Sete passos metodológicos para a educação profissional

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SENAC RS Curso de Especialização em Docência para Educação Profissional Luís Fernando Biondo Sete passos metodológicos para a educação profissional Porto Alegre 2013

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  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

    EDUCAO A DISTNCIA SENAC RS

    Curso de Especializao em Docncia para Educao Profissional

    Lus Fernando Biondo

    Sete passos metodolgicos para a educao profissional

    Porto Alegre

    2013

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    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

    EDUCAO A DISTNCIA SENAC RS

    Curso de Especializao em Docncia para Educao Profissional

    Lus Fernando Biondo

    Sete passos metodolgicos para a educao profissional

    Trabalho de concluso de curso apresentado como requisito para obteno de titulo de Especialista em Docncia para Educao Profissional.

    Orientador: Aline Azeredo Bizello

    Porto Alegre

    2013

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    Lus Fernando Biondo

    Sete passos metodolgicos para a educao profissional

    Trabalho de concluso de curso apresentado como requisito para obteno de titulo de Especialista em Docncia para Educao Profissional. Orientador: Aline Azeredo Bizello

    Aprovado pela banca examinadora em Dezembro de 2013

    _____________________________________________________

    Professora Mestre Aline Azeredo Bizello

    _____________________________________________________________

    Professora Mestre Carmen ngela Straliotto de Andrade

    _____________________________________________________________

    Professora Doutora Marcia Paul Waquil.

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente e acima de tudo a Deus, tambm aos familiares pelo

    apoio, aos colegas do curso pela parceria, aos professores e tutores do Senac RS

    em especial aos do polo de Passo Fundo RS, pelo emprstimo de suas

    sabedorias.

    Por fim, quela a que tudo se resume, Ana Paula, meu amor, minha noiva

    e futura esposa, obrigado por me dar uma vida plena, por ser minha melhor amiga,

    minha companheira, pela pacincia e incentivo nas noites de trabalho, estudos, TCC

    e PCCs, sem voc no teria o menor sentido isso tudo.

  • 4

    RESUMO

    O presente trabalho, requisito para concluso do curso de Especializao em

    Docncia para a Educao Profissional, visa demonstrar como foram aplicadas

    metodologias voltadas para e educao por competncias, focando no aluno, nas

    suas experincias e instigando-o a formar seu prprio conhecimento. Inicialmente foi

    discutido teoricamente o conceito de educao por competncia, bem como um

    entendimento mais aprofundado sobre a metodologia dos sete passos,

    principalmente os atos de planejamento, mediao e avaliao. Para tanto foi

    estudado, compreendido e posto em prtica, na forma de laboratrios, a metodologia

    dos sete passos, mtodo este proposto pelo curso de Especializao em Docncia

    para a Educao Profissional que engloba planejamento e mediao,

    contextualizao e mobilizao, definio e organizao, coordenao e

    acompanhamento, anlise e avaliao, acesso a outras referncias e por fim sntese

    e aplicao de uma situao de aprendizagem em cada laboratrio, o que torna este

    trabalho uma pesquisa-ao, pois houve estudos tericos, pesquisas e planejamento

    de aes que postas em prtica atravs dos laboratrios. Conclui-se com o presente

    estudo, que uma metodologia bem planejada tem papel fundamental na

    aprendizagem do aluno, bem como facilita a conduo e acompanhamento dos

    alunos pelo professor.

    Palavras-chave: Educao Profissional. Computao. Desenvolvimento de

    Competncias. Planejamento. Sete Passos Metodolgicos.

  • 5

    ABSTRACT

    This work requirement for graduation specialization in Teaching for Vocational

    Education, aims to demonstrate how methodologies focused on education and skills

    were applied by focusing on the student, in their experiences and urging him to form

    his own knowledge. Initially it was theoretically discussed the concept of education

    for competence as well as a deeper understanding of the methodology of the seven

    steps, especially the acts of planning, mediation and assessment. Therefore, we

    studied , understood and put into practice in the form of laboratories , the

    methodology of the seven steps , the method proposed by the Specialization Course

    in Teaching for Vocational Education which encompasses planning and mediation ,

    and mobilization contextualization , definition and organization, coordination and

    monitoring , evaluation and assessment , referrals and access to the other end by

    synthesis and application of a learning situation in each laboratory , which makes this

    work an action research because there were theoretical studies, research and

    planning of actions implemented through the laboratories . It concludes with the

    present study that a well-planned methodology has key role in student learning , and

    facilitates the conduct and monitoring of students by the teacher.

    Keywords: Professional Education. Competency Development. Planning. Computing.

    Seven steps leading Methodological.

  • 6

    SUMARIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................................... 7

    2. REFERENCIAL TEORICO ..................................................................................................................... 9

    2.1. Metodologia dos sete passos .................................................................................................. 9

    2.2. Educao por competncias ................................................................................................. 14

    2.3. Planejamento, mediao e avaliao .................................................................................... 18

    3. AS LIES DA EXPERINCIA VIVIDA ................................................................................................24

    3.1. Laboratrio 1 ......................................................................................................................... 25

    3.2. Laboratrio 2 ......................................................................................................................... 26

    3.3. Laboratrio 3 ......................................................................................................................... 28

    3.4. Laboratrio 4 ......................................................................................................................... 30

    4. CONSIDERAES FINAIS .................................................................................................................32

    REFERNCIAS ..........................................................................................................................................35

    ANEXOS ..................................................................................................................................................37

    (ANEXO A).......................................................................................................................................... 37

    (ANEXO B) .......................................................................................................................................... 41

    (ANEXO C) .......................................................................................................................................... 49

  • 7

    1. INTRODUO

    O meu interesse pela rea da educao se deu em meados de 2006,

    quando tive a oportunidade de ministrar aulas em um curso ps mdio Tcnico em

    Informtica no municpio de Ipiranga do Sul - RS pela antiga Escola Agrotcnica

    Federal de Serto, hoje Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio

    Grande do Sul - Cmpus Serto. Nesta poca estava recm-formado no curso de

    bacharelado em informtica, trabalhava praticamente oito anos em uma

    cooperativa de credito onde exerci varias funes principalmente administrativas e

    de processamento de dados.

    Esta oportunidade foi um grande desafio, pois alm de formao tcnica

    minhas experincias profissionais estavam totalmente deslocadas a este, mas o

    aceitei, as experincias adquiridas, os conhecimentos trocados foram excelentes e

    sem querer estava dando os primeiros passos na educao profissional, e como

    professor. Passaram-se alguns anos, mudanas na instituio responsvel pelo

    curso e em meu, na poca, atual trabalho me deixaram afastado da docncia, mas

    com um desejo de me voltar para esta rea totalmente diferente do que estava

    acostumado, at que em 2009 essa oportunidade reapareceu novamente no

    SENAC-Passo Fundo RS, onde, como pessoa fsica, comecei a ministrar aulas

    para o Curso de Montagem e Manuteno de Computadores. Ministrei algumas

    turmas e em 2010 fui convidado a entrar definitivamente para o time, foi quando

    pedi demisso do meu antigo emprego e resolvi no deixar a oportunidade passar.

    No SENAC atuei e atuo como docente nos cursos de Aprendizagem

    Comercial, cursos de informtica bsica, operador de computadores, melhor idade,

    excel, manuteno e atualmente mais focado nas matrias tcnica do curso Tcnico

    em informtica. Acabei descobrindo um novo objetivo, levar educao,

    conhecimento e experincias para os outros. Ainda em 2010 esta instituio nos

    prestigiou com um curso de Especializao em Docncia para Educao

    Profissional, oportunidade perfeita para adquirir a bagagem terica que faltava e que

    agregada s experincias vividas faz a diferena aos nossos educandos.

    Durante o curso foi elaborado o Plano de Trabalho Docente e aplicado

    durante quatro laboratrios, de 20 horas cada, nos curso de Montagem e

  • 8

    Manuteno de Computadores, onde podemos avaliar nossa ao docente,

    buscando acertos ou erros com o objetivo de melhora-los, mudando se necessrio,

    aperfeioando e at mesmo manter o que est dando certo, ou seja, compreender e

    preparar melhor o ambiente de sala de aula para que o aluno possa se apropriar das

    competncias necessrias sua formao, sempre focando em como o aluno

    preparado para aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a fazer e

    aprender a ser, sem abrir mo do conhecimento tcnico que este busca.

    O trabalho est organizado em 3 captulos, sendo o primeiro voltado as

    bases tericas que fundamentaram os estudos no curso, sintetizados, em um

    primeiro momento, na metodologia dos sete passo, em segundo na educao

    baseada em competncias e em um terceiro momento nas bases tericas sobre

    planejamento, mediao e avaliao.

    No segundo capitulo trata da prtica docente por meio da metodologia

    dos sete passos, que permite aos alunos desenvolver as competncias necessrias

    para sua atuao no mercado de trabalho, ou seja, relata as experincias vividas

    nos quatro laboratrios aplicados durante o curso.

    O terceiro captulo aborda as aprendizagens construdas ao longo do

    curso e as experincias vividas, ou seja, reflexes que permanecem sobre a prtica

    docente com relao ao planejamento, mediao e avaliao e qual o papel do

    professor e do aluno. So as consideraes finais, que ressaltam as mudanas de

    comportamento vivenciadas ao longo do curso, j que possibilitou melhorar a prtica

    educativa tornando um profissional mais atento e consciente com relao a essa

    funo to importante que ser educador e que o processo contnuo e deve

    atender no s s exigncias do mercado, mas tambm da vida dos alunos, seja

    pessoal ou como cidado fazendo parte das mudanas deste novo mundo.

  • 9

    2. REFERENCIAL TEORICO

    2.1. Metodologia dos sete passos

    Para o planejamento e execuo dos laboratrios, bem como base de

    estudos desta especializao, foi utilizado a metodologia dos 7 passos, que em

    resumo um modelo organizacional para o planejamento de aes educacionais,

    visando o desenvolvimento de competncias nos alunos. Alm de do planejamento

    da ao docente, tambm facilita a aplicao e avaliao das atividades propostas

    pelo educador. Essa metodologia em questo composta por sete partes, sendo:

    (1) Contextualizao e Mobilizao; (2) Definio Atividade de Aprendizagem; (3)

    Organizao da Atividade de Aprendizagem; (4) Coordenao e Acompanhamento;

    (5) Anlise e Avaliao das Atividades de Aprendizagem; (6) Acesso a outras

    referncias e (7) Sntese e aplicao. (KULLER, 2012).

    Essa metodologia estudada verstil e de fcil adaptao para qualquer

    rea do conhecimento, indo de aulas presenciais a aulas no formato EAD, de

    contedos tericos a atividades laboratoriais, como o case em questo dentro de

    aulas do curso de Montagem e Manuteno de Computadores, onde os

    conhecimentos abordados nem sempre so isolados e com objetivos nicos, pois

    muitos so continuidades e visam uma competncia maior ao final do curso

    KULLER afirma:

    importante observar que nem sempre as situaes de aprendizagem devem seguir rigorosamente os passos antes apresentados. A partir da sequncia ideal, existem vrias possibilidades de desenho. O fundamental que a situao de aprendizagem preveja, sempre, o exerccio real ou simulado da competncia, forma insubstituvel de desenvolv-la.

    O autor supracitado descreve cada uma das etapas da metodologia dos

    sete passos da seguinte forma:

    Contextualizao e Mobilizao, o participante do curso compreende a

    essncia e a importncia da situao de aprendizagem e a situa no conjunto de suas

    aprendizagens anteriores e no seu itinerrio formativo. Na contextualizao,

    referncias e articulaes com situaes concretas de vida e trabalho so realizadas

    e a importncia da competncia a ser desenvolvida explicitada. Esta etapa visa

  • 10

    principalmente promover a aprendizagem com sentido, motivar a aprendizagem e

    estimular a participao efetiva dos alunos.

    Essas formas devem tambm integrar cada aluno proposta educativa e

    ao ambiente sociocultural do curso. Devem procurar, ainda, abrir canais de

    expresso para que o educador possa colher informaes sobre os alunos, informa-

    es que o desenvolvimento da situao de aprendizagem deve considerar para

    repercutir sobre caractersticas e necessidades presentes no grupo de alunos.

    A mobilizao pode ter um carter exclusivo de aquecimento para a

    atividade de aprendizagem. Nesse caso, so utilizados recursos tais como

    dinmicas, apresentaes, msicas, poesias, vdeos, cenas de filme,

    representaes artsticas e teatrais que mobilizem os participantes para os passos

    seguintes.

    onde o tutor, orientador ou professor trabalha visando o engajamento

    dos estudantes ao contedo e relevncia deste para os mesmos. Nos laboratrios

    praticados nesta especializao foi utilizado vdeo (documentrio), entrevistas

    explanao oral com recursos multimdia e simulaes reais no hardware do

    laboratrio

    Definio da Atividade de Aprendizagem, a referncia central da

    situao de aprendizagem estabelecida. Nele se prope o envolvimento dos

    participantes no enfrentamento de um desafio, na resoluo de um problema, na

    realizao de uma pesquisa, no desenvolvimento de um projeto, na participao em

    um jogo ou dramatizao ou na execuo de outra atividade qualquer. Aqui podem

    ser listadas, entre outras, as seguintes formas metodolgicas: projetos didticos,

    simulaes, prtica supervisionada, estudo do meio, pesquisa-ao, dramatizao,

    ensino orientado por problemas, estudos de casos, jogos dramticos, jogos de

    empresa, psicodrama, scio drama, construo de mapas mentais, aprendizagem

    vivencial, aprendizagem pela ao etc.

    A atividade tambm deve propor um problema ou um desafio interessante

    para os alunos. Esse problema ou desafio deve ser compatvel com o estgio de

    desenvolvimento dos educandos, sem esquecer que os mesmo precisam evoluir,

    dar um passo afrente no seu processo de aprendizagem, ou seja, no se pode privar

  • 11

    o aluno do acesso informaes e conhecimentos mais crticos e essenciais ao seu

    aprendizado

    Organizao da Atividade de Aprendizagem devem ser produzidas e

    contidas as orientaes minimamente necessrias para que os participantes possam

    enfrentar o desafio, solucionar o problema, desenvolver o jogo ou realizar a

    pesquisa. Ou seja, prever as condies, estratgias e recursos para o

    desenvolvimento da Atividade de Aprendizagem proposta no item anterior.

    onde o tutor planeja como e quais ferramentas ir utilizar para realizar a

    mediao junto aos alunos.

    Ao final da organizao da atividade de aprendizagem importante

    submet-la a uma avaliao, mesmo antes de ser apresentada aos alunos. Nessa

    avaliao importante considerar critrios, tais como:

    1. Existe uma relao clara entre a atividade de aprendizagem, tal como

    foi desenhada, e a competncia?

    2. As etapas da atividade de aprendizagem esto descritas de forma a se

    perceber, nitidamente, o comeo, o meio e o fim?

    3. Os papis do mediador e dos alunos esto claramente estabelecidos?

    4. O foco est posto na ao dos alunos?

    5. As condies de realizao (ambiente, equipamentos, recursos,

    durao) foram previstas?

    6. A descrio da atividade permitiria a voc coloc-la em prtica?

    7. Quais mudanas poderiam enriquecer e melhorar a atividade de

    aprendizagem descrita de forma a torn-la mais eficiente (melhor uso dos recursos),

    mais eficaz (no desenvolvimento da competncia), mais bela, desafiadora e

    estimulante?

    Coordenao e Acompanhamento so previstos os meios e as formas

    de coordenar e acompanhar o desenvolvimento da Atividade de Aprendizagem. Esta

    , em princpio, uma ao do docente. No entanto, pensando em uma aprendizagem

    com autonomia, formas coletivas autogestionrias podem e devem ser propostas e

    previstas.

  • 12

    Em todas as situaes a coordenao deve estimular a ao autnoma

    dos educandos, em detrimento de outras possibilidades centradas na transmisso e

    na absoro de informaes. Mesmo quando necessria a demonstrao de um

    procedimento sempre interessante colocar o grupo em atividade de investigao e

    experimentao livres, a no ser em situaes em que isso coloque os alunos em

    risco.

    Uma das formas utilizadas nos laboratrios quando os alunos no

    entendiam uma explicao ou mostravam muita dificuldade na execuo de uma

    tarefa foi a pesquisa de tutoriais em sites, ou ento sugesto de leituras

    encaminhadas pelo professor ou ainda sugesto de que os alunos com melhor

    assimilao do contedo auxiliassem os demais, contribuindo assim para a

    autonomia dos estudantes.

    Anlise e Avaliao das Atividades de Aprendizagem, as prprias

    atividades e os resultados por elas obtidos sero os objetos da reflexo individual,

    da discusso em pequenos grupos ou reunies presenciais ou virtuais, sempre

    contrapondo resultados obtidos ao processo de trabalho adotado. nela que so

    previstas as formas de anlise e avaliao do desenvolvimento e dos resultados da

    atividade de aprendizagem prevista e organizada nas etapas anteriores. Aqui no se

    trata de avaliar os alunos e o desenvolvimento das competncias por eles. No se

    trata de ver a atividade de aprendizagem como uma prova ou um procedimento de

    avaliao.

    Na previso das formas de anlise e avaliao, as seguintes perguntas

    devem orientar o planejamento:

    1. Aps a concretizao da atividade de aprendizagem, que estratgia pode ser

    utilizada para que os alunos reflitam sobre a atividade realizada, procurando

    verificar as virtudes e os defeitos do trabalho que fizeram?

    2. Que tipo de reflexo ser til para que os alunos extraiam da experincia

    concluses que os ajudem, no futuro, a aprimorar o desempenho ao realizar

    atividades similares?

    3. O desafio, problema ou produto previsto para a atividade foi enfrentado,

    resolvido ou produzido?

    4. Com que eficincia e qualidade?

    5. O processo utilizado foi o mais adequado?

  • 13

    O foco desse passo no a constatao do desenvolvimento da competncia ou

    no. O objetivo verificar se a atividade foi adequada e se atingiu os objetivos

    propostos. Para isso foi utilizado pequenos seminrios entre alunos e professor,

    bem como verificao dos computadores na final da atividade.

    Acesso a Outras Referncias, as recomendaes prticas e a produo

    terica existente e relacionada competncia em desenvolvimento so veiculadas.

    Essa veiculao pode ser feita atravs de apresentaes escritas e/ou orais, vdeos,

    textos, casos, melhores prticas, visitas virtuais ou reais e outras formas de ampliar

    a experincia, os modelos e as referncias dos participantes em relao ao

    elemento de competncia abordado na situao de aprendizagem.

    Aqui foram ofertados aos alunos acesso a biblioteca da instituio, lista de

    vdeos do professor bem como biblioteca digital particular deste.

    Sntese e Aplicao, as referncias j existentes no universo cultural

    (apresentadas no item anterior) so integradas com a experincia prvia e a vivncia

    concreta dos participantes. Uma forma til de produzir a sntese elaborar

    propostas de ao para situaes iguais ou distintas daquela vivida na Atividade de

    Aprendizagem. Assim, sntese e aplicao podem estar integradas no mesmo

    movimento. Neste passo os alunos devero sintetizar toda a aprendizagem da

    competncia e aplic-la em uma situao similar ou diferente daquela em que a

    competncia foi inicialmente desenvolvida. Fazer, criar ou produzir alguma coisa

    utilizando todas as referncias, tericas e prticas, obtidas durante o

    desenvolvimento dos outros passos da situao de aprendizagem uma das

    possibilidades de desenho e realizao da etapa.

    Como as atividades desenvolvidas nos laboratrios foram baseadas em

    etapas menores de um todo, a verificao deste passo foi plenamente observado

    apenas no final do curso, onde realizada uma avaliao pratica e os alunos tem

    que pegar um computador totalmente desmanchado, com peas queimadas

    misturadas com as funcionais e no final entregar este computador rodando

    plenamente, e realmente isso aconteceu, pois todos aprovaram com relativa

    qualidade e demonstrao de entendimento dos processos.

  • 14

    2.2. Educao por competncias

    Muito se tem falado sobre competncias, na escola, nos ambientes de

    trabalho, na mdia, fala-se tambm em competncia pessoal, social, educacional e

    profissional, porem at mesmo seu conceito, que apesar de no ser novo, pois j

    vem desde os anos 80, se torna confuso, fazendo necessrio um maior

    entendimento sobre a mesma e sua ampla abrangncia.

    O conceito de competncia nasceu nos anos 80 dentro das empresas,

    acompanhando as diversas mudanas no mundo do trabalho e alterou

    rigorosamente as formas de recrutamento e seleo de trabalhadores, passou a

    exigir dos trabalhadores diplomas e instrues mnimas para determinados cargos,

    cenrio que aliado s altas taxas de desemprego da poca fez com que estes

    sentissem necessidade de dar continuidade aos estudos e buscar qualificaes que

    tornem seus currculos mais atrativos para as empresas, que cada vez mais exigem

    dentro do mercado de trabalho mo de obra qualificada e indivduos para este e

    para uma vida em uma sociedade cada vez mais moderna e veloz. Esse novo

    mercado de trabalho, em que se est inserido demanda um perfil profissional

    generalista, com maiores e melhores conhecimentos, com alta capacidade de

    raciocnio, abstrao e comunicao e reconhecida capacidade para resolver

    problemas. BARROS (2000).

    Em face da evoluo, do contexto e das tendncias do trabalho,

    queremos propiciar aos trabalhadores uma educao profissional polivalente que

    some desenvolvimento de habilidades especficas para o exerccio de uma funo

    ocupacional com competncias mais gerais. Segundo BARROS (2000), essas

    competncias bsicas, tcnicas, metodolgicas, polticas e de gesto devem:

    Possibilitar ao trabalhador a participao na construo de formas de

    organizao do trabalho;

    Levar em conta e harmonizar caractersticas culturais locais e influncias mais

    amplas vindas do mundo globalizado;

    Conseguir fazer o profissional sentir-se harmonizado com o trabalho e

    realizar-se pelo trabalho;

    Buscar o crescimento humano;

  • 15

    Ampliar continuamente o espao do trabalhador na construo do mundo do

    trabalho e estimular a participao orientada e criativa do profissional na

    construo do destino organizacional e de seu prprio trabalho;

    No permitir a competitividade nem sobrepor-se s relaes humanas;

    Favorecer a incluso das populaes menos favorecidas;

    Considerar a informao e o conhecimento como ferramentas indispensveis

    para que o trabalhador conquiste a excelncia em suas atividades na

    empresa;

    Oferecer oportunidades para o trabalhador usufruir e acompanhar o

    desenvolvimento tecnolgico;

    Estimular a formao de equipes interdisciplinares e possibilitem a interao

    entre elas;

    Oferecer remunerao justa para o trabalho e para o investimento pessoal em

    aperfeioamento.

    H vrios conceitos de competncia, porm em resumo so os

    conhecimentos, atitudes e habilidades de cada indivduo na realizao de alguma

    tarefa. Segundo dicionrio Aurlio, so as Qualidades de quem capaz de apreciar

    e resolver certos assuntos.

    O conceito que mais se aproxima do entendimento deste que vos

    escreve, segundo Tanguy & Rop (1997 apud RAMOS, 2001) o Conjunto de

    conhecimentos, qualidades, capacidades e aptides que habilitam para a discusso,

    a consulta, a deciso de tudo o que concerne a um ofcio, supondo conhecimentos

    tericos fundamentados, acompanhados das qualidades e da capacidade que

    permitem executar as decises sugeridas. Tambm se torna interessante o conceito

    ...um saber agir responsvel e reconhecido, que implica mobilizar, integrar,

    transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econmico

    organizao e valor social ao indivduo., por Fleury & Fleury (2001), pois

    competncias que agreguem valor econmicos s organizaes so quesitos

    classificatrios em uma seleo profissional.

    Pode-se observar que a competncia est ligada ao indivduo e no no

    seu local de trabalho, e que ela pode ser avaliada e comprovada quando o

    trabalhador a pe em prtica no seu posto de trabalho. A competncia pode ser

  • 16

    ento definida como a capacidade e autonomia de articular o seu conhecimento

    (saber; saber ser; saber fazer e saber conviver).

    Quanto s competncias profissionais, que, em se tratando de educao

    profissional, o que mais se almeja, pode-se dizer que um indivduo competente

    aquele que tem clareza da aplicao de suas habilidades, ou seja, este deve saber o

    que fazer, como fazer e porque fazer uma determinada ao para alcanar algum

    objetivo. Tambm se pode dizer que a competncia de algum maior quando essa

    pessoa tem maior habilidade ou maior clareza da aplicao de sua habilidade nas

    relaes referidas ao trabalho. Para tanto algumas competncias so bsicas e

    comuns em praticamente todas as profisses, so elas: Competncias para lidar

    com pessoas; Competncias para lidar com informao e Competncias pra lidar

    com tecnologia.

    Competncia profissional, de acordo com as Diretrizes Curriculares

    Nacionais para a Educao Profissional de Nvel Tcnico, entendida como a

    capacidade de mobilizar, articular e colocar em ao valores, conhecimentos e

    habilidades, visando ao desempenho eficiente e eficaz de atividades ligadas ao

    mundo do trabalho. Em outras palavras, a capacidade pessoal de articular os

    saberes (saber que se refere aos conhecimentos, saber fazer que se refere s

    habilidades, saber ser e conviver que se referem aos valores e atitudes) inerentes a

    situaes concretas de trabalho.

    Zarifian (2001, p. 66) afirma que:

    A competncia profissional uma combinao de conhecimentos, de saber-fazer, de experincias e comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela constatada quando de sua utilizao em situao profissional, a partir da qual passvel de validao. Compete ento empresa a identifica-la, avalia-la e faz-la evoluir.

    O trabalho por competncias, na medida em que se contrape lgica

    dos contedos como elemento central dos currculos, exige da equipe pedaggica a

    capacidade de reinventar a escola, seus tempos e seus espaos, superando

    modelos tradicionais de ensino.

    A abordagem por competncias leva a fazer menos coisas, a dedicar-se a um pequeno nmero de situaes fortes e fecundas, que produzem aprendizados e giram em torno de importantes conhecimentos. Isso obriga a abrir mo de boa parte dos contedos tidos, ainda hoje, como indispensveis. [...] O ideal seria dedicar mais tempo a um pequeno nmero de situaes complexas do que abordar um grande nmero de assuntos

  • 17

    que devem ser percorridos rapidamente, para virar a ltima pgina do manual, no ltimo dia do ano letivo. (Perrenoud, 1999, p.64)

    Observa-se que competncia abrangente, ela requer muito mais do

    individuo tanto no fazer quanto no agir, ou seja, o aluno dever ser criativo, ter

    iniciativa, sempre estar motivado, ser dinmico, ter autonomia para decidir, ser tico,

    ser capaz solucionar problemas, ter um bom relacionamento interpessoal, pois as

    empresas exigem que cada vez mais estes sejam preparados, conscientes de sua

    atuao, que estejam sempre se atualizando e que desempenhem vrias atividades

    com competncia e agilidade.

    Para haver aprendizagem so necessrias duas condies. Em primeiro

    lugar, o aluno precisa ter uma disposio para aprender: se o indivduo quiser

    memorizar o contedo arbitrria e literalmente, ento a aprendizagem ser

    mecnica. Em segundo, o contedo escolar a ser aprendido tem que ser

    potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lgica e psicologicamente

    significativo: o significado lgico depende somente da natureza do contedo, e o

    significado psicolgico uma experincia que cada indivduo tem. Cada aprendiz faz

    uma filtragem dos contedos que tm significado ou no para si prprio. Ausubel

    (1982),

    Este tambm prope que os conhecimentos prvios dos alunos sejam

    valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio,

    mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,

    caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz. A soma de sua

    competncia cognitiva e de seus conhecimentos prvios marcar o nvel de

    desenvolvimento dos alunos

    Este conceito, tambm apreciado pelo professor, aluno desta

    especializao, pois se exige do aluno comprometimento com a turma, professor e

    principalmente consigo mesmo. Quanto aos contedos, sem duvida esse o foco,

    inclusive do da instituio, pois se pensa em educao, tcnica, mais precisamente

    adotando sempre contedos que realmente estejam ligados realizao dos

    afazeres e competncias exigidas pelo mundo do trabalho.

    No domnio do senso comum a palavra competncia utilizada para

    designar uma pessoa qualificada para realizar alguma coisa. Neste sentido o

  • 18

    professor deve preparar o aluno para pensar, tomar decises e ser proativo,

    orientando-os na construo do conhecimento, levando em considerao o

    conhecimento adquirido e os estimulando a estar sempre em busca do

    aperfeioamento, seja por pesquisas, leituras, exerccios ou reflexes.

    2.3. Planejamento, mediao e avaliao

    Segundo MENGOLLA (2001 apud CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS,

    2009), O planejar uma realidade que acompanhou a trajetria histrica da

    humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida., ou

    seja, sem planejamento no se teria chegado ao presente momento e nem as

    pequenas conquistas do homem teriam acontecido.

    Para Moretto (2007 apud CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS, 2009), planejar

    organizar aes. Essa uma definio simples, mas que mostra uma dimenso da

    importncia do ato de planejar, uma vez que o planejamento deve existir para

    facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno. O planejamento deve ser uma

    organizao das ideias e informaes.

    Menegolla & SantAnna (2001 apud CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS,

    2009) ainda completam argumentando que o plano de aula visa liberdade de ao

    e no pode ser planejado somente pelo bom senso, sem bases cientficas que

    norteiem o professor.

    Moretto (2007 apud CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS, 2009) acredita que o

    professor, ao elaborar o plano de aula, deve considerar alguns componentes

    fundamentais, tais como: conhecer a sua personalidade enquanto professor,

    conhecer seus alunos (caractersticas psicossociais e cognitivas), conhecer a

    epistemologia e a metodologia mais adequada s caractersticas das disciplinas,

    conhecer o contexto social de seus alunos. Conhecer todos os componentes acima

    possibilita ao professor escolher as estratgias que melhor se encaixam nas

    caractersticas citadas aumentando as chances de se obter sucesso nas aulas.

    Segundo Schmitz (2000 apud CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS, 2009), o

    plano de aula no precisa ser descrito minuciosamente, mas deve ser estruturado,

    escrito ou mentalmente. Trata-se de fazer uma organizao mental e uma tomada

  • 19

    de conscincia do que o professor de fato pretende fazer e alcanar. Se tiver esse

    planejamento presente, evitar ser colhido de surpresa por acontecimentos

    imprevistos. A sua criatividade, a sua intuio, torna-se mais aguada e com mais

    facilidade percebe novas oportunidades.

    principalmente com este pensamento que se trabalha nesta instituio,

    e sem dvida isso ficou ainda mais evidente no decorrer destes estudos. De fato o

    ato de planejamento sempre solicitado aos professores, bem verdade que muitas

    vezes se v repeties e falta de adaptao dos contedos para cada turma ou

    aluno, e neste curso aprendemos exatamente a importncia do rito de planejar

    principalmente pensando no aluno e nas competncias que estes devem adquirir.

    Para RON (2010), no planejamento visando o desenvolvimento de

    competncias o docente deve planejar estratgias pedaggicas que:

    Estimulem a participao ativa dos alunos no desenvolvimento de suas

    competncias.

    Propiciem a contextualizao, remetendo a situaes cotidianas do mundo do

    trabalho e da vida.

    Sejam diversificadas, de forma a favorecer o desenvolvimento dos alunos em

    seus diferentes estilos de aprendizagem.

    Favoream a integrao com o trabalho desenvolvido nas demais unidades

    curriculares.

    Pode-se pensar em planejamento observando 3 passos bsicos, segundo

    RON (2010), sendo:

    Definio de situaes de aprendizagem, que devem seguir as estratgias

    acima descritas.

    Estratgias para o desenvolvimento destas situaes de aprendizagem

    propostas, como e quando ser o acesso a outras informaes, ou seja, como

    e qual ser o papel do mediador.

    Definir os critrios de avaliao, parmetros de julgamento, que permitam

    obter evidncias sobre os resultados dos alunos.

    O ato de mediao deve ser e estar no planejamento, pois este

    representa os passos que sero dados em sala de aula, tanto pelos professores

    como pelos alunos para alcanar os objetivos planejados.

  • 20

    O ato de mediao provem as condies e meios para que os alunos

    criem seu prprio conhecimento e se tornem parte do processo de aprendizagem, ou

    seja, refere-se a integrao aluno/professor e tambm aluno/aluno.

    Para Masetto (2003, p. 144, apud SAMPAIO, 2005) a mediao

    pedaggica significa a atitude e o comportamento do professor que se coloca como

    um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem.

    Para SAMPAIO (2005), a mediao pedaggica ocupa um lugar

    privilegiado na pesquisa-ao participativa por colocar em evidencia o papel de

    sujeito do aprendiz e do professor, com nfase no processo de aprendizagem.

    Abrangem o desenvolvimento intelectual, afetivo, as competncias e atitudes dos

    alunos que lhes favoream compreender a sua realidade e at mesmo nela interferir,

    quando possvel.

    Pode-se dizer a mediao um ato onde o professor tenta se aproximar

    ao mximo do aluno, seja em nvel de conhecimento, por afinidades

    extracurriculares, para ento poder auxilia-los na construo dos seus prprios

    conhecimentos, bem como auxili-los na compreenso das suas prprias formas de

    aprender. Em resumo a previso das aes, do movimento, da sequncia de

    operaes a serem realizadas para a transformao de uma realidade, ou seja, e

    faz parte do planejamento.

    A avaliao tambm deve fazer parte do planejamento, pois um ato de

    mediao, j que proporciona tanto para professores como para os alunos a

    possibilidade de reflexo e diagnostico sobre os contedos planejados, assim como

    dos atos de mediao incorporados no processo de ensino-aprendizagem para se

    atingir um objetivo final, ou seja, uma competncia conforme objetivo de um curso

    profissionalizante.

    Para (RON, 2010), as caractersticas dos mais diversos tipos de avaliao

    de contedos tradicionalmente praticados diferenciam-se das caractersticas da

    avaliao de competncias. A primeira prioriza a avaliao de contedos ensinados

    e aprendidos, tendo como foco principal objetivos de ensino e de aprendizagem

    predefinidos; a segunda prioriza competncias desenvolvidas em processos de

    formao ou a partir da experincia do aluno, tendo como foco a verificao de

    competncias desenvolvidas.

  • 21

    Deve ficar claro que a avaliao por competncias no desmerece a

    avaliao por contedos. A avaliao por contedos continua sendo necessria,

    mas no pode ser o nico tipo de avaliao a ser realizada no ensino por

    competncias. O contedo um suporte para o alcance de competncias e, como

    tal, tambm deve ser avaliado. A avaliao faz a mediao entre os processos de

    ensino e aprendizagem que, embora distintos, se comunicam, dialogam entre si,

    clareando tanto para o docente quanto para o aluno as exigncias de crescimento.

    (RON, 2010)

    No decorrer do processo formativo, os seguintes critrios sero

    observados:

    A avaliao no tem um fim em si mesmo, mas insere-se como estratgia

    fundamental para o desenvolvimento de competncias.

    A avaliao no enfocar aspectos isolados da teoria desvinculada da prtica,

    sem estabelecer relaes entre elas. Fomentar a resoluo de problemas

    em que seja necessrio mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes.

    Dessa forma, dever enfatizar a proposio de situaes, hipotticas ou no,

    de ordem terica e prtica, que envolvem elementos relevantes na

    caracterizao de desempenho em uma rea profissional.

    Os resultados das avaliaes devero ser sempre discutidos com os alunos,

    para que haja clareza sobre o pretendido e o alcanado.

    POZO (1998, apud RON,2010), resume doze critrios que podem ser

    levados em considerao para reduzir a probabilidade de que os problemas

    propostos pelo professor sejam vistos pelos alunos somente como exerccios. So

    eles:

    Na proposio do problema:

    1. Propor tarefas abertas que admitam vrios caminhos possveis de resoluo,

    e inclusive, vrias solues possveis, evitando as tarefas fechadas.

    2. Modificar o formato ou a definio dos problemas, evitando que o aluno

    identifique uma forma de apresentao com um tipo de problema.

    3. Diversificar os contextos nos quais se prope a aplicao de uma mesma

    estratgia, fazendo com que o aluno trabalhe os mesmos tipos de problemas

  • 22

    em diferentes momentos do currculo, diante de contedos conceituais

    diferentes.

    4. Propor tarefas no s com um formato acadmico, mas tambm dentro de

    cenrios cotidianos e significativos para o aluno, procurando fazer com o que

    aluno estabelea conexes para ambos os tipos de situaes.

    5. Adequar a definio do problema, as perguntas e a informao proporcionada

    aos objetivos da tarefa, usando, em diferentes momentos, formatos mais ou

    menos abertos, em funo desses mesmos objetivos.

    6. Usar os problemas com fins diversos durante o desenvolvimento ou

    sequncia didtica de um tema, evitando que as tarefas prticas apaream

    como ilustrao, demonstrao ou exemplificao de alguns contedos

    previamente apresentados ao aluno.

    Durante a soluo do problema

    7. Habituar o aluno a adotar as suas prprias decises sobre o processo de

    resoluo, assim como a refletir sobre esse processo, dando-lhe uma

    autonomia crescente nesse processo de tomada de decises.

    8. Fomentar a cooperao entre os alunos na realizao das tarefas, mas

    tambm incentivar a discusso e os pontos de vista diversos, que obriguem a

    explorar o espao do problema para comparar as solues ou caminhos de

    resoluo alternativos.

    9. Proporcionar aos alunos a informao que precisarem durante o processo de

    resoluo, realizando um trabalho de apoio, dirigido mais a fazer perguntas

    ou a fomentar nos alunos o hbito de perguntar-se do que a dar resposta s

    perguntas dos alunos.

    Na avaliao do problema

    10. Avaliar mais os processos de resoluo seguidos pelo aluno do que a

    correo final da resposta obtida. Ou seja, avaliar mais do que corrigir.

    11. Valorizar especialmente o grau em que esse processo de resoluo envolve

    um planejamento prvio, uma reflexo durante a realizao da tarefa e uma

    auto avaliao pelo aluno do processo seguido.

  • 23

    12. Valorizar a reflexo e a profundidade das solues alcanadas pelos alunos e

    no a rapidez com que so obtidas

    A avaliao ainda pode ter, conforme (RON, 2010) as seguintes funes:

    Funo diagnstica: permite determinar a presena ou a ausncia de

    conhecimentos prvios, de identificar interesses, possibilidades e outros

    problemas especficos, tendo em vista a adequao do ensino. Pode ainda

    identificar dificuldades de aprendizagem e suas possveis causas.

    Funo formativa: fornece informaes ao aluno e ao docente durante o

    desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, seja ele o

    desenvolvimento de uma situao de aprendizagem, de disciplina ou de

    mdulo. Permite localizar pontos a serem melhorados e indica, ainda,

    deficincia em relao a procedimentos de ensino e avaliao adotados.

    Estas duas funes tem uma perspectiva mais voltada a mediao.

    Funo somativa: permite julgar o mrito ou valor da aprendizagem e ocorre

    ao fim de uma etapa do processo de ensino e aprendizagem. Tem, tambm,

    funo administrativa, uma vez que permite decidir sobre a promoo ou

    reteno do aluno, considerando o nvel escolar em que ele se encontra. Por

    outro lado, as informaes obtidas com esta avaliao ao fim de uma etapa

    de um processo podem se constituir ainda em informaes diagnsticas para

    a etapa subsequente do ensino.

    Dessa forma, necessrio que o docente realize a avaliao pensando

    nas suas trs funes e nas informaes importantes que estas fornecem. As

    avaliaes diagnstica e formativa ocorrem em diferentes momentos do processo

    educativo e a avaliao somativa ao fim de um processo. Portanto, a avaliao

    cumpre funes que no se excluem. Excluir uma delas pode reduzir a possibilidade

    de se realizar um trabalho avaliativo mais complexo e amplo

    Sem dvida o planejamento, envolvendo os contedos, competncias, a

    mediao e avaliao da aprendizagem alm de constantes e indispensveis na

    ao do docente e se percebe isso a cada novo planejamento e execuo do

    mesmo, pois se consegue produzir resultados com os alunos de maneira mais

    rpida e concisa, evitando atrasos e repeties de equvocos, que anteriormente,

    mesmo de forma involuntria tanto do professor como dos alunos se mostravam

    mais presentes.

  • 24

    3. AS LIES DA EXPERINCIA VIVIDA

    O Curso de Especializao em Docncia para a Educao Profissional

    proporcionou aos seus alunos, alm de fundamentao terica, essencial para

    formao de qualquer aluno, que tambm vivenciasse experincias pedaggicas na

    forma de laboratrios, quatro mais precisamente, organizados e aplicados no

    decorrer dos estudos desta especializao. Nestes laboratrios os alunos,

    juntamente com o orientador colocaram em pratica o Plano de Trabalho Docente

    (PTD), elaborado por este, conforme ((ANEXO A)).

    As experincias prticas foram realizadas no SENAC Passo Fundo

    RS, no curso de MONTAGEM E MANUTENO DE COMPUTADORES, utilizando o

    mdulo de SOFTWARE: INSTALAO E CONFIGURAO. Cada laboratrio teve

    durao de 20h e ocorreram no perodo de 01/03/2011 08/12/2011. A turma era

    composta de 8 alunos com idades variadas, de 15 a 40 anos, todos do sexo

    masculino e com graus de instruo diferentes. O objetivo de cada aluno tambm

    diferia uns dos outros, sendo que a grande maioria buscava adquirir conhecimentos

    na rea de manuteno e computadores para buscar novas alternativas no mercado

    de trabalho, mas tambm havia aqueles que estavam buscando apenas

    conhecimento para atividade prpria ou paralela as suas reais ocupaes

    profissionais, ou seja, heterogneos em varias caractersticas.

    No planejamento da aprendizagem deve ser despertado no aluno o

    desejo de aprender, bem como a aplicabilidade do conhecimento que est sendo

    exposto pelo professor, e para isso devem ser aplicadas metodologias que no

    desvinculem a teoria da prtica e esta prtica da realidade em que eles iro atuar.

    Para isso, foram planejadas atividades que estimulem o aluno a ser mais criativo,

    desenvolver o senso crtico, interao com os demais colegas, buscar por solues

    e aplicar os resultados de acordo com a realidade de cada situao de trabalho real

    que se deparem.

    A descrio detalhada de cada um dos 7 passos utilizados nos

    laboratrios podem ser vistas no (ANEXO B), FORMULRIO DE PLANEJAMENTO

    DA SITUAO DE APRENDIZAGEM (LABORATORIO 1), (LABORATORIO 2),

    (LABORATORIO 3) e (LABORATORIO 4), do presente trabalho.

  • 25

    3.1. Laboratrio 1

    No primeiro laboratrio, a definio da atividade de aprendizagem

    trabalhada foi: Instalao de um sistema operacional e softwares necessrios para

    o funcionamento perfeito de um PC. Ser proposto que os alunos peguem uma

    maquina que teoricamente no teria serventia nenhuma para o homem e a deixem

    operacional, pronta para servir aos propsitos de seu dono, processando e

    armazenando dados..

    A competncia a ser desenvolvida neste laboratrio a capacidade de

    formatao, particionamento, instalao de sistemas operacionais e aplicativos em

    computadores. A estratgia utilizada foi aula terica (conceitual), e expositiva dos

    tipos de sistemas operacionais bem como suas particularidades. Inicialmente

    utilizando o Windows e posteriormente o Linux. A contextualizao utilizada foi

    mostrar para os alunos que um computador no apenas hardware ou software,

    mas sim ambos funcionando de forma conjunta e harmnica. Para isso, previamente

    foi deixado todos os computadores do laboratrio de hardware sem sistema

    operacional, o que causou certo impacto nos aluno, j que estavam habituados a

    chegar no laboratrio e encontrar todos os computadores funcionando plenamente.

    Inicialmente o processo de instalao foi realizado pelo professor, utilizando

    Datashow e depois solicitado aos alunos que repetissem o processo. Tambm foi

    solicitado aos alunos uma pesquisa na internet sobre tipos de sistemas operacionais

    e tutoriais para instalao dos mesmos, propiciando assim que cada um buscasse

    sua prpria forma de desenvolver as atividades de formatao em outras verses do

    Windows e diferente distribuies Linux, bem como aplicativos. A avaliao utilizada

    foi prtica, onde cada aluno deveria, no final de cada formatao, mostrar o

    computador em pleno funcionamento, tambm foi avaliado o empenho, dedicao e

    concentrao na realizao da tarefa. Quanto mediao utilizada, foi um

    acompanhamento individual, tirando duvidas e auxiliando na obteno de materiais

    de apoio na internet, compartilhando conhecimentos com os alunos e tambm entre

    os alunos.

    Os alunos demonstraram comprometimento e interesse nesta atividade,

    perceberam que um computador sem Sistema Operacional no tem serventia para o

    usurio, acharam interessante o fato de chegarem ao laboratrio de hardware e

  • 26

    encontrar todos os computadores sem sistema operacional. Esta atividade era um

    dos momentos mais esperados do curso. Dois alunos demonstraram problemas no

    entendimento do processo logico da atividade, particionamento, formatao e

    sistema de arquivos de cada tipo de sistema operacional, isso devido ao baixo

    conhecimento de informtica, pouca pratica fora do curso e constante busca por

    uma receita, robotizao do processo. Para estes houve algumas alteraes no

    planejamento, foram repassados materiais alternativos, tutoriais, dicas de vdeo,

    sobre sistemas operacionais, principalmente Windows e feito um acompanhamento

    individualizando com cobrana mais focada. Tambm foi encaminhado trabalho de

    pesquisa sobre o assunto, objetivando que os alunos buscassem mais informaes

    tcnicas atravs da leitura, o que de certo modo surtiu resultado, pois percebeu-se

    um acrscimo significativo nos conhecimentos, possibilitando que completassem a

    atividade com relativa satisfao.

    No geral, os alunos, principalmente os que entenderam que o curso no

    oferece todos os conhecimentos, mas sim um norte para facilitar a construo dos

    mesmos (80%), demonstraram total entendimento deste processo, inclusive

    executando a instalao Windows/Linux, sem praticamente nenhum questionamento

    ou solicitao de ajuda, oque comprova que entenderam o processo de uma forma

    sistmica e no robotizada, ou seja, foi Satisfatria, apesar dos problemas, pois a

    grande maioria cumpriu com os objetivos, mostrando logo aps algumas instalaes,

    total segurana para realizar a atividade sozinho.

    No FORMULRIO DE PLANEJAMENTO DA SITUAO DE

    APRENDIZAGEM deste laboratrio, no foram elencados recursos e tempo para

    cada um dos passos de forma adequada. A avaliao do referido laboratrio pelos

    alunos obteve um resultado positivo. Conforme ((ANEXO C)) (INSTRUMENTO DE

    AVALIAO DO DOCENTE PELOS ESTUDANTES (laboratrio 1))

    3.2. Laboratrio 2

    A definio da atividade de aprendizagem foi: Instalar e configurar drivers de

    hardware e software adicionais para o pleno funcionamento do computador.. Neste

  • 27

    laboratrio os recursos e tempo gasto em cada um dos passos foram ajustados e

    acertados.

    Um dos objetivos deste laboratrio era justamente aplicar melhorias no

    PTD em comparao ao primeiro, no entanto no houve modificaes significativas

    pois esta atividade uma continuao do laboratrio anterior e foi aplicado a mesma

    turma. A competncia que devia ser adquirida pelos alunos, a busca e instalao

    de drivers na internet, algo corriqueiro na profisso e no to distante das

    habilidades previas dos alunos, pois muitos realizam downloads de arquivos

    regularmente. Para auxiliar os alunos que demonstraram problemas em entender a

    atividade proposta, foi focado no funcionamento correto do PC, inclusive os

    softwares utilizados pelo hardware e no vistos pelo usurio, os drivers. Tambm foi

    inserido na atividade avaliativa um pequeno questionrio para os mesmos

    responderem e refletissem sobre a atividade.

    No geral os alunos entenderam a importncia da atividade, pois comprova

    que um PC deve estar em pleno funcionamento para o usurio, incluindo seu

    hardware e software. Houve boa interao dos alunos, entre si e tambm solicitando

    acompanhamento, e feedback do tutor no final do trabalho. A grande maioria dos

    alunos foi atrs das informaes indicadas pelo professor, fruns, sites e revistas da

    rea. Alguns alunos tiveram um pouco de dificuldade em descobrir o modelo exato

    do hardware para instalao do drivers, bem como em saber em qual site deveria

    buscar os downloads corretos, principalmente os de fabricante com sites apenas em

    lngua inglesa, porm com a repetio do processo algumas vezes, mostrando

    varias fontes de downloads, esse problema foi solucionado. Como no laboratrio 1,

    alguns alunos continuam a busca constante de roteiros prontos para realizao do

    processo, algo que no existe, pois cada maquina pode ter um fabricante diferente e

    cada instalao de Sistema Operacional tem comportamento diferente para cada

    tipo de hardware. Novamente foi realizado pesquisa com vrios hardwares

    diferentes para os mesmos entenderem que cada caso um caso e que as

    diferenas acima citadas uma constante na profisso.

    A atividade de mediao com incluso de materiais alternativos para

    consulta, e o compartilhamento de informaes entre professor/aluno e aluno/alunos

    se mostrou eficaz, pois se percebeu um acrscimo significativo nos conhecimentos,

    possibilitando que estes alunos entendessem e completassem a atividade com

  • 28

    relativa satisfao. A avaliao geral da atividade foi satisfatria, pois a grande

    maioria cumpriu com os objetivos, mostrando logo aps algumas instalaes, total

    segurana para realizar as atividades de instalao de drivers sozinhos.

    Novamente a avaliao do referido laboratrio pelos alunos obteve um

    resultado positivo, onde todas as perguntas tiveram o SIM como resposta.

    Conforme ((ANEXO C)) (INSTRUMENTO DE AVALIAO DO DOCENTE PELOS

    ESTUDANTES (laboratrio 2))

    3.3. Laboratrio 3

    A definio da atividade de aprendizagem para este laboratrio foi:

    Instalar e configurar drivers de hardware e software adicionais para o pleno

    funcionamento do computador utilizando apenas softwares livres em ambiente

    Linux.. A competncia a ser desenvolvida neste momento um complemento dos

    outros dois laboratrios, ou seja, a competncia de instalar e gerenciar diferentes

    sistemas operacionais, neste caso praticamente igual ao laboratrio 2 apenas

    diferindo o sistema operacional utilizado.

    Para este laboratrio os alunos j estavam mais maduros e seguros nos

    processos de instalao de software, drivers e aplicativos, bem como um maior

    conhecimento sobre sistemas operacionais, j tinham realizadas varias instalaes,

    em diferentes verses do Windows, seus drivers e aplicativos, bem como j haviam

    particionado disco e instalados, algumas distribuies Linux, pois foi proposto a

    esses alunos que instalassem varias distribuies diferentes de Linux, de forma

    conjunta com Windows, a fim de conhecerem vrios ambientes diferentes do Linux.

    Para esse laboratrio foi utilizado, como estratgia, visando obter esta

    competncia, o recurso de vdeo para a contextualizao e mobilizao, atravs do

    documentrio INPROPRIETRIO, mostrando aos mesmos a importncia e benefcios

    da utilizao do software livre como alternativa ao proprietrio seja pelo custo ou

    pela capacidade de adaptao aos mais diversos objetivos a que se destinam, bem

    como o aproveitamento dos conhecimentos prvios dos alunos. Tambm foi

    proposto um desafio aos mesmos, onde cada aluno deveria deixar uma maquina

  • 29

    totalmente funcional utilizando apenas software livre, de sua escolha, e seus

    conhecimentos anteriores em software livre e proprietrio.

    Os alunos entenderam a importncia de um Pc estar em pleno

    funcionamento, mesmo que utilizando apenas software livre, se surpreenderam

    coma relativa facilidade de instalao de aplicativos e tambm pela ausncia de

    instalao de drivers nas distribuies Linux utilizadas. Gostaram do desafio, pois

    basicamente, seguiram os passos realizados no software proprietrio. Houve boa

    interao entre os alunos e tutor, trocando informaes, buscando novas na internet,

    ajudando colegas ou solicitando confirmao de rotinas ao professor. A atividade foi

    satisfatria, pois todo cumpriram os objetivos, mostrando logo aps algumas

    instalaes, total segurana para realizar as atividades sozinhos, que era deixar o

    PC funcional utilizando apenas software livre. No final da atividade grande maioria j

    estava buscando novas solues e pacotes de softwares livres para melhor se

    adaptar a sua realidade.

    O nico problema encontrado pelos alunos foi em relao a entender a

    filosofia do software livre, como ganhar dinheiro com software livre, porem este foi

    resolvido mostrando alguns cases de sucesso na utilizao do software livre, tanto

    na esfera publica como privada. Tambm um pouco de dificuldade na

    navegabilidade de algumas distribuies, que um pouco diferente do Windows,

    porem o prprio exerccio prtico proporcionou este conhecimento aos alunos, mais

    uma vez evidenciando para os mesmos a necessidade desta pratica extra classe.

    Como Linux utiliza muito a internet para baixar suas aplicaes, houve reclamao

    dos alunos com relao velocidade de conexo disponibilizada pela instituio,

    onde era praticamente impossvel atualizar o sistema Linux, como soluo, na aula

    seguinte foi disponibilizado em arquivo alguns softwares para instalao no Linux.

    A avaliao do referido laboratrio pelos alunos foi respondida por 4

    alunos, e obteve um resultado positivo, mas 4 perguntas tiveram o No como

    resposta e praticamente todas se referindo a avaliao do professor, provavelmente

    reflexo de uma avaliao terica aplicada alguns dias antes, onde alguns alunos

    ficaram com conceito C, pois alm de fraco conhecimento terico, nomenclatura

    tcnica mais precisamente, no concluram a atividade em questo sem auxlio do

    professor, mesmo tendo a internet como fonte de pesquisa. Tambm teve aluno que

    no gostou do Linux e no viu vantagem na sua utilizao. Infelizmente nenhuma

  • 30

    das avaliaes realizada pelos alunos teve comentrios, dizendo porque do SIM ou

    NO, o que facilitaria muito na melhoria dos planejamentos. Para estes alunos,

    que apresentaram avaliao com conceito C foi oportunizado uma nova avaliao, e

    explicado que a avaliao final no depende apenas da avaliao terica mas

    tambm de questes comportamentais, evoluo individual, dedicao etc.

    Conforme ((ANEXO C)) (INSTRUMENTO DE AVALIAO DO DOCENTE PELOS

    ESTUDANTES (laboratrio 3)).

    3.4. Laboratrio 4

    Neste quarto e ultimo laboratrio, a turma estava reduzida a 5 alunos,

    sendo dois desistentes, um por motivos particulares e um por insero no mercado

    de trabalho. O PTD, como nos demais laboratrios se manteve o mesmo, pois como

    um curso essencialmente tcnico, e os laboratrios foram todos dentro do mesmo

    componente curricular, no houve necessidade de modificao, ou seja, mais sedo

    ou mais tarde essas etapas teriam de ser vistas.

    A definio da atividade de aprendizagem neste ultimo laboratrio foi:

    Recuperar dados de um PC, utilizando tcnicas de recuperao de dados, seja

    atravs de software ou hardware, a fim de garantir o atendimento das necessidades

    dos clientes., sendo esta a competncia a ser adquirida, ou seja, conhecimentos e

    tcnicas para recuperao de dados.

    Nesta atividade os alunos demonstraram um interesse maior do que nas

    outras, pois neste momento foi utilizado simulao de erros reais dos computadores,

    problemas que sem dvida iriam se deparar na vida real e tambm explanao

    terica de cases. Juntamente aos alunos, foi proposto uma serie de erros e solues

    possveis para estes. Tambm foi trabalhado, atravs de um frum, questo da tica

    profissional, trato das informaes, bem como configuraes preventivas para evitar

    perda de dados. O que mais chamou ateno dos alunos foi a utilizao de Linux

    como ferramenta para recuperao de dados, fazendo uma ponte com o laboratrio

    3, evidenciando a importncia do conhecimento adquirido anteriormente.

    No geral os alunos entenderam a importncia de preservar e recuperar os

    dados dos clientes, bem como essa competncia ser utilizada regularmente no

  • 31

    exerccio da profisso. Mostraram interesse e entendimento dos processos

    utilizados, com algumas dificuldades iniciais, mas superadas facilmente com uma

    nova explicao e prtica nos computadores. Houve boa participao dos alunos,

    interagindo entre si, compartilhando conhecimentos e buscando novos,

    principalmente nas referencias expostas pelo professor.

    Teve um aluno que demonstrou pouco interesse alegando que j sabia

    fazer. Para este caso foi explicado a importncia da participao e sugerido que

    compartilhasse seus conhecimentos com os colegas. O resultado foi positivo pois

    este aluno acabou ajudando alguns colegas que apresentavam dificuldade com

    alguns software utilizados.

    A avaliao deste ltimo laboratrio foi positiva, 100% da turma, adquiriu

    conhecimento e segurana, alcanando os objetivos propostos que era de deixar o

    PC funcional e com os dados salvos novamente para o cliente. Os alunos

    demonstraram interesse e se aprofundaram na busca de informaes sobre o

    procedimento de recuperao de dados e manuteno preventiva, entendo a

    importncia de se ter esse conhecimento. Aps algumas simulaes, praticamente

    todos j estavam bem seguros quanto aos processos e mencionando alguns casos

    que j estavam tentando resolver. O questionrio avaliativo sugerido foi

    transformado em um pequeno seminrio sendo discutidos os pontos pertinentes em

    cada questo, bem como, questes de tica, tratamento dos dados, precificao do

    servio e outras questes tcnicas, referentes a este e outros laboratrios.

    A avaliao deste ltimo laboratrio pelos alunos obteve um resultado

    positivo, pois estes acharam muito relevante o conhecimento adquirido. (ANEXO C)

    Uma questo que apareceu neste laboratrio, assim como em todos os

    outros foi a sugesto de melhorias nos PCs do laboratrio de hardware, bem como o

    aumento da velocidade de conexo da internet da instituio. Para estes alunos foi

    explicado como funciona a contratao de servios pela instituio, o processo de

    licitao, bem como o objetivo de termos maquinas diversas de vrios padres, j

    que na rotina diria de manuteno isso ser uma constante, e que computadores

    modernos no tem tanta manuteno.

  • 32

    4. CONSIDERAES FINAIS

    Um aprendizado importante do curso foi no se refere ao planejamento

    docente, onde, o embasamento terico para isso muito importante. Elaborar ou

    desenhar uma situao de aprendizagem com um olhar na competncia que o aluno

    dever apropriar proporciona buscar um sentido maior para cada atividade proposta

    e cada passo dado dentro da sala de aula. Particularmente, para um professor com

    formao tcnica, com pouco ou nenhum conhecimento pedaggico alm da prtica

    diria, essa especializao proporcionou um entendimento mais amplo, tanto do rito

    de planejar quanto o como e para quem planejar. Sem duvida essas informaes

    aliadas com as experincias dirias, faz com que o tutor torna-se mais confiante e

    competente nesse quesito e isso reflete diretamente na qualidade do ensino. A

    questo de para quem planejar, me fez planejar pensando na interao entre os

    alunos e aluno/professor, ou seja, dando um papel para ele dentro do processo,

    fazendo-o entender que o mesmo faz e parte fundamental no seu prprio

    aprendizado.

    Outra questo importante a mediao, que se aplicada no momento

    certo, ou seja, quanto o aluno apresenta dificuldade, alm de identifica-las, tambm

    permite identificar facilidades e necessidades de cada aluno e do grupo auxiliando-

    os a progredir e desenvolver suas potencialidades. O professor deve trazer para a

    sala de aula a sua experincia profissional de professor e tcnicas tambm, mesclar

    aos conhecimentos dos alunos, fazendo com estes percebam a utilidade prtica de

    determinado contedo, isso implica na valorizao das atividades propostas.

    Tambm se observou a importncia de propiciar aos alunos momentos para que se

    expressassem como nos pequenos seminrios realizados, que na verdade pareciam

    mais uma conversa informal entre amigos, isso valoriza os alunos, e auxilia o

    professor no processo de avaliao por competncia. A cada nova turma, novos

    modelos vo se agregando a bagagem do professor e somando para que o ato de

    facilitar a aprendizagem se torne mais fcil, rpido e prazeroso, tanto para o tutor

    como para o estudante. Por fim, o ato de mediar, de facilitar o acesso informao,

    possibilitando o crescimento pessoal e profissional de uma pessoa sem duvida

    muito gratificante e inspirador.

  • 33

    J na questo da avaliao por competncia, utilizando de critrios

    diversos realmente um desafio e uma das questes mais difceis, principalmente

    quando se vem de um modelo avaliativo numrico. Em alguns momentos,

    principalmente em se tratando de conhecimento tcnico, o modelo antigo parece se

    tornar mais adequado e at mais justo, pois se diferencia alunos nota 10 dos alunos

    nota 5. Porm, isso apenas um numero e entendendo melhor os processos de

    aprendizagem, bem como respeitando os conhecimentos, culturas e velocidades de

    aprendizagem de cada aluno, o processo de avaliao por conceitos, por

    competncias se mostram mais adequados, principalmente, quando se sabe, que se

    tem que formar mais que profissionais tcnicos, se tem que formar pessoas,

    cidados aptos a viver em sociedade, e igualmente capazes de atuarem

    profissionalmente de forma competitiva mediante os requisitos impostos pelo novo

    mercado de trabalho.

    Ser neutro, avaliar todos da mesma forma com os mesmos critrios

    levando em conta as diferenas, a realidade e conhecimento prvio de cada aluno

    sim um desafio, mas completamente possvel quando se percebe o verdadeiro papel

    do professor, ou seja, o papel de ajudar e no de julgar, claro que ajudar no

    significa abrir mo de algum conhecimento, e critrios mais rgidos de avalio, mas

    sim possibilitar que os alunos os busquem, ou avaliem melhor suas escolhas,

    inclusive deixando-os participar deste processo tambm. No decorrer destes 4

    laboratrios alguns pontos marcaram e merecem destaque.

    O planejamento tem que ser flexvel;

    necessario ter sempre um plano B e estar aberto e preparado

    para mudar o planejamento reconhecendo que os alunos e

    aprendem de forma diferente e que esse perfil deve influenciar no

    planejamento;

    Para um planejamento ter sucesso preciso que tanto o professor

    como alunos estejam engajados no processo de ensino

    aprendizagem;

    Os recursos didticos e a organizao das atividades tm que ser

    interessantes e relacionados aplicabilidade prtica para que os

    alunos se envolvam;

    A contextualizao deve atrair a ateno dos alunos logo no inicio;

  • 34

    Os estudos vistos no curso de Especializao em Docncia para a

    Educao Profissional, fundamentados em uma metodologia de ensino baseada em

    sete passos e orientada ao aluno, s competncias que este deve possuir ao

    termino de um curso profissional, possibilitou aprofundar e refletir, por meio de

    leituras de referenciais tericos, troca de informaes e experincias entre os

    professores, sobre educao profissional, a ao do docente e seu compromisso no

    processo ensino aprendizagem no focado apenas nos aspectos tcnicos, mas

    sobre tudo sobre as competncias, paralelas s tcnicas e igualmente necessrias

    para formao, no s de um bom profissional tcnico, mas tambm de um cidado

    apto a vivencia em sociedade.

    Durante a aplicao percebeu-se a importncia de um bom planejamento

    e o quanto ele deve ser flexvel para poder se adaptar as diferentes realidades dos

    alunos, pois estes so diferentes em seus perfis de aprendizagem e conhecimentos

    prvios, logo, necessitando de uma mediao e avaliao, no mais numricos

    apenas, mas diferenciada e personalizada para cada caso. Percebeu-se que os

    mtodos padronizados de ensino no so mais eficientes e nem justos, pois deixam

    de aproveitar potenciais, algumas vezes ocultos, nos alunos.

    Ao termino dos estudos, considera-se que os objetivos gerais destes

    foram alcanados, pois possibilitou aos docentes, alunos neste momento, a

    obteno das competncias necessrias para atuar como mediadores do

    conhecimento em educao profissional com qualidade e viso diferenciada na

    formao do aluno, estimulando - os atravs de uma metodologia planejada, a ter

    interesse pelas aulas e pela aprendizagem induzindo-os a buscar o conhecimento,

    compartilhar e refletir sobre situaes cotidianas, sejam tcnicas, lgicas ou

    conceituais, pois com alunos sem inteno de estudo, de exigncias e de horizontes

    no se constri conhecimento, uma escola e nem uma nao.

  • 35

    REFERNCIAS

    AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. So

    Paulo: Moraes, 1982.

    BARROS, Manuel de. O mundo do trabalho. In: A construo da proposta

    pedaggica do Senac Rio. Rio de Janeiro: Ed. Senac Rio, 2000. p. 176-180.

    CASTRO, Patricia Aparecida P. P.;TUCUNDUVA, Cristiane Costa; ARNS, Elaine

    Mandelli. A Importncia Do Planejamento Das Aulas Para Organizaao Do Trabalho

    Do Professor Em Sua Prtica Docente. ATHENA Revista Cientfica de Educao,

    Curitiba, v. 10, n. 10, jan./jun. 2009. Disponvel em: < http://www.faculdadeexpoente.

    edu.br/upload/noticiasarquivos/1243985697.PDF>. Acesso em: Dezembro de 2013.

    FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de

    Competncia. RAC, Edio Especial, So Paulo, 2001: 183-196. Disponivel em: <

    http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf>. Acesso em: Dezembro de 2013

    SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia, 2008, Criao,

    desenvolvimento e evoluo dos conceitos de competncia e aprendizagem

    organizacional. Disponvel em: < http://www.aedb.br/seget/artigos08/ 476_artigo_2.

    pdf>. Acesso em: Dezembro de 2013.

    KULLER, Jos Antonio; RODRIGO, Natalia de Ftima. Uma metodologia de

    desenvolvimento de competncias. B. Tc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de

    Janeiro, v. 38, n 1, jan./abr. 2012. Disponvel em: Acesso em: Dezembro de 2013.

    PERRENOUD, Philipe. Philippe Perrenoud e a Teoria das Competncias,

    Disponvel em: . Acesso em: outubro de 2013.

    PERRENOUD, Philipe. 10 novas competncias para ensinar, Porto Alegre, Artes

    Mdicas, 2000. Disponvel em: Acesso em: outubro de

    2013.

  • 36

    PERRENOUD, P. Construir as Competncias desde a Escola. Porto Alegre:

    Artmed, 1999.

    RAMOS, Marise. A pedagogia das competncias: autonomia ou adaptao? So

    Paulo: Cortez, 2001.

    RON, Regilene Ribeiro Danesi. Planejamento De Ensino E Avaliao Da

    Aprendizagem Para Cursos Estruturados Com Base Em Competncias. Revista

    Eletrnica de Educao e Tecnologia do SENAI-SP, So Paulo, v.4, n.8, mar.

    2010. Disponvel em: < http://revistaeletronica.sp.senai.br/index.php/seer/article/

    viewFile/121/74>. Acesso em Dezembro de 2013

    SAMPAIO, Maria Lcia Pessoa. A funo mediadora do planejamento na aula de

    leitura de texto literrios. 2005. Tese Doutorado - UFRN, PPGEd, Natal, 2005.

    Disponvel em: , Acesso em

    Dezembro de 2013.

    ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competncia: por uma nova lgica. So Paulo: Atlas,

    2001.

  • 37

    ANEXOS

    (ANEXO A)

    PLANO DE TRABALHO DOCENTE

    Nome do Curso: MONTAGEM E MANUTENO DE COMPUTADORES

    Mdulo: SOFTWARE: INSTALAO E CONFIGURAO

    Carga Horria: 84h

    Perodo de Realizao: ________________________

    Nome do Docente: Luis Fernando Biondo

    Competncias-alvo (1)

    Instalar e configurar o sistema operacional de computadores PC, bem como ferramentas para diagnstico, otimizao de memria, desfragmentao, anlise de disco, backup, descompactao e compactao de arquivos e combate a software malicioso, aplicando tcnicas de manuteno preventiva e corretiva de software com eficincia, responsabilidade, sigilo no trato de informaes do cliente e respeito propriedade intelectual.

    Situao de Aprendizagem (2) Referncias Adotadas (3) Recursos Didticos (4)

    Avaliao (5)

    Aula terica, expositiva e conceitual sobre sistemas operacionais, seus tipos de sistemas de arquivos. Em seguida demonstrao de como proceder um particionamento de disco, bem como a formatao e instalao de um sistema operacional(SO), primeiramente de forma

    Conceituao de sistema operacional; Sistemas de arquivo; Particionamento e processo de boot; Formatao e instalao do sistema operacional, em boot simples e dual boot;

    Livros e revistas relacionadas as reas de TI, principalmente referentes a equipamentos e aplicativos, tais como

    Avaliao pratica, sendo observadas as seguintes habilidades: Curiosidade, raciocnio lgico,

  • 38

    isolada utilizando Windows, nas suas diversas verses e Linux em duas distros, sendo uma no ambiente gnome e outra no ambiente kde. Uma vez demonstrado esse procedimento os alunos so solicitados a repetir o procedimento nos computadores do laboratrio. Aprendido essa primeira parte, demonstrado como proceder instalao de dois SO no mesmo disco e novamente solicitado que repitam o processo nos computadores do laboratrio. Esses dois procedimentos so repetidos at que o aluno entenda o processo de formatao e instalao de um SO.

    Uma vez concluda a instalao do SO comea-se a configurao do mesmo, primeira instalao de drivers de hardware, onde exposto o porque da necessidade da instalao dos mesmo, bem como onde encontra-los, ou seja, nos cds que acompanham o hardware, site de fabricantes e fruns relacionados ao assunto. mostrado alguns sites e solicitado ao aluno que realize pesquisas na internet afim de localiza-los quando no existirem mais nos sites dos fabricantes, tambm mostrado como descobrir o fabricante de determinado hardware, isso via hardware e via software. Feito essa primeira parte solicitado aos alunos que faam as instalaes de software necessrios para o bom funcionamento do

    Configurao de sistemas operacionais, windows 98, windows xp, Windows 7, Ubuntu Linux, e Mandriva linux; Instalao de softwares adicionais, tais como pacote office, broffice, compactadores, leitores pdf, gravadores de CD/DVD etc; Busca e instalao de drivers de dispositivos de hardware, conforme modelo de maquina disponvel no laboratorio;

    PC e CIA, INFO, Hardware.

    Livro Manuteno Completa em Computadores. Editora Viena.

    Computador funcionando, com no mnimo 1GB de memria, 20GB de HD e processador pentiun 4, equivalente ou superior, com acesso e sem restries a internet.

    Kit de Cds com software, para teste de instalao, sendo requerido o SO Windows 98, XP, Seven, e duas distribuies de Linux, Ubuntu e Madriva;

    CDs com softwares bsicos para treinamento de

    iniciativa; persistncia, determinao; pacincia, comprometimento, qualidade e eficincia nas operaes e responsabilidade no trato de hardware e dados.

  • 39

    sistema, softwares adicionais, tais como pluguins e queimadores de cd.

    Aplicar os conhecimentos adquiridos nos anteriormente, que foram mais focados em ambientes proprietrios, Windows, mais precisamente e proceder a formatao, instalao do sistema operacional, drivers de dispositivos e programas auxiliares, fundamentais para o bom funcionamento do computador. Entende-se como programas fundamentais para o bom funcionamento, aqueles que caso no estejam instalados impossibilitem que o usurio execute funes corriqueiras em seu computador, tais como assistir um vdeo, ouvir um MP3, digitar um texto ou simplesmente navegar em determinados sites. Porem esta instalao toda deve ser efetuada em ambiente open source, Linux, distribuio ubuntu, mas precisamente, ou seja, configurar um computador inteiramente com software livre.

    Aula inicialmente conceitual sobre malwares e demonstrao e testes de funcionamento das principais ferramentas no combate a esses problemas. Tambm solicitado que os alunos descubram outros mtodos de combate, via pesquisa em revistas da rea e internet e outras ferramentas que estejam sendo lanadas, bem como que testem as mesmas para observar suas vantagens e

    Software malicioso: verme, spyware, trojan, vrus, etc.; Ferramentas de combate a software malicioso: instalao e utilizao dos principais anti vrus Free do mercado, como AVG, AVAST...;

    instalao, tais como office, compactadores, drivers, codecs, particionadores e softwares utilizados para recuperao de dados e manuteno preventiva de pcs, preferencialmente free.

  • 40

    desvantagens.

    Demonstrao de algumas ferramentas utilizadas para manuteno e diagnsticos de problemas, bem como solicitao que pesquisem outras ferramentas, explicado a importncia de se manter constantemente atualizado no quesito software para se manter no mercado. Tambm exposto tcnicas de recuperao de dados, sendo via softwares, via CD de instalao de SO, utilizando Linux, utilizando dois HD, utilizando duas maquinas, aulas estas totalmente praticas para possibilitar o contato e aprendizado. Tambem so trazidos para o labortorios casos reais de salvamento de dados, problemas com SO, so simulados ou forados erros do SO e mostrado e solicitados que os alunos procedam a restaurao das funcionalidades do SO bem como dos dados que precisam ser salvos e recuperados. Novamente esses exerccios so repetidos at que o aluno entenda o processo, meios mostrados e seja capaz de apresentar novas solues.

    Instalao e utilizao de softwares para manuteno e diagnostico do registro, memrias e discos; Tcnicas de recuperao e salvamento de dados.

  • 41

    (ANEXO B)

    FORMULRIO DE PLANEJAMENTO DA SITUAO DE APRENDIZAGEM (LABORATORIO 1)

    Competncia(s) a ser(em) desenvolvida(s):

    Instalar e configurar o sistema operacional de computadores PC, bem como ferramentas para

    diagnstico, otimizao de memria, desfragmentao, anlise de disco, backup, descompactao

    e compactao de arquivos e combate a software malicioso, aplicando tcnicas de manuteno

    preventiva e corretiva de software com eficincia, responsabilidade, sigilo no trato de informaes

    do cliente e respeito propriedade intelectual.

    Situao de aprendizagem:

    Aula terica, expositiva e conceitual sobre sistemas operacionais, seus tipos de sistemas de arquivos. Em seguida demonstrao de como proceder um particionamento de disco, bem como a formatao e instalao de um sistema operacional(SO), primeiramente de forma isolada utilizando Windows, nas suas diversas verses e Linux em duas distros, sendo uma no ambiente gnome e outra no ambiente kde. Uma vez demonstrado esse procedimento os alunos so solicitados a repetir o procedimento nos computadores do laboratrio. Aprendido essa primeira parte, demonstrado como proceder instalao de dois SO no mesmo disco e novamente solicitado que repitam o processo nos computadores do laboratrio. Esses dois procedimentos so repetidos at que o aluno entenda o processo de formatao e instalao de um SO.

    Passos metodolgicos: Recursos a serem utilizados Tempo

    1. Contextualizao e mobilizao: Datashow 1,5h

    Antes desta etapa do curso, entrarei no laboratrio e deixarei todas as maquinas sem Sistema

    Operacional, mostrando que apenas uma maquina, e que sem o software de gerenciamento do

    computador o mesmo no tem serventia nenhuma para o homem. J para instalao de software

    livre, Linux mais precisamente, bem como contextualizao e conscientizao do seu uso ser

    exibido o documentrio Inproprietrio - O mundo do software livre.

    2. Definio da atividade de aprendizagem: Datashow, quadro, caneto 0,5h

    Instalao de um sistema operacional e softwares necessrios para o funcionamento perfeito de

    um PC. Ser proposto que os alunos peguem uma maquina que teoricamente no teria serventia

    nenhuma para o homem e a deixem operacional, pronta para servir aos propsitos de seu dono,

    processando e armazenando dados.

    3. Organizao da atividade de aprendizagem 10h

    Como particionar um HD (Windows e Linux);

    Escolher o sistema de arquivos para cada sistema operacional (SO);

    Como formatar um HD;

    Instalao do SO (Windows, Linux e Windows/Linux)

    Trabalho de pesquisa sobre Sistemas operacionais, tutoriais e dicas.

    Acompanhamento individual

    4. Coordenao e acompanhamento

  • 42

    A atividade ser executada, a primeira vez, pelo orientador e depois os alunos sero imbudos de

    repetir o processo e observar as etapas do mesmo. A coordenao e acompanhamento sero

    realizados de forma individual sempre que solicitados pelo aluno. Se o mesmo no solicitar

    acompanhamento no decorrer do processo, este ser observado no final para ver se foi

    desenvolvido de forma satisfatria. Ser um acompanhamento visual, e de explicao individual de

    duvidas.

    5. Avaliao da atividade de aprendizagem

    A mquina (PC), no final da atividade dever obrigatoriamente estar apta a receber, processar e

    armazenar dados, ou seja, funcional para os propsitos dos supostos clientes. Tambm ser

    avaliado todo e qualquer trabalho paralelo de pesquisa, bem como empenho, dedicao e

    concentrao na atividade e ainda iniciativa em trazer contedos pertinentes ao que se est

    abordando no momento.

    6. Acesso a outras referncias

    Indicao de sites e fruns sobre informtica, tais como: Clube do hardware, guia do hardware,

    viva o Linux, Ubunto Br, Mandriva Br, e outros sites atravs de pesquisa na internet, bem como

    indicao de algumas revistas, como Info, Pc Expert, Pc e Cia, Linux magazine, e algumas digitais,

    tais como a Linux Magazine community, espirito libvre, bem como alguns tutoriais disponveis na

    WEB. Sero encorajados a buscar informaes por conta prpria.

    7. Sntese e aplicao

    Aplicao dos conhecimentos obtidos, na instalao de outros SO, mais novos ou anteriores, tais

    como Windows 7, Windows 98 e outras distribuies do Linux. Atividade essa sem a ajuda do

    instrutor, comprovando o entendimento do processo com lgica.

    FORMULRIO DE PLANEJAMENTO DA SITUAO DE APRENDIZAGEM (LABORATORIO 2)

    Competncia(s) a ser(em) desenvolvida(s):

    Instalar e configurar o sistema operacional de computadores PC, bem como ferramentas para

    diagnstico, otimizao de memria, desfragmentao, anlise de disco, backup, descompactao

    e compactao de arquivos e combate a software malicioso, aplicando tcnicas de manuteno

    preventiva e corretiva de software com eficincia, responsabilidade, sigilo no trato de informaes

    do cliente e respeito propriedade intelectual.

    Situao de aprendizagem:

    Uma vez concluda a instalao do SO comea-se a configurao do mesmo, primeira instalao de drivers de hardware, onde exposto o porque da necessidade da instalao dos mesmo, bem como onde encontra-los, ou seja, nos cds que acompanham o hardware, site de fabricantes e fruns relacionados ao assunto. mostrado alguns sites e solicitado ao aluno que realize pesquisas na internet afim de localiza-los quando no existirem mais nos sites dos fabricantes, tambm mostrado como descobrir o fabricante de determinado hardware, isso via hardware e via software. Feito essa primeira parte solicitado aos alunos que faam as instalaes de software necessrios para o bom funcionamento do sistema, softwares adicionais, tais como plugins e queimadores de cd.

  • 43

    Passos metodolgicos: Recursos a serem utilizados Tempo

    1. Contextualizao e mobilizao: Quadro, caneto, computador 0,5h

    Explanao relembrando fundamentos e princpios de hardware, onde exposto que somente a

    instalao do sistema operacional no garante o pleno funcionamento do computador, pois nem

    todos os componentes de hardware sero instalados e que sem os softwares utilitrios, a utilidade

    do PC para usurio fica comprometida. Solicito aos alunos que verifiquem os componentes de

    hardware do computador e comprovem que nem todos esto instalados e em pleno funcionamento,

    tambm solicitado que realizem algumas atividades que necessite de software adicional, tais

    como gravao de um CD, assistir um DVD, abrir um arquivo do PowerPoint e navegar em sites

    que necessitem de java ou flash instalados, comprovando o no funcionamento do sistema e que

    necessrio instalar e configurar o ambiente computacional.

    2. Definio da atividade de aprendizagem: Computador, softwares e internet 0,5h

    Instalar e configurar drivers de hardware e software adicionais para o pleno funcionamento do

    computador.

    3. Organizao da atividade de aprendizagem 10h

    Detectar modelos de hardware de cada computador

    Pesquisar na internet os drivers para cada hardware, conforme sistema operacional instalado, bem como proceder o download dos mesmos

    Pesquisar, ou levantar perante debate no grande grupo, os principais softwares adicionais no mercado e obter os mesmos;

    Instalao de todos os drivers e softwares obtidos;

    4. Coordenao e acompanhamento 1h

    O acompanhamento ser dado de forma individual sempre que solicitado pelo aluno, ou detectado

    alguma dificuldade que no esteja sendo resolvida de forma autnoma.

    Aps a deteco do hardware os alunos devem relatar como fizeram o mesmo.

    Os alunos sero instigados a buscar os softwares nos sites dos fabricantes, e/ou outros servios na internet. Quando acharem os referidos softwares devem relatar quais as dificuldades.

    Quando todos os driver estiverem estalados sero encaminhados para a instalao de softwares adicionais.

    No final da atividade devem solicitar ao orientador que verifique os procedimentos bem como esclarea eventuais duvidas.

    5. Avaliao da atividade de aprendizagem 1h

    A mquina (PC), no final da atividade dever obrigatoriamente estar apta a receber, processar e

    armazenar dados, ou seja, com S.O., drivers e softwares instalados. Ser solicitado que os alunos

    executem algumas operaes bsicas no computador, tais como gravao de CD, navegao por

    sites especficos, criao e edio de documentos populares, comprovando que a maquina(PC)

    est apta.

    Tambm ser sugerido que os alunos respondam o seguinte questionrio:

    1. A atividade proposta ajudou a compreender melhor o funcionamento do