SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 e assim a aventura teve início, uma aventura digna dos filmes de...

8
60 anos do SESC Setembro de 2006 Ano 4 nº 37 1946 2006

Transcript of SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 e assim a aventura teve início, uma aventura digna dos filmes de...

SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 1

6 0 a n o s d o S E S C S e t e m b r o d e 2 0 0 6 A n o 4 n º 3 7 1 9 4 6 2 0 0 6

2 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

Carta ao leitor

CINEMA EM DUAS RODASPor Jaime Ariston (1941-2003)

Minha estória começa em 1973, quando passei a fazer parte do quadrode servidores do SESC-DN. Minha tarefa, à época, era pesquisar locais onde aentidade poderia se instalar e para isso fiz muitas viagens pelo Brasil. Nessas“andanças” me encantei pelo Acre, por seu povo e sua cultura. Quando oSESC iniciou suas atividades neste Estado, não pensei duas vezes e me can-didatei ao cargo de primeiro Diretor do SESC Acre com a importante missãode implantar a Delegacia Regional. Para minha alegria, o pedido foi aceito.

Logo no início da minha gestão, identifiquei a falta de acesso à culturaem muitas comunidades acreanas. Tive, então, a idéia de levar o cinema atéeles e assim a aventura teve início, uma aventura digna dos filmes de IndianaJones! Eu ia de jipe até um trecho da estrada onde era possível chegar decarro. Ali me encontrava com um menino da comunidade que vinha debicicleta e que me levava, sentado na garupa com o projetor, até o centrocomunitário. Lá, cerca de 300 pessoas me esperavam ansiosamente. Estendiaum lençol e projetava filmes como Vidas Secas e Noites de Espantalho. Vocêsnão imaginam a minha emoção ao ver um homenzarrão que, tendo suaprimeira experiência com cinema, se levanta da cadeira e torce pelo mocinhocomo uma criança.

Percebendo o sucesso da empreitada, enviei um ofício ao DN pedindoum projetor 16 mm. Infelizmente o parecer foi negativo, pois gostariam queeu priorizasse outras áreas. Algum tempo depois recebi novo parecer, dessavez elogiando meu trabalho em cinema e dizendo que em vez de um, eureceberia dois projetores!! De cara, achei que fosse gozação, uma brincadeirade algum amigo, mas depois olhei bem e vi que as assinaturas conferiam e, foientão que notei um anexo com a cópia de matéria de um jornal de São Paulo.Nela os jornalistas, ao fazerem uma reportagem sobre a extração das serin-gueiras, ficaram sabendo do trabalho do SESC junto aos índios da comu-nidade e o citaram na matéria como exemplo de iniciativa social de sucesso.

Foi assim que uma idéia, que começou na comunidade de Palhoça,ganhou corpo e se estendeu para outras oito comunidades afastadas dacapital.

* Esta estória foi extraída de depoimento de Jaime Ariston ao ProjetoMemória do Departamento Nacional.

AO PIONEIRISMO, O RECONHECIMENTO DE TODOS“O homem de negócios veio, afinal, colocar-se dentro da engre-

nagem social no posto que lhe compete, e onde realmente presta osmais relevantes serviços ao desenvolvimento do País e ao aumentoda riqueza nacional (...) Alheios às competições de partidos, degrupos ou de pessoas, situamo-nos numa posição desapaixonada,em que podemos dedicar aos problemas nacionais estudos práticos,realistas, orientados exclusivamente para o bem comum.”

Os trechos do discurso de João Daudt d’Oliveira, ao tomar possecomo primeiro Presidente da CNC, em 10 de janeiro de 1946, anteci-pavam o 13 de setembro do mesmo ano, data do decreto presidencialque reconheceu o Serviço Social do Comércio – SESC.

Seu elevado espírito público e sua sensibilidade social já sehaviam revelado para todo o País ao organizar, como Presidente daAssociação Comercial do Rio de Janeiro, a I Conferência das ClassesProdutoras do Brasil – I Conclap. Instalada em 1º de maio de 1945,na cidade fluminense de Teresópolis, a Conferência discutiu eaprovou os principais pontos que iriam gerar a Carta da Paz Social,documento inspirador da criação do SESC. João Daudt, comoprimeiro dirigente do SESC, lançou as bases da Entidade e deixouuma herança até hoje cultivada por seus sucessores. Em 1949, depoisde uma cruzada convocatória do empresariado que percorreu todo oPaís, realizou em Araxá, MG, o II Conclap. Ao lado dos contem-porâneos Roberto Simonsen, Euvaldo Lodi e Brasilio Machado Neto,João Daudt d’Oliveira foi protagonista de um dos mais importantesmomentos da intervenção empresarial na história recente do Brasil.Ao pioneiro, o reconhecimento de seus pósteros.

Antonio Oliveira SantosPresidente da CNC

Expediente Jornal SESC Brasil

Estórias do SESC

“DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO DO SESC. I - INTRODUÇÃO”

“O SESC foi criado em 13 de setembro de 1946 como resultado da ação de empresários eorganizações sindicais, sob o comando de João Daudt d’Oliveira. Nasceu a Entidade com oobjetivo de atender às necessidades sociais urgentes dos trabalhadores no comércio,procurando enfrentar seus problemas, reduzir ou aliviar suas dificuldades maiores e (criarcondições de seu progresso) .Ao reconhecer os problemas sociais como de massa e de estrutura, o idealizador do SESCdefinia a ação do serviço social como instrumento não apenas de alívio de situaçõesindividuais desfavoráveis, mas também de transformação e progresso social.”

Ilustr

ação

: Jul

io Ca

rval

ho

Antonio Oliveira SantosPresidente do

Conselho NacionalMaron Emile Abi-Abib

Diretor Geral

Coordenação editorialSESC-DN / Assessoria de Divulgação e PromoçãoJornal SESC Brasil é editado pela Print Comunicação - Fotos - Banco de Imagem SESC NacionalJornalista responsável - Janice Caetano - MTB 13124JPProjeto Gráfico - Roma Design / Romildo Castro Gomes - Edição de Arte: Valeria Gropillo

2 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 3

A história de umempreendedor

GENTE SESC

João Daudt d’Oliveira

Foi presidente da Associação

Comercial do Rio de Janeiro, da

Confederação Nacional do

Comércio e 1º dirigente do SESC

história do gaúcho João Daudtd’Oliveira está intimamente ligadaao desenvolvimento econômico doPaís. Foi o idealizador da instituição

que é hoje uma das mais importantes do Brasile teve papel de destaque no cenário político esocial brasileiro.

Nascido no dia 3 de abril de 1886 em SãoLeopoldo (RS), João Daudt perdeu o pai muito cedo.Iniciou seus estudos no Rio Grande do Sul. Em 1903foi para o Rio de Janeiro, Distrito Federal na época, ematriculou-se na Escola Militar da Praia Vermelha.Freqüentou o curso por apenas um ano e foi expulsodo Exército por haver participado da Revolta daVacina, chefiada pelo general Sivestre Travassos e pelosenador Lauro Sodré contra o governo de RodriguesAlves. Depois da expulsão, voltou para o Rio Grandedo Sul e ingressou na Faculdade de Direito de PortoAlegre, onde foi colega de Getúlio Vargas.

Começou a trabalhar como caixeiro naCompanhia de Gás e ao diplomar-se, em 1910, já eradiretor da empresa. Exerceu a advocacia por trêsanos, mas mudou de área. Em 1916 voltou ao Riopara montar com o tio e o irmão o laboratórioDaudt, Oliveira & Cia, onde lançou campanhasinéditas na propaganda e anunciou com sucessoremédios populares, como o xarope Bromil e oregulador da saúde da mulher, entre outros.

João Daudt ainda participou, em 1922, domovimento de Reação Republicana na região Sul afavor da candidatura de Nilo Peçanha à Presidênciada República. Seu envolvimento com a política fezcom se tornasse o intermediário entre Minas Gerais

e Rio Grande do Sul nas reuniões para formação daAliança Liberal e posteriormente para a candidaturade Vargas à sucessão de Washington Luís.

Atuação na Associação Comercial -Atuação na Associação Comercial -Atuação na Associação Comercial -Atuação na Associação Comercial -Atuação na Associação Comercial - Após aRevolução de 1930, João Daudt ingressou na diretoriada Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), daqual seria presidente de 1942 a 1951. Foi responsávelpela criação do Departamento Cultural e do Institutode Economia da ACRJ, além de ter desenvolvido osprimeiros cursos técnicos da associação. Em 1942,tornou-se membro do Conselho Nacional de Trabalho(CNT), e no mesmo ano acabou escolhido membro doconselho consultivo da Coordenação da MobilizaçãoEconômica, criada com objetivo de orientar aeconomia de guerra.

Pouco tempo depois, presidiu uma delegação daACRJ à International Business Conference, realizadaem Rye, também nos Estados Unidos, comrepresentantes de 52 nações. Na ocasião, atuoucomo intérprete dos países em desenvolvimento, edefendeu a tese da função social do capital. Foinomeado membro do Conselho Nacional de PolíticaIndustrial e Comercial (1945-1946), quandopresidiu a I Conferência das Classes Produtoras(Conclap), onde elaborou-se a Carta da Paz Social.Em 1946, João Daudt elegeu-se presidente darecém-criada Confederação Nacional do Comércio(CNC), cuja atuação tornou-se tão marcante quantosua vida pública até aquele momento. Uma das açõesmais importantes de seu mandato foi justamente acriação do SESC e do Senac.

Presidiu também as Câmaras de ComércioEstrangeiras no Brasil e o Conselho Interamericano

de Comércio e Produção. Embora afastado dospostos de direção das entidades de classe pormotivos de saúde, ele ainda desempenhou funções,como de conselheiro do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico (BNDE), em 1952.Publicou, além de vários discursos e conferênciassobre assuntos econômicos, o livro Itinerário paraAraxá – discursos através do Brasil (1950).João Daudt faleceu em 1965, no Rio de Janeiro. Oarquivo sobre sua vida encontra-se no Centrode Pesquisa e Documentação de HistóriaContemporânea do Brasil, da FundaçãoGetúlio Vargas.

AA

4 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

60 ANOS DE HISTÓRIAE REALIZAÇÕES

e primeiro presidente do ConselhoNacional do SESC, presidiu a Con-ferência, que originou a Carta Econômicade Teresópolis e a Carta da Paz Social.Esta última, segundo o próprio JoãoDaudt, “é um documento altamenteexpressivo do espírito de solidariedade edo realismo amadurecido dos homensde empresa brasileiros desta geração. De-verá contribuir para harmonizar e pacifi-car o capital e o trabalho em nosso Paísem um plano superior de entendimentorecíproco. Com ela, nos apresentamosante os empregados, convidando-os afundar, sobre base sólida, uma políticade mútua compreensão e de respeitorecíproco”.

E assim foi feito. Em 13 de setembrode 1946 o Decreto-Lei nº 9853 atribuiu àConfederação Nacional do Comércio atarefa de organizar a nova instituição,cujo objetivo é promover o bem-estarsocial dos comerciários e de suas famíliase o aperfeiçoamento moral e cívico dacoletividade.

Nos anos seguintes surgiram osDepartamentos Regionais e as DelegaciasRegionais do SESC pelo País. Em 1946,Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro (naépoca Distrito Federal) e São Paulo inicia-vam suas atividades. Um ano depois, foia vez dos Estados da Bahia, Espírito San-to, Maranhão, Pará, Paraíba e Pernam-buco inaugurarem seus respectivos De-

Reportagem de capa

19451945Acima, Biblioteca, 1956. Ao lado, Programa SESCVeraneio no Rio Grande do Sul

Começa um novo tempo de paz, parao mundo, com o fim da 2ª grande guerra.No Brasil, e em especial no Rio de Janei-ro, a cidade serrana de Teresópolis teste-munhava o nascimento do que seria oSESC. Reunidos na Conferência das Clas-se Produtoras, Conclap, em maio de1945, representantes do comércio deba-teram a necessidade de criar um efi-ciente programa de assistência ao traba-lhador brasileiro.

João Daudt d’Oliveira, Presidenteda Confederação Nacional do Comércio

4 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 5

partamentos Regionais. Em 1948, Ala-goas, Amazonas, Ceará, Goiás, MatoGrosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí,Santa Catarina e Sergipe iniciaram suasatividades, e no ano seguinte o do RioGrande do Norte. O DepartamentoRegional do Distrito Federal e do MatoGrosso do Sul foram implementados em1980, Rondô-nia em 1993, e Acre,Roraima e Tocantins em 1998.

Atendimentos - A atuação do SESCcomeçou por áreas prioritárias para oBrasil na época, como assistência social eserviços médicos. O panorama sanitáriobrasileiro era dos piores e o índice demortalidade infantil e de gestantes,muito alto. A instituição envolveu-se emcampanhas de saúde, como prevençãoe tratamento da tuberculose, proteçãoà maternidade e à infância e luta contrasífilis e doenças venéreas. Paraleloa isso, oferecia serviços de clínica geral,odontologia, enfermagem, análisesclínicas e Raio X.

Com este foco, alguns estadoscomeçaram a trabalhar ainda na décadade 40. O SESC Minas Gerais construiuum sanatório com 600 leitos para trata-mento da tuberculose; Niterói ganhou amaternidade Imaculada Conceição; o Riode Janeiro, a maternidade Carmela Dutra;e o Rio Grande do Sul inaugurou oServiço de Tisiologia, um dos mais com-pletos e eficientes do Brasil na época.

No final dos anos 40 e durante a déca-da de 50, especificamente em 1951, foirealizada a 1ª Convenção Nacional deTécnicos, quando começaram a ser elabo-radas as diretrizes que foram se adequan-do e atualizando a missão e os objetivosdo SESC. Nessa época, o SESC decidiudirecionar esforços para a educaçãosocial e a prática do Serviço Social deGrupo, além do desenvolvimento de umplano de Colônias de Férias, inaugurandounidades específicas por todo o País. Aprimeira – a Colônia de Férias RuyFonseca – começou a funcionar em1948, em Bertioga (SP), seguida dePetrópolis (RJ), Ceará (em Iparana) eGaranhuns (PE). Rio Grande do Sul,Paraná, assim como outros Regionais,

adotaram modalidades chamadas deVeraneios Coletivos, alugando hotéis parahospedar os comerciários.

Também na década de 50 começaramos primeiros cursos de valorização sociale as atividades culturais, principalmenteatravés de bibliotecas e de recreação. Nosanos 60, época conturbada no Brasil, foirealizada uma avaliação geral da atuaçãodo SESC (1969) com a realização da2ª Convenção Nacional de Técnicos,quando foram definidas as bases paralançar as Diretrizes Gerais de Ação, queentraram em vigor em 1973. Na décadade 70, o SESC investiu forte na área es-portiva, com a construção de ginásiosesportivos em quase todos os estados.

Os anos 80 foram intensos, com acriação de projetos nacionais, como asFeiras de Livros, o ArteSESC, o Brincan-do nas Férias e o SESCiência, entre ou-tros. Durante os anos 90 foram lançadosnacionalmente o OdontoSESC e o SESCLER. A partir daí, a atuação só se expan-diu e novos projetos concretizaram ocrescimento da instituição. O viés ecoló-gico também ganhou força a partir doProjeto Pantanal e de outros de cunhosocial amplo. Como demonstração daplena participação para minimizar asquestões maiores do País, projetos comoMESA BRASIL SESC, BiblioSESC,SESC LER e Segundo Tempo são exem-plos de sua atuação para melhoria dacomunidade onde se insere.

Este é o SESC. Ontem e hojecontribuindo para melhorar a vida demuitos brasileiros, e já com o pensa-mento no futuro.

Dados atualizados sobreUnidades Operacionaise instalações do SESCno período 2005/2006

* (ginásios, quadras polivalentes, parques aquáticos,

salas de ginástica, musculação e campo de futebol)

** (com 4.672 UH e mais de 15 mil leitos)

Atendimentoem saúde foiuma dasprimeirasações do SESC

Centros Educacionais - SESC Ler 57

Salas de Cursos 1.003

Salas de Educação Infantil 501

Centros de Atividades 219

Unidades de Hospedagem 43

Balneários, Centros Campestres

e de Veraneio 13

Estâncias Ecológicas 2

Gabinetes Odontológicos 900

Consultórios Médicos 175

Restaurantes 139

Lanchonetes 210

Teatros, Cinemas, Auditórios

e Centros culturais 357

Bibliotecas (adulto e infantil) 242

Salas de Exposição 20

Espaços Esportivos * 1.309

Praças e Parques Infantis 188

Piscinas (adulto e infantil) 305

Unidades Móveis OdontoSESC 50

Programas MESA BRASIL 59

Colônias de Férias ** 42

Centros de Ação Social 205

6 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

CONCORRA A UMA ESTADA NO SESC BERTIOGA(SP), com direito a acompanhante, incluindo viagemaérea e traslado. Preencha o cupom e envie até 29 de

setembro, para a “Promoção SESC Bertioga” - Av. Ayrton Senna,5.555, bl L, sala 301, Jacarepaguá, RJ - CEP: 22775-004.Se preferir, pode enviar por fax (21) 2136-5470 ou [email protected] .A participação é exclusiva para funcionários do SESC.

As “Diretrizes Gerais de Ação do SESC” definem,na sua Introdução, a ação do serviço social. Para responder, comprecisão, à pergunta abaixo, recomenda-se a leitura do textotranscrito na página 2 desta edição.

Além do alívio de situações individuais desfavoráveis, queAlém do alívio de situações individuais desfavoráveis, queAlém do alívio de situações individuais desfavoráveis, queAlém do alívio de situações individuais desfavoráveis, queAlém do alívio de situações individuais desfavoráveis, queoutros objetivos gerais João Daut d’Oliveira – o idealizador dooutros objetivos gerais João Daut d’Oliveira – o idealizador dooutros objetivos gerais João Daut d’Oliveira – o idealizador dooutros objetivos gerais João Daut d’Oliveira – o idealizador dooutros objetivos gerais João Daut d’Oliveira – o idealizador doSESC – identificava na ação do serviço social?SESC – identificava na ação do serviço social?SESC – identificava na ação do serviço social?SESC – identificava na ação do serviço social?SESC – identificava na ação do serviço social?

transformação e progresso social

o esporte e o lazer

o turismo social e a cultura

Nome: ..................................................................................

...............................................................................................Estado: .................................................................................

Setor: ...................................................................................Cargo/função: ......................................................................

Endereço residencial: .........................................................................................................................................................

Telefone: ..............................................................................E-mail: ..................................................................................

m 1948 entrou em fun-

cionamento a primeira Co-

lônia de Férias do SESC. A

Colônia Ruy da Fonseca,

em Bertioga, São Paulo, dava início a

uma atuação que hoje é um dos

símbolos de sucesso da instituição

em todo o País: o turismo social.

Assim como em diversas outras

áreas, o SESC inovou ao desenvolver

um programa voltado para toda a

população, democratizando o tipo de

lazer no País. E foi pioneiro nova-

mente em 2003, quando lançou o

Guia SESC Brasil, o único no gênero

a ser publicado por uma instituição

como o SESC.

A enquete desta edição especial

convida o leitor a conhecer Bertioga

– que foi destino da promoção em

2004 – e um pouco mais da história

do SESC. Bertioga é um dos

santuários ecológicos brasileiros,

com 33km de praias muito procura-

das pelos turistas. Entre as atrações

naturais estão trilhas, cachoeiras,

manguezais, rios e uma diversificada

fauna e flora. O lugar também é

conhecido por preservar a mais anti-

ga fortaleza brasileira, o Forte de São

João, principal patrimônio histórico

da cidade e um dos maiores do País.

A Colônia de Férias hoje

possui 11 conjuntos de apartamentos

e 50 casas, com capacidade para

receber mil hóspedes. As reservas

para o fim de semana dependem da

disponibilidade do calendário e

podem ser solicitadas através do

telefone (11) 3054-9000, do fax

(11) 3885-5854 ou do e-mail

<[email protected]>.

PIONEIRISMO DO SESC EM TURISMO SOCIAL

VENCEDORA DA ENQUETE

Minha opinião

SESC Bertioga ontem e hoje

NA MINHA OPINIÃO

EE

O vencedor da enquete para o SESC Praia, no Piauí, foi Frederico Celso P. Branco, dentista do SESCOdontologia, no SESC Paraná. A promoção contou com a participação de 699 pessoas e a respostacorreta era: o comerciário de menor renda e seus dependentes.

6 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 7

Em um cenário com inúmeras crises

institucionais, o SESC permaneceu imune,

sempre fiel a sua missão, incansável,

de fortalecer presença em todo o País.

Entrevista Maron Emile Abi-Abib

”AOS 60 ANOS, VIVEMOSNOSSA FASE MAISEFERVESCENTE E CRIATIVA”

é criá-lo. Estou confiante de que as admi-nistrações futuras montarão diretrizespara os próximos 11 qüinquênios que sesucederão ao nosso 2006-2010. Certa-mente, novas metas-desafio serão estabe-lecidas e superadas, como superaremos ade 2010. O objetivo é um salto de quali-dade em serviços, além do incremento edas melhorias, perseguidos constante-mente. Esse salto se dará através deotimização dos recursos, parcerias, con-vênios e patrocínios, modernização admi-nistrativa, desenvolvimento técnico e,principalmente, educação corporativa.Todas as manhãs, quando chego aoescritório, tenho o prazer de contemplaruma parte do futuro que construímoshoje em resposta ao novo desafio da edu-cação nacional – um ensino médio dequalidade. Uma escola em tempo inte-gral, com sólida formação humanística edomínio dos recursos científicos etecnológicos, que vai proporcionar aosalunos uma educação de excelência paraingressá-los no ensino superior e, tam-bém, garantir-lhes o exercício profissionalem uma sociedade global. Uma escolaque configure um novo padrão de educa-ção para o País.

SESC hoje e ontem. Nesta entre-vista concedida ao Jornal SESCBrasil, o Diretor Geral do SESC,

Maron Emile Abi-Abib, faz um balan-ço das últimas seis décadas e previsãode como será o SESC no futuro.

nosso próprio caráter organizacional.Em um cenário com inúmeras crisesinstitucionais, onde várias organizaçõesperderam credibilidade, o SESC permane-ceu imune, sempre fiel a sua missão,incansável, o que fortalece sua presençaem todo o País. A comprovação está nacrescente parceria do governo federalcom a entidade, baseada na experiênciano campo social, que a tornou modelopara a nação.

Como o senhor explica a seqüência de adminis-trações bem-sucedidas?

A resposta a esta pergunta está contidanas nossas “Diretrizes Gerais de Ação”,quando definem que, em função de suaadministração pelo empresariado docomércio de bens e serviços, o SESC cul-tiva valores maiores que orientam a açãocomo o estímulo ao exercício da cidada-nia, o amor à liberdade e à democracia.

É possível imaginar o SESC dos próximos60 anos?

Em recente “Carta ao Leitor”, aqui noSESC Brasil, tive oportunidade de citar aafirmativa do “guru” Peter Drucker deque a melhor maneira de prever o futuro

Seria possível resumir, em poucas palavras,como se passaram esses 60 anos?

Desde sua “gestação” em 1945 naConferência de Teresópolis – consolidadana Carta da Paz Social de 1946 – até orecente lançamento do MESA BRASILSESC, dois temas foram dominantes navida da instituição: transformação epioneirismo. O trabalho social comidosos, perfeita simbiose das duas verten-tes, mereceu, inclusive, reconhecimentointernacional. Poderia citar, também, oturismo social, presente desde sempre,em quase todos os DepartamentosRegionais. Outro bom exemploé o SESC Pantanal. Poucas organizaçõespodem apresentar um projeto com as suascaracterísticas – a maior Reserva Particu-lar (RPPN) do País e que, paralelamenteaos esforços de preservação e experimen-tação científica, transforma a vida dascomunidades no seu entorno. É sempreválido relembrar nosso fundador, JoãoDaudt d’Oliveira, quando definia que aação do serviço social não deveria selimitar a aliviar situações individuaisdesfavoráveis, mas ser, também, um ins-trumento de transformação e progressosocial. E o SESC nunca perdeu essaperspectiva nos últimos 60 anos.

Qual seria a sua avaliação do SESC hoje?Costumo dizer que, aos 60 anos,

vivemos nossa fase mais efervescente ecriativa, em relação à atuação na socieda-de e em relação a nossa personalidadeinstitucional. Enfrentamos as exigênciasde reorganização e reinventando o

SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006 7

OO

8 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006

Anúncio publicado em “SESCem Revista”, ano I, nº1, 1951

8 SESC BRASIL / SETEMBRO DE 2006