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SILVIA REGINA BELEZE

IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO

INICIAL DOCENTE A PARTIR DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

Artigo final apresentado como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, na área de Biologia, sob orientação da Profa. Dra. Tania Aparecida da Silva Klein.

LONDRINA PR

2012

PARANÁGOVERNO DO

ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

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IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO

INICIAL DOCENTE A PARTIR DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

Beleze, Silvia Regina1

Klein, Tania Ap. Silva2

RESUMO

A partir da Metodologia da Problematização como eixo na abordagem da educação ambiental em

sala de aula, busca-se fornecer uma contribuição na formação inicial de professores. O ensino

dessa temática na metodologia da problematização com o Arco de Maquerez foi adotada ao ensino

de formação de docente na turma do 2º ano de uma escola localizada no centro da cidade no

colégio estadual Nilo Cairo no município de Apucarana Paraná, para desenvolver atividades de

Educação Ambiental. Para o contexto escolar, considera que o aluno conheça realmente algo

quando é capaz de transformar sua realidade numa metodologia da problematização para facilitar

o processo ensino- aprendizagem. Foi utilizado um esquema pedagógico baseado no método de

arco de Charles Maquerez, foi adotado como estratégia de ensino em uma escola de formação de

docentes. O sentido especial do arco é levar os alunos a desenvolver atividade de educação

ambiental, levantamento de dados, a partir de notas de campo, entrevistas, problemas etc. Os

alunos selecionam o que é verdadeiramente importante do que é puramente superficial a

identificar os pontos-chave do problema ou assunto em questão. Eles são levados a tentar explicar

os fenômenos observados através da intenção entre a realidade, para aprender com ela, ao mesmo

tempo em que se prepara para transformá-la e deve propor ações resolutivas. As soluções viáveis

são selecionadas e sua aplicação aprendida e praticada. O método do arco de maquerez a

concretização do conhecimento dos pressupostos teóricos de Paulo Freire. Os alunos se inseriram

a realidade e foram mudados por ela, concomitantemente eles se capacitaram para transformá-las.

As etapas do arco proporcionam a formação da consciência crítica do educando, ao passo que

permite que ele saia da condição de sujeito passivo para a condição de agente transformador da

própria realidade. Existem aproximações dos princípios teóricos e práticos entre a metodologia da

problematização com o arco de Maquerez e os documentos que sustentam os objetivos da

Educação Ambiental, o que permite afirmar que esse é um possível procedimento organizador de

atividades ambientais no contexto escolar.

1 Professora do Ensino Médio do Colégio Estadual Nilo Cairo, Apucarana, PR.

2 Professora Orientadora. Depto de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas - Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Palavra-chave: Metodologia da Problematização. Arco de Maquerez. Educação Ambiental .

Ensino Formação de Docente nas séries inicias.

ABSTRACT

IMPLEMENTING PRACTICAL ENVIROMENTAL EDUCATION TO GRADUATING

STUDENTS WITH THE "PROBLEM METHODOLOGY"

Beleze,Silvia Regina

Klein, Tania Ap. Silva

From the problem methodology such as a hook for the subject in classes of the enviromental

education, it's been looking for to show a contribution in the beginning of teachers' graduation.

This methodology was used in the teaching graduations for formers of second year in a local

school, downtown in the city of Apucarana, in a State school called Nilo Cairo, to develop

activities of Enviroment Education. To the scholarship concept, it's considered that the student

must really know something when it's capable of transforming the reality in a problem

methodology to facilitate the process of teaching learning. It was used a pedagogic scheme based

in the "Charles Marquerez Arc", it was used as a strategy of teaching in a graduation school. The

special sense of the Arc it's to take to the students to develop activities of Enviroment education,

raising the data bases, taking notes in the field, interviews, problems, etc. the students select what

it's truly important from what it's purely superficial to identify the key points or the subject as a

matter. The students are lead to try and explain the fenomenons observed between the intention

and reality, to learn from it, and at the same time that it's preparing to change it and proposing

better actions to resolve it. The variable solutions are selected and its application is learned and

practiced. The "Marqueres Arc" method to concluding the knowledge of "Paulo Freire" theories.

The students inserted themselves into reality and were changed by them, so doing it they could

transform it. The steps of the Arc give the capability of educating with a critical conscious of the

student, so he can leave the school in a passive condition to a transformer condition in its own

reality. There exist proximities of theorical principles and practical between the problem

methodoly with the "Marquerez Arc" and the documents that supports the Educational Enviroment

goal, that allows and confirms that this is a possible organized procedure of educational activities

in school context.

Key Words: Problem Methodology. Marquetez Arc. Educational Enviroment. Graduations

System of Teaching for Beginners

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1. INTRODUÇÃO

A escola representa um espaço de trabalho fundamental para iluminar o sentido da luta

ambiental e fortalecer as bases da formação para a cidadania, apesar de carregar consigo o peso de

uma estrutura desgastada e pouco aberta às reflexões relativas a dinâmica socioambiental.

O papel dos educadores é o de desenvolver o conhecimento e a capacidade de julgamento

constante dos indivíduos que partilham uma mesma realidade (Canivez, 1991).

A investigação tentou captar as implicações que a questão ambiental traz para a escola:

revisão de valores, de atitudes e da concepção de conhecimento e educação, considerando a

complexidade, o respeito à diversidade e a igualdade, capaz de criar vínculo entre os processos

educativos e a realidade: pertencimento, conhecimento e participação, cujos desdobramentos

caracterizam a Educação Ambiental: diálogo, criticidade, ética, responsabilidade, envolvimento,

cooperação, interdisciplinaridade, integração, diversidade, autonomia e emancipação.

No contexto escolar, isso significa rever o papel da escola como instituição cujo papel social

é formar cidadãos.

A escola é o espaço e local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização.

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no

espaço, a escola oferece meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais,

as ações humanas e sua consequência para os seres vivos e o ambiente.

É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais

e comportamentos sociais construtivos colaborando para a construção de uma sociedade justa, em

um ambiente saudável.

As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo

após a conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:

“Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espirito, motivação e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”.

O presente artigo pretende ressaltar as reflexões sobre o estudo da Educação Ambiental

na Formação de Docentes, que tem o papel de construir valores, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltada para a conservação do meio ambiente.

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Em um primeiro momento a análise do presente estudo concentra-se em conhecer a

trajetória da formação de docentes no Brasil, no estado do Paraná e no Colégio Nilo Cairo e a

partir daí a pesquisa rumo para a definição do projeto.

Em um segundo momento o objetivo é analisar as discussões sobre a implementação do

projeto de intervenção da formação de docentes atividades e valores em relação à Educação

Ambiental na escola.

A partir da metodologia da problematização, os conhecimentos prévios dos alunos sobre os

conceitos de ambiente e cidadania que ampliam a bagagem de conhecimentos dos educadores

direcionando-os a uma discussão consistente sobre educação ambiental e o conhecimento dos

alunos despertarem a reflexão das questões ambientais que se apresentam. Para dar continuidade

às reflexões da realidade dessa metodologia, para trazer memória o arco de maquerez sobre o qual

reforçam a justificativa teórica- prática para explorar e refletir sobre a experiência para poder

aperfeiçoá-la, fazendo o registro da experiência de trabalho.

Em seguida o trabalho mostra o resultado das interações das discussões on-line dos quinze

professores no grupo de trabalho em rede inscritos nesse tema.

Implementação na prática pedagógica uma metodologia sobre o meio ambiente para que

os alunos, futuros professores possam formar seus alunos do ensino fundamental das séries

iniciais.

Conscientizar aos alunos do 2º ano de formação docente do Colégio Estadual Nilo Cairo a

importância da educação ambiental; Capacitar os alunos para a formação dos seus posteriores

alunos; Conscientizar sobre a necessidade de buscar formas para solucionar a poluição do ar, da

água, do solo, sonora e visual.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Temas de Educação Ambiental e Formação do Professor

Dizia Paulo Freire (1983):

“Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. A prática educativa, a realidade situações dificuldades nas quais somos desafiados a superá-las. Ao refletirmos sobre está realidade, podemos oscilar entre aceitá-la apenas ou transformá-la.”

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A contextualização e problematização as atitudes dos seres humanos, suas culturas, suas

ideias sócio- econômicos com o meio e agirmos de forma harmônica sustentável tenta resgatar

valores éticos assim como a relação espiritual, integradora do homem com a Terra.

Reigota(1995) já destacava o caráter político da educação ambiental em:

“ Uma educação política fundamentada numa filosofia, da ciência da educação pacifista o mesmo utópica no sentido de exigir e chegar aos princípios básicos de justiça social. Buscando uma nova aliança com a natureza através de práticas pedagógicas (REIGOTA, 1995, p. 6).”

Reigota (2002) pondera a noção de meio ambiente como representações, no modo de

pensar, no conhecimento, informações diárias compartilhadas pelo ser humano, através dos quais

ele compreende e transforma a sua realidade.

Para introduzir a tematização dos ambientes que segundo Grun (1996), foi esquecido na

educação moderna, tomemos da política nacional de educação ambiental instituída pela lei nº

9.795/99 uma definição bastante precisa de educação ambiental.

Conforme as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, o trabalho com a educação

ambiental seria grande passo para mudanças de atitudes no qual envolvam os alunos, segundo

Telles et.al.(2002, p.31).

“Não podemos achar que só a Educação Ambiental será responsável por interromper esse processo de degradação ambiental pelo qual passa o nosso planeta, mas temos certeza que é um dos melhores instrumentos que possuímos atualmente para colocar em prática as mudanças de comportamentos, que irão contribuir para a preservação do ambiente e manter a qualidade de vida.”

A educação ambiental foi legado o mister de ser agente transformador da sociedade e, à

escola como instituição responsável pela formação de cidadãos, a incumbência de desenvolver

dispositivos, em função dos valores, dos conhecimentos, os quais dão embasamento à formação e

transformação das pessoas.

Dentre todas as áreas da educação nenhuma tem uma convocação tão, intensamente

globalizada quanto a Educação Ambiental. Singular em seu perfil integrador e catalisador de

tantos outros arcos do saber, emana efeitos desastrosos quando a dinâmica do seu objetivo é

inócuo. Efeitos esses que desprovidos de qualquer eufemismo, aliados à falta de consciência

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crítica da sociedade, superdimensionam os problemas ambientais e seus segmentos econômicos,

políticos, tecnológicos, científicos e socioculturais.

Segundo Reigota (1994):

“... é consenso entre a comunidade internacional que Educação Ambiental deve estar presente em todos os espaços que dotam os cidadãos tem o dever social de desenvolver sistemas de conhecimentos, preconceitos e valores que construam a conduta e fundamentam o comportamento próprio e proteção do meio ambiente.”

Na comunidade escolar a reflexão compartilhada, conjugada, traceja e esclarece o papel de

cada ator social nos trabalhos com o meio ambiente.

Reigota (1994) é categórico quando afirma ser a escola privilegiada para a realização da

educação ambiental desde que se de oportunidade à criatividade. E assim deve ser o aprendizado,

poderá ser ministrado nos parques, reservas ecológicas, associações de bairros e universidades, é

tão perfeito quanto a escola.

2.2. Educação Ambiental na escola

A escola é de longe, o ambiente ideal para se trabalhar conteúdos e metodologias

adequadas a esses propósitos. Com obviedade, a escola e a educação ambiental isoladamente, não

trarão soluções para a complexidade que se revestem os problemas socioambientais do planeta,

entretanto o convívio escolar exerce, decididamente, influência nas práticas cognitivas bem como

na formação de um novo social, redefinindo a relação das pessoas na conjuntura educação

ambiental na busca do convívio entre o meio ambiente.

O educador, enquanto profissional da educação, no exercício da sua função tem um grande

desafio para o século XXI: a formação da consciência ambiental dos alunos e, no desenvolvimento

e exercício da sua cidadania, através da transformação dos próprios paradigmas e conceitos, de

uma escola formadora e transformadora onde os conceitos se desenvolvam através do trabalho

escolar.

As comunidades escolares em que os profissionais adotam práticas e abracem ações

tradicionais e essencial as amplas questões ambientais que não se acercam sobre considerações do

meio ambiente e apresentam sugestões didáticas praticáveis nas séries iniciais do ensino

fundamental, propicias à formação e desenvolvimento da consciência ambiental de crianças e

adolescentes, não estarão preparadas para os desafios inerentes ao modelo de ensino que a

dimensão ambiental reclama.

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Nessa, conjunção, a relação aluno/professor é redefinida em função dos conhecimentos

característicos dos profissionais de educação e o novo perfil didático pedagógico que deverá ser

imprimido por esses ensinamentos.

Para Weid (1977). p. 84:

“é preciso intervir em processos de capacitação que permitam ao professor embasar seu trabalho com conceitos sólido, para que as ações não fiquem isoladas e ou distantes dos princípios da educação ambiental.”

Ou seja, o profissional de educação que se capacite em educação ambiental,

pressupostamente, deve ser capaz de aplicar práticas sociopedagógicas, não só no seu ambiente

escolar, mas em qualquer segmento da sociedade, com o espaço que se estabelece na temática

ambiental.

No ensino fundamental, as habilitações dos professores são oriundas das secretárias, as

quais desenvolvem projetos relativos aos procedimentos pedagógicos metodológico relação

aluno/professor, conteúdos programáticos desenvolvidos, correlação estabelecida com outras áreas

de conhecimento, dentre outras atividades. Requer formação continuada, bem como um projeto

pedagógico altamente delineado

Todavia, o formato com os currículos são oferecidos, ainda não permitem uma maneira

flexível para que os profissionais possam implementar a dimensão ambiental em suas aulas.

É essencialmente importante observar que os profissionais em exercício, normalmente, trazem

uma formação tradicional, clássica contexto em que, detêm conhecimento e que o aluno é um

mero espectador.

Acatado como o “Pai da Educação Ambiental”, o escocês Patrick Geddes (1933), já

divergia da metodologia utilizada pelas unidades escolares, em que os alunos eram reportados de

seu ambiente natural, para um mundo de conhecimentos “deslinkados” e fragmentados de sua

realidade vivenciada através das metodologias de aprendizagem da atualidade, valendo observar

que o caráter que se reveste esse estilo de capacitação deve-se à tornar indispensável uma

reformulação metodológica conceitual e curricular. Autores como Pelicioni e Philippi Jr.(2005)

salienta que “não existe educação ambiental se ela efetivar na prática, na vida, a partir das

necessidades sentidas”.

Sabe-se que o bom mestre é aquele que provoca questionamentos muito mais do que

aquele que municia os alunos de respostas. Docentes com essa postura embotada tendem a se

diluir em sua própria mediocridade, dando lugar a educadores que inquietem, que aguçam, que

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estimulam a imaginário ambientalista dos alunos, levando-os reflexos que proporcionam a

edificação e consolidação de respostas para o conflitos socioambientais do nosso planeta

A lei 9795/99 que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental reafirmou as

orientações dos PCN quanto a inserção da temática ambiental no currículo de modo a não se

configurar como uma nova disciplina. Essa mesma lei determinou, ainda que as atividades

vinculadas à Educação Ambiental deveriam ser desenvolvidas na educação em geral e na

educação escolar por meio das seguintes linhas de atuação: Capacitação de recursos humanos;

Desenvolvimento de estudos; Pesquisas e experimentações; Produção e divulgação de material

educativo; Acompanhamento e avaliação (BRASIL, 1999). Para isso, era necessário respeitar os

princípios e objetivos da Educação Ambiental, também estabelecida nessa lei.

Quanto aos princípios, a Educação Ambiental admitida em seu enfoque holístico,

democrático a participativo, com a doação das perspectivas inter, multi e trans disciplinar, a partir

da abordagem de questões ambientais locais, de meio ambiente na sua totalidade, ou seja,

considerando a interdependência do meio natural, social, econômico e cultural (BRASIL, 1999).

Por sua vez, os objetivos fundamentais da Educação Ambiental estavam centradas no

desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente (envolvendo aspectos

ecológicos, psicológicos, legais, políticos e coletiva, permanente e responsável, associada ao

exercício da cidadania, o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a

problemática ambiental e social (BRASIL, 1999).

Dessa forma, a Educação Ambiental foi proposta em legislação específica, como um

“componente essencial e permanente da educação nacional”. No que se refere ao aspecto formal e,

portanto, nas escolas, deveria ser assumida “ ... como uma prática educativa integrada, contínua e

permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal não devendo ser implantada como

disciplina específica no currículo de ensino”(BRASIL, 1999).

Em resposta à Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999) que tornou

obrigatória a inserção de Educação Ambiental no currículo, de forma transversal em todos os

níveis e modalidades de ensino, o MEC lançou em 2001 o programa Parâmetros de Ação – Meio

Ambiente na escola destinado aos professores de todas as áreas das séries finais do ensino

fundamental, com a “ intenção de favorecer a reflexão sobre a prática profissional, as atitudes e os

procedimentos diante das questões ambientais. O MEC (BRASIL, 2001) destaca, ainda, que para

os professores desenvolveram práticas significativas, quadro físico para o desenvolvimento das

atividades, disponibilidade de recursos didáticos, qualidade da biblioteca e valorização

profissional.

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Sendo assim, de acordo com a proposta do PCN em ação.

(...) a educação ambiental nas escolas deve desenvolver atitudes e posturas éticas. Em relação à questão ambiental e refletir sobre as mesmas; desenvolver Capacidades ligadas à participação, à co- responsabilidade, à solidariedade, à Tolerância e à negociação, em busca de um consenso em relação ao uso e à Ocupação da natureza e do meio ambiente respeitando as diferentes formas de Vida e as pessoas e buscando o bem – estar de todos (BRASIL, 2001, p. 23).

A lei 9795/99 (BRASIL, 1999), ao dispor sobre Educação Ambiental, estabeleceu em seu

primeiro artigo:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais os Indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, Atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de Uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. .

Aos educadores cabem a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de

descobrir dentro de si autoconfiança e potencialidade para o exercício de sua cidadania

desencadeando posturas e atuações mediante a dificuldades socioambientais.

Como formar cidadãos atuantes e que façam valer seus direitos? Como educar?

Algumas ações tem sido inseridas na formação de multiplicadores em Educação Ambiental,

porém em inúmeras experiências vivenciadas, atestou-se a necessidade de investimentos

estimáveis e de peso por parte de poderes públicos, no contexto socioambientais e seus

gravíssimos problemas.

A inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares, as práticas pedagógicas na

falta de identificação de conteúdos apropriados, estratégias educacionais mais dinâmica, e de

socialização mais interessantes.

A educação Ambiental procura, estimular o indivíduo a problematizar suas necessidades

reais, buscando mais que riqueza natural, novas formas de tratar a diversidade, valorizando a

prática social numa perspectiva ética e ecológica para que o outro e o ambiente sejam parte do

sonho de felicidade de todos.

Se o eixo do processo de conhecimento sob esta metodologia é a participação, o

conhecimento como ponto fundamental.

2.3. Importância da Educação Ambiental na escola:

Segundo Edna Sueli Pontalti (2005), Educadora Ambiental, ‘a escola é o espaço social e o

local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização, iniciando em casa com seus

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familiares’. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser assimilados desde cedo pelas

crianças e devem fazer parte do dia -a- dia. Para isso, o importante terem o exemplo daqueles que

exercem grande influência sobre eles.

É importante que as crianças aprendam que a responsabilidade é de todos, que os atos de

cada um refletem sobre o futuro de toda humanidade. Deve-se mostrar as crianças e jovens que

conservar o meio ambiente não é um luxo, mas uma necessidade urgente se quisermos continuar a

viver neste planeta, afim de tentar fazer dos temas ambientais presença constante nas salas de aula,

a educação Ambiental foi inserida no currículo escolar, como tema transversal. De acordo com os

Parâmetros Curriculares (PCN’s) a preocupação em relacionar a educação com a vida do homem

em seu meio, sua comunidade não é novidade. Ela vem crescendo especialmente desde a década

de 60 no Brasil (...) Porem, a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos

ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão ‘Educação Ambiental’ para

qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais por meio das quais se

busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. Um importante passo foi

dado com a constituição de 1988, quando a Educação Ambiental se tornou exigência a ser

garantida pelos governos federal, estaduais e municipais ( artigo 225, 1º, VI).

A Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma prazerosa, ainda que difícil de ser

desenvolvida, pois requer atitudes concretas, como mudanças de comportamento pessoal e

comunitário, tendo em vista que para atingir o bem comum devem somar atitudes individuais.

A grande importância da inserção da Educação Ambiental nas escolas, a fim de

conscientizar nossos alunos e ajudá-los a se tornarem cidadãos ecologicamente corretos.

2.4. Metodologia da Problematização

A Metodologia da Problematização considera que o indivíduo conhece realmente algo

quando é capaz de transformar sua realidade.

Para facilitar o processo ensino aprendizazem foi utilizado um esquema pedagógico

baseado no método de Arco de Maquerez. O sentido especial do arco é levar os alunos a

exercitarem a cadeia dialética de ação a reflexão – ação ou seja, a relação prática, teoria prática

tendo como ponto de partida e de chegada do processo de ensino e aprendizagem, a realidade.

Como afirma Berbel (1995), a metodologia da problematização se desenvolve por meio da

investigação, necessária para aprender que vai além da identificação dos fatores já disponíveis na

literatura.

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[...] o conforto entre as percepções primeiras dos aprendizes com o conhecimento já elaborado, permite uma análise e compreensão mais profunda, lógica e porque não dizer científica do que acontece na realidade, para se chegar à transformação dos sujeitos e consequentemente da própria realidade (BERBEL, 1995,p.12 ).

Bordenave (1998) consiste a metodologia da problematização com o Arco de Maquerez

como um método construtivista, pois entre outros, apresenta como princípio, a partir da realidade,

utilizando como subsídio encontrar novas relações e construir conhecimentos capazes de

transformá-la; ter os alunos como protagonistas da aprendizagem, desenvolvendo a capacidade de

perguntar, consultar e avaliar, com o objetivo de estimular a consciência critica do aluno, ao passo

que permite que ele saia da condição de sujeito passivo para a condição de agente transformador

da própria realidade.

Figura 1: Arco de Maguerez (apud BORDENAVE; PEREIRA, 2002, p.10; VERONA, 2009).

Esse método é composto por (BERBEL, 1995)

1-Observação da realidade: Os alunos deve observar a realidade em si de modo a obterem a

imagem ingênua da realidade. O desenvolvimento de trabalhos seguindo por meio do Arco de

Maguerez tem como ponto de partida a realidade, ou seja, na qual o assunto a ser trabalhado está

acontecendo na vida real (BERBEL, 1998, 1999).

Então, os alunos são levados a observar a realidade, de maneira atenta, com seus próprios

olhos, para assim identificar fatores que estejam se mostrando “carentes, inconsistentes,

preocupantes, necessários, enfim, problemáticos” (BERBEL, 1999, p.3). Em conjunto com os

alunos envolvidos, um desses aspectos será convertido em um problema possível de ser

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investigado por meio das demais etapas da metodologia em questão. Entretanto, nada impede que

seja escolhido um aspecto diferente da mesma realidade para cada grupo de alunos. Quando se

passa a analisar as recomendações para o trabalho com Educação Ambiental, a partir de um „olhar

de Metodologia da Problematização.‟

2- Ponto chave: Os alunos selecionam o que é verdadeiramente importante do que é puramente

superficial a identificar os pontos- chave do problema ou assunto em questão.

Nesta segunda etapa do Arco de Maguerez volta-se para uma nova análise dos aspectos

relacionados ao problema, ou seja, é o momento em que os alunos separam daquilo que foi

observado, o que é verdadeiramente importante e o que é puramente superficial ou contingente

(BORDENAVE, 1989). Consiste, portanto, na definição dos pontos a serem estudados, um

trabalho de reflexão, com os conhecimentos disponíveis neste momento inicial procurando

“identificar as possíveis causas e os determinantes sociais mais amplos do problema” (BERBEL,

1995, p.15). e então são levantados os porquês relacionados à situação em questão. As

respostas obtidas para as perguntas formuladas dão origem a uma lista de preocupações ou de

aspectos que precisam ser conhecidos e compreendidos para buscar soluções aos problemas,

constituem os pontos-chave que irão orientar a continuidade do estudo (BERBEL, 1996, 1999).

3-Teorização: Os alunos são levados a tentar explicar os fenômenos observados através da

interação entre a realidade e instrumentos teóricos científicos pré- existentes.

Esta etapa consiste na investigação dos pontos chave definidos para esclarecer o

problema” (BERBEL, 1999, p.5). É o momento de se “buscar informações técnicas, científicas,

empíricas, oficiais [...]” onde quer que elas se encontrem (BERBEL, 1996, p.8). Sendo assim,

deve-se recorrer a livros, revistas especializadas, artigos de jornais, pesquisas já realizadas, entre

outros. Também, buscar dados relevantes no local onde o problema está ocorrendo e, portanto, é

conveniente aplicar questionários, realizar entrevistas, requerer documentos, consultar

especialistas, visitar órgãos ou instituições ligadas à temática em questão (BERBEL, 1995). Então,

todos os dados são analisados, e discutidos na busca da melhor compreensão para o problema.

Essas características da etapa de Teorização do Arco de Maguerez encontram semelhanças com as

orientações mencionadas em Oliveira (1998) ao abordar a Educação Ambiental sob um enfoque

de participação comunitária, já que considera que após se estabelecer um envolvimento com o

problema ambiental de estudo, e ter explorado-o sobre diversos ângulos, é necessário buscar

informações que facilitem a sua compreensão. Neste sentido, o mesmo autor enfatiza que “coletar

depoimentos e relatos de moradores antigos, levantar informações documentais é falar de uma

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história viva, [...] permitindo formulações ricas em oportunidades de envolvimento e

documentação” (OLIVEIRA, 1998, p.128).

4-Hipótese de soluções: O aluno usa a realidade para aprender com ela, ao mesmo tempo em que

se prepara para transformá-la e deve propor ações resolutivas e possíveis de serem aplicadas à

realidade.

A identificação do problema e o contexto no qual está inserido e seus possíveis

determinantes, além de todas as informações empíricas obtidas durante a teorização – servirá de

base para os alunos, crítica e criativamente, elaborarem possíveis soluções para o problema em

estudo (BERBEL, 1996). É uma etapa que deve predominar a originalidade e criatividade, pois os

procedimentos comuns e os padrões já conhecidos permitiram a existência do problema

(BERBEL, 1995); é necessário, portanto, “ter ações novas, ações diferentes, elaboradas de outra

maneira para se poder exercer uma diferença na realidade de onde se extraiu o problema”

(BERBEL, 1999, p.6). Torna-se possível relacionar essa etapa do Arco de Maguerez com o

argumento de que, para Dias (1994, p.XVII, grifo nosso), a importância da EA está justamente no

fato de que ela “ajuda a encontrar soluções alternativas e, através dos diversos mecanismos de

participação comunitária, ajuda a agir em busca de interesses da comunidade”. Neste mesmo

sentido, Gonçalves (1990 apud GUIMARÃES, 1995, p.27) destaca que para se cumprir a função

da Educação Ambiental é necessário “providenciar para que os programas não sejam

desenvolvidos com base em situações abstratas, e ainda buscar na comunidade as alternativas de

soluções, uma vez que enfatizam claramente a importância da “elaboração de hipóteses e

suposições, o debate oral sobre hipóteses, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos

e idéias, [...] o confronto entre suposições e entre essas e os dados obtidos por investigação, a

elaboração de perguntas e problemas”, bem como a proposição para a solução desses (BRASIL,

1998a, p.29, grifo nosso).

Aplicação à realidade: As soluções viáveis são selecionadas e sua aplicação aprendida e praticada.

3. METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1. Público Alvo

Uma turma de 28 alunos do ensino médio com idade entre 15 a 17 anos em Formação

inicial para docência na Educação Infantil (Magistério), de uma escola pública do município de

Apucarana Pr.

3.2. Coleta de Dados

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Os dados foram coletados durante três principais momentos da pesquisa, com base nos

pressupostos da Metodologia da Problematização. Para isto, foi proposto aos alunos que

formassem 5 grupos de trabalho para desenvolver as seguintes atividades:

A) Identificação do problema-sócio-ambiental. Nesta etapa os alunos foram à comunidade (bairros

da cidade de acordo com a localização de suas residências com o intuito de identificar um

problema de cunho sócio - ambiental que mais chama-se atenção do grupo e também deveriam

justificar tal escolha.

B) Após identificação o problema, o grupo de alunos desenvolveu uma pesquisa em sites e

literaturas indicados pelo professor pesquisador sobre o problema levantando na 1º fase. Os

resultados foram apresentados para toda a turma no formato de seminário em data- show.

C) Após a apresentação de todos os seminários, em outro momento, foi proposta uma decisão

reflexiva sobre todos os problemas identificados. Em conjunto, os alunos da turma propuseram

soluções para cada problema levantado.

4.APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

O trabalho compreendeu as etapas seguintes:

• Observação da realidade: Através de visita a comunidade para que as alunas puderam fazer um

levantamento da saúde ambiental;

• Ponto–chave: realizou-se uma reunião entre as alunas na qual foram expostas os problemas

observados e efeito aquele evidente na comunidade;

• Teorização: houve uma busca na literatura através de livros, revistas e publicações na internet;

• Hipóteses de soluções: foram propostas algumas ações pelo grupo, trás como a elaboração de

folder educativo para ser distribuído na comunidade, promoção de atividade de educação.

A) Resultados iniciais da pesquisa

O problema sócio-ambiental escolhido pelo grupo 1 foi a proliferação da Dengue, a partir

da observação de depósitos de lixo e água parada nos locais visitados. Os grupos 2 e 5

identificaram o acúmulo de diversos tipos de lixo em locais impróprios (como terrenos

abandonados), enquanto o grupo 3 também identificou o lixo como o problema central dos locais

visitados, enfatizando, entretanto, o lixão à céu aberto e a mistura de diversos tipos de lixos (lixo

Page 17: SILVIA REGINA BELEZE IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO …

hospitalar e recicláveis). O grupo 4 identificou o desmatamento como problema central da sua

pesquisa.

B) Apresentação de Seminários

Cada grupo montou um trabalho teórico e apresentou um seminário para a turma, com

imagens e revisão de literatura sobre o tema e confecção de desenhos.

O seminário abordou questões:

Sócio - política: relaciona ao problema por exemplo, o número de caminhões para a coleta

do lixo e a responsabilidade da prefeitura em organizar um sistema de coleta seletiva no

município. Além da colaboração da população consumo e desperdício.

científica: proliferação de doenças, contaminação do solo, do ar

consequência ambientais: contaminação do lençol freático.

Neste casso, fica evidente a contribuição da Metodologia da Problematização para a

contextualização de um tema de cunho ambiental em sala da aula, considerado o caráter

interdisciplinar está intimamente ligado à tal abordagem.

No caso de grupo que trabalhou com o tema “desmatamento, houve uma preocupação em

discutir o tema com a realidade à Amazônia. Tal episódio evidencia o problema em não relacionar

as questões identificados com possíveis soluções no dia-a-dia da comunidade visitada.

Apesar disso o grupo abordou de forma satisfatória o tema, utilizando, slides, fotos e

vídeos sobre o tema, e explicaram de maneira suscinta o papel das plantas no ambiente.

C)- Identificação de possíveis soluções para o problema:

Consciência Ambiental

Implementação de projetos sobre a coleta seletiva do lixo e aterros sanitários.

Implementação de projetos sobre reciclagem

Separação seletiva do lixo

NÃO HOUVE: Aplicação à realidade: As soluções viáveis são selecionadas e sua aplicação

aprendida e praticada – POR QUE tempo da pesquisa, disponibilidade dos alunos. Mesmo assim,

a metodologia mostrou-se eficiente.

Page 18: SILVIA REGINA BELEZE IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO …

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o desenvolvimento do Arco de Maquerez era relatar os aspectos observados na

realidade, formular um problema, determinar seus pontos-chave e elaborar possíveis hipóteses de

solução, os alunos produziram registros escritos a partir de suas próprias percepções. Esse material

era, então recolhido e analisado. Em posse das produções de dados, os alunos se reuniam em

grupos para discutir suas respostas, ampliar seus posicionamentos e produzir um registro escrito.

Discutimos no grupo todos os posicionamentos apresentados pelos alunos, a partir de registros

elaborados, buscávamos questionar aspectos apontados por eles a fim de construirmos, em

conjunto a síntese da etapa trabalhada, a elaboração do problema que seria investigado por toda a

turma.

Considerando que o trabalho com a metodologia da problematização enfrenta-se muitas

dificuldades mas obtêm muitas soluções para as problemáticas que constituem as possibilidades.

O professor, consciente de seu papel mediador entre o mundo e o ser humano, buscando o seu

desenvolvimento, certamente encontrará na metodologia da problematização um importante

auxilio para concretizar seu permanente movimento nessa busca.

Desta forma apresentam-se algumas aplicações desta metodologia na realidade:

O método do Arco de Maquerez a concretização do conhecimento dos pressupostos teóricos de

Paulo Freire. Os alunos se inseriram a realidade e foram mudados por ela, concomitantemente eles

se capacitaram para transformá-las.

As etapas do Arco proporcionam a formação da consciência crítica do educando, ao passo

que permite que ele saia da condição de sujeito passivo para a condição de agente transformador

da própria realidade.

Reconhecendo, ainda que todo trabalho em Educação Ambiental requer mudanças e

conceitos, concepções, valores e atitudes, e que o educador precisa ter competências e habilidades

específicas para conduzir esse processo, durante a disciplinas pudemos – alunos e professor

enfatizar a importância de trabalhar nossas limitações, uma vez que o processo começa por nós

educadores.

Frente a atual conjuntura educacional sustentamos a posição de que há especificidades ao

ensinar e aprender sobre a temática ambiental que requerem, ainda um espaço curricular

específico, inserido em vários momentos da formação para estimular as mudanças apontadas

consideramos necessária ampliar as oportunidades de experiências.

Trabalhar a disciplina Educação Ambiental é um grande desafio para qualquer escola. Nem

sempre a escola possui em seu quadro de professores, especialistas na área de biologia, Ecologia

Page 19: SILVIA REGINA BELEZE IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO …

geralmente este trabalho é feito por professores que buscam de forma tímida o conhecimento na

área, daí a necessidade da formação continuada do professor.

O que se pretende com a Educação Ambiental na escola, é que ela seja um processo de

permanente aprendizagem, que valoriza as diversas formas de conhecimento e constitua cidadãos

com consciência local e uma visão do planeta, com atividades muito além da formais.

A responsabilidade de conscientização sobre o meio ambiente deverá ser, também,

preocupação da sociedade, pois nem sempre as pessoas tem acesso à Educação Formal, sala de

aula. A responsabilidade, a preocupação com a natureza passa a ser da sociedade como um todo,

não importa sua classe social, profissional, origem, sexo ou cor.

A questão Ambiental relação do homem com o meio em que vive, vai muito além, refletir

sobre a relação entre o meio ambiente e nossos hábitos e costumes é decisivo para a nossa

qualidade de vida, no presente e no futuro, é também a certeza de novas gerações.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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