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SÃO PAULO, 02 DE SETEMBRO DE 2015.

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Plantas começam a ser instaladas no primeiro jardim vertical do

Minhocão

O primeiro jardim vertical permanente instalado em prédios vizinhos ao Elevado Presidente

Costa e Silva - o Minhocão - entrou na fase final de montagem, com a instalação, desde

sábado (29), da cobertura vegetal composta por espécies de plantas do cerrado e da mata

atlântica. A obra começou em agosto, no Edifício Huds, que fica na Rua Helvétia. A previsão

de término é 7 de setembro, segundo o Movimento 90º, responsável pela instalação.

O projeto é resultado de um decreto publicado em março, que permite empresas a

fazerem a compensação ambiental de obras e serviços na capital por meio da

instalação de jardins verticais e telhados verdes nos condomínios.

Nesta primeira intervenção, o custo para cobrir 302 m² de fachada do prédio, em uma

área de paredes sem janelas, será de R$ 253,9 mil.

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No caso do Edifício Huds, a manutenção da estrutura será feita pelo grupo WTorre nos

primeiros seis meses. Depois disso, a Prefeitura assume os custos. O projeto foi

desenvolvido pelo Movimento 90º - que reúne profissionais que querem uma cidade

mais verde.

Além de melhorar a paisagem urbana, essas estruturas ajudam na filtragem da

poluição do ar e no conforto térmico tanto no prédio onde está instalado quanto do

seu entorno. Em 2013, o Movimento 90º fez um projeto-piloto no local. Durante quase

um ano e meio a parede de um prédio do Minhocão ficou coberta com cinco mil

plantas. O movimento quer construir 20 jardins verticais em fachadas só do Minhocão,

o equivalente a uma área de 8 mil m².

Outros condomínios

Um edital de chamamento público foi aberto em maio pela Prefeitura para que

edifícios vizinhos ao Minhocão possam receber a instalação de jardins verticais. Até

agosto, sete condomínios mostraram interesse em participar, mas não há previsão de

quantos receberão a estrutura porque os pedidos estão em análise técnica na

Prefeitura.

Podem se candidatar condomínios que possuam empenas cegas (paredes sem janelas)

que estejam localizadas a uma quadra do Minhocão. Ao todo, 140 prédios, ou uma

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área equivalente a nove campos de futebol, são candidatos a receber a cobertura de

plantas.

A escolha dos edifícios será feita pela Câmara Técnica de Compensação Ambiental, que

levará em conta o fato de a nova área verde proporcionar redução da poluição sonora

e do calor no entorno. As cartas de intenção devem ser entregues na Secretaria

Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), na Rua do Paraíso, 387/389 - térreo, das

9h às 16h.

Benefícios

De acordo com a Secretaria do Verde, os jardins verticais têm várias vantagens, como o

fato de a temperatura interna das construções ficarem até 7ºC mais baixa. Além disso,

as plantas produzem oxigênio e umidade e filtram os poluentes. Elas diminuem ainda

os ruídos porque formam uma barreira acústica e melhoraram a paisagem urbana.

Essas estruturas são capazes de sustentar e manter vegetações sobre e paralelamente

a superfícies verticais, como prédios com empenas cegas (paredes sem janelas), muros

e paredes, porque se adaptam tanto em espaços internos como externos.

Ainda segundo a Secretaria, não há riscos de infiltração para os locais onde o jardim

está instalado. Ele também exige pouca manutenção, porque o sistema de irrigação é

automatizado, e pode ser retirado posteriormente, sem que a superfície original seja

danificada.

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Prédio ao lado do minhocão inaugura jardim elevado

Os tons de verde das 29 espécies de plantas que vão cobrir o Condomínio Edifício

Huds, localizado entre a rua Helvétia e a avenida São João, já podem ser vistos por

quem passa pelo Minhocão, na região central da capital. O prédio é o primeiro das

imediações do elevado a receber a cobertura vegetal na empena cega, nome técnico

para as paredes sem janelas dos edifícios. Outros sete aguardam avaliação para poder

construir a estrutura.

O painel de 302 m² começou a ser feito em julho e, segundo a prefeitura, deve ser

finalizado no sábado (5). Vera Lúcia Francisca de Jesus, de 52 anos, a síndica do prédio,

falou sobre o projeto:

- No sábado passado, subi no elevado para ver o começo. Conseguiram plantar um

jardim em uma parede. Estou muito emocionada, o trabalho é belíssimo e espero que

vire moda em São Paulo. Tivemos coragem de abraçar a ideia primeiro, porque a gente

precisa respirar melhor.

Vera conta que foi realizada uma assembleia e que a preocupação inicial dos

moradores dos 33 apartamentos do edifício era com custos adicionais.

- A preocupação do morador é com o gasto, porque não temos condições de pagar um

valor extra. Mas tudo foi explicado. O centro merece ser revitalizado.

O trabalho está sendo conduzido pelo Movimento 90º que tem o projeto de construir

8.000 metros quadrados de parques verticais em 20 prédios da região ao longo deste

ano.

O engenheiro agrônomo Rodrigo Bordigoni, que trabalhou com a escolha das espécies

que compõem o painel, comentou a biodiversidade vegetal, como os diferentes tipos

de samambaias.

- O nosso objetivo primordial é a criação de ilhas de conservação de biodiversidade

vegetal em ambientes que sofreram interferência do homem.

Especialista em paisagismo, Bordigoni diz que os benefícios dos jardins verticais vão

além do embelezamento da cidade.

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- Há uma suavização da composição da paisagem urbana, a formação de ilhas de

conservação de biodiversidade, pois eles têm um planejamento para atração de

pássaros. Tem ainda o aumento da umidade relativa do ar.

A irrigação não será um problema para os prédios.

- Ela é feita por um sistema automatizado com bicos de microgotejamento e

coordenada por um computador central. O sistema tem como premissa a otimização

de água.

A empresa que será responsável pela implantação e manutenção deste primeiro

jardim vertical na região será a WTorre, que atua no setor de construção de imóveis

residenciais e comerciais. Segundo a Prefeitura, o preço do jardim foi de R$

253.943,55, e a empresa fará o trabalho de manutenção por seis meses. Após o prazo,

a gestão municipal assume a função.

Desde maio, a prefeitura abriu um chamamento público para prédios interessados em

instalar a estrutura e que estejam a até uma quadra do Minhocão. Em março, a gestão

já tinha incluído os jardins verticais e telhados verdes entre as compensações

ambientais para empresas e pessoas físicas que interferiram na vegetação ao construir

edificações.

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Hospital Sírio-Libanês inaugura um dos maiores jardins verticais do País

Parede verde com quase mil metros quadrados terá 80 mil plantas de 42 espécies.

As novas torres do Hospital Sírio-Libanês, inauguradas recentemente no bairro da Bela

Vista, em São Paulo, ganharam um dos maiores jardins verticais do Brasil. São quase

mil metros quadrados de área, que abrigam 80 mil plantas de 42 espécies, formando

um grande paredão verde na fachada voltada para a Avenida 9 de Julho, uma das mais

movimentadas da cidade.

O projeto foi desenvolvido e executado pela Vertigarden, empresa especializada na

confecção de jardins verticais e telhados verdes. O jardim vertical do Hospital Sírio-

Libanês é hidropônico (sistema de cultivo das plantas sem terra, onde as espécies se

desenvolvem em mantas geotêxteis tornando as paredes mais leves e duráveis), com

irrigação automatizada através de painéis de controle e sensores de umidade

instalados por toda a extensão da parede. Além de irrigar, o sistema também nutre as

plantas regularmente. O mecanismo também impede o acúmulo de água, evitando a

formação de criadouros de insetos.

Em algumas partes, o jardim atinge a altura de 27 metros, correspondente a um prédio

de nove andares. Por isso, as espécies foram escolhidas respeitando as condições

climáticas e de acordo com a resistência a intempéries, como ventos extremos. O

projeto também optou por plantas que não necessitam de podas regulares, com

folhagens tolerantes aos altos níveis de CO2 e de poluição da cidade de São Paulo.

Respeito ao meio ambiente

Além do aspecto visual agradável, o jardim vertical proporciona conforto térmico e

acústico, contribui para a substituição de massa vegetal das árvores doentes da cidade,

com consequente aumento da fotossíntese e captação de CO2, além de ser um refúgio

para borboletas e pássaros.

Todo o projeto das novas torres do complexo do Hospital Sírio-Libanês foi concebido

dentro das especificações ambientais de um Green Building, na categoria Gold. Com

isso, o impacto das novas instalações, desde o período de obras e durante a sua

operação, é reduzido.

Para o uso racional e eficiente dos recursos hídricos, por exemplo, foi implantado uma

ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) para águas cinzas e de uma ETA (Estação de

Tratamento de Água), com possibilidade de produzir 10 m³ por hora de água de reuso.

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Os novos edifícios contam, ainda, com torneiras e chuveiros que visam redução de

consumo de água e bacias sanitárias e sistema de ar condicionado abastecidos com

água de reuso. Com esta solução o volume de água potável substituído por água de

reuso equivale a 3.000 metros cúbicos por mês.

O complexo conta também com uma usina a diesel, capaz de gerar energia para todo o

hospital, em caso de apagão.

A fachada em vidro permite melhor aproveitamento da iluminação natural e, ao

mesmo tempo, a redução de 78% do calor interno, o que otimiza o uso do ar

condicionado. Somados à utilização de lâmpadas de led, esses itens reduzem

sensivelmente o consumo de energia. As paredes ainda têm isolamentos térmico e

acústico, que garantem mais conforto aos pacientes.

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Telespectador manda vídeo de abandono da Praça Zilda Arns; Secretaria

diz que empresa vai ser contratada

Assista, aqui.

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Satélites sinalizam aumento de 68% no desmatamento na Amazônia

O sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) encerrou o último ano

tendo detectado uma área de florestas derrubadas 68% maior que no ano anterior na

Amazônia.

O “ano fiscal” do desmatamento vai de agosto a julho. No período 2013-2014 o Deter,

operado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) enxergou 3.035 km² de

florestas destruídas em imagens de satélite. No período 2014-2015 o número subiu

para 5.121 km².

Esse total de áreas desmatadas ainda não é o número consolidado, que é produzido

pelo sistema Prodes, também do Inpe, mais lento mas menos limitado pelas nuvens

que cobrem a floresta e dificultam enxergá-la.

Os 5.121 km² de alertas gerados pelo Deter neste ano, porém, já são uma área maior

do que aquela observada pelo Prodes no ano anterior (5.012 km²). Isso já dá ao

governo praticamente a certeza de que neste ano o desmatamento vai subir, mesmo

que suba pouco.

O Inpe ainda não marcou uma data para a divulgação dos novos números do Prodes.

Se os dados consolidados do desmatamento acompanharem a tendência dos números

do sistema Deter – o que nem sempre acontece – neste ano a Amazônia registrará sua

pior taxa de desmatamento em seis anos.

Os números anuais do Deter foram fechados na segunda (31) após o Inpe divulgar os

dados finais, de maio a julho. Nesse período, 1824 km² foram desmatados na

Amazônia. Os dois estados que registraram maior derrubada de floresta foram Pará

(849 km²) e Rondônia (637 km²).

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Prorrogada consulta à lei de biodiversidade

O prazo para recebimento via Internet das contribuições da sociedade civil à

regulamentação da Lei de Acesso e Repartição de Benefícios da Biodiversidade foi

prorrogado até 15 de setembro. Mesmo após essa data, o cidadão que desejar

contribuir ainda poderá fazê-lo, já sobre a minuta de decreto a ser apresentada à Casa

Civil da Presidência.

Além das contribuições, o governo federal está ouvindo povos e comunidades

tradicionais em seis encontros regionais, buscando contribuir para o aperfeiçoamento

da legislação. De acordo com previsão da Diretoria de Patrimônio Genético (DPG), pelo

menos 20 dos artigos da nova lei remetem à regulamentação. “Além deles, há outros

artigos que não pedem diretamente, mas podem ser alvo de regulamentos”, informou

o analista ambiental da DPG Henry Nuvion.

Avanços - A lei é uma conquista para os povos indígenas, comunidades tradicionais e

agricultores familiares, que passam a ter o direito de participar das decisões

relacionadas à conservação e ao uso sustentável dos conhecimentos tradicionais. Para

isso, terão assento garantido e paritário com os outros setores da sociedade civil

(empresarial e academia) no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen) do

MMA.

Terão direito, inclusive, de participar das decisões acerca da destinação dos recursos

do Fundo Nacional para Repartição de Benefícios (FNRB), que será gerido pelo MMA e

tem como objetivo valorizar o patrimônio genético e os conhecimentos tradicionais

associados, promovendo seu uso de forma sustentável.

Para a exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo,

proveniente de acesso ao conhecimento tradicional associado, será exigido

consentimento prévio informado e acordo de repartição de benefícios com as

comunidades fornecedoras dos conhecimentos.

Benefício - O documento pode ser apresentado em até 365 dias após o momento da

notificação ao CGen, informando que o produto acabado ou o material reprodutivo

será colocado no mercado. Isso permite que as empresas e os provedores possam

conhecer qual é o tamanho do benefício econômico auferido antes de fazer a

repartição de benefícios, permitindo uma repartição mais justa e equitativa.

Outra novidade: as pesquisas envolvendo o patrimônio genético e o conhecimento

tradicional associado não precisarão mais de autorização prévia do CGen, sendo

necessário, apenas, fazer um cadastro eletrônico.

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“A promoção do uso sustentável do patrimônio genético e a valorização do

conhecimento tradicional associado podem abrir uma grande oportunidade para o

Brasil fortalecer e desenvolver uma economia em que o elemento chave seja a

conservação da biodiversidade” destacou Rafael Marques. “Precisamos reconhecer o

papel importante que os povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares

representam nesse contexto (do desenvolvimento econômico).”

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Grupo de amigos transforma área urbana em região de preservação

Bairro Baraúnas, na Pampulha, conta com 28 minas de água que são preservadas por

moradores. Pequenos gestos de gentileza contribuem para melhorar a qualidade de

vida.

O termo meio ambiente remete a florestas, matas e outros ecossistemas em que haja

muito verde. Mas o conceito engloba um conjunto de recursos e fenômenos físicos

como ar, a água e o clima e tudo que cerca os seres humanos também nas cidades.

Para preservá-lo é preciso que cada um faça sua parte, principalmente onde o verde

parece tão pouco. É o que fez o médico Jairo Rômulo da Silva, de 74 anos, que, com 10

amigos, transformou a região onde o grupo mora, no Bairro Braúnas, na Região da

Pampulha, em área de preservação ambiental. No início eram cerca de 15 mil metros

quadrados de fauna e flora. Agora a área já chega a 22 mil metros quadrados, um

paraíso entre o concreto e asfalto da cidade. “O nosso compromisso é manter do jeito

que está. Não podemos mexer em nada. Só aumentar e preservar”, diz. Gentileza

urbana para preservar o meio ambiente é o tema de hoje na série que subsidia o

Prêmio Jornal na Escola, uma realização do Estado de Minas e do Centro Universitário

de Belo Horizonte (UniBH).

No local, há 28 minas de água que vão desaguar na Lagoa da Pampulha. “É a área do

estado e talvez do Brasil que tem a maior quantidade de minas por metro quadrado”,

diz. O grupo de amigos a descobriu durante um jogo de futebol no local, e, pela beleza,

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resolveu juntar esforços para preservar. “Gentileza urbana é lutar pelo bem-estar da

natureza. É isso que estamos fazendo”, define Jairo da Silva.

A coordenadora do curso de engenharia ambiental do UniBH, Gabriela Lima, defende

que pequenos gestos de gentileza podem melhorar a qualidade de vidas de todos e

evitar transtornos. Por exemplo, não jogar lixo nas vias públicas é uma forma de

impedir que as redes fluviais transbordem em dia de chuva agravando enchentes.

Outra gentileza é respeitar canteiros ou locais onde há plantio de árvores em áreas

públicas. No entanto, muita gente costuma invadir essas áreas apenas para cortar

caminho.

Os cuidados com seu animal de estimação também podem ser uma forma de manter a

limpeza do ambiente. Ao passear com o bichinho, ela lembra que é importante levar

um saco plástico ou uma pá para recolher as fezes. Encontrar o lugar adequado para

jogar o lixo que se produz quando se está na rua também é um exemplo de

amabilidade com a cidade e com as pessoas. “Quanto mais lixeiras tivermos nas

cidades melhor, mas as pessoas podem esperar encontrar um local para deixar o

resíduo.”

Os proprietários das casas ou os responsáveis por condomínios têm a responsabilidade

de cuidar do passeio. É importante olhar se não há buracos ou elevações que possam

levar as pessoas a se acidentarem. Também é um ato de gentileza plantar jardins e

cuidar deles para deixar o espaço público mais agradável. Gabriela lembra que os

passeios devem ser feitos atendendo às especificações da regulação urbana. As

árvores devem ser plantadas de modo que as raízes sejam compatíveis com as

calçadas.··.

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Nasa estudará efeitos das mudanças climáticas no oceano Ártico

A agência americana quer analisar como o descongelamento dos glaciais está

afetando a fauna e a flora dessa região do planeta.

A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou na segunda, dia 31 de agosto,

que vai estudar os efeitos ambientais e sociais das mudanças climáticas no Alasca e

noroeste do Canadá, regiões banhadas pelo oceano Ártico, e que são afetadas pelo

degelo das calotas polares. O projeto é denominado Above (Arctic Boreal Vulnerability

Experiment) e vai reunir dados coletados pela Nasa ao longo de vários anos, por meios

de satélites, e calcular os efeitos climáticos em uma área de 6,4 milhões de

quilômetros.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack

Obama, discursou em uma conferência sobre os impactos das mudanças climáticas

para os glaciais no estado do Alasca e defendeu que medidas sejam tomadas para

reduzir o impacto dessas mudanças na região.

O programa da Nasa terá três fases e dois estágios de investigação. O objetivo é medir

o impacto das mudanças na região do Ártico para a fauna e a flora e para a população

local.

No texto publicado em sua página, a Nasa diz ter material coletado para estudo. "Os

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bosques boreais e a tundra [presentes no ecossistema ártico] são fundamentais para

compreender o impacto das mudanças do clima na Terra", acrescenta o texto.

Nas fases do estudo será investigado o impacto dos incêndios florestais nos

ecossistemas da região, onde mais de 5 milhões de acres (2 milhões de hectares) no

Alasca e 9,7 milhões de acres (4 milhões de hectares) no Canadá foram queimados.

Também será estudado o alcance do descongelamento dos chamados permafrost -

terrenos que estiveram congelados por milhares de anos e agora apresentam

composição de matéria orgânica e plantas.

"A vegetação e o carbono congelados no solo apodrecem e liberam metano e dióxido

de carbono na atmosfera, o que aumenta o efeito estufa e produz a continuidade do

ciclo, mais descongelamento e mais liberação de gases na atmosfera".

O estudo sobre o impacto na vida silvestre do Alasca e do Canadá vai abordar ainda

mudanças no habitat e movimentos migratórios de animais da região.

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Projeto inclui mudança climática e biodiversidade em educação

ambiental

Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 1733/15 busca assegurar atenção às mudanças

do clima e à proteção da biodiversidade na Política Nacional de Educação Ambiental

(Lei 9.795/99).

Atualmente, essa política estabelece sete objetivos da educação ambiental, incluindo a

garantia de democratização das informações ambientais e o desenvolvimento de uma

compreensão integrada do meio ambiente.

A proposta inclui, entre esses objetivos, o estímulo à participação individual e coletiva

nas ações relacionadas às mudanças do clima e ao controle da perda de

biodiversidade; e o auxílio à consecução dos objetivos da Política Nacional sobre

Mudança do Clima e da Política Nacional do Meio Ambiente.

Luciano Ducci: “Olhar cuidadoso com relação ao tema é obrigação em um país

megadiverso como o nosso”

A mesma regra vale para as ações de estudos, pesquisas e experimentações e para os

projetos institucionais e pedagógicos da educação básica e da superior, conforme

diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

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O projeto prevê ainda atuação do poder público federal, estadual e municipal a fim de

sensibilizar a sociedade em relação ao assunto.

Conscientização

O autor da proposta, deputado Luciano Ducci (PSB-PR), afirma que a mudança

climática e a conservação da biodiversidade são temas fundamentais para

conscientizar e educar a população brasileira para a importância da conservação, do

uso racional dos recursos naturais e do controle da degradação e da poluição.

“O olhar cuidadoso com relação ao tema é obrigação em um país megadiverso como o

nosso. O território brasileiro abriga de 15% a 20% de toda a biodiversidade do

planeta”, justifica.

A proposta de Ducci é, na verdade, a reapresentação do Projeto de Lei 5203/13, do ex-

deputado Márcio Macedo, que foi arquivado ao fim da legislatura passada.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Educação; e de Constituição e Justiça e

de Cidadania.