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SINAIS VITAISSINAIS VITAIS
SINAIS VITAIS
Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal.
Por serem relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais.
Destacam-se pela sua importância:
1 - Pressão arterial
2 - Pulso
3 - Temperatura corpórea
4 - Respiração
SINAIS VITAIS
O conhecimento dos fatores que influenciam os sinais vitais ajuda o enfermeiro na determinação e avaliação dos valores normais;
Os sinais vitais proporcionam a base para avaliação da resposta as prescrições de enfermagem;
Os sinais vitais são mais bem medidos quando o cliente esta tranquilo e o ambiente calmo.
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são mensurados como parte do exame físico completo ou na revisão da condição do cliente;
O enfermeiro examina as alterações dos sinais vitais como outros achados do exame físico, utilizando o julgamento clinico para determinar a frequência da verificação.
COMO DEFINIR ?
Os Sinais Vitais (SSVV) dão uma idéia da função de órgãos específicos – especialmente o coração e os pulmões – bem como de todos os outros sistemas corporais;
São medidos para estabelecer os padrões basais, observar as tendências, identificar problemas fisiológicos e monitorar a resposta do cliente ao tratamento
ATENÇÃO !!!!
Uma única mensuração tem em geral menos valor do que uma série delas;
Alterações importantes exigem investigação adicional.
MATERIAIS
PRESSÃO ARTERIAL
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade;
relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial.
É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio.
OS APARELHOS
ESFIGMOMANÔMETRO – Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-
Ricci (1896) e Korotkoff (1905). O tamanho do aparelho depende da circunferência do
braço a ser examinado A bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que
corresponda à 40% da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%;
manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas.
O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide.
Existem aparelhos semiautomáticos com grau de confiabilidade variável, devido sofrerem com frequência alterações na calibração.
ESTETOSCÓPIO Existem vários modelos, porém os principais
componentes são:
1 - Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.
2 - Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.
ESTETOSCÓPIO –
3 - Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm.
4 - Receptores: existem dois tipos fundamentais:
A) de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência
B) o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral.
TÉCNICA – PRESSÃO ARTERIAL
Lavar as mãos Reunir todo o material Dirigir-se à unidade do paciente Orientar o paciente sobre o procedimento Paciente deve estar em repouso por pelo menos
cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos
O braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço intercostal)
Quando o paciente está sentado, coloca-se o braço sobre uma mesa
TÉCNICA – PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração.
O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade
A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial
A margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital
Prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido.
MÉTODOS - P.A.
1 - Método palpatório: Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e
apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial
Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg Desinsufla-se lenta e completamente o manguito
até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima.
Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente.
OBS: O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima.
MÉTODOS – P.A.
2 - Método auscultatório: Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por
sobre a artéria braquial; Insufla-se o manguito suavemente até o nível
previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório)
Desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo.
Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima.
Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pressão arterial mínima.
MÉTODOS – P.A.
2 - Método auscultatório:
Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desaparecimento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer.
A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso.
Durante a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mesmos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos graves a em patologias da vávula aórtica.
Nikolai Sergeevich Korotkoff
OBSERVAÇÕES
variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o resultado dos níveis tencionais.
a pressão arterial deve ser medida em ambos os braços.
as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor pressão
evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta
a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço
OBSERVAÇÕES
a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA
a PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o estetoscópio localizado no oco poplíteo
em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a medida da PA no ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial.
em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer.
VALORES E VARIAÇÕES DA P.A.
VALOR NORMAL DA PRESSÃO ARTERIAL –
140/90 mmHg (maiores de 18 anos)
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Idade
Em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Sexo
Na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-se os mesmos valores
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Raça
As diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à condições culturais e de
alimentação.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Sono
Durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Emoções
Há uma elevação principalmente da sistólica
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Exercício físico
Provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo
curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico. (testes ergométricos).
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Alimentação
Após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Mudança de posição
A resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg.
Pode ocorrer hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope;
SINAIS VITAIS
Média da pressão arterial normal:Idade Pressão(mmHG)
Recém nato 40
1 mês 85/54
1 ano 95/65
6 anos 105/65
10-13 anos 110/65
14-17 anos 120/75
Adulto médio 120/80
Idoso 140/90
SINAIS VITAIS Classificação da PA para adultos
acima de 18 anos:Categoria Sistólica Diastólica
Normal < 130 <85
Normal alta 130-139 85-89
Hipertensão
Estágio leve 140-159 90-99
Estágio moderado 160-179 110-109
Estágio grave 180-209 110-119
Estágio muito grave >210 >120
MATERIAL ESFIGMOMANÔMETROESFIGMOMANÔMETRO
BULBO COM VÁLVULABULBO COM VÁLVULA
MANÔMETROMANÔMETRO
- DIGITAL- DIGITAL
- PRESSÃO- PRESSÃO
MANGUITO COM BOLSA INFLÁVELMANGUITO COM BOLSA INFLÁVEL
COLUNA DE COLUNA DE MERCÚRIOMERCÚRIO
TUBO PLÁSTICO OU TUBO PLÁSTICO OU BORRACHABORRACHA
HASTESHASTES
OLIVASOLIVAS
BARRA REGULADORA DE BARRA REGULADORA DE TENSÃOTENSÃO
CAMPÂNULACAMPÂNULA
CORPOCORPO
DIAFRAGMADIAFRAGMA
ESTETOSCÓPIOESTETOSCÓPIO
PULSO
2 - PULSO
É a contração e expansão alternada de uma artéria A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos
mais antigos da prática médica Representa também um gesto simbólico, pois é um
dos primeiros contato físico entre o médico e o paciente.
LOCAIS Artéria radial Artéria carótidas Artéria braquial Artéria femural Artéria temporal Artéria poplítea
PULSO CARÓTÍDEOPULSO CARÓTÍDEO
PULSO FEMORALPULSO FEMORAL
PULSO TEMPORALPULSO TEMPORAL
PULSO POPLÍTEOPULSO POPLÍTEO
PULSO RADIALPULSO RADIAL
PULSO BRAQUIALPULSO BRAQUIAL
PULSO APICALPULSO APICAL
PULSO TIBIAL POSTERIORPULSO TIBIAL POSTERIOR
PULSO ULNARPULSO ULNAR
PULSO DORSAL DO PÉPULSO DORSAL DO PÉ
LL
OO
CC
AA
II
SS
LL
OO
CC
AA
II
SS
PROCEDIMENTO - PULSO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado
Realizar o procedimento de acordo com a técnica
Contar durante 1 minuto inteiro
Lavar as mãos
Anotar no prontuário
CARACTERISTICAS DO PULSO
FREQÜÊNCIA –
Na primeira infância - de 120 a 130 bat/min. Na segunda infância - de 80 a 100
Adulto - de 60 a 100 bat/min
RITMO – REGULAR: quando ocorrem a intervalos iguais IRREGULAR: quando os intervalos são ora mais
longos ora mais curtos ARRITMIA: traduz alteração do ritmo cardíaco.
NOMENCLATURAS
Nomocardia: frequência normal
Bradicardia: frequência abaixo do normal
Taquicardia: frequência acima do normal
PULSO
PULSO AUSENTE : não palpável, medido como 0
PULSO FRACO OU FILIFORME : difícil de sentir, facilmente obliterado por leve pressão digital;
PULSO NORMAL ; facilmente palpável, não obliterado facilmente por pressão digital;
PULSO CÉLERE – prontamente palpável, forte não obliterado facilmente por pressão digital;
SINAIS VITAIS
PULSO Fatores que influenciam frequência:
Fator Aumento Diminuição
Exercício Curta duração Atleta
Temperatura Febre e calor Hipotermia
Emoções Dor aguda, ansiedade Dor intensa, relaxamento
Hemorragia Aumenta
Postura Levan.; Sentado Deitar-se
Dist.Pulmão Falta Oxigenação
COMO PALPAR
TEMPERATURA
TEMPERATURA
Usa-se o termômetro clínico
Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636
Considerado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico.
A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia.
TEMPERATURA
É medida e registrada em graus Celsius (ºC);
Verificar o equilíbrio entre produção e eliminação de calor;
Indicar atividade metabólica;
Auxiliar no diagnóstico e tratamento;
Acompanhar evolução do paciente
TEMPERATURA
A temperatura atinge o seu ponto mínimo à noite, durante o sono, e sobe gradualmente até atingir o valor máximo por volta das 17 horas.
Além da flutuação normal dos seus valores, a temperatura também é influenciada pelo exercício físico, pelas refeições e emoções, que a fazem subir.
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA T.
Axila
Boca
Reto
Prega inguinal (raramente)
MATERIAL
Bandeja
Termômetro
Algodão
Álcool
.
TEMPERATURA ONDE AFERIR ?
Temperatura axilar
Temperatura Retal
Temperatura oral BULBO
COLUNA DE MERCÚRIO
TEMPERATURA
TEMPERATURA AXILARTEMPERATURA AXILAR
Contra-indicada nos casos de queimaduras do tórax, furúnculos axilares e fraturas do ombro;
TEMPERATURA ORALTEMPERATURA ORAL
Método ideal para adulto alerta;
Evitar:
- Em pacientes que respirem pela boca
- Que tenham tomado bebidas quente ou fria (15’ anteriores);
- Que tenham cirurgias orais ou deformidades orais;
- Evitar o uso de termômetros de vidro com mercúrio em crianças, pacientes com tosse ou crises convulsivas;
TEMPERATURA
TEMPERATURA RETALTEMPERATURA RETAL
Quando houver necessidade de precisão absoluta;
Evitar em pacientes com lesões retais, hemorróidas ou cirurgia recente e doenças cardíacas (estímulo vagal – vasodilatação e bradicardia)
VALORES NORMAIS
Axilar - 35,5 a 37,0 0C
Bucal - 36,0 a 37,4 0C
Retal - 36,0 a 37,5 0C
SINAIS VITAIS
TEMPERATURA
NORMOTERMIA
temperatura entre 360 C e 36,80
ALTERAÇÕES:
HIPOTERMIA: Perda de calor durante uma exposição ao frio que ultrapassa a capacidade do corpo de produzir calor.
HIPERTEMIA: É a incapacidade do corpo de promover a perda de calor ou reduzir a produção de calor.
FEBRÍCULA: temperatura entre 36,90 C e 37,40C.
FEBRE: temperatura entre 37,50 C e 380 C.
HIPERFLEXIA: temperatura acima de 400 C
FEBRE
Intensidade da febre
Febre leve – até 37.5
Febre moderada – de 37.5 a 38.5°C
Febre alta – acima de 38.5°C
RESPIRAÇÃO
RESPIRAÇÃO
É a troca de gases dos pulmões com o meio exterior Tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do
gás carbônico. FREQÜÊNCIA crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO Dispnénia:. Ortopnéia: Taquipnéia : Bradipnéia :. Apnéia:
MATERIAL Relógio com ponteiro de segundos Papel e caneta para anotações TÉCNICA Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao exame Não deixar o paciente perceber que estão sendo
contados os movimentos Contagem pelo período de 1 minuto Lavar as mãos no término Anotar no prontuário
RESPIRAÇÃO
Ao avaliar a respiração observe frequência, profundidade e o ritmo;
A frequência normal é de 16 a 20 mpm no adulto durante 60’’;
A respiração é superficial, moderada ou profunda;
Avaliar expansão torácica e simetria;
Aferir a respiração sem que o paciente perceba – enquanto afere o pulso;
RESPIRAÇÃO
BRADPINÉIA : Incursões respiratórias inferiores a 16 mpm
TAQUIPNÉIA : Incursões respiratórias superiores a 20 mpm
APNÉIA : Ausência de movimentos respiratórios
RESPIRAÇÃO
Tabagismo;
Posição do corpo;
Medicamentos ;
Hemoglobina;
Febre.
FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇÃO
• Idade;
• Exercício;
• Dor aguda;
• Estresse ;
• Ansiedade;
ALTURA E PESO
ALTURA E PESO
Solicitar que o paciente retire roupas e sapatos;
A determinação da altura e do peso oferece informações mais específicas sobre a saúde geral e o estado nutricional;
Ajuda na orientação da administração de medicamentos e terapia nutricional.
PESO SUPERIOR
PESO INFERIOR
BARRA DE ALTURA
SETA DE EQUILÍBRIO
TARA
FIM