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SESSÃO TÉCNICA I 1 dE juNhO dE 2017
Manoel Neves tem mais de 32 anos de experiência em consultoria de
negócios e projetos de engenharia nas áreas de celulose e papel, fertili-
zantes, mineração, energia renovável e produtos de madeira. Sua exper-
tise se estende a estratégias de negócios, oportunidades de mercado e
estudos de engenharia conceitual no Brasil e em
alguns países sul-americanos.
O cOnSumO de papel SanitáriO fOi SuperiOr a cincO pOntOS acima dO piB em 2016
MANOEl NEvES Gerente de eStudOS ecOnômicOS pöyry tecnOlOGia ltda, BraSil
SESSÃO PRINCIPAl dE PAlESTRA
BRAZILIAN TISSUE MARKET AND ITS TRENDS TISSUE WORLD SÃO PAULO CONFERENCES
Manoel Neves [email protected]
1 June 2017
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CONTENT
1. Introdução
2. Caracterização de Produtos Tissue no Mercado Brasileiro
3. Análise de Oferta
4. Previsão de Oferta
5. Demanda histórica
6. Tendências de Demanda
7. Comércio Exterior (importações / Exportações)
8. Saldo Oferta / Demanda
9. Evolução de Preços
10.Aspectos Logísticos
11.Conclusões e Recomendações
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1- INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
A Apresentação engloba:
– Análise da oferta atual no Brasil;
– Evolução da demanda no mercado brasileiro – por tipo de papel
Tissue;
– Tendências da Demanda – próximos 10 anos.
Serão analisados os seguintes tipos de papéis Tissue:
– Folha Simples de Alta – Folha Dupla;
– Toalhas / Guardanapos – Lenços de Papel.
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Esta apresentação analisa o mercado brasileiro de papéis tissue, suas tendências e
oportunidades.
2 - CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS TISSUE
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PRINCIPAIS USOS
Os principais segmentos, conforme o uso final para os papéis tissue, são:
Papel Higiênico
Guardanapos
Lenços e Lenços Faciais
Outros:
– Papel Toalha Multiuso (cozinha)
– Toalhas de Mão
– Limpeza Industrial
Segmentação de mercado
Doméstico
Institucional (Away-from Home)
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O papel higiênico ambientalmente amigável também pode ser não branqueado, pois reduz a poluição dos cursos d'água e é mais seguro, devido à redução do uso dos produtos químicos. Pode utilizar tanto as fibras recicladas ou celulose de florestas plantadas e geridas de forma responsável.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PAPÉIS TISSUE
Em geral, é um papel de baixa gramatura (15 a 40 g/m2). Os principais atributos para o
mercado são a qualidade e o preço. Gramaturas acima de 40 g/m2 já não são
oferecidas no mercado.
São muitas as possibilidades de variação dos fatores técnicos que podem diferenciar os
produtos: tamanho, bulk (espessura da folha), flexibilidade, aspereza, maciez,
fragrância, resíduos químicos, toque aos dedos, resistência e absorção de água.
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Disponível em vários tipos de acabamento, com uma ampla variedade de cores,
decorações e texturas. A Marca é relevante na decisão do cliente.
A composição do papel tissue no Brasil varia muito, dependendo principalmente da região e da empresa produtora. As principais matérias-primas utilizadas para a produção são a celulose kraft (fibra curta e fibra longa) de mercado e o papel reciclado.
A celulose fibra curta branqueada de eucalipto (BHKP) vem crescendo em importância, porque traz suavidade ao produto.
A celulose BHKP irá manter sua posição de destaque no papel tissue devido ao seu desenvolvimento tecnológico que garante qualidade no produto final e produtividade na máquina de papel. A celulose fibra virgem possibilita produzir o papel tissue em alta velocidade com baixo índice de quebras / paradas.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PAPEL HIGIÊNICO
Normalmente são vendidos em rolos empacotados em “cubos”, compostos por vários rolos.
O principal canal de venda são os supermercados, mas podem ser encontrados em farmácias, “atacarejos”, lojas de conveniência, padarias e lojas de vizinhança em geral.
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A qualidade do Papel Higiênico é geralmente determinada pelo número de folhas e
maciez.
São classificados como:
– Folha Tripla
– Folha Dupla
– Folha Simples:
– Folha Simples de Alta Qualidade (FSAQ)
– Folha Simples de Boa Qualidade (FSBQ)
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GUARDANAPO
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO LENÇO FACIAL
O Lenço Facial é macio, absorvente e descartável sendo adequado para uso no rosto.
– Normalmente vendidos em caixas ou em pequenos envelopes de filme plástico.
– As embalagens são concebidas para facilitar a retirada das folhas uma a uma.
– Encontrado em supermercados e drogarias.
– Os principais usos são:
– Lenço;
– Maquiagem;
– Limpeza do nariz;
– Limpeza geral do carro;
– Limpeza facial.
Guardanapo: É um retângulo de papel usado nas mesas de refeição.
– Normalmente vendidos em envelopes de filme plástico.
– Encontrado em supermercados.
– Normalmente é pequeno e dobrado.
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TOALHAS MULTIUSO (COZINHA) E TOALHA DE MÃO
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As Toalhas de Multiuso e as Toalhas de Mão podem ser em formato de rolos
ou interfolhadas (com dobras de forma que uma puxa a outra), podendo
variar a cor, embossing / gofragem (gravação em relevo), número de folhas.
Quando em rolos, são mais largas que os papéis higiênicos, com uma largura
próxima a 20 cm, podendo variar segundo a marca ou tipo do produto.
Normalmente são encontrados no varejo em embalagens com 2 rolos de 60
toalhas.
As toalhas Multiuso são mais utilizada em cozinhas e quando vendidas para o
consumidor final, apresentam embossing e desenho. Há uma grande
variedade em termos de qualidade, sendo que existem modelos laváveis,
com duração prolongada.
Os rolos são picotados em folhas destacáveis que podem variar de 19 a 30
cm. A gramatura média é de 20 a 25 g/m2, sendo que as Toalhas Multiuso
(cozinha) tem folha dupla.
As Toalhas de Mão também são muito utilizadas no mercado institucional,
apresentando uma vasta gama de aplicações. Estão presentes tanto na
limpeza de áreas fabris, como na produção de alimentos, restaurantes,
clínicas, hospitais e limpeza em geral.
No mercado institucional são oferecidos rolos que normalmente são de 20 x
200 cm. Os rolos grandes normalmente tem folha simples, papel liso, sem
embossing e sem decoração.
A variedade de aplicações exige produtos diversos, tanto na qualidade do
papel, na coloração, bem como no tamanho dos rolos ou pacotes.
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BOBINAS JUMBO
A bobina Jumbo é um grande rolo de papel a ser utilizado em operações de
conversão, não tendo aplicação para o consumidor final.
Tem como objetivo reduzir o custo de movimentação, armazenamento e
transporte, aumentando a eficiência na ocupação de carga entre o local de
produção e o local da conversão.
Bobinas Jumbo também permitem a produção de marcas regionais, formatos
e embalagens, mais próximo da área de distribuição.
As bobinas Jumbo podem variar o diâmetro, a largura e peso, dependendo
das especificações técnicas das máquinas.
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3 – MERCADO BRASILEIRO DE PAPÉIS TISSUE
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3.1 - ANÁLISE DA OFERTA
• Evolução da Oferta • Principais Competidores • Principais Planos de Expansão
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MAIORES PRODUTORES DE PAPÉIS TISSUE NO BRASIL - 2016
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0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Mili S.A.
Santher
CMPC
Sepac
Kimberly-Clark
CVG Group
Carta Fabril
Indaial
Facepa
Cia. Canoinhas
Samtai Group
Copapa
CBP
Manikraft
Ondunorte
Outros
SP
SC
PR
RS
GO
BA
RJ
PB
MG
AM
PE
SE
MA
CE
No Brasil, os 10 maiores produtores representam 55% da capacidade instalada e os
15 maiores produtores do Brasil representam 63% da capacidade total. Este fato
demonstra não haver uma grande concentração no mercado, como ocorre em
outros países da América Latina e do mundo.
Capacidade em 000 t/a
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O MERCADO BRASILEIRO DE PAPÉIS TISSUE
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O mercado brasileiro de papéis tissue ainda é muito fragmentado.
0 50 100 150 200 250
Mili
Santher
CMPC
Sepac
K-C
CVG Group
Carta Fabril
Indaial
Facepa
Canoinhas
Outros
Maiores Produtores Brasileiros de Tissue - 2016
Capacidade Ton / ano
15%
15%
10%
10%
9%
7%
6%
4%
4%
3%
16%
O Brasil apresenta um perfil diferente
em relação aos principais países
produtores mundiais.
A produção brasileira de papéis tissue
vem se concentrando um pouco nos
últimos anos, mas ainda é bastante
fragmentada. São cerca de 80
produtores em todo o Brasil com um
total de 116 MP´s instaladas.
Os cinco maiores produtores são
responsáveis por 59% da produção
total. Cerca de cinquenta pequenos
produtores são responsáveis por 16%
da produção brasileira de papéis
tissue.
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MAIORES PRODUTORES DE PAPÉIS TISSUE NO BRASIL
A Santher em 2007 assumiu a liderança na participação do mercado de papéis Tissue no Brasil. No
entanto, no ano de 2015 estava na segunda posição atrás da Mili (em capacidade instalada).
A Melhoramentos estava perdendo mercado até ser adquirida pela CMPC.
Investimentos recentes da Mili, CMPC-Melhoramentos e Sepac levaram a Kimberly Clark para a
quinta posição no mercado brasileiro em termos de capacidade.
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O mercado brasileiro é dividido por cerca de 80 competidores.
Fonte: Pöyry 1,7 milhões tons
Capacidade Instalada de Papéis Para Fins Sanitários
por empresa - 2016
Mili S.A. 11%
Santher 10%
CMPC 8%
Sepac 7%
Kimberly-Clark 7% CVG Group
6%
Carta Fabril 5%
Outros 46%
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NOVOS FORMATOS
Foram apresentados ao mercado novos formatos que buscam otimizar a logística: o
Dualette Duo (inclui rolo dentro do tubete,) e o Compacto (tubete comprimido).
No exterior, a tendência é a eliminação do tubete, reduzindo o consumo do papel
cartão.
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Aumenta 18% a cubagem* Aumenta 13% a cubagem*
* Cubagem é a relação entre peso e volume da mercadoria a ser transportada. Em toda carga que ocupa grande espaço
físico como isopor, embalagens vazias, papel higiênico e outras é feito o cálculo da cubagem para se obter o peso
proporcional. Aumento de cubagem significa transporte de mais mercadoria no mesmo espaço.
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0 200 400 600 800
SP
SC
PR
RS
GO
BA
RJ
PB
MG
AM
PE
SE
MA
CE
- Capacidade em 000 t/a -
ESTADOS PRODUTORES DE PAPÉIS TISSUE NO BRASIL
São Paulo é o estado com a maior
produção, representando 38% de toda a
capacidade instalada.
O Espírito Santo, que não tem produção,
Minas Gerais e Rio de Janeiro,
representam apenas 6% de toda a
capacidade instalada.
As regiões Norte (2%) e Nordeste (8%)
representam apenas 10% da capacidade
instalada.
A região Centro Oeste representa cerca
de 3% da capacidade instalada no Brasil.
Ocorre clara defasagem entre oferta e
demanda em alguns estados da região
sudeste e principalmente na região
nordeste. Esta diferença é analisada no
capítulo referente à demanda.
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São Paulo, Santa Catarina e Paraná representam 76% da capacidade instalada.
Fonte: Pöyry
1,7 milhões de t/a (2016)
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ESTRUTURA DA INDÚSTRIA - 2016
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A grande maioria dos fabricantes de Papel Tissue no Brasil tem apenas uma máquina de até 25.000 t/a.
Existem 4 máquinas com capacidade instalada acima de 50.000 t/a e 5 sites com capacidade instalada acima de
100.000 t/a.
Capacidade* por Site
0 200 400 600 800
101-500
51-100
26-50
0-25
Capacidade 000 t/a
(Nu. Sites) Fonte: Pöyry
Capacidade* por Máquina
0 200 400 600 800
101-500
51-100
26-50
15-25
0-15
Capacidade 000 t/a
(Nu. Máquinas)
49
18
4
41
13
7
5
*Metodologia de Cálculo de Capacidade:
A estimativa de capacidade tem como referência a capacidade nominal das máquinas considerando a operação em 3 turnos em todo o período, descontadas os períodos estimados para manutenção obrigatória.
Pequenas máquinas com baixa produtividade normalmente operam em tempo parcial (1 turno e no máximo dois turnos) com constantes paradas para manutenção. Esta variação de capacidade não é passível de estimativa.
A capacidade instalada também inclui máquinas que eventualmente estejam desativadas e em condições de serem reativadas. Há no Brasil uma quantidade muito grande de máquinas antigas e de baixa produtividade, passíveis de serem desativadas por apresentar baixa viabilidade operacional e que não mantem uma produção constante.
42
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ESTRUTURA DA INDÚSTRIA - 2016
Atualmente, as máquinas de papel Tissue instaladas no Brasil são relativamente pequenas (<25.000
t/a), havendo apenas 4 máquinas acima de 50.000 t/a, outras 67 com capacidade entre 15.000 e
50.000 t/a e 42 máquinas com capacidade abaixo de 15.000 t/a.
Principalmente neste universo de pequenas MP´s abaixo de 15.000 t/a a ocupação da capacidade é
significativamente menor do que o “design capacity”.
Em um ambiente concorrencial de grande competição e baixa concentração, apenas 5 produtores
têm site com capacidade total acima de 50.000 t/a (Entre eles: Santher, Kimberly-Clark, Mili,
CMPC/Melhoramentos e Sepac).
A maioria das novas máquinas tem capacidade igual ou inferior a 20.000 t/a e apenas a CMPC em
Caieiras (SP) instalou uma máquina de maior porte (60.000 t/a) da Voith.
A Santher (30.000 t/a) instalou a primeira máquina de Tissue da Metso no Brasil.
A região Nordeste tem uma capacidade de produção menor que a demanda regional.
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O MERCADO BRASILEIRO DE PAPEL TISSUE
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
e
2017
e
2018
e
Projetos Planejados
Capacidade
Produção
Demanda
milhão t/a
Entre 2008-2014 novos aumentos de capacidade tiveram que ser feitos para atender o grande crescimento do consumo no período.
Em 2014 foram feitos novos investimentos em 300 mil t adicionais e em 2015 apenas 57 mil t. Em 2016 não foram adicionadas novas máquinas.
A produção dos papéis tissue nos últimos 5 anos foi próxima ao consumo aparente. As exportações e importações não são representativas em relação ao consumo total. Embora pequena, nota-se em 2016 um aumento nas exportações.
Nova capacidade anunciada pela Suzano (120 mil t/ano) está prevista para 2017 e 2018.
000 t 2000 2015 2016e
Crescimento
Médio
(%a.a.)
Produção 596 1.114 1.142 4,15%
Importação 4 4 4 0,00%
Exportação 23 19 28 1,24%
Consumo Aparente 577 1.099 1.118 4,22%
(kg/capita) 3,4 5,4 5,4
A evolução do mercado brasileiro de papel tissue mostra que a taxa de ocupação da capacidade
é historicamente entre 70 a 80% e os acréscimos de capacidade, cerca de 60 mil ton/a,
normalmente são implementados com mais de uma máquina pequena ou reformas. No período
2000 a 2016 o consumo aparente cresceu 4,22%a.a.
Fonte: Bracelpa/IBÁ – Análise Pöyry
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192146
137
61
803
771
209
639
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Consumo de Papel
Tissue (000 t)
Capacidade (000 t)
Sul
Sudeste
Centro-Oeste
Norte e Nordeste
%
14%
10%
16%
60%
Estado PIB per capita 2014 (R$)**
Consumo per capita (kg/hab
– 2016E)
Estimativa de consumo 2016
(000 t)
Estimativa de
consumo (%)
Norte 17.879 3,5 60 4%
Nordeste 14.879 2,4 132 10%
Centro-Oeste 35.653 9,1 137 10%
Sudeste 37.298 9,4 803 60%
Sul 32.687 7,2 209 16%
Brasil 28.500 6,6* 1.341
Estimativa de consumo por região - 2016
As regiões Sul e Sudeste já possuem
capacidade instalada para atender à
demanda nos próximos 6 anos, sendo
que as oportunidades para novas
capacidades deverão buscar atender o
crescimento das demandas das regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Em termos de produção regional, a capacidade de produção nas regiões Sudeste e Sul do Brasil
é maior que o consumo regional. Na região Nordeste o consumo é maior que a capacidade
instalada.
*Considerando mercado estimado pela Pöyry
** Dados mais recentes disponibilizados pelo IBGE
O MERCADO BRASILEIRO DE PAPEL TISSUE POR REGIÃO
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-40 -20 0 20 40 60 80
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016e
tons
Importação
Exportação
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
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As Exportações e Importações brasileiras são pequenas frente à produção total e são destinadas principalmente para os países vizinhos na América do Sul. O total importado pelo Brasil em 2015 foi de 4 mil t e foram exportadas 28 mil t. Em 2016 houve um aumento da exportação devido à desvalorização do real e às dificuldades de aumento da demanda no mercado interno, mas o volume envolvido no comércio internacional continuará pouco representativo em relação ao mercado local.
Fonte: Bracelpa/IBÁ /
Pöyry
3.2 - ANÁLISE DA DEMANDA BRASIL (2016-2025)
• Evolução do Consumo • Tendências da Demanda • Estimativas / Projeção para os Mercados
Regionais (N, NE e CO)
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CRESCIMENTO HISTÓRICO DO CONSUMO DE PAPÉIS PARA FINS
SANITÁRIOS
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-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
Lo
ng
o P
razo
Var. Produção Papéis Fins Sanitários Var. PIB Real
A variação do consumo de papéis Tissue tem forte correlação com os níveis de renda e os padrões de higiene da sociedade. Vários esforços têm sido direcionados para o setor de saúde e saneamento no Brasil, esperando que no longo prazo estes fatores tenham um impacto positivo sobre o consumo de papéis Tissue que deverá crescer 1% acima do crescimento do PIB. Estima-se um crescimento consistente de 3,7% a.a. do mercado de Tissue no Brasil para os próximos anos. Previsão de crescimento do PIB de 2,7% (média histórica 20 anos antes de 2005 – Período de baixo crescimento) + 1% decorrente da melhoria das condições de vida da população.
Tendência Tendência
A experiência internacional é
que no longo prazo os países
que aumentam a renda tem
um crescimento no consumo
de papéis tissue acima da
variação do crescimento
econômico e da taxa de
natalidade, consequentemente
acima do PIB per capita.
O consumidor não fica restrito
apenas em gastos com a
alimentação básica e bens de
sobrevivência. Este
crescimento tende a equalizar
os consumos per capita dos
países emergentes com os
países maduros.
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888 mil t
(2015)
Higiênico
F.S.A.Q.
40%
Folha
Dupla
41%
Higiênico
F.S.B.Q.
19%
CONSUMO BRASILEIRO DE PAPÉIS TISSUE SEGUNDO O USO
1 JUNE 2017 BRAZILIAN TISSUE MARKET AND ITS TRENDS 27
O Papel Higiênico representa cerca de 74% do total do consumo brasileiro de
Papéis Tissue. Os tipos Folha Simples de Boa e Alta Qualidade representam 59% do
mercado de Papéis Higiênicos, com tendência de crescimento da participação dos
papéis de Folha Dupla.
1.210 mil t em 2016
Papel
Higiênico
74%
Lenços
0,3%Toalha
Multiuso
6%
Guardanapos
4%
Toalhas de
Mão
16%
Fonte: Iba / Pöyry
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HISTÓRICO DO CONSUMO BRASILEIRO DE PAPÉIS TISSUE
Os produtos de maior valor agregado,
tais como Toalhas de Mão e Multiuso
tiveram um crescimento maior do que
o crescimento do consumo de Papel
Higiênico.
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O crescimento do papel higiênico foi de 4,8% a.a. entre 2000 a 2016.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
e
Mil tons
Papel Higiênico
Toalhas de Mão e Multiuso
Guardanapos
Lenços
000 tons 2000 2015 2016e
Crescimento
Médio /a
2000-2016
(%)
Papel Higiênico
Guardanapos
Lenços
Toalha (Mão e Multiuso)
458
20
2
96
886
38
3
279
913
44
3
260
4,4%
4,9%
3,1%
6,4%
Total 577 1.210 1.221 4,8%
Fonte: Iba / Pöyry
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EVOLUÇÃO DO MIX DE PRODUTOS
Em 2010 a participação no mercado brasileiro de papéis folha dupla era de
apenas 24% e em 2016 está próxima a 41%.
Entre 2010 a 2016 as vendas de papel das chamadas linhas “Premium”
cresceram 16% a.a., contra um pequeno aumento de 1% do folha simples. Já
há oferta de produtos com folha tripla.
1 JUNE 2017 BRAZILIAN TISSUE MARKET AND ITS TRENDS 29
A queda das vendas do papel de folha simples e o crescimento da folha dupla é
uma tendência mundial, acentuada no Brasil devido à maior mobilidade social.
Evolução do tipo segundo a qualidade
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
2010 2016e
Folha Simples
Folha Dupla
000 tons
1%a.a.
16%.a.a
24%
41%
59%
76%
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TENDÊNCIAS DA DEMANDA
Fatores relevantes para a demanda de papel Tissue:
– Crescimento populacional;
– Crescimento econômico;
– Urbanização;
– Estrutura etária da população;
– Estilo de vida e padrão de consumo;
– Aumento dos padrões de higiene.
A situação política e econômica do Brasil deve ter um impacto positivo sobre
o crescimento no médio e longo prazo deste mercado.
Como já afirmado, o crescimento da demanda por papéis tissue no Brasil
deve se situar 1 a 2 pontos percentuais acima do crescimento futuro do PIB
brasileiro.
1 JUNE 2017 BRAZILIAN TISSUE MARKET AND ITS TRENDS 30
O consumo per capita de papel Tissue no Brasil ainda é pequeno se comparado com outros países, mesmo em relação aos países da América do Sul. A tendência é positiva para os próximos anos.
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Com base nas estatísticas oficiais, principalmente nos dados informados
pelos produtores brasileiros de papel Tissue à Ibá e na estimativa de
crescimento da população brasileira feita pelo IBGE, é possível a Ibá calcular
o crescimento do consumo per capita que em 2005 era de 3,9 Kg per capita e
atingiu 5,4 Kg per capita em 2015.
Este crescimento é compatível com o processo de urbanização e com o
aumento do padrão de consumo da população brasileira, já comentados
anteriormente. O decréscimo do consumo em 2015 ocorreu devido ao
momento econômico desfavorável. A previsão é que em 2016 ocorra um
pequeno crescimento em relação a 2015, mas ainda não retornando ao
volume consumido em 2014.
Consumo Aparente de Papéis Tissue no Brasil (2005 a 2016)
Brasil 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016e
Produção 778 787 812 850 868 905 961 1.030 1.086 1.118 1.114 1.142
Importação 11 15 18 12 11 10 9 11 11 11 4 4
Exportação 59 38 14 12 10 12 8 9 11 8 19 28
Net Trade 48 23 -4 0 -1 2 -1 -2 0 -3 15 24
Consumo Aparente 730 764 816 850 869 903 962 1.032 1.086 1.121 1.099 1.118
(kg/Capita) 3,9 4,1 4,3 4,4 4,5 4,6 4,9 5,2 5,4 5,5 5,4 5,4
CONSUMO APARENTE DE PAPÉIS TISSUE NO BRASIL
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Fonte: Pöyry / Bracelpa/IBÁ / IBGE
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POPULAÇÃO URBANA OU RURAL POR PAÍS
O fator população urbana / rural tem impacto na relação de consumo, principalmente no aumento do consumo de produtos de maior valor agregado como toalhas de cozinha / uso geral, guardanapos, lenços, etc.
O mercado de papel higiênico também é afetado positivamente pelo aumento do consumo da população, alterando o perfil do consumidor que passa a exigir produtos de melhor qualidade.
O fator população urbana / rural deve ser analisado em conjunto com outros fatores, principalmente os relacionados com: – disponibilidade de renda;
– hábitos de consumo;
– disponibilidade de oferta do produto no mercado.
O consumo per capita de papel tissue do México é maior que o Brasil, mesmo que o México tenha proporcionalmente uma população rural maior que a do Brasil. É importante incorporar outros fatores nesta análise, tais como: – a renda per capita do México é maior que a do Brasil;
– a proximidade do mercado norte americano tem influência nos hábitos de consumo e estimula a compra de papéis tissue;
– a oferta de papel tissue é estimulada pela produção local com máquinas de alta capacidade e maior concorrência com os produtores americanos.
A Pöyry estima que o consumo per capita no Brasil seja 6,6 Kg/capita, superior aos 5,4 Kg/capita apresentados nos dados informados pela Ibá, de forma que haja maior correlação entre o Kg/capita e o PIB/capita do Brasil com outros países da América Latina, como Chile e México.
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CONSUMO PER CAPITA DE PAPÉIS TISSUE
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O consumo de papéis Tissue per capita tem forte correlação com os níveis de renda. O México e o Chile têm o maior consumo per capita da América Latina. O Brasil teve um grande crescimento entre 2005 e 2015. Também é possível identificar que os dados brasileiros publicados sobre o consumo de papéis tissue, quando comparados com outros países, parecem ser menores que o esperado. Os estados brasileiros estudados têm o consumo per capita de papel Tissue (estimado pela Pöyry) compatível com os padrões de urbanização e renda dos países mais desenvolvidos da América Latina.
Kg/capita (2015)
0
2,5
5
7,5
10
12,5
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000
- PIB per capita em USD - purchasing power parity -
Paraguai
Nota: o tamanho de cada círculo é proporcional ao consumo em toneladas
Chile
Argentina
México
Brasil (2005)
México
Fonte: Cicepla, Worldbank, CEPAL, IBGE
Sul
Sudeste
Nordeste
Brasil (2015)
Centro Oeste
Norte
(2005)
Chile
Argentina
Paraguai
2005
2015
2015 Regional Brasil
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A expectativa é que no longo prazo, os países na América Latina, inclusive o Brasil,
tenham um crescimento no consumo per capita de papéis Tissue, devido à
melhorias nas condições de higiene e saúde e na renda.
CONSUMO PER CAPITA DE PAPEL SANITÁRIO
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24
17 16
11
8 8 7
5 5 4
0,1 0
5
10
15
20
25
kg\hab\ano
Fonte:
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ESTIMATIVA DE DEMANDA
A Pöyry estima que exista um mercado ampliado em algo entre 10% e 20% da
produção brasileira de papéis Tissue, formado por empresas que não constam das
estatísticas divulgadas pela IBÁ. Estima-se, portanto, que o consumo aparente em
2016 foi de 1.341 mil ton. Recente relatório preparado pela Anguti, ampliando a base de
empresas consultadas pela IBÁ, estima que ao menos 10% do volume produzido não
era considerado na amostra utilizada anteriormente.
Na análise da Pöyry foram comparados: o crescimento econômico, dados de população
e PIB per capita de cada uma das regiões brasileiras, estimando-se assim um consumo
per capita para cada uma destas regiões compatível com a nova estimativa de
consumo aparente.
A expectativa é que o consumo de papel Tissue no Brasil permaneça praticamente
estável entre 2015 a 2017, mesmo com a queda ocorrida no PIB, mas volte a crescer
entre 30.000 t/a e 40.000 t/a no período de 2018 a 2020, considerando a taxa de
crescimento de 3,7%a.a., 1% acima da expectativa de crescimento do PIB que é 2,7%
a.a.
As vendas domésticas em 2016 cresceram 1,3%, segundo os dados divulgados pela
IBÁ.
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ESTIMATIVA DE DEMANDA
Após 2018 o Brasil deverá notar melhorias e uma certa estabilização do cenário
econômico, com alguns períodos de crescimento, mas entre 2018 – 2020 ainda será
um período de recuperação, com crescimento abaixo do esperado no longo prazo.
Em 2020 há expectativa de que ocorra a retomada do crescimento econômico a níveis
ao menos próximos à média histórica dos últimos 20 anos (2,7%a.a.), projetando-se um
mercado que possibilite em média uma nova máquina de 60.000 t a cada ano, para
atender a este crescimento de demanda, abrindo espaço para instalação de máquinas
maiores e mais competitivas.
O anúncio da Suzano para a instalação de duas máquinas integradas de Papel Tissue
deverá trazer para este mercado forte pressão de competitividade de custo, reduzindo a
viabilidade econômica de pequenas máquinas e abrindo espaço para renovação das
máquinas a partir de capacidades mínimas de 60.000 t/a.
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4 - CONSIDERAÇÕES SOBRE PREÇOS
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EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DE PAPÉIS HIGIÊNICOS PARA O
CONSUMIDOR
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No longo prazo o preço do papel Tissue segue a variação da inflação ao consumidor, embora o
custo de produção seja pressionado pelo aumento das matérias primas e energia.
Segundo dados do IBGE, o preço médio do papel higiênico registrou alta de 9,5% entre janeiro
2012 a agosto de 2013, apresentando um longo período de aumento do custo acima do IPCA,
tendo retornado à média próxima da inflação após abril de 2013.
Entre abril de 2014 a agosto de 2014 também houve recuperação dos preços, retornando à
correção próxima da inflação no final de 2014.
Em 2016 o preço do papel Higiênico subiu acima da inflação, refletindo em parte a desvalorização
cambial que afeta diretamente o valor da matéria prima, tanto a celulose como as aparas.
Fonte: IBGE / Pöyry
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17
IPCA
Papel Higiênico (naamostra do IPCA)
Dez 2012 = 1
Va
r.%
5 - CONCLUSÕES E OPORTUNIDADES
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TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES PARA O NEGÓCIO PAPÉIS
TISSUE NO BRASIL - CONCLUSÃO
Atualmente, as máquinas de papel Tissue instaladas no Brasil são
relativamente pequenas (<25.000 t/a), havendo apenas 1 máquina acima de
50.000 t/a e outras doze com capacidade entre 25.000 e 50.000 t/a.
Em um ambiente concorrencial de grande competição e baixa concentração,
apenas 5 produtores têm capacidade total acima de 50.000 t/a (Santher,
Kimberly-Clark, Mili, CMPC/Melhoramentos e Sepac).
A produção está concentrada no Sul e Sudeste do Brasil, principalmente nos
estados de São Paulo, Santa Cataria e Paraná, somando 73% da capacidade
instalada.
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CONCLUSÕES
Tanto no curto como no longo prazo, existe uma tendência de crescimento, de
papéis tissue no mercado doméstico, estando longe de se tornar um mercado
saturado.
O crescimento anual da demanda entre 2000 e 2016 foi de 4,2% a.a.(Papel
Higiênico 4,9% a.a.) indicando a necessidade de crescer a capacidade em ao
menos 40.000 - 60.000 toneladas por ano no Brasil.
A região Sudeste consumiu em 2016 cerca de 60% do total brasileiro e
estima-se que este crescimento deverá permanecer para os próximos anos.
Parte deste acréscimo da demanda deverá ser atendido pela capacidade já
existente, principalmente se as demandas das regiões Centro-Oeste, Norte e
Nordeste passarem a ser atendidas por novas plantas instaladas mais
próximas destas regiões consumidoras.
A urbanização forte e mudanças dos hábitos de consumo da população,
principalmente nos estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil
permitem estimar para esta região um crescimento superior à média total do
Brasil (5 a 6%).
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CONCLUSÕES
Em período onde o Brasil volte a apresentar um cenário econômico positivo,
com maior mobilidade social, as perspectivas são de um crescimento de pelo
menos 4,5%/a até 2025 para o mercado doméstico de papéis tissue.
Oportunidades e Tendências:
– Novos mercados com crescimento de renda superior ao crescimento médio
brasileiro, principalmente nos estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
– Integração maior com Fábricas de Celulose – principalmente aquelas com maior
idade técnica e bem localizadas geograficamente em relação aos principais
mercados.
– Maior segmentação desse mercado – novos produtos para maior valor agregado e
novos produtos “Populares”.
– Novo Mix para alguns tipos de papéis Tissue – Fibra virgem (Curta e Longa) e
aparas.
– Oportunidade potencial para exportação (?). Mercado América do Sul e África (?).
Jumbo rolls.
– Maiores oportunidades para convertedores regionais e Marcas Próprias.
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