade de partilhar com o outro. Brincando e jogando, o
62
jovem terá a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis na sua
futura atuação profissional, tais como: atenção afetividade, concentração, tomada
de decisões, e outras habilidades psicomotoras.
São lúdicas as atividades que propiciam a vivência plena, integrando a
ação. Tais atividades podem ser uma brincadeira; um jogo; uma dinâmica de
integração, de grupo ou de sensibilização; um trabalho com recorte e colagem de
revistas ou jornais; confecção de material de teatro, ou o próprio teatro; produção
de vídeos com celulares ou câmeras; gincana cultural; criação de histórias em
quadrinhos; trabalho com argila; contadores de histórias; entre outras
possibilidades. No entanto, é preciso estar atento para que a atividade seja
adequada para a faixa etária dos participantes, e qual o objetivo de estar sendo
realizada.
A criatividade e a força de vontade são ingredientes indispensáveis que
devem acompanhar o professor ou o futuro professor na arte de ministrar aulas, é
o professor que decide que melhor método para utilizar na sua prática diária em
sala de aula. O que o futuro profissional da educação deve estar atento é que a
sala de aula é um objeto de constante investigação e reflexão para o professor.
Se ele estiver com o olhar atento à dinâmica do ambiente, pode fazer uma
análise mais profunda para entender o que precisa ser modificado ou
reelaborado.
De acordo com Garrido, (2002, p. 52), “Podemos voltar nosso olhar para
os participantes”: estão envolvidos, dispersos ou confusos? Quem está alheio?
Quais os alunos que mais contribuem? Quais os alunos cuja atitude favorece a
participação da classe? Em contraposição quais os alunos que dominam a
discussão? Quem teve sua participação inibida? Todos falaram. Ninguém ouve
ninguém“?
Portanto cabe ao professor criar alternativas para modificar sua prática. A
sala de aula deve ser vista como espaço de convivência, pois quando o aluno
percebe que pode estudar nas aulas, discutir, encontrar pistas e
encaminhamentos para questões de sua vida e das pessoas que constituem seu
63
grupo vivencial, quando seu dia a dia de estudos é invadido e atravessado pela
vida, quando ele pode sair da sala de aula com as mãos cheias de dados, com
contribuições significativas para os problemas que são vividos “lá fora”, este
espaço se torna espaço de vida, a sala de aula assume um interesse peculiar
para ele e para seu grupo de referência.
A sala de aula além de ser um lugar de pesquisa para o professor é
também um espaço formador para o aluno, onde possa aprender a refletir melhor
suas ideias e a ressignificar suas concepções no contexto ambiental através de
tecnologias computacionais. Uma boa interface tem o poder de seduzir o usuário
e o ligar cada vez mais ao Sistema e Meio Ambiente. Para tanto é preciso que a
comunicação máquina/homem "seja intuitiva, metafórica e sensoriomotora, em
vez de abstrata, rigidamente codificada e desprovida de sentido para o usuário"
(LEVY, 1993, p. 52). Aí está o poder da multimídia. O computador e os softwares
foram adaptados para a comunicação com seres humanos. Até então era
necessário a adaptação ao vocabulário e gramática do computador.
Mas o que vem a ser uma interface metafórica? No linguajar cotidiano e na
literatura as metáforas são usadas como comparações que comumente tornam
informações mais palpáveis e concretas. Uma interface que funcione através de
uma metáfora é aquela que em vez de exigir que o usuário entre com comandos
codificados possa lidar com ícones e contextos que representem objetos e
atividades da vida real. O uso de metáforas guia o usuário visualmente e tornam
a interface auto-explicativa. "Metáforas funcionam como modelos naturais,
permitindo-nos tomar nosso conhecimento de experiências e objetos concretos e
familiares e usá-los para dar estrutura a conceitos mais abstratos" (ERICKSON,
1990, p. 66).
Os autores citam como vantagem das interfaces em metáfora a
possibilidade de cada objeto representar e conduzir ao conteúdo representado.
Estes apresentam outra definição para o uso de metáforas em interface:
64
a metáfora é um tipo especial de mapa de imagem que posiciona imagens em um contexto significativo, apresentando informações em termos de um objeto (como um livro), um lugar (como um edifício comercial), ou um aparelho (como um vídeo-cassete) que as pessoas já usem fora do ambiente do computador" (KRISTOF E SATRAN, 1995, p.40).
Mas uma metáfora só pode funcionar se o público-alvo é familiar com ela e
se a metáfora se adéqua ao conteúdo. Uma interface baseada em metáfora torna
intuitiva a navegação em busca de informações, fazendo com que o usuário não
necessite parar um grande intervalo de tempo aprendendo a usar o produto. E
como salienta Vaughan (1994, p. 29) a melhor interface é aquela que exige o
menor esforço de aprendizagem. Uma interface bem produzida pode transformar
um título multimídia. Uma interface intuitiva, que permita que o usuário navegue
pelo produto como desejar, que não o deixe se perder e que claramente interaja
com ele transforma o produto em um potente artefato educacional. Por outro
lado, uma interface de difícil aprendizado, que não ofereça possibilidades claras
de navegação e de descoberta do conteúdo acaba por prejudicar o aprendizado,
além de confundir e perder o usuário.
6. 2 Ensino no contexto ambiental com auxílio de multimídia
No processo de ensino-aprendizagem no contexto ambiental, professores
e estudantes tomam parte em uma série complexa de atividades intelectuais.
Estas atividades podem ser organizadas em uma hierarquia que indica sua
complexidade crescente: observar fenômenos e aprender fatos; entender
modelos e teorias; desenvolver habilidades de raciocínio e examinar a
epistemologia ambiental. Para isso é necessário um ensino que não se limite a
um conjunto de fatos e conceitos, mas relacionados entre si, provocando
alterações do comportamento dos alunos, levando-os a reconhecer as
potencialidades da ciência ambiental e preparando-os de uma forma mais eficaz
para as exigências da sociedade atual (MORAES, 2006, p.33). Nessa
perspectiva, é possível perceber que um dos grandes aliados para promover a
65
melhoria desse quadro pode ser o suporte fornecido por uma nova área de
estudo, denominada Informática na Educação (CARDOSO, 2004, p.2).
6. 3 Motivação
O uso de variedade na metodologia é uma opção do professor. Cada qual
escolhe: a preguiça e a inércia ou o desafio e a criatividade. É claro que só o uso
de novas metodologias não garante uma boa aula ou uma aula participativa, é
necessário que os alunos estejam motivados e abertos para vivenciar esta
experiência.
Segundo Gil, (1994, p. 29) motivar os alunos não significa contar piadas,
mas identificar quais os interesses do aluno para o conteúdo ou tema, sendo
necessário estabelecer um “relacionamento amistoso com o aluno”, só assim é
possível motivar o aluno para o aprendizado. Gil nos apresenta que:
isto pode ser feito mediante a apresentação do conteúdo de maneira tal que os alunos se interessem em descobrir a resposta que queiram saber o porquê, e assim por diante. Convém também que o professor demonstre o quanto à matéria pode ser importante para o aluno. (GIL, (1994, p. 54).
Ainda para Gil, (1994, p. 19), “para que ocorra o aprendizado e o aluno
preste atenção à exposição do professor, depende do “grau de motivação que o
aluno apresente”.
Para tanto é necessário que o professor considere alguns pontos
propostos pelo autor: “Humor”- professores bem humorados conseguem
melhores resultados para manter seus alunos atentos; “Entusiasmo”-Qualidade
imprescindível para os docente atuantes nos níveis de ensino. O entusiasmo pela
disciplina faz o alunos gostar do conteúdo, “aplicação prática” - as aulas
expositivas tradicionais (chamamos de tradicional aquelas onde só o professor
explica, expõe e impõe ) são muito cansativas , para ambos, e na maioria das
66
vezes não são acompanhadas com a parte prática , que é onde realmente faz a
diferença.
Sabe-se que na realidade, isto não acontece, é preciso que todo o
conteúdo ministrado (de maneira agradável) venha acompanhado de atividades
interessantes e criativas, que desenvolvam as habilidades necessárias para a
aprendizagem e o mundo do trabalho, tão bem relacionados Libâneo (1999, p.22)
como
de papéis, rápida adaptação a máquinas e ferramentas, e formas de trabalho que envolva equipes interdisciplinares heterogenias [...]. Desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas, encaminhadas para um pensamento autônomo, critica e criativo [...]
Outro ponto defendido por Libâneo (1999, p. 25), é quanto aos “Recursos
auxiliares de Ensino” - muitos professores ainda continuam somente utilizando o
pincel e o quadro branco como recursos para suas aulas.
Vale ressaltar que esses recursos são importantes sim, mas não são
exclusivos, o importante é que o docente procure diversificar suas aulas com a
utilização de outros recursos, como: uso e não abuso do data show,
principalmente para trabalhar com imagens; leitura comentada, projetos; dentre
outros que dependem da criatividade e da disposição do professor em melhorar a
qualidade de suas aulas ;“ Participação” - a sala de aula é um dos ambientes de
construção do conhecimento, portanto para que esta construção aconteça, é
necessário a participação do aluno. Quando o aluno se sente estimulado, ele
participa da aula e a aula torna-se mais produtiva, ele aprende mais e percebe
que faz parte da construção como sujeito histórico.
Conforme Cardoso (2004, p. 54) é necessário oferecer um ambiente de
aprendizagem desafiador, permitindo que os alunos possam ter iniciativas,
problemas a resolver, possibilidades para corrigir seus erros e criar suas próprias
soluções. Sendo o computador a ferramenta que mais se enquadra a esse
processo, pois além de disseminar informações, a velocidade é um fator
determinante juntamente com a disponibilidade, pois onde quer que o aluno se
67
encontre tem acesso às mesmas informações.
Para Lima (2002, p. 32), a utilização do computador é tratada como um
método dinâmico, interativo e atrativo, que pode ser adaptado ao ambiente
escolar para estimular o aluno a participar efetivamente no processo de ensino-
aprendizagem, atuando na possibilidade de reduzir a distância entre pessoas que
geograficamente, encontram-se distante.
6. 4 Aula expositiva reelaborada
Uma metodologia interessante que pode ser utilizada em sala de aula com
os educandos nos mais diferentes ambientes educativos é o da aula expositiva
reelaborada. O método considerado tradicional pode ser redescoberto e
reelaborado pelos professores que estão dispostos a dinamizar suas atividades.
Segundo Lopes, (2008, p. 41), “trabalhar a aula expositiva sob a
perspectiva do diálogo como recurso transformador para a transmissão do
conhecimento”.
Nesse sentido, Lopes, (2008, p.42), “Essa forma de aula expositiva utiliza
o diálogo entre professor e aluno para estabelecer uma relação de intercâmbio
de conhecimentos e experiências”. A autora ainda traça uma trajetória da aula
expositiva desde o trabalho dos jesuítas, passando pela década de 30, a
Pedagogia Nova e a Tecnicista, até a década de 80. Ainda ressalta que a técnica
trabalhada pelo professor com responsabilidade estimula a participação do aluno
e desenvolve neste a “curiosidade científica”, o pensamento crítico, criativo e
reflexivo, “atributos essenciais para uma educação transformadora”.
Para Gil (1994, p. 65), “a aula expositiva também é alvo de críticas por
alguns professores, pois uma aula bem planejada constitui estratégia adequada
em muitas situações. O que importa é que o professor identifique a aula
exposição como uma entre muitas estratégias possíveis, com vantagens e
limitações, recomendável em certas situações e contraindicada em outras”.
68
Podemos perceber que metodologias simples como a aula expositiva,
podem ser redescobertas pelo professor, e incorporadas a sua prática cotidiana,
sendo necessária boa vontade do profissional em oferecer um ensino de
qualidade a seus alunos.
Uma atitude pedagógica que poderia ser aplicado é diversificar o ambiente
da aula. Todos sabem que as quatro paredes da escola ou da universidade, não
são lugares exclusivos para a construção do conhecimento e da experiência,
ambos, podem ser compartilhados em outros lugares como: visitas a museus;
aulas de campo dentro da comunidade; no pátio da escola; na biblioteca; pontos
turísticos da cidade; teatro; anfiteatros; cinema e etc. A própria escola poderá
proporcionar lugares acolhedores e alegres para que seus alunos possam
desfrutar melhor do ambiente escolar, como: sala de leitura (decorada e
aconchegante); sala de aula colorida e com as produções dos alunos; hortas
comunitárias; salas de artesanato, dentre outros.
Acredita-se que, além do domínio de conteúdo, carisma do professor e
planejamento da aula, a metodologia apropriada, poderá transformar o saber em
algo prazeroso para o educando. Gostaríamos também de chamar a atenção dos
docentes do ensino superior, principalmente dos cursos de licenciatura, para
diversificar suas metodologias, dar significado ao conteúdo, propor atividades
mais criativas, tornar suas aulas mais dinâmicas, pois isto dá referência para o
acadêmico, que está preste a iniciar sua carreira profissional, além de
proporcionar mais prazer ao assistir as aulas. Infelizmente a realidade da maioria
das instituições de ensino superior não é diferente de outras que oferecem os
cursos de licenciatura ou bacharelado, aulas extremamente tradicionais.
O mais fascinante de trabalhar com essas metodologias é a troca de
experiências e idéias que há entre professor e alunos. A cada aula ministrada o
educador pode surpreender seus alunos com a capacidade em criar atitudes
pedagógicas que possam levar a magia e o encantamento do conhecimento a
todos que se dispõe a acreditar na educação.
69
7 MINHAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS EM SALA DE AULA
Iniando a prática prática pedagógica ainda no curso de Licenciatura em
Pedagogia, precisamente no quinto período, iniciei o estágio em Educação
Infantil em uma escola pública e do Ensino Fundamental I em uma escola
particular, sempre buscando vivenciar duas realidades diferentes, meu estágio
em educação infantil foi muito proveitoso pude vivenciar na prática as conquistas
e as dificuldades que a professora junto com seus alunos enfrentavam
diariamente com relação ao acesso a material, livros didáticos e até um número
excessivo de alunos na sala de aula, observei que para se trabalhar com
educação infantil é preciso ter disposição, amor ao próximo assim como a
utilização de metodologias e estratégias diferenciadas tendo em vista que
rapidamente os alunos assim como assimilam o conteúdo também perdem a
atenção rapidamente.
Segundo RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil), “propõem critérios curriculares para o aprendizado em creche e pré-
escola”. Buscam a uniformização da qualidade desse atendimento. Os
Parâmetros indicam as capacidades a serem desenvolvidas pelas crianças: de
ordem física, cognitiva, ética, estética, afetiva, de relação interpessoal, de
inserção social e fornecem os campos de ação. Nesses campos é especificado o
conhecimento de si e do outro, o brincar, o movimento, a língua oral e escrita, a
matemática, as artes visuais, a música e o conhecimento do mundo, ressaltando
a construção da cidadania.
Por isso a educação infantil tem-se revelado primordial para uma
aprendizagem efetiva. Ela socializa, desenvolve habilidades, melhora o
desempenho escolar futuro, propiciando à criança resultados superiores ao
chegar ao ensino fundamental. A educação infantil é o verdadeiro alicerce da
aprendizagem, aquela que deixa a criança pronta para aprender.
O estágio de ensino fundamental I, realizei em uma instituição de ensino
particular, onde pude vivenciar uma realidade um pouco diferente daquela
observada na escola pública, primeiramente um número reduzido de alunos no
70
máximo de 25 alunos e a professora ainda contava com uma professora auxiliar,
materiais lúdicos e didáticos em abundância além de livros didáticos e
paradidáticos individuais para os alunos, ajudando com isso no trabalho da
professora, uma outra situação que percebi nesse estágio foi o dinamismo com
que a docente trabalhava com os alunos, ela utilizava metodologias diferenciada
para ensinar os conteúdos, observei que essa escola no qual desenvolvi meu
estágio trabalhava com projetos, achei muito interessante essa estratégia, a cada
bimestre eles trabalhavam com uma temática onde os professores procuravam
envolver interdissiplinarmente todas as disciplinas e ao final do bimestre ocorria
uma culminância para fechar o projeto envolvendo todas as turmas de ensino
fundamental I e II. Quando realizei meu estágio de supervisão e orientação
escolar em uma escola municipal da cidade de Manaus na modalidade de ensino
do fundamental II e no EJA, (Educação de Jovens e Adultos), pude observar o
grande interesse por parte dos professores assim como da parte pedagógica em
desenvolver um bom trabalho com essa clientela, pois a grande maioria dos
alunos da EJA que freqüentavam a escola vinha de uma jornada de trabalho, ou
seja, muitos estavam extremamente cansados por isso era preciso que os
professores assim como a parte pedagógica criasse estratégias para não
desestimular aqueles alunos a desistirem, no entanto a escola oferecia por
exemplo na sexta feira de cada mês “A sexta cultural”, onde ocorriam
campeonato de futebol de salão para os alunos, aulas de bordados para as
alunas, música, campeonato de dama e até palestras motivacionais, tudo com
objetivo de evitar a evasão escolar, passei um ano desenvolvendo esse prática
tanto que quando acabou as horas necessárias solicitadas pela instituição que
estudava resolvi ficar mais uns meses na instituação, procurando absolver o
máximo de conhecimento na parte de supervisão e orientação pedagógica.
A primeira experiência em sala de aula como docente ocorreu em uma
escola particular localizada na zona norte de Manaus, através de uma amiga da
faculdade fui indicado a participar do processo seletivo para ministrar aulas a
uma turma de segundo ano do fundamental I, confesso que no início fiquei um
pouco apreensivo com esse novo desafio na minha carreira profissional, mais
71
como sou um profissional que busca sempre melhorar e se reinventar conversei
com meus professores e colegas de faculdades que já atuavam em sala de aula
para me orientar e buscar informações que me pudessem ajudar desempenhar
minha função de forma satisfatória, a turma era pequena apenas 21 alunos por
isso pude realizar um bom trabalha com esses alunos, pois a família era bem
participativa com relação àsatividades de casa e participação na formação de
seus filhos, assim permaneci por um ano nessa escola onde, pude vivenciar
muitas aprendizagens e o cotidiano de uma sala de aula.
A segunda experiência na área de educação foi como supervisor
pedagógico em uma instituição de ensino da cidade de Manaus, que oferecia
cursos profissionalizantes para beneficiários da bolsa família e para jovens
aprendizes, onde pude vivenciar na prática como se orienta e supervisiona
alunos e professores de educação profissional, essa experiência me
proporcionou um grande aprendizado a cada dia vivenciava experiências únicas
dentro e fora de sala de aula. Passei apenas um ano naquela instituição por
motivos particulares tive que pedir meu desligamento.
Em um outro processo seletivo para professor da modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, (EJA), atuei em um grande projeto educacional
tendo como objetivo oferecer educação básica aos operários terceirizados da
obra do gasoduto Coari – Manaus, o projeto funcionava assim: trabalhávamos
embarcado 18 x 12 de folga, ou seja um grupo de professores se deslocavam
para o local da obra e a cada período trabalhávamos com esses alunos nas
cidades de Manacapuru, Coari, Caapiranga entre outras, essa foi sem dúvida
uma das maiores experiências que já tive, pois me possibilitou conviver com
alunos de diferentes culturas, os mesmos pertenciam a uma empresa
terceirizada que recrutava profissionais de várias regiões do país por isso essa
diversidade cultural dos educandos.
Outra experiência muito importante que tive foi na Secretária Municipal de
Educação, onde trabalhei com turmas de aceleração da aprendizagem por dois
anos, assim como de segundo ano e fundamental II, todas essas experiências
foram muito importantes para minha carreira profissional e para o meu
72
amadurecimento pessoal e profissional. O trabalho era realizado pela manhã e
pela tarde, a noite trabalhava com ensino médio em uma escola do estado, por
sinal gratificante também essa experiência e ainda trabalhei em uma das
unidades do colégio da Policia Militar de Manaus, com as disciplinas de Literatura
Portuguesa, Brasileira e Artes onde pude vivenciar e compartilhar conhecimentos
e experiências durante o período de dois anos.
Enfim desde 2013 até o presente momento desenvolvo as atividades
laborais na modalidade de educação profissional com cursos voltados para a
área de Gestão, ou seja, Programa Jovem Aprendiz, com a formação voltada
para o Comercio, essa experiência está me proporcionando a cada dia uma
grande possibilidade de compartilhar e aprender grandes conhecimentos, pois a
Instituição me possibilita desenvolver dentro e fora do ambiente escolar o
trabalho com projetos, atualmente desenvolvo com os educandos vários como:
Projeto de Leitura, interpretação e produção textual, esse projeto envolve
diariamente a leitura e reflexão do jornal do dia, semanalmente a leitura e
reflexão de revistas de âmbito nacional, envolvendo notícias sobre política,
economia, saúde, transportes, moda, tecnologias, mercado de trabalho,
empregabilidade entre outros assuntos além da produção textual que se realiza
diariamente através do portfólio que é uma ferramenta, também conhecida como
diário de bordo ou de classe, estamos desenvolvendo com os alunos a produção
de um livro acerca da experiência como Jovem aprendiz, onde todos ajudam a
construção do mesmo, ainda desenvolvemos o Projeto de Cidadania e Ação
Social: Adotando uma Instituição Filantrópica, onde os alunos realizam
campanhas de arrecadação de alimentos ou de acordo com a necessidade da
Instituição, e no dia da entrega é realizado uma atividade sócio-afetiva, além de
lanche coletivo e saudável com os moradores do local, é interessante que esse
último projeto é organizado pelos alunos com a orientação e supervisão do
professor. Observo que com essa atividade os alunos passam a conhecer uma
realidade muito diferente da que eles estão acostumado a vivenciar, pois a última
atividade foi realizada na Casa de apoio ao idoso: Fundação Doutor Tomaz, na
cidade de Manaus.
73
A Instituição ao qual desenvolvo minhas atividades laborais criou um
modelo pedagógico inovador que se propõe a levar o educando a prática, sempre
associando com o conhecimento cientifico, a partir desse pressuposto
trabalhamos com esses a cada três disciplinas u projeto: O projeto integrador,
tem como objetivo de apresentar na prática os conhecimentos compartilhados ao
longo dessas disciplinas, onde os educandos apresentam em uma culminância
um produto final acerca da ocupação que estes estão sendo formados, muito
importante esse projeto onde percebemos a utilidade concreta para a boa
formação dos alunos. É importante citarmos que nesse processo de formação
profissional ainda desenvolvemos o projeto: Marcas formativas, que procura
trabalhar através de conhecimento técnico – cientifico algumas características
que o profissional deverá desenvolver no mercado de trabalho para se destacar e
ser um grande diferencial dentro das organizações, esse projeto envolve
situações de ensino aprendizagem que levam os educandos a prática de
situações como habilidades técnico- cientifico, atitude saudável, atitude
sustentável, como o projeto que estes desenvolveram no Parque dos Bilhares na
cidade de Manaus, onde ocorreu uma mobilização de arrecadação de mudas
frutíferas e arbóreas para serem plantadas neste mesmo local. Essa atividade foi
um grande sucesso, pois buscou envolver os alunos da turma 140.
De acordo com Gil (1994, p. 52) “considera os projetos de trabalho como
articulação de conhecimentos escolares e que a perspectiva do conhecimento é
global e relacional. Esta ferramenta possibilita a criação de estratégias de
organização do conhecimento considerando as informações buscadas e a
amplitude de busca para a resolução do problema levantado”.
Por isso que o trabalho com projetos em sala de aula amplia as
possibilidades de construção de conhecimento de forma mais global, tendo como
eixo a aprendizagem significativa para nossos educandos. Este ainda possibilita
o diálogo com a realidade dos alunos ampliando seus conhecimentos, com as
diversas áreas de conhecimento e fomenta a perspectiva de trabalho coletivo
entre professores, alunos e comunidade escolar. Permite ainda uma avaliação
processual do desenvolvimento escolar dos alunos envolvidos e da reflexão
74
permanente sobre a prática pedagógica, pois esta estratégia não se apoia em
normas e regras rígidas.
No entanto busca-se a cada dia a resposta para algumas perguntas como:
Para que se trabalhar dentro e fora do contexto escolar com projetos? Para
responder a problemas colocados pelos alunos, pelo contexto educacional,
social, econômico, cultural, etc. E ainda para detectar necessidades de
aprendizagens, necessidade de aprofundamento e sistematização de conteúdos
necessários para o desenvolvimento do projeto e da formação do indivíduo. Mais
não podemos esquecer nesse processo qual será o papel do professor? Sem
dúvida nenhuma será o de coordenador, mediador e fomentador do processo de
construção do conhecimento, além de aprendiz. Há ainda o questionamento de
alguns educadores, se trabalhar com projeto é tão importante para a formação do
educando, qual será então o papel do aluno nesse processo? Sem dúvida este
indivíduo terá um papel de destaque, pois ele é o elemento central da construção
do conhecimento, visto e respeitado como sujeito sócio-cultural. Aquele que traz
suas experiências, que vê respeitada sua identidade e seu ritmo de
aprendizagem.
É importante que o educador ao trabalhar e desenvolver suas atividades
em sala de aula possa apresentar os elementos norteadores para desenvolver
seus projetos junto com os alunos. Apresentamos a seguir algumas dicas
importantes para se trabalhar com projetos:
1. Detonador: situações de onde emergem temáticas, que pelo interesse
demonstrado pelo aluno e que merecem ser aprofundadas e problematizadas
delimitando o estudo.
2. Problematização: Delimitação da problemática a ser estudada. É o
momento do levantamento de questões a serem pesquisadas. Organizam-se os
conhecimentos prévios, hipóteses acerca do objeto de estudo e determinam-se
as estratégias de como fazer. E ainda escolha de um tema de pesquisa que seja,
ao mesmo tempo, autêntico e mobilizador, significativo e exeqüível.
3. Desenvolvimento: Momento de criar estratégias para a busca de
75
respostas. É importante que nesta etapa se apresente as concepções científicas,
e oportunidades de pesquisa, trabalhos em grupo, entrevistas, projeções de
vídeos, exploração de espaços como museus, bibliotecas, pontos turísticos,
enfim tudo que enriqueça o trabalho. Há a necessidade de estabelecer os
objetivos a serem desenvolvidos no projeto. Assim como a escolha dos temas de
interesse, e depois, os procedimentos de levantamento de dados e a reflexão
sobre situações complexas são, nesse sentido, estratégias muito valiosas.
4. Síntese: Culminância do processo, mostrando o avanço cognitivo
(principalmente), informando os avanços dos alunos e a aquisição de seus
esquemas de pensamento.
5. A avaliação: É processual, já que cada etapa do trabalho vai sendo
avaliada. As necessidades de aprimoramento em cada momento são
visualizadas e conseqüentemente aprimoradas, é importante ainda que o
orientador se utilize da auto-avaliação que deve ser priorizada, observando o
envolvimento individual e coletivo. Por isso que o papel do professor é
imprescindível para ajudar os discentes a superaras dificuldades.
6. O registro: Acompanha todo o processo de desenvolvimento do projeto,
pois garante a sistematização e auxilia toda a construção do conhecimento. Esse
registro pode ser feito por meio escrito, imagens, filmagens e tantas outras
produções criativas que possam ser elaboradas.
Portanto trabalhar com projetos dentro e fora do contexto escolar traz nova
significação ao currículo, tornando-o mais expressivo para a realidade escolar.
Propõe-se que no processo de aprendizagem, os saberes sejam incorporados
por meio do diálogo, de pesquisas e produções confirmando que o conhecimento
não é estático nem imutável, buscando no fazer científico o sentido de instigar
novas descobertas em um ambiente cooperativo em um espaço especial de
aprendizagem.
Por isso que aprender é uma tarefa pessoal e as atividades propostas no
projeto são apenas um ponto de partida, que deve proporcionar ao aluno os
instrumentos para um trabalho criativo e intenso de aprendizagem.
76
8 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Segundo (MOREIRA, 1991, p. 112), dentre os conteúdos no contexto
ambiental, associação com a vida cotidiana é uma das que mais apresenta
problemas para a aprendizagem do aluno, devido a sua natureza abstrata. O
aluno não consegue associar os problemas de poluição ambiental com o mundo
real e, está explicação se restringe ao recurso de quadro, giz e livros. A aplicação
de um software pode ser de grande utilidade para facilitar o processo de ensino-
aprendizagem do conteúdo relativo, pois permite a consulta, manipulação e
correlação entre dados essenciais para o estudo da regularidade ambiental. Visto
que, estas ferramentas propõem um método de exposição de conteúdos de
forma a integrar texto, som de áudio, imagens gráficas, estáticas, animação e
vídeo em movimento, ou seja, ele incorpora a interatividade, sendo um dos
modos mais eficazes para comunicar idéias e introduzir novos conceitos e
experiências. Algo altamente estimulante e de fácil aceitação em sala de aula.
Pois, a cada dia que passa, torna-se mais visível a utilização do computador no
ensino em todos os níveis. Além disso, iniciar os conteúdos pelo estudo das
propriedades periódicas pode fundamentar organizações mais lógicas e
coerentes do que aquela usualmente adotada nos livros didáticos (SCHUELTER
apud EICHLER e PINO, 2000, p.838).
Desse modo, oferecer um ambiente de aprendizagem desafiador permite
que os alunos possam ter iniciativas, problemas a resolver, possibilidades para
corrigir seus erros e criar suas próprias soluções.
Um ambiente virtual de ensino-aprendizadem eficiente deve ser composto por quatro itens Fundamentais: O primeiro item, denominado ‘Conteúdo’, refere-se à abordagem dos temas de interesse do estudante é à forma de representação do conhecimento no ambiente virtual. O segundo item, denominado ‘Formato’, compreende os parâmetros curriculares determinados pelo contexto institucional e os recursos humanos (público-alvo, professores, monitores técnicos entre outros). O terceiro item, ‘Infra-estrutura’, está relacionado aos recursos computacionais empregados, o que inclui os programas (“softwares”) e os equipamentos (“hardwares”) computacionais. O último item, ‘Pedagogia’, corresponde ao planejamento da abordagem didática a partir dos tópicos do conteúdo programático, visando determinar a metodologia de ensino mais adequada para ministrar um determinado curso (RODRIGUES et al, 2008, p.72).
77
Entretanto, o professor deve estar capacitado na aplicação dessas
tecnologias, pois o sucesso de um software em promover a aprendizagem
depende de sua integração ao currículo e as atividades de sala de aula
(RHEINGOLD apud EICHLER e PINO, 1990, p.835). Por esse motivo, cada aula
virtual deve ser desenvolvida com no mínimo 50 minutos, de acordo com a carga-
horária normal de qualquer disciplina. Isto quando o computador é explorado pelo
professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível
simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas
abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de
conhecimento que se está construindo.
O uso de softwares em sala de aula auxilia a resolução de problemas
ambientais, e a versatilidade computacional permite não só sua aplicação no
ensino no contexto ambiental como também nas áreas de pesquisa e
desenvolvimento de laboratórios e indústrias. Por esse motivo, a escolha de uma
metodologia para a aplicação de programas computacionais com uma
abordagem educativa não pode estar desvinculada de uma boa proposta de
atividade. Pois não é o software que faz a diferença em termos de resultados
cognitivos, mas sim, a forma como ele é utilizado no processo de ensino-
aprendizagem pelo. Uma maneira de contribuir para esse processo é
identificar as características de cada software (simulação, jogos, exercício e
prática, etc.), pois cada tipo representa uma forma de abordagem. Por exemplo,
o uso de programas de simulação são geralmente utilizados para simular
experimentações e aplicar o conhecimento teórico usando um ambiente realístico
(RODRIGUES et al,2008, p.72). Estes experimentos permitem a exploração de
situações fictícias, de situações com risco, como manipulação de substância no
meio ambiente ou objetos perigosos; de experimentos que são muito
complicados, caros ou que levam muito tempo para se processarem, como
crescimento de plantas; e de situações impossíveis de serem obtidas, como um
desastre ecológico (VALENTE, 1993, p.7). O interessante é que as experiências
podem ser desenvolvidas tanto no laboratório de informática como também em
sala de aula utilizando-se apenas um computador e um data show, ou quadro
78
digital.
Outra opção de freewares são os jogos de pensamento lógico, onde o
aluno utiliza os conceitos que já possui e (re)aprendem com seus erros. Porém,
se a pedagogia por trás desta abordagem é a de exploração autodirigida ao invés
da instrução explícita e direta, seria um agravante pelo fato dos jogos poderem
estar estimulando a competição e, consequentemente, poderiam desviar a
atenção dos alunos dos conceitos envolvidos no jogo. Mas ainda assim, a
situação pode ser contornada se após uma jogada que não deu certo, o aluno
reflita sobre a causa do erro e tome consciência do erro conceitual envolvido na
jogada errada (VALENTE, 1993, p.7).
Neste sentido, “passa-se a considerar que os recursos tecnológicos devem
ser adaptados ao estilo de aprendizagem dos alunos, num contexto que se
preocupe com o método e com a abordagem educacional, ou seja, a utilização de
computadores em sala de aula requer não só seu uso de maneira adequada,
mas uma integração conveniente com o enfoque educacional adotado: a
tecnologia deve se adequar à educação e não o contrário (RIBEIRO e GRECA,
2003, p. 542)”. Por isso, utilizar uma ferramenta computacional, deve-se avaliar
as vantagens que esses recursos apresentam. A escolha de um software livre já
é uma alternativa economicamente viável, tecnologicamente inovadora e estável
(SILVEIRA, 2005, p.440).
Para que não ocorram dúvidas nos resultados obtidos na avaliação da
aprendizagem é preciso que as equipes formadas pelos educandos, tenham um
número máximo de dois componentes por computador, mas de preferência
individualmente para promover com eficácia a aprendizagem e a inclusão digital
dos discentes. Visto que, a inclusão digital não pode ser apartada da inclusão
autônoma dos grupos sociais pauperizados, ou seja, da defesa de processos que
assegurem a construção de suas identidades no ciberespaço, da ampliação do
multiculturalismo e da diversidade a partir da criação de conteúdos próprios na
Internet, e, pelo ato de cada vez mais assumir as novas Tecnologias da
Informação e Comunicação para aplicar sua cidadania (SILVEIRA,2005, p. 431).
79
9 DIAGNÓSTICOS DE INDICADORES AMBIENTAIS EXPLORATÓRIOS PARA
ENSINO-APRENDIZAGEM
O Livro bilíngue: “Brasil em Números 2018 – Seção de Meio Ambiente –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE”- Editora: IBGE - ISSN: 1808-
1983, Volume 26, 2018 (BRASIL EM NÚMEROS, 2018), de autoria Dr. Ricardo
Jorge Amorim de Deus, Dra. Simonny do Carmo Simões R. de Deus, Dr. Kleber
Raimundo Freitas Faial, Dr. Rosivaldo de Alcântara Mendes, Dr. Adaelson
Campelo Medeiros e Dr. Kelson do Carmo Freitas Faial, foi essencial como
processo piloto de ensino-aprendizagem no contexto ambiental. Pois, discute
assuntos complexos como Violações do Padrão Primário Nacional de Qualidade
do Ar por Material Particulado Atmosférico PM10; Desflorestamento na Amazônia
Legal; Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) em corpos de água selecionados
de Unidades da Federação; Focos de calor no Brasil, na Amazônia Legal e em
Unidades de Conservação e Terras Indígenas; Unidades de Conservação no
Brasil (UC); Comercialização de agrotóxicos e afins, por área plantada no Brasil;
permitindo ampliação de conhecimento sobre os problemas ambientais
enfrentados em todo país. Destacando:
9.1 Desflorestamento na Amazônia Legal
A Amazônia Legal foi criada em 1953 para fins de planejamento político
(HOMMA, 2008) e compreende integralmente os estados do Acre (3,04%),
Amapá (2,85%), Amazonas (31,29%), Mato Grosso (31,29%), Pará (24,86%),
Rondônia (4,73%), Roraima (4,47%) e Tocantins (5,53%) e, parcialmente, o
Maranhão (5,24%) (SUDAM, 2010). A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5
milhões de km² na parte norte da América do Sul, passando por nove países: o
Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana
Francesa, 85% dessa região fica no Brasil (5 milhões de km², 7 vezes maior que
a França) em 61% do território nacional e com uma população que corresponde a
menos de 10% do total de brasileiros. A chamada “Amazônia Legal” compreende
os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos
80
estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão perfazendo aproximadamente
5.217.423km².
O processo do desmatamento na Amazônia Legal está associado
afatores de mercado, tais como variações nos preços das commodities agrícolas,
bem como às políticas governamentais que incentivam ou combatem esse
problema. Os preços das commodities agrícolas são apontados como causas do
desmatamento tanto por trabalhos teóricos Becker, (2005, p. 71-86), quanto por
análises empíricas para a Amazônia Legal (BRASIL, 2007). Outros trabalhos
indicam que políticas implementadas a partir de 2004 têm contribuído
sobremaneira para a redução do desmatamento na Amazônia Legal (CARDOSO
& MILLER, 2001). Dentro deste contexto, o PRODES (Programa de Cálculo do
Desflorestamento da Amazônia), desde 1988 disponibiliza a taxa anual e oficial
do desmatamento para todos os estados da Amazônia Legal e a partir de 2003 o
programa adotou uma metodologia baseada no processamento digital de
imagens de sensoriamento remoto (PRODES digital), o que possibilitou divulgar
também a dinâmica do desmatamento (FIGUEIREDO & LOPES & FILGUEIRAS,
2005, p. 83-93). Assim, utilizando dados do PRODES para o período de 1992-
2017 (Grafico 22.1) foi possível verificar elevado pico de desflorestamento em
1995 (29059 Km2) e 2004 (27772 Km2), em função da estabilidade e crescimento
do con¬sumo interno após a implantação do Plano Real em 1994 (GUILHOTO &
SESSO, 205, p. 7-33) e o aumento de preços das commodities agrícolas,
especialmente a soja em 2004 (HOMMA, 2006, P. 33-60), respectivamente.
Observando o Gráfico 22.1, após o pico de desflorestamento elevado de 1995, o
governo federal modificou o Código Florestal, determinando que a área de
reserva legal pas¬sasse de 50% para 80% na Amazônia Legal, o que pode ter
reduzido o desmatamento nos anos seguintes até o aumento das commodities da
soja em 2004. A partir de 2005, com a diminuição do preço da soja e com
aplicações de políticas mais consistentes, o desflorestamento reduziu
drasticamente (IBGE, 2006), chegando no valor de 6 624 Km2 em 2017.
Entretanto, de acordo com (INCRA, 2007), a vegetação que cresce durante um
ano após o corte e queima da floresta pode ser capaz de mascarar a resposta do
81
solo e provocar a diminuição do retorno em banda e polarização, o que reduz o
contraste entre a floresta e os desflorestamentos.
9.2 Focos de calor no Brasil, na Amazônia Legal, em Unidades de
Conservação e Terras Indígenas
A ocorrência de fogo em áreas protegidas constitui uma das mais
importantes fontes de alteração e destruição de flora e fauna, com consequente
comprometimento dos recursos naturais nestes locais. Em princípio, as
queimadas em áreas protegidas seriam apenas de origem natural, causadas por
raios conforme as condições meteorológicas locais e disponibilidade de material
vegetal combustível; ou ainda, conforme estabelecido na Resolução CONAMA n°
11, de 14 de dezembro de 1988, admite-se o uso do fogo em unidades de
conservação somente quando empregado com autorização do IBAMA para a
construção e abertura de aceiros visando evitar a propagação de incêndios.
82
Nepstad (1999, p. 54) afirma que o fogo é usado pelos indígenas, porém não
para destruir áreas florestadas, nem para ampliar os campos e savanas, mas
para manejar as “ilhas de recursos”, os chamados apêtês, de vegetação mais
densa e rica. Tal transformação vem na esteira de mudanças do clima regional
que compreendem a redução das precipitações em 20% e o salto da temperatura
em 2 a 8° C até o final do século (KOHLHEPP, 2002, p. 37-61). De acordo com o
Gráfico 22.2, valores elevados de focos de calor no Brasil, na Amazônia Legal e
em Unidades de Conservação e Terras Indígenas, foram evidenciados nos anos
de 2010, 2012, 2015 e 2017. Estes eventos foram quantificados como a seca
mais severa ocorrida e o início foi associado ao evento de El niño e
posteriormente potencializado pela Oscilação Multidecadal do Atlântico
(BARBOSA, 1999;29(4):513-534.).
83
9. 3 Unidades de Conservação no Brasil (UC)
As Unidades de Conservação (UC) são locais onde as características
naturais devem estar preservadas, e que tem a finalidade em garantir a
representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das
diferentes populações, hábitats e ecossistemas do território nacional e das águas
jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente (BRASIL, 2018). Até
01 de fevereiro de 2018 o Brasil apresentava 959 Unidades de Conservação
Federais dispostas em uma área total de 798.061 km2 o que representa
aproximadamente 9,37% do território federal, desses 48,3% são consideradas
áreas de proteção integral e 51,7% de uso sustentável. É importante ressaltar
que das 147 áreas destinadas à Produção Integral, 73 são parques nacionais, 32
são estações ecológicas, 31 são reservas biológicas, 8 são Refúgios de Vida
Silvestre e 3 são Monumentos Naturais. Já as de Uso Sustentável são divididas
em: 635 de Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPN), 67 Florestas
Nacionais, 62 Reservas Extrativistas, 33 Áreas de Proteção Ambiental (EPA’S),
13 Áreas de Relevante Interesse Ecológico e 2 Reservas de Desenvolvimento
Sustentável (Tabela 22.3). De 2014 a 2017, o Brasil teve um acréscimo
satisfatório em Unidades de Conservação, onde 147 foram de Proteção Integral
correspondendo 385 648 km2 de área e 812 de Uso Sustentável correspondendo
a. 412 413 km2 área. Entretanto, apesar de resultados satisfatórios, o Brasil
necessita de ampliação de estudos específicos e contínuos para ampliação e
manutenção periódica das unidades de conservação, a fim de garantir a gestão
de cada unidade uma junção em níveis naturais locais, regionais, nacionais e
mundiais.
84
9. 4 Comercialização de agrotóxicos e afins, por área plantada no Brasil
Os agrotóxicos e afins são definidos como os produtos e os agentes de
processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas
pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros
ecossistemas, e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las
da ação danosa de seres vivos considerados nocivos (BRASIL, 1989). O
aumento do consumo de agrotóxicos no Brasil, está diretamente vinculado aos
incentivos para o crescimento do agronegócio, com o uso abusivo relacionado a
proteção e conservação das culturas de pragas danosas. Em dez anos, houve
um aumento de 100% do consumo de agrotóxicos por área plantada que hoje
está em torno de 7 Kg/ha (Gráfico 22.3) e isto certamente acarretou uma
descarga maior de agrotóxicos para o ambiente com a contaminação do solo e
das águas superficiais, com o desejo próximo a residências, rios e mananciais de
85
água potável e criação de animais (SOUZA, 2011, p. 3519-3528), afetando
diretamente a saúde da população. O número de pessoas expostas e intoxicação
crescem a cada ano, mas a notificação ainda é baixa, o que demonstra uma falta
de atenção a intoxicação causada por estas substâncias no Sistema Único de
Saúde como um todo. A intensificação de programas como a Vigilância em
Saúde de Po-pulações Expostas (VSPEA) pode alterar este quadro em médio
prazo. A agência internacional de pesquisa em câncer (IARC) tem classificado a
maioria dos agrotóxicos utilizados nas culturas como cancerígenos (REBELLO &
HOMMA, 2005, p. 199-236). Estima-se que aproximadamente 400.000 mortes a
cada ano podem ser atribuídas a intoxicação por agrotóxicos, com 99% nos
países em desenvolvimento (SERRÃO & FALESI & VEIGA, 1978). Agrotóxicos
proibidos em países do primeiro mundo e liberados nos países subdesenvolvidos
podem contribuir para este dado. A agricultura orgânica pode ser uma saída para
atenuar o uso crescente de agrotóxicos, mas ainda faltam incentivos para esta
atividade no Brasil.
86
10 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO METODOLOGIGA DE WEBSITE PARA
ENSINO-APRENDIZAGEM NO CONTEXTO AMBIENTAL
Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico das possibilidades
e limitações que os recursos informáticos podem proporcionar à educação no
contexto Ambiental. Dessa maneira, procurou-se delimitar o foco do trabalho
considerando a atual conjuntura educacional em que se encontram as escolas
públicas e privadas do estado do Amazonas. Fazendo-se uma pesquisa junto à
Secretaria de Estado de Educação, sobre as unidades públicas que já possuem
laboratório de informática em condições de funcionamento.
87
Em seguida, foi delimitado o campo de atuação da pesquisa: criação de
um ambiente virtual de aprendizagem no contexto ambiental. Sendo utilizado o
laboratório de informática para elaborar uma Web Site gratuita (Webnode.com.br
ou wix.com) interativa destinada ao ensino de Química para docentes e discentes
atuantes do ensino médio. Para a publicação de programas gratuitos, aulas
animadas, materiais didáticos, artigos científicos, exercícios, jogos virtuais,
espaço de interação para dúvidas, sugestões e contribuições. Assim como,
também, incentivar o professor a realizar cursos de aperfeiçoamento indicando
um curso de formação continuada a novas tecnologias “Uso de novas tecnologias
como ferramentas pedagógicas para o ensino no contexto ambiental
(Desmatamento, poluição da água, poluição do ar, poluição do solo e etc.)”.
10.1 a criação da página
Pesquisa do domínio e hospedagem da Web Site via Internet
O Wix.com é um serviço gratuito que permite a criação de websites
baseados em Flash, deste modo, é possível que qualquer pessoa faça um site
com facilidade, sem a necessidade de usar o Adobe Flash ou mesmo contratar
um profissional na área. Há também planos pagos com características
diferenciais, isto, para quem quer algo a mais, como domínio próprio, banda
ilimitada, entre outras opções.
Para iniciar o processo de criação do site, basta usar um painel de controle
online. Neste painel é possível escolher entre mais de 100 templates
profissionais, isto é, modelos de sites prontos, para dar uma aparência
profissional ao site, poderá também criar e editar as páginas, arrastando os
elementos dentro das páginas, poderá adicionar animações, textos, imagens,
botões de navegação, músicas, slideshow, vídeos, entre tantas outras coisas. O
sistema de criação de sites em Flash do Wix é totalmente estável e também
muito sofisticado. Com a plataforma Wix é possível, além de criar sites
inteiramente gratuitos, como também os sites são otimizados para os motores de
busca. Com isso, o site criado no Wix terá visibilidade no Google, Yahoo, etc.
88
Quem quiser desenvolver um site utilizando o Wix tem a oportunidade de obter
um excelente resultado, para isso, claro, precisa escolher bem as imagens que
serão usadas no site. A partir das escolhas do criador, o site terá uma qualidade
espetacular, e claro, altamente profissional pois, a ferramenta é capaz de dar
todo o suporte necessário para desenvolver um site de ótima qualidade. Quem
tiver interesse em fazer um site, mesmo que seja do zero, conseguirá através do
Wix. A primeira coisa que deverá fazer é realizar um registro no Wix, com seu e-
mail e senha. Após, quando estiver na página inicial da ferramenta, clique em
“Criar”, lá, terá a oportunidade de escolher um modelo, dentre vários para o seu
site. Após selecionar a imagem que mais se adapta ao tema escolhido para seu
site poderá começar a criação. O melhor de todo esse processo é que pode ser
feito com muita calma, sem nenhuma experiência em criação de site e, se
precisar, tem à disposição um bom suporte para tirar dúvidas.
Após a escolha do modelo que você deseja iniciar a confecção do site,
basta clicar em “Editar” e começar realmente o trabalho. Na página escolhida,
terá todas as opções para alterar as imagens e escrever algum tipo de
informação ou comentário. Quem já estiver nessa etapa verá que não há
dificuldades para inserir fotos, criar uma nova página, deslocar alguma imagem,
enfim, realizar as mudanças necessárias para a edição do site. Após realizada a
organização do site é necessário clicar em “Salvar” e após em “Publicar”. As Urls
podem ser salvas com o nome do usuário escolhido no início.
10.2 Otimização para buscas
Quanto a otimização do site, não é necessária preocupação, pois, mesmo
que os motores de busca muitas vezes apresentam dificuldades para indexar
sites com Flash, nessa ferramenta isso não acontece, pois eles oferecem um kit
de instrumentação necessária para a otimização de websites e assim, irá
contribuir para que o seu site fique bem colocado nas buscas. Outro fator
bastante interessante é que você mesmo pode editar o título, a descrição e meta
keywords de seu site. Agora, para aqueles que não sabiam por onde começar
89
para criar um site, não há mais desculpas, com o Wix, você tem a oportunidade
de ter um site com aparência profissional e, o principal, feito por você.
10.3 Como criar um site no Wix?
1º) Primeiramente acesse o Wix.com;
2º )Após encontre o botão “Comece a criar” e clique nele;
3º )Após clicar no botão irá aparecer uma janela igual a abaixo e terá que
informar um e-mail válido e colocar uma senha;
4º) Após esta etapa de inscrição a página de criação do Wix abrirá outra
página para você, desta vez, clique em “Crie”, como podemos ver na imagem
abaixo:
5º) Após clicar em “Crie” você será direcionado para uma página para
escolher um template para pôr seu site, isto é, um formato que se adéque às
características que seu site possui;
6º) Após visualizar os templates e ter selecionado um, passe o cursor do
mouse em cima do escolhido e clique em “Editar”;
7°) Após ter clicado em “Editar”, você será direcionado ao template
escolhido e, a partir daí, irá começar a criar o seu site. Na página escolhida, terá
todas as opções para alterar as imagens e escrever algum tipo de informação ou
comentário. Quem já estiver nessa etapa verá que não há dificuldades para
inserir fotos, criar uma nova página, deslocar alguma imagem, enfim, realizar as
mudanças necessárias para a edição do site;
8º) Após realizada a organização do site é necessário clicar em “Salvar”; e
após em “Publicar”;
9º) As Urls podem ser salvas com o nome do usuário escolhido no início.
Ao solicitar um nome para o site, preste atenção que não é permitido usar
acentos como também outros sinais. Se no nome constar mais de uma palavra,
90
escreva sem espaços, caso contrário, no seu site as palavras ficarão separadas
por um hífen.
o Webnode, ao contrário da Wix, tem um processo mais simples de
criação de sites e permite que em apenas 5 passos e em 5 minutos você tenha
um website criado e completo. No momento da criação desse artigo fizemos o
teste e levamos exatamente 5 minutos para colocar um site no ar, já publicado
para que as pessoas visitem. O processo é muito simples mesmo.
Passos para criação do Site na plataforma Wix.com
1º passo: Acesso a plataforma wix.com;
Figura 01 - Acesso a plataforma Wix.com
2º passo: Criando o site;
91
Figura 02 - Criação do site
3º passo: Escolha do modelo do Site;
Figura 03 - Escolha do modelo
92
4º passo: Escolha do conteúdo;
Figura 4 - Escolhendo o conteúdo
Figura 5 - Escolhendo o conteúdo
93
5º passo: Edição do Site;
Figura: 06 - Edição do site
6º passo: Site criado;
Figura: 07 - Site criado
94
Conteúdo desse artigo [esconder]
• 1 Passo 1 – Cadastro para criar um site grátis no Webnode
• 2 Passo 2 – Escolhendo o tipo de negócio
• 3 Passo 3 – Escolhendo o Template
• 4 Passo 4 – Escolhendo as primeiras páginas
• 5 Passo 5 – Publicando o site criado gratuitamente
Passo 1 – Cadastro para criar um site grátis no Webnode
Ao visitar o site do Webnode a primeira coisa que encontramos é uma tela
escura e um menu no topo com três links: Site pessoal, Site de negócios e Loja
virtual. À partir desses três links você já pode ter uma ideia do verdadeiro
potencial dessa ferramenta. Você pode criar sites extremamente profissionais
tanto para você quando para sua empresa e até mesmo criar uma loja virtual
para vender produtos próprios. Bom, comentários à parte, vamos ao passo a
passo.
Clique aqui, vá para o site do Webnode e você verá no lado direito três
campos: Nome, Endereço de Email e Senha. Esse é o pontapé inicial para você
criar seu site. Basicamente é apenas isso o que você precisa para começar.
Preencha esses dados e em seguida clique em “Registre-se e crie seu site”.
Passo 2 – Escolhendo o tipo de negócio
Em seguida será apresentada uma tela com o tipo de negócio que seu site
representará. Em outros artigos faremos um passo a passo tanto para sites de
negócios quanto para para lojas virtuais, que são diferenciados. Para esse passo
a passo vamos criar um site pessoal. Selecione a opção “Sites pessoais”.
Nesse momento aparecerão mais três campos para você preencher. O
95
primeiro é o nome do site, que provavelmente já estará preenchido, o segundo é
o slogan e o terceiro é o idioma. O slogan é opcional e o idioma normalmente já
vem preenchido com o idioma que você está logado. Se você quiser criar um site
em Inglês ou Espanhol, por exemplo, basta alterar o idioma e o site inteiro será
traduzido. Nesse momento, preencha esses campos e em seguida clique em
“Continuar”.
Apenas por curiosidade, se você selecionar Site de negócios ou Loja
virtual os campos que aparecerão na tela serão outros.
Passo 3 – Escolhendo o Template
Agora o Webnode apresentará várias opções de templates para você
escolher. Veja que até hoje existem 5 páginas com 8 templates cada uma,
totalizando mais de 30 temas para você escolher. Nesse momento, selecione
aquele que se adequa melhor ao seu negócio, mas não se preocupe, pois depois
você poderá alterá-lo caso deseje. Em seguida clique em “Continuar”.
Passo 4 – Escolhendo as primeiras páginas
O próximo passo é selecionar as páginas iniciais que você deseja ter em
seu site. Todas essas páginas você poderá incluir, alterar ou excluir depois de
criar seu blog, por isso pode escolher tranquilamente. Note que algumas páginas
estão com nomes em Português de Portugal. Isso também poderá ser alterado
depois. O que importa nesse momento é que cada página tem suas
características. Depois de escolher as páginas que você deseja ter inicialmente
clique em “Concluir”.
Para entender melhor, se você selecionar a página Blogue, por exemplo, o
Webnode vai criar um item no menu chamado Blogue é uma página estruturada
para receber posts, como se fosse um blog no WordPress ou Blogger. Caso você
selecione Galeria de Fotos o Webnode vai criar um item no menu chamado
96
Galeria de Fotos e uma página estruturada para receber a galeria. Os itens de
menus criados poderão ser alterados, bem como algumas partes de cada página.
Passo 5 – Publicando o site criado gratuitamente
O sistema carregará por alguns instantes e logo em seguida será
apresentada uma tela de boas vindas, confirmando que seu site foi criado com
sucesso. Veja que na imagem abaixo tem um campo chamado “Inicie o tutorial
do Webnode”. Se você deixar marcado e clicar em “Comece a editar” aparecerá
um tutorial interativo bem bacana explicando tudo o que tem por dentro e como
você poderá editar todas as partes do seu website. Caso não queira participar do
tutorial basta desmarcar o campo e clicar em “Comece a editar”.
Nesse exemplo, ao visitar o endereço http://serproblogger.webnode.com
você poderá ver como ficou o site que acabamos de criar no Webnode. Note que
mesmo com esses simples passos o site já é criado com um aspecto bastante
profissional, coisa que seria muito difícil de fazer com qualquer outro sistema,
como WordPress, Joonla ou Drupal. Por isso o Webnode é muito recomendado
tanto para websites completos quanto para blogs.
Veja na imagem abaixo que em apenas 5 passos conseguimos criar um
site com galeria de imagens, 2 menus, caixa de pesquisa, mapa do site, 5
páginas e até um blog.
Para você ter uma ideia do potencial do Webnode, faça um teste.
Pesquise qualquer site na internet, note o formato das páginas, como o blog é
estruturado, como funcionam as galerias de imagens, as posições da barra
lateral e do menu do topo. Em seguida vá ao site do Webnode, siga esses cinco
passos e veja o tutorial deles. Você se surpreenderá ao perceber que é possível
criar o mesmo site em poucos minutos.
Após a publicação e armazenamento dos arquivos na Web Site, foram
propostas atividades de interação com docentes e discentes, atuantes do ensino
médio, a partir da janela de colaboração, propondo-se jogos, exercícios e
97
incentivo a sugestões e etc.
Passos para criação do Site na plataforma Webnode;
1º passo: Acesso a plataforma Webnode;
Figura 08 - Acesso a plataforma Webnode
2º passo: Iniciando o cadastro na plataforma;
Figura: 09 - Iniciando o cadastro na plataforma
98
3º passo: Criando o site;
Figura: 10 - Criando o site
Figura: 11 - Criando o Site
99
4º passo: Escolha do Modelo do Site;
Figura: 12 - Escolha do modelo do Site
5º passo: Escoplha da estrutura do Site;
Figura: 13 - Esclha da estrutura do Site
100
6º passo: Edição do site;
Figura: 14 - Editando o Site
7º passo: Site criado;
Figura: 15 - Site Criado
101
Figura: 16 - Site criado
10.4 Disponibilidade de arquivos na página
Artigos científicos
Foram disponibilizados artigos científicos tratando do uso de novas
tecnologias na educação, inclusão digital, informática educativa, jogos
educacionais,desafios da escola atual, como utilizar a Internet na educação,
softwares educacionais, entre outros, mostrados no Quadro 01.
Quadro 01 - Artigos científicos dos diferentes usos do computador na educação
01 NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA
02 PROJE PROJETO INTERLIGA O MEIO AMBIENTE E A INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO
03 USO DE MÍDIAS COMO APOIO AMBIENTAL
04 USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
05 EDUCAÇÃO AMBIENTAL CONSCIENTE POR MEIO DO USO DAS TECNOLOGIAS
06 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO DIGITAL.
102
07 USO E UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS COMO APOIO AMBIENTAL
08
09
TRABALHANDO O MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DE JOGOS
PERCEPÇÃO AMBIENTAL: EM EDUCANDOS DO ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Fonte: o autor - Manaus/AM.
.
Softwares educacionais livres
Discrição dos softwares educacionais disponíveis para download
a) i3Geo: Os sistemas para internet desenvolvidos pelo Ministério do
Meio Ambiente e que acessam dados geográficos com o uso de softwares livres,
destacando-se:
Sistema de Informação do São Francisco (Sisfran)
Sistemas desenvolvidos pelo MMA que utilizam ferramentas de
geoprocessamento:
O uso de softwares, vídeos e sons no ensino permite ao discente o
aproveitamento de vários sentidos sensoriais, estimulando a fixação,
entendimento, curiosidade, descoberta, desenvolvimento de habilidades
intelectuais e cognitivas, criatividade, invenções e outros. A palavra base deste
tipo de ensino é "interatividade". Pois, trata-se de um ensino onde é ilimitado o
papel do aluno na busca de informação.
Material didático
O material didático foi obtido a partir de vários arquivos, desenvolvidos
desde o ano de 2008, para aulas no estabelecimento de ensino particular na
cidade de Manaus- Amazonas. Constando-se em cada apostila: parte teórica e
lista de exercícios. Os materiais didáticos publicados estão descritos no quadro
02.
103
Quadro 02 - Apostilas para o ensino de Química
APOSTILAS
01 PREVENÇÃO DE INCENDIOS NA AMAZONIA
02 TECNOLOGIA E MAIO AMBIENTE
03 MEIO AMBIENTE E HOMEM UM OLHAR MARXISTA
04 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS NOVAS TECNOLOGIA
05 USO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
06 O ENSINO DE QUIMICA COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
07 MEIO AMBIENTE, SOCIEDADE E TECNOLOGIA
Fonte: o autor - Manaus/AM.
Links Educacionais
Foram desenvolvidas pesquisas de Web Sites relacionados ao ensino de
Química. Sendo publicados links de acesso a essas páginas, conforme mostra no
quadro 03.
Quadro 03 - Links de Web Sites relacionados ao ensino de Química.
LINKS
01 https://softwarepublico.gov.br/social/
02 http://mapas.mma.gov.br/mapas/aplic/sisfran/
03 http://sistemas.mma.gov.br/sigepro/
04 https://monografias. brasilescola.uol.com.br
05 http://aberta.org.br:/educaredelinks:/inclusão-digital:/
Fonte: o autor - Manaus/AM.
.
104
Aulas Animadas
Criação de um arquivo contendo aulas animadas de diversos conteúdos,
disponíveis apenas para o acesso, descritos no qaudro 04.
Quadro 04 - Aulas animadas de Química.
AULAS ANIMADAS
01 CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
02 CINÉTICA
03 DISTRIBUÍÇÃO ELETRÔNICA
04 ELETROQUÍMICA
05 FUNÇÕES INORGÂNICAS
06 LIGAÇÕES QUÍMICAS
07 MISTURAS
08 ORGÂNICA
09 REAÇÒES INORGÂNICAS
10 SOLUÇÕES
11 TABELA PERIÓDICA
12 TERMOQUÍMICA
13 MEIO AMBIENTE
Fonte: o autor - Manaus/AM.
105
11 NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO
Durante a pesquisa, observou-se que a criação de ambientes de
aprendizagem colaborativos, os quais, integram o computador (web sites,
softwares e Internet) à prática docente pode gerar o desenvolvimento de
atividades interdisciplinares, além de criar situações e perguntas imprevisíveis, os
quais, colocam os discentes num desafio constante, o que estimula a autonomia
e autoconfiança. Entretanto, para realização de uma atividade com um meio
virtual é aconselhável primeiramente ministrar os conteúdos em sala de aula,
estimular os discentes à participação, retirar dúvidas, sugerir opiniões, que
posteriormente deverão ser reforçados através da aplicação de exercícios, por
meio de contextualização que exprimam os conceitos químicos dentro do
contexto social.
Ao organizar uma atividade em sala de aula com recursos informáticos,
são necessários vários agentes: o estabelecimento de ensino, o técnico de
informática, coordenação pedagógica, o computador, o professor, os alunos, os
quais caracterizam esta atividade como uma proposta de caráter interativo e
colaborativo.
Desta forma, cabe as “escolas” dar suporte (local adequado,
equipamentos, etc.) para que essas atividades aconteçam; a presença do
“técnico de informática” permite a preparação do ambiente de aprendizagem
(verificação das condições dos computadores, instalação dos softwares, etc.); a
“coordenação pedagógica” tem como preocupação fazer a orientação na didática
adotada para ministrar os conteúdos; o “computador” fixar o aprendizado através
de efeitos áudio-visuais; os “professores especializados” a intenção de formar
aluno-cidadãos; e os “alunos” são as respostas positivas e/ou negativas que
apontam as falhas e acertos no novo sistema de ensino aplicado.
Neste tipo de ensino, o professor não deve ser mais tratado como o
possuidor do conhecimento (especialista), mas sim como o aprendiz, juntamente
com o aluno, que atuará participando das atividades, o que gera discussão,
106
investigação e não mais transmissão de fatos, havendo interação e colaboração
de ambas as partes.
Haja vista que o computador associado a Internet proporciona um
ambiente desafiador, no qual, necessita da participação ativa do aprendiz
podendo desenvolver diversas habilidades: conhecimento, investigação, reflexão,
criação, que não podem ser centradas somente na figura reflexão, criação, que
não podem ser centradas somente na figura do professor, pois os alunos terão as
competências de descobrir, questionar e construir seus conhecimentos.
Devendo-se ressaltar que um dos pré-requisitos adotados para este tipo
de atividade é a adaptação das ferramentas computacionais de acordo com a
série dos discentes. Por isso, neste sistema, o professor formador exercerá
grande influência na construção do ambiente de interação, com
compartilhamento de conhecimento, sabendo como utilizar as ferramentas das
tecnologias de informação e comunicação, interagindo, aprendendo e
transformando
11.1 Benefícios da Web Site na educação
A criação da Web Site foi uma iniciativa de agrupar os diversos recursos
que o computador pode oferecer como um auxílio no desenvolvimento de
atividades escolares no ensino presencial e semipresencial, para atender ao
público de docentes e discentes do ensino . Os benefícios que o Site pode
proporcionar aos educadores são inúmeros. Dentre os quais, podem se destacar:
a organização das atividades em sala de aula (material didático, exercícios,
conteúdos, atividades por séries e etc.), a facilidade em abordar temas sócio-
culturais, aplicação de softwares educacionais, exemplificação através de aulas
animadas, incentivar o professor à prática da pesquisa e a propor atividades
inovadoras, proporcionar a condição de aprendiz aos docentes ao criar
possibilidades de interação com os discentes, entre outras características não
menos relevantes.
107
Figura 17- Histograma representativo do novo paradigma da educação.
Ao se tratar de discentes, as vantagens que a Web Site pode oferecer estão
relacionadas com os modos de construção do conhecimento, pois oferecem um
ambiente mais interativo para o aluno manipular variáveis e observar resultados
inéditos e imediatos. Pois, ao propor um exercício, que conduz o aluno a resolver um
problema, induzindo a dúvidas, cria situações que podem servir como objeto de
interação e gerar reflexões, e conseqüentemente criar uma nova situação problema,
onde o aluno envia suas dúvidas e pede auxílio ao professor na resolução. É neste
momento que o educador deve buscar novas maneiras que possam explicar o
assunto aos educandos, exercendo o verdadeiro papel do professor colaborador, o
qual propõe novos paradigmas de ensino-aprendizagem. Sendo assim, estimula a
participação dos discentes em atividades interdisciplinares e na colaboração de
sugestões e envio de arquivos (jogos, programas computacionais, exercício, etc.) a
partir da janela de comunicação “Colabore com o WEBSITE”.
108
12 METODOLOGIA
Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico das possibilidades e
limitações que os recursos informáticos podem proporcionar à educação no contexto
Ambiental. Dessa maneira, procurou-se delimitar o foco do trabalho considerando a
atual conjuntura educacional em que se encontram as escolas públicas e privadas
do estado do Amazonas. Fazendo-se uma pesquisa junto à Secretaria de Estado de
Educação, sobre as unidades públicas que já possuem laboratório de informática em
condições de funcionamento. Em seguida, foi delimitado o campo de atuação da
pesquisa: criação de um ambiente virtual de aprendizagem no contexto ambiental.
Sendo utilizado o laboratório de informática para elaborar uma Web Site gratuita
(Webnode.com.br ou wix.com) interativa destinada ao ensino de Química para
docentes e discentes atuantes do ensino médio. Para a publicação de programas
gratuitos, aulas animadas, materiais didáticos, artigos científicos, exercícios, jogos
virtuais, espaço de interação para dúvidas, sugestões e contribuições. Assim como,
também, incentivar o professor a realizar cursos de aperfeiçoamento indicando um
curso de formação continuada a novas tecnologias “Uso de novas tecnologias como
ferramentas pedagógicas para o ensino no contexto ambiental (Desmatamento,
poluição da água, poluição do ar, poluição do solo e etc.)”.
12.1 O lugar da pesquisa
A pesquisa foi realizada na zona centro-oeste, em cinco escolas públicas
estaduais de ensino médio, localizadas nos bairros Redenção, Planalto, bairro da
Paz, Alvorada I e bairro de Dom Pedro, na cidade de Manaus no Estado do
Amazonas, localizado na região norte do Brasil. Foi fundada em 1669, sua
população está estimada em 2018 2,1 milhões de habitantes. Seu clima e do tipo
tropical. Possui temperatura entre 27º e 38ºC.
Mapa da região onde foi realizada a pesquisa
109
Figura 18 - Local da pesquisa: Estado do Amazonas - Município de Manaus-Escolas Públicas
Fonte: Google Earth. Elaborado por João Melo Garcia
12.2 Sujeitos da Pesquisa
A abordagem iniciou-se com um dialogo entre o pesquisador, e a gerente de
educação de ensino médio da secretaria estadual de educação do Estado do
Amazonas e os diretores das escolas para autorização e agendamento de visitas.
Após um dialogo com com os professores da disciplina de quimica, iniciou-se a
pesquisa de campo em cinco escolas públicas estaduais na cidade de Manaus-AM,
os sujeitos da pesquisa foram alunos na faixa etaria entre 14 e 17 anos, do sexo
masculino e feminino; cor branca, parda e preta, em estado de saúde considerado
normal e classe social de baixa renda. Cada série das escolas possui em média de
35 alunos; totalizando uma coleta de dados com 175 pesquisados abordados de
forma direta e indireta. O critério de inclusão foi o de livre e espotânea vontade na
participação da pesquisa e o de exclusão foi a de desistência de alguns sujeitos. A
pesquisa seria suspensa caso o poder público estadual não aceitasse realiza-la.
110
12.3 Coleta de Dados
Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico das possibilidades e
limitações que os recursos informáticos podem proporcionar à educação no contexto
Ambiental. Dessa maneira, procurou-se delimitar o foco do trabalho considerando a
atual conjuntura educacional em que se encontram as escolas públicas e privadas
do estado do Amazonas. Fazendo-se uma pesquisa junto à Secretaria de Estado de
Educação, sobre as unidades públicas que já possuem laboratório de informática em
condições de funcionamento. Em seguida foi realizado a aplicação de questionários
de pesquisa pelo pesquisador. O tempo de aplicação foi de aproximadamente uma
aula de 45 minutos, com acompanhamento do professor em sala de aula. O TCLE
(Termo de Compromisso Livre e Esclarecimento), foi entregue no dia anterior à
realização da pesquisa e recolhido no dia da pesquisa pelo professor que se dispôs
a colaborar com nossa pesquisa.
O primeiro contato com os alunos foi por meio de dialogo formal, para explicar
o objetivo de nossa presença ali e da pesquisa. Em seguida apresentamos o
questionário com perguntas dissertativas e livres, onde foi abordado:
A pergunta essencial para desenvolver o questionário foi basicamente:
Pergunta discente: Como você avalia como aluno o uso das multilidias em sala de
aula por parte do professor para o ensino de quimica no contexto ambiental.
12.4 Aspectos éticos
Para esta investigação o Projeto cumpriu com os requisitos da Resolução
466/12, que trata sobre pesquisas envolvendo seres humanos passando, assim,
pela avaliação de um Comitê de Ética em Pesquisa. No projeto está incluído (Anexo
III) o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que foi lido e assinado pelo
Secretário de Educação, pelos responsáveis dos alunos e pela Direção das escolas.
A pesquisa somente iniciou, após o total esclarecimento de todos os
benefícios e possíveis riscos que poderão advir do processo de investigação.Neste
termo o sujeito foi convidado a participar da pesquisa e sua participação não foi
obrigatória.A qualquer momento ele poderia desistir de participar e retirar seu
consentimento. Sua recusa não traria nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou com as instituições envolvidas neste estudo.
111
13 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados permitiram observar que o uso de programas computacionais e
aulas animadas como meio auxiliar para atividades em sala de aula estimulam o
desenvolvimento do raciocínio e habilidades na resolução de exercícios, propiciando
a (re) construção do conhecimento e relações mais próximas com o “universo”. É
preciso estabelecer critérios metodológicos baseados em paradigmas construtivistas
e interacionistas que possibilitem o crescimento cognitivo contínuo potencializando o
aperfeiçoamento de competências nos discentes, assim como, contar com
profissionais capacitados em novas tecnologias.
Figura 04 - Uso de programas computacionais e aulas animadas como meio auxiliar para atividades
em sala de aula.
Quadro 05 - Uso de programas computacionais e aulas animadas como meio auxiliar para atividades em
sala de aula.
Escolas Pesquisadas Quantidade de Professores Excelente Bom
Escola A 6 5 1
Escola B 8 6 2
Escola C 6 4 2
Escola D 5 4 1
Escola E 4 2 2
Resultados e Discussões\ProfessoresRespostas
Fonte: o autor - Manaus/AM.
112
Gráfico: 05 - Uso de programas computacionais e aulas animadas como meio auxiliar para atividades
em sala de aula.
Quadro: 06 - Uso de programas computacionais e aulas animadas como meio auxiliar para atividades em
sala de aula.
Escolas PesquisadasQuantidade de AlunosExcelente Bom
Escola A 70 54 16
Escola B 76 60 16
Escola C 80 70 10
Resultados e Discussões\Alunos
Respostas
Fonte: o autor - Manaus/AM.
A primeira questão apresentada versou sobre o diagnóstico do uso das
multimídias pelos alunos e professores em sala de aula no contexto ambiental via
plataforma virtual resultando nos dados supracitados:
Os gráficos e as tabelas abaixo apresenta os resultados obtidos sobre um dos
objetivos acima proposto na pesquisa, realizada com os docentes e discentes.
113
Gráfico: 06 - diagnóstico do uso das multimídias pelos docentes.
Quadro: 07 - diagnóstico do uso das multimídias pelos docentes
Diagnóstico do uso das multimídias
Respostas Escolas pesquisadas Quantidade de professores Excelente Bom
Escola A 2 1 1
Escola B 3 2 1
Escola C 3 3 0
Fonte: o autor - Manaus/AM.
114
Gráfico: 07 - diagnóstico do uso das multimídias pelos discentes.
Quadro: 08 - diagnóstico do uso das multimídias pelos alunos
Séries Respostas Escolas Pesquisadas 1º anos 2º anos 3º anos Quantidade de turmas
Quantidade de alunos Excelente Bom
Escola A 1 1 1 3 116 90 26
Escola B 2 1 1 4 140 100 40
Escola C 1 1 2 60 48 12
Escola D 1 1 1 3 94 60 34
Escola E 1 1 3 4 120 100 20
Fonte: o autor - Manaus/AM.
Neste primeiro item procurou-se cinco escolas públicas estaduais do ensimo
médio com vinte salas cada uma e nestas observou-se que nenhuma possuia meio
virtual ou programa voltado para estudo da disciplina de química via plataforma
virtual nem mesmo relacionado ao meio ambiente. Encontramos projetos, no papel,
para implantação futura relacionado a outras matérias.
Desse fato concluímos o quanto o ensino utilizando meios virtuais está
atrasado nas escolas em questão. Diferente de outros países, os que possuem toda
uma política de envolvimento do alunos a partir de todos os meios disponíveis, aqui
em nosso estado e até em outros do país percebe-se o total atraso , quiça abandono
do ensino público relacionado a essa questão.
Mesmo não fazendo parte de nosso objetivo conseguimos verificar que
algumas escolas particulares de classes mais elevadas já utilizam dessa ferramente
115
pedagógica.
A segunda discussão avaliava a possibilidade de trabalhar o meio ambiente no
contexto virtual.
Naquelas escolas intracitadas descobrimos projetos de implantação de
laboratórios de informática e que após a pesquisa foram totalmente implantados
permitindo assim fazer o estudo da segunda discussão. Após a implantação desses
laboratórios retornamos a escola e trabalhamos a possibilidade de implantação do
estudo do meio ambiente em meio virtual chegando aos resultados abaixo.
Das cinco escolas públicas com vinte salas conseguimos implantar o programa
em três escolas trabalhando com alunos do ensino médio e professores. Não
trabalhamos com todas as salas. Foram em média duas salas por escola com um
total de setenta alunos por estabelecimento. Desses setenta alunos, oitenta por
cento avaliaram possitivamente os sites criados para interação meio ambiente em
ambiente virtual. Desses oitenta por cento, trinta e cinco relataram que nunca tinham
estudado dessa forma e que após o usos desses sites a aprendizagem ficou mais
facilitada e significativa.
Os gráficos e as tabelas abaixo apresenta os resultados da pesquisa com
docentes e discentes, sobre a possibilidade de trabalhar o meio ambiente no
contexto virtual..
116
Gráfico: 08 - representativo de docentes pesquisados nas escolas a, b, c, d e e.
Qaudro: 09 - com o resultado da pesquisa com docentes das escolas a, b, c, d e e.
Escolas Pesquisadas Quantidade de Professores Excelente Bom
Escola A 6 5 1
Escola B 8 6 2
Escola C 6 4 2
Escola D 5 4 1
Escola E 4 2 2
Resultados e Discussões\ProfessoresRespostas
Fonte: o autor - Manaus/AM.
117
Gráfico: 09 - representativo de docentes pesquisados nas escolas a, b e c.
Quadro: 10 - com o resultado da pesquisa com docentes das escolas a, b e c.
Escolas PesquisadasQuantidade de AlunosExcelente Bom
Escola A 70 54 16
Escola B 76 60 16
Escola C 80 70 10
Resultados e Discussões\Alunos
Respostas
Fonte: o autor - Manaus/AM.
Entendemos que o ensimo é resultado de mudanças constantes e que se a
escola não acompanha essa evolução acaba por prejudicar todo um processo de
aprendizagem. Tal fato percebe-se quando alunos são questionados sobre
determinadas questões como política e meio ambiente. Como tais alunos estão
desatualizdaos devido o uso de livro antigos e métodos tradicionais e repetitivos de
ensino não conseguem reciocinar ou chegar a uma resposta plásível.
Em relação a segunda discussão observamos que os alunos participantes do
projeto tornaram-se sujeito mais ativos nas aulas, dando sugestões e interagindo.
Aproveitaram também para utilizar tal ferramenta com outras matérias. É notório
como o uso de novas tecnologias possibilita maior interação e participação em sala
118
de aula.
Com isso podemos afirmar ser possível trabalhar não só o meio ambiente em
ambiente virtual, como também é viável trabalhar as demais disciplinas através
dessa ferramente pedagógica.
Finalmente em relação ao terceiro estudo o qual trata sobre o uso de
ferramentas dinâmicas para construção de um ambiente de interação com
compartilhamento de conhecimentos ciêntificos percebemos que após a implantação
de tais ferramentas, houve maior diálogo entre professores e alunos, pois com tais
materiais retirados diretamente da rede mundial de computadores sobre o tema meio
ambiente os discentes ficaram mais seguros em questionar e apresentar idéias aos
docentes.
Tal situação , a de que os alunos sentem-se inseguros ao apresentar dúvidas,
é recorrente em nosso município já que por não apresentarem bom desempenho ou
pouco material sentem-se dimuidos ao buscar orientação pedagógica.
É fato como a dinâmica ensino aprendizagem ocorre sem um meio o qual
faça a intersecção entre os dois pólos quais sejam. Aluno e Professor( maiúsculo
intencional). Sem esse meio não há ensino e muito menos aprendizagem.
Aquelas escolas e ou faculdades mais desenvolvidas em relação à material
de estudo ou pesquisa são as mais bem posicionadas nos itens de avaliação.
14 CONCLUSÃO
A inserção de novas tecnologias no ambiente escolar – em específico as que
envolvem redes de computadores – apresenta-se como alternativa viável para
atender às necessidades da sociedade contemporânea exigindo novas formas de
ensino. Torna-se necessário repensar o processo pedagógico de ensino e
aprendizagem para que seja proporcionado ao estudante um ambiente mais
envolvente, no qual ele possa desenvolver suas habilidades cognitivas e aprender
de maneira diferente aquilo que é solicitado pela instituição educacional. A criação e
o uso de plataformas virtuais em sala de aula torna-se um grande atrativo para os
alunos aprenderem mais rápido e melhor já que os estudantes de hoje, a quem foi
destinado o Ambiente Virtual, podem ser caracterizados como sendo imagéticos,
agitados, questionadores, imediatistas, rápidos, apresentam destreza, ousadia e
119
agilidade, conseguem desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo, onde
desenvolvem aprendizagens significativas e novas maneiras de aprender,
característica de uma inteligência coletiva.
Isso demonstra a necessidade de implantação de projetos de incentivo ao uso
de recursos computacionais, assim como, a formação continuada de docentes no
uso das TICs como instrumentos para auxiliar as disciplinas de Ciências, conforme
foi desenvolvido pelo Curso de Especialização intitulado: “Uso de Novas Tecnologias
como Ferramentas Pedagógicas para o Ensino”.
A seguir, são apresentados as respostas para o cumprimento dos objetivos
estabelecidos nesta pesquisa. Com o resultado da pesquisa percebemos que a
utilização das multimidias em sala de aula, no contexto ambiental via plataforma
virtual, permite que os alunos tragam algo comum de seu mundo para escola, pois
nesse processo de aprendizagem o apredizado torna-se mais prazerozo e dinâmico
envolvendo uma maior participação dos atores. Com isso
é necessário o acompanhamento da educção em relação a essas mudanças
implementando novas tecnologias dentro do ambiente educacional.
Como resposta de se avaliar a possibilidade de trabalhar o meio ambiente no
contexto virtual chegamos a conclusão de que os alunos tornam-se mais ativos,
pois tudo que era visto de forma linear, agora passa a ser compreendido de maneira
virtual, interativa e dinâmica. Assim como o aproveitamento do tempo, pois sendo
mais otimizado permite aos alunos conhecimento prévio da lição por meio do
material fornecido com antecedência pelo professor no ambiente virtual. Com isso a
aula pode ser dedicada a aprofundar o tema e a desenvolver os assuntos mais
importantes.
As ferramentas de interação dos ambientes virtuais de aprendizagem são
importantes no processo da construção do conhecimento, uma vez que seu uso
possibilita a construção do ambiente de interação com compartilhamento de
conhecimentos científicos tornando o processo mais contextualizado, próximo à
vivência dos alunos. Fornece ainda um autoconhecimento da sua vida e do seu
‘mundo, promovendo assim o despertar como sujeitos críticos e participativos no
ensino. Entretanto a interação nos ambientes virtuais será intensificada, somente se
os professores e alunos utilizarem as ferramentas interativas síncronas e
assíncronas de forma significativa no processo educacional.
As contribuições das plataformas virtuais para o processo de ensino e
120
aprendizagem ocorrem por meio das ferramentas e dos materiais disponibilizados
aos estudantes nesse meio virtual, mostrando que existem outras possibilidades de
se entender um determinado conteúdo por meio do uso de recursos multimídias,
como áudio, vídeo e animações.
Os ganhos ao se utilizar tais recursos tecnológicos são inúmeros, pois estes
são reflexos dos atos inovadores de inserir os estudantes em um ambiente de
aprendizagem via plataforma virtual, no qual eles podem participar de discussões,
apresentar soluções para questões levantadas, obter materiais e informações
postadas pelo professor e colegas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, M (Org). O trabalho Docente: teoria & prática. São Paulo: Puioneira, 1999.
ANDRADE, P. F.; LIMA, M. C. M. A. Projeto EDUCOM. Brasília: Ministério da
Educação e Organização dos Estados Americanos, 1993.
ANDRADE, Ana Paula Rocha de. Uso das tecnologias na educação: computador
e internet. (monografia) Universidade Estadual de Goiás. Brasília, 2011.
ARROIO, Agnaldo, ET al. O show da Química: motivando o interesse científico.
Revista Química Nova. V.29, n.1, p. 173-178, 2006.
BARBOSA RI, Fearnside PM. Incêndios na Amazônia Brasileira: estimativa de
emissão de gases do efeito estufa pela queima de diferentes ecossistemas de
Roraima na passagem do evento "El Niño" (1997/98). Acta Amazônica
1999;29(4):513-534.
BASTOS, M. O. A informática a serviço da construção do conhecimento na
tarefa de docente. 2002. 194 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)
– Universidade Estadual de Santa Catarina, Florianópolis. 2002.
121
BASSI, Marcos Edgar; AGUIAR, Letícia Carneiro. Políticas Públicas e Formação
de Professores. Ijuí: Ed. Unijuí, 2019. 288p.
BECKER, B. K. Geopolítica da Amazônia. Estudos Avançados, São Paulo, v. 19,
n. 53, p. 71-86, 2005.
________. Reflexõ
BELLONI, M. L. O que é mídia-educação. 3 ed. Campinas: Autores Associados,
2009. 102 p.
BELLONI, M L. Educação à distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1998.
BRASIL. MEC. SEF. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, 1998.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Programa Piloto para a proteção
das florestas tropicais do Brasil - PPG7. Diagnóstico dos principais vetores,
dinâmica e tendências do desmatamento no estado de Rondônia. Gabriel de Lima
Ferreira - Produto 1 - Contrato nº2009/00325 - MMA/PNUD. Porto Velho, Rondônia:
MMA;2018.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Projeto de estimativa de
desflorestamento da Amazônia – PRODES. Disponível em:
http://www.obt.inpe.br/prodes. Acesso em: 12 jan. 2007
BORBA, Marcelo de Carvalho; PENTEADO, Miriam Godoy. Informática e
Educação Matemática. 3ª ed. Ed. Autêntica, Belo Horizonte, 2003.
CAPRA, F. A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas
vivos. Trad. Newton Roberval Eichemberg. 9. ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
CARDOSO, R. P. Um estudo exploratório sobre a utilização do ambiente de
modelagem computacional Wlinkit na introdução de gráficos lineares com
122
alunos da 7ª série do ensino fundamental. Dissertação (Mestrado) –
Departamento de Informática, Instituto de Matemática. Rio de Janeiro- RJ, 2004,
251p.
CARVALHO, G. A. de. Programa de Educação Ambiental a Campo para
Professores. 2001. 117f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção
Gestão da Qualidade Ambiental). Florianópolis, Santa Catarina, 2001.
CHALITA, Gabriel. Educação, a solução esta no afeto. São Paulo: Gente, 2001.
CHASSOT, Attico. Alfabetização cientifica: questões e desafios para a
educação. 3ª ed. Ed. Unijuí, Rio Grande do Sul, 2003.
CHAVES, E.O.C.; SETZER, V.W. O uso de computadores em escolas:
Fundamentos e críticas. Scipione, 1998. 5-67 p.
DANNEMAN, Ângela. Escolas subutilizam os computadores. O Liberal. Belém, 28
de dezembro de 2009. Caderno de Atualidades, cidades, p.4.
DIAS, G. F. Educação ambiental : princípios e práticas. 3. ed. São Paulo: Gaia,
1994.
EICHLER, Marcelo; PINO, José Cláudio Del. Computadores em educação
química: estrutura atômica e tabela periódica. Revista Química Nova, v. 23, nº 6,
p. 835-840, 2000.
ERICKSON, Thomas D. Working with interface metaphors. In: BRENDA LAUREL
(Ed.) The art of human-computer interface design. Menlo Park, CA, Addison-
Wesley, 1990.
FIGUEIREDO, A. M.; LOPES, M. L. B.; FILGUEIRAS, G. C. Extração de madeira e
agregação ao PIB da Região Amazônica. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento,
Belém, v. 1, n. 1, p. 83-93, jul./dez. 2005.
123
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia, Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra. RJ,
1996.
GARRIDO, Elsa. Sala de aula: Espaço de Construção do Conhecimento para o
aluno e de pesquisa e desenvolvimento profissional para o professor. In:
CASTRO, Amélia Domingues de; Carvalho, Anna Maria Pessoa de. (Org). Ensinar a
ensinar: Didática para a escola fundamental e médio. São Paulo: Pioneira,
Thomson Learning, 2002.
GIL, Antônio. Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: atlas, 1994.
GIRAFFA, L. M. M. Informática na educação: uma proposta para promover
mudanças. Curitiba: UFPR, 1993.
GREENFIELD, Patricia Marks. O desenvolvimento do raciocínio na era da
eletrônica. São Paulo, Summus, 1988.
HOMMA, A. K. O. Agricultura familiar na Amazônia: a modernização da
agricultura itinerante. In: SOUSA, I. S. F. (Ed.). Agricultura familiar na dinâmica da
pesquisa agropecuária. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. p. 33-60.
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA – INCRA.
Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária – SIPRA. Relatório:
0227 de 8 de maio de 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo
agropecuário 2006: resultados preliminares. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
JOBIM PFC, Nunes LN, Giugliani R, et al. Existe uma associação entre
mortalidade por câncer e uso de agrotóxicos? Uma contribuição ao debate.
Ciênc. Saúde Colet. 2010; 15(1):277-288.
KRISTOF, Ray e SATRAN, Amy. Interactivity by design. Moutain View, CA
124
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: Um novo ritmo da informação.
8. ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 15-25.
KOHLHEPP, G. Conflitos de interesse no ordenamento territorial da Amazônia
brasileira. Estudos Avançados, São Paulo, v. 16, n. 45, p. 37-61, 2002.
KURI, N. P. Ciclo de aprendizagem: uma estratégia para o planejamento do
ensino aprendizagem. /Trabalho digitado da disciplina SEP-5734 “Sistemas
Especialistas Tutores”, do programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
da Escola de engenharia de São Carlos, Universidade de são Paulo, 1998/.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da
informática. Rio de Janeiro, 34, 1993.
LIBÂNIO, Josè Carlos. Adeus Professor; Adeus Professora. Novas Exegências
Educacionais e a profissão Docente. São Paulo: Cortez, 1999, p.22
LIMA, Soraiba Miranda de. & REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues. O papel
da formação básica na aprendizagem profissional da docência (aprende-se a
ensinar no curso de formação básica?). In: MIKUZAMI, Maria da Graça Nicoletti &
REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues. Formação de professores: práticas
pedagógicas e a escola. São Carlos: EdUFSCar, 2002.
LOHN, J. I. A educação ambiental e os temas transversais. Disponível em:
<http://www.coracao.g12.br/provetinha/eatt.htm> Acesso em: 29/05/2005.
LOPES, Antônia Osimar. Aula expositiva: Superando o Tradicional. In: VEIGA,
Ilma P. A (Org). Técnicas de ensino: São Paulo: Papirus, 2008.
LOZZA, S. L. A internet como coadjuvante na construção do professor:
Superando a fragmentação do saber por meio da produção escrita. 2002. 118 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
125
KAMPFF, A. J. C; MACHADO, J. C.; CAVEDINI, P. Novas tecnologias e educação
matemática. In: X Workshop de Informática na Escola e XXIII Congresso da
Sociedade Brasileira de Computação, 2004, Bahia. Disponível em:
<http://www.seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/13703/16011>. Acesso em 06
de maio 2016.
MASSETO, Marcos Tarciso. Competência Pedagógica do Professor
Universitário. São Paulo: Summus, 2001.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Mapa de situação consolidada. Secretaria de
Educação à Distância. INEP 2007/SIGETEC/SEED 2008.Pará, p.91, 2010.
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem.
São Paulo, Cultrix, 1964.
MORAIS, C. S. L. “+Química Digital” Recursos digitais no ensino da química:
uma experiência no 7º ano de escolaridade. Dissertação (Mestrado) –
Departamento de Educação, Instituto de Ciências Exatas. Portugal, 2006.
MOREIRA, A. Didactique et Hypermédias in Situation de Resolution de
Probleme: principles de conception de didaticiels hypermédias. In: Actes des
Premiéres Journées Scientifiques Hypermédias d’Apprentissages. Châtenay-
Malabry, 1991, 7-15.
MORAN, J. M. As mídias na Educação. Texto do livro Desafios na Comunicação
Pessoal. 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 2007. p 162-167. Disponível em:
<http://www.eca.usp.br/moran/midias_educ.htm>. Acesso em 21/05/2013.
MORAN, J.M. A Educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá.
Campinas, SP: 2007.
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
126
NEPSTAD DC, Moreira AG, Alencar AA. Floresta em Chamas: Origens, Impactos
e Prevenção do Fogo na Amazônia. In: Ipam. Programa Piloto para Proteção das
Florestas Tropicais do Brasil. Ipam: Brasília; 1999.
NEPSTAD D, Capobianco JP, Barros AC, Carvalho G, Moutinho P, Lopes U,
Lefebvre P. Avança Brasil: os custos ambientais para a Amazônia. Belém:
Gráfica e Editora Alves; 2000.
NISKIER, Arnaldo. Tecnlogia Educacional uma visão política. Petrópolis: vozes,
1993.
PORTO, M. de F. M. M. Educação ambiental: conceitos básicos e instrumentos
de ação. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente; DESA/UFMG,
1996.
DEMO Pedro, Introdução a Metodologia da Ciência. São Paulo: Editora Atlas
S.A,1987
RAUPP, Danielle; SERRANO, Agostinho; MARTINS, Tales Leandro Costa. A
evolução da química computacional e sua contribuição para educação em
Química. Revista Liberato, Novo Hamburgo, v. 9, nº 12, p. 13-22, 2008.
REBELLO, F. K.; HOMMA, A. K. O. Uso da terra na Amazônia: uma proposta
para reduzir desmatamentos e queimadas. Ciência & Desenvolvimento, Belém, v.
1, n. 1, p. 199-236, jul./dez. 2005.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1995.
RHEINGOLD, Howard. What's the big deal about cyberspace? In: BRENDA
LAUREL (Ed.) The art of human-computer interface design.Menlo Park, CA,
Addison-Wesley, 1990.
RIBEIRO, Angela A.; GRECA, Ileana M. Simulações computacionais e
ferramentas de modelização em educação química: uma revisão da literatura.
127
Revista Química Nova, v. 26, nº 4, p. 542-549, 2003.
RIPPER, A. V. O preparo do professor para as novas tecnologias. In: OLIVEIRA,
Vera Barros (Org.). Informática em psicopedagogia. São Paulo: SENAC, 1996. p. 55-
83.
ROCHA, Sinara Socorro Duarte. Uso do computador na educação: a informática
educativa . Revista Espaço Acadêmico, nº 85, p. 01 – 06, 2008.
RODRIGUES, Carlos Rangel ET al. Ambiente Virtual: ainda uma proposta para o
ensino. Revista Ciência e Cognição, v. 13, nº 2, p. 71-83, 2008.
ROSENBORG, Victoria. Guia de multimídia. São Paulo, Berkeley, 1993.
SANDHOLTZ, J. H.; RINGSTAFF, C.; DWYER, D. C. Ensinando com tecnologia.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Santana VS, Moura MCP, Nogueira FF. Mortalidade por intoxicação ocupacional
relacionada a agrotóxicos, 2000-2009, Brasil. Rev. Saúde Pública. [internet]. 2013
[acesso em 2016 dez 12]; 47(3):598-606. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid =S0034-89102013000300598.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In:
FERRETI, C. J. et al. (org.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate
multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 151-168.
SCHLÜNZEN JUNIOR, Klaus e SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya. Educação
Superior: relação entre sociedade, educação e tecnologia. Disponível em:
http://www.fmvz.unesp.br/Eixos/Eixo_3/educacao_superior.pdf. Acesso em: 14 fev.
2007.
SCHUELTER, G. Capacitação de Professores em Educação Ambiental: Uma
Proposta Utilizando a Internet. 2001. 109 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
de Produção) – Universidade Estadual de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
128
SERRÃO, E. A. S.; FALESI, I. C.; VEIGA, J. B. da; TEIXEIRA NETO, J. F.
Produtividade de pastagens cultivadas em solos de baixa fertilidade das áreas
de floresta do trópico úmido brasileiro. Belém: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido, 1978. 73p.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Inclusão digital, software livre, e globalização
contra- hegemônica. Parcerias Estratégicas, nº 20, p. 421-446, 2005, Seminários
Temáticos para 3º Conferência Nacional C,T & I.
SOUZA A, Medeiros AR, Souza AC, et al. Avaliação do impacto da exposição a
agrotóxicos sobre a saúde de população rural: Vale do Taquari, Rio Grande do
Sul, Brasil. Ciênc. Saúde Colet. 2011; 16(8):3519- 3528.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas
pedagógicas para o professor da atualidade. 3. ed. atual. e ampl. São Paulo: Érica,
2001.
TWAY, Linda. Multimídia para novos usuários. Rio de Janeiro,Berkeley, 1993.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, Centro de Processo Seletivo.
Desempenho da prova de química na 1̊ Fase do Processo Seletivo Seriado
2004-2009. Belém - PA, 2009, 6 p.
VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento – Repensando a educação. São
Paulo: Unicamp, 1993, 12 p.
VALENTE, J. A. Os diferentes usos do computador na educação. In: VALENTE, J. A.
Computadores e conhecimento - repensando a Educação. Campinas: UNICAMP,
1993.
VAUGHAN, Tay. Multimedia: Makin it work. Berkeley, CA, Osborne, 1994.
VEIGA, Marise Schmidt. Computador e Educação? Uma ótima combinação. In:
129
BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco. Petrópolis, 2001. Disponível em:
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/inedu01.htm. Acesso em 28/03/06.
REFERÊNCIAS DOS SOFTWARES
ACD/ChemSketch. Disponível em:
http://www.acdlabs.com/download/chemsketch/download.html Acesso em: 26 de
setembro de 2009.
Atoms, Symbols end Equations v 4.0. Disponível em:
http://www.brothersoft.com/atoms-symbols-and-equations-download-21237.html
Acesso em: 08 de novembro de 2009.
BKchem. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/download/bkchem.htm Acesso
em: 25 de setembro de 2009.
Chemical Equation Expert v 2.11. Disponível em:
http://www.download3000.com/download-chemical-equation-expert-count-reg
11488.html Acesso em: 27 de setembro de 2009.
CHEMIX SCHOOL. Disponível em:
bhttp://www.freedownloadscenter.com/Business/Educational_Tools/CHEMIX_School
_Download.html Acesso em: 03 de outubro de 2009.
CHEMIX 2.0. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/download/chemix.htm
Acesso em: 03 de outubro de 2009.
Chem Lab v2.5. Disponível em:
http://www.baixaja.com.br/downloads/Windows/Education/Science/ChemLab_49800
_1.html Acesso em: 08 de novembro de 2009.
Chemistry Problems 1.0. Disponível em:http://micvac.dichi.unina.it/mvsite/eprobc.htm
Acesso em: 10 de novembro de 2009.
130
Convert. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/download/convert.htm Acesso
em: 16 de novembro de 2009.
Freshney.org Periodic Table. Disponível em: http://www.freshney.org/ Acesso em:
13 de junho de 2009.
FX ChemStruct 1. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/download/fx-
chemstruct.htm Acesso em: 17 de agosto de 2009.
H+ AcidBaseLab. Disponível em: http://chemometrix.ua.ac.be/dl/acidbase/#download
Acesso em: 12 de novembro de 2009.
IrYdium Chemistry Lab. Disponível em:
http://www.chemcollective.org/applets/vlab.php Acesso em: 08 de novembro de
2009.
Jogos Químicos. Disponível em:
http://www.mocho.pt/search/local.php?info=local/software/quimica/jquimicos.info
Acesso em: 01 de dezembro de 2004.
Le Chat 2.1 Disponível em:
http://nautilus.fis.uc.pt/wwwqui/equilibrio/port/eqq_lechat2.html Acesso em: 22 de
outubro de 2009.
Periodic Table Explorer 1.7B. Disponível em:
http://www.baixaki.com.br/download/periodic-table-classic.htm Acesso em: 05 de
junho de 2009.
Quip Tabela 4.0. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/busca/quiptabela.htm
Acesso em: 30 de junho de 2009
Sicyon Lite 4.5. Disponível em: http://www.brothersoft.com/sicyon-lite--calculator-
5884.html Acesso em: 16 de novembro de 2009.
131
Tabela Periódica Virtual. Disponível em: http://www.baixaki.com.br/download/tabela-
periodica-virtual.htm Acesso em: 13 de junho de 2009.
VR Molecules Pro. Disponível em:
http://benhur.teluq.uqam.ca/~mcouture/Fodar99/download_en.htm Acesso em: 19 de
agosto de 2009.
REFERÊNCIAS DAS AULAS ANIMADAS
Disponível em: www.labvirt.fe.usp.br Acesso em: 11 de janeiro de 2010.
Disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/45 Acesso em:
15 de janeiro de 2010.
132
APÊNDICES
APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO DA PESQUISA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
QUESTIONÁRIO PARA OS DOCENTES DE ENSINO MÉDIO
1) Nome?
2) Formação acadêmica?
3) Conte como iniciou sua carreira profissional?
4) Quais foram e ainda são suas maiores dificuldades na vida profissional?
5) Que tipo de atividade profissional você está desenvolvendo atualmente?
6) O que você faz para se qualificar profissionalmente?
7) De que forma você costura trabalhar em sala de aula a percepção ambiental com
seus alunos?
8) Como você utiliza as multimídias para trabalhar em sala de aula o contexto
ambiental?
9) Como você utiliza os ambientes virtuais no processo de ensino aprendizagem de
seus alunos?
10) Você costuma agregar em sua prática pedagógica, em sala de aula, o trabalho
com projetos?
Pesquisadora: Áureo de Arruda Alvarenga Júnior –
UFPA
Orientador: Profº. DR. Ricardo Jorge Amorim de Deus.
133
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E
NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
QUESTIONÁRIO PARA OS DISCENTES DE ENSINO MÉDIO
1. Nome?
2. Como você avalia como aluno o uso das multimídias em sala de aula por parte do
professor para o ensino de química no contexto ambiental?
3. Você acha interessante o professor utilizar em sala de aula plataforma virtuais,
para se trabalhar o conteúdo de química?
4. Na sua opinião o professor deve ministrar aulas que envolvam o uso de
metodologias diferenciadas como: ludicidade, motivação, aula expositiva
reelaborada, pesquisas mediadas com utilização dos aparelhos celulares e tabletes
em blogs, website, plataformas virtuais, aplicativos google play, jogos interativos,
aulas animadas, utilização de softwares educacionais?
5. Na sua opinião a utilização do computador em sala de aula pode ser um método
dinâmico, interativo e atrativo, que possa ajudar no ensino de química efetivamente
no processo de ensino-aprendizagem?
6. Na sua escola os professores costumam levar os alunos para o laboratório de
informática, frequentemente ou raramente?
7. Quanto o professor utiliza o uso das multimídias em sala de aula, fica mais fácil de
134
assimilar os conteúdos?
8. O professor nas aulas interativas costura utilizar o acesso de website, durante as
aulas de química?
Pesquisador: Áureo de Arruda Alvarenga Júnior –
UFPA
Orientador: Profº. DR. Ricardo Jorge Amorim de Deus.
135
APÊNDICE C- TCLE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
NOME: Áureo de Arruda Alvarenga Júnior
Você está sendo convidado para participar da pesquisa acerca da utilização
das multimídias para trabalhar em sala de aula o contexto ambiental? e sua
participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar
e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação
com o pesquisador ou com as instituições envolvidas neste projeto.
O objetivo dessa pesquisa é implantar uma proposta integrativa de práticas
docentes em ambiente virtual de aprendizagem colaborativo para realização de
atividades interativas e inovadoras ao processo educativo no contexto Ambiental,
incluindo vida cotidiana e sua transformação no procedimento metodológico para
sustentabilidade a partir de seus protagonistas: professores, estudantes e
comunidade numa dimensão sócio-ambiental; além de promover a inclusão digital
dos docentes e discentes no que se refere à adequação da prática pedagógica
voltada para aprendizagem de conhecimentos sistematizados.
A participação dos sujeitos nesta pesquisa consistirá em responder a um
questionário sobre práticas docentes no contexto ambiental via plataforma virtual.
Os riscos relacionados com a participação dos sujeitos serão mínimos, pois tanto
nos questionários quanto no mapa mental o nome do aluno será preservado. Quanto
à aplicação do questionário e tratamento dos dados, as informações pessoais não
serão divulgadas em hipótese alguma.
As informações obtidas por meio desta pesquisa serão confidenciais e
assegura-se o sigilo sobre a sua participação e do público escolhido pela
pesquisadora. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua
136
identificação, pois serão tratados estatisticamente em conjunto sem que ocorra a
identificação dos entrevistados em todas as etapas do trabalho. Os questionários
ficarão sobre a guarda da pesquisador, que se compromete a armazená-las em local
seguro sem que haja possibilidade de vazamento de dados.Você receberá uma
cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço institucional do pesquisador
principal e do CEP, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação,
agora ou a qualquer momento.
Áureo de Arruda Alvarenga Júnior - UFPA/PA Endereço do Pesquisador: Rua Jataí
nº 554 – Vila Paulista – Redenção/PA
Endereço do CEP: Campus Guamá – Rua Augusto Corrêa, n.1 – Complexo de sala
de aula do CCS – sala 13 – 20 andar. Caixa Postal: 66.055.240. Belém/PA
Telefone da pesquisador: (92) 98202-7609
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na
pesquisa e concordo em participar.
Sujeito da pesquisa