Sinduscon Notícias Edição nº 26
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Sinduscon Notícias
Ano 3 | Edição 27 | Maio 2011
Página 5
Greve da construção civil cheGa ao fim
XXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX4 6 9
Norma de DesempenhoO Vice-presidente de Tecnologia do
Sinduscon-CE, Eugênio Montenegro,
participa das reuniões promovidas
pela Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (CBIC) para a revisão da
Norma de Desempenho (NBR 15575).
Na pauta, são discutidos e esclareci-
dos responsabilidades e parâmetros,
que seguirão para as reuniões plená-
rias da ABNT, em São Paulo. A meta é
que todos os itens estejam aprovados
até setembro/11, passando a vigorar
em março/12. “Queremos convocar
todos a participarem dessas reuniões
plenárias, pois o poder judiciário ten-
de a exigir a adoção dos parâmetros
da norma para todas as edificações
brasileiras, não somente nas de até 5
pavimentos”, afirma. Os documentos
da comissão de estudos da norma es-
tão disponíveis no link: http://abnt.iso.
org/livelink/livelink?func=ll&objld=20
173212&objAction=browse&sort=na
me&viewType=1. Para solicitar login e
senha de acesso, basta fazer o cadas-
tro no site www.abntonline.com.br/
normalizacao, indicando que deseja
participar da comissão de estudos de
desempenho de edificações.
ÚLTIMASEDITORIAL
Seguro de Vida com menos custo
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Encontro com assessores de comunicação
A Câmara Brasileira da Indústria da
Construção – CBIC – promoveu, no dia
17 no Rio de Janeiro, o Fórum de Ação
Social e Cidadania. A reunião contou
com a participação dos membros da
Rede da Construção, e também os asses-
sores de comunicação/imprensa das enti-
dades associadas à CBIC. Representando
o Sinduscon-CE, a vice-presidente da área
de sustentabilidade, Paula Frota, e a asses-
sora de comunicação do Sindicato, Carol
Saraiva, estiveram presentes no evento.
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Roberto Sérgio Ferreira
Presidente do Sinduscon-CE
O Sinduscon-CE sempre busca ofe-
recer opções para nossos associados. Por
isso, firmou parceira com a Brasilcred
Seguros, empresa cearense com 35 anos
de experiência no setor da Construção
Civil e atuação em todo o país.
“Acreditamos que essa iniciativa vai am-
pliar a oferta de seguro de vida aos traba-
lhadores, dando aos associados mais ima
opção de qualidade, eficiência e o atendi-
mento personalizado em caso de sinistro”,
comenta o presidente Roberto Sergio.
2
ANIVERSARIANTES
3
Coletânea Edificar Lean
Construtor, você já adquiriu a
coletânea Edificar Lean? Ela é com-
posta por dois livros e apresenta
um novo modelo de construção, a
Construção Enxuta. O objetivo dos
livros é divulgar soluções e promo-
ver os conceitos de sustentabilidade
e preservação ambiental nas obras
de construção civil, modernizando as
práticas e dando um salto de quali-
dade às obras. O Lançamento da co-
letânea é uma iniciativa dos autores
Eugênio Montenegro, Luiz Fernando
Mählmann Heineck, Pedro Eduardo
Pereira e Madalena Osório Leite, ten-
do apoio do Sinduscon-CE e Câmara
Brasileira da Indústria da Construção
– CBIC. Adquira já a sua através
do próprio Sindicato, pelo telefo-
ne 3246-1477 ou mande email para
01/04 José Rogério da Silva Queiroz ECAR02/04 Ricardo Fiuza Montenegro BM03/04 Francisco Abner Peixoto de Alencar Vermacon03/04 Alex Scipião Rodrigues de Lima Rodrigues Lima04/04 Giovanni Giuseppe Pompeu Magi Coigma04/04 Manuel Felix Ferreira Energibraz04/04 Arthur Moreira de Azevedo Neto Arthur Azevedo05/04 Antônio Carlos Pessoa Pereira Centro Sul05/04 Pedro Brito do Nascimento Renda06/04 Antonia Adriana Araújo Alves Consfor08/04 Julio Capobianco Filho CCPS08/04 Hercília de Sousa Oliveira Atlantis08/04 José Dionísio Barsi Filho Centurion09/04 Pedro do Couto Galvão Suporte10/04 Maria das Graças Diasde Sousa Delta11/04 Flávio Lima Farias N.A.11/04 Ana Karla Magalhães Holanda Barbosa J B L12/04 Joaquim Sergio Lopes de Noranha Norteng14/04 Lisandro Carlos Fujita Fujita15/04 Luis Alberto Assis Mendonça Ecar15/04 Paulo Bezerra de Lima Gutta16/04 Gilberto Holanda Almeida P & G16/04 Emanuelle Maria Aguiar Cavalcante Confaht16/04 Francisco José Lima Matos Sol E Mar17/04 Marcos Jose Moura Dubeux Md Colonial18/04 Ruth Barros de Almeida Integral20/04 Wellington Melo Borges Capella20/04 Mateus Leandro de Oliveira MB20/04 Thyrson Guimarães de Carvalho TGC21/04 Valéria de Queiroz Teixeira Luz Direito Direito & Companhia21/04 Rogerio Nora de Sá Andrade Gutierrez22/04 Romildo Rodrigues Nogueira Getel22/04 Ricardo Nobréga Teixeira Mercurius22/04 Rosilândia Maria Alves Dias Boa Terra22/04 Gledston Peixoto Cavalcante CBC23/04 Cristiano Passos Sobral Galvão23/04 Antenor Gomes de Barros Leal Neto Padrão23/04 Jânio Keilthon Texeira Costa Cosampa24/04 Joísa Ferreira dos Santos Construpac24/04 José Inácio Cortez Bezerra Cortez24/04 Ivan Sérgio Fernandes Martins Cidade Jardim24/04 Aristeu de Oliveira Gurgel Eletrorural26/04 Germana Marques Albuquerque Mendes Macrobase26/04 José Aragão e Albuquerque Arvoredo26/04 Francisco Roberto da Rocha Silva Filho Mozaiko26/04 Carlos Alberto Studart Gomes Neto José Martins27/04 Ruth Almeida de Zelaya Integral27/04 Livio de Andrade Araripe Harmony27/04 Cassio Gontijo JRN27/04 Raimundo Rogerio Rios Vermacon28/04 Cláudio Henrique do Vale Vieira CVP28/04 Jaime Alex Boscov DPM29/04 Fernando Tavares Pereira Fertaper29/04 Suzana dos Santos Mendes PB
Novos cursos para profissionais da ConstruçãoEm março, a Universidade Corporativa
do Sinduscon – Uniconstruir – realizou a
segunda turma do curso de Incorporações
Imobiliárias. Ministrado pelo engenheiro José
Paulo Callado, o curso
teve o objetivo de apri-
morar o entendimento
sobre as normas per-
tinentes às incorpora-
ções imobiliárias. O
curso, que reuniu en-
genheiros, advogados,
estudantes de direito e
corretores de imóveis, teve uma grande procu-
ra e recebeu muitos inscritos.
Os próximos cursos ofertados se-
rão Orçamentista de Obras e Práticas de
Negociação. Ministrado pelo professor
Victor Medeiros, mestre em Administração
de Empresas e especialista em Gestão
Estratégica pela Kellog (Chicago-EUA), o
curso Práticas de Negociação tem o objeti-
vo de estimular o aumento da produtivida-
de profissional e acontecerá no Sinduscon-
CE nos dias 01, 02, 08 e 09 de julho. O
período de inscrição será de 12/05 à
27/05. Investimento: R$ 395 para associa-
dos e R$ 454 para não associados e possui
carga horária de 20 horas/aula.
Em parceria com a Unifor, o curso
Orçamentista de Obras acontecerá no pe-
ríodo de: 13, 14, 20, 21, 27, 28 de maio
e 03, 04, 10 e 11 de junho e tem o ob-
jetivo de capacitar engenheiros, arquite-
tos e técnicos de edificações para atua-
rem na área de orçamento de obras de
edificações. Para esse curso, os alunos
deverão levar um notebook, pois haverá
necessidade de utilização de Software.
Inscrições: 04/04/2011 à 20/04/2011.
Investimento: R$ 395 para associados e R$
454 para não associados. Professores: Vide
Curriculum. Carga Horária: 40 horas/aula.
Ainda na programação da
Uniconstruir, será ofertado o curso de
Fotografia. As datas e demais informa-
ções ainda serão definidas.
Mais informações no Sindicato ou
pelo e-mail: [email protected]
ou 3246-1477.
UNICONSTRUIR
ESPAÇO VIVA - Av. Senador Virgílio Távora, 1820 - Aldeota (85) 3264.0064VIVA BEIRA MAR - Av. Beira Mar, 3120 - Meireles (85) 3021.0066
Os próximos cur-sos ofertados serão Orçamentista de Obras, Práticas de Negociação e Fotografia.
ESPAÇO VIVA - Av. Senador Virgílio Távora, 1820 - Aldeota (85) 3264.0064VIVA BEIRA MAR - Av. Beira Mar, 3120 - Meireles (85) 3021.0066
CAPA
Greve da Construção Civil chega ao fimAcordo coletivo 2011
O Sindicato da Indústria da
Construção Civil - Sinduscon-CE fechou
Acordo Coletivo com o Sindicato dos
Trabalhadores, encerrando a greve na
Construção Civil, em 02 de maio. O re-
ajuste salarial ficou em 9,8% e cesta bá-
sica mensal de R$ 35,00 – retroativa a
Março e Abril para todos os trabalhadores.
“Estamos dentro da média dos reajustes
salariais negociados no Nordeste, que va-
ria de 9 a 11%”, explica Fernando Pinto,
vice-presidente de Relações Trabalhistas.
Durante os dois meses de nego-
ciações, foram realizadas 15 audiên-
cias de negociação, intermediadas
pela Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRT), além das 10
Assembléias Gerais com os associados,
promovidas para a definição de estraté-
gias e tetos de reajustes para a comissão.
Com a decretação da greve, em 18 de
abril, foi montado comitê com reuniões di-
árias da direção do Sinduscon-CE com as
assessorias técnica, jurídica e de impren-
sa, instruindo e orientando, de forma a dar
todo o apoio aos associados vítimas das
ações violentas. “Tivemos mais de 50 regis-
tros de depredações e agressões físicas em
canteiros, por isso, estávamos de prontidão
para explicar a cada uma como proceder
para registrar as ocorrências e dar entrada
nas ações de indenização”, explica.
Com relação à área de comunicação,
foram montados e distribuídos panfletos
com as propostas e benefícios para os ope-
rários das obras, assim como divulgada nos
intervalos dos principais programas da TV
Diário. Nos jornais, foi publicado primeira-
mente anúncio de solidariedade à impren-
sa agredida durante cobertura das mani-
festações. No final da greve, saiu anuncio
com dados do acordo coletivo, ações de-
senvolvidas pela VSM Comunicação, com
parceria da Gadioli Cipolla. “Além disso,
diariamente abastecemos a imprensa com
informações, nos posicionando sobre as
agressões através de entrevistas ou notas
de esclarecimento”, explica Fernando.
AbusividadeCom o registro das manifestações vio-
lentas nos canteiros realizadas pelas em-
presas e divulgadas na imprensa, a asses-
soria jurídica do escritório Cleto Gomes
entrou com requerimento no Tribunal
Regional do Trabalho da 7ª região, que
concedeu medida cautelar, na terça-fei-
ra, 19/04, determinando que o Sindicato
dos Trabalhadores se abstenha de praticar
atos depredatórios nos canteiros e utilize
de meios violentos para impedir o acesso
de operários ao local de trabalho.
A liminar estabeleceu, respectivamen-
te, multas diárias de R$ 50 mil e R$ 10 mil
pelo descumprimento da ordem judicial.
Ainda como medida de segurança, a de-
cisão judicial estabeleceu que os mani-
festantes do Sindicato dos Trabalhadores
mantivessem distância superior a 200 me-
tros dos canteiros de obra. “Conseguimos
reunir mais de 10 provas e demos entra-
da de petição para execução das multas.
Mesmo com o fim da greve, vamos conti-
nuar dando andamento às ações de indeni-
zação”, comenta o vice-presidente.
Dias paradosApós Assembléia Geral, foi definido
que este ano o Sinduscon-CE vai buscar
padronizar as negociações dos dias pa-
rados diretamente com o Sindicato dos
Trabalhadores. O Objetivo é evitar acordos
paralelos, fortalecendo as decisões da ca-
tegoria. “Se o Sindicato dos Trabalhadores
quer negociar os dias parados, que seja feito
conosco. Agora, será categoria negociando
com categoria”, explica. Para mais infor-
mações sobre o acordo acertado, o asso-
ciado pode entrar em contato com a Focvs
Consultoria através do telefone: 3261.1888.
Ganhos dos trabalhadoresAlém do reajuste salarial, o setor da
construção civil do Ceará oferece aos tra-
balhadores participação nos resultados e
lucros, o que representa, na prática, um
14º salário anual. Esta é a única categoria
no Estado e o único setor da construção
civil no Brasil a receber este benefício.
Soma-se a isto a redução da jornada
de trabalho, que atualmente é de 42,5
horas semanais e o desconto do Vale
Transporte de 1,5%, sendo a única cate-
goria do Ceará com estes benefícios. O
setor ainda garante um adicional de 5%
sobre os salários dos seus empregados
que apresentarem certificados de cursos
de aperfeiçoamento técnico – profissional
e a complementação do auxilio doença/
acidente pago pelo Instituto Nacional de
Seguro Social (INSS), garantindo o valor
da remuneração do empregado.
Em caso de licença médica decorren-
te de acidente do trabalho ou doença pro-
fissional, a complementação é estendida
por até mais 90 dias, a partir do 16º (déci-
mo sexto) dia. Isso garante que o funcio-
nário receba o valor integral de seu salário
durante sua recuperação.
“Estamos dentro da mé-dia dos reajustes salariais negociados no Nordeste, que varia de 9 a 11%”Fernando Pinto Vice-presidente de Relações Trabalhistas.
Pisos acordadosServente – R$ 577,50 | Meio profissional – R$ 654,50 | Profissional – R$ 880,00 Encarregado de setor – R$ 1.045,00 | Mestre – R$ 1.534,50
5
PARECER JURÍDICO
Os conflitos coletivos podem ser di-
rimidos de forma autocompositiva, quan-
do as partes buscam a solução através da
negociação coletiva, tais como acordo e
convenção coletiva ou, ainda, com o au-
xílio de um terceiro chamado a aconse-
lhar as partes para a solução do impasse
através da mediação; e de forma hetero-
compositiva, em que a questão é dirimida
pela atuação de terceiros, tal como se dá
na arbitragem e na jurisdição.
Através do acordo e convenção co-
letivas de trabalho, são os próprios atores
sociais interessados que irão, através da
negociação coletiva, dirimir os conflitos
coletivos, estabelecendo condições que
irão regular a relação de trabalho das ca-
tegorias por eles representadas.
No Brasil, é através do Dissídio
Coletivo que se dá a solução jurisdicional
dos conflitos coletivos de trabalho, resul-
tando em uma Sentença Normativa que
terá caráter normativo constitutivo nas con-
dições de trabalho dos grupos conflitantes.
A competência originária para julgar
o Dissídio Coletivo, em regra, pertence aos
Tribunais Regionais do Trabalho (CLT, art.
678, I, a), passando-se a ser competente o
Tribunal Superior do Trabalho quando o dis-
sídio exceder a jurisdição de um Tribunal
Regional do Trabalho (CLT, art. 702, I, b).
Tanto o Acordo e Convenção Coletivas
de Trabalho, como a Sentença Normativa
constituem fonte do Direito do Trabalho,
estabelecendo normas e condições de tra-
balho aplicáveis às partes envolvidas.
Com as alterações introduzidas no art.
114 da Constituição Federal pela Emenda
Constitucional nº 45/2004, o legislador
Negociação Coletiva como melhor forma de solução para conflitos coletivos
6
buscou estimular a negociação coletiva
como forma de solução de conflitos coleti-
vos em detrimento da atuação jurisdicional.
Tal intento ressai clarividente nos
parágrafos do art. 114, da CF/88, quan-
do estabelecem:
§ 1º Frustrada a negociação coletiva,
as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das
partes à negociação coletiva ou à ar-
bitragem, é facultado às mesmas,
de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica,
podendo a Justiça do Trabalho de-
cidir o conflito, respeitadas as dispo-
sições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convenciona-
das anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em ativida-
de essencial, com possibilidade de le-
são do interesse público, o Ministério
Público do Trabalho poderá ajuizar dis-
sídio coletivo, competindo à Justiça do
Trabalho decidir o conflito.
O parágrafo primeiro assegura às
partes eleger árbitros, enquanto que o
parágrafo segundo faculta às mesmas,
de comum acordo, ajuizar dissídio co-
letivo de natureza econômica, e, o pa-
rágrafo terceiro confere competência ao
Ministério Público do Trabalho para ajui-
zar dissídio coletivo em caso de greve
em atividade essencial.
A partir do momento em que res-
tou estabelecido o comum acordo
como pressuposto de constituição e
de desenvolvimento válido e regular
do processo do dissídio coletivo, evi-
dencia-se a intenção do legislador em
estimular a livre negociação como for-
ma de solução dos conflitos.
A exigência de comum acordo pre-
vista no texto constitucional tem en-
contrado albergue na jurisprudência
pátria, inclusive da Seção de Dissídios
Coletivos do C. TST, como não deixa dú-
vida o aresto abaixo:
DISSÍDIO COLETIVO – PARÁGRAFO
2º DO ART. 114 DA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA – EXIGIBILIDADE DA
ANUÊNCIA PRÉVIA – Não demonstrado
o comum acordo, exigido para o ajuiza-
mento do dissídio coletivo, consoante a
diretriz constitucional, evidencia-se a in-
viabilidade do exame do mérito da ques-
tão controvertida, por ausência de con-
dição da ação, devendo-se extinguir o
processo, sem resolução do mérito, à luz
do art. 267, inciso VI, do CPC. Preliminar
que se acolhe. (TST – DC 165.049/2005-
000-00-00 – SDC – Rel. Min. Carlos
Alberto Reis de Paula – DJU 29.09.2006)
Os tribunais pátrios vêm ratificando
a exigência do comum acordo imposto
pelo §2º do art. 114, da CF/88, estimulan-
do a negociação coletiva entre as partes
em detrimento da atuação jurisdicional.
A este propósito, invocáveis os en-
sinamentos de Carlos Henrique Bezerra
Leite quando leciona que “podemos des-
tacar a opinião corrente de que a função
anômala do Poder Normativo da Justiça
do Trabalho, como criador de normas
heterônomas gerais e abstratas aplicáveis
às categorias profissionais e econômicas
e que produzirão efeitos nas relações in-
dividuais de trabalho, inibe ou desenco-
raja a desejável solução democrática da
autocomposição dos conflitos coletivos
adotada em quase todas as democracias
contemporâneas.” (in Curso de Direito
Processual do Trabalho – 3ª Ed. – São
Paulo: LTr, 2005, pág. 804).
Há de ser observado que a redação
anterior do art. 114 da Carta Magna es-
tabelecia que os dissídios coletivos po-
deriam ser ajuizados pelos sindicatos ou
pelas empresas sempre que frustrada a
negociação, em razão do que competia à
Justiça do Trabalho estabelecer normas e
condições de trabalho destinadas a regu-
lar as relações havidas entre as categorias
profissional e econômica envolvidas.
Por outro lado, com as alterações
introduzidas pela EC 45/2004, o Poder
Normativo da Justiça do Trabalho foi por
demais reduzido, e a nova redação con-
ferida ao art. 114 da Constituição Federal
leva a conclusão de que quando do jul-
gamento dos dissídios coletivos de natu-
reza econômica, o julgador está adstrito
a decidir o conflito, nos termos e limi-
tes da lide (art. 128 do CPC), não mais
podendo criar normas jurídicas que es-
tabeleçam novos direitos e deveres para
empregados e empregadores.
Acerca do Poder Normativo da
Justiça do Trabalho, invocáveis os en-
sinamentos de Mauro Schiavi quando
dispõe que:“constitui intervenção do
Estado nas relações de trabalho e má-
xime no conflito coletivo para solu-
cioná-lo, substituindo a vontade das
partes, e submetendo-as, coativamen-
te, à decisão judicial.” (in Manual de
Direito Processual do
Trabalho – 3ª Ed. –
São Paulo: LTr, 2010,
pág. 1035).
A substituição
da vontade das par-
tes poderá fazer-se
divorciada da reali-
dade dos fatos vez
que os juízes não
conhecem efetiva-
mente a origem do
conflito coletivo e os
anseios das categorias.
Por tais aspectos, entendemos
que a negociação coletiva é a forma
mais efetiva de solução dos conflitos
coletivos, haja vista que os atores so-
ciais diretamente interessados são os
maiores conhecedores da realidade
em que vivem e, por conseqüência,
de suas necessidades.
E mais, a negociação coletiva impõe
a aproximação das categorias, com a
conseqüente convergência de interesses
e fortalecimento das relações sindicais.
Ressalte-se que a restrição do
Poder Normativo não obsta que as
questões negociadas pelas partes
através de acordo ou convenção co-
letiva sejam posteriormente submeti-
das ao controle judiciário, pelo que
não se vislumbra qualquer prejuízo
às partes acordantes.
Sylvia Vilar, advogada de Cleto
Gomes Advogados Associados.
“A negociação coletiva é a forma mais efetiva de solução dos conflitos coletivos.”Sylvia VilarAdvogada de Cleto Gomes Advogados Associados.
7
A negociação coletiva impõe a aproximação das categorias, com a conseqüente conver-gência de interesses e fortalecimento das relações sindicais.
Marcelo Romero de Arruda
Marcelo Romero de Arruda
é Engenheiro Civil, formado pela
Universidade de Fortaleza – Unifor,
com pós-graduação em Administração
Financeira pela UECE e MBA em Gestão
Empresarial pela FGV.
Sócio-Diretor da CRD Engenharia
Ltda., atuou durante dez anos como Diretor
Administrativo Financeiro da Construtora,
tendo, em 2009, assumido a Diretoria
Comercial, voltada para a Prestação de
Serviços e Obras de Habitação de Interesse
Social, onde se inclui o Programa Minha
Casa Minha Vida, do Governo Federal.
Marcelo acredita que, aliando a
experiência dos mais antigos e a gar-
ra dos mais novos, a nova diretoria do
Sinduscon possa trazer o maior benefí-
cio para o Sindicato, que é a satisfação
de seus associados.
Seu ingresso no Sinduscon-CE
deve-se ao trabalho desenvolvido no
Programa Minha Casa Minha Vida,
ao lado do Vice-Presidente André
Montenegro. “Aprovamos e regula-
rizamos os Projetos de Referências
nos diversos órgãos públicos envol-
vidos no processo, inclusive a Caixa
Econômica”, ressalta Marcelo.
O foco no resultado e relações inter-
pessoais são suas competências mais rele-
vantes, além de grande maestria na lideran-
ça de mediações e acordos de cooperação.
Diretor de Proteção ao Meio Ambiente do Sinduscon-CE
CONHEÇA O SINDUSCON
Ipece divulga PIB do Ceará O Instituto de Pesquisa e Estatística
Econômica do Ceará – IPECE, órgão
vinculado à Secretaria de Planejamento
e Gestão – SEPLAG, do Governo do
Estado, divulgo em março os números
do PIB de 2010, com base nos dados
coletados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE.
De acordo com o levantamento, o
Produto Interno Bruto do Estado cres-
ceu 7,9%, superando o PIB nacional,
que registrou crescimento de 7,5%.
Isso representa R$ 74,94 bilhões, cerca
de R$ 10 bilhões a mais que 2009.
A construção civil surgiu como grande
surpresa nesses números: o setor apresen-
tou um crescimento de 14,5% em relação
à 2009, porcentagem bem além das mais
otimistas estimativas, que previam um au-
mento em torno de 8%.
Os números apenas comprovam a boa
fase pela qual o mercado está passando: só
as empresas associadas ao Sinduscon-CE
empregaram cerca de 40 mil pessoas em
Fortaleza e Região Metropolitana em 2010.
Ao todo, o setor aumentou em 25% o nú-
mero de vagas no ano passado, de acordo
com dados do Instituto de Desenvolvimento
e Trabalho do Ceará – IDT.
No geral, é perceptível que a econo-
mia cearense está aumentando a sua par-
ticipação no PIB nacional. Em 2007 essa
participação era de 1,89% e em 2010 fi-
cou em 2,04%.
Construção civil se destaca entre setor industrial
ECONOMIA
8
A Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC) realizou no dia
23 de março, em Brasília, o seu Café
com Parlamentares, onde foram apre-
sentadas as principais propostas e de-
mandas da Indústria da Construção
para o novo período legislativo. Na
ocasião, o presidente da CBIC, Paulo
Safady Simão, entregou ao presidente
da Câmara dos Deputados, deputado
Marco Maia (PT-RS), e à vice-presiden-
te do Senado Federal, senadora Marta
Suplicy (PT-SP), o documento “A cons-
trução civil pensa o Brasil” - agenda
que reúne contribuições do setor para
o atual período legislativo, em áreas
como construção sustentável, inova-
ção tecnológica, capacitação de mão-
-de-obra, saneamento e moradia de
interesse social, entre outros.
O deputado Marco Maia e a se-
nadora Marta Suplicy ressaltaram,
na oportunidade, a importância e o
papel do setor da construção civil
para o desenvolvimento do País, no
Café com Parlamentares
9
GIRO PELA DIRETORIA
fortalecimento da economia brasileira,
com geração de empregos, melhoria
da infraestrutura e enfrentamento do
déficit habitacional brasileiro. Confira,
no link abaixo, as falas do presidente
Paulo Simão, do deputado Marco Maia
e da senadora Marta Suplicy durante o
evento, bem como as íntegras do do-
cumento “A Construção Civil pensa o
Brasil” e do extrato de proposições de
interesse do setor.
CearáRepresentando o Sindicato das
Indústrias da Construção Civil do Ceará,
Sinduscon-CE, os vice-presidentes
Ricardo Teixeira e André Montenegro
participaram do evento, juntamente
com a bancada cearense na Câmara de
Deputados, tendo destaque pela quan-
tidade de parlamentares presentes. “A
grande participação dos deputados
mostra a força e a representatividade do
setor junto às esferas decisórias do nos-
so País”, comenta André.
Entre os deputados participantes,
Edson Silva (PSB), André Figueiredo
(PDT), Manoel Salviano (PSDB),
Raimundo Antonio de Macedo
(PMDB), Arnon Bezerra (PTB), Ariosto
Holanda (PSB) e Gorete Pereira (PR).
Aproveitando a oportunidade, o
Sinduscon-CE reforçou os principais
pleitos da construção
civil, como a apro-
vação do Programa
Minha Casa Minha
Vida 2 e Minha Casa
Minha Vida foca-
do no Saneamento
Básico, que estão
sendo pensados para
2011. “Acreditamos
que a permanência
do programa é fun-
damental para a di-
minuição do déficit habitacional em
nosso País, mas com a correção dos
valores para ampliar a capacidade de
ação do setor”, explica.
“A grande participação dos deputados mostra a força e a representa-tividade do setor junto às esferas decisórias do nosso país.”André MontenegroVice-Presidente da área Imobiliária do Sinduscon-CE
Aproveitando a oportu-nidade, o Sinduscon-CE reforçou os principais pleitos da construção civil, como a aprovação do Programa Minha Casa Minha Vida 2 e Minha Casa Minha Vida focado no Saneamento Básico.
Lançamento do 83º ENIC Desempenho do setor Material de construção civilFoi lançado, durante café da ma-
nhã para a imprensa, a 83ª edição
do Encontro Nacional da Indústria da
Construção (Enic). O Enic será reali-
zado de 10 a 12 de agosto, no World
Trade Center, em São Paulo. A previsão
é a participação de cerca de 1.500 em-
presários do setor.
Divulgado por: CBIC, em 21/03
Apesar da preocupação com a in-
flação, o setor da construção civil está
bem otimista com as perspectivas para
2011. O Sinduscon-SP fez uma pes-
quisa junto com a Fundação Getúlio
Vargas e apenas o quesito “dificulda-
des financeiras” apareceu com pers-
pectiva não favorável.
Divulgado por: Jornal O Povo, em 24/03
A Associação Brasileira de Materiais
de Construção (Abramat) divulgou o ín-
dice de vendas de material de constru-
ção de fevereiro. Pelo 16º mês conse-
cutivo, elas continuam crescendo. O
volume de vendas foi 11,46% maior
que em fevereiro de 2010, e 5,52%
maior que em janeiro de 2011.
Divulgado por: Jornal OPovo, em 23/03
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principais fabricantes de drywall e im-
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O crescimento apresentado em 2009, apesar da crise mundial, cria boas perspectivas para 2010
Sinduscon Notícias
PQVC em 2009Novo FAP
CONSTRUÇÃO CIVIL COMEMORABONS RESULTADOS EM 2009
Prêmio da Construção
36
7
4 e 5
Ano 1 | Edição 12 | Dez 09
Sinduscon Notícias
Tinta Regula TemperaturaSegurança no Trabalho
Eleição FIEC 3
6
7
Ano 2 | Edição 18 | Junho 10
82º ENIC – Trocando experiências
Representantes do setor em todo país reúnem-se para
discutir temáticas relevantes e trocar vivências.
Pag. 4
Ceará é pioneiro na aplicação das técnicas que permitem
diminuir gastos e tempo de execução nas obras
Sinduscon Notícias
Espaço Jurídico
Sinduscon no Interior: Cariri
CONSTRUÇÃO ENXUTA
Jogos da Construção
3
7
8
4 e 5
Ano 1 | Edição 11 | Nov 09
ANUNCIE NO INFORMATIVO DO SINDUSCON-CEE FALE DIRETAMENTE COM QUEM DECIDE NO SETORDA CONSTRUÇÃO CIVIL DO CEARÁSindicato Da Indústria Da Construção Civil Do CearáCel +55 88 9974-1065 | [email protected]
ExpedienteEste informativo é uma publicação mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará - www.sinduscon-ce.org.br
Concepção editorial: VSM Comunicação - www.vsmcomunicacao.com.br - Direção: Marcos A. BorgesEditor: Carolina Saraiva (Mte CE 01793p) - Redação: Giselle Soares e Carol Saraiva Produção: Vânia Feitosa
Concepção visual: Gadioli Cipolla Comunicação - www.gadioli.com - Direção de arte: Cassiano G. Cipolla - Diagramação/Finalização: Samuel Harami Fotografias: Lee Rodrigues | Tiragem: 1.000 - Impressão: Expressão Gráfica
Convenção Coletiva do Trabalho no Cariri
Sindpan
Os dirigentes do Sinduscon-CE, em
parceria com Sindicatos dos trabalhado-
res da Construção Civil, fecharam a con-
venção coletiva do trabalho da Região do
Cariri, que foi homologada no último dia
28 de março.
Nota 1 – A superintendente regio-
nal do Sinduscon-Cariri, Patrícia Coelho,
se reuniu com a superintendente Fátima
Santana e com o vice-presidente, Ricardo
Teixeira, do Sinduscon-CE, para definir
planos de ação para a região. No encon-
tro, ficou acertada a extensão dos projetos
UniConstruir e PQVC, já em andamento
na capital, para o interior.
Nota 2 – A Superintendência Regional
do Cariri continua se articulando para
a realização do I Grande Encontro da
Construção Civil na região. No último mês,
o Sindicato esteve no Sebrae-CE com o ob-
jetivo de aderir ao Arranjo Produtivo Local
(APL), e ainda promoveu encontros com
Senai, Sesi, Cooperativas dos Ceramistas,
Sine-IDT, CRC, Caixa Econômica
Federal Sindicatos dos Trabalhadores da
Construção Civil, dentre outras entidades
envolvidas na cadeia da construção.
Com o surgimento de grandes
empresas do ramo de panificação, os
empresários se uniram, fundando, em
1930, a Associação dos Panificadores
do Estado do Ceará.
Após a instituição da Federação
das Indústrias do Estado do Ceará
– FIEC nos anos 50, a Associação foi
extinta, dando lugar ao Sindicato das
Indústrias de Panificação e Confeitaria
do Estado do Ceará - Sindpan, em 15
de julho de 1953. Dois fatores foram
cruciais para essa transição: Era evi-
dente a força que as leis trabalhistas
brasileiras e o número reduzido de pa-
darias na época, que não comportava
duas entidades representativas.
Atualmente, o setor está organizado
e desenvolvido, sendo o Ceará o maior
pólo moageiro do Norte e Nordeste, com
três grandes moinhos instalados.
SINDUSCON NO INTERIOR
GIRO PELOS PARCEIROS
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