Seth Fala Livro Completo

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Ttulo original:

Seth Speaks Por Jane Roberts

Traduo Independente sem fins lucrativos: Luciene Lima, So Paulo, SP, Brasil www.espacocriando.com Narrao: Noel Freitas

CAPTULO 12 - RELACIONAMENTOS REENCARNACIONAIS

SUMRIO CAPTULO 1 - NO TENHO UM CORPO FSICO E, AINDA ASSIM, ESTOU ESCREVENDO ESSE LIVRO CAPTULO 2 - MEU AMBIENTE ATUAL, TRABALHO E ATIVIDADES CAPTULO 3 - MEU TRABALHO E ESSAS DIMENSES DE REALIDADE AO QUAL ELE ME LEVA CAPTULO 4 DRAMAS REENCARNACIONAIS CAPTULO 5 - COMO OS PENSAMENTOS FORMAM A MATRIA PONTOS COORDENATIVOS CAPTULO 6 - A ALMA E A NATUREZA DE SUA PERCEPO CAPTULO 7 - OS POTENCIAIS DA ALMA CAPTULO 8 - SONO, SONHOS E COONSCINCIA CAPTULO 9 - A EXPERINCIA DA MORTE Sesso 535, 17 de Junho de 1970 CAPTULO 10 - CONDIES DE MORTE EM VIDA CAPTULO 11 - ESCOLHAS PS-MORTE E OS MECANISMOS DA TRANSIO. CAPTULO 13 - REENCARNAO, SONHOS E O MASCULINO E FEMININO ESCONDIDOS NO EU CAPTULO 14 - ESTRIAS DO COMEO E O DEUS MULTIDIMENSIONAL CAPTULO 15 - CIVILIZAES REENCARNACIONAIS, PROBABILIDADES E MAIS SOBRE O DEUS MULTIDEMENSIONAL CAPTULO 16 - SISTEMAS PROVVEIS, HOMENS E DEUSES CAPTULO 17 - PROBABILIDADES, A NATUREZA DO BEM E DO MAL, E O SIMBOLISMO RELIGIOSO CAPTULO 18 - VRIOS ESTGIOS DE CONSCINCIA, SIMBOLISMO E FOCO MLTIPLO CAPTULO 19 - PRESENTES ALTERNADOS E FOCO MLTIPLO CAPTULO 20 - O SIGNIFICADO DA RELIGIO CAPTULO 21 - UM ADEUS E UMA INTRODUO: ASPECTOS DA PERSONALIDADE MULTIDIMENSIONAL COMO VISTO ATRAVS DE MINHA PRPRIA EXPERINCIA

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CAPTULO 1 NO TENHO UM CORPO FSICO E, AINDA ASSIM, ESTOU ESCREVENDO ESSE LIVRO Voc ouviu falar sobre caadores de fantasmas. Praticamente posso quase ser chamado de um fantasma escritor. No aprovo o termo fantasma. verdade que normalmente no sou visto, em termos fsicos. No gosto da palavra esprito tambm; ainda assim, se sua definio da palavra implica na idia de uma personalidade sem um corpo fsico, ento eu teria que concordar que a descrio adequada a mim. Dirijo-me a uma audincia no vista. Porm, sei que meus leitores existem; portanto, peo a cada um deles, agora, que me concedam o mesmo privilgio. Escrevo este livro pelos pressgios de uma mulher, a quem me tornei bastante afeioado. Aos outros, parece estranho que eu a chame de "Ruburt", e de "ele", mas o fato que eu a conheci em outros tempos e lugares, por outros nomes. Ela j foi ambos, um homem e uma mulher, que viveu estas vidas separadas pode ser designada pelo nome de Ruburt. Porm, nomes no so importantes. Meu nome Seth. Nomes so simplesmente designaes, smbolos; e, desde que voc precise us-los, eu tambm devo. Escrevo este livro com a cooperao de Ruburt, que fala as palavras para mim. Nesta vida Ruburt chamada de Jane, e o marido dela, Robert Butts, escreve as palavras que Jane fala. Eu o chamo de Joseph. Meus leitores podem supor que so criaturas fsicas, que saem de corpos fsicos, prisioneiros de ossos, de carne e de pele. Se voc

acredita que sua existncia dependente dessa imagem corprea, ento voc se sente em perigo de extino, pois nenhuma forma fsica dura para sempre e nenhum corpo, mesmo bonito em jovialidade, retm o mesmo vigor e encantamento na idade senil. Se voc se identifica com sua prpria juventude, ou beleza, ou intelecto, ou realizaes, ento h o constante conhecimento, corrosivo, de que esses atributos podem e iro desaparecer. Estou escrevendo esse livro para lhe assegurar que esse no o caso. Basicamente voc no um ser fsico mais do que sou e vesti e descartei mais corpos do que me preocupo em contar. Personalidades que no existem, no escrevem livros. Sou bastante independente de uma imagem fsica e assim voc. A conscincia cria a forma. No ao contrrio. Nenhuma personalidade fsica. somente porque voc est to ocupado, preocupado com os problemas dirios que voc no percebe que h uma poro de voc que sabe que seus prprios poderes so muito superiores queles mostrados pelo ser ordinrio. Cada um de vocs viveu outras existncias e esse conhecimento est dentro de voc, embora voc no esteja consciente disso. Espero que esse livro lhe sirva para libertar o eu profundamente intuitivo dentro de cada um de meus leitores e que lhe traga para o primeiro nvel de conscincia, independente dos critrios particulares que mais lhes serviro. Comeo esse livro no final de Janeiro, de seu tempo, 1970. Ruburt esbelto, cabelos pretos, uma mulher gil agora, que se senta em uma cadeira de balano e fala essas palavras por mim. Minha conscincia est razoavelmente focada dentro do corpo de Ruburt. uma noite fria. Esta nossa primeira experincia em escrever um livro completo, em transe, e Ruburt estava um pouco nervoso antes de a sesso comear. No apenas um assunto simples, ter essa mulher falando por mim. H muitas manipulaes necessrias, e ajustes psicolgicos. Estabelecemos o que me refiro

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como ponte psicolgica entre ns quer dizer, entre Ruburt e eu mesmo. Eu no falo atravs de Ruburt como algum que fala por um telefone. Ao invs disso, h uma extenso psicolgica, uma projeo de caractersticas de ambas as partes, e uso isso para nossa comunicao. Mais tarde explicarei como esse quadro psicolgico criado e mantido, pois como uma estrada que precisa ser mantida limpa de escombros. Seria melhor voc ler esse livro perguntando-se quem voc, ao invs de perguntar quem sou, pois voc no pode entender o que sou, a menos que voc entenda a natureza da personalidade e as caractersticas da conscincia. Se voc acredita firmemente que sua conscincia est trancada em algum lugar dentro de seu crnio e impotente para escapar disto, se voc sente que sua conscincia termina no limite de seu corpo, ento voc se vende por pouco, e voc pensar que sou uma iluso. No sou uma iluso mais do que voc , e essa pode ser uma frase carregada [gravada, como um arquivo de computador (NT)]. Posso dizer, honestamente, a cada um de meus leitores: Sou mais velho do que voc, ao menos em termos de idade, como voc pensa. Se um escritor pode se qualificar como qualquer tipo de autoridade, em termos de idade, ento, devo obter uma medalha. Sou a essncia de uma personalidade energtica. No mais focada no mundo fsico. Assim, estou consciente de algumas verdades que muitos de vocs parecem ter esquecido. Espero faz-los lembrarem-se delas. No falo tanto com a parte de voc que voc pensa como voc, mas parte de voc que voc no conhece, que de alguma forma voc negou e a algumas partes esquecidas. Essa parte de voc l esse livro como voc l.

Falo para aqueles que acreditam em um deus e para aqueles que no acreditam, para aqueles que acreditam que a cincia encontrar todas as respostas, como a natureza da realidade, e para aqueles que no. Espero lhe dar dicas que o capacitaro a estudar a natureza da realidade para si mesmo como voc nunca estudou antes. H vrias coisas que peo que voc entenda. Voc no est preso no tempo como uma mosca em uma garrafa fechada, cujas asas so inteis. Voc no pode confiar em seus sentidos fsicos para lhe dar uma verdadeira noo da realidade. Eles so mentirosos adorveis, com um conto to fantstico a lhe contar que voc acredita sem duvidar. s vezes voc mais sbio, mais criativo e muito mais conhecedor quando est dormindo do que quando est acordado. Estas declaraes podem parecer altamente duvidosas agora para voc, mas quando terminarmos, espero que voc veja que elas so declaraes claras dos fatos. O que lhe falarei j foi falado antes, ao longo dos sculos, e falado novamente quando foi esquecido. Espero esclarecer muitos pontos que foram distorcidos atravs dos anos. Ofereo minha interpretao original de outros, pois nenhum conhecimento existe em um vcuo, e todas as informaes devem ser interpretadas e devem ser coloridas pela personalidade que a mantm e a passa adiante. Ento, descrevo a realidade como a conheo, e minha experincia em muitas camadas e dimenses. Isso no significa que outras realidades no existem. Tenho sido consciente muito antes de sua Terra ser formada. Para escrever esse livro e na maioria de minhas comunicaes com Ruburt adoto informaes de meu prprio banco de personalidades passadas, cujas caractersticas parecem ser apropriadas. H muitos de ns, personalidades como eu mesmo, no focada no plano fsico ou tempo. Nossa existncia parece estranha para vocs apenas porque vocs no percebem o potencial verdadeiro da

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personalidade e vocs esto hipnotizados por seus prprios conceitos limitantes. Primariamente sou um mestre, mas no sou um homem de letras per si. Primariamente sou uma personalidade com uma mensagem: Voc cria o mundo que voc conhece. Voc foi presenteado, talvez com o melhor presente de todos: a habilidade de projetar seus pensamentos na forma fsica. O presente traz uma responsabilidade e muitos de vocs so tentados a se elogiarem sobre o sucesso de suas vidas e culpar Deus, o destino e a sociedade por suas falhas. Da mesma maneira, a humanidade tem a tendncia de projetar sua prpria culpa e seus prprios erros na imagem de um deus-pai, que parece estar crescendo no cansao de muitas reclamaes. O fato que cada um de vocs cria sua prpria realidade fsica; e em massa, vocs criam ambos, as glrias e os terrores que existem eu sua experincia terrena. At que vocs percebam que so os criadores, iro recusar aceitar essa responsabilidade. Ningum pode culpar um diabo pelos infortnios do mundo. Vocs j cresceram bastante em sofisticao para perceber que o diabo uma projeo de sua prpria psique, mas no cresceram o bastante em sabedoria para aprender como usar sua criatividade construtivamente. A maioria de meus leitores est familiarizada com o termo "salto muscular. Como espcie, vocs cresceram em salto do ego, mantendo uma rigidez espiritual, com as pores intuitivas do eu, negadas ou distorcidas alm de qualquer reconhecimento. A hora est se aproximando. Ambos os meus amigos precisam se levantar cedo de manh. Ruburt est trabalhando em dois livros de sua prpria autoria e precisa dormir. Antes de terminar essa sesso, peo-lhe que nos imagine, pois Ruburt me disse que um escritor precisa ser cuidadoso em compor o cenrio. Falo atravs de Ruburt duas vezes por semana, s segundas e s quartas-feiras, nessa mesma grande sala. As luzes esto sempre

acesas. Essa noite me agradvel olhar atravs dos olhos de Ruburt, para alm do inverno. A realidade fsica sempre me tem sido restauradora e atravs da cooperao de Ruburt, e quando escrevo esse livro, vejo que eu estava correto em apreciar seu charme inigualvel. H uma outra caracterstica a ser mencionada aqui: Willy, o gato, um monstro amado, que agora est dormindo. A natureza da conscincia animal em si mesma um assunto altamente interessante, e que consideraremos depois. O gato est consciente de minha presena, e em vrias ocasies reagiu de forma notria a isso. Nesse livro, espero mostrar-lhe as constantes interaes que ocorrem entre todas as unidades de conscincia, a comunicao que se insinua alm das barreiras das espcies e, em algumas destas discusses, usaremos Willy como referncia. Considerando que mencionamos animais, deixe-me dizer que eles possuem um tipo de conscincia que no lhes permite tanta liberdade quanto a sua. Ainda assim, ao mesmo tempo, eles no so impedidos de us-la por certas caractersticas que normalmente impedem o potencial prtico da conscincia humana. A conscincia um modo de perceber as vrias dimenses da realidade. A conscincia, como voc a conhece, altamente especializada. Os sentidos fsicos lhe permitem perceber o mundo tridimensional e, ainda pela mesma natureza, podem inibir a percepo de outras dimenses igualmente vlidas. A maioria de vocs se identifica com seu eu dirio fisicamente orientado. Vocs no pensariam em se identificar com uma poro de seu corpo e ignorar todas as outras partes e, ainda assim, voc est fazendo a mesma coisa quando imagina que o eu-egosta carrega o fardo de sua identidade. Estou lhe falando que voc no uma bolsa csmica de ossos e carne, jogados juntos atravs de alguma mistura de elementos e de substncias qumicas. Estou lhe falando que sua conscincia no um produto gneo, formado mera e acidentalmente pelo trabalho

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interativo de componentes qumicos. Voc no um ramo abandonado de matria fsica, nem sua conscincia est destinada a desaparecer como uma lufada de fumaa. Ao invs disso, voc forma o corpo fsico que voc conhece num nvel profundamente inconsciente com grande discriminao, milagrosa clareza e o ntimo conhecimento inconsciente de cada clula que compe essa formao. Isso no tem um significado simblico. Agora, por causa de sua mente consciente, como voc a pensa, voc no est consciente dessas atividades, voc no se identifica com essa poro interior de si mesmo. Voc prefere se identificar com a parte de voc que olha a televiso, ou cozinha, ou trabalha a parte de voc que voc acha que sabe o que est fazendo. Mas essa poro, aparentemente inconsciente de voc mesmo muito mais instruda, e toda sua existncia fsica depende do funcionamento regular dela. Esta poro est consciente, atenta, alerta. voc, muito focado em sua realidade fsica, que no escuta sua voz, que no entende que ela a grande fora psicolgica de qual seu eu fisicamente orientado brota. Chamo a esta, aparentemente, inconscincia de ego interior, pois ele dirige as atividades internas. Ele correlaciona a informao que percebida, no atravs dos sentidos fsicos, mas atravs de outros canais interiores. o observador interno da realidade que existe alm da tridimensionalidade. Ele carrega em si a memria de cada uma de suas existncias passadas. Ele olha para as dimenses subjetivas que so, literalmente, infinitas, e a partir dessas dimenses subjetivas todas as realidades objetivas fluem. Todas as informaes necessrias lhe so dadas atravs desses canais interiores e as inacreditveis atividades interiores ganham lugar diante de voc, como o levantar de um dedo, o fechar de uma plpebra, ou a leitura dessa sentena nessa pgina. Esta poro de sua identidade totalmente clarividente e teleptica, de forma que voc advertido de desastres antes que ocorram, aceite voc, ou

no, a mensagem de forma consciente, e toda a comunicao ganha espao muito antes de uma palavra ser falada. O "ego exterior" e o ego interno operam juntos; um, lhe permitindo manipular o mundo que voc conhece; outro, trazendo-lhe essas percepes interiores delicadas, sem as quais a existncia fsica no seria mantida. H uma poro de voc, porm, a identidade mais profunda, que forma a ambos, o ego interno e o ego externo, que decidiram que voc seria um ser fsico neste lugar e tempo. Este o mago de sua identidade, a semente psquica da qual voc brotou, a personalidade multidimensional da qual voc parte. Para esses de vocs que desejam saber onde coloco o subconsciente, como os psiclogos consideram, voc pode imaginar como um lugar de reunio, grosso modo falando, entre os egos externo e interno. Voc precisa entender que no h divises reais do eu, ento falamos de vrias pores apenas para formarmos a idia bsica, mais clara. J que estamos nos dirigindo a indivduos que se identificam com a conscincia normal do eu, levanto esses assuntos nesse primeiro captulo porque estarei usando os termos mais adiante nesse livro e porque quero estabelecer o fato da personalidade multidimensional o mais breve possvel. Vocs no podem se entender, e no podem aceitar minha existncia independente at que se libertem da noo de que a personalidade um atributo da conscincia do aqui e agora. Agora, algumas das coisas que posso dizer sobre a realidade fsica neste livro podem assust-los, mas lembrem-se que estou vendo isto de um ponto de vista completamente diferente. Voc est presente e inteiramente focado nisso, pensando, talvez, e se no houver nada l fora?. Eu estou l fora, retornando momentaneamente a uma dimenso que conheo e amo. Porm, no sou, em seus termos, um residente. Embora eu tenha um

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passaporte psquico, h ainda alguns problemas de traduo, inconvenincias de entrada, com os quais tenho que lutar. Muitas pessoas, eu ouo, viveram durante anos dentro da cidade de New York e nunca fizeram uma excurso at o Empire State, enquanto muitos estrangeiros esto familiarizados com ele. Assim, embora voc tenha um endereo fsico, eu ainda posso mostrar algumas estruturas muito estranhas e miraculosas, psquicas e psicolgicas, dentro de seus prprio sistema de realidade, que voc ignora. Espero, muito francamente, fazer muito mais que isto. Espero levlo a uma excurso pelos nveis de realidade que esto disponveis a voc, e gui-lo em uma viagem pelas dimenses de sua prpria estrutura psicolgica abrir reas inteiras de sua prpria conscincia, das quais voc tem sido relativamente inconsciente. Espero, ento, no apenas explicar os aspectos multidimensionais da personalidade, mas dar a cada um de meus leitores um vislumbre daquela grande identidade que dele mesmo. O eu que voc conhece no seno um fragmento de toda sua identidade. Porm, esses fragmentos do eu no so amarrados juntos, como contas num fio. Eles so mais como as vrias camadas de uma cebola, ou seguimentos da casca [em espiral] de uma laranja, todas conectadas atravs de uma vitalidade e crescendo para fora em vrias realidades enquanto brotam da mesma fonte. No estou comparando a personalidade a uma laranja ou a uma cebola, mas quero enfatizar que, como estas coisas crescem de dentro para fora, assim acontece com cada fragmento de todo o eu. Voc observa o aspecto externo dos objetos. Seus sentidos fsicos lhe permitem observar as formas exteriores s quais voc, ento, reage, mas seus sentidos fsicos, at certo ponto, lhe foram a perceber a realidade dessa maneira e a vitalidade interna do tema e da forma no to aparente. Posso lhe dizer, por exemplo, que h conscincia mesmo em uma unha, mas poucos de meus leitores me levaro a serio o bastante

para parar no meio da sentena e dizer bom dia ou boa tarde para a prxima unha que acharem, presa em um pedao de madeira. No obstante, os tomos e molculas dentro da unha possuem o prprio tipo de conscincia. Os tomos e molculas que compem as pginas deste livro tambm so, dentro de seu prprio nvel, conscientes. Nada existe seja pedra, mineral, planta, animal ou o ar que no esteja repleto de conscincia de seu prprio tipo. Assim, voc est no meio de uma comoo vital constante, uma conformao [gestalt] de conscincia energtica e vocs so fisicamente compostos de clulas conscientes que carregam com elas mesmas a realizaes de suas prprias identidades, que cooperam prontamente com a formao da estrutura corporal que seu corpo fsico. Estou dizendo, claro, que no h tal coisa como matria morta. No h nenhum objeto que no seja formado por conscincia e cada conscincia, em relao ao seu nvel, se regozija na sensao e criatividade. Voc no pode entender o que voc a menos que entenda tal assunto. Por convenincia, voc se fecha numerosidade das comunicaes internas que brotam das partes mais minsculas de sua carne, contudo, mesmo como criaturas fsicas, vocs so, at certo ponto, uma poro de outra conscincia. No h limitaes ao eu. No h limitaes a seus potenciais. Porm, voc pode adotar limitaes artificiais atravs de sua prpria ignorncia. Voc pode, por exemplo, se identificar com seu ego exterior, sozinho, e se privar das habilidades que so uma parte de voc. Voc pode negar, mas no pode mudar os fatos. A personalidade multidimensional, embora muitas pessoas escondam suas cabeas, figurativamente falando, na areia da existncia tridimensional e finjam que no h nada mais. No pretendo subestimar o ego exterior. Voc simplesmente o superestimou. Nem sua verdadeira natureza foi reconhecida.

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Teremos mais a dizer em relao a esse assunto, mas por agora o bastante perceber que seu senso de identidade e continuidade no dependente do ego. Agora, s vezes, estarei usando a termo "camuflagem", referindome ao mundo fsico, com o qual o ego exterior se relaciona, pois a forma fsica uma das camuflagens que a realidade adota. A camuflagem real, e, ainda assim, h uma realidade muito maior nisto a vitalidade que deu forma a isto. Seus sentidos fsicos lhe permitem perceber esta camuflagem, pois eles so sintonizados com ela de uma maneira altamente especializada. Mas sentir a realidade dentro da forma requer um diferente tipo de ateno e manipulaes mais delicadas do que os sentidos fsicos provem. O ego um deus ciumento, e quer seus interesses atendidos. Ele no quer admitir a realidade de nenhuma dimenso, exceto aquela em que ele se sente confortvel e que pode entender. Ele foi intencionado para ser um auxlio, mas lhe foi permitido se tornar um tirano. Mesmo assim, muito mais flexvel e ansioso para aprender do que geralmente suposto. Ele no naturalmente rgido como parece. Sua curiosidade pode ser de grande valor. Se voc tiver uma concepo limitada da natureza da realidade, ento seu ego far o melhor para mant-lo na pequena rea fechada da realidade que voc aceita. Por outro lado, sua intuio e instintos criativos tero permisso para a liberdade, ento eles comunicaro um pouco de conhecimento das grandes dimenses a essa poro mais fisicamente orientada de sua personalidade. Este livro a prova de que o ego no tem o controle inteiro da personalidade para si mesmo, pois no h duvida de que ele est sendo produzido por alguma outra personalidade, que no a da escritora conhecida como Jane Roberts. Desde que Jane Roberts no tem habilidades que no so inerentes s espcies como um todo, ento, ao menos, deve ser admitido que a personalidade humana tem muito mais atributos do que os usualmente descritos. Espero explicar o que estas habilidades so, e mostrar os modos que cada indivduo pode usar para liberar estes potenciais.

A personalidade uma conformao [gestalt] de percepo varivel. a parte da identidade que percebe. No foro minhas percepes sobre a mulher atravs de quem falo, tampouco sua conscincia destruda durante nossas comunicaes. Ao contrrio, h uma expanso da conscincia dela e uma projeo de energia que dirigida distncia, a partir da realidade tridimensional. Esta concentrao distante a partir do sistema fsico pode fazer parecer como se a conscincia dela esteja sendo destruda. Ao contrario, mais somada ela. Agora, a partir de meu prprio campo de realidade, foco minha ateno em direo mulher, mas as palavras que ela fala essas palavras sobre as pginas no so inicialmente verbais. Em primeiro lugar, a linguagem como voc conhece um ofcio lento: letra por letra, seqenciada para formar uma palavra, e palavras para formar sentenas, o resultado do pensamento padro linear. A linguagem, como voc conhece, parcial e, gramaticalmente, o produto de suas sucesses de tempo fsico. Voc s pode se focar uma vez em muitas coisas, e sua estrutura de linguagem no dada comunicao de experincias intrincadas e simultneas. Estou consciente de um tipo diferente de experincia, no linear, e posso focar e reagir a uma variedade infinita de eventos simultneos. Ruburt no os poderia expressar; assim, eles devem ser nivelados em expresso linear para serem entendidos por vocs. Esta habilidade para perceber e reagir a eventos simultneos ilimitados uma caracterstica bsica de cada eu completo, ou entidade. Ento, no reivindico isto como algum feito exclusivamente meu.Cada leitor, estando presentemente escondido em uma forma fsica, presumo, conhece apenas uma pequena poro de si mesmo como mencionei antes. A entidade a identidade global da qual a personalidade uma manifestao uma poro vlida, independente e eterna. Nestas comunicaes, portanto, a conscincia de Ruburt se expande, e, ainda se foca em uma dimenso diferente, uma dimenso entre a realidade dele e a minha, um campo relativamente livre de distrao. Aqui eu imprimo certos conceitos nele, com a permisso e consentimento dele. Eles no so

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neutros, em todo o conhecimento, ou informao, h o selo da personalidade que o mantm ou o passa adiante.

Ruburt pe seu conhecimento verbal disponvel para nosso uso e, automaticamente, ns, juntos, provocamos as vrias palavras que sero faladas. Distraes podem acontecer e, como qualquer informao pode ser distorcida. Porm, estamos habituados a trabalhar juntos agora, e as distores so muito poucas. Um pouco de minha energia tambm projetada atravs de Ruburt. Sua energia e a minha, ambas ativam sua forma fsica durante nossas sesses enquanto falo essas sentenas. H muitas outras ramificaes que discutirei depois. Ento, no sou um produto da subconscincia de Ruburt, no mais do que ele um produto de minha mente subconsciente. Tampouco sou uma personalidade secundria, tentando habilmente arruinar um ego precrio. Na realidade, cuidei para que todas as pores da personalidade de Ruburt fossem beneficiadas e que nossa integridade fosse mantida e honrada. H, na personalidade de Ruburt, uma facilidade bastante singular que faz possvel nossas comunicaes. Tentarei dizer isto to simples quanto possvel: na psique de Ruburt h o que equivalente a uma urdidura dimensional transparente que serve quase como uma janela aberta, atravs da qual outras realidades podem ser observadas, uma abertura multidimensional que, de certa forma, escapou de ser nublada pela sombra do foco fsico. Os sentidos fsicos normalmente lhes encobrem estes canais abertos, pois eles s percebem a realidade em sua prpria imagem. At certo ponto, portanto, entro em sua realidade por uma urdidura psicolgica em seu espao e tempo. De certa forma, esse canal aberto serve tanto quanto um caminho entre a personalidade de Ruburt e a minha; assim a comunicao possvel por esse meio. Tais urdiduras psicolgicas e psquicas entre as dimenses da existncia no so raras. Elas so meramente reconhecidas como raridades e utilizadas menos ainda.

Tentarei dar-lhes alguma idia de minha prpria existncia nofsica. Que isso sirva para lhe lembrar de que sua prpria identidade bsica to no-fsica quanto a minha.

CAPTULO 2MEU AMBIENTE ATUAL, TRABALHO E ATIVIDADES Embora meu ambiente difira em importantes aspectos do de meus leitores, posso lhes assegurar que ele to vvido, variado e vital quanto a existncia fsica. mais deleitoso, mais recompensador e oferece maiores oportunidades para a realizao criativa - embora minhas idias de gozo tenham mudado um pouco desde que eu fui um ser fsico Minha existncia presente a mais desafiadora que conheo e conheo muitas, ambas fsica e no-fsica. No h apenas uma nica dimenso na qual a conscincia no-fsica resida, no mais do que em seu pas ou planeta, ou nos planetas do seu sistema solar. Meu ambiente, agora, no o nico no qual voc se encontrar imediatamente aps a morte. No consigo no falar humoristicamente, mas voc precisa morrer muitas vezes antes de entrar nesse plano particular de existncia. O nascimento muito mais chocante do que a morte. s vezes quando voc morre, voc no percebe, mas o nascimento quase sempre implica num reconhecimento impetuoso e repentino. Assim, no h necessidade de temer a morte. E eu, que j morri mais vezes do que me preocupo contar, escrevo esse livro para lhe dizer isso. Meu trabalho neste ambiente prov muito mais desafios do que qualquer um de vocs supe e ele tambm necessita da manipulao de materiais criativos que esto quase alm de sua compreenso atual. Falarei mais disso em breve. Primeiro, voc precisa entender que nenhuma realidade objetiva existe, mas aquela que criada pela conscincia. A conscincia sempre cria formas e no o contrrio. Assim, meu ambiente uma realidade da existncia criada por mim mesmo e por outros como eu, e ele representa a manifestao de nosso desenvolvimento.

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No usamos estruturas permanentes. No h uma cidade ou um centro de cidade, por exemplo, no qual eu more. No quero dizer que isso implique em que estejamos em um espao vazio. Pois no pensamos em espao da forma que vocs pensam e formamos qualquer imagem do que queremos que nos cerque. Elas so criadas por nossos padres mentais, como sua prpria realidade fsica criada em rplica perfeita de seus pensamentos e desejos interiores. Voc pensa que objetos existem independentemente de voc, no percebendo que eles so a manifestao psicolgica e psquica de vocs mesmos. Percebemos que formamos nossa prpria realidade e, portanto, fazemos isso com considervel alegria e abandono criativo. Em meu ambiente voc estaria altamente desorientado, pois ele lhe pareceria como se a ele faltasse coerncia. Somos conscientes das leis internas que governam todas as materializaes, no entanto. Posso estar num ambiente de dia ou de noite, em seus termos, como eu quiser ou em qualquer perodo, digamos, de sua histria. Essas formas variveis no aborrecem meus companheiros, pois eles as entendem como ligaes de meu humor, sentimentos e idias. Permanncia e estabilidade no tm basicamente nada a ver com a forma, mas com a integrao do prazer, do propsito, do alcance, e da identidade. Viajo para muitos outros nveis de existncia de forma a atender meus deveres, que so primariamente os de professor e educador, e uso qualquer ajuda e tcnica que me sirva melhor naqueles sistemas. Em outras palavras, posso ensinar a mesma lio de muitos modos diferentes, de acordo com as habilidades e suposies inerentes a qualquer sistema no qual eu tenha que operar. Uso uma poro de mim mesmo a partir de muitas personalidades disponveis a minha identidade nessas comunicaes e nesse livro. Em outros sistemas de realidade, essa personalidade particular que sou, a identidade geral de Seth adotada aqui, no seria compreendida. Todos os sistemas de realidade no so fisicamente orientados e alguns so totalmente alheios forma fsica. Nem o sexo, como

voc o entende, natural a eles. Consequentemente, no me comunicaria como uma personalidade masculina que viveu muitas existncias fsicas, embora essa seja uma poro legtima e vlida de minha identidade. Em meu ambiente domstico, assumo qualquer forma que me agrada, e pode variar, e varia, com a natureza de meus pensamentos. Voc, porm, forma sua prpria imagem fsica num nvel de inconscincia mais ou menos da mesma maneira, mas com algumas diferenas importantes. Voc normalmente no percebe que seu corpo fsico criado por voc em cada momento como um resultado direto da concepo interna do que voc , ou de que ele muda de formas qumicas e eletromagnticas importantes com o movimento de seu prprio pensamento. Tendo, h muito tempo, reconhecido a dependncia da forma sobre a conscincia, simplesmente nos tornamos capazes de mudar nossas formas completamente, de maneira que elas sigam mais fielmente cada nuance de nossa experincia interior. Esta habilidade para mudar a forma uma caracterstica inerente a qualquer conscincia. S o grau de proficincia e efetuao que varia. Voc pode ver isto em seu prprio sistema, em uma verso reduzida, quando voc observa as formas variveis vivendo atravs de sua histria evolutiva. Agora, ns tambm podemos assumir vrias formas de uma nica vez, grosso modo falando, mas vocs tambm podem fazer isso embora geralmente no percebam. Sua forma fsica pode dormir na cama enquanto sua conscincia viaja na forma de sonho para lugares bastante distantes. Simultaneamente voc pode criar uma "forma pensamento" de si mesmo, idntico sob todos os aspectos, e ela pode aparecer no quarto de um amigo sem o conhecimento de sua conscincia. Assim, a conscincia no limitada, como as formas, ela pode criar em qualquer momento. Falando em termos prticos, estamos mais avanados em relao a isso do que voc e quando criamos tais formas ns fazemos isso com total conscincia. Divido meu campo de existncia com outros

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que tm mais ou menos os mesmos desafios, os mesmos padres gerais de desenvolvimento. Alguns que conheo e outros que no conheo. Comunicamo-nos telepaticamente, mas, novamente, telepatia a base de seus idiomas, os quais, sem simbolismo, no teriam sentido. Porque nos comunicamos desta maneira, no significa necessariamente que usamos palavras mentais, pois no o fazemos. Comunicamo-nos atravs do que posso chamar de imagens trmicas e eletromagnticas que so capazes de suportar muito mais significado em uma "seqncia." A intensidade da comunicao dependente da intensidade emocional atrs dela, embora a frase "intensidade emocional" possa ser mal interpretada. Ns sentimos um equivalente ao que vocs chamam de emoes, embora no seja amor, ou dio, ou raiva, do jeito que vocs conhecem. Seus sentimentos podem ser melhor descritos como materializaes tridimensionais de grandes eventos psicolgicos e experincias relacionados aos sentidos interiores. Explicarei estes sentidos interiores mais tarde, no final desse captulo. Basta dizer que temos experincias emocionais fortes, embora elas difiram grandemente das suas. So muito menos limitadas e muito mais expansivas, nas quais somos tambm conscientes e responsveis em relao ao clima emocional como um todo. Somos muito mais livres para sentir e experienciar porque no tememos ser varridos pelos sentimentos. Nossas identidades no se sentem ameaadas, por exemplo, pelas fortes emoes de outros. Podemos viajar atravs das emoes de uma forma que no natural agora para voc, e traduzi-las em outras facetas de criatividade que so diferentes das com que vocs tm familiaridade. No sentimos a necessidade de esconder emoes, pois sabemos que basicamente impossvel e indesejvel. Em seu sistema elas podem parecer problemticas porque vocs ainda no aprenderam a us-las. Agora estamos aprendendo o completo potencial delas e os poderes da criatividade

com a qual elas so conectadas. Desde que percebemos que nossa identidade no dependente da forma, ento, claro, no tememos mud-las, sabendo que podemos adotar qualquer forma que desejamos. No conhecemos a morte em seus termos. Nossa existncia nos leva a muitos outros ambientes, nos misturamos a eles. Seguimos as regras das formas existentes nesses ambientes. Todos aqui somos professores, e adaptamos nossos mtodos tambm, de forma que eles faam sentido para as personalidades com idias variadas de realidade. A conscincia no dependente da forma, como eu disse, e, ainda assim, ela sempre procura criar uma forma. No existimos em qualquer estrutura temporal, como voc considera. Minutos, horas, ou anos perderam seu significado e fascnio. Estamos bastante cientes da condio de tempo nos outros sistemas e precisamos lev-los em considerao em nossas comunicaes. Caso contrrio, o que dizemos no seria entendido. No h nenhuma barreira real para separar os sistemas dos quais falo. A nica separao provocada pelas variadas habilidades de personalidades a perceber e manipular. Voc existe no meio de muitos outros sistemas de realidade, por exemplo, mas voc no os percebe. E mesmo quando algum evento se intromete, a partir desses sistemas dentro de sua prpria existncia tridimensional, voc no capaz de interpret-lo, pois ele distorcido pelo mesmo fato do acontecimento. Eu lhe disse que ns no experimentamos sua seqncia de tempo. Viajamos atravs de intensidades. Nosso trabalho, desenvolvimento e experincia, todos acontecem dentro do que chamo de ponto do momento. Aqui, dentro do ponto do momento, o menor pensamento aproveitado, a mais leve possibilidade explorada, as probabilidades so examinadas totalmente, o menor ou mais forte sentimento vigorosamente considerado. difcil explicar isto claramente, e, ainda assim, o ponto do momento a estrutura com a qual temos nossa experincia

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psicolgica. Com ele, aes simultneas seguem livremente, atravs de padres associativos. Por exemplo, finja que eu penso em voc, Joseph. Ao fazer isso, imediatamente experiencio e completamente seu passado, presente e futuro (em seus termos) e todas aquelas emoes fortes, ou emoes determinantes, e motivaes que o regeram. Posso viajar por essas experincias com voc, se eu escolher isso. Podemos seguir uma conscincia atravs de todas as suas formas, por exemplo, e em seus termos, com o lampejo de um olhar. Agora, isso precisa de estudo, desenvolvimento e experincia antes de algum poder aprender como manter sua prpria estabilidade frente a tais estmulos constantes; e muitos de ns se perdem nisso, at mesmo esquecendo de quem fomos at que despertamos mais uma vez a ns mesmos. Muito disto agora bastante automtico para ns. Nas infinitas variedades de conscincia, ainda estamos conscientes de uma pequena porcentagem de todos os bancos de personalidades existentes. Pois, em nossas frias visitamos formas simples de vida e nos misturamos a elas. A esta instncia, nos viciamos em relaxar e dormir, pois podemos gastar um sculo como uma rvore ou como uma forma de vida descomplicada em outra realidade. Deleitamos nossa conscincia com o prazer da simples existncia. Podemos criar, como voc v, a floresta na qual crescemos. Normalmente, porm, somos altamente ativos, nossas energias todas se focam em nosso trabalho e em novos desafios. Podemos formar de ns mesmos, de nossas prprias totalidades psicolgicas, outras personalidades, sempre que desejamos. Porm, estas tm que ser desenvolvidas de acordo com o prprio mrito, usando as habilidades criativas inerentes a elas. Elas so livres para fazerem o prprio caminho. Porm, no realizamos isso s cegas. Cada leitor uma poro de sua prpria entidade e se desenvolve em direo mesma forma de existncia que conheo. Na infncia

e no estado de sonho, cada personalidade est, at certo ponto, consciente da verdadeira liberdade que pertence sua prpria conscincia interior. Essas habilidades, das quais falo, entretanto, so caractersticas inerentes da conscincia como um todo e de cada personalidade. Meu ambiente, como eu disse, muda constantemente, assim como o seu. Voc racionaliza de forma bastante autntica e com a percepo intuitiva nessas ocasies. Por exemplo, se um quarto, de repente, parece pequeno e apertado para voc, voc tem certeza de que essa mudana de dimenso imaginativa e de que o quarto no mudou, independente de seus sentimentos. O fato que o quarto, sob tais condies, ter mudado e em aspectos importantes, muito embora as dimenses fsicas ainda meam o mesmo. Todo o impacto psicolgico do quarto ter sido alterado. Esse efeito ser sentido por outros ao seu lado. E ele atrair, certamente, outros tipos de eventos, mais do que outros e alterar sua prpria estrutura psicolgica e produo hormonal. Voc reagir ao estado alterado do quarto de muitas formas fsicas, embora sua largura ou comprimento, ou centmetros, possam parecer no terem mudado. Pedi a nosso bom amigo Joseph para sublinhar a palavra "parecer" porque seus instrumentos no mostrariam nenhuma alterao fsica j que os instrumentos dentro do quarto teriam sido alterados para o mesmo nvel. Voc est mudando constantemente de forma, tamanho, contorno e significado de seu corpo fsico, embora voc faa seu melhor para ignorar essas constantes alteraes. Por outro lado, ns os permitimos completamente, sabendo que somos motivados por uma instabilidade interior que pode muito bem suster a espontaneidade e criao, e percebendo que as identidades espiritual e psicolgica so dependentes da mudana criativa.

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Nosso ambiente composto de desequilbrios primorosos, onde a mudana tem permisso completa. Sua prpria estrutura de tempo o engana em suas idias de permanncia relativa a assuntos fsicos e voc fecha seus olhos s constantes alteraes nele. Seus sentidos fsicos o limitam fazendo o melhor que consegue percepo de uma realidade altamente formalizada. Apenas atravs do uso das intuies, e nos estados de sono e sonho, como regra, voc pode perceber o prazer de sua prpria mutao e de qualquer conscincia. Um de meus deveres o de instru-los em tais assuntos. Precisamos usar conceitos que so, no mnimo, bastante familiarizados a vocs. Ao fazer isso, usamos pores de nossas prprias personalidades, com as quais vocs possam, at certo ponto, fazer relaes. No h fim em nosso ambiente. Em seus termos no haveria nenhuma falta de espao ou tempo com os quais operar. Agora, isso traria tremenda presso para qualquer conscincia sem um desenvolvimento ou histrico apropriado. No temos um universo simples, confortvel, no qual possamos nos esconder. Ainda estamos alertas a outros sistemas bastante estrangeiros de realidade que lampejam nos mesmos arredores de conscincia como a conhecemos. H vrios tipos de conscincias assim como h de formas fsicas, cada uma com seus prprios padres de percepo, habitando seus prprios sistemas de camuflagem. E ainda, todos esses tm conhecimento ntimo da realidade que existe em todas as camuflagens e que compem qualquer realidade, no importa por qual nome seja chamado. Agora, muitas destas liberdades so bastante naturais a voc no estado de sonho, e voc forma, freqentemente, ambientes de sonho para exercitar tais potenciais. Depois, terei ao menos algumas observaes a fazer em relao s maneiras pelas quais voc pode aprender a reconhecer suas prprias proezas, para compar-las com sua proficincia na vida fsica diria.

Voc pode aprender a mudar seu ambiente fsico aprendendo a mudar e manipular seu ambiente no sonho. Voc tambm pode se sugerir sonhos especficos, nos quais uma mudana desejada vista e sob certas condies, elas iro aparecer em sua realidade fsica. Agora, normalmente, voc faz isso sem perceber. Toda conscincia adota vrias formas. No necessrio sempre estar dentro de uma forma. Todas as formas no so formas fsicas. Algumas personalidades nunca foram fsicas. Elas evoluram ao longo de linhas diferentes e suas estruturas psicolgicas seriam estrangeiras para vocs. De certa forma, eu tambm viajo atravs de tais ambientes. A conscincia precisa mostrar-se, entretanto. Ela no pode no ser. Ela no fsica, precisa, ento, mostrar sua radiao de outras formas. Em alguns sistemas, por exemplo, ela forma padres altamente integrados matemtica e musicalmente, que so elas mesmas estmulos para outros sistemas universais. No estou bem informado sobre essas, porm, e no posso falar delas com grande familiaridade. Se meu ambiente no permanentemente estruturado, ento, como falei, tambm no o seu. Se eu estiver consciente na comunicao atravs de Ruburt, de formas diferentes cada um de vocs, telepaticamente, se comunica com e atravs de outras personalidades, embora com pouco conhecimento dessa realizao. Os sentidos que voc usa, de uma maneira muito real, cria o ambiente que voc percebe. Seus sentidos fsicos necessitam da percepo de uma realidade tridimensional. A conscincia equipada com alguns perceptores internos. Eles so inerentes a todas as conscincias, em relao a seu desenvolvimento. Esses perceptores operam de forma bastante independente daqueles que podem ser assumidos quando uma conscincia adota uma forma especializada, como um corpo fsico, de forma a operar em um sistema particular.

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Cada leitor, no entanto, tem seus sentidos internos, e at certo ponto os usa constantemente, embora no consciente de estar fazendo isso num nvel egotista. Agora ns, usamos os sentidos internos muito consciente e livremente. Se voc fizesse isso, voc perceberia o mesmo tipo de ambiente no qual eu tenho minha existncia. Voc veria uma situao no camuflada, na qual os eventos e formas fossem livres sem prend-lo nos moldes do tempo. Por exemplo, voc veria seu quarto atual no apenas como um conglomerado de moblia que parece permanente, mas mudaria seu foco e veria a imensa e constante dana das molculas e outras partculas que compem os vrios objetos. Voc poderia ver uma fosforescncia incandescente da aura, a aura das estruturas eletromagnticas que compe as molculas em si mesmas. Voc poderia, se quisesse, condensar sua conscincia at que fosse pequena o bastante para viajar atravs de uma nica molcula e, do mundo da molcula, ter uma viso ocular do universo do quarto e da galxia gigantesca movendo-se continuamente como formas estelares inter-relacionadas,. Agora, todas essas possibilidades representam uma realidade legtima. A sua no mais legtima do que qualquer outra, mas a nica que voc percebe. Usando os sentidos interiores, nos tornamos criadores conscientes, co-criadores. Mas vocs so co-criadores inconscientes, saiba disso ou no. Se seu ambiente parece desestruturado para voc, apenas porque voc no entende a verdadeira natureza da ordem, que no tem nada a ver com a forma permanente, mas apenas parece ter forma a partir de sua perspectiva. No h nenhuma quatro horas da tarde, ou nove horas da manh em meu ambiente. Com isso, quero dizer que no estou restrito seqncia do tempo. No h nada me impedindo de experienciar tais seqncias, se escolho. Experienciamos tempo, ou o que voc chama de equivalente disso na natureza, em termos de intensidades de experincia um tempo psicolgico com suas prprias variaes. Isso algo similar suas prprias sensaes quando o tempo parece ir muito rpido ou muito devagar, mas bastamente diferente em alguns detalhes. Nosso tempo psicolgico poderia ser comparado, em termos de ambiente, s paredes de um quarto, mas

em nosso caso as paredes estariam mudando constantemente em termos de cores, tamanho, altura, profundidade e largura. Nossas estruturas psicolgicas so diferentes, falando em termos prticos, nelas ns utilizamos conscientemente uma realidade psicolgica multidimensional que vocs inerentemente possuem, mas com a qual no tem familiaridade num nvel egotista. natural, ento, que seu ambiente no tenha as qualidades multidimensionais que os sentidos fsicos nunca perceberiam. Agora, projeto uma poro de minha realidade, conforme dito esse livro, para um nvel no discriminado entre os sistemas, relativamente livre de camuflagem. uma rea inativa, comparativamente falando. Se voc estivesse pensando em termos de realidade fsica, ento essa rea seria ligada outra imediatamente acima da atmosfera de sua terra. No entanto, estou falando de atmosferas psicolgicas e psquicas, e essa rea est suficientemente distante do eu fisicamente orientado de Ruburt, assim as comunicaes podem ser relativamente compreendidas. Tambm est, de certa forma, distante de meu prprio ambiente, pois em meu prprio ambiente eu teria algumas dificuldades em relacionar informaes, em termos fisicamente orientados. Voc deve entender que, por distncia, no estou me referindo a espao. Criao e percepo esto muito mais intimamente conectadas do que qualquer um de seus cientistas possam perceber. bastante verdade que seus sentidos fsicos criam a realidade que percebem. Uma rvore algo bem diferente para um micrbio, um pssaro, um inseto, e um homem que se pe abaixo dela. No estou dizendo que a rvore apenas parece ser diferente. diferente. Voc percebe sua realidade atravs de um conjunto de sentidos altamente especializados. Isso no significa que sua realidade existe mais naquela forma bsica do que no formato percebido pelo micrbio, inseto ou pssaro. Voc no pode perceber a realidade vlida da rvore em qualquer contexto, exceto no seu mesmo. Isso se aplica a qualquer coisa no sistema fsico que voc conhece.

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No que a realidade fsica falsa. que a imagem fsica simplesmente uma do infinito grupo de possibilidades de formas perceptivas, atravs da qual a conscincia se expressa. Os sentidos fsicos lhe foram a traduzir a experincia sob a percepo fsica. Os sentidos interiores lhe abrem a extenso da percepo, lhe permitindo interpretar a experincia de uma maneira muito mais livre e a criar novas formas e novos canais atravs dos quais voc, ou qualquer conscincia, possa conhec-la. A conscincia , entre outras coisas, um exerccio espontneo da criatividade. Voc est aprendendo agora, num contexto tridimensional, as formas pelas quais sua existncia emocional e psquica podem criar variedades de formas fsicas. Voc manipula, com o ambiente fsico, e essas manipulaes so automaticamente impressas no molde fsico. Agora nosso ambiente est na prpria criatividade de maneira diferente do seu. Seu ambiente criativo em relao s arvores carregadas de frutas, h um principio auto-sustentvel, que faz a terra alimentar-se a si mesma, por exemplo. Os aspectos naturalmente criativos so as materializaes das inclinaes psquicas, espirituais, e fsicas mais profundas das espcies, organizadas, em seus termos, h eras atrs, e uma parte do banco racial de conhecimento psquico. Ns doamos os elementos de nosso ambiente com uma grande criatividade, que difcil de explicar. No temos flores que crescem, por exemplo. Mas a intensidade, a fora psquica condensada de nossas naturezas psicolgicas forma novas dimenses de atividade. Se voc pintar um quadro dentro da existncia tridimensional, ento a pintura deve estar em uma superfcie plana, Simplesmente indicando a experincia tridimensional que voc no pode inserir nela. Em nosso ambiente, porm, ns poderamos criar qualquer efeito dimensional que desejamos. Todas estas habilidades no so apenas nossas. Elas so sua herana. Como voc ver depois neste livro, voc exercita seus prprios sentidos internos, e habilidades multidimensionais, mais freqentemente do

que poderia parecer, em outros estados de conscincia que o normal, do que o desperto. Considerando que meu prprio ambiente no tem elementos fsicos definidos, voc ser capaz de entender sua natureza pela inferncia, como explico em alguns tpicos relacionados ao longo deste livro. Seu prprio ambiente fsico parece como parece a voc por causa de sua prpria estrutura psicolgica. Se voc tivesse ganho seu senso de continuidade pessoal atravs de processos primrios associativos, ao invs de ser um resultado da familiaridade do eu se movendo atravs do tempo, ento voc experienciaria a realidade fsica de uma forma completamente diferente. Os objetivos do passado e do presente poderiam ser percebidos de uma vez, suas presenas justificadas atravs de conexes associativas. Digamos que seu pai, atravs da vida dele, acumulou oito cadeiras favoritas. Se seu mecanismo de percepo fosse primariamente estruturado como um resultado da associao intuitiva, ao invs da seqncia do tema, ento voc perceberia todas essas cadeiras de uma nica vez; ou vendo uma, voc estaria ciente das outras. Assim, o ambiente no uma coisa separada em si mesma, mas o resultado de padres de percepo e, esses, so determinados pela estrutura psicolgica. Assim, se voc quer saber como meu ambiente, voc ter que entender o que eu sou. De forma a explicar, devo falar sobre a natureza da conscincia em geral. Ao fazer isso, devo terminar dizendo-lhe bastante a respeito de voc mesmo. As pores interiores de sua identidade j esto conscientes do muito que lhe direi. Parte de meu propsito familiarizar seu eu egotista com o conhecimento que j conhecido em uma enorme poro por sua prpria conscincia, que voc tem ignorado h muito.

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Voc olha para o universo fsico e interpreta a realidade de acordo com a informao recebida por seus sentidos externos. Estarei de p, figurativamente falando, na realidade fsica e olharei para dentro de voc e descreverei essas realidades de conscincia e experincias que voc est fascinado por ver. Pois voc est fascinado com a realidade fsica e em transe to profundo agora como a mulher atravs de quem escrevo esse livro. Toda a sua ateno est focada de uma forma altamente especializada sobre uma luz, um ponto brilhante que voc chama de realidade. H outras realidades, todas sobre voc, mas voc ignora suas existncias, e voc destri todos os estmulos que vm delas. H uma razo para tal transe, como voc descobrir, mas pouco a pouco voc tem que acordar. Meu propsito abrir seus olhos internos. Meu ambiente inclui, claro, aquelas outras personalidades com as quais entro em contato. Comunicao, percepo e ambiente podem ser arduamente separados. Entretanto, o tipo de comunicao que levada adiante, por mim e por meus associados extremamente importante em qualquer discusso de seu ambiente. No captulo seguinte, espero lhe dar uma idia, bastante simples, de nossa existncia, do trabalho no qual estamos envolvidos, da dimenso na qual existimos, do propsito que mantemos amorosamente; e, mais que tudo, das preocupaes que compem nossa experincia.

prpria realidade de uma forma bem diferente da de vocs. Somos conscientes de nossas vidas passadas (que como vocs chamariam), das personalidades que temos adotado em vrias outras existncias. Porque ns usamos telepatia, NO podemos esconder nada um do outro, mesmo quando desejamos. Isso pode parecer uma invaso de privacidade para voc, e ainda assim lhe asseguro que mesmo agora nenhum de seus pensamentos esto escondidos, mas so conhecidos com bastante clareza para nossa famlia e amigos e posso dizer, infelizmente, que aqueles que voc considera inimigos tambm. Voc simplesmente no consciente desse fato. Isso no significa que cada um de ns como um livro aberto para o outro. Muito pelo contrrio. H uma coisa que pode ser entendida como etiqueta mental, boas maneiras mentais. Somos muito mais conscientes de nossos prprios pensamentos do que vocs so. Percebemos nossa liberdade para escolher nossos pensamentos e os escolhemos com alguma discriminao e fineza. O poder de nossos pensamentos tem se mostrado claro para ns, atravs da tentativa e erro em outras existncias. Descobrimos que ningum pode escapar da vasta criatividade da imagem mental, ou da emoo. Isso no significa que no somos espontneos, ou que precisamos deliberar entre um pensamento ou outro, ansiosamente preocupados sobre a negatividade ou poder destrutivo de um pensamento. Isso, em seus termos, est alm de ns.

CAPTULO 3 MEU TRABALHO E ESSAS DIMENSES DE REALIDADE AO QUAL ELE ME LEVAAgora, eu tenho amigos, como vocs tm, embora eles sejam de longas datas. Voc tem que entender que vivenciamos nossa

Nossa estrutura psicolgica significa que ns podemos nos comunicar em muito mais formas do que essas com as quais vocs esto familiarizados. Imagine, por exemplo, que voc encontrou um amigo de infncia que voc no esqueceu. Agora, vocs podem ter pouco em comum. Ainda assim, vocs tm uma conversa agradvel durante a tarde, centrada nos velhos professores e colegas de escola, e estabelecem uma certa concordncia.

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Assim, quando eu me encontro com outro, eu posso ser capaz de relacion-lo, muito melhor, com base em uma experincia particular de uma vida passada, mesmo que em meu agora, tenhamos pouco em comum. Podemos ter nos conhecido, por exemplo, como pessoas completamente diferentes no sculo 14 e podemos nos comunicar muito conversando sobre essas experincias, como voc e seu hipottico amigo de infncia que estabeleceram uma concordncia lembrando-se de seu passado. Seremos bastante conscientes de que somos ns, no entanto as personalidades multidimensionais que partilharam mais ou menos um ambiente em comum num nvel de nossa existncia. Como voc ver, essa analogia bastante simples, porque passado, presente e futuro realmente no existem nesses termos. Nossa experincia, no entanto, no inclui as divises de tempo com as quais vocs so familiares. Temos muito mais amigos e associados do que vocs tem, simplesmente porque estamos conscientes da variedade de conexes que chamamos por agora de encarnaes passadas. Temos, claro, mais conhecimento em nossas mos, grosso modo falando. No h perodo de tempo, em seus termos, que voc possa mencionar, mas alguns de ns fomos de l e carregamos dentro de nossas memrias a indelvel experincia que foi ganha naquele contexto em particular.

Agora, cada eu completo, ou personalidade multidimensional, tem seus prprios propsitos, misses e empenhos criativos que so partes iniciais e bsicas de si mesmo, e isso determina as qualidades que fazem esse eu eternamente vlido e eternamente buscador. Finalmente, somos livres para usar nossa energia nessas direes. Encaramos muitos desafios, de natureza bastante momentnea, e percebemos que nossos propsitos no so apenas importantes por si mesmos, mas para as surpreendentes ramificaes que desenvolvem nossos esforos em possu-los. Ao trabalhar nossos propsitos, percebemos que estamos abrindo caminhos que tambm podem ser usados por outros. Tambm suspeitamos, certamente eu sim, que os propsitos tero resultados surpreendentes, conseqncias espantosas que nunca percebemos e que eles iro meramente nos conduzir a novos caminhos. Perceber isso nos ajuda a manter o senso de humor. Quando algum nasce e morre muitas vezes, esperando a extino a cada morte e quando essa experincia seguida pela percepo de que a existncia ainda continua, ento o senso da divina comdia aparece. Estamos comeando a aprender a alegria criativa do jogo. Eu acredito, por exemplo, que toda criatividade e conscincia nasce na qualidade do jogo, ao invs do esforo no jogo, na espontaneidade intuitiva acelerada que vejo como uma constante atravs de todas as minhas prprias existncias e na experincia daqueles que conheo. Eu me comunico com sua dimenso, por exemplo, no por minha inclinao a seu nvel de realidade, mas por imaginar-me a. Todas as minhas mortes seriam aventurosas se eu tivesse percebido o que sei agora. Por um lado, vocs levam a vida muito seriamente e, por outro lado, vocs no levam a existncia divertida seriamente o bastante. Ns desfrutamos de um sentido de diverso que altamente espontnea e, ainda, suponho que vocs chamariam isso de jogo

No sentimos a necessidade de esconder nossas emoes ou pensamentos dos outros, porque todos ns reconhecemos bem a natureza cooperativa de todas as conscincias e da realidade, e nossa parte nelas. Somos altamente motivados. Espritos poderiam ser qualquer outra coisa. Simplesmente por termos a nosso comando o completo uso de nossa energia, ela no desviada em conflitos. No a fragmentamos por a, mas a utilizamos para propsitos singulares e individuais que so a parte bsica de nossa experincia psicolgica.

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responsvel. Certamente esse um jogo criativo. Ns brincamos, por exemplo, com a mobilidade de nossa conscincia, vendo quo longe algum pode ir. Estamos constantemente surpresos pelos produtos de nossa prpria conscincia, com as dimenses da realidade atravs da qual podemos brincar como num jogo de amarelinha. Pode parecer que usamos nossa conscincia toa em tal jogo e, ainda, novamente, os caminhos que fazemos continuam existindo e podem ser usados por outros. Deixamos mensagens a qualquer um que venha, atravs de indicaes mentais. Podemos estar altamente motivados, no entanto, e, ainda, usar e entender o uso criativo do jogo, ambos como mtodos de atingir nossos objetivos e propsitos, e como um empenho surpreendente e criativo em si mesmo. Agora, em meu trabalho como professor, viajo para muitas dimenses de existncia, at mesmo como um professor ambulante que poderia dar conferencias em vrios estados ou pases. Aqui, porm, a semelhana termina, em grande parte, j que antes que eu possa comear a trabalhar, preciso estabelecer estruturas psicolgicas preliminares e aprender a conhecer meus alunos, antes mesmo do ensinamento comear. Tenho que ter um conhecimento completo do sistema particular de realidade na qual meu aluno opera, do seu sistema de pensamento, dos smbolos que so significativos. A estabilidade da personalidade do aluno deve ser medida corretamente por mim. As necessidades daquela personalidade no podem ser ignoradas, mas precisam ser levadas em considerao. O aluno precisa ser encorajado, mas no estendido excessivamente enquanto o desenvolvimento continua. Meu material precisa ser apresentado de tal forma que faa sentido no contexto no qual o aluno entende a realidade, particularmente nos estgios iniciais. Grande cuidado precisa ser utilizado, mesmo antes que o ensinamento srio possa comear, pois todos os nveis da

personalidade se desenvolvem a uma taxa mais ou menos constante. Normalmente o material que apresento ir inicialmente ser dado sem nenhum sinal de minha presena, aparentemente como uma revelao surpreendente. Pois no importa quo cuidadosamente eu apresente o material, ele ainda representa um pulo na mudana de idias passadas, que so uma parte forte da personalidade do aluno. O que digo uma coisa, mas o aluno, claro, empurrado para a experincia e para um comportamento psicolgico e psquico que podem parecer bastante aliengenas para ele, em um certo nvel de conscincia. Os problemas variam de acordo com o sistema no qual meu aluno tem sua existncia. Em nosso sistema, por exemplo, e em conexo com a mulher atravs de quem escrevo esse livro, inicialmente o contato de minha parte foi feito muito antes que nossas sesses comeassem. A personalidade nunca esteve consciente de nosso contato inicial. Ela simplesmente experienciou, de repente, novos pensamentos, e, j que ela uma poetisa, eles apareceram como inspiraes poticas. Uma vez, h alguns anos atrs, numa conferncia de escritores, ela ficou envolvida em circunstncias que poderiam t-la guiado a seu desenvolvimento psquico antes que ela estivesse pronta. O clima psicolgico naquele tempo, e do daqueles envolvidos, iniciaram as condies e, sem perceber o que estava para fazer, nossa amiga Jane entrou em transe. Conheo seus dons psquicos desde sua infncia, mas os insights necessrios foram canalizados atravs da poesia at que a personalidade atingiu o conhecimento preciso, nesse caso particular. No acontecimento, h pouco mencionado, no entanto, eu estava informado e cuidei para que o episdio terminasse e no fosse realizado.

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Foi um raro incidente de performance, no entanto. Quase sem saber, a personalidade decidiu tentar suas asas, figurativamente falando. Como uma parte de meu trabalho, entretanto, tenho treinado a jovem mulher de uma forma ou outra desde sua infncia e tudo isso como algo preliminar ao srio trabalho que comeamos com nossas sesses. Essa uma parte normal de minha atividade em vrios nveis de existncia. um trabalho altamente diversificado, pois as estruturas da personalidade variam. Enquanto em uns sistemas nos quais trabalho, trabalho em certas similaridades bsicas, em algumas dimenses no estou equipado para ser um professor simplesmente porque os conceitos bsicos da experincia seriam estrangeiros minha natureza, e os processos de aprendizado, em si, esto alm de minha prpria experincia. Agora, suas idias de espao so altamente errneas. Em meus contatos com sua esfera de atividade, eu no passo voando pelo cu, brilhantemente dourado, como algum super-homem espiritual de seu prprio domnio. Falarei disso num captulo posterior, mas de uma forma muito real, o espao, como voc o percebe, simplesmente no existe. No apenas uma iluso de espao causada por seus prprios mecanismos de percepo fsica, mas tambm provocado por padres mentais que voc aceitou padres que so adotados pela conscincia quando ela atinge certo estgio de evoluo em seu sistema. Quando voc chega, ou emerge, na vida fsica, sua mente no como uma lousa em branco, esperando as letras que a experincia escrever, mas voc j est equipado com um banco de memrias que ultrapassa de longe qualquer computador. Voc encara seu primeiro dia no planeta com a destreza e a habilidade j construdas, embora elas possam ou no ser usadas; e elas no so meramente o resultado de sua hereditariedade, como voc pode pensar.

Voc pode pensar que sua alma, ou entidade embora brevemente e por causa dessa analogia como algo como um computador consciente e vivo, divinamente inspirado, que programa suas prprias existncias e vidas. Mas esse computador to altamente dotado de criatividade que cada uma das vrias personalidades que ele programa brota da conscincia e canta, e, por sua vez, cria realidades inimaginveis pelo computador em si mesmo. Cada uma de tais personalidades, no entanto, vem com uma idia construda da realidade, na qual operar, e seu equipamento mental rigorosamente feito sob medida para se compatibilizar com os ambientes especficos. Ele tem completa liberdade, mas precisa ser operado no contexto da existncia para o qual foi programado. Com a personalidade, no entanto, nos mais secretos detalhes, est o conhecimento condensado, que reside no computador como um todo. Preciso enfatizar que no estou falando que a alma ou a entidade seja um computador, mas apenas pedindo-lhe que olhe para o assunto sob esse ngulo, de forma a melhorar a compreenso de vrios pontos. Cada personalidade tem em si a habilidade, no apenas de adquirir um novo tipo de existncia no ambiente em seu caso, na realidade fsica mas de somar criativamente a mesma qualidade sua prpria conscincia, e, ao fazer isso, trabalhar seu caminho atravs do sistema especializado, quebrando as barreiras da realidade como ele a conhece.

Agora, h um propsito em tudo isso que tambm ser discutido mais frente. Menciono todo esse assunto aqui, no entanto, porque quero que voc veja que seu ambiente no real nos termos que voc imagina que seja. Quando voc nasce, voc j est condicionado a perceber a realidade de uma maneira particular e a interpretar a experincia de uma maneira muito limitada, mas intensa.

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Preciso explicar isso antes de poder lhe dar uma idia clara de meu ambiente, ou dos outros sistemas de realidade nos quais opero. No h espao entre meu ambiente e o seu, por exemplo, nem fronteiras fsicas que nos separem. De um modo muito real, diretamente falando, seu conceito de realidade, conforme visto por seus sentidos fsicos, instrumentos cientficos, ou queles nos quais voc chegou por deduo, tm pouca semelhana com os fatos e os fatos so difceis de serem explicados. Seu sistema planetrio existe, simultaneamente, no tempo e no espao. O universo que parece ser percebido por voc, visual ou instrumentalmente, parece ser composto de galxias, estrelas e planetas, distante de vocs. Basicamente, no entanto, isso uma iluso. Seus sentidos e sua existncia como criaturas fsicas lhe programam para perceber o universo dessa forma. O universo, como voc o conhece, sua interpretao dos eventos, de como eles penetram em sua realidade tridimensional. Os eventos so mentais. Isso no significa que voc no possa viajar para outros planetas, dentro desse universo fsico mais do que isso significa que voc no possa usar mesas onde repousar seus livros, culos e laranjas, embora a mesa no tenha qualidades slidas em si mesma. Quando entro em seu sistema, movo-me atravs de uma srie de eventos mentais e psquicos. Voc interpretaria esses eventos como espao e tempo e normalmente eu preciso usar esses termos, pois eu preciso usar sua linguagem mais do que a minha prpria.

do que vocs podem chamar de meu treinamento bsico; embora, em seus termos, meus associados e eu damos outros nomes para eles. A entidade, ou a alma, tem uma natureza muito mais criativa e complicada do que at suas religies imaginaram. Ela utiliza inmeros mtodos de percepo e tem a seu comando muitos outros tipos de conscincia. Sua idia de alma realmente limitada por seus conceitos tridimensionais. A alma pode mudar o foco de sua prpria conscincia e usa a conscincia como voc usa os olhos em sua cabea. Agora, em meu nvel de existncia, sou simplesmente consciente do fato, to estranho quanto possa parecer, que no sou minha conscincia. Minha conscincia um atributo a ser usado por mim. Isto se aplica a cada um dos leitores deste livro, embora o conhecimento possa ser escondido. Alma ou entidade, ento, so mais que conscincia. Quando entro em seu ambiente, direciono minha conscincia em sua direo. De certa forma, transformo o que sou em um evento que voc pode entender, de certo modo. De uma maneira muito mais limitada, qualquer artista faz a mesma coisa quando transforma o que ele , ou uma poro dele, em uma imagem. Ao menos h uma analogia evocativa aqui. Quando entro em seu sistema, penetro na realidade tridimensional, e voc precisa interpretar o que acontece luz de sua prpria suposio enraizada. Agora, voc perceba ou no, cada um de vocs penetra em outros sistemas de realidade em seus estados de sonhos, sem a participao total da conscincia normal de seu eu. Numa experincia subjetiva, voc deixa para trs a sua existncia fsica e atua, nos tempos, com forte propsito e validade criativa, nos sonhos que voc esquece no momento em que acorda. Quando voc pensa no propsito de sua existncia, voc pensa nos termos do despertar dirio da vida e, ento, voc est em comunicao com as outras pores de sua prpria entidade,

As suposies enraizadas so essas idias construdas de realidade das quais falei, esses acordos sobre os quais vocs baseiam suas idias de existncia. Espao e tempo, por exemplo, so suposies enraizadas. Cada sistema de realidade tem seu prprio jogo desses acordos. Quando eu me comunico em seu sistema, preciso usar e entender as suposies enraizadas sobre as quais ele baseado. Como um professor, minha parte do trabalho entender e us-las, e tive existncias em muitos sistemas como esse, como uma parte

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trabalhando com empenho, exatamente como os iguais a voc no acordar da vida. Quando contato sua realidade, como se eu fosse entrar em um de seus sonhos. Posso estar consciente de mim mesmo quando dito esse livro atravs de Jane Roberts e, ainda, tambm consciente de mim mesmo em meu prprio ambiente, pois envio apenas uma poro de mim mesmo para c, como voc talvez envia uma poro de sua conscincia quando escreve uma carta para um amigo e, ainda, est consciente da sala na qual est sentado. Envio mais do que voc em uma carta, pois uma poro de minha conscincia agora est na mulher em transe, conforme dito, mas a analogia prxima o bastante. Meu ambiente, como mencionei antes, no o de uma personalidade recentemente falecida em seus termos, mas mais tarde descreverei o que voc pode esperar sob essas condies. Uma grande diferena entre seu ambiente e o meu que voc precisa materializar atos mentais fisicamente como matria fsica. Entendemos a realidade dos atos mentais e reconhecemos sua brilhante validade. Ns o aceitamos pelo que eles so e, consequentemente, estamos alm da necessidade de materializ-los e interpret-lo de forma to rgida. Sua Terra foi muito querida por mim. Agora posso mudar o foco de minha conscincia adiante e, se escolher, experienci-la como voc faz; mas posso tambm perceb-la de muitas formas que voc no pode em seu tempo. Agora, alguns de vocs que esto lendo esse livro iro imediata e intuitivamente compreender o que estou dizendo, pois j tero suspeitado que esto vendo as experincias atravs de lentes figurativas, altamente distorcidas, embora coloridas. Lembre-se tambm que se a realidade fsica , em grande sentido, uma iluso, uma iluso provocada por uma grande realidade. A iluso em si mesma tem um propsito e significado. Talvez seja melhor dizer que a realidade fsica da forma que a realidade se apresenta. Em

seu sistema, no entanto, voc est focado muito mais intensamente sobre um pequeno aspecto relativo da experincia. Podemos viajar livremente atravs de nmeros variveis de tais realidades. Nossa experincia nesse ponto inclui nosso trabalho em cada um. No quero minimizar a importncia de suas personalidades atuais, nem a existncia fsica. Ao contrrio. A experincia tridimensional um estado inestimvel para treino. Sua personalidade, como voc a conhece, perseverar com suas memrias, mas ela apenas uma parte de toda sua identidade, como sua infncia em sua vida uma parte extremamente importante em sua personalidade atual, embora agora voc seja muito mais que uma criana. Voc continuar crescendo e se desenvolvendo e voc se tornar consciente de outros ambientes, como quando voc deixou sua infncia. Mas ambientes no so coisas objetivas, conglomerados de objetos que existem independentemente de voc. Ao invs disso, voc os forma e eles so praticamente extenses de voc mesmo, atos mentais materializados que se estendem alm de sua conscincia. Eu lhe direi exatamente como voc forma seu ambiente. Eu formo o meu seguindo as mesmas regras, embora voc finalize com objetos fsicos e, eu, no. Seus cientistas esto finalmente aprendendo o que os filsofos j sabiam por sculos que a mente pode influenciar a matria. Eles ainda tm que descobrir o fato de que a mente cria e forma a matria. Agora, seu mais prximo ambiente, fisicamente falando, seu corpo. Ele no como um manequim no qual voc est aprisionado, que existe parte de voc, como um invlucro. Seu corpo no bonito ou feio, perfeito ou deformado, veloz ou vagaroso simplesmente porque esse o tipo de corpo que foi imposto a voc indiscriminadamente no nascimento. Sua forma fsica, seu ambiente corpreo pessoal a materializao fsica de seus prprios pensamentos, emoes e interpretaes.

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Quase literalmente, o ser interior forma o corpo pela transformao mgica dos pensamentos e emoes em contra partes fsicas. Voc constri o corpo. A condio dele espelha perfeitamente seu estado subjetivo a qualquer dado momento. Usando tomos e molculas, voc estrutura seu corpo, formando elementos bsicos em uma forma que voc chama de sua. Voc est intuitivamente consciente de que forma sua imagem e de que voc independente dela. Voc no percebe que cria seu amplo ambiente e o mundo fsico, como voc o conhece, pela propulso de seus pensamentos e emoes para matria - um abrir caminhos na vida tridimensional. O ser interior, no entanto, individualmente e em massa, envia sua energia fsica, formando tentculos que se aglutina em forma. Cada emoo e pensamento tem sua prpria realidade eletromagntica, completamente nica. Eles so altamente equipados para se combinar uns com os outros, de acordo com as vrias taxas de intensidade que isso pode incluir. De certa forma, os objetos da tridimensionalidade so formados mais ou menos da mesma forma que as imagens que voc v em sua tela de televiso, mas com uma grande diferena. E se voc no est sintonizado com aquela freqncia particular, voc no perceber os objetos fsicos que ela possa conter. Cada um de vocs age como transformadores, inconscientemente, automaticamente transformando unidades eletromagnticas altamente sofisticadas em objetos fsicos. Voc est no meio de um sistema de matria-concentrada, cercado, por assim dizer, por reas mais fracas nas quais o que voc chamaria de pseudo matria persiste. Cada pensamento e emoo espontaneamente existem como uma simples, ou complexa, unidade eletromagntica ainda no percebida, incidentalmente, por seus cientistas. A intensidade determina a fora e a permanncia da imagem fsica na qual o pensamento, ou emoo, ser materializado. Em meu prprio material, explico isso a fundo. Aqui, meramente quero que voc entenda que o mundo que voc conhece o reflexo de uma realidade interior.

Voc feito basicamente dos mesmos ingredientes de uma cadeira, de uma pedra, um p de alface, um pssaro. Em um empenho cooperativo gigantesco, todas as conscincias se unem para fazer as formas que voc percebe. Agora, como isso do nosso conhecimento, podemos mudar nossos ambientes e nossas formas fsicas conforme desejamos e sem confuso, pois percebemos a realidade que repousa sob tudo isso. Ns tambm percebemos que a permanncia da forma uma iluso, j que toda a conscincia deve estar em um estado de mudana. Ns podemos estar, em seus termos, em vrios lugares ao mesmo tempo porque percebemos a verdadeira mobilidade da conscincia. Agora, sempre que voc pensa emocionalmente em outra pessoa, voc envia uma contra parte de voc, sob a intensidade da matria, mas em uma forma definida. Essa forma, projetando o externo de sua prpria conscincia, escapa completamente de sua ateno egotista. Quando eu penso emocionalmente em outra pessoa, fao a mesma coisa, exceto que uma poro de minha conscincia est dentro da imagem, e pode se comunicar. Ambientes so, principalmente, criaes mentais da conscincia impulsionado-as para fora em diversas formas. Tenho um estudo do dcimo quarto sculo, meu favorito, em que eu estou muito contente, por exemplo. Em seus termos fsicos isso no existe, e eu sei muito bem que minha produo mental. Ainda assim, eu gosto disso, e freqentemente ele toma uma forma fsica, de forma a sentar-se escrivaninha e olhar para fora, pela janela, na zona rural.

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Agora, voc faz a mesma coisa quando se senta em sua sala de estar, mas no percebe o que est fazendo; nisso voc est atualmente restrito. Quando meus associados e eu nos encontramos, freqentemente traduzimos os pensamentos uns dos outros em vrios formatos e modelos de puro prazer com essa prtica. Fazemos o que vocs poderiam chamar de jogo, exigindo certa percia, onde, para nossa prpria diverso, vemos quais de ns pode traduzir qualquer pensamento nas mais numerosas formas possveis. H qualidades sutis que afetam a natureza de todo o pensamento, como gradaes emocionais, nunca idnticas e incidentalmente, nenhum objeto fsico em seu sistema uma duplicata exata de qualquer outro. Os tomos e molculas que os compem qualquer objeto tm suas prprias identidades, que colorem e qualificam qualquer objeto que formam. Voc aceita, percebe e focaliza sobre continuidades e semelhanas conforme voc percebe objetos fsicos de qualquer tipo, e de uma maneira muito importante voc se fecha e ignora diferenas fora de um determinado campo de realidade. Ento voc discrimina altamente, aceitando certas qualidades e ignorando outras. Seus corpos no mudam apenas a cada sete anos, por exemplo. Eles mudam constantemente, a cada respirao. Dentro da carne, tomos e molculas constantemente morrem e so substitudos. Os hormnios esto em um estado constante de movimento e alterao. Propriedades eletromagnticas da pele e clulas movem-se continuamente e mudam, e at se invertem. A matria fsica que compe seu corpo um momento atrs diferente, de maneiras importantes, da matria que forma seu corpo nesse instante. Se voc percebesse a mudana constante dentro de seu corpo, com tanta persistncia quanto voc presta ateno sua natureza aparentemente permanente, ento voc ficaria pasmo por j ter considerado seu corpo como uma entidade mais ou menos constante, mais ou menos coesiva. Mesmo subjetivamente, voc se foca sobre a idia de um eu relativamente estvel e permanente. Voc d nfase a essas idias, e

pensamentos, e atitudes que voc se lembra das experincias passadas como suas, ignorando completamente aqueles que uma vez foram caractersticos e agora desvaneceram-se ignorando tambm o fato que voc no pode segurar/manter o pensamento. O pensamento de um momento antes, em seus temos, se desvanece. Voc tenta manter um eu constante, fsica e relativamente permanente, de forma a manter um ambiente relativamente constante e relativamente permanente. Assim, voc est sempre em uma posio de ignorar tal mudana. Esses que voc se recusa conhecer so precisamente esses que lhe dariam um entendimento muito melhor da verdadeira natureza da realidade, da subjetividade individual, e do ambiente fsico que parece cercar voc. O que acontece a um pensamento quando ele deixa sua mente consciente? Ele no desaparece simplesmente. Voc pode aprender a segui-lo, mas normalmente, por medo, voc tira sua ateno da intensidade do foco dele na existncia tridimensional. Ento, parece que o pensamento desaparece. Tambm parece que sua subjetividade tem uma misteriosa qualidade desconhecida em relao a isso e que sua vida mental tem uma tendncia traioeira queda, uma queda subjetiva nas quais os pensamentos e memrias caem, para desaparecer no nada. Ento, para se proteger, para proteger sua subjetividade da deriva, voc ergue vrias barreiras psicolgicas ao que voc supe representar perigo. Ao invs disso, voc pode seguir esses pensamentos e emoes simplesmente percebendo que sua prpria realidade continua em outra direo, ao lado dos pensamentos que voc identifica. Pois esses pensamentos e emoes que deixaram sua mente consciente lhe guiaro a outros ambientes. Essas aberturas subjetivas atravs das quais os pensamentos parecem desaparecer so de fato como urdiduras fsicas, conectando o eu que voc conhece com outros universos de experincias realidades aonde os smbolos vm vida e pensamentos no negam seu potencial.

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H uma comunicao entre essas outras realidades e voc mesmo em seu estado de sonho e uma interao constante entre ambos os sistemas. Se h algum ponto aonde sua conscincia parea iludir-se e esquivar-se de voc, ou se h algum ponto aonde sua conscincia parea terminar, ento esses so os pontos onde voc estabeleceu barreiras psquica e psicolgicas essas so, precisamente, as reas que devem ser exploradas. Caso contrrio, voc sente como se sua conscincia estivesse encapsulada em seu crnio, imvel e contrada, e cada pensamento perdido ou memria esquecida, ao menos simbolicamente, se parece a uma pequena morte. E esse no o caso.

Seu prprio ambiente inclui bem mais do que voc pode supor. Anteriormente eu me referi a seu ambiente em termos de existncia fsica diria e circunstncias s quais voc est presentemente conectado. Na verdade, voc est ciente de muito pouco de seu amplo e extenso ambiente. Considere seu eu presente como um ator em uma pea; uma difcil e nova analogia, mas adequada. A cena estabelecida no sculo vinte. Voc cria as propriedades, os cenrios, os temas; de fato, voc escreve, produz e atua em toda a produo voc e qualquer outro indivduo que atua na pea. Voc est to focado em seus papis, no entanto, to intrigado pela realidade que criou, to entranhado nos problemas, nos desafios, nas esperanas e aflies de seus papis particulares que esqueceu que eles so suas prprias criaes. Esse drama intensamente comovente, com todas as suas alegrias e tragdias, pode ser comparado sua vida presente, seu ambiente presente, ambos, individuais e em massa. Mas h outras peas acontecendo simultaneamente, nas quais voc tem uma parte a atuar. Essas, tm seus prprios cenrios, suas prprias propriedades. Elas ganham lugar em diferentes perodos de tempo. Uma pode ser chamada A vida no sculo vinte A.D. Outra pode ser chama Vida no sculo dezoito, ou Nos anos 500 A.C, ou No ano 3000 D.C.. Voc tambm cria essas cenas e atua nelas. Essas peas tambm representam seu ambiente, o ambiente que cerca toda sua personalidade. Entretanto, estou falando de sua poro que est tomando parte nessa parte desse perodo particular; e essa poro particular de toda sua personalidade est focada nesse drama, no qual voc no est ciente dos outros em que voc tambm representa um papel. Voc no entende sua prpria realidade multidimensional; portanto, ela parece estranha ou inacreditvel quando eu lhe digo que voc vive muitas existncias de uma nica vez. difcil para voc se imaginar estando em dois lugares ao mesmo tempo, muito menos em dois, ou mais lugares, ou em sculos.

CAPTULO 4 DRAMAS REENCARNACIONAIS

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Agora, colocado simplesmente, tempo no uma srie de momentos. As palavras que voc fala, os atos que voc realiza, parece ganhar lugar no tempo, como uma cadeira ou mesa parecem ocupar espao. Essas semelhanas, entretanto, so uma parte das propriedades complicadas que voc estabeleceu antecipadamente e com a cena que voc precisa aceitar como real. Quatro da tarde uma referencia bem acessvel. Voc pode dizer a um amigo Eu o encontrarei s quatro da tarde na esquina, ou em um restaurante para bebermos algo, ou para batermos um papo, ou para almoarmos, e seu amigo saber precisamente onde e quando encontrar voc. Isso acontecer a despeito do fato de que quatro horas da tarde no tem um sentido bsico, mas um acordo mutuamente designado um acordo de cavalheiros, se voc preferir. SE voc for ao teatro s nove da noite, mas as aes da pea acontecem na manh, ento os atores so mostrados tomando seu caf, voc aceita o tempo como um dado da cena. Voc tambm finge que de manh. Cada um de vocs est agora envolvido numa produo muito ampla, na qual todos concordam com certas suposies bsicas que servem estrutura na qual a cena ocorre. As suposies implicam em que tempo, uma srie de momentos uns aps outros; em que um mundo objetivo existe independentemente de sua prpria criao e percepo dele; em que voc encapsulado dentro dos corpos fsicos que vocs tm usado; e em que vocs esto limitados pelo tempo e espao. Outras suposies aceitas pelas mesmas razes incluem a idia de que todas as percepes vm atravs de seus sentidos fsicos; em outras palavras, que todas as informaes lhes vm do nada, de fora, e de que nenhuma informao vem de dentro. Ento, voc forado a focar intensamente sobre as aes que pratica. Agora, esses vrios jogos, esses pedaos peridicos de criatividade representam o que voc chamaria de vidas reencarnatrias.

Todas elas existem basicamente de uma s vez. Aqueles que ainda esto envolvidos nesse seminrio altamente complicado e passional, chamado existncias reencarnatrias, acham difcil ver alm delas. Alguns, descansando entre as produes, como foram, tentam se comunicar com aqueles que ainda esto representando suas partes no jogo; mas eles mesmos esto deriva, por assim dizer, e podem ver apenas muito distantemente. As cenas parecem tomar lugar uma aps outra, e essas comunicaes parecem intensificar a falsa idia de que o tempo uma srie de momentos, acontecendo em uma linha singular a partir de um comeo inconcebvel para algum final, igualmente inconcebvel. Isso lhe leva a pensar em termos de um progresso bastante limitado, em termos individuais, de sua espcie como um todo. Vocs que tm considerado a reencarnao pensam, bem, certamente a humanidade deve ter progredido mais que na Idade Media, embora voc tenha um grande temor de que no progrediu; ou voc se vira para o progresso tecnolgico e diz ao menos, progredimos nesse assunto. Voc pode sorrir e pensar consigo mesmo que um pouco difcil imaginar um senador romano se dirigindo s multides atravs de um microfone, por exemplo; os filhos dele assistindo a performance na televiso. Mas tudo isso um grande erro. O progresso no existe mais nos termos em que voc o considera do que no tempo. Em cada pea, ambos, individual e em massa, problemas diferentes so estruturados. O progresso pode ser medido em termos de maneiras particulares, nas quais aqueles problemas foram ou no resolvidos. Grandes avanos so feitos em certos perodos. Por exemplo, grandes ramificaes apareceram que, a partir de seu ponto de vista, podem no ser considerados progressos.

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Em algumas peas, de um modo geral, os atores esto, cada um, trabalhando em uma poro de um grande problema que o jogo mesmo resolve. Embora aqui eu use a analogia de um drama, esses jogos so jogos de natureza altamente espontnea, nos quais os atores tm completa liberdade na estrutura do jogo. E garantindo essas suposies estabelecidas, no h repeties. H observadores, como voc ver mais frente em nosso livro. Como em qualquer boa produo teatral, h um tema geral em cada jogo. Os grandes artistas, por exemplo, no emergiram de um tempo particular simplesmente porque nasceram nele, ou porque as condies foram favorveis. O jogo em si mesmo foi estruturado baseado na verdade intuitiva, qual voc poderia chamar de forma artstica, com tal vastido de criatividade e extenso de resultados que serviriam para acordar as habilidades latentes em cada ator e tambm como modelo de comportamento. Os perodos de renascena espiritual, artstico ou fsico ocorrem porque o intenso foco interior dos envolvidos no drama direcionado quelas finalidades. O desafio pode ser diferente em cada pea, mas os grandes temas so balizados para todas as conscincias. Eles servem como modelos. O progresso no tem nada a ver com tempo, mas com o foco psquico e espiritual. Cada pea totalmente diferente da outra. No correto, no entanto, supor que suas aes nessa vida so causadas por uma existncia prvia ou que voc est sendo punido nessa vida por crimes de uma vida passada. As vidas so simultneas. Sua prpria personalidade multidimensional to dotada que pode ter essas experincias e ainda reter sua identidade. Ela , claro, afetada pelas vrias outras peas nas quais toma parte. H uma comunicao instantnea e, se voc preferir, um sistema de causa e efeito instantneo. Essas peas dificilmente so sem propsito. Nelas, a personalidade multidimensional aprende atravs de suas prprias aes. Ela tenta

uma variedade infinita de posturas, comportamentos padronizados, atitudes e provoca a mudana nos outros, como resultado. A palavra resultado, automaticamente, infere em causa e efeito a causa acontecendo antes do efeito, e isso simplesmente um pequenino exemplo do poder de tais distores e das dificuldades inerentes envolvidas com o pensamento verbal, pois isso sempre implica em um esboo de linha singular. Voc o eu multidimensional que tem essas existncias, que cria e toma parte nessas cenas apaixonadamente csmicas, por assim dizer. somente porque voc foca nesse papel particular agora que voc identifica todo o seu ser com ele. Voc estabelece esses papis para si mesmo por uma razo. E a conscincia est num estado de tornar-se [vir a ser NT ], e, assim, esse eu multidimensional do qual falo no uma estrutura psicolgica completa e terminada. Ela tambm est num estado de vir a ser. Ela est aprendendo a arte da realizao. Ela tem consigo recursos criativos infinitos, possibilidades ilimitadas de desenvolvimento. Mas ela ainda tem que aprender o significado de realizao, e precisa encontrar em si mesma formas de trazer para a existncia aquelas criaes no mencionadas que esto dentro dela. Assim, ela cria variedades de condies nas quais operar, e estabelece desafios prprios, alguns fadados a falharem, em seus termos, ao menos inicialmente, porque ela primeiro precisa criar as condies que traro novas criaes relacionadas. E tudo isso feito com grande espontaneidade e alegria ilimitada. Por essa razo, voc cria muito mais ambientes do que percebe. Agora, cada ator, atuando no papel, focado na pea, possui uma linha orientadora interior. Consequentemente, ele no deixado, abandonado em uma cena em que esqueceu sua prpria criao. Ele tem conhecimento e informao que vem a ele atravs do que eu chamo de sentidos interiores.

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Consequentemente, ele tem outras fontes de informao alm das limitadas produo. Cada ator sabe isso instintivamente e h perodos estabelecidos e permitidos para que o interior jogue, no qual cada ator descansa, de forma a restaurar a si mesmo. Nesses perodos ele informado, atravs dos sentidos interiores, sobre seus outros papis e ele percebe que ele muito mais do que a auto-aparncia em qualquer pea. Nesses perodos ele entende que teve sua mo na escrita da pea e que livre dessas suposies que o oprimem enquanto ele est ativamente concentrado nas atividades do drama. Esses perodos, claro, coincidem com seu estado de sono e condies de sonho; mas tambm h outras situaes quando cada ator v bem claramente que ele est cercado pelas propriedades e quando a viso dele, de repente, trespassa a aparente realidade da produo. Isso no significa que a pea no real ou que no deve se