SETEMBRO - 2015 | ANO LXII • N 09 · Papa Francisco para o Ano da Vida Consagrada, “Olhar com...

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | SETEMBRO - 2015 | ANO LXII • N o 09 | O r d e m d o s F r a d e s M e n o r e s 2 5 a n o s d a M i s s ã o e m A n g o l a JUBILEU DA FIMDA 25 ANOS

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Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil | SETEMBRO - 2015 | ANO LXII • No 09 |

Orde

m dos Frades Menores

25 anos da Missão em A

ngol

a jubileu da Fimda25 anos

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Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP

www.franciscanos.org.br | [email protected]

Sumário

Mensagem do Ministro Provincial “CFFB, comunhão que fortalece ......................................................................................................................................459

FORMAÇÃO PERMANENTE “Frente da Comunicação: um breve panorama da situação de nossas emissoras”, texto de Frei Gustavo Medella ......................................................................................462

SAV Ordenação presbiteral de Frei Douglas Paulo Machado ...............................................................................464 Profissão Solene na Província ..............................................................................................................................................466 Franciscanos na Feira Vocacional de Santo Amaro ............................................................................................467 Experiência missionária na Diocese da Barra (BA) ..............................................................................................468 SP: Vocacionados e Jufristas juntos ................................................................................................................................469

FORMAÇÃO E ESTUDOS 10ª Assembleia dos Frades Estudantes da Província ........................................................................................470 Frades de Rondinha: parada no Postulantado ......................................................................................................472 Rondinha: Renovação dos votos de Frei Augusto e Frei Douglas ..........................................................473 Dia do Estudante na FAE e visita da imagem de Nossa Sra. Aparecida .............................................474 Frades de Rondinha: estágios nas Fraternidades 2015 ...................................................................................476 ITF inicia ano letivo ......................................................................................................................................................................478

FRATERNIDADES Semana da Família é destaque nos veículos de comunicação da Província .................................479 Frades de Lages e D. Irineu celebram com Clarissas.........................................................................................479 Frei Ludovico Garmus celebra jubileu sacerdotal em Xaxim .....................................................................480 Agudos: Festa de São Cristóvão ........................................................................................................................................482 Paróquia Nossa Senhora do Amparo é desmembrada ..................................................................................483 Rocinha: “Porciúncula” de São Conrado ......................................................................................................................484

FIMDA Angola se prepara para celebrar o Jubileu de 25 anos ...................................................................................486 “Dia da Mulher africana”, artigo de Frei Luiz Iakovacz .......................................................................................488 Notícias de Malange ..................................................................................................................................................................489 Encontro vocacional de agosto na FIMDA ...............................................................................................................490

EVANGELIZAÇÃO Secretário Nacional de Justiça visita o Sefras ..........................................................................................................491 Alunos da USF promovem ações solidárias durante todo o semestre ..............................................492

DEFINITÓRIO PROVINCIAL Notícias do encontro realizado em Guaratinguetá de 18 e 20 de agosto ......................................494

CFFB Apontamentos “Soltos”, artigo de Frei Adriano Freixo......................................................................................498 CFFB tem nova diretoria .........................................................................................................................................................502 Carta de Frei Éderson Queiroz, OFMCap, à CFFB .................................................................................................503 Eleito novo Conselho da OFS .............................................................................................................................................504 Santa Clara é celebrada com festa no Rio .................................................................................................................505 Nova Fraternidade da Jufra em São Paulo ................................................................................................................506 Frei Nestor visita Concepcionistas ...................................................................................................................................506

FALECIMENTO A trágica morte de Irmã Odete Aparecida dos Anjos, Franciscanas de Siessen .........................507

AGENDA ........................................................................................................................................................................................508

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Caríssimos Irmãos e Irmãs,

Que o Senhor vos dê a Paz e todo o Bem!

os dias 06 a 09 de agos-to de 2015,

no Centro de For-mação Sagrada Família, em São Paulo, aconteceu a XVII Assembleia Geral Ordinária da Família Fran-ciscana do Brasil (FFB). Com o tema “Família Francisca-na: Memória, Profecia e Realidade” e o lema inspirado nas palavras do Papa Francisco para o Ano da Vida Consagrada, “Olhar com gratidão o passado, viver com paixão o presente e abraçar com esperança o futuro”, a As-sembleia iniciou suas atividades na manhã do dia 06 de agosto, festa da Transfiguração do Senhor, com a Celebração Eucarística presidi-da por Dom Cláudio Hummes. Na sua homilia e reflexão, Dom Cláudio interpelou a Assembleia a subir frequentemente ao ‘monte’ para o encontro com o Transfigu-rado, bem como descer com Ele às planícies existenciais onde, fran-ciscanamente e com o Papa Fran-cisco, somos desafiados a abraçar

os grandes desafios proféticos do nosso tempo.

1 - memória A XVII Assembleia Geral, se-

guindo o seu tema, celebrou em primeiro lugar a sua MEMÓRIA histórica com a seguinte indaga-ção: como Família Franciscana do Brasil, de onde viemos e como che-gamos até aqui?

Recordou-se que a Família Franciscana no Brasil - antigo

CEFEPAL - nasceu em 1966 com a finalida-

de de atender aos apelos do Concílio Vaticano II para que as Ordens, Congregações e Institutos retor-nassem às suas origens e nela reencontrassem a fonte origi-nária da sua espiritualidade carismática. Foi

o apelo do retor-no às Fontes, tão

nitidamente ex-presso no Decreto

Perfectae Caritatis (outubro de 1965).

Portanto, a nossa Famí-lia Franciscana aqui do

Brasil é fruto do Vaticano II. Depois de estar por muitos

anos sediada em Petrópolis, RJ, atualmente a Família Franciscana tem sua sede/escritório em Bra-sília, DF.

Segundo as estatísticas, atual-mente a Família Franciscana do Brasil congrega 159 Instituições (Ordens, Congregações, Institu-tos e Movimentos) que se inspi-ram e vivem a espiritualidade de São Francisco e Santa Clara de Assis.

Assim, no próximo ano de 2016, a nossa Família Franciscana completará 50 anos!

Mensagem

ConFerÊnCia da FamÍlia FranCisCana do brasil:

ComunHÃo Que ForTaleCe

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Mensagem

2 . ProFeCiaDepois, em segundo lugar, o

tema da Assembleia evidenciou a PROFECIA, com esta pergunta: O que hoje nos inspira e motiva a viver nossa vocação franciscana como ‘família’ na nossa realidade brasileira? Ainda temos algo ‘novo’ a oferecer a partir da nossa Institui-ção chamada ‘Família Franciscana do Brasil’? Esta nossa ‘Família’ ain-da tem consciência da força profé-tica que emana de São Francisco e Santa Clara para o nosso mundo?

Olhando atentamente para a ca-minhada dos 50 anos como ‘Família’, somos gratos a Deus porque o Con-cílio Vaticano II de fato conduziu-nos ao encontro com nossas ‘Fontes’. Hoje as conhecemos, delas bebemos e nos alimentamos. Mas, essas mes-mas ‘Fontes’ nos motivam a abraçar com vigor profético o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, a exem-plo de São Francisco e Santa Clara?

Na Assembleia ficou evidente que nós, ‘Família Franciscana’, na profissão da fidelidade à Santa Mãe Igreja, carregamos uma responsabi-lidade ainda maior a partir do mo-mento que o Cardeal Bergoglio esco-lheu para o seu pontificado o nome FRANCISCO. Assim, os temas da fraternidade, da pobreza, da humil-dade, da simplicidade, do respeito, do cuidado, etc., tão caros à nossa espiritualidade franciscana, estão frequentemente presentes no pro-fetismo do Papa Francisco. E, mais recentemente, no apelo ‘ao cuidado da casa comum’ da Carta Encíclica Laudato Sì e no apelo ao Jubileu Ex-traordinário da Misericórdia (Bula Misericordiae Vultus), tão intima-mente unida ao ‘Perdão de Assis’.

3 - realidadeEm terceiro lugar, a Assembleia

deixou-se desafiar pela REALIDA-DE da nossa ‘Família Franciscana’.

Os diversos relatórios (Conselho Diretor, Regionais, OFS, JUFRA e Serviços) não negaram que, em muitos aspectos, encontramo-nos fragilizados e isolados nas nossas próprias casas e/ou entidades, com pouco espírito de pertença, comu-nhão, partilha e participação na vida e nas atividades da nossa Fa-mília Franciscana.

Não é hora de fragilização, mas de união de forças na formação e na evangelização! Nesse sentido, a As-sembleia apostou que nos próximos anos dever-se-á fortalecer o sentido de pertença, o cuidado pela forma-ção e a comunhão. E que esta reno-vação comece no próximo ano com celebrações locais e regionais dos 50 anos da nossa Família Franciscana, unida aos 800 anos do Perdão de As-sis, na perspectiva da Misericórdia e do Perdão (Misericordiae Vultus).

4 - renovaçÃo dos esTaTuTos - CFFbAlgumas pequenas mas signi-

ficativas alterações/reformas es-tatutárias foram feitas nesta XVII Assembleia Geral. Entre outras questões e para nos adequarmos às novas exigências jurídicas, foi feita

a mudança de nomenclatura. Do-ravante passaremos a ter o nome de CONFERÊNCIA DA FAMÍ-LIA FRANCISCANA DO BRASIL (CFFB). Portanto, nossa abreviação não mais será FFB e sim CFFB.

5 - memória de irmà odeTe aPareCida dos anjosNo sábado, dia 08 de agosto, dia

de São Domingos, tive a graça de presidir a Eucaristia da Assembleia da CFFB. Nesta Eucaristia foi feita a memória e homenagem à Irmã Odete Aparecida dos Anjos, 65 anos, das irmãs Franciscanas de Siessen, assassinada recentemente na Fazen-da da Esperança, em Guaratinguetá (Pedrinhas). Um martírio que nos remete às exigências da missão que encontramos na Regra não Bulada 16,14: ”Os irmãos, onde quer que es-tejam, considerem que se entregaram ao Senhor Jesus Cristo e lhe deram direito sobre os seus corpos” (Martí-rio), associado à Admoestação 6ª de São Francisco que trata da imitação e do seguimento do Bom Pastor, que, “para salvar suas ovelhas, sofreu a paixão da cruz”.

Concluo esta mensagem mensal com o convite a envolver-nos mais,

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Mensagem

seja em nível pessoal como em ní-vel de fraternidade, às diferentes programações da Conferência da nossa Família Franciscana do Brasil em seus diferentes níveis. Se o iso-lamento nos fragiliza, a comunhão nos fortalece! É disso que nos fala o Papa Francisco na Carta Apostó-lica para o ano da Vida Consagra-

da, particularmente quando nos admoesta a ‘vivermos com paixão o presente’: “A mesma generosida-de e abnegação que impeliram os Fundadores devem levar-vos, seus filhos espirituais, a manter vivos os seus carismas, que continuam – com a mesma força do Espírito que os suscitou – a enriquecer-se e

adaptar-se, sem perder o seu caráter genuíno, para se colocarem a servi-ço da Igreja e levarem à plenitude a implantação do seu Reino... Os Fundadores e Fundadoras viviam fascinados pela unidade dos doze ao redor de Jesus... Viver com paixão o presente significa tornar-se ‘perito em comunhão’... Por isso, sede mu-lheres e homens de comunhão... Vi-vei a mística do encontro...”.

Penso que a grandeza do pou-quinho de generosidade a mais de cada um de nós em prol da nossa ‘Família Franciscana’ não nos fra-giliza. Antes, torna-nos mais fortes para vivermos nossa unidade caris-mática com o mesmo fascínio e co-munhão de São Francisco e Santa Clara de Assis.

Que o Senhor nos abençoe e nos encoraje a ‘recomeçar sempre de novo’, sem jamais ‘perder de vis-ta o ponto de partida’.

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFMMinistro Provincial

seTembroVou libertar o meu Brasil em sonhos,Porque acredito venham ser verdade,Vou apagar pesadelos medonhos,Que vivo hoje, triste realidade...

Setembro é o mês da Pátria Livre, linda,Verde Amarelo, sonho de esperança;Meu sonho é ver o Brasil ser aindaAquele que aprendi lá em criança...

Do sonho nasce o grão que vai medrar,Do sonho vem a força do esperar,E a flor e o fruto, com certeza, surgem...

Sonhem comigo e a luz brilhar verão,Mas não demitam de lutar, oh! Não!Façamos nossa parte nesta história.

Frei Walter Hugo de Almeida

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Formação Permanente

onforme combinado desde o início deste ano, o es-paço da Formação Permanente em nossas Comuni-cações estaria reservado para uma interlocução com

as cinco frentes de Evangelização assumidas pela Província. Em nosso primeiro artigo, publicado na edição fevereiro, propusemos uma reflexão em torno da Comunicação en-quanto elemento que perpassa nossa vida evangélica e nos-sa missão evangelizadora. Nesta segunda abordagem, va-mos apresentar de maneira breve a atual situação de nossas emissoras, ligadas à Fundação Frei Rogério (Rádio Coroado – AM e Rádio Movimento – FM), de Curitibanos, SC, e à Fundação Cultural Celinauta (TV Sudoeste, Rádio Celinau-ta, AM, Rádio Movimento FM), de Pato Branco, PR.

a CoordenaçÃoAtualmente, por conta de fatores circunstanciais, a coor-

denação de ambas as fundações está a cargo de Frei Neuri Francisco Reinisch. Desde o início do triênio em Curitiba-nos, em março deste ano, Frei Neuri também assumiu o tra-balho junto à Fundação Cultural Celinauta e, desde então, tem se dividido entre Curitibanos e Pato Branco. Um fator que facilitou este trabalho foi o processo de integração entre as duas fundações, com parcerias e interajuda nas diferentes áreas - desde a programação, produção e administração – que teve início neste triênio.

as emissorasrádio Coroado am

Atuando na frequência 1140 KHz, AM, a Rádio Coroado, de Curitibanos, completou 60 anos em 2015. Para marcar a data, houve uma série de atividades, entre elas o lançamento de uma revista comemorativa que foi distribuída para todas as fraternidades da Província. Com a credibilidade adqui-rida em todos estes anos, a Coroado é líder de audiência em Curitibanos e Região, tendo como base de sua programação o jornalismo e a prestação de serviços à comunidade, unidos a momentos devocionais e de oração, além de programas que buscam valorizar a cultura, a música e os costumes locais. Em comunhão com a Província, a Rádio Coroado passou a levar ao ar no início deste ano o programa Sala Franciscana, que é veiculado de segunda a sexta-feira, às 6h da manhã.

O jornalismo bem feito, a prestação de serviços com qualidade, a mobilização da comunidade em ocasiões espe-ciais, como nos imprevistos climáticos (enchentes, venda-vais etc.), ou o Dia do Vizinho e a Semana da Família, por exemplo, são ações que trazem em si um profundo com-promisso evangelizador. Além destas ações, reconhecemos também a importância de programas, chamadas e interven-ções que tenham como característica o anúncio explícito da fé cristã católica. Permanece como meta conferir à nossa emissora um “rosto” cada vez mais franciscano.

rádio movimenTo Fm (CuriTibanos)Com perfil mais musical e voltado de maneira predomi-

nante aos jovens, a Rádio Movimento opera em 98,9 MHz. Apresenta também, ao longo da programação, peças educati-vas e formativas, que chamam a atenção e promovem valores como o respeito, a honestidade, a paz, a segurança no trânsito, etc. Encontrar uma linguagem dinâmica e atraente para levar o Evangelho neste ambiente de uma emissora FM permanece como desafio e meta a ser buscada insistentemente em nossa missão de comunicadores.

rádio CelinauTa amCompletou 61 anos em julho deste ano. Como emissora,

tem grande credibilidade e penetração no Sudoeste do Paraná. Na parte da manhã, entre 5h e 6h, um programa musical regio-nal. Depois, das 7h às 12h, o foco passa a ser o jornalismo. Na parte da tarde, uma programação dividida entre uma espécie de Classificados no Rádio (Mercado de Ofertas), entreteni-mento e novamente música regional. Às 18h, desde o início do ano, vai ao ar o Programa Sala Franciscana. Destaque também para a programação esportiva, que conta com grande audiên-cia. A partir das 20h, a emissora entra em cadeia com a Rádio Aparecida, permanecendo até as 5h. Neste ano, o jornalismo da emissora mais uma vez foi reconhecido em âmbito estadual, ao conquistar mais uma edição do Prêmio de Jornalismo pro-movido pela Federação do Comércio do estado (Fecomércio).

rádio movimenTo Fm (PaTo branCo)À semelhança da emissora em Curitibanos, apresenta

um perfil mais musical e jovem perpassado por mensa-gens pontuais que levam ao ouvinte um pouco dos valores evangélico-franciscanos. Recente pesquisa realizada entre a população brasileira revelou que os conteúdos mais bus-

FrenTe da ComuniCaçÃo:um breve Panorama da siTuaçÃo de nossas emissoras

FREI GUSTAVO W. MEDELLA

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Formação Permanente

cados no rádio são, atualmente, nesta ordem: música, jornalismo, espiritualidade e esporte.

Tv sudoesTeA TV Sudoeste é afiliada à Rede TV e é uma referên-

cia para toda a Região. O telejornal local é apresentado em duas edições e tem grande audiência no Sudoeste do Paraná. Os programas próprios conferem uma forte tônica regional à programação e também há a exibição de programas religiosos, principalmente estes: Bênção do Almoço, com Frei Felipinho, a Missa Dominical e os Caminhos do Evangelho, em parceria com a WebTV Franciscanos, que vai ao ar aos sábados com reprise aos domingos.

A TV atravessa um momento especial da sua his-tória, com a migração para a transmissão em HD, em alta qualidade. Para marcar este mudança, está sendo realizado um trabalho de reelaboração da plástica da emissora, ou seja, com a confecção de novas vinhetas, logomarcas, cenários e também um novo slogan: “A TV da nossa casa”.

virTudes Para um mundo novo PossÍvelNossas quatro emissoras de rádio têm trabalhado no

projeto Virtudes para um mundo novo possível. Através de mensagens breves e pontuais, o objetivo é despertar a audiência para a prática de ações e posturas que trans-formam a realidade de maneira simples e no dia a dia. Neste ano de 2015, estão sendo trabalhadas de maneira mais intensa as virtudes da humildade e do serviço.

a GesTÃo e o auTossusTenToAs emissoras todas são comerciais, embora estejam

ligadas a fundações. Pode-se, portanto, levar ao ar publi-cidades para garantir a manutenção. No entanto, num mercado cada vez mais competitivo e num momento em que a economia se encontra em retração, é necessá-rio que se tenha criatividade e ousadia para se manter. Em termos de condições econômicas, podemos dizer que nossas emissoras estão bem, mas não podemos em nenhum momento nos acomodar.

os ProjeTos em ComumRenderam bons resultados de audiência as séries te-

máticas realizadas pelas equipes de jornalismo das emis-soras AM. Na Campanha da Fraternidade deste ano, foi produzida uma série de entrevistas sobre o tema “Igreja e Sociedade”, colocada à disposição de todos os confrades e também de emissoras de todo o Brasil através do site da Rede Católica de Rádio (RCR). Também produzimos, em

trabalho conjunto das Rádios Coroado e Ce-linauta, uma série sobre o tema da Paz, tendo em vista o Ano da Paz convocado pela CNBB. Percebemos, em ambas iniciativas, uma porta aberta para levarmos bem longe as intuições e convicções que brotam de nosso carisma, fa-zendo ecoar o Evangelho, de quem Francisco se considerava arauto e propagador.

a Força de mobiliZaçÃoEm muitas iniciativas tivemos a oportu-

nidade de perceber o poder mobilizador do rádio e da TV. Podemos destacar o muti-rão convocado pela Fundação Celinauta através de seus veículos para ajuda na re-construção de casas de família na região de Xanxerê que foram atingidas por um forte vendaval. Posteriormente, a arrecadação de donativos para os atingidos pelo temporal em Francisco Beltrão, Coronel Freitas e re-gião. Qualquer convocação feita por um de nossos veículos desperta na comunidade um profundo senso de adesão e compromis-so. Também merece destaque o engajamen-to em campanhas de nível nacional em ações como a prevenção de doenças (agosto azul, outubro rosa, erradicação da poliomielite, etc) e outras.

a Presença de mais FradesSabemos que o “cobertor é curto” para

todas as Frentes de Evangelização, mas ve-ríamos com muito bons olhos a disponibili-dade e a manifestação de confrades que de-sejassem trabalhar especificamente nestes meios. Há trabalho de sobra, especialmente no que diz respeito à proposta, sugestão e produção de conteúdos. Para se aprofun-dar nesta área, é claro que um conheci-mento técnico prévio é de grande valia, no entanto, a base filosófica e teológi-ca que recebemos, aliada à vontade de progredir e à atenção carinhosa à vida do povo e aos fenômenos de nosso tempo vão conferindo as qualidades necessárias para sermos comunicadores de fato da Boa Nova do Evangelho. A quem se dispuser, as portas estão sempre abertas.

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SAV

atural de Florianópolis, onde nasceu no dia 4 de abril de 1987, Frei Douglas Paulo Ma-

chado será ordenado presbítero por Dom Jaime Spengler, OFM, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, no dia 26 de setembro, às 18 horas, na Paró-quia Santa Cruz, em São José (SC). Fi-lho de Milton e Dilma Machado, Frei Douglas tem dois irmãos e ingressou na Ordem Franciscana em 2007, onde professou solenemente no dia 10 de agosto de 2013. Frei Douglas celebrará a Primeira Missa no dia seguinte, 27 de setembro, na Capela São Miguel e San-ta Rita, em São José (SC).

Conheça um pouco mais o futuro presbítero nesta entrevista!

ComuniCações - Frei Douglas, como se deu seu discernimento vocacional?

Frei Douglas - Aos 13 anos de idade, manifestei o desejo de ingres-sar no seminário. Fui encaminhado pelo pároco de minha paróquia ao Seminário Menor da Arquidiocese de Florianópolis, em Brusque, onde permaneci por um ano. Durante esse tempo, comecei a ter contato com a literatura franciscana na biblioteca do seminário. Em casa, meu avô paterno contava histórias dos franciscanos de Coronel Freitas, onde ele morou por muitos anos, antes de se mudar para São José, e com quem teve muito contato. Aos poucos, surgiu em mim

um interesse, que crescia alimentado pela curiosidade, em conhecer a vida religiosa franciscana. Decidi, então, deixar o seminário diocesano para ingressar no franciscano. Para isso, contei com a ajuda e colaboração da Paróquia Santo Antônio, em Floria-nópolis, quando era pároco Frei Dal-vino Munaretto. Ingressei, pois, no Seminário Santo Antônio, em Agu-dos, e daí em diante percorri todas as etapas formativas na Província até completar a Teologia ano passado em Petrópolis.

ComuniCações - Depois de tantos anos de estudos e formação, você está prestes a ser ordenado presbítero. Fa-le-nos sobre sua expectativa.

Frei Douglas - A expectativa – e não poderia ser diferente – é muito grande. Junto com ela, vem também a preocupação em viver bem o mi-nistério que ora assumo. Bem diz São João Crisóstomo quando afirma que “embora seja exercido na terra, o sa-cerdócio possui contudo o caráter de

instituição celeste”. E ainda: “Conhe-ço minha alma, sei como ela é fraca e pusilânime. Conheço a dignidade do sacerdócio e as dificuldades de exercê-lo. Pois mais numerosos do que os ventos que revoltam o mar, são as ondas que inquietam a alma do sacerdote”. Se o Boca de Ouro disse isso, que direi eu? Que não te-rei dificuldades? Que não cometerei erros? Sei que a ordenação sacerdotal não é só um ponto de chegada, mas sobretudo, um ponto de partida. Ao longo do ministério sacerdotal que irei exercer, vou me tornar, com aju-da dos irmãos, sempre mais “padre”. Pois sei que não é um favor que faço a Deus, mas uma resposta ao imenso favor que Deus me fez, chamando-me para o seu serviço, o arriscado e nobre serviço da Verdade e do Amor. Como a São João Crisóstomo, também a mim o infinito amor de Deus causa vertigens, quando olho para o abismo da minha pequenez humana. Rezo a Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, que, configurado a Ele, eu O ajude “na

enTrevisTa

Frei douGlas Paulo maCHado“a ordenação sacerdotal não é só um ponto de chegada, mas sobretudoum ponto de partida”

MOACIR BEGGO

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– pertence à Igreja e somente a ela. Também por isso escolhi como lema de ordenação: “... como Cristo amou sua Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). Ou seja, é na e para a Igreja que se assume esse ministério. O Santo Padre enumerou três pontos (Comu-nicações de Dezembro/2014, p. 611) para ser presbítero, nos quais ressalta que ser presbítero é viver para os ou-tros. Ei-los: 1) Fraternidade: o Papa afirma que “o ministério sacerdotal não pode, de modo algum, ser indi-vidual e tampouco individualista”; 2) Oração: o Pontífice aconselha que “tenham todos os dias longas horas de oração” e “deixem que a oração de vo-cês sejam um convite ao Espírito”, do qual depende a construção da Igreja; e 3) Missão: O Santo Padre diz que “a missão é inseparável da oração, por-que a oração abre ao Espírito e o Espí-rito os guiará na missão”.

ComuniCações - Deixe uma men-sagem aos jovens que gostariam de seguir Francisco de Assis.

Frei Douglas - A pergunta de Frei Masseo a São Francisco é a mesma que se faz ainda hoje: “Por que a ti? Por que a ti? Por que a ti? (...). Por que todo mundo anda atrás de ti e toda

gente parece que deseja ver-te e ouvir--te e obedecer-te?” (I Fior. 10). Além da resposta do próprio Francisco, há uma de um escritor capuchinho: “Os motivos pelos quais a pessoa de Fran-cisco atrai e suscita em nossos dias crescente interesse não devem sem dúvida ser procurados em seu em-penho pela paz, no seu amor pela natureza e na sua liberdade diante do poder e do sucesso. O segredo de sua vida é mais profundo e se funda-menta na fé totalmente pessoal e na confiança imperturbável em Deus, naquele que é o bem sumo, vivo, verdadeiro e amável” (L. Lehmann). Ora, se Francisco atrai a muitos, é antes atraído por Deus, é seduzido pelo “Amor que não é amado”, como o profeta: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir; tu me agar-raste e me dominaste” (Jr 20,7). E ainda: “Quando pensava: ‘Não me lembrarei mais dele, já não falarei em seu nome’, então sentia em meu coração como um fogo devorador, encerrado em meus ossos” (Jr 20,9). Quem se dispõe a seguir São Fran-cisco deve desejar o martírio, ou seja, morrer para si e viver unicamente para Deus, pois se ele atrai, é para o Cristo que ele atrai.

missão de morrer na cruz e dar seu sangue para a redenção da humani-dade” (Frei Neylor – Comunicações de Fevereiro/2015, p. 95).

ComuniCações - Que desafios você espera como presbítero?

Frei Douglas - No discurso de formatura do ano passado, no ITF, apresentei alguns desafios que espera-vam os novos teólogos. Acredito que os desafios que terei que enfrentar como sacerdote não serão distintos daqueles. Por isso, repito aqui as pa-lavras que disse outrora: “Cada vez mais se torna uma tarefa complexa testemunhar a fé. Vivemos em uma época marcada pela mudança, cujo nível mais profundo é o cultural. Vi-mos nas últimas décadas a ascensão de questões delicadíssimas sobre en-genharia genética, bioética, revolução sexual, novas relações de trabalho, mudança na estrutura familiar, infor-mática, nomadismo religioso, dentre tantas outras. A concepção do ser hu-mano é quase por completa diluída. Imperando absoluta, a subjetividade, aliada à busca pragmática e imedia-tista, sem preocupação com critérios éticos, solapa os valores e ideais cris-tãos. A afirmação dos valores pura-mente subjetivos e pessoais, sem um esforço semelhante para garantir os direitos sociais e solidários, resulta em prejuízo da dignidade de todos, especialmente daqueles que são mais vulneráveis, os preferidos de Deus”. Os teólogos, digo, os presbíteros são responsáveis por suscitar a esperança nesse mundo multifacetado. Não se pode trair essa confiança, buscando a vesguice da Verdade.

ComuniCações - Como é ser presbí-tero na Igreja do Papa Francisco?

Frei Douglas - Ser presbítero na Igreja do Papa Francisco é ser presbí-tero na Igreja! O ministério sacerdotal – e isso não é novidade para ninguém

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SAV

endo o Senhor nos inspirado a seguir mais de perto os passos e o Evangelho de Nosso Senhor

Jesus Cristo”, nós, Frei Gabriel Vargas, Frei Marx Reis, e eu, Frei Leandro Costa, professaremos os votos Sole-nes no dia 19 de setembro, em Petró-polis. Antecipamo-nos pedindo que toda a Fraternidade Provincial, cada frade, faça a Deus uma prece em nos-so favor, para que, sustentados pela força do Senhor, sigamos inspirados os passos e os ensinamentos de nosso único mestre e guia.

O nosso desejo é professar a Re-gra dos Frades Menores e com o auxílio do Senhor levar a nossa pro-fissão a bom termo. Não porque me-reçamos ou porque nos distinguimos de tantas outras pessoas, mas é graça Daquele que nos chama. Nunca será mérito para os que se lançam nessa caminhada! Professaremos os votos – sem nada de próprio, obediência e castidade – buscando revelar Deus que, apesar de nossas infidelidades, se dignou comunicar-se através de nós, fazendo de nossas vidas sinais

ProFissÃo solene na ProvÍnCia

Frei Gabriel vargas dias alvesnatural: rio de janeiro (rj) - 14/10/1985Primeira Profissão: rodeio, 2010

evidentes de sua compaixão para com os seus filhos.

E assim sendo, que o mundo veja em nossas vidas, marcadas com estes sinais de antecipação de seu Reino, a grande misericórdia de Deus. Que a medida de nossa entrega seja para o mundo sinal do que Deus pode fazer com aqueles e aquelas que se lançam em seus caminhos. Motivados pelo Ano da Vida Consagrada, queremos assumir, como nos interpela o Bispo de Roma, essa consagração com uma alegria transbordante, na santidade e com coerência na vida fraterna, nos-so testemunho de missão.

Nossa alegria maior é saber que Deus se compadeceu de nós e nos chamou para que nos reparássemos por meio da vida de penitentes nes-te mundo. Que em nós, o encanto, a alegria e o entusiasmo no seguimen-to de Cristo, constituam-se como fer-mento e atração de novas vocações à Vida Consagrada. Entregamo-nos, pois, de todo coração!

“A religião dos Frades Menores segue os vestígios e os passos do me-lhor, do mais rico e do mais santo que existiu e existirá, isto é, Nosso Senhor Jesus Cristo” (Frei Egídio de Assis).

Frei leandro Costa santosnatural: são Paulo (sP) - 5/3/1990Primeira Profissão: rodeio, 2010

Frei marx rodrigues dos reisnatural: rio de janeiro (rj) - 28/9/1989Primeira Profissão: rodeio, 2011

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SAV

endo como tema “Família, Santuário da Vida”, a Dioce-se de Santo Amaro (SP) pro-

moveu nos dias 15 e 16 de agosto a XXIV Feira Vocacional nas depen-dências da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, na cidade Dutra, zona Sul de São Paulo.

Idealizada por D. Fernando An-tônio Figueiredo, OFM, desde 1992 este evento reúne um número bas-tante significativo de jovens, propor-cionando espaço para a celebração da Santa Missa, adoração ao Santíssi-mo, confissões, presença de estandes de diversas congregações religiosas e novas comunidades católicas, espaço de alimentação e integração e shows de músicas católicas.

No sábado, dia 15/08, D. José Ne-gri, PIME, bispo coadjutor da Diocese de Santo Amaro, presidiu a Celebração Eucarística de abertura da Feira. Em

FranCisCanos na Feira voCaCional de sanTo amaro

seguida, o recém-chega-do bispo percorreu todo o espaço da Feira e visitou todos os estandes e con-gregações, esbanjando alegria e simpatia.

Para a Festa da As-

sunção de Maria e também Dia dos Religiosos, a presidência da Missa solene ficou sob responsabilidade de D. Fernando Figueiredo, que não deixou de expressar a alegria em ver a presença dos franciscanos.

Para Frei Diego Atalino de Melo, do Serviço de Animação Vocacional, espaços como este não podem dei-xar de ser marcados pelos francisca-nos. “Em tempos de globalização e comunhão, não podemos mais viver isoladamente. É importante ocupar espaços como esse, fazer parceria, conhecer as novas comunidades e integrar-se à realidade onde os nossos jovens estão. Precisamos mostrar o nosso rosto franciscano para a juven-tude, ir ao seu encontro e oportunizar um primeiro contato, esclarecer suas primeiras dúvidas e ajudá-los neste processo de discernimento vocacio-nal, pois é do encontro e da alegre

acolhida que pode nascer o desejo de também seguir os passos de Francis-co”, destacou o frade, que pelo segun-do ano consecutivo trouxe a presença franciscana para a Feira.

Ele também destacou a alegria em poder contar com a parceria das Irmãs Andréa da Luz, Ir. Inês dos Santos do Nascimento e Ir. Isabel Cristina Simeoni, Franciscanas de Ingolstadt, além da presença da Irmã Regina Celi da Silva, que esteve re-presentando o Instituto Secular Pe-quena Família Franciscana.

Também estiveram presentes as vocacionadas das Irmãs e os vocacio-nados do Largo São Francisco, cujo animador vocacional é Frei Alvaci Mendes da Luz. A presença destes jovens é uma oportunidade para eles conhecerem a riqueza deste grande jardim que é a Igreja, com sua di-versidade de carismas e inspirações,

bem como se sentirem, desde já, membros e per-tencentes à Família Fran-ciscana.

Irmã Andréa da Luz, Franciscana de Ingolstadt

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SAV

“Alarga o espaço da tua tenda” .

possibilidade de viver, nova-mente, alguns dias de missão na diocese de Barra, na Bahia,

oportunizada pelo nosso confrade Dom Luiz Flávio Cappio, OFM, mais uma vez me fez renovar as energias como frade menor, descobrindo o quanto ainda é preciso alargar a ten-da do coração e da própria vocação.

Dos poucos porém intensos dias vividos junto às comunidades ribei-rinhas daquela diocese, alguns va-lores franciscanos foram revisitados nesta tenda interior:

- Itinerância: O exercício de a cada manhã chegar em uma nova comunidade, ser acolhido em uma nova família, nova casa, novas pesso-as, novo modo de celebrar, etc; opor-tunizaram a compreensão de que a itinerância não deve ser um valor im-posto de fora, mas que deve surgir do interior de nossa própria experiência de fé e que deve abranger toda a nossa vida. “... e morem nelas sempre como forasteiros e peregrinos” (Test 24).

- Fraternidade: Conforme nos lembra o capítulo 10 de “Sois chama-do à liberdade”, construir de modo constante a Fraternidade não é prin-cipalmente uma questão de horários e de estruturas, mas pressupõe a escuta sincera daquele chamado do Senhor que nos desinstala de nossas seguran-ças e nos põe a caminho para ousar, com lucidez e audácia, viver aqui e agora a utopia da fraternidade uni-versal, na nossa realidade concreta, junto aos irmãos com os quais nos é dado viver hoje. Assim foi a nossa dinâmica fraterna ao longo desta mis-são, quando juntos procuramos viver uma fraternidade em e para a missão. Gratidão aos confrades Alan, Jhones, Fidélio, bem como ao seminarista Cí-cero, por terem proporcionado dias de intenso convívio a aprendizado.

- Ecologia: Convivendo com as comunidades ribeirinhas, as pala-vras da “Laudato Sì” tornaram-se, mais do que nunca, realidade e vida. O rio que está secando, o peixe que tem se tornado escasso, a chuva que já não molha a terra e a consequente miséria do povo que padece a cada dia, são sinais de que a nossa irmã

e mãe terra está realmente sofrendo em dores de parto. Não há distância ou separação entre a terra e a vida do povo. Somos parte desta casa co-mum, desta ecologia integral. Daí a necessidade urgente de uma mudan-ça ecológica global, bem como de pensarmos um estilo de vida alter-nativo.

Por fim, expresso a gratidão ao nosso confrade Dom Luiz Flávio Cappio, pela tão cordial e frater-na acolhida em sua diocese. Além disso, penso que é motivo de gran-de alegria saber que dois de nossos confrades estudantes de filosofia, Alan Leal e Jhones Martins (ver. pág. 477), puderam viver este tempo naquela diocese. Se a nossa cabeça pensa a partir de onde nossos pés pisam, certamente esta experiência irá ajudá-los a pensar sua própria formação e vida religiosa também a partir da ótica destes claustros es-quecidos, onde muitas vezes a bele-za e a dignidade da pessoa humana são ofuscadas. Sentir-se bem nesse meio talvez seja um dos critérios para discernimos nossa verdadeira vocação (RNB 9,3).

eXPeriÊnCia missionária na baHiaFREI DIEGO ATALInO DE MELO

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SAV/JUFRA

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odo dia preciso lembrar por que sou frade menor”, des-tacou Frei Alvaci Mendes

da Luz, animador vocacional do Convento e assistente espiritual da Jufra, no encontro com os jovens no domingo (2/8), dia em que a Fa-mília Franciscana no mundo todo celebrou a 799ª Festa do Perdão de Assis. Fizeram-se presentes os jovens vocacionados do Largo São Francisco e da Jufra das Chagas, ramo jovem da Ordem Francisca-na Secular.

A Celebração Eucarística do-minical ocorreu como de costume: os vocacionados celebraram com a comunidade na igreja do Conven-to São Francisco e quem presidiu a celebração foi Frei Alvaci. Já os jovens da Jufra celebraram na Igre-ja da Venerável Ordem Terceira juntamente com a fraternidade da

OFS (Ordem Franciscana Secular), que contou com a presença do Frei Miguel da Cruz para presidir a ce-lebração.

Em sua homilia, Frei Miguel lem-brou que o perdão – celebrado com alegria pelos franciscanos e francis-canos neste dia – é um pão que sa-cia a fome que temos de Deus: uma fome de justiça e paz. Para o Frei, Francisco de Assis foi alguém que soube perceber a fome do seu povo e assim interceder por ele, quando pede ao Papa a indulgência da Por-ciúncula.

o TesTamenTo da Primeira FraTernidade FranCisCana

“Eu quero levar todos para o céu”, desejou ardentemente nosso pai São Francisco e por isso pediu ao Papa uma indulgência plenária a ser con-ferida naquela pequena ermida onde morava com os frades e onde, anos mais tarde, recebeu a visita da Irmã

Morte. Para viver este momento em fraternidade, após o café, os jovens da Jufra se dirigiram ao Convento onde já se encontravam os vocacio-nados com Frei Alvaci para a refle-xão sobre a importância de celebrar a festa do Perdão de Assis.

Em sua reflexão, o Frei destacou que aquele momento era a oportuni-dade de revisitar o lugar especial de nossa vocação, o lugar do coração. E esta atitude deve ser repetida to-dos os dias, se necessário. Devemos sempre retornar àquele lugar interior onde fomos visitados pela graça que é manifestada no perdão e é capaz de limpar a mancha do pecado.

Celebrar a festa da Porciúncula é permitir-se mergulhar no mistério de uma pequenina igreja, modelo de fraternidade, e ter a certeza que Deus pode fazer grandes coisas com os humildes de coração, como fez há 800 anos com Francisco e Clara de Assis.

voCaCionados e juFrisTas junTosVInÍCIUS FABREAU, DA JUFRA

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Formação e Estudos

10ª Assembleia dos Frades Estudantes da Província teve início no dia 28/07, na cida-

de de Petrópolis, com a chegada de todos os confrades para o recreio de abertura, acontecido às 19 horas. Já no primeiro dia fomos recebidos pelo “russo”, fenômeno climático fre-quente na região. No Convento do Sagrado Coração de Jesus, que re-

10ª assembleia dos Frades esTudanTes

“ide Às PeriFerias”FREI GABRIEL DELLAnDREA

“ninguém olhando o chão supõe sementes mil. Que assim crescendo estão, mas deus fecunda o que assumiu!”

(josé Thomaz Filho)

cebeu o encontro, não faltou alegria por causa do reencontro dos estu-dantes de Teologia e Filosofia.

De antemão, quando nos depa-ramos com um campo de terra a ser cultivado, já arado por qualquer ma-quinário, não nos detemos em pensar que ali repousam diversas sementes. Estas podem ser trazidas pelos ven-tos, pelas mãos humanas, pelos pássa-ros ou por qualquer outro meio. Elas estão prestes a desabrochar! Esperam somente um pouco de água e as con-dições necessárias para virem à tona!

Nesse contexto, a 10ª Assembleia foi, sem sombra de dúvidas, um ter-reno vazio deste tipo. Assim, desa-brocharam naturalmente sementes que ao longo do tempo poderão se desenvolver, dar o seu sinal.

A água e os outros meios ne-

cessários para este dar a vida às se-mentes escondidas no campo foram proporcionadas por Deus Pai, nosso Criador, que sustenta e governa tudo aquilo que assumiu e que criou. Por isso, neste pedaço de terra, que foi a Assembleia, todos nós, frades parti-cipantes, pudemos dar o nosso me-lhor, oferecendo aos confrades a nos-sa opinião, deixando florescer aquilo que guardamos em nossos corações de uma forma fraterna e respeitosa.

O segundo dia foi marcado por reflexões e partilhas, com algumas explanações e plenários, pois discuti-mos documentos importantes como o “Plano de Evangelização da Pro-víncia”. Frei Antônio Michels propôs algumas provocações, tendo em vista os apelos da Igreja e da Ordem hoje. Também estudamos as Diretrizes e

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Formação e Estudos

Estatutos para a Formação, nos quais nos detivemos bastante, mudando até o cronograma proposto para a Assembleia, a fim de aprofundarmos bem e refletirmos juntos sobre a te-mática da formação.

Nesse contexto, o terceiro dia foi reservado para o convívio fraterno e o lazer, pois fomos todos até o Pro-menade Contry Club. Neste espaço tivemos a oportunidade de conver-sar, fazer grupos de cantoria, praticar atividades esportivas, descansar e até nos divertimos com um bingo. Tudo isso intensificou ainda mais o clima fraterno do encontro, como destaca-ram alguns confrades.

Sendo assim, o quarto dia foi muito importante e intenso, pois nos dirigi-mos até o Instituto Teo-lógico Franciscano onde Frei Fidêncio Vanbo-emmel, nosso Ministro Provincial, nos brindou com suas palavras sobre o que foi discutido no Capítulo Geral aconte-cido neste ano. Assim, destacou o grande ape-lo feito a toda a Ordem: “Ide às periferias!”. Além disso, tivemos uma con-versa fraterna e aberta, e pudemos dialogar sobre alguns temas. Neste dia

também fomos até Imbariê, onde celebramos junto com o povo e de-pois fomos recebidos na Fraternida-de Mãe Terra, que proporcionou um jantar muito alegre e festivo.

O último dia desta 10ª Assem-bleia foi muito importante, pois ava-liamos as atas e as sínteses produzi-das ao longo dos plenários. Após este momento, para fechar com “chave de ouro”, Frei Fidêncio celebrou a Mis-sa de encerramento. Na homilia, ele recordou o tema de nosso encontro: “Irmão e Menores no nosso tempo”, destacando a necessidade de reto-marmos bem essas características, incitando-nos com as mesmas pa-lavras de nosso Pai São Francisco:

“Comecemos irmãos, pois até agora pouco ou nada fizemos” (LM XIV, 1,3). Por fim, agradeceu a participa-ção e destacou que tudo o que fize-mos foi uma atitude de disponibili-dade ao chamado do Senhor!

Deste modo, pedimos ao Se-nhor que continue acompanhando a todos nos trabalhos do Capítulo Provincial. Rogamos também que o Espírito do Senhor, plantado em cada coração, possa receber aquilo que é necessário para frutificar e in-tensificar a nossa missão de sermos Irmãos e Menores no nosso tempo. Assim cumpriremos o nosso desejo honesto de seguirmos a Jesus Cristo, ao modo de Francisco de Assis!

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o retorno da Assembleia dos Frades Estudantes, re-alizada em Petrópolis, os

frades de Rondinha fizeram uma parada em Guaratinguetá, na casa do Postulantado, onde foram aco-lhidos pelo guardião Frei João Francisco.

“Chegamos no final da tarde de sábado (01/08) e, às 19 horas, ti-vemos a oportunidade de rezar o Terço dos Homens, que comumen-

te acontece no primeiro sábado de cada mês. Essa rica devoção maria-na marcou também a celebração das I vésperas da festa de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula. Terminada a oração, nos reunimos em fraternidade para degustar-mos uma deliciosa pizza, assada no forno à lenha, e pudemos des-cansar e confraternizar com nossos confrades. Na manhã do domingo (02/08) rezamos com solenidade

as Laudes da Festa da Porciúncula, e o Perdão de Assis. Depois, com toda a comunidade reunida, que frequentemente participa da Euca-ristia no Seminário, agradecemos a fraterna acolhida dos confrades de Guaratinguetá e pedimos que Deus, o Sumo Bem, nos conceda sempre a graça da perseverança, da fraternidade, da minoridade e da paz”, contou Frei José Aécio de Oliveira Filho

MAIS InFORMAÇÕES:Frei João Mannes - E-mail: [email protected] - Fone: (041) 9134-4969Site da Fraternidade São Boaventura - www.franciscanosrondinha.com.br

PROFESSORESFrei Fábio Cesar Gomes. Doutor em Teologia, com espe-cialização em Espiritualidade Franciscana.Frei Fidêncio Vanboemmel. Mestre em Espiritualidade Franciscana.Frei João Mannes. Doutor em Filosofia, com especializa-ção na Filosofia Mística de São Boaventura.

Por ocasião do “Ano da Vida Consagrada”, proclamado pelo Papa Francisco, a Fraternidade Franciscana São Boaventura, em Campo Largo, Rondinha (PR), oferece o Curso sobre A Vida Consagrada de São Francisco e Santa Clara de Assis e na Igreja hoje.

Formação e Estudos

Parada no PosTulanTado

Rondinha

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Formação e Estudos

a Festa de Nossa Senhora dos Anjos, a fraternidade do Con-vento São Boaventura, em

Rondinha, reuniu-se para celebrar a renovação dos votos de Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Douglas da Silva. Na homilia, apoiado pelas palavras de Papa Francisco aos religiosos, Frei João Mannes, presidente da celebra-ção e representante do Ministro Pro-vincial, destacou que devemos “olhar com gratidão o passado, viver com paixão o presente e abraçar com espe-rança o futuro”. E, neste sentido, olhar com gratidão o passado é olhar para a Porciúncula: “Significa olhar com gratidão para todas pessoas que per-petuaram e perpetuam no mundo o carisma franciscano. Olhar com gra-tidão o passado significa olhar para a Porciúncula, cuja festa hoje celebra-mos, pois ela aponta para aquilo que nos identifica como franciscanos. A Porciúncula não é apenas um lugar geográfico, mas indica o modo fun-damental da vida franciscana”.

E, dirigindo-se aos confrades que renovaram os votos, disse: “Como

professos temporários, nós renova-mos os votos por um ano. Porém, para que durem um ano, eles de-vem ser renovados todos os dias. E como professos solenes, também de-vemos renovar todos os dias os vo-tos para que se tornem definitivos”.

Após a homilia, Frei Augusto e

Frei Douglas pediram ao Senhor a graça de renovar, por mais um ano, as promessas de viverem na frater-nidade em obediência, sem nada de próprio e em castidade, servido a Deus, à Igreja e aos homens. A cele-bração terminou em festa e com um delicioso almoço.

No sábado (7/8), juntamente com a Pastoral Hospital, nós, frades, pudemos participar da Cantata ofertada aos papais, aos enfermos e funcionários do Hospital do Rocio. “Assim, envolvidos pelo Espírito do Senhor, rezamos e cantamos pelos corredores, passando pelas enfermarias , UTIs e quartos”, revelou Frei Jefferson Max Nunes Maciel.

renovaçÃo dos voTosde Frei auGusTo Gabriel e de Frei douGlas da silva

FREI ZILMAR A. DE OLIVEIRA

dia dos Pais É Celebrado Com CanTaTa na PasToral HosPiTalar

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Formação e Estudos

o dia 11 de agosto, festa de Santa Clara de Assis, Dia da Televisão, do Advogado e

também dos Estudantes, os frades de profissão temporária de Campo Lar-go foram convidados a participar da acolhida à réplica da imagem de Nos-sa Senhora da Conceição Aparecida na Paróquia Bom Jesus dos Perdões e no Centro Universitário da FAE.

Esta réplica está passando por todas as paróquias do Brasil em co-

memoração ao tricentenário do en-contro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba por três pescadores.

Com a Pastoral Universitária da FAE, a imagem foi levada ao Centro Universitário, onde fez-se um mo-mento celebrativo com cantos ma-rianos e orações. Em seguida, passou em procissão por alguns setores da FAE e terminou com a celebração da Santa Missa, como é de costume to-das as terças-feiras na capela da FAE, presidida pelo reitor Frei Nelson José Hillesheim.

Às 19 horas, os estudantes da FAE foram convidados a irem ao Te-atro Bom Jesus por causa do projeto SOU+PAZ da FAE, e também por causa do Dia do Estudante. Desta maneira, os frades foram convidados pelo Reitor a cantar para todos os es-tudantes alguns cantos franciscanos, embalados ao som da flauta e do vio-lão. Frei Nelson reafirmou que a FAE é uma instituição franciscana na qual também os frades estudam Filosofia e está sempre em busca de uma edu-cação diferenciada.

dia do esTudanTe na Fae e visiTa da imaGem de n. senHora aPareCida

FREI MARCOS SCHWEnGBER

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Formação e Estudos

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Formação e Estudos

rondinHa: esTáGios nas FraTernidadesDurante o mês de julho, os frades de profissão temporária puderam conhecer algumas Fraternida-des da Província. Nestas páginas, eles partilham um pouco desta experiência.

Frei HeberTi s. ináCio e Frei roGer sTraPaZZonFraTernidade de ForQuilHinHa

Frei eduardo auGusTo sCHieHl reCiFran - seFras/sP“Consigo entender que a vida é um dom preciosíssimo mesmo sendo às vezes ingra-ta. Mesmo nas dificuldades e na penúria ain-da podemos olhá-la com gratidão, pois não são as coisas que temos, mas o que somos que nos dignificam. Foram esses irmãos na labuta para conseguir o necessário que me ensinaram que, às vezes, o muito se torna lixo e o pouco torna-se o tudo. Pude vislum-brar ainda que mesmo que um sistema ou alguém nos roubem o essencial para viver, ninguém conseguirá nos tomar a esperança”.

Frei anGelo baraTella e Frei douGlas da silvaPosTulanTado Frei GalvÃo“Foi uma satisfação muito grande poder conviver com os frades que aqui moram, saborear a curiosidade dos postulantes que estão dando os primeiros passos da vida franciscana, e certamente revigorar o espí-rito nos momentos de oração com os ro-meiros, que nos doam tanto carinho”.

Frei HuGo C. dos sanTosFraTernidade de braGança PaulisTa “Muitas vezes, a caridade, essa que tanto buscamos, não está só lá fora, onde que-remos mudar o mundo, mas está também dentro de nossas casas, naquilo que é sim-ples e que muitas vezes desprezamos. O extraordinário muitas vezes está escondido no simples, no comum. E a importância que damos àquilo que é carente de aten-ção, se revela para nós como significativo e grandioso, em outras palavras, é encontrar o Cristo que estava escondido”.

Frei samuel s. soares e Frei josemberG C. aranHa Fazenda da Esperança - Pedrinhas“Não compete a nenhum ser humano jul-gar o outro. Jesus Cristo e Francisco de Assis não julgaram nem condenaram, mas amaram sem reservas. Descobrir no fundo de cada ser humano a bondade que se ma-nifesta em suas ações e que se revela nas pe-quenas coisas do cotidiano é a experiência mais forte da Fazenda da Esperança”.

“Na paróquia dedicada ao Sagrado Co-ração de Jesus tivemos a experiência de, a exemplo dos apóstolos de Jesus, ir ao encontro através da pastoral da visitação. Experimentamos um povo sedento de palavras e da bênção de Deus, que nos acolheu com alegria partilhando suas vi-

das simples e de muito trabalho. Além de visitar algumas das 27 comunidades aten-didas pelos frades, tivemos a oportunida-de de conhecer e trabalhar na evangeliza-ção por meio das ondas de rádios através do programa diário que a paróquia man-tém na emissora local Onda Jovem FM”.

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Formação e Estudos

Frei leandro Ferreira silvaConvenTo sÃo FranCisCo (sP)

“Estar na portaria do Convento é encontrar- se com cada um em suas singularidades: é estar pronto para comercia-lizar, escutar, informar e abençoar a cada ho-mem, mulher, jovem e

criança que desejam encontrar um religio-so franciscano, para, muitas vezes, entrar em sintonia com o Divino que habita entre nós”.

Frei eriCk de araújo láZaroProjeTo de aColHida aos imiGranTes “Aprendi muito com eles a partir de suas histórias de vida, do drama que vivem ao deixar sua terra natal em busca de oportu-nidades em outros países. Diante disso, o nosso dever é aquilo que o Senhor fala no Evangelho: “Fui estrangeiro e me acolhes-te” (Mt 25, 35).

Frei marCos sCHwenGber e Frei jeFFerson maXFraTernidade de sÃo josÉ - GasPar“Com alegria pudemos conviver com esta fraternidade. Foi-nos um lugar abençoado em que participamos da dinâmica da pró-pria vida dos confrades, auxiliando na Paró-quia, em celebrações da Palavra, catequese, visita e bênção às famílias e aos doentes. As-sim, sentimos a presença do próprio ‘Espí-rito do Senhor e seu Santo modo de operar’ atuando e agindo em nós e através de nós”.

Frei Zilmar auGusTo e Frei raoni FreiTas FraTernidade de CHoPinZinHo “Ao visitar a aldeia indígena dos Kain-gang, uma única certeza eu obtive: a mão de Deus repousa sobre este povo. Não foi difícil encontrar em cada casa que en-

trávamos um povo acolhedor. Famílias parecidas com tantas famílias que conhe-cemos, mas cada uma delas era singular. Do seu modo tentavam imitar a família de Nazaré. Em algumas famílias só estavam Maria e Jesus, pois José havia ido traba-lhar. Em outras apenas Jesus, porque seus pais estavam à procura do pão diário. Ou ainda, Maria e José esperavam por mais um Jesus. Por vezes era por uma pequena janela, no lar de madeira, que servia para a criança olhar e sonhar com um mundo melhor no qual ela pode ser livre longe da ganância dos poderosos. Na simples aldeia não há capela, apenas o coração bondoso de Jorgina, a líder daquela comunidade católica. A esta mulher, e a tantas outras, nós devemos não só tirar o chapéu, mas lavar-lhes os pés! Que exemplo de servi-ço e disponibilidade... Como temos que aprender com este povo, com essa gente que no pouco se faz rico, que na vida nos dá uma lição, que nos mostra a nobreza da simplicidade, e a gratuidade do amor. Fazei, Senhor, que nossa vida se converta e nossos passos sempre procurem vossos caminhos, assim estaremos sempre mais próximos de vós, junto àqueles que mais vos levam no coração”.

Frei alan maTTos e Frei jHones luCas marTinsdioCese da barra (ba) - dom luiZ Flávio CaPPio“Em todas as comunidades que visi-tamos encontramos grandes desafios relacionados à evangelização do povo. Devido às distâncias e carência de nú-mero de padres na Diocese, muitas des-tas comunidades não recebiam visitas por longos períodos. Para ilustrar, mui-

tos adultos nem eram batizados e, em algumas comunidades, não havia Pri-meira Eucaristia há anos. Apesar disso, grandes são os testemunhos de fé por parte do povo com a qual aprendemos muito e que nos mostrou que, de fato, os pobres nos evangelizam”.

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a segunda-feira, 3 de agosto, teve início o segundo semes-tre letivo de 2015 no Institu-

to Teológico Franciscano. A data foi marcada por uma celebração euca-rística presidida por Dom Luciano Bergamin, bispo de Nova Iguaçu. Na homilia, pontuada pelo bom humor, o bispo salientou que o caminho da liberdade é difícil, exigindo esforço, mas que a recompensa é muito maior. Lembrou que a realidade pastoral vi-vida nos dias atuais também não é fá-cil e que o “pecado clerical do século XXI” é o da “dor de cotovelo”, ou seja, o pecado da crítica, da inveja e do ci-úme. Dom Luciano encorajou os es-tudantes de Teologia a aproveitarem a oportunidade de estudar para que possam ser bons evangelizadores.

Após a celebração e uma pausa para o café, houve a abertura oficial do semestre. Dom Luciano abordou os quatorze pontos propostos pela XIII Assembleia Geral Regional Leste 1 para a Ação Evangelizadora Pasto-ral. Utilizando uma linguagem clara, objetiva e seu peculiar bom humor, o prelado sintetizou os objetivos para que se possa ter uma ação pastoral eficaz:

1º) Valorização do Leigo (fortalecer o sentido de pertença);

2º) Dimensão Missionária (uma “Igreja em saída”: é preciso sair com urgência em missão);

3º) Acolhida (é preciso desenvolver uma mística de acolhida e superar a burocratização);

4º) Autoestima (olhar o lado positivo mais que os problemas; é preciso valorizar e elogiar; valorizar o pro-tagonismo dos leigos);

5º) Excluídos (sair da zona de confor-to e intensificar a presença da Igre-

Formação e Estudos

ja em todos os tipos de periferias);6º) Testemunho (a primeira forma de

evangelizar é o testemunho);7º) Liturgia (a melhor catequese é uma

liturgia bem celebrada, segundo as normas da Igreja; que fale de Deus ao coração do homem);

8º) Ambientação dos Espaços Ecle-siais (não é necessário luxo; mas o espaço deve ser limpo, organizado e humanizado);

9º) Pequenas Comunidades (a Peque-na Comunidade estimula a vida de irmãos);

10º) Alegria (surge como consequên-cia do encontro com Jesus Cris-to);

11º) Família (questão prioritária na Igreja);

12º) Jovens (necessidade de formação

de novas lideranças no meio jo-vem);

13º) Iniciação à vida cristã e Cateque-se (trabalhar a iniciação cristã em todas as suas etapas);

14º) A questão social e a busca da Paz (promover iniciativas em diver-sos níveis que conduzam à cultu-ra da paz).

Ao término da palestra, Frei An-tônio Everaldo P. Marinho, diretor do Instituto Teológico Franciscano, agra-deceu a presença de todos e a confiança depositada no ITF por parte de Dom Luciano, pois os seminaristas de Nova Iguaçu estudam nesta instituição.

A manhã foi encerrada com um almoço de confraternização e de bo-as-vindas aos estudantes.

aberTura do ano leTivo no iTFTExTO: nEUCI LOPES DA SILVA

FOTOS: MATHEUS COnSTAnTInO

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Fraternidades

oi realizada de 09 a 16 de agosto a edição de 2015 da Semana da Família. Em Curitibanos – SC,

a Paróquia Imaculada Conceição abordou o tema: “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva” e o lema “O altar da família, igreja do-méstica”.

Várias atividades marcaram a semana, como: missas temáticas, palestras e reflexões nas escolas, além de um debate realizado na Rá-dio Coroado AM na tarde do ia 11, quando foi abordado o tema central do evento.

Estiveram presentes na mesa re-donda o Frei Valdir Nunes Ribeiro, da Paróquia Imaculada Conceição, Ailton Buck, representando a Casa de Recuperação Água da Vida (Cravi), Salésio Souza, coordenador diocesa-no da Pastoral Familiar e Frei Neuri Francisco Reinisch, diretor-presiden-te da Fundação Frei Rogério.

A programação da Semana da Família foi finalizada no domingo (16) com a celebração do Dia do Vizinho, evento marcado por uma mateada na Praça da República, com grande participação popular.

As emissoras da Fundação Frei Rogério estiveram presentes em vá-rias ações da Semana da Família, ajudando na articulação do Dia do

Vizinho e fazendo ampla cobertura jornalística do evento.

Já em Pato Branco, a TV Sudoes-te, agora com novo Slogan: “A TV da nossa casa!”, também promoveu de-bate sobre o tema Família, ressaltan-do a importância de resgatar a “célula mater” da sociedade. Destacou a im-portância da participação não só dos

pais, mas também dos catequistas e professores na educação dos filhos.

Frei Neuri Francisco Reinisch, Diretor/Presidente das duas Funda-ções, destacou a importância da mí-dia não só no debate de temas mas sobretudo na articulação da Semana da Família.

Claiton Bohnenberger, jornalista

CelebraçÃo de sanTa Clara no mosTeiro das Clarissas de laGes

os frades da Fraternidade do Patrocínio de são josé, o bispo diocesano dom irineu andreassa e as irmãs Clarissas.

semana da FamÍlia É desTaQue nos veÍCulos de ComuniCaçÃo da ProvÍnCia

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Fraternidades

e 21 a 26 de julho, a Paróquia São Luís Gonzaga de Xaxim, no Oeste Catarinense, esteve

em festa. Frei Ludovico Garmus, filho desta terra, celebrou os seus 50 anos de sacerdócio. Foram dias intensos de ação de graças ao Senhor pela vida e vocação de nosso querido frei.

Durante toda a semana se rea-lizaram visitas às famílias e aos do-entes e, em algumas comunidades da Paróquia, celebraram-se missas vocacionais em preparação para este momento importante na vida de Frei Ludovico.

E o grande dia (25/07) tão espe-rado chegou... A Igreja Matriz se fez pequena para tantos fiéis.

O Evangelho da Santa Missa foi o da multiplicação dos pães. Frei Lu-dovico em sua homilia destacou que “é uma provação dar daquilo que nós temos”, e acrescentou: “Isso é muito difícil, pois sempre pensamos pri-meiro em nós e depois nos outros”.

Houve momentos emocionan-tes durante a celebração: a renova-ção dos compromissos sacerdotais de Frei Ludovico, a apresentação no ofertório dos símbolos que fizeram parte da história do jubilando, tais como: a enxada, a máquina de es-crever, a Bíblia da qual ele foi um dos tradutores, o pão e o vinho, sinais destes 50 anos de vida pelo Evange-lho encarnado de Cristo.

No final, muitas homenagens e uma bela confraternização no Salão Paroquial, onde também foi celebra-do o dom da vida de Frei Antônio Mazzuco, pertencente à Fraternida-de de Xaxim.

o “PesCador”No domingo (26/07), o sol voltou

a brilhar depois das tempestades for-tes nesta região e o povo da comuni-dade de Vila Tigre acorreu à pequena Igreja situada a 10 km da Paróquia para celebrar também os 50 anos de sacerdócio do filho desta terra.

Quando se ordenou presbítero, Frei Ludovico escolheu como lema: “Doravante serás pescador de ho-mens”. Na liturgia da Palavra foram

apresentadas uma rede de pesca, a Palavra de Deus e os anzóis. Frei Douglas Machado, da Fraterni-dade Nossa Senhora do Rosário, de Concórdia (SC), proclamou o Evangelho e também representou todos os frades estudantes de Te-ologia, que nos últimos tempos foram alunos de Frei Ludovico no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ).

No final da celebração, Francis-

bodas de ouro Frei ludoviCo Garmus Celebra jubileu saCerdoTal em XaXim

FREI AUGUSTO LUIZ GABRIEL

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Fraternidades

“Era uma tarde, dia 24 de agosto de 1939. Na Europa já havia começado a Segunda Guerra Mundial, ceifando vi-das humanas. Mas, no Alto Irani, um pequeno lugarejo do município de Con-córdia, as preocupações eram outras... Naquela tarde de agosto as vizinhas e comadres e a parteira acorreram à casa do Sr. Alexandre Garmus. É que sua esposa, Francisca Sansanovicz Garmus estava para ter mais um filho... As som-bras se avolumavam e o sol já estava para se por atrás do morro. As crianças que brincavam no pátio começaram a olhar para a estrada que passava logo acima. Uma figura, ao mesmo tempo

estranha e bem conhecida, estava pas-sando, montada num cavalo: Era o Pa-dre que vinha de Seara, a uns 30 km de distância. No dia seguinte iria celebrar a missa na capela de São José. Enquanto as crianças silenciavam no pátio, ouviu--se um vagido de criança, que vinha do quarto de Dona Francisca. Acabara de nascer mais um filho. Desta vez era me-nino. O Sr. Alexandre foi logo chamado para o quarto da esposa. Ao saber que era um menino, envolveu-o em seus vi-gorosos braços e depois, num gesto profé-tico, o levantou para o céu e disse: “Esse menino fica para Deus”! (O que ficou... Balanço aos 50 – Editora Vozes 1989).

co Sansanovicz, em nome de toda a comunidade do “Tigre”, como é conhecida a vila, dirigiu algumas palavras ao frade jubilando, falan-do da imensa alegria da comuni-dade em poder celebrar com ele

este momento único e especial.Ao meio dia, a comunidade orga-

nizou e serviu um almoço a todos os presentes, não faltando, é claro, um bom churrasco, como é da tradição deste povo.

a ProFeCia dos Garmus

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Fraternidades

Paróquia São Paulo Após-tolo de Agudos realizou no domingo (26/7) a tradicional

Missa de São Cristóvão no Cruzeiro da Vila Honorina. A Santa Missa, presidida pelo pároco Frei Ademir Sanquetti e concelebrada por Frei Paulo César Magalhães Borges, do Seminário Santo Antônio, celebrou também o aniversário da cidade de Agudos, que no dia 27 de julho com-pletou 117 anos de fundação. Neste ano, mais de 1.400 pessoas participa-ram da festa.

Durante a Missa, Frei Ademir fez questão de colocar São Cristóvão como modelo para todos os moto-ristas, contando a história do santo. “São Cristóvão serve como exemplo de amor e fé para nossa caminhada”, completou.

Ainda, durante suas palavras, pa-rabenizou a cidade de Agudos pelos

aGudos

FesTa de sÃo CrisTóvÃoISABELA GASPAR (PASCOM) 117 anos, deixando uma mensagem

de paz e unidade. “Celebremos o ani-versário do nosso município com fé, ânimo, saúde, paz. Ajudemo-nos uns aos outros, pois é disso que precisa-mos”, disse.

A celebração terminou com a bênção de Nossa Senhora Apare-

cida pelo Dia dos Avós. Depois, os presentes seguiram em carreata e cavalgada até a Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos para a bênção. No total, foram abençoados mais de 700 meios de transporte, entre cami-nhões, carros, motos, bicicletas, ôni-bus, vans e cavalos.

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Fraternidades

m nota circular, o bispo dioce-sano de Caraguatatuba, Dom José Chacorowski, decretou a

criação da nova Pró-Paróquia Santa Rosa de Lima (Bairro Jaraguá), em

ParóQuia nossa senHora do amParo É desmembradaFREI SÉRGIO SILAS DAMASCEnO São Sebastião. Junto à nova Matriz

fazem parte as comunidades Senhor Bom Jesus (Bairro Enseada), Santa Terezinha (Jaraguá do Alto) e Sagra-da Família (Bairro Canto do Mar). A comunidade Santa Rosa de Lima, agora Matriz, pertencia à Paróquia

Nossa Senhora do Amparo, que neste ano celebra o seu jubileu de ouro.

São 50 anos de presença francis-cana à frente desta Paróquia. Claro que a presença dos frades em terras do litoral norte é muito mais antiga e marcante, pois desde a pedra fun-damental, mar-co da construção do Convento, já se passaram 357 anos. Como novo

pároco assumiu o Pe. Marcos Viní-cius Rosa, e sua posse foi realizada no dia 1º de agosto. Foi uma cele-bração muito emotiva, de despedi-da e agradecimento aos frades por terem trabalhado arduamente na construção e evangelização das co-munidades. Mas, ao mesmo tempo, de acolhida e alegria pela ereção da nova Paróquia. Era um sonho que estava sendo realizado e que foi pen-sado e querido há mais de 10 anos. Este sonho se tornou realidade! Aos frades resta o sentimento de dever cumprido e a certeza que mais uma filha (comunidades) chegou à sua maturidade. Junto à Matriz Nossa Senhora do Amparo ficaram três comunidades: Imaculada Conceição (Bairro Cigarras), Nossa Senhora Aparecida (Bairro Morro do Abri-go) e Santa Cruz (Bairro Pontal). A paróquia está reduzida, mas o ardor missionário e o desejo evangelizador continuam latentes em nossos cora-ções.

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Fraternidades

atureza, fraternidade, oração e muita devoção marcaram o final de semana da Paró-

quia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha.

No sábado, dia 1º, mais de ses-senta “corajosos”, jovens de todas as idades, com muita disposição e ale-gria, se reuniram para subir a trilha da Pedra Bonita. E olha que o nome faz muito jus à realidade. Às 8 da manhã daquele sábado ensolarado, partimos da Paróquia, descendo a Rocinha até o Largo das Flores, onde tomamos o ônibus para o iní-cio da trilha.

Muito verde e temperatura agra-dável era o ambiente para as risadas e brincadeiras que iam animando a caminhada. Parando de vez em quando para descansar, seguimos decididos a vencer os 1150 metros de caminhada bastante íngreme. Mas tudo compensou. A altitude de 693 metros garantiu uma vista deslumbrante das praias e cidade do Rio ao longe.

Chegando no alto da pedra, o cenário de cartão postal é ambien-te do milagre da partilha. Cada um vai tirando da mochila o seu lanche para partilhar, numa grande roda de ação de graças. Alimentados e descansados, as crianças brincam

alegres, os de mais idade descansam um pouco mais antes da descida. A todo instante fotos e fotos para re-cordação.

Na descida a única dúvida era quando marcaríamos a próxima ca-minhada!

No domingo, dia 02, festa de Nossa Senhora dos Anjos, foi a praia de São Conrado que foi palco de muita oração e devoção. “Esta é a Igreja mais bonita do mundo, com esse céu azul maravilhoso e o mar ao fundo”, dizia-se na areia.

Muitas pessoas mesmo vieram participar da missa na praia, já qua-se uma tradição no mês vocacional de agosto. Iniciando com uma leitu-

“PorCiúnCula” de sÃo ConradoFREI CLAUZEMIR MAKxIMOVITZ

roCinHa

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Fraternidades

ra das Fontes Franciscanas, foi apre-sentada a profunda devoção de São Francisco pela igrejinha de Nossa Senhora dos Anjos, a Porciúncula, e sua relação com a celebração da mi-sericórdia que iríamos realizar.

Após a homilia, todos foram convidados a lavarem as mãos, num gesto antes de compromisso que de purificação, pois é a opção pela misericórdia que gera a conversão, e consequentemente é assim que se celebra o perdão.

As crianças foram um espetá-culo à parte, vestidas de anjinhos, trouxeram a imagem de Nossa Se-nhora, e no final da missa, a coroa-ram ao som de “Mãezinha do Céu”.

O clima fraterno continuou após a missa, já que a Paróquia ofereceu a todos os presentes uma canjica para “coroar” a celebração tão especial.

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FIMDA

esde que os três missionários da Província pisaram em solo angolano, exatamente no dia

25 de setembro de 1990, lá se vão 25 anos. Eram Frei Plínio Gande da Silva (atualmente na Fraternidade Nossa Senhora Aparecida, em Nilópolis), Frei Pedro Caron (Fraternidade Nos-sa Senhora do Rosário, em Concór-dia) e Frei José Zanchet, este último atualmente em Angola, na Fraterni-dade da Porciúncula, em Viana. Tam-bém acompanhou a comitiva Frei David Raimundo dos Santos, para conhecer a realidade daquele país em

vista de seu trabalho na Pastoral Afro.Neste tempo, muitas histórias de

idas e vindas, momentos de grandes dificuldades, dúvidas e apreensões, tudo perpassado pelo sincero desejo de viver o Evangelho. Depois de 25 anos, atualmente a Fundação Imacula-da Mãe de Deus conta com cinco fra-ternidades e está presente em quatro cidades (Malange (2), Quibala, Viana e Luanda) de três províncias (Luanda, Malange e Kwanza Sul). Na Fundação, os trabalhos se dividem basicamente no cuidado de duas paróquias, uma missão, na assistência espiritual às Ir-mãs Clarissas, na formação dos futu-ros frades e na condução de projetos

sociais, como os Nossos Miúdos, em Luanda, e o Bola da Paz, em Viana.

São ao todo, entre os professos solenes, 16 frades, sendo dois angola-nos, um frade em estágio pastoral, 15 frades angolanos professos temporá-rios, estudantes de Filosofia, um frade professo temporário em Quibala, 13 Postulantes angolanos e 63 semina-ristas. Ainda como frutos da missão, somam-se seis noviços, que estão em Rodeio, SC, e cinco frades estudantes de Teologia, que vivem em Petrópolis, RJ, e estudam no Instituto Teológico Franciscano.

Todos estes resultados foram fruto do trabalho, do empenho, das ora-

anos de Presença da ordem em anGola

FundaçÃo imaCulada mÃe de deus de anGola

FREI GUSTAVO W. MEDELLA

cElEbRAção

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FIMDA

dioceses) a consciência dos profun-dos laços que unem Brasil e Angola a partir do modo de vida proposto por São Francisco de Assis. São elas:

Visita do governo provincial – Com o objetivo de marcar presença nesta data, o governo se dividiu em dois grupos: Frei Estêvão Ottenbreit, Vigário Provincial, e os Definidores Frei Germano Guesser e Frei Evan-dro Balestrin, estiveram em terras angolanas entre os dias 27 e julho e 12 de agosto. Visitaram as cinco fra-ternidades, os dois mosteiros de Cla-rissas (Malange e Luanda) e casas de diferentes congregações, celebraram com o povo, conheceram um pouco da realidade do país (Frei Estêvão já é mais familiarizado, pois participa ativamente da história da Fundação desde o seu início, quando era Mi-nistro Provincial). O segundo grupo embarca após a segunda quinzena de setembro e será composto por Frei Fidêncio Vanboemmel, o Minis-tro Provincial, e os Definidores Frei José Francisco dos Santos e Frei João

Mannes, além do Visitador Geral, Frei Nestor Schwerz.

Celebração solene do Jubileu no Quimbo São Francisco – Será no dia 27 de setembro, uma solene cele-bração em Ação de Graças, quando também ocorrerá a Profissão Sole-ne na Ordem de Frei João Baptista Canjenjenga, confrade angolano que atualmente vive em Petrópolis, onde estuda Teologia, e que volta a Angola para participar da celebração jubilar.

Exposição de fotos e objetos – Será uma mostra itinerante, que deve percorrer diferentes casas da Província, com objetivo de apresen-tar através de imagens um pouco da presença franciscana em Angola. A exposição será aberta no Convento São Francisco, em São Paulo, dentro da programação da festa de São Fran-

cisco deste ano, e depois percorrerá as fraternidades conforme programa a ser elaborado.

Revista comemorativa – Publi-cação ilustrada com fotos que deseja marcar a celebração dos 25 anos da missão, sob responsabilidade da Fren-te de Evangelização da Comunicação.

Campanha para a construção da Casa de Formação do Pós-Novicia-do – Frente o sensível aumento no número de frades professos temporá-rios para o tempo da Filosofia e por uma questão de facilidade de deslo-camento para a faculdade, está sendo construída uma Casa de Formação junto à Fraternidade São Francisco, no Bairro da Palanca, em Luanda. Para auxiliar no custeio da obra, está sendo realizada uma campanha de arrecadação junto às fraternidades da Província.

Campanha Missionária – Como de costume, no mês de ou-tubro, realiza-se nas comunidades a coleta em prol da Missão Francisca-na em Angola.

As oportunidades de participação são diversas. A expectativa é que todos participem deste momento especial da história da Província, partilhando as alegrias vividas até aqui e também se comprometendo com esta grande responsabilidade que o Senhor con-fiou à fraternidade provincial.

ções e da generosidade de muitos frades, leigos e benfeitores que com-preenderam os desafios de Angola como uma atualização do chama-do de Cristo a Francis-co: “Vai e reconstrói a minha casa”. Para cele-brar os grandes feitos do Senhor neste jubileu de prata, dentro do Es-pírito de humildade do Seráfico Pai, algumas iniciativas estão sendo preparadas para mani-festar a gratidão e des-pertar também entre todos aqueles que par-ticipam da missão da Província nas diferentes frentes (paroquianos, trabalhadores, alunos,

cElEbRAção

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anGola

A África, com seus 52 países, possui grandes variedades cultu-rais, linguísticas e artesanais, que re-montam a épocas milenares e até pré-históricas.

A partir da segunda metade do século XX, a maioria desses países tornou-se independente, descolo-nizando-se da Europa.

O Dia da Mulher Africana tem sua origem em 31 de julho de 1962, com a Conferência das Mulheres Africanas, realizada em Dar-Es-Sallam, Tanzânia. Portan-to, a data situa-se dentro de um contexto onde cada país começa a

ter governo próprio e autônomo. Seu objetivo é discutir o papel

da mulher nas situações concretas do continente e lutar pela sua pro-moção. Constatam-se lentos mas consistentes avanços, por exemplo, no emprego e no exercício de lide-rança e chefia, tanto na sociedade como na política. É o primeiro pas-so entre tantos outros que, necessa-riamente, se sucederão.

Os desafios são muitos, como a discriminação e a sujeição ao ma-rido ou companheiro, a violência doméstica, pobreza, analfabetismo e doenças (grande número de aidé-ticas). Estas e outras situações têm suas raízes culturais e só com o pas-sar das gerações serão superadas.

Em Angola, a situação se asse-melha à dos demais países africanos, mas tem seus aspectos específicos.

Convém ressaltar que, entre 1961 a 2002, Angola esteve envol-vida em duas guerras: uma, pela Independência (1961-1975) e, ou-tra, a Civil (1975-2002).

Hoje, o país está se reconstruin-do e a mulher é uma das prota-gonistas. Ela é a base da família e responsável direta pela educação dos filhos e seu sustento. Para isso, precisa de emprego, e este é raro. As empresas estrangeiras que aqui se instalam já trazem a maioria de seus funcionários, sobrando pou-cas vagas para a mão de obra local.

Isso tem levado uma parte das mulheres ao mercado informal. Outra parte cultiva a lavra (roça). Nesta última, o marido ajuda no roçado, na queima e no lavrar. À mulher cabe o plantio, a colheita e o transporte, normalmente, na

dia da mulHer aFriCanaFREI LUIZ IAKOVACZ

FIMDA

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O casamento acontece, quase sempre, ao redor dos 14 anos. Os filhos são gerados, um após outro, até quando a natureza o permitir. A maternidade precoce é desgastante

• Os confrades Estêvão, Germano, Evandro e Medella visitaram, de 25 de julho a 12 de agosto, todas as casas da Missão. Em Malange estiveram de terça-feira a sábado. Foi uma visita fraterna. Frei Alis-son os acompanhou em todos os momentos.

• O clima, em Angola, é tropical (quente) e, em si, não há uma pas-sagem nítida entre as quatro esta-ções do ano. Existem dois perío-dos: o chuvoso (novembro a abril) e o da seca (maio a outubro). É no “cacimbo” (tempo seco) que as aldeias recebem assistência reli-giosa. As estradas estão enxutas, mas mesmo assim a moto é o me-lhor veículo. As manhãs são frias, mas quando o sol aparece, logo esquenta e o clima fica agradável. Sendo um tempo seco, há muita poeira e cinza das queimadas; é, também, o tempo de maior inci-

sobre o Evangelho de Marcos, to-dos os domingos, às 16 horas. No início, um bom grupo se apresen-tou. Atualmente, são poucos os

participantes, mas interessados e atuantes. São estes, como diz Je-sus, “o fermento que leveda toda a massa” ( Lc 13,21).

noTÍCias de malanGe (anGola)

e, somada ao trabalho físico e à po-breza, faz a mulher envelhecer bem antes que o homem.

Entre nós, os missionários(as), há o estereótipo: “As mamás estão

lo de Deus ao profeta Elias, os missionários(as) precisam - e mui-to - do “levanta-te e come, pois tens um longo caminho a percorrer” (1Rs 19,7).

cabeça. É uma agricultura de subsistência, feita com ferramentas tradicionais e obsoletas.

Se de um lado a mulher é a que mais trabalha e luta, de outro é a que menos tem voz e vez nas decisões. Na esfera familiar, tudo está centrado no marido. Para o casamen-to da jovem-adolescente, os tios determinam o que deve ser feito e com quem irá ca-sar. Nas aldeias, é o “soba” que manda, isto é, os mais velhos escolhem, entre eles, quem será o chefe.

com o céu garantido”. É verdade, mas isso não nos exime de questionar: se a mulher é tão importante, por que não abrir-lhe um espaço maior nas decisões da sociedade e na própria Igreja?!

Os avanços serão lentos porque é um processo cul-tural e demorado. Mas, se nos juntarmos e somarmos forças com os movimentos já existentes, além de in-centivá-los, agilizaremos a conquista de seus objetivos.

Parafraseando o ape-

FIMDA

dência de doenças. Toda a Angola está fragilizada na saúde, não só pela falta de recursos medicinais e humanos (médi-cos), mas também pela desnutrição e acúmulo de lixo es-palhado em todos os recantos das ci-dades e aldeias.

• Em Malange, à noite, não há ativi-dades formativas nem sacramentais. Todos os trabalhos são diurnos. Neste ano, há a tentativa de um curso bíblico

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No dia 9 de agosto, reunidos na varanda central da fraternidade São Francisco de Assis, nossos jo-vens fizeram mais um acompanha-mento vocacional com Frei João Muhala, quando se refletiu sobre as vocações na Bíblia e na Igreja. Com simplicidade e modéstia, Frei

João levou-os a refletir sobre esse “confronto existencial” do homem à procura de Deus, experimentado por Abraão, Isaac, Jacó, José do Egi-to, Moisés, Samuel, Sansão, Elias, Jeremias, Maria de Nazaré e José, o Carpinteiro. Frei João convidou--os a imitá-los no discernimento e escutar a Deus que nos escolhe, na voz de Cristo que nos chama e no

Espírito de Amor que sempre de novo nos envia.

Rezemos para que estes consigam ter bom discernimento e que, pelo nosso testemunho franciscano, quei-ram enveredar, “com os pés descal-ços, nas vicissitudes de um mundo atolado na cultura do provisório”, as trilhas que Francisco e Clara de Assis nos deixaram.

2013Janeiro• O maior grupo de angolanos (8) chega ao Novi-ciado de Rodeio.

Fevereiro• Admissão de sete jovens ao Postulantado. • Noviços angolanos que fizeram Noviciado em 2012 se despedem de Rodeio.

março• Noviços angolanos fazem a Primeira Profissão em Luanda, são eles: Alfredo Epalanga Prego, João Alberto Bunga, Quintino V. Samayenje, Santana Sebastião Cafunda e Tiago M. Quingando. • Abertura do Capítulo Eletivo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (11/03/2013). Eleito Frei José Antônio dos Santos para presiden-te da FIMDA.

agosto• “Livros para a Missão de Angola” – Campanha lançada em 2011 por Frei Alexandre Magno arre-cadou mais de 10 toneladas de livros.• Escola de ensino médio em Malange está pronta para acolher os 53 seminaristas e mais alunos externos.

2014Janeiro• Admissão aos Postulantado em Kibala de sete Aspirantes.

março• Seminário Monte Alverne acolhe sessenta jovens.

Julho• Primeiros frades do Continente Africano a estu-darem no ITF, em Petrópolis.

• Erigida a Quase-Missão de Santa Terezinha do Menino Jesus de Kangandala.

setembro• Aberto o Ano Jubilar de 25 anos da presença da Ordem dos Frades Menores em Angola.

2015Fevereiro• Treze jovens postulantes são admitidos no ano do Jubileu – 25 anos.

março• Casa cheia no Seminário Monte Alverne: 65 vocacionados.

abril• Irmãs Clarissas de Luanda têm nova Abadessa: Irmã Maria Fabíola do Coração de Jesus.

CronoloGia da missÃo em anGola (Final)

enConTro voCaCional de aGosTo

FREI SIRO LWAMBA

FIMDA

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Evangelização

niados. “É reconfortante ver um efetivo e eficiente serviço de aco-lhida, abrigo, assistência psicológi-ca, jurídica e social ao imigrante”, avaliou Beto Vasconcelos.

demanda CresCenTeDesde 2005, o Brasil passou

a ser receptor de fluxos migra-tórios e Vasconcelos conside-rou essencial ter infraestrutura e equipamentos que abriguem es-ses imigrantes. Para ele, são en-caminhamentos necessários aos serviços públicos que o Estado Brasileiro deve garantir a todos os seus habitantes: “A imigração é um fenômeno histórico no Bra-sil. Faz parte da nossa sociedade. Somos forjados e construídos em migração desde a nossa origem. Indiscutivelmente, é coerente que sejamos solidários e acolhedores

com os imigrantes”, afirmou o Se-cretário.

PolÍTiCa PúbliCa, debaTe na soCiedade e leGislaçÃo

Além de instrumentalizar e or-ganizar equipamentos como o Crai, por meio de convênios em todo o país, o Secretário de Justiça acre-dita que a mudança na legislação contribuirá para a melhor compre-ensão da migração no Brasil. “Esta-mos em um momento importante de debate na sociedade brasileira, de uma nova lei de imigração. Isso vai ser de fundamental importân-cia para a mudança de parâmetro no tratamento do tema no Brasil”, afirmou o Secretário.

Para Vasconcelos, a lei que está em vigor, denominada de “Estatuto do Estrangeiro”, não é condizen-te com os tempos atuais. “É ainda

um ‘filhote’ normativo da Ditadura Militar. Foi idealizada naquele pe-ríodo e eu a considero uma lei con-servadora, uma lei construída sob a doutrina da segurança nacional. Uma lei mais impositora de obri-gações e limitações à imigração do que garantidora de direitos”, criti-cou.

Ele garante que a nova lei que está em debate no Congresso Na-cional trará mais respeito e dig-nidade aos imigrantes. “É uma lei humanista, garantidora de direitos humanos, flexível na acolhida e no tratamento humanitário dos imi-grantes no Brasil”, e ainda acrescen-tou: “Os vários partidos políticos, representantes da sociedade civil, dos governos municipais, estaduais e federal têm discutido e debatido e já aprovamos no Senado. Agora a Câmara vai apreciar”, concluiu.

seCreTário de jusTiça visiTa o seFrasRAPHAEL SAnZ

o último dia 5 de agosto, o Centro de Re-

ferência e Acolhida para Imigrantes (Crai) recebeu a visita do Se-cretário Nacional de Justiça Beto Vascon-celos. Estava acompa-nhado pelo Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidada-nia, Eduardo Suplicy e da coordenadoria para imigrantes, Paulo Illis.

A visita fez parte de uma agenda do Se-cretário Nacional de Justiça que previa a vi-sitação às diversas ins-talações da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e seus serviços conve-

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Evangelização

missão franciscana está pre-sente na rotina dos alunos da Universidade São Fran-

cisco (USF) seja na realização de atividades práticas, que agreguem conhecimento e solidariedade ou em ações de apoio à comunidade. O 1º semestre de 2015 foi marcado por atividades desenvolvidas por alunos e docentes de diferentes cursos, que promoveram a fraternidade.

O semestre teve início com a pro-gramação de Acolhida aos Calouros, que visa integrar os novos alunos. No Campus Bragança Paulista, a Pastoral Universitária firmou uma parceria com a Associação Braganti-na de Combate ao Câncer (ABCC). Calouros, veteranos, colaboradores, além da comunidade externa pude-

mento importante de aprendizado. “Não há palavras com que eu possa expressar cada olhar, cada sorriso, cada abraço. Foi um aprendizado muito significativo que pude presen-ciar no Asilo São Vicente de Paula. Foram momentos valiosos”, afirmou a aluna.

O projeto Cuidar Faz Bem, que busca a conscientização da popula-ção em relação aos aspectos da saúde e da cidadania, promoveu uma série de ações, no mês de maio, no Cam-pus Campinas (Unidade Swift). Os alunos do 1º semestre de Farmácia foram divididos em grupos respon-sáveis por montar espaços que pu-dessem atender à população e escla-recer dúvidas.

Foram abordados os seguintes temas: dengue, H1N1, diabetes, cân-cer de mama, câncer de próstata,

alunos da usF Promovem ações solidárias duranTe Todo o semesTre

ram doar cabelos para a confecção de perucas. No total, 70 participan-tes doaram cabelos e 10 cabeleireiros atuaram voluntariamente na realiza-ção dos cortes.

Para a disciplina Mecanismos de Estudos Sistêmicos (MES) aplicada aos alunos dos Cursos de Tecnologia em Logística, Processos Gerenciais e Gestão da Qualidade, foi desenvol-vido o projeto Mãezinhas do Cora-ção, realizado no mês de maio. Com o apoio dos alunos dos Cursos de Engenharia da Produção, Engenha-ria Civil, Administração, Contábeis, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia, cerca de 130 alunos da USF visitaram a Vila São Vicente de Paula, que atende 79 idosos, na ci-dade de Bragança Paulista.

O objetivo do projeto Mãezinhas do Coração foi comemorar junto às

mulheres que residem no asilo o mês das mães. Foi promovido um dia com várias ati-vidades, entre elas o oferecimento de mas-sagens, medição dos índices de glicemia e aferição da pressão arterial dos morado-res. Também foi rea-lizada a apresentação de música ao vivo e, em seguida, ocorreu a entrega de presentes para todos os inter-nos. Também foram arrecadados produtos de higiene pessoal.

Para a aluna do 1º semestre do Cur-so de Tecnologia em Processos Gerenciais, Diandra Maniezzo, a atividade foi um mo-

AnA PAULA DE SOUZA

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Evangelização

obesidade e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Também foi possível fazer a aferição da pressão arterial, avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC) e teste de glicemia.

Os alunos do Curso de Odonto-logia, do Campus Bragança Paulista, levaram à população local momen-tos de lazer, descontração e também prestação de serviços e orientações durante o Projeto Ação Total, desen-volvido pelo Conselho dos Ministé-rios Evangélicos da cidade (Come-brag), em parceria com a Prefeitura de Bragança. No total foram atendi-das cerca de 10 mil pessoas. Durante o evento os alunos da USF colabora-ram com a prestação de serviços de saúde bucal, proporcionando a adul-tos e crianças orientação de higiene bucal e prevenção do câncer de boca.

No Curso de Medicina, os alunos desenvolvem durante toda a gradu-ação ações de apoio à comunidade, como a 9ª Edição do Projeto Se Liga na Saúde, da cidade de Vargem, em São Paulo. O evento reuniu 246 alu-nos, que, sob orientação dos médicos Vítor Piquera e Alexandre Angione, realizaram ações de promoção da

saúde e prevenção de doenças para a população.

O evento beneficiou cerca de 200 pessoas, que tiveram acesso à triagem, aferição de pressão arterial, dosagem de glicemia e ao Teste de Visão. Além disso, a população foi conscientizada a respeito dos mais diversos tipos de patologias, como câncer de mama, câncer de pele, câncer colorretal e doenças vasculares. Os beneficiados também puderam se informar a res-peito da doação de órgãos, de dietas balanceadas para crianças e aprender a realizar a manobra de reanimação cardiopulmonar.

Para a aluna do curso de Medi-cina e Presidente do Centro Aca-dêmico Rolando Tenuto (Gestão 2014-2015), Maria Thereza Barsotti Badari, o projeto contribui para a prevenção e a promoção da saúde, além de contribuir para a formação do aluno de Medicina. “Tem grande importância para os acadêmicos de Medicina, pois provoca uma discus-são a respeito da amplitude e com-plexidade do conceito de saúde, além de estimular uma relação mais hu-mana dos futuros profissionais com

o semestre foram feitas uma série de atividades. Entre elas está a ação de-senvolvida para a disciplina “Estágio Supervisionado em Saúde da Crian-ça”, ministrada pela professora Caro-lina C. Oliveira, realizada nas escolas de ensino fundamental, em creches e orfanatos.

Durante todo o mês, os alunos avaliaram o desenvolvimento neu-ropsicomotor e aspectos sensório--motores nos lactentes e crianças resi-dentes no Abrigo “Casa da Bênção”. O objetivo foi realizar uma triagem para identificar sinais de comprometimen-to e encaminhar para atendimento específico. Foram atendidas em torno de 15 crianças. “Esta vivência prática enriqueceu o aprendizado acadêmico dos alunos, colocando-os em contato com situações diferentes das vividas na Clínica de Fisioterapia da USF”, afirmou a coordenadora do Curso de Fisioterapia da USF, professora Patrí-cia Teixeira da Costa.

Para a disciplina Estágio Super-visionado em Saúde da Criança, os alunos participaram de atividades práticas no “Centro de Equoterapia Pé de Pano”, de Bragança Paulista. Os alunos do último semestre do Curso de Fisioterapia, sob a super-visão da professora Carolina Ca-margo de Oliveira, especialista em Fisioterapia em Neuropediatria e da coordenadora do Curso, professora Patrícia Teixeira Costa, realizaram uma vivência prática na Instituição, que recebe crianças com necessida-des especiais. Durante a atividade, além de acompanhar atendimentos a pacientes com diferentes disfunções neurológicas e psiquiátricas, os alu-nos tiveram a oportunidade de ex-perimentar algumas condutas como praticantes (como são chamados os pacientes na Equoterapia), montan-do a cavalo e executando exercícios simples, propostos pelos profissio-nais do Centro.

seus pacientes”, afir-mou Maria Thereza.

Para os alunos de Fisioterapia, o contato com a comunidade e a realização de ações que promovam o bem--estar é essencial para um ensino diferencia-do. Ao longo de todo

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Definitório

Guaratinguetá, 18 a 20 de agosto de 2015

Notícias DoDefiNitório ProviNcial

colhidos benignamente pelos confrades e postu-lantes de Guaratinguetá, os Definidores iniciaram seus dias de retiro e reunião, com a celebração eu-

carística, às 7h00, no dia 18, na capela do Postulantado Frei Galvão, juntamente com a fraternidade local. Frei Fi-dêncio tomou a missa votiva pelos religiosos. Na noite an-terior, os Definidores haviam participado da prestação de

contas e da confraternização com os voluntários da festa “junina” de três dias, no final de semana, promovida pela fraternidade, em sua terceira edição. Frei Nestor, Visitador Geral, esteve presente nas sessões do Definitório, cuja data foi pensada para coincidir com a visita canônica aos frades de Guaratinguetá. Desta vez, o moderador das sessões do Definitório foi o

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Definitório

Frei Estêvão, e os assuntos tratados são os que seguem abaixo. 1 ) reTiro dos deFinidores

Os Definidores reservaram as manhãs para os mo-mentos de retiro. Em particular, a cada dia, refletiam sobre um texto de espiritualidade, e depois, às 10h30, reuniam-se para partilha até o almoço. No primeiro dia, ao comentarem texto do Papa Fran-cisco, ressaltaram que grande desafio é superar a au-torreferencialidade e a absolutização de si mesmo. Delas derivam praticamente todos os problemas que os frades encontram em viver sua vocação. No que diz respeito à liderança, a dificuldade é a indiferença de parte dos confrades: “Toquei flauta e não dançaram; chorei e não choraram”. Refletiu-se também que mui-tos colocam o sentido de sua vocação no que fazem, em onde estão, com quem moram... O próprio ati-vismo é ambíguo. Não são tantos que trabalham em excesso, e os que assim o fazem, muitas vezes se des-gastam em coisas que não levam ao crescimento: falta mística, paixão, doação naquilo que se faz. Anos atrás parece que havia mais “conflito” entre os frades, no bom sentido. Havia mais confronto de ideias e pro-postas, e isso trazia de alguma forma mais vivacidade à vida na Província. Hoje, em nome de uma “pseduo-tolerância”, há certo mutismo tácito, conveniente para que ninguém se sinta incomodado, realidade que leva, em muitos casos, a um nivelamento por baixo e não a um aprofundamento da própria vocação e missão. O que parece ser caminho de superação das dificuldades é a conversão constante à fraternidade e à minoridade, notas essenciais e constitutivas de nossa forma de vida. Na segunda manhã de retiro, os Definidores leram o texto do Pe. Victor Codina, SJ, com o título: “A Vida Religiosa na Igreja de Francisco”. Ele apresenta um de-cálogo da nova eclesiologia do Papa Francisco: portas abertas; cheirar a Evangelho; hospital de campanha; Igreja dos pobres; sair à rua; diálogo; sem nostalgia do passado; cheirar à ovelha; Igreja alegre e jovem; casa e Povo de Deus. Nos comentários, durante a partilha, reconheceu-se que faltam entre nós gestos mais pro-féticos, místicos, samaritanos e evangélicos; não ges-tos “decretados”, mas que nasçam como novas opções que nos levem a responder melhor aos apelos de nos-sa própria vocação e aos apelos da Igreja atual. Sem isso será difícil ressignificarmo-nos enquanto frades para o mundo de hoje.No terceiro dia, o texto de referência foi “Até onde vai

o Papa?”, de Mauro Lopes, uma alusão ao novo estilo de papado inaugurado por Francisco. Os Definidores concluíram que as provocações do Papa, em termos de evangelização, e de vivência, enfim, da fé cristã, ainda têm atingido pouco os frades. A desinstalação, o desapego, o profetismo, o investimento na evange-lização a partir do carisma parecem não ser mais o forte de nossa vida.

2 ) Frei nesTor – visiTa CanôniCaFrei Nestor relatou aos Definidores como tem sido a ex-periência de visitar as fraternidades da Província e ou-vir grupos envolvidos com a vocação e a evangelização desenvolvida pelos irmãos. Há pouco mais de um mês ele vem desempenhando esse serviço. Mostrou-se grato pelo modo com tem sido recebido pelos frades indivi-duais e pelas fraternidades. Citou alguns problemas que encontrou, mas, sobretudo elogiou o esforço que os con-frades fazem para conviver harmonicamente. Foi neces-sário mais um ajuste na programação da visita: 31 de agosto: Paty do Alferes;01 de setembro: Campos Elíseos;

02 de setembro: Imbariê;

3 ) ComissÃo PreParaTória - sÍnTeseFrei Fidêncio lembrou que nos dias 17 e 18 estavam reunidos em São Paulo Frei Antônio Michels, Frei César Külkamp, Frei Nilo Agostini, Frei Diego Melo e Frei Valdecir Schwambach para fazer uma síntese da contribuição das fraternidades referente à consulta feita em vista de preparar o instrumento de trabalho do Capítulo Provincial de janeiro próximo.

4 ) aProvações Para a ordenaçÃo PresbiTeral Lidos pareceres diversos, foram aprovados para a or-denação presbiteral: Frei Douglas Paulo Machado e Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira. Neste ano de 2015, Frei Douglas é membro da Fraternidade de Concór-dia e Frei Jean, da Fraternidade São Boaventura, de Rondinha.

5 ) assembleia dos Frades esTudanTes - noTÍCiasFrei Fidêncio manifestou suas impressões sobre a As-sembleia dos Frades Estudantes, ocorrida em Petró-polis, no final de julho. Frei Antônio Michels esteve com eles no primeiro dia, tratando do processo de preparação do Capítulo Provincial e da evangelização, e Frei Fidêncio, no terceiro, abordando apelos atuais da Ordem a partir do Capítulo Geral, celebrado em maio deste ano. Chamou a atenção de Frei Fidêncio

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Definitório

a vontade de acertar que os frades jovens têm. O De-finitório continua vendo positivamente a experiência do “Ano Missionário” para todos os frades estudantes.

6 ) Frei daniel dellandrea – Pós em GesTÃo eClesial

O Definitório deu licença para que Frei Daniel faça pós-graduação em Gestão Eclesial, oferecida pela FA-CASC (Faculdade Católica de Santa Catarina), em Florianópolis. O curso é ministrado na última sexta-feira (18h00 às 20h00) e sábado (08h00 às 18h00) de cada mês, por de 2 anos.

7 ) Frei jairo Ferrandin – ConClusÃo do Curso de PsiColoGia

Frei Jairo concluiu recentemente o curso de gradua-ção em Psicologia, junto à PUC-PR, iniciado em 2010.

8 ) Frei Claudino GilZ – ConGresso de esColas CaTóliCas

Frei Claudino Gilz recebeu autorização para parti-cipar do Congresso de Escolas Católicas no mundo, em Roma, de 18 a 21 de novembro. O Congresso está sendo organizado pela Congregação para a Educação Católica da Santa Sé, e terá como tema: “Educar hoje e amanhã: uma paixão que se renova”.

9) visiTa aos ConFrades da FimdaFrei Estêvão, Frei Evandro e Frei Germano relataram a visita que fizeram, juntamente com Frei Gustavo Medella, aos confrades da Missão de Angola, no fi-nal de julho e início de agosto. Estiveram em todas as fraternidades. Encontraram-se com seminaristas, aspirantes, postulantes e frades estudantes. Voltaram contentes por terem visto os confrades e também en-cantados com as celebrações com o povo e com os trabalhos desenvolvidos pelos confrades missioná-rios, além das belezas naturais do país.

10 ) FormaçÃo na Fimda – ConsTruçÃo de Casa em luandaO Definitório se preocupa com o número de frades na Missão, sobretudo com os formadores, pois a há um florescimento vocacional muito significativo: há 22 frades estudantes, 6 noviços, 13 postulantes e 63 seminaristas (destes, 22 aspirantes). Considerando que há frades que precisam ou desejam retornar ao Brasil, será preciso suprir as necessidades. Frades que se disponham a trabalhar na Missão são convidados a conversar com Frei Fidêncio ou Frei Estêvão, ainda

antes do Capítulo, para os encaminhamentos de do-cumentação, que sempre demoram um tanto. Os Definidores também foram informados de como anda a construção (adiantada, aliás) da casa de forma-ção para os frades estudantes, em Palanka, Luanda. Infelizmente, ainda poucas fraternidades aqui no Bra-sil enviaram ao Economato a contribuição que lhes foi pedida. Os Definidores voltarão a conversar com os guardiães e coordenadores, pedindo a contribui-ção e lembrando a responsabilidade que temos neste momento decisivo de impulso vocacional na Missão.

11) enConTro Com a FraTernidade do PosTulanTadoNa tarde do dia 19, às 16h00, os Definidores se reu-niram com os confrades da fraternidade local. Foi destacado o trabalho de acolhimento aos romeiros de Frei Galvão. A média mensal de peregrinos vem crescendo a cada ano. Em 2015 ela chega a 7.000. Foi comentada a atuação dos benfeitores e também a ação

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Definitório

pastoral dos postulantes. Entre as preocupações, a questão da segurança e o espaço para estacionamento dos ônibus dos romeiros.

12 ) esTaTuTos soCiais e esTaTuTos ParTiCulares da ProvÍnCia - alTeraçõesFrei Mário informou como tem sido o trabalho das comissões encarregadas de rever e elaborar as alterações que se fazem necessárias seja nos Es-tatutos Sociais seja nos Estatutos Particulares da Província. Estes últimos novamente requerem várias adequações, levando em conta a realidade organizacional atual da Província. A comissão preparatória do Capítulo Provincial deverá apre-ciar o trabalho até agora feito e encaminhar os próximos passos.

13) deParTamenTo do PaTrimônio - reuniÃoFrei Mário deu informações aos Definidores sobre transações patrimoniais que envolvem bens da Pro-víncia em Blumenau e Itapema e sobre a reunião que Frei Volney Berkenbrock e Bruno Fini, do Departa-mento de Patrimônio, realizaram no dia 14 de agosto.

14) CaPela do iTF - reFormaO Definitório concorda que se leve a termo a reforma da capela do ITF, em Petrópolis, em vista de diversos usos de interesse do próprio Instituto e como forma de restituição à própria comunidade eclesial do entor-no.

15 ) FamÍlia FranCisCana do brasil - assembleiaFrei Fidêncio informou sobre a assembleia ordinária da FFB, de 6 a 9 de agosto, em São Paulo, que passará a denominar-se Conferência da Família Franciscana do Brasil. Nestas Comunicações de setembro, há tex-to de Frei Fidêncio sobre a referida assembleia.

16) indulTos diversos1) Em 23 de julho de 2015, Dom Irineu Roque Sche-

rer, bispo de Joinville, assina o Decreto de Incardi-nação do Pe. Aroldo Köhler, que havia recebido da Congregação para os Institutos de Vida Consa-grada e as Sociedades de Vida Apóstólica, o Indul-to de Secularização pure et simpliciter, no dia 22 de junho de 2015.

2) Em 22 de junho de 2015, Dom José Rodríguez Carballo, arcebispo secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Socieda-des de Vida Apostólica, concede a Jandir Pereira

da Luz o indulto para deixar a Ordem dos Frades Menores, da qual fica definitivamente separado. O indulto comporta a dispensa dos votos e das de-mais obrigações derivadas da profissão religiosa.

3) No dia 2 de junho, Vanderdei Feltrin recebeu da Congregação para o Clero a dispensa das obriga-ções vinculadas ao presbiterato.

4) 4) Em carta de 5 de novembro, Dom Derek Byrne declara que Pe. Anselmo Brand foi incardinado ipso facto à Diocese de Guiratinga, após período de experiência ad experimentum. Atualmente, Pe. Anselmo encontra-se na diocese de Primavera do Leste, Paranatinga, MT.

17) jubileus 2015 – loCalOs jubileus dos confrades neste ano de 2015, progra-mado para acontecer nos dia 7 e 8 de dezembro, será na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha.

18) oFs - aTalanTaEm 3 de julho, Frei Bertolino Tholl foi nomeado as-sistente espiritual da Fraternidade OFS São Francisco das Chagas, de Atalanta, SC.

19) Frei josÉ berToldi em blumenauDevido ao estado de saúde de Frei Edgar Weist, Frei José Bertoldi, de Gaspar, está prestando ajuda à pa-róquia de Blumenau temporariamente.

20 ) auToriZações de viaGemPor motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Alberto Beckhäuser, Frei Neuri F. Reinisch, Frei Joarez Foresti, Frei Nilo Agostini, Frei José Francisco de C. dos Santos, Frei João Mannes, Frei Estêvão Ottenbreit, Frei Plínio G. da Silva, Frei Claudino Gilz e Frei Aloísio A. P. dos Santos.

enCerramenToÀs 15h30 do dia 20, Frei Fidêncio - ressaltando a fraterna acolhida por parte da fraternidade local e dos postulan-tes, a importância do tempo dedicado ao retiro e a pró-pria presença de Frei Nestor, Visitador Geral -, deu por encerrada a reunião do Definitório. Agradecido, convi-dou a todos a rezar uma Ave-Maria, lembrando a devo-ção de Frei Galvão pela Imaculada, e, por fim, invocou a bênção de Deus.

Frei Walter de Carvalho JúniorSecretário

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1. Em artigos na última edição das Comunicações (agosto 2015), tratou-se da importante e cada vez mais atual busca (questão) pela identidade francis-cana.

2. Esta “questão” parece quase sempre estar acompa-nhada da historicamente polêmica relação entre “clérigos” e “leigos” na vida fraterna. Os desdo-bramentos históricos que levaram à situação atual de sermos na Igreja um instituto não-misto, com todas as consequências desta situação (a clericali-zação dos serviços de liderança na Ordem!), reme-tem-nos ao próprio São Francisco com a curiosa pergunta de ter sido ele, afinal, clérigo ou não.

3. Deixando de lado esta curiosidade interesseira e indiferente, a busca pela recolocação clara de nossa identidade, a partir da vida do próprio São Francisco de Assis, atravessa a vida de cada frade, em todo tempo e lugar. Daí a origem destes apon-

tamentos, ainda que nada “decentes”, vindos de um frade que “está por aí”, sempre tentando desconfiar de todo “aí” (todo “já dado” e “já conquistado”).

4. Vamos aos escritos do próprio irmão menor de Assis.

4.1. Da 1ª Carta aos Clérigos, logo de início te-mos: “Attendamus, omnes clerici, magnum peccatum...” (“Reflitamos, todos os clérigos, so-bre o grande pecado...” / “Consideremos todos nós clérigos...” – outra tradução).

4.1. Da Regra Não Bulada: “Por isso, todos os Ir-mãos, clérigos ou leigos, façam o Ofício Divi-no...” (3, 3); “E também os leigos que sabem ler, podem ter o saltério. Aos outros, porém, que não sabem ler, não lhes seja permitido ter livro” (3, 8-9); “Por isso, suplico na caridade, que é Deus, a todos os meus Irmãos prega-dores, oradores e trabalhadores, clérigos ou leigos, que se empenhem em se humilhar em

cFFb

aPonTamenTos “solTos”

Artigo

FREI ADRIAnO FREIxO

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tudo, em não se gloriar nem se comprazer em si...” (17, 5-6ª); “Irmãos meus, benditos, cléri-gos e leigos, confessem seus pecados aos sacer-dotes da nossa Ordem” (20, 1).

4.1. Da Regra Bulada: “Os clérigos rezem o Ofício Divino... Os leigos, porém, digam vinte quatro Pai-nossos...” (3, 2-3); “Os Ministros, porém, se são presbíteros, imponham-lhe a penitência com misericórdia. Se não são presbíteros, fa-çam-na impor...” (7, 3).

4.1. No Testamento, lemos nos versos 18-19: “Nós, clérigos, rezávamos o Ofício como os ou-tros clérigos; os leigos rezavam o Pai-Nosso; e de muita boa vontade ficávamos nas igrejas. E éramos idiotas e súditos de todos”.

5. As passagens acima, pinçadas, já oferecem algu-mas pistas. Sigamos seus sinais.

6. O que significava a expressão “clérigos” para São Francisco? Teria o mesmo sentido de hoje? Fran-cisco foi ou não clérigo (diácono)? Sim ou não, muda algo? De onde surge o interesse por tal ques-tão?

7. Francisco de Assis: nem clérigo, nem leigo?! Es-tas são categorias, palavras indicativas de classes historicamente criadas, e uma está sempre se afir-mando na negativa da outra. Ao dizer e afirmar uma, isso só é possível se a outra já estiver presen-te como negativa. Assim, permanece a divisão de fundo. Clérigo é o não-leigo; leigo é o não-clérigo! Talvez em Francisco, para ele, tanto faz se é cléri-go ou leigo. Isso não importa. Decisivo, tanto num quanto no outro, é o Irmão no Seguimento do Se-nhor, a confrontação da própria vida com a sequela Christi. E somente a partir deste confronto fala-se em fraternidade e minoridade. Francisco de Assis: o Irmão Menor no Seguimento do Senhor!

8. O foco é o seguinte, a partir da passagem citada do Test 18-19: quase sempre se coloca a ênfase na leitura desta passagem na questão de Francisco incluir-se como clérigo. Muitos a usam para jus-tificar o interesse num Francisco “clérigo” em sen-tido restrito, ou seja, membro ordenado in sacris (diácono). Com isso nada mais se consegue, senão somente a busca de autoafirmação dos interesses do leitor. Até porque o termo “clérigo”, no uso me-

dieval, significava em sentido amplo toda e qual-quer pessoa culta, que sabia ler, inclusive o latim, por ter frequentado a escola. “Leigo”, ainda neste sentido amplo, era todo aquele que não sabia ler, o que “não conhece as letras”. Mas o foco, clérigo ou leigo, em sentido restrito ou amplo, nada disso é o mais importante, o foco deve estar na frase: “eram idiotas e súditos de todos”. Esta frase recoloca tudo no devido lugar, o mais importante, o lugar da mi-noridade, esta sim o status comum a todos os fra-des, junto com a fraternidade. Menores e irmãos! A legítima busca junto à Santa Sé para que esta reconheça a Ordem como “fraternidade mista” ga-nha aqui, a meu ver, sua principal fundamentação.

9. A válida empostação atual por um resgate da fra-ternitas e minoritas como a identidade própria do frade menor (a identidade, no singular mesmo, pois não são duas identidades – fraternidade e mi-noridade, onde o e não é somativo, mas inclusivo!), esta empostação contrária a todo “clericalismo” artificial e estereotipado de aparências sem funda-mento, só não se perderá num “laicismo ideolo-gizado” (a modo de uma “luta entre classes”) se, a partir do próprio Francisco de Assis, realizar hoje um retorno ao principal: ao seguimento de Cris-to. A partir deste seguimento cada frade é apenas irmão, só irmão, só idiota, só súdito. E sermos só irmãos, sem a “mistura” de nada mais, é nossa me-lhor herança, nossa melhor parte, que não nos será tirada. Sim, “misturados” com tudo e todos, em di-versas realidades, mas sempre só Irmãos Menores.

10. O cuidado zeloso com alfaias, paramentos, obje-tos litúrgicos, livros (palavras escritas), está pre-sente nos próprios escritos do santo de Assis. Ele fala em “lugar precioso”, “lugar honesto”, em con-traposição a “lugares imundos”, “lugares vis aban-donados”. Soa já uma desconfiança que São Fran-cisco, vendo hoje toda “exibição de paramentos e alfaias”, ele não se preocuparia com isso, mas sim em reconduzir tudo isto ao principal, que aparece, a meu ver, no verso 4 da Carta aos Clérigos (Pri-meira recensão): “Omnes autem illi qui ministrant tam sanctissima mysteria, considerent intra se, ...” (“Portanto, todos aqueles que ministram tão san-tíssimos mistérios, principalmente aqueles que os ministram ilicitamente, considerem no seu íntimo quão vis são os cálices, os corporais e as toalhas, onde é sacrificado o corpo e o sangue do Senhor”.)

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Tudo é vil. Para todos: os que administram lícita e, mais ainda, ilicitamente! Se tudo é vil diante dos “santíssimos mistérios”, minha atenção de frade menor deve estar voltada não aos “aparatos mais complexos”, não às “exterioridades”, junto às quais pode estar nossa “vaidade egoísta”, mas devo estar voltado unicamente ao Senhor, a partir do qual assumo a atitude do menor, que vai no verso 10 da mesma carta: “Igitur de his omnibus et aliis cito et firmiter emendemus” (“Portanto, emendemo-nos depressa e firmemente disso tudo e de outras coi-sas”). Também cito a Carta a toda Ordem, 14-16, na qual São Francisco, dirigindo-se de modo parti-cular aos sacerdotes, recorda a importância da reta

intenção no contexto da celebra-ção da missa, cujo sacrifício deve ser oferecido “não por alguma coi-sa terrena, nem por temor ou amor por alguém, como que agradando aos homens”.

• “Carisma originário da vocação franciscana”. Descobrir e resgatar este carisma a partir dos escritos de São Francisco, isto poderia ser um interessante itinerário de nos-sa formação permanente. Mas: não “pinçar” passagens para fun-damentar interesses prévios! Cor-remos sempre o perigo de instru-mentalizar, de acordo com nossas intenções, a Bíblia, os textos fran-ciscanos, os documentos da Igre-ja, o Papa Francisco, etc. Lembro aqui a explicação dada aos jorna-listas pelo Papa Francisco no voo de retorno da América Latina, na tarde do dia 13 de julho, quando ele distinguiu a “instrumentaliza-ção” da “hermenêutica total” dian-te dos seus discursos e homilias. Convidado a explicar o sentido de algumas das suas intervenções, o Pontífice esclareceu os limites de uma interpretação ideológica ou circunscrita a uma única frase do texto. “Penso que é necessário es-tar muito atento”, admoestou, su-blinhando que “um texto não se pode interpretar com uma frase.

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A hermenêutica deve considerar todo o contexto. Há frases que são precisamente a chave hermenêu-tica e outras que não o são, porque pronunciadas rapidamente ou artificiais”. Assim, perceber o fio-condutor hermenêutico que movia São Francisco no conjunto dos seus escritos, será sempre a tarefa de base. Ir ao seu encontro como crianças que que-rem aprender! Nós sabemos demais...

• Neste terreno de um “excesso de saber”, entendido como a posse de supostas “convicções de verdade”, andamos no terreno minado das ideologias. Há muitas hoje. Muitas sutis, sob a aparência de “con-vicções”. Cazuza, por exemplo, cantava: “Ideologia,

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eu quero uma pra viver!” Afinal, se ideologias são inevitáveis, onde reside sua ameaça? O que trans-forma seu terreno em “terreno minado”? Respon-demos: na falta de diálogo. Toda ideologia apre-senta-se, portanto, como “a” verdade, como “único caminho possível”. Há um fechamento à realidade, à pluralidade das realidades. Em sua visita apostó-lica ao Paraguai, num longo discurso a autoridades civis, o Papa Francisco abordou, dentre outras, tais questões, em resposta a algumas perguntas que lhe foram feitas. Apresento a seguir cinco tópicos ex-traídos do discurso mais amplo intitulado “Ques-tão de hermenêutica”:

• “O diálogo não é fácil. Há também o diálogo-teatro, ou seja, representemos um diálogo, joguemos ao diá-logo e depois tratemos entre nós, eliminando quanto foi dito antes. O diálogo, é claro, faz-se à mesa. Se tu, no diálogo, não dizes realmente aquilo que sentes, o que pensas, se não te comprometes a escutar o outro, mas vais ajustando aquilo que pensas e dizes, o diá-logo não serve, é uma representação.”

• “A riqueza da vida está na diversidade. Por isso, o ponto de partida não pode ser: ‘Vou dialogar, mas aquele ali está equivocado’. Não, não podemos presu-mir que o outro está equivocado. (...) Se tenho presun-ções de que o outro está equivocado, é melhor ir para casa e nem sequer tentar um diálogo, não é verdade?”

• “Dialogar não é negociar. Negociar significa garan-tir a minha ‘fatia’. Vejamos como tiro proveito disto! Não, não dialogues, não percas tempo. Se tens esta intenção, não percas tempo. Deve-se procurar o bem comum para todos.”

• “Ao tentar compreender as razões do outro, ao pro-curar escutar a sua experiência, os seus anseios, podemos ver que são, em grande parte, aspirações comuns. E esta é a base do encontro: todos somos irmãos... Pois bem, ‘estou disposto a receber isto?’. Se estou disposto a recebê-lo e a dialogar assim, então sento-me para dialogar; se não estou disposto, é me-lhor não perder tempo. (...) Se alguém considera que há pessoas, culturas, situações de segunda, terceira ou quarta categoria, sem dúvida algo acabará mal, simplesmente porque carece do mínimo, que é o re-conhecimento da dignidade dos outros. Não existem pessoas de primeira, segunda, terceira, quarta cate-goria: todos pertencem à mesma linha!”

• “Um aspecto fundamental na promoção dos po-bres é também o modo como os vemos. Não ser-ve uma visão ideológica, que acaba por usar os pobres ao serviço de outros interesses políticos ou pessoais. As ideologias terminam mal, não servem. (...) Por isso, observai o século passado. Como terminaram as ideologias? Em ditaduras, sempre! (...) Como dizia um sagaz crítico da ideo-logia, quando lhe disseram: ‘Sim, mas esta gente tem boa vontade e quer fazer coisas pelo povo’, contestou: ‘Sim, tudo pelo povo, mas nada com o povo’. Assim são as ideologias! (...) Respeitemos o pobre! Não o usemos como objeto para lavar as nossas culpas. Aprendamos dos pobres, daquilo que nos dizem, das coisas que possuem, dos valo-res que têm. E nós, cristãos, temos esta motivação: os pobres são a carne de Jesus.” (cf. L’Osservatore Romano, 23/07/2015, págs. 2-3)

Estas cinco intervenções do discurso do papa da-riam já o que conversar entre nós. Elas apresentam inúmeros sinais que possibilitam chegar a um lu-gar menos confuso quanto à identidade própria do frade menor, quanto ao ser “só” irmão.

11. A modo de “inconclusão”: a questão pela nossa identidade fracassa se já sempre soubermos, de an-temão, como uma posse, o que seja a vida fraterna, a fraternidade, a minoridade, a vida, nossas tarefas diárias. Nós sabemos sempre muito! Caminhamos de modo balofo, pesados, enfadonhos. Esquece-mos a herança “idiota”, “súdita”, de São Francisco. Distante vai o horizonte de uma vida mais simples, mais leve, sem empáfias de todos os tipos, sem muito saber. Esquecemos que a vida é uma con-quista diária, onde nossas convicções – sim mes-mo elas às quais nos apegamos tanto! – precisam sempre ser refeitas, reconstruídas, reavaliadas, numa saudável autocrítica? Esquecemos que esta reconstrução constante é, ela mesma, nossa maior segurança, nosso moratorium, nosso verdadeiro redimensionamento, pois assim restituímos tudo ao Senhor? Nada está pronto ou já dado como cer-to! E se é assim, a humildade permanece o “porto seguro” franciscano, valiosa condição ao diálogo num mundo cada vez mais plural, numa realidade em tão rápidas mudanças, onde “tudo que é sólido desmancha no ar”.

12. “Se não houver vento, reme”.

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frade capuchinho Frei Éder-son Queiroz foi reeleito para a presidência da Família Franciscana do Brasil du-

rante a Assembleia Ordinária no Centro de Formação da Sagrada Família, em São Paulo, de 6 a 9 de agosto. O encontro, que reuniu re-ligiosos de todo o país, teve como lema: “Olhar com gratidão para o passado, viver com paixão o presen-te e abraçar com esperança o futu-ro”, em referência ao atual Ano da Vida Consagrada.

A nova diretoria ficou assim composta: presidente – Frei Éderson Queiroz; vice-presidente – Ir. Cleusa Aparecida Neves; conselheiros – Ni-valdo Moreira (OFS), Frei Gilson Nunes (OFMConv) e Mayara Ingrid Souza (Jufra); suplentes – Ir. Ivone Rupolo e Frei José Francisco de C. dos Santos (OFM). Para o Conselho Fiscal foram eleitos: Ir. Luzia Perei-ra, Ir. Tânia Bulhões e Frei Vitório Mazzuco (OFM), ficando como su-

Província Mineira dos Capuchinhos nos triênios (de 1992 a 1995 e de 1995-1998) e foi eleito Vigário Pro-vincial e 1º Definidor Provincial no período de 1999-2000. Na formação e estudos da Província Mineira, tra-balhou como Mestre de Noviços de 1997 a 1998 e foi membro do Conse-lho de Formação de 1997-1998. Foi eleito para a presidência da FFB em 2012.

A Assembleia começou no dia 6 de agosto, quando Dom Cláudio Hummes presidiu a Santa Missa. Na sexta-feira, 7 de agosto, o Ministro Provincial dos Franciscanos Con-ventuais, Frei Gilson Nunes, presidiu a celebração e, no sábado (8), o Mi-nistro Provincial da Província Fran-ciscana da Imaculada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, celebrou a Eucaristia em memória da Virgem Maria, quando se homenageou Ir. Odete Aparecida dos Anjos, 65 anos, assassinada recentemente na Fazen-da da Esperança em Guaratinguetá,

interior de São Paulo. Ela trabalha-va no serviço de recuperação de dependentes químicos na Fazenda Esperança e acabou morta durante um assalto. Já o Ministro Provincial dos Franciscanos Capuchinhos, Frei Carlos Silva, presidiu a Santa Missa em Ação de Graças no último dia da assembleia, que se encerrou depois do almoço.

A renovação do estatuto da FFB foi um dos pontos discutidos du-rante a Assembleia, que aprovou a mudança do nome da entidade para Conferência da Família Franciscana do Brasil – CFFB, visando uma ade-quação das entidades religiosas às novas exigências legais.

Segundo Frei Fidêncio Vanbo-emmel, entre as proposições deste encontro, a FFB se comprometeu a trabalhar para reanimar o sentido de pertença da família franciscana, bem a questão da formação e da comu-nhão. “Teremos também dois gran-des eventos em 2016. Para o Jubileu de 50 anos de fundação da CFFB, propõem-se encontros nas bases e nos regionais, lembrando o Ano da Misericórdia e os 700 anos do Perdão de Assis. Em 2017, pensa-se em fazer um grande evento celebrativo em nível nacional”, adiantou o Ministro Provincial da Imaculada Conceição.

“Foi um encontro muito positi-vo e, o mais importante, serviu para revigorar e unir a família francisca-na em torno dos anseios do Papa Francisco, que constantemente tem colocado a mística franciscana no centro da reflexão da Igreja, seja com a Encíclica Laudato Si’, seja com o

CFFb Tem nova direToria

plentes: Ir. Sueli Sandra e Ir. Rosalia Sehnem.

Mineiro de Patrocínio (MG), além de ser Ministro Provincial no período de 2005 a 2010, Frei Éderson foi Definidor Provincial da

Ano da Vida Religiosa e a proclamação do Ano da Misericórdia”, destacou Frei Fidêncio, ressaltando a importância de os fran-ciscanos assumirem esse protagonismo na Igreja.

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Irmãs e Irmãos da Família Franciscana do Brasil,

Paz e Bem!

Revigorados pelo dom da fraternidade, animados e iluminados pelo mesmo Espírito que animou Clara e Francisco, que abundantemente soprou na XVII Assembleia Ordinária da Família Franciscana do Brasil, rea-lizada em São Paulo, entre os dias 06 a 09 de agosto de 2015, queremos partilhar uma decisão que diz respeito a todos os franciscanos e franciscanas.

Atentos aos sinais dos tempos e ao contexto histórico onde estamos situados, um dos assuntos tratados na Assembleia foi a atualização do Estatuto da FFB, tendo em vista algumas modificações ocorridas no campo jurídico civil nos últimos anos. Movidos pelo Espírito que age também nas estruturas civis em vista do bem comum, concluímos que era urgente e necessário realizar algumas alterações no referido Estatuto.

As Irmãs Maria Tereza Diniz e Luzia Pereira Nunes, das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, Assessoras Jurídicas da FFB, com reconhecida competência e franciscana disponibilidade, ajudaram a esclarecer alguns pontos obscuros e apresentaram algumas propostas de adequações pontuais. Uma delas dizia respeito à própria denominação “Família Franciscana do Brasil”. As Assessoras apresentaram as considerações que motivaram um acréscimo na denominação. Entre estas considerações, destacamos:

- A Lei 10.825 de 22 de dezembro de 2003, que define as Organizações Religiosas e a sua organização, estruturação interna e funcionamento.

- O Acordo firmado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé, que estabelece o Estatuto Jurí-dico da Igreja Católica no Brasil, promulgado pelo Decreto 7.107/2010.

Além dos motivos acima elencados, com a recente promulgação do Marco Regulatório que redefine o entendimento das Organizações da Sociedade Civil – OSC (Lei 13.019/2014), faz-se necessário a caracterização do perfil institucional da FFB. O termo “Família” não caracteriza adequadamente uma entidade que congrega instituições jurídica e canonicamente constituídas. A denominação que melhor contempla esta nova configura-ção é “Conferência”. Lembrou-se que outras instituições representativas, tais como CRB e CNBB, entre outras, já adotam esta denominação.

Feitos os devidos esclarecimentos, uma moção sobre o acréscimo do termo “Conferência” antes de “Fa-mília Franciscana do Brasil” foi apresentada. Depois de discutida, foi votada e aprovada por unanimidade pelos representantes da FFB presentes à Assembleia.

Assim, comunicamos que a partir do Registro do Estatuto, a Família Franciscana do Brasil passará a denominar-se “Conferência da Família Franciscana do Brasil”.

Encerrando a XVII Assembleia neste tempo de graça do Papa Francisco, imploramos a misericórdia do Bom Deus e as bênçãos de Nosso Pai São Francisco e de Nossa Mãe Santa Clara, e fraternalmente nos despe-dimos.

São Paulo, 09 de agosto de 2015.

Frei Éderson Queiroz OFMCap

Presidente da Conferência da Família Franciscana do Brasil

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m clima fraterno, de muita ora-ção e reflexão, os capitulares elegeram, no sábado, dia 22 de

agosto, o novo Conselho Nacional da OFS, Ordem Franciscana Secular do Brasil, no XXXVI Capítulo Nacional, realizado no Cenóbio da Transfigu-ração, local de formação e espiritu-alidade da Diocese de Castanhal, Estado do Pará. Foi um momento tranquilo, com muitos candidatos, através de votação eletrônica, sob a presidência da Conselheira da Presi-dência do CIOFS para o CONESUL: Silvia Diana e do Assistente Espiritu-al Frei José Antônio.

Para Ministro Nacional foi eleito Vanderlei Suélio, GO; a Vice-Ministra Maria José, MS; Coordenadora de Formação: Marúcia Conte, PA; Te-soureiro, Aluísio Victal, SP; Secre-tária, Mayara Ingrid, MA; Assessor Jurídico: Antônio Benedito, PA; Co-ordenador da Área Norte, Jucilene Caldas; Coordenador da Área Nor-deste A, Paulo Gomes, CE; Coorde-nador da Área Nordeste B: Ebevaldo Nascimento, PE, Coordenador da Área Centro Oeste, Luiz Mendes, DF; Coordenador da Área Sudeste, Antô-

nio Júlio, SP; Coordenador da Área Sul Devanir Reis, PR e os conselhei-ros Fiscais Titulares: Helio Gouvêa, Nivaldo Moreira e Cláudio Luiz; Su-plentes: Cleide Aparecida, Flávio Ma-rins e Maria Isabel Barbosa.

Na noite do sábado, a equipe or-ganizadora do evento serviu aos ca-pitulares com comidas regionais: Pato no tucupi, tacaca, maniçoba e caruru. Apresentações culturais deram o tom de animação com apresentação de um grupo da música regional do es-tilo carimbó. Um grupo de dança fol-clórica, também da região, que tem na sua composição jufristas e ex-jufrista, fez uma bela apresentação com cores e toda uma simbologia da dança indí-gena paraense.

“Agradeço a confiança dos irmãos em ter me escolhido para mais esse serviço à Ordem e ao Reino de Deus. Espero corresponder com as expecta-tivas, pois como fui Vice-Ministro no conselho anterior, sei que temos mui-tos desafios pela frente”, essas foram as palavras do novo Ministro eleito e empossado, Vanderlei Suélio.

Quem também teve uma passa-gem pelo Capítulo foi o idealizador

eleiTo o novo ConselHo naCional da oFs do brasildo excelente local, o bispo da cidade de Castanhal, Dom Carlos Verzelettti, que presidiu uma celebração eucarís-tica. “Senti-me honrado em receber a fraternidade franciscana, vida de várias partes do Brasil. Acredito que cada um traz um pouquinho do es-pírito de São Francisco, nos enrique-cendo com as suas experiências. Aco-lher vocês foi respirar um pouco o ar de São Francisco”, declarou o Bispo.

Outro bispo, da Diocese de Abae-tetuba, Dom José Maia Chaves, pre-sidiu outra celebração e demonstrou satisfação pelo convite e testemunhou que os franciscanos seculares de sua diocese estão sempre a serviço. Em sua homília, ele levou a cada um dos presentes a refletir ainda mais os va-lores franciscanos, pois deu vários exemplos, na vida prática, de como deve viver um franciscano na famí-lia, no trabalho, no cuidado até com a empregada doméstica. “Divulguem mais o carisma, precisamos impreg-nar os meios de comunicação, tão cheios de coisas ruins, com boas ações, com exemplos como os de vo-cês”, aconselhou.

Posse do novo ConselHoA posse dos conselheiros do Na-

cional da OFS ocorreu na missa do do-mingo, 23, com a simbólica passagem de uma vela acesa transferida pelo Mi-nistro cessante para o Ministro eleito, que passou para os demais conselhei-ros. Após a missa, os trabalhos prosse-guiram, no auditório, com o relatório da Juventude Franciscana, Jufra, e a votação das prioridades para o triênio de 2015-2018. As novas prioridades serão publicadas no link do Capítulo no Site da OFS. Também foi definido que Curitiba, PR, será o local do pró-ximo Capítulo, possivelmente, de 17 a 18 de março de 2017, que vai ser ava-liativo.

Fonte: www.ofs.org.br - Texto e Fotos: Edmilson Brito

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festa litúrgica em honra de Santa Clara foi

celebrada com mui-ta festa e devoção por centenas de fiéis que fo-ram ao Mosteiro Santa Clara, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janei-ro. Desde as primeiras horas do dia os fiéis se dirigiam ao mosteiro para conversar com as irmãs e agradecer as inúmeras graças alcan-çadas por intermédio de Santa Clara.

A Santa Missa foi presidida por Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, bispo

rituais concedidas por Deus a San-ta Clara, fundadora da Ordem das Damas Pobres.

mosTeiro dos anjosSanta Clara também foi celebra-

da no Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, Jardim Botânico.

A Santa Missa foi presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janei-ro, Dom Orani João Tempesta, e concelebrada por padres da Arqui-

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sanTa Clara É Celebrada Com FesTa no rioCLÁUDIO SAnTOS, OFS

diocese e frades franciscanos, entre eles o assistente nacional das Cla-rissas, Frei Raimundo de Oliveira Castro, e Frei Edcarlos Mário Ho-ffman, OFMCap, assistente regio-nal, e o reitor do Santuário Santo Antônio, Frei Gilmar José da Silva, OFM. Também estiveram presen-tes irmãos e irmãs das várias fra-ternidades seculares do Regional Sudeste II, da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS).

da Diocese de Duque de Caxias (RJ), e concelebrada pelo bis-po da Diocese de Nova Iguaçu, Dom Luciano Bergamin, CRL. Também estiveram presentes Frei Raimundo de Oliveira Castro, assistente nacional das Clarissas, Frei Vitório Mazzuco e Frei José Pereira, e irmãos das fraternida-des seculares do Regional Sudeste II da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS).

Em sua homilia, Dom Tarcísio Nascentes dos Santos destacou que a vida cristã, que tem a sua perfei-ção no amor, é vida para ser vivi-da na dimensão esponsal e nesta dimensão Cristo é o nosso espo-so. No final da celebração, os fiéis receberam com o relicário a sole-ne bênção de Santa Clara e, após a Santa Missa, os fiéis receberam os tradicionais pãezinhos bentos e puderam felicitar as irmãs pela data e pelas singulares graças espi-

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os dias 15 e 16 de agosto, dez jovens se reuniram na casa de retiros Monte Al-

verne, em Campo Limpo Paulista (SP), para dar os primeiros passos na Juventude Franciscana. O en-contro contou com o apoio da fra-ternidade da Ordem Franciscana Secular de Bragança Paulista e de seu assistente espiritual, Frei Thiago Thiago Hayakawa, com a presen-ça de alguns irmãos do regional de São Paulo da Jufra e da Irmã Heide, franciscana missionária de Maria e assistente espiritual da Fraternidade Jufra Santa Clara, que foi instalada neste encontro.

As formações bem dinâmicas conduzidas pelo formador regional Luís Fernando e com o apoio de sua esposa Gabriela, fizeram com que os jovens refletissem sobre o que esta-vam fazendo ali: tornando-se oficial-mente jufristas, abraçando com fide-lidade e coragem o ideal franciscano de vida.

“Perfume franciscano”Com alegria, os jovens se reuni-

ram no sábado, dia 15, por volta das 20 horas, durante o jantar. Neste dia, conheceram o significado da tão fa-lada sigla FBJ: Formação de Base da Jufra. Para marcar este encontro, a fraternidade da OFS de Bragança Paulista presenteou os futuros jufris-

No dia 5 de agosto, as Irmãs Concepcionistas de Piratininga receberam a visita fraterna do Visitador Geral Frei Nestor.

Frei nesTor visiTa ConCePCionisTas

nova FraTernidade da juFra

tas com um perfume produzido com “cheiros” da cidade de nosso Seráfico Pai, São Francisco. O momento sim-ples, porém cheio de significado, fez que com que todos percebessem o que de fato era a missão do jufrista: espalhar o perfume de Cristo pelo mundo, como sinal de paz e bem.

ser PereGrinoO domingo, 16 de agosto, mar-

cará para sempre estes irmãos: pri-meiro, pelos temas com que tiveram contato, como as crises na frater-nidade, mútuas relações entre OFS e Jufra, a reflexão sobre a Carta de

Guaratinguetá e a proclamação do Manifesto da Jufra do Brasil. Depois, de forma bem simples e fraterna, Frei Thiago presidiu a Celebração Eucarística da Assunção de Nossa Senhora, onde Eliane Nascimento e Vinícius Fabreau, da fraternidade Jufra das Chagas de São Paulo (SP) e Daniel Vitor, Thamires Lima, Jake-line Cuba, Thaís Lima, Diego Santos, Bárbara Moreira, Celena Silva e Júlia Andrade, da fraternidade Jufra San-ta Clara, de Campo Limpo Paulista, fizeram o compromisso de viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e o ideal franciscano de vida, na Juventude Franciscana. Após o al-moço festivo de acolhida na Família Franciscana, os jovens da Jufra Santa Clara realizaram o primeiro Capítu-lo Eletivo da fraternidade.

Este momento foi muito signifi-cativo para toda a fraternidade que se formou durante esses dois dias. Que o Onipotente e Bom Senhor nos abençoe em nossa caminhada fran-ciscana e nos dê a perseverança!

Vinícius Fabreau, da Jufra

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Falecimento

o TráGiCo FaleCimenTo de irmà odeTes frades da Província Francis-cana da Imaculada Concei-ção do Brasil lamentam pro-

fundamente o trágico acontecimento do qual a Irmã Odete Aparecida dos Anjos, das Irmãs Franciscanas de Siessen, foi vítima. De acordo com as informações da Polícia Civil, Irmã Odete foi morta durante um assalto ocorrido no início da manhã do dia 24 de julho, em uma unidade da Fa-zenda Esperança, em Guaratinguetá, SP. A religiosa foi morta a facadas, recebendo cerca de oito golpes pelas costas.

Em mensagem enviada à Madre Provincial das Irmãs Franciscanas de Siessen, Irmã Rosa Maria, e às demais irmãs, o Ministro Provincial, Frei Fi-dêncio Vanboemmel, escreveu: “Fi-camos sabendo da triste ocorrência e agressão a todas vocês, Irmãs Fran-ciscanas de Siessen, cuja vítima foi a Irmã Odete Aparecida dos Anjos. Confesso que é um momento em que ficamos sem palavras, principalmente porque a vida da Irmã Odete foi ti-rada de forma tão brutal! Caríssima Irmã Rosa Maria, em nome da nossa Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil quero manifes-tar nossa solidariedade e comunhão na dor com todas vocês, Irmãs Fran-ciscanas de Siessen. Que Irmã Odete descanse em paz junto de Deus e ore por vocês, ore por todos nós, ore por um mundo de paz, de justiça e sem violência! Que o Senhor vos abençoe e vos dê a Paz! Irmã Odete, descanse em paz. Amém!”

Irmã Odete tinha 65 anos e tra-balhava na Fazenda há seis anos, dedicando-se principalmente à ca-tequese e à orientação espiritual dos recuperandos. A direção da Fazenda se pronunciou através de nota divul-gada pelas redes sociais, em que diz: “Nossos acolhidos estão superando este momento de perda com oração e

muita unidade entre eles. Temos cer-teza que Irmã Odete já está no céu in-tercedendo por nós. Salientamos que tanto a Fazenda da Esperança como a Congregação Franciscana de Siessen, estão em oração por quem cometeu este ato de violência. Acreditamos no perdão, numa cultura de paz e de não violência”.

No dia 25, às 10h, houve a Missa de corpo presente na Capela das Ir-mãs de Siessen, no Bairro São Mano-el, em Guaratinguetá, SP. Às 14h, no Centro Masculino da Fazenda Espe-rança, no Bairro Santa Edwiges, foi celebrada outra missa, seguida pelo sepultamento.

Várias religiosas da Congregação

das Irmãs Franciscanas de Siessen, à qual Irmã Odete pertencia, participa-ram da celebração. Irmã Rosa Maria Severino, Provincial das Irmãs, tam-bém deixou uma mensagem durante a Missa e agradeceu a solidariedade das pessoas. “Nossa comunidade tem uma dor muito grande, mas também uma esperança. Estamos nos ressusci-tando aos poucos e queremos agrade-cer à Irmã Odete, que se tornou már-tir aqui, neste lugar. Oferecemos sua perda pedindo novas vocações para a Igreja, para nossa comunidade. Que-remos continuar nossa missão com o carisma que Deus nos deu, e precisa-mos de jovens corajosas, como a Irmã Odete”.

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AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacadas

AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacadas

2016janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio)14 a 17 Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho)15 Vestição dos Noviços (Rodeio)18 a 26 Capítulo Provincial

aBriL25 a 29 Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)

juLho25 a 01 JMJ (Itália e Polônia)

Setembro

01 a 04 Assembleia da CFMB (Manaus, AM)04 e 05 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Petrópolis - São Francisco)04 a 09 Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e

OFMConv (Agudos)05 a 07 Retiro para lideranças Jovens de SC (Rodeio)07 e 08 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial14 Reunião dos Mestres da Formação14 Encontro do Regional de Pato Branco14 Encontro do Regional Rio-Baixada (São João de

Meriti)14 Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)14 e 15 Encontro do Regional do Leste Catarinense (S.

Amaro da Imperatriz)15 e 16 Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis)19 Profissão Solene (Petrópolis)21 Encontro do Regional de Curitiba (S.

Boaventura)21 Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba - S.

Antônio)26 e 27 Ordenação Presbiteral de Frei Douglas

Machado (São José – SC) 27 Celebração dos 25 anos da Missão de Angola28 Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila

Velha)

outubro

20 a 22 Reunião do Definitório Provincial26 a 30 Curso de Franciscanismo (Rondinha)26 a 30 Retiro Provincial (Agudos)30 a 02 Estágio Vocacional (Guaratinguetá)

Novembro

05 a 08 Estágio Vocacional (Ituporanga)09 a 11 Encontro Provincial da Frente de Comunicação

da Evangelização (Rondinha (PR)10 Encontro do Regional do Vale do Paraíba - local

a definir

11 e 12 Reunião do Conselho Gestor das Entidades da Província (Rondinha)

16 Encontro do Regional do Espírito Santo - recreativo - local a definir

18 e 19 Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo)

20 Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense

23 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista)

23 Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo - local a definir

23 e 24 Encontro do Regional do Leste Catarinense - Recreativo (Florianópolis)

26 e 27 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial

30 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50 anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru)

30 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau)

30 a 03 1º Congresso de Educadores Franciscanos (Curitiba)

Dezembro

07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá)

07 e 08 Jubileus (Rondinha)14 e 15 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí (Piratuba)14 a 17 Reunião do Definitório Provincial