Síndrome de burnout

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“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais”. Rubem Alves

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“Ensinar é um exercício de imortalidade.

De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos

aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor,

assim, não morre jamais”.Rubem Alves

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Síndrome de Burnout

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. Criado pelo psiquiatra inglês HerbertFreundenberg em 1974, o termo Burnoutapareceu quando esse profissional começou aobservar o intenso desgaste físico e emocionaldos profissionais que trabalhavam narecuperação de dependentes químicos.

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A Síndrome de Burnout é definida por alguns autorescomo uma das conseqüências mais marcantes doestresse profissional, e se caracteriza por:•Exaustão emocional;•Avaliação negativa de si mesmo;•Depressão;•Desmotivação;•Mal-estar interno;•Insatisfação ocupacional;•Desistência profissional;•Insensibilidade com relação a quase tudo e a todos.

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Refere-se a um tipo de estresse ocupacional einstitucional com predileção para profissionais quemantêm uma relação interpessoal intensa comoutras pessoas, principalmente quando estaatividade é considerada de ajuda, a exemplopodemos citar os seguintes profissionais:

•Médicos;•Enfermeiros;•Professores;•Bombeiros;•Carcereiros.

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O burnout é uma erosão gradual, efreqüentemente imperceptível no início, deenergia e disposição, como conseqüência deum estresse crônico e prolongado. Nãoacontece como resultado de eventostraumáticos isolados. O burnout não ocorrede repente, é um processo cumulativo,começando com pequenos sinais de alerta,que quando não são percebidos, podem levaro professor a uma sensação de quase terrordiante da idéia de ter que ir à escola.

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Fases do burnout

1. Idealismo2. Realismo 3. Estagnação ou frustração4. Apatia e burnout total 5. Fenômeno fenix

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Evolução do burnoutO entusiasmo e a dedicação cedem lugar a:

Frustração e raiva como resposta a estressores pessoais, ocupacionaise sociais, que, por sua vez levam à

desilusão quanto às atividades de ensino, trabalhando ainda eficiente,mas mecanicamente, levando à

diminuição da produtividade e da qualidade do trabalho, e depois à

Uma vulnerabilidade pessoal cada vez maior, com múltiplos sintomasfísicos (dores de cabeça, hipertensão, etc), cognitivos (“a culpa é dosalunos”, “eu preciso é cuidar de mim”) e emocionais (irritabilidade,tristeza), os quais se não forem tratados, aumentam até alcançar umasensação de esvaziamento e de “não ligar mais”.

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Quais as causas do burnout?O burnout é uma síndrome multifatorial e pareceresultar de fatores internos (vulnerabilidade biológicae psicológica) e externos (o ambiente de trabalho).Esses fatores internos e externos são percebidos eavaliados pelo professor à luz de suas atitudes,crenças, valores, de suas experiências passadas e deseu estilo de vida. Se são interpretadosnegativamente, como uma ameaça à sua auto-estima,e se o professor não dispõe de técnicas deenfrentamento eficientes, poderão levá-lo ao burnoutcom sintomas típicos de exaustão física, emocional emental.

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Fatores externos• Papel do diretor: É preciso que o direto ou coordenadortenha”competência interpessoal”, isto é, que seja perceptivo,saiba ouvir, seja empático e consiga resolver conflitos. Odiretor tem papel central no burnout do professor, tanto nosentido positivo, como fonte de apoio, quanto no negativo,como fonte de estresse e burnout. As característicasdesejáveis do diretor/coordenador incluem atitudes quedemonstrem que: ele valoriza pessoas e o trabalho por elasrealizado , trata os outros com respeito e dignidade; mantémsua palavra e aquilo que foi combinado; oferece um ambientepreocupado com o bem estar do professor; estabelece emantém confiança e transparência; ouve com cuidado,compreensão e empatia as reclamações dos professores.

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•Conflito, ambigüidade e excesso de papéis do professor: Oprofessor não sabe o que se espera dele, ou tem excesso deresponsabilidades, sem o apoio necessário da administração.Não há limites quanto às responsabilidades do professor.

•Jornada de trabalho do professor: Horas excessivas, dentro efora da escola; necessidades de ter mais de um emprego econseqüente falta de tempo livre. A escola não prevê para oprofessor intervalos suficientes durante o dia, nem períodoslivres durante o ano.

•Excesso de burocracia: Especialmente o “burnout de fim deano” é causado pelo acúmulo de atividades burocráticas doprofessor.

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•Indisciplina: Alunos indisciplinados, políticas de disciplinainadequadas na escola, número excessivos de alunos nasclasses podem levar o professor ao burnout.•Falta de integração social no trabalho: Falta de apoio doscolegas; falta de tempo livre na escola para interagir com oscolegas e discutir os problemas da escola.•Falta de reconhecimento pelo bom trabalho docente oupoucas oportunidades de promoção; decepção quanto aexpectativas não-satisfeitas.•Elevadas expectativas dos superiores, dos pais e dacomunidade em relação ao trabalho do professor.• Tédio decorrente de tarefas repetitivas: Podem acarretar ochamado “burnout de repetição”, que é conseqüente de fazersempre as mesmas coisas, de falta de diversidade da tarefa,de exercer um trabalho rotineiro e monótono.

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•Políticas inadequadas de avaliação dedesempenho do professor, causando estresse.

•Valores conflitantes entre instituição eprofessor.

•Falta de autonomia: Se o professor percebeque não é possível ter controle sobre a situaçãode trabalho, seu risco de burnout aumenta..

•Baixo estatus da profissão.

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Fatores internos ou pessoais•Vulnerabilidade biológica;•Vulnerabilidade psicológica;•Perfeccionismo;•Controle;•Agradar aos outros;•Expectativas elevadas, metas impossíveis;•Senso de responsabilidade exagerado;•Auto-estima baixa;•Negativismo;•Escolha profissional equivocada;•Problemas pessoais, conflito familiar, perda e desilusões;•Falta de preparo e competência para despenhar o papel;•Falta de atividades sociais e de lazer.•Afastamento da família por excesso de trabalho, perdendo-acomo fonte de apoio.

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Os sintomas do burnout variam de pessoa parapessoa. Alguns professores podem sentir raiva eatribuir culpa a fatores externos; outros se calam,isolam-se, tornam-se introvertidos, o que podeindicar o início de uma depressão. Outros manifestamo burnout comendo demais ou de menos, ouabusando do álcool e outras drogas. Outros aindapodem apresentar sintomas físicos, incluindohipertensão e dores de cabeça freqüentes.

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Como posso saber se estou com burnout?

Ultimamente no meu trabalho tenho sentido falta de:

1. Alegria2. Entusiasmo3. Satisfação 4. Interesse5. Autoconfiança6. Ideais7. Iniciativa8. Tolerância9. Organização

10. Humor11. Concentração12. Motivação13. Energia14. Encantamento15. Idéias criativas 16. Capacidade para resolver

problemas17. Confiança nos outros18. Prazer

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Teste o seu estresse no trabalho(marque sim ou não):Assinale a primeira resposta que vier a sua cabeça , pois ela

corresponde ao seu verdadeiro estado emocional.

1. Você tem evitado contato com as pessoas?2. Há dificuldade de desligar-se do trabalho quando está fora

dele?3. É difícil repartir as dificuldades, pois você está cercado de

incompetentes?4. Sente-se ansioso e inquieto na maior parte do tempo?5. A falta de memória está prejudicando seu desempenho

nas atividades diárias?6. Você não consegue deixar seu celular desligado?7. Sua agenda está excessivamente sobrecarregada

diariamente?8. Sente dores de cabeças quase todos os dias?

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9. Perde o controle no trânsito com freqüência e sem motivo?

10. O barulho durante o trabalho deixa-o irritado?11. A exigência e a perfeição são suas constantes

companheiras?12. Tem dificuldades para dormir?13. Há mais de dois anos que você não tem férias de

verdade? 14. Sua pressão arterial tem se alterado?15. Tem sensação de cansaço ao despertar?16. Vive irritado com tudo e com todos?17. É difícil priorizar por qual trabalho deve começar?18. Fica angustiado em pensar que vai para o

trabalho?

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19. Sente-se desconfortável ou com remorso quando não está fazendo nada?

20. Atropela os horários sentindo-se sempre afobado?

21. Tem estado inseguro na hora de tomar decisões?22. As dores nas costas aumentaram muito?23. Aproveita o horário do almoço para resolver os

assuntos de trabalho?24. Tem vontade de explodir com o seu chefe (ou

com seu subalterno)?25. Você sonha, freqüentemente, com coisas

relativas ao trabalho?

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ResultadosSome os pontos considerando um ponto para aresposta que você assinalou sim e zero para a não.0 a 8 pontos: você não apresenta burnout.9 a 17 pontos : Cuidado você está entrando emburnout.A partir de 18 pontos : Procure um especialista, poisvocê encontra-se co burnout.

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Como posso prevenir o burnout?Entre as medidas preventivas diretas destacam-se as seguintesrecomendações aos professores:•Crie um grupo de apoio com seus colegas para discutir temasrelacionados ao trabalho;•Lembre-se do porquê você está ensinando;•Transforme suas crenças negativas com referência à escolaem positiva, dizendo a si mesmo :“Eu não preciso ser perfeito o tempo todo”(para combater o perfeccionismo) ou “Nãosou responsável por tudo que acontece comos meus alunos “ (para combater o excesso deresponsabilidade).

•Diga não a obrigações desnecessárias quea direção ou os colegas tentam lhe impor naescola.

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•Busque o sentido do seu trabalho:é precisoreconhecer que o que faz é importante;

diante das frustrações e dificuldades do dia-a-dia, procure lembrar-se da diferençaque você faz na vida de uma criança; seuesforço contribui para tornar o mundo um

lugar melhor.•Tenha uma atitude positiva;•Organize melhor o tempo e estabeleça prioridades;•Aumente sua auto-eficácia individual(é definida como aconfiança de que o professor é capaz de enfrentar e resolversituações novas ou desafiadoras com base nas própriashabilidades e competências de lecionar e lidar com alunos.

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Medidas preventivas indiretas

•Cuide da sua saúde;•Aprenda técnicas de manejo do estresse ;•Reserve algum tempo para você;•Não atue como professor em casa;•Pratique o humor sempre que possível•Identifique os valores que governam a sua vida.

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Sugestões para que a direção possa reduzir o risco de burnout de seus professores:

•Criar sistemas de avaliação que auxiliem o professor na identificação deproblemas na escola;•Reservar tempo para que os professores possam conversar;•Reconhecer e elogiar o bom trabalho realizado pelos professores;•Definir claramente as expectativas do papel do professor na escola;•Criar grupos de supervisão ou de apoio onde os professores possamcompartilhar seus problemas no trabalho;•Promover o ensino em equipe(interdisciplinaridade) para aumentar ocontato e apoio de colegas e diminuir o isolamento;•Oferecer oportunidades de promoção ,para maior realização doprofessor;•Melhorar os canais de comunicação entre professores e direção;•Oferecer workshops e treinamento em serviço, inclusive sobre técnicasde enfrentamento de estresse e burnout.

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