sinopse or aos moços
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8/4/2019 sinopse or aos moos
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Orao aos moosAutor: Rui Barbosa
Resenha e comentrio acerca do texto
Aluno:Pedro da Cunha Trassantes
Matrcula n 47372
Turma C
Universidade federal de Rio Grande FURGFaculdade de Direito FADIRDisciplina de Comunicao JurdicaAno 2011 3 bimestre
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COMENTRIO E SINOPSE Orao aos moos, de Rui Barbosa
Minha inteno ao redigir esse breve comentrio acerca dessa obra, no ambiciosa,
tampouco vislumbra trazer alguma novidade sobre seu contedo, mas sim enaltecer seu ideal mais
explcito que o de ser um prtico de boas-vindas aos que ingressam no mundo jurdico. Dentro
dessa atribuio, v-se as exposies dos perigos, tentaes, vcios e virtudes do mundo do direito.
Muito claramente e de forma leve, sem ser denso e repetitivo, Rui Barbosa lana preciosas
palavras acerca do mundo que acaba de descerrar-se diante daqueles homens formandos da cincia
jurdica. Apesar de datar de 1920, o texto repleto de expresses, comentrios e situaes que ainda
so (e muito!) corriqueiras dos nossos cotidianos.
Rui contraria o dito de que se est longe da vista, tambm est longe do
corao. Pois o corao mais que um simples rgo carnal, apenas com
funes fisiolgicas, ele consegue ver alm do que os nossos olhos conseguem
enxergar. Ele exemplifica essa ideia dizendo que a morte a maior distncia que
se conhece, e nem mesmo a morte capaz de separar o corao dos homens.
Assim no ser a mesquinha distncia do globo terrestre que poder romper com
os laos entre duas pessoas.
Quando relata todo seu trabalho de cinquenta anos de servios prestados
a nao, ele faz um balano de sua atuao como advogado e cidado ativo.
Tenho o consolo de haver dado a meu pas tudo o que me estava ao alcance: a
desambio, a pureza, a sinceridade, os excessos de atividade incansvel, [...]
(p.32) Trabalhando sempre em funo da verdade eleitoral, constitucional e
republicana. Assim ele tenta transmitir sua experincia para os que esto
iniciando a prtica jurdica, dando conselhos e estimulando idias e reflexes
para estes. Ao analisar a ira, ele diz que nem toda ira maldade. Pois se voc
tem ira contra o que mal isso te faz ir a favor do que bom. Porm se voc tem
ira do que bom, a sim estar indo em favor da maldade. Assim a ira se torna
necessria em algumas ocasies, preciso ento ter sabedoria para saber
quando us-la.
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Uma frase de essencial analise na obra do autor, e que at hoje muito
usada no meio jurdico , A regra da igualdade no consiste seno em quinhoar
desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. (p. 39). Pois
para ele a regra da igualdade consiste em que os iguais devem ser tratados de
forma igual, e os desiguais devem ser tratados de forma desigual na medida de
sua desigualdade.
O autor usou de uma passagem de Scrates para explicar um
pensamento. Que para se exercitar uma cincia era preciso ter profundo
conhecimento dela, s para depois partir para a prtica, isso tem muita
relevncia no meio jurdico, pois necessrio anos de estudo e de escrita, para
que se possa exercitar o ramo jurdico.
Scrates, certo dia, numa das suasconversaes, que O Primeiro Alcibades nosdeixa escutar ainda hoje, dava grande liode modstia ao interlocutor, dizendo-lhe,com a costumada lhaneza: "A pior espciede ignorncia cuidar uma pessoa saber oque no sabe[...] (p.46)
Rui Barbosa se coloca como pai daqueles graduandos. Assim ele comea a discorrer sobre
dois ramos que eles iro seguir, um a magistratura e o outro a advocacia. Ao falar da magistratura ele
diz que o juiz deve ser imparcial, que no deve se levar pelo dinheiro nem pelo nvel social das
pessoas que ir julgar. bom que o magistrado no erre, porm se cair em erro que ele conserte o seu
erro, evidenciando assim uma qualidade muito importante para os juzes que a humildade. Outro
ponto dos maiores na educao do magistrado: corar menos de ter errado que de se no emendar.
Melhor ser que a sentena no erre. Mas, se cair em erro, o pior que se no corrija. (p.57)
Ao falar sobre a advocacia ele declara que os mandamentos do advogado so liberdade e
legalidade. Ao finalizar seu discurso o autor se mostra esperanoso e reitera aos graduandos a
importncia de se trabalhar para o bem da nao. Ele esclarece que muito j se conseguiu pelo pas,
porm ainda h muito que se fazer. E como ultimo ato em seu discurso ele pede a Deus que possa ver
pelo menos o inicio dessa melhoria do Brasil.
Se possvel fosse, creio essa ser uma obra indispensvel na formao de qualquer acadmico
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de direito, dadas suas vastas contribuies em prol da tica, moralidade, seriedade e humanidade que
tal profisso exige. Encerro meu comentrio enaltecendo o trecho que, na minha opinio, sintetiza
bem a carncia de boa-vontade e comprometimento que desde sempre se faz presente na justia
brasileira:
No sejais, pois, desses magistrados, nas mos de quem os autospenam como as almas do purgatrio, ou arrastam sonos esquecidoscomo as preguias do mato. (p. 40)