SÍNTESE DA 53a. ASSEMBLEIA PASTORAL DO REGIONAL...

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SÍNTESE DA 53a. ASSEMBLEIA PASTORAL DO REGIONAL NE2 TEMA: “POR UMA IGREJA MISSIONÁRIA, A SERVIÇO DO REINO”. LEMA: IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODAS AS NAÇÕES. (Mc 16,15) De 16 a 19 de outubro de 2018, no auditório do Convento Santo Antônio em Ipuarana, Lagoa Seca-PB, aconteceu mais uma Assembleia Pastoral do Regional NE2, com a participação dos Arcebispos, Bispos, Padres, Religiosos(as), Diáconos e Leigos(as) das nossas respectivas dioceses, ligados ao trabalho da Missão no Regional NE2. Nossos trabalhos iniciaram às 19:30h, com um momento de acolhida e de boas vindas a todos os participantes, feito pelo bispo da Diocese de Campina Grande, Dom Dulcênio, seguido de um momento de Oração, e logo após a abertura oficial, com a Palavra do presidente do Regional NE2 Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife. Em suas palavras, D. Fernando ressaltou a importância da Missão para a Igreja, fazendo memória da história missionária do Regional NE2, saudando todos os participantes, lembrando os leigos(as) no ano dedicado ao laicato: Caríssimos irmãos e irmãs, A presença de cada um de nós, bispos, presbíteros, diáconos, religiosos/as, leigos/as, realiza, visivelmente, a unidade do nosso Regional NE2, composto por um conjunto de 21 dioceses nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. É a concretização daquela alegria que canta o salmo 132 (133), pelos irmãos e irmãs não somente estarem, mas viverem juntos, bem unidos. De fato, quem nos congrega é o Espírito de Deus, o mesmo que distribui dons e carismas tão diversos, a pessoas tão diferentes, para que todos edifiquem o Corpo de Cristo, que é a nossa Igreja. Queremos saudar aqueles e aquelas que, pela primeira vez, nos honram com sua presença nesta Assembleia Regional de Pastoral. Saudamos, de maneira muito especial, os nossos irmãos leigos e leigas, sujeitos da evangelização, neste ano dedicado ao laicato, já às vésperas de sua conclusão. Conforme decisão dos participantes da 52ª Assembleia Regional de Pastoral, que aconteceu aqui mesmo em Lagoa Seca, esta nossa assembleia terá como tema: “Por uma Igreja a serviço do Reino” e por lema: “Ide e anunciai o Evangelho a todas as Nações (Mc 16,15). Mais uma vez temos oportunidade de refletir sobre missão, a razão de ser da Igreja. Precisamos sempre nos conscientizarmos dos avanços e desafios nesse campo e ao mesmo tempo buscar novos métodos de ação em vista da eficácia do anúncio. Desta vez, seremos assessorados pelos irmãos: Dom Esmeraldo Barreto de Farias Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e o Pe. Antônio Niemiec, missionário redentorista, secretário nacional das Pontifícias Obras Missionária - POM. Como veem, estamos em boas mãos e queremos, desde já, agradecer a presença e disponibilidade destes irmãos por nos ajudarem. Agradecemos também a equipe do nosso regional, liderada pelo COMIRE, na pessoa de Dom Magnus - bispo de Salgueiro, que se encarregaram da montagem e condução da assembleia, assim como ao nosso secretário executivo, Pe. Agenor, e toda a sua equipe, que incansavelmente vem trabalhando para que tudo aconteça bem. Nossa Assembleia coincide com o mês missionário que tem como tema: “Enviados para testemunhar o Evangelho da Paz”, que nos chama atenção para três pontos importantes: 1) somos todos, homens e mulheres, enviados pelo Pai ao mundo. 2) a missão tem como objetivo “testemunhar”. Ela se alicerça mais em um modo de ser e viver. A missão é, principalmente, testemunho. Só a partir do testemunho, pode vir a palavra, e essa palavra é não apenas uma doutrina, mas sim o evangelho (boa notícia) da Paz.

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SÍNTESE DA 53a. ASSEMBLEIA PASTORAL DO REGIONAL NE2 TEMA: “POR UMA IGREJA MISSIONÁRIA, A SERVIÇO DO REINO”. LEMA: IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODAS AS NAÇÕES. (Mc 16,15) De 16 a 19 de outubro de 2018, no auditório do Convento Santo Antônio em Ipuarana, Lagoa Seca-PB, aconteceu mais uma Assembleia Pastoral do Regional NE2, com a participação dos Arcebispos, Bispos, Padres, Religiosos(as), Diáconos e Leigos(as) das nossas respectivas dioceses, ligados ao trabalho da Missão no Regional NE2. Nossos trabalhos iniciaram às 19:30h, com um momento de acolhida e de boas vindas a todos os participantes, feito pelo bispo da Diocese de Campina Grande, Dom Dulcênio, seguido de um momento de Oração, e logo após a abertura oficial, com a Palavra do presidente do Regional NE2 Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife. Em suas palavras, D. Fernando ressaltou a importância da Missão para a Igreja, fazendo memória da história missionária do Regional NE2, saudando todos os participantes, lembrando os leigos(as) no ano dedicado ao laicato:

Caríssimos irmãos e irmãs,

A presença de cada um de nós, bispos, presbíteros, diáconos, religiosos/as, leigos/as, realiza, visivelmente, a unidade do nosso Regional NE2, composto por um conjunto de 21 dioceses nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. É a concretização daquela alegria que canta o salmo 132 (133), pelos irmãos e irmãs não somente estarem, mas viverem juntos, bem unidos. De fato, quem nos congrega é o Espírito de Deus, o mesmo que distribui dons e carismas tão diversos, a pessoas tão diferentes, para que todos edifiquem o Corpo de Cristo, que é a nossa Igreja.

Queremos saudar aqueles e aquelas que, pela primeira vez, nos honram com sua

presença nesta Assembleia Regional de Pastoral. Saudamos, de maneira muito especial, os nossos irmãos leigos e leigas, sujeitos da evangelização, neste ano dedicado ao laicato, já às vésperas de sua conclusão.

Conforme decisão dos participantes da 52ª Assembleia Regional de Pastoral, que

aconteceu aqui mesmo em Lagoa Seca, esta nossa assembleia terá como tema: “Por uma Igreja a serviço do Reino” e por lema: “Ide e anunciai o Evangelho a todas as Nações (Mc 16,15). Mais uma vez temos oportunidade de refletir sobre missão, a razão de ser da Igreja. Precisamos sempre nos conscientizarmos dos avanços e desafios nesse campo e ao mesmo tempo buscar novos métodos de ação em vista da eficácia do anúncio. Desta vez, seremos assessorados pelos irmãos: Dom Esmeraldo Barreto de Farias – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e o Pe. Antônio Niemiec, missionário redentorista, secretário nacional das Pontifícias Obras Missionária - POM. Como veem, estamos em boas mãos e queremos, desde já, agradecer a presença e disponibilidade destes irmãos por nos ajudarem. Agradecemos também a equipe do nosso regional, liderada pelo COMIRE, na pessoa de Dom Magnus - bispo de Salgueiro, que se encarregaram da montagem e condução da assembleia, assim como ao nosso secretário executivo, Pe. Agenor, e toda a sua equipe, que incansavelmente vem trabalhando para que tudo aconteça bem.

Nossa Assembleia coincide com o mês missionário que tem como tema: “Enviados para testemunhar o Evangelho da Paz”, que nos chama atenção para três pontos importantes:

1) somos todos, homens e mulheres, enviados pelo Pai ao mundo. 2) a missão tem como objetivo “testemunhar”. Ela se alicerça mais em um modo de ser

e viver. A missão é, principalmente, testemunho. Só a partir do testemunho, pode vir a palavra, e essa palavra é não apenas uma doutrina, mas sim o evangelho (boa notícia) da Paz.

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3) O destino da missão não é apenas religiosa, mas sim contribuir para que toda a humanidade tenha Paz, isso é, uma organização social justa, no respeito e cuidado com a Terra e a natureza.

Essa perspectiva de missão ainda é nova e, para muitos, estranha. Nas praças de nossas cidades, irmãos e irmãs cheios de ardor missionário, com a Bíblia nas mãos, pregam para quem passar ali a conversão a uma determinada Igreja, como se a missão consistisse apenas nisso. E mesmo em algumas emissoras de rádio e televisão, ainda há resquícios de uma noção de missão como se a Igreja existisse por si mesma e para si mesma. Desde a sua exortação apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco nos pede para vivermos uma Igreja em saída (E.G.41). É o mesmo que há 50 anos, a 2ª Conferência geral do episcopado latino-americano em Medellín propunha: “uma Igreja missionária e pascal, a serviço da libertação de toda a humanidade e de cada ser humano por inteiro” (Med 5, 15).

Para vivermos isso no concreto da vida, a missão não pode ser apenas uma atividade.

Tem de ser um estilo de vida ou modo de ser. Para confirmar isso, na sua mensagem para o dia das missões deste ano, o papa Francisco se dirigiu especialmente aos jovens, até porque neste mês de outubro está acontecendo em Roma o sínodo voltado para a juventude e lhes escreveu: “Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio. Conheço bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na minha juventude e na minha família, recordo a intensidade da esperança por um futuro melhor. O fato de nos encontrarmos neste mundo sem ser por nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade”: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (EG 273).

Este mês de outubro de 2018 está sendo muito especial. Tivemos no domingo

passado a canonização, em Roma, do papa Paulo VI e do Monsenhor Oscar Romero, arcebispo de San Salvador, assassinado no dia 24 de março de 1980, quando celebrava a eucaristia em uma capela de hospital. Esses dois santos são novos porque estão sendo canonizados agora, mas também porque representam um estilo novo de santidade, reconhecido oficialmente pela Igreja. Paulo VI foi o Papa que garantiu a continuidade do Concílio Vaticano II, depois da morte de João XXIII, e se tornou responsável pela aplicação do Concílio na grande obra de renovação da Igreja iniciada no Concílio. Portanto, Paulo VI é o santo da renovação conciliar. Sua primeira encíclica (Ecclesiam Suam, 1964), dizia que o diálogo é sempre divino porque foi Deus que o começou ao se revelar à humanidade (E. C. 41). Na “Octogésima Adveniens”, ensinou que a atividade política é autêntica expressão da caridade (AO,26). Dom Oscar Romero, por sua vez, não foi mártir de um governo ateu e antirreligioso que, ao assassinar o arcebispo, quisesse destruir a fé. Como muitos padres, religiosos/as e fieis leigos, entre milhares de outras pessoas vítimas da repressão, Dom Romero foi vítima de uma ditadura militar, como outras na América Latina, implantada em nome da civilização dita cristã.

Que os novos santos do Santoral da Igreja intercedam por todos os brasileiros/as e nos

dê sabedoria para escolher bem, nessas eleições que se aproximam. Invocando as bênçãos de Deus sobre todos nós e desejando excelente e frutuosa

Assembleia para todos, declaro aberta nossa 53ª Assembleia Regional de Pastoral Após a Palavra do presidente do regional NE2 os assessores desta assembleia, Dom Esmeraldo e o Padre Antônio Niemiec, Secretário das Pontifícias Obras Missionárias, fizeram uma rápida abordagem sobre a condução do tema ao longo destes três dias de assembleia.

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Fazendo a memória dos grandes missionários que inspiraram a missão no Regional, fomos presenteados com a memória dos missionários: Frei Damião de Bozzano, Dom Hélder Câmara, Pe. Ibiapina e o Pe. Cícero Romão Batista. PADRE CÍCERO MISSIONÁRIO (Memória feita por DOM PANICO- bispo emérito da diocese do Crato-CE)

Em 2015, o Cardeal Pedro Parolin, Secretário de Estado de Sua Santidade, em nome do Papa Francisco, dirigida a mim, então Bispo de Crato, e aos romeiros do Padre Cícero Romão Batista, uma Carta sobre a reconciliação da Igreja com o Padre Cícero. Eis um trecho desta carta: “No momento em que a Igreja inteira é convidada pelo Papa Francisco a uma atitude de saída, ao encontro das periferias existenciais, a atitude do Padre Cícero em acolher a todos, especialmente aos pobres sofredores aconselhando-os e abençoando-os, constitui, sem dúvida, um sinal importante e atual”. 1º - Mas, o que é “SER MISSIONÁRIO”?

a) Missionário é aquele que está disposto a sair, lançar-se em terras estranhas e

inóspitas, abrir veredas novas no deserto ou na selva; mas é também aquele que se

dispõe a ficar, convertendo-se em presença viva e atuante em cada dor humana e em

cada porão de sofrimento.

b) Missionário é aquele cuja voz e ação entusiasma e congrega ao seu redor multidões;

mas é também aquele que, caso a caso, faz-se o companheiro mudo de cada solidão,

o refúgio e bálsamo para o abandono e a exclusão.

c) A Igreja em saída vive sua “natureza missionária”.

2º - Conscientização progressiva em Pe. Cícero da sua vocação missionária:

Nossa vocação missionária não nasce no berço! É pouco a pouco, com os acontecimentos e as influências que percebemos porque nascemos, qual seria nossa missão, para que Deus nos chama! Eis alguns momentos determinantes na vida de Cícero:

a) A Influência de São Francisco de Sales

Padre Cícero, na sua atividade missionária, inspirou-se muito da espiritualidade (pureza, mansidão, dom de consolar quem sofre e amor ao próximo) de São Francisco de Sales no relacionamento com o povo.

b) A influência do Padre Rolim, de Cajazeira, Paraíba.

Com 16 anos, Cícero deixou a cidade natal para estudar em Cajazeiras, Paraíba, na escola do renomado educador, Padre Inácio de Souza Rolim. A Escola do Pe. Rolim agregava toda a vida, era o centro do mundo do sertanejo.

Os sonhos e a metodologia missionária do Padre Rolim, chamado de “Anchieta do Nordeste, influenciaram o seu aluno Cícero, que queria ser Padre, o futuro “Conselheiro e Patriarca do Sertão”.

A missão do Pe. Rolim e a do Pe. Cícero começaram a partir de duas capelinhas, a primeira situada no Estado da Paraíba, na fazenda do nome de uma árvore (Cajazeira), da qual o Padre Rolim fundou uma cidade do “homem/ fazer”. A segunda, no lugar conhecido por outra árvore (Juazeiro) onde o Padre Cícero criou outra cidade, um “universo” de desenvolvimento sustentável, uma “cidade do saber/fazer”! E os métodos utilizados pelos dois foram parecidos em muitos aspectos.

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d) O desejo de ser missionário na China.

Durante os anos no Seminário em Fortaleza, o jovem Cícero adorava ler jornais e revistas

europeias. Uma delas descrevia os imensos esforços da Igreja, através da Propaganda Fide, para enviar missionários à China. Nasceu no seminarista Cícero o grande desejo de se oferecer para converter os Chineses, consciente de que seu fim seria certamente o martírio!

Comprou até um dicionário que se encontra na sua biblioteca, hoje, conservada pelos

Padres Salesianos, em Juazeiro do Norte, e começou a estudar chinês. Mas um amigo da

família o convenceu a desistir desse projeto.

Essa vocação missionária “ad gentes” revelou-se também em muitas cartas que ele

escreveu durante sua longa existência, mandando ajudas financeiras a orfanatos e outras

obras de caridade, no mundo inteiro.

A título de exemplo, eis o que ele escreve ao seu Bispo, Dom Joaquim Vieira, em

02/08/1887:

É portador desta (carta) o Sr. Benjamim que entregará incluso o resultado das esmolas do

Jubileu, destinadas para a obra da propagação da Fé. Como não posso sair para converter

o mundo todo, quero ao menos com este pequeno óbolo que Nosso Senhor aceite o nosso

desejo.

d) A Influência do Missionário Padre Ibiapina sobre Cícero.

A opção missionária de Cícero foi também influenciada pelo exemplo marcante do

Padre Mestre Ibiapina. Este teve uma grande atuação missionária no Cariri e a família de Cícero tinha profunda admiração por este sacerdote, missionário itinerante que, não somente pregava a Palavra de Deus, mas a vivia concretamente numa liderança dinâmica, com a colaboração dos leigos, especialmente dos Beatos e das Beatas. Mas a Igreja, em fase de romanização, não aceitou o método missionário de Ibiapina, em nada “clericalizada”! Um dos objetivos da Romanização era retirar a autoridade aos leigos dentro das Igrejas e das confrarias e centralizá-la no clero.

Como Ibiapina, o Padre Cícero recrutou desde o início, mulheres solteiras ou viúvas do povoado, algumas delas que tinham sido beatas do Padre Mestre, nas casas de caridade do Vale do Cariri.

O Pe. Cícero recebia também homens, chamados de beatos a quem dava grandes responsabilidades como foi o caso do Beato José Lourenço e a Comunidade do Caldeirão da Santa Cruz. Acreditava e valorizava a ação dos leigos na Igreja e, mesmo se os movimentos tinham que ter como presidente um sacerdote, segundo as exigências da “romanização”, Cícero não retirava aos leigos, “rezadoras” e “rezadores”, beatas e beatos, seus papéis de animação nas comunidades.

3º - O sonho: “E Você, Cícero, Tome conta deles!”

Um sonho marcou a vida do Pe. Cícero, até a sua morte. Certa tarde, depois do almoço, descansando após ter ouvido em confissão dezenas de penitentes, sonhou com o Sagrado Coração de Jesus, rodeado pelos 12 apóstolos e falando com eles. De repente, entrou uma multidão de retirantes. Então Jesus dirigiu a palavra àqueles pobres e, depois, voltou-se para padre Cícero e ordenou: “E você, padre Cícero, tome conta deles”.

O Pe. Cícero acordou espantado, pensou, refletiu e entendeu que esse sonho era mesmo uma ordem do Sagrado Coração de Jesus, um chamado a sua vocação missionária. Assim, ele começou logo sua ação missionária, apoiado e valorizado por seus superiores.

4º - Os “fatos de Juazeiro” e suas consequências na ação missionária do Padre Cícero

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“Na primeira sexta-feira de março da quaresma de 1889, uma mocinha pobre e humilde chamada Maria de Araújo, que se consagrou a Deus desde menina (...), uma das almas mais enriquecida de graças de Deus que já conheci, ao receber a Comunhão, a sagrada Partícula se transformou em sangue em tanta quantidade (...). Foi visto por muitos (...). Avisei a todos que guardassem reserva (...). Procurei ocultar quanto pude; o fato continuou a se reproduzir por muito tempo”.

Estes “fatos de Juazeiro” marcaram profundamente a ação missionária do Padre Cícero. O Pe. Cícero, os romeiros e Juazeiro sofreram duras punições. Mas viveu e morreu acreditando que o fenômeno foi um milagre e que Juazeiro era destinado a atrair muitos Nordestinos, como ele tinha visto em sonho, no começo de sua vida missionária e sacerdotal. 5º - A fidelidade à missão que Cícero recebeu junto aos pobres

Sem poder mais exercer sua missão sacerdotal, Padre Cícero continuou a vestir sua batina, não abandonou seu Povo nem a Igreja Católica e continuou a obedecer ao chamado de Jesus: “Você, Cícero, tome conta deles”

Tem uma afirmação do Papa Francisco, repetida insistentemente, que se adapta muito bem ao caso do Padre Cícero, e é com esta afirmação que terminamos a nossa colocação:

“Ser um pastor na metade do caminho é uma derrota.

Um pastor deve ter o coração de Deus, ir até o final, porque não quer que

ninguém se perca.

O verdadeiro pastor tem este zelo dentro de si: que ninguém se perca.

E por isso não teme sujar as mãos. Não tem medo.

O verdadeiro Pastor vai aonde deve ir.

Arrisca sua vida, arrisca sua fama, arrisca perder sua comodidade, seu

status, inclusive perder sua carreira eclesiástica, mas é um bom pastor.”

Como não nos lembrar da vida do Padre Cícero, privado durante muitos anos de

exercer suas funções sacerdotais e morrendo “reduzido ao estado leigo”! Esse Padre Cícero, bom Pastor, não saiu de Juazeiro para não abandonar o povo que Jesus lhe confiou!

É esse Padre Cícero que encontramos no seu jeito de ser “Modelo de sacerdote missionário numa Igreja em saída” nos dias de hoje.

A um sacerdote amigo, Padre Cícero escreveu uma frase que descreve bem a atração

que os romeiros sentem ao visitar Juazeiro, visto por eles como uma terra santa, a Jerusalém

dos pobres: “Aqui tem sido um refúgio dos náufragos da vida, tem gente de toda parte que,

modestamente, vem abrigar-se debaixo da proteção da S.S.Virgem”.

PADRE IBIAPINA (Memória feita por D. Antônio Muniz- Arcebispo de Maceió-AL)

Calcula-se que o padre Ibiapina andou a cavalo mais ou menos 300 mil kms pelas terras dos Estados de PE, PB, RN e PI. Quando chegou em Santa fé ele faz dali seu quartel general. O padre Cicero sempre se mostrou como seguidor seu. O padre Ibiapina provocou o surgimento de uma “teologia de profilaxia”. Veio até a região de Areia, como também a de Solânea-PB, para fazer uma visita diante de uma grande epidemia de cólera que assolava aquela região com grande número de óbitos. Criou Soledade (hoje cidade) que até hoje tem e se mantém com o açude criado por ele. Criou os cemitérios para que os mortos por cólera

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fossem ali enterrados, com o objetivo de prevenir a população da doença. A extensão territorial percorrida por Padre Ibiapina foi longa, com implementação de políticas públicas, não feitas pelos governos, que defendiam e preservavam a dignidade da vida dos mais necessitados. Suas ações eram em favor da vida do povo sofrido do Nordeste. Envolvia as pessoas nas orações e nas ações em favor da construção de obras assistenciais e de caridade. Era um homem capaz de ver a realidade e dar uma resposta de fé.

FREI DAMIÃO DE BOZZANO (Feita por Frei Jociel- Frade Capuchinho)

“Nossa missão é continuar a obra de Jesus Cristo” (Fr. Damiao)

Os capuchinhos chegaram ao Brasil em 1612 foram expulsos e retornaram em 1642. Frei Damião chega ao Brasil em 1931. Havia aqui um crescimento do protestantismo e do

espiritismo. Chega orientado para catequizar, no sentido de que as pessoas não abandonassem a fé católica. Foram 66 anos de missão.

MARCAS da sua missão

1. Caminhada penitencial 2. Atendimento às confissões 3. Sacramento da Reconciliação, dedicando-se a ouvir as pessoas. 4. Eucaristia 5. Sermão/ pregação da palavra de Deus 6. Procissões 7. Visitas aos doentes e encarcerados 8. O encontro (com todas as pessoas) 9. Estar no meio do povo 10. O pregador itinerante e seus púlpitos 11. Foi ao encontro das realidades mais sofridas dos sertões DESAFIOS em sua missão 1. meios de transportes 2. longas distâncias 3. O clima 4. hospedagem em lugares diferentes

SEGREDOS do sucesso da missão de frei Damião Profunda Intimidade com Deus 1. O acolhimento a todas as pessoas (pastor com o cheiro das ovelhas) 2. Fidelidade ao evangelho 3. A obediência a Igreja 4. Comunicador com a linguagem do povo. LEGADO Nos deixou o testemunho de quem se dedicou totalmente a Evangelização e a missão.

DOM HÉLDER CÂMARA (Memória feita pelo Mons. Albérico- Arquidiocese de Olinda e Recife)

Houve um encontro entre Dom Hélder e Frei Damião, quando esse beijou os pés do Frei, sinal do respeito de Dom Hélder ao trabalho realizado por Frei Damião.

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Dom Hélder via a missão com o jeito novo. O que hoje o Papa Francisco fala sobre missão era o que do Helder também já falava: Uma Igreja em saída. Ele sempre pensou esta Igreja indo ao encontro dos mais pobres.

DOM HÉLDER MISSIONÁRIO

Foi um grande missionário porque foi presente e ativo no mundo. Foi um grande missionário porque abriu-se ao mundo.

Falou em muitos ambientes alheios à Igreja Católica. Mostrou o rosto de uma Igreja comprometida com os pobres. Vê uma Igreja toda missionária.

DIA 17 DE OUTUBRO Após a celebração da Santa Missa e o café da manhã, reiniciamos nossas atividades no auditório.

DOM ESMERALDO

DESAFIOS DA MISSÃO DE JESUS Ide e anunciai o evangelho a todas as nações (Mc 16,15)

Naquele IDE de jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja. Hoje todos somos chamados a esta nova SAÍDA missionária. Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (EG20). Missão é partir, é caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Missão é sempre partir, mas não é devorar quilômetros. É sobretudo, abrir-se com os irmãos, descobri-los e encontrá-los.

OLHAR DA EVANGELII GAUDIUM A sociedade hoje, marcadamente urbana, é caracterizada pelo pluralismo, relativismo, pelo subjetivismo, pelo consumismo, com as consequências que vão atingindo, em maior ou menor grau, a vida das pessoas, famílias e comunidades no mundo inteiro. É uma sociedade com forte complexidade e que nos deixa com muita perplexidade em meio a visíveis paradoxos. Vive-se uma mudança de época que afeta paradigmas estabelecidos e valores culturais e morais. Essa mudança de época clama por pessoas integradas, capazes de ler e interpretar os sinais dos tempos(GS4) no horizonte da fé. Esta mudança de época é marcada pela lógica da flexibilidade em todos os campos da vida, também no da ética; a lógica da individualidade com grande dificuldade para olhar o todo, o conjunto, voltando-me para os meus sonhos, os meus projetos. A lógica do imediato com soluções a curto prazo, aquilo que pode estar ao alcance da minha mão. A busca do emocional onde o sentir passa a ter um destaque maior. Não basta apenas compreender. Estas lógicas atingem a todos, mas nem todos são atingidos no mesmo grau. No campo sociocultural, a Igreja procura compreender as mudanças e as suas influências para se dar conta de que o mundo urbano, atualmente predominante, é bem diferente do mundo rural, e descobrir os caminhos. Não podemos deixar de perceber que em meio a tantos desafios, esta mesma sociedade tem oferecido avanços e conquistas no mundo das ciências e da técnica, que proporcionam conforto e bem estar. Constatam-se também avanços em vários âmbitos da sociedade: a promoção da mulher, destaque para a subjetividade, valorização das minorias étnicas; o destaque à justiça, à paz e à ecologia; a consciência da importância dos movimentos sociais e dos direitos à educação, à saúde: iniciativas para a superação da miséria e da fome.

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ALERTAS DO PAPA FRANCISCO

1. Não deixemos que nos roubem o Evangelho! 2. Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno! 3. Não deixemos que nos roubem a força missionária! 4. Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário 5. Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização! 6. Não deixemos que nos roubem a esperança! 7.Não deixemos que nos roubem a comunidade! Chama a atenção que Jesus inicia sua missão após a prisão de João Batista. Esse fato é fundamental no evangelho de Lucas; Em Lc. 4 29-30 – no meio daquele grande desafio de ter sido rejeitado pelos seus, Jesus passa no meio deles para continuar sua missão; Jesus ensina que não veio para ser servido, mas para servir. Diante dos seguidores que gostariam de um lugar privilegiado; Jesus é abandonado pelos seus seguidores a ponto de ser negado por Pedro e traído por Judas. Em meio a tantos desafios podemos ver a vida e os desafios que tantos leigos(as) passam pelo caminho com a consciência de que não estão sós, mas caminham com a presença de Deus em suas vidas. A missão até os anos 50 tinham um modelo mais ou menos fixo. No entanto, a missão consiste num chamado em meio aos grandes desafios da vida. Cada missionário descobre sua missão a partir destes desafios. Cada cristão precisa descobrir no seu chamado onde o Senhor os convida para servir. Dom Esmeraldo apresentou o Programa Nacional Missionário(PNM) como consequência e fruto de uma caminho já percorrido pela Igreja no Brasil, considerando a organização e animação missionária da Igreja no Brasil. Neste sentido, o COMINA tem por finalidade: # Estudar e apresentar soluções articuladas para as questões missionarias de maior relevância; # Promover, acompanhar e animar os Conselhos Missionários Regionais; # Cooperar com a CNBB e as instituições missionarias na elaboração e execução de projetos de atuação missionária dentro e fora do País; # Fomentar iniciativas de animação, formação e cooperação missionária; # A pluralidade de atividades missionárias no Brasil. Considerando também a necessidade de: # Detectar e analisar os maiores desafios para a vivência missionária nas várias regiões do Brasil, vendo o que há de específico em cada Regional, o que há em comum e o que nos apontam; # Identificar as realidades que esses desafios trazem; # Fazer um aprofundamento do Evangelho e dos documentos da Igreja; # Escutar mais de perto os COMIREs.

COSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA MISSIONÁRIO NACIONAL O objetivo maior é chegar a um trabalho melhor articulado com fios condutores comuns, facilitando a formação de assessores junto aos COMIREs, respeitando o que é mais específico de cada Regional. O COMINA viu a necessidade de construir esse programa Missionário Nacional com metodologia específica, que possa contemplar os desafios gerais para a missão no Brasil e os desafios específicos de cada um dos 18 Regionais. Essa construção se inspira na importância de aprofundar ainda mais a reflexão sobre a missão, levando em consideração: # os documentos da Igreja que abordam mais diretamente a missão; # O conteúdo do documento de Aparecida;

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# Os documentos da CNBB 100 e 108; # O que está sendo abordado pelo Papa Francisco para que sejamos de fato uma Igreja em saída.

A proposta metodológica do PMN conta com algumas indicações: # Respeito a realidade fortalecendo as ações exitosas já existentes; # Participativo: maior número de pessoas envolvidas na atuação missionária local, regional e nacional; # Abertura para a novidade com disponibilidade para a mudança, a partir dos sinais dos tempos (O que o Espírito nos diz hoje?) # Diálogo constante durante o processo com quem está envolvido na reflexão e temática missionária; # Construção coletiva por meio de sua metodologia para uma efetiva construção coletiva.

O CONVITE É CAMINHAR...

COCHICHO (trabalho em pequenos grupos)

TAREFA: Identificar três desafios para a missão na Igreja e na sociedade nos dias atuais

QUATRO GRUPOS APRESENTARAM SEUS DESAFIOS DESAFIOS GRUPO 01 Voltar a aproximar-se dos pobres. Pulverização das expressões religiosas. Diálogo com as realidades afetivas/ lidar com o humano afetivo atual. GRUPO 02 Relativismo. Imediatismo. Divisão interna da Igreja. Medo de enfrentamento dos novos areópagos. Omissão diante dos desafios. Novas filosofias que desafiam os dogmas da Igreja. GRUPO 03 Acomodamento em lugar de saída. Calendário rígido em liturgias celebrativas. Incoerência entre anúncio e vivência. GRUPO 04 Clero com medo de avançar Medo da instabilidade Ser mais criativos na missão Ter um olhar para os desafios do dia de hoje (Os demais grupos entregaram suas respostas ao assessor)

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PALAVRA DO PADRE ANTONIO Padre Antônio iniciou sua participação discorrendo sobre “A missão como identidade do discípulo de Cristo: para uma nova compreensão da missão hoje”. Lembrando as palavras do Papa Francisco: “Eu sou uma missão nesta terra”. A atividade missionária é a principal a mais sagrada atividade da Igreja (Ad gentes,29). Por esta atividade missionária, Deus é plenamente glorificado (Ad Agentes,7). Toda comunidade cristã é missionária. Se ela esquece a missão, deixa de ser cristã. (Doc 100 CNBB). Não haverá nenhuma renovação missionária nas Igrejas, se estas não se projetarem além de suas fronteiras (estudos da CNBB 108). A V Conferência de Aparecida é um novo passo no caminho da Igreja. Ela abre-se à passagem para um novo período da história. A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho (DAP 9,10,11). Encontramo-nos diante do desafio de revitalizar nosso modo de ser católico (Dap, 13). Isso requer uma evangelização mais missionária (Dap. 13). Por missão se TEM A COMPREENSÃO DO DESLOCAMENTO FÍSICO, GEOGRÁFICO: sair de casa/comunidade/centro e ir para a periferia/ o interior/ um outro País, para as terras da missão...” Esta maneira de ver a missão é inadequada porque a missão seria algo externo ao ser do cristão. No entanto, a missão está ligada a uma tarefa recebida, a uma responsabilidade, a uma função. “Eu sou uma missão nesta terra” (Papa Francisco). O cristão é uma missão, ele não tem apenas uma missão. (Reflexões tiradas da encíclica última do Papa Francisco). O decreto Ad gentes, 29 diz que a atividade missionária é a principal e a mais sagrada atividade da Igreja. No documento 100 da CNBB, “não há comunidade cristã que não seja missionária” (n.157). A missão não é uma tarefa seletiva para poucos, mas empenho de todos. Todos os grupos, pastorais etc. devem viver a dimensão missionária. A renovação missionária nas Igrejas depende da projeção para fora, uma Igreja em saída. A missão é de Deus, somos cooperadores. O Documento de Aparecida alerta a necessidade de olhar para o novo, para o novo período da história. A missão da Igreja deve considerar as novas circunstâncias históricas. Desafio de revitalizar o nosso modo de ser católico. Não devemos mudar somente nossas práticas, mas também nossa maneira de ser.

Missão programática

A palavra missão é muito usada hoje, em diversos âmbitos. Ainda hoje, na Igreja, a missão é vista somente como deslocamento geográfico. Aqui trata-se de uma visão limitada. A mentalidade correta da missão depende da mudança de linguagem. Muitas pessoas ainda consideram que a missão está ligada a uma tarefa, a uma responsabilidade, a uma função. Visão insuficiente. É a partir da missão de Cristo e da missão da Igreja que a vida cristã compreende seu caráter missionário. O mistério mais profundo de Jesus Cristo, sua identidade, o Seu ser, é ser enviado pelo Pai aos homens. Jesus fala de sua identidade a partir da personalidade missionária, Ele se coloca como Enviado. Jesus é uma missão! O duplo movimento missionário de Jesus é o Pai e os homens. Para o Pai de quem Ele vem e para os homens a quem é enviado. Quanto mais voltado para o Pai, mais os missionários se voltam, com qualidade, para os homens.

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A necessidade da renovação do encontro pessoal com Jesus. Experiência fundamental para a vida missionária. “A missão é uma paixão por Jesus e, simultaneamente, uma paixão pelo seu povo” (Papa Francisco). Superação das dificuldades. O caminho do cristão é um caminho de esforços. Processo que exige muita conversão. Um bom missionário forma-se durante o percurso da vida inteira. A disponibilidade é uma exigência própria do apaixonamento missionário. A alegria missionária pressupõe o bem querer das pessoas. A vida dos cristãos é para os outros! Os Conselhos Missionários podem ajudar bastante na cooperação missionária de toda a Igreja. Não podemos reduzir a vida de Jesus à sua vida pública. Jesus é o enviado do Pai, vive a missão desde a eternidade, passa pela encarnação. Jesus sempre se sentiu possuído pela missão.

Missionariedade da Igreja A Igreja é nascida da ação evangelizadora. Ela existe para evangelizar! Existe para os outros! A Igreja está em função do mundo, ela não tem sua razão última em si mesma. A missão caracteriza-se por sua dimensão ontológica, está enraizada no ser de Cristo e da Igreja. A Igreja não deve viver fechada em si mesma, deve romper com o narcisismo. Dom Esmeraldo retomou a palavra para apresentar a proposta do mês missionário extraordinário convocado pelo Papa Francisco em outubro do ano de 2019.

Tema: Batizados e Enviados. A Igreja de Cristo em missão no mundo.

Objetivo: “despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionárias da vida e da pastoral”.

Parte da tarde – 17 de outubro de 2018

Exposição da Diocese da Guarabira ( Ir Neves), sobre escola missionária. (ESFORMIS) Relataram sobre o Projeto Permanente de Missão. Relataram os vários frutos ao longo dos anos.

Saída para grupos

PERGUNTAS: FORMAÇÃO MISSIONÁRIA 1. Quais a experiência de formação missionárias que temos em nossas dioceses e no Regional NE2? 2. Na perspectiva de qualificar nossos missionários(as) para serem multiplicadores de formação missionária nas dioceses, que colaboração as dioceses podem dar para a efetivação dessa prioridade? 3. Que outras sugestões indicamos para a formação missionária? Respostas dos grupos: Grupo 01: Todas as dioceses têm espaço de formação missionária. Fazer levantamento de colaboradores na formação missionária no Regional. Que cada Diocese invista em um plano de formação missionária sistemático levando em consideração três aspectos: intelecto- o conteúdo; experiência prática- metodologia e oficinas; e espiritualidade missionária.

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Poderá haver uma formação semipresencial. Grupo 02: Escola para lideranças. Inst. Teologia – Olinda ITEC Formação Missionária Formação a nível diocesano (Caruaru) Escola Teológica Pastoral Curso de Teologia para leigos Curso de Férias COMIDIS – Olinda os Vicariatos: formação para lideranças/formação para animação missionária. Retiros Missionários (Cajazeiras) Encontrão Diocesano de formação que se multiplicam nas paróquias. (Mossoró) Formação missionária (foranias) para ministros da Palavra (Palmares) , Projeto SMP (Salgueiro). Na perspectiva de formar missionários para serem multiplicadores de formação missionária na Diocese, criar os ... – COMIPAS, COMIDI. Despertar, motivar missionários Alargar as pastorais Motivar missionários para criar novas pastorais para responder essa realidade atual. Formar lideranças para áreas miseráveis da diocese, da paróquia. Grupo 04: Todas as dioceses têm experiências de formação, algumas com enfoque direto na missão, outras com formações mais específicas; Algumas experiências já ultrapassam décadas. Sistemática, periodicidade definida e um conjunto de temas ou conteúdo pré-estabelecido. Destacou-se que às vezes se percebe uma dificuldade de conciliação entre as experiências vividas nas dioceses e a Pontifícia Obras Missionárias. Não há uma ação sistemática no campo da formação. No entanto, há encontro e formação com COMIRE que também assessora os COMIDI. Dioceses podem oferecer: professores e recursos. Sugestões: As Dioceses devem investir na formação de professores em missiologia, enviando para cursos acadêmicos, em nível de pós-graduação, especialização e mestrado. Público: seminaristas, religiosos, leigos e padres. Incluir nestes cursos história da Igreja do Nordeste (Missionários do Nordeste) Grupo 05: Não há cursos específicos de formação missionária. Experiências de retiros populares. Semanas Missionárias. Experiência da Escola Missionária de Pesqueira com a conclusão de uma semana missionária com a ida de 40 missionários para a Amazônia. Disciplina de missiologia no curso de teologia, caso de Campina Grande com a participação dos leigos/as. Experiência das SMP. Um Curso de Formação Missionário na modalidade EAD, com núcleos em cada diocese. Acionar faculdades católicas nas províncias para certificar o curso.

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Grupo 06: Formação Missionária Missão Programática Missão Paradigmática Escola teológica bíblica Formação dos COMIPAS Casa em Roraima Escolas Missionárias simultâneas por Vicariatos Escola de Catequese SMP Visitas Pastorais de bispos Formação missionária voltada para padres Pastoral Familiar Formação Missionária da Juventude Grupos de Base Reconstrução do COMIDI Favorecer formação dos COMIPAS Proposta de acolher os diversos Carismas na missão Escola da Fé Formação da PASCOM Estudos Bíblicos Missão dos seminaristas Formação do ECC 4 módulos de Escola Missionária Catecumenato Sugestões: Escola de formação missionária no Regional. Formação missionária para seminaristas.Criando consciência missionária nos seminaristas. Que as Escolas missionárias sejam centradas na Pessoa de Jesus, investindo nos estudos das Sagradas Escrituras (Padre Antonio Pagola) Formação Missionária da Eucaristia no Congresso Nacional. Grupo 07: Não entregou resumo com respostas Grupo 08: Escola de Formação por setores Missão com juventude Intercâmbio de jovens Experiência de uma Congregação Religiosa que atende pedidos de paróquias. Sustentada no tripé: Estudo, Oração e Ação. Projeto Diocesano Irmãs – envio de missionários diáconos e padres O grupo considera a proposta boa de um curso em módulos, diante das distâncias geográficas, em vez de acontecer por províncias, ser por dioceses. As dioceses poderão fazer o levantamento de assessores que possam contribuir no curso. Facilitar a liberação de recursos humanos e financeiros para realização do curso de FM. Que o COMIRE disponibilize uma lista de assessores para trabalhar nas dioceses e elabore uma grade curricular para o curso de FM. Importância de novas mídias para auxiliar no processo formativo dos agentes missionários. Grupo 09:

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Escola Missionária com metodologia semelhante (em módulos de temáticas missionárias), porém incipiente, à da Diocese de Guarabira. Formações preparatórias para atividades missionárias específicas. Assembleias e retiros missionários Forâneos. Várias dioceses destacaram a vivência das Obras missionárias como um processo permanente de formação missionária. Ressaltou-se a realização e expansão do FORMISE, no âmbito da formação do clero. Colaborações diocesanas: Mediante levantamento e cadastramento, disponibilização de formadores intradiocesanos. (Demanda apoio logístico e financeiro por parte das dioceses). Disponibilização de estruturas físicas. Parcerias com Universidades e Faculdades Católicas. Sugestões: Escola de formação itinerante a ser realizada por módulos teóricos e práticos. Valorização da formação missionária permanente na atividade pastoral. Grupo 10: Formação missionária, em nível diocesano, com 3 anos e acompanhamento nas comunidades. Escola de cidadania. Escola Teológica Pastoral Formação para COMIPAS Curso de políticas públicas Curso de teologia Escola da fé Abertura da Escola Diaconal Missão Jovem Escola Catequética Formação CPT rural – jovens IAM Teologia para leigos Juventude Missionária Novenas com espaços formativos Esformis Curso em aprofundamento em missiologia Laicato Escolas teológicas Colaboração das dioceses: Aproveitar melhor o material da Campanha Missionária Escolas devem focar a missão de forma mais específica Aproveitar e integrar as escolas existentes Formar equipes de formação Investir em formação sobre as metodologias de formação Organicidade pastoral para superar a “missão programática” Trabalhar com as mídias católicas para a missão paradigmática. Sugestões: Extensão e pós-graduação Formar rede de assessores/colaboradores Rever metodologias.

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SUGESTÕES MAIS COMUNS AOS GRUPOS # Fazer levantamento de colaboradores na formação missionária no Regional; # Que cada Diocese invista em um plano de formação missionária sistemático; # Formar lideranças missionárias para as áreas das dioceses e das paróquias; # Investimento das Dioceses na formação de professores em missiologia enviando para cursos acadêmicos, em nível de pós-graduação, especialização e mestrado. Incluir nestes cursos história da Igreja do Nordeste (Missionários do Nordeste); # Escola de formação missionária no Regional; # Formação missionária para seminaristas; # Que o COMIRE disponibilize uma lista de assessores para trabalhar nas dioceses e elabore uma grade curricular para o curso de FM; # Escola de formação itinerante a ser realizada por módulos teóricos e práticos. Considerações do assessor: A preocupação com a formação missionária presente em todo o Brasil. Não se preocupar apenas com o conteúdo teórico, mas trabalhar a questão da experiência prática. A espiritualidade sustenta o agir prático. Formação integral. Envolvimento de todos: grupos e pastorais.

SEGUNDO DIA – 18/10/2018 Iniciamos nossas atividades com a Celebração da Santa Missa, seguida do café da manhã e logo em seguida estivemos reunidos no auditório sob a orientação de Dom Esmeraldo, que apresentou o vídeo sobre Igrejas Irmãs e sobre as Pontifícias obras missionárias. Logo em seguida, apresentou algumas orientações da Igreja do Brasil sobre a animação e cooperação missionária.

ORIENTAÇÕES PARA ANIMAÇÃO E COOPERAÇAO MISSIONARIA DA IGREJA NO BRASIL

Na reunião dos bispos referenciais para a missão, em 23 e 24 de março de 2017, foram dados alguns passos em vista de uma maior dinamização do projeto Igrejas irmãs. Sabe-se que há dioceses que desejam continuar e fortalecer esse modo de cooperação missionária. Outras dioceses estão dispostas a enviar missionários e formalizar o convênio com uma Igreja irmã. Várias dioceses, não só da Amazônia, pedem com insistência para que a sua necessidade de ajuda seja considerada. Para fortalecer este projeto, foi proposta a realização de uma consulta entre os senhores bispos. Atualmente, nosso regional tem algumas dioceses ajudando nesta missão: Afogados da Ingazeira, Pesqueira, Caruaru, Maceió, Salgueiro, Olinda e Recife e Guarabira.

AVISOS DE DIVERSAS NATUREZAS

PRIORIDADE – CONSELHOS MISSIONÁRIOS Dioceses Paróquias Comunidades Seminários O Conselho Missionário Regional – COMIRE e o Conselho Missionário Diocesano – COMIDI são extensões do Conselho Missionário Nacional – COMINA, instituição estabelecida pela Santa Sé e constituído pela CNBB para articular os organismos e instituições missionárias da Igreja no Brasil. “É necessário criar e organizar em nossas paróquias, Conselhos Missionários Paroquiais que avivarão o espirito missionário de nossa ação pastoral, promovendo atitudes e iniciativas (...) visando à conversão pastoral e a renovação das paróquias. As Igrejas Locais insiram a animação missionária como elementos primordial de sua ação ordinária” ( cf. RMi 83) → Priorizar a implantação de COMIPAS em todas as dioceses do Regional. O COMIPA (que não é o mesmo CPP) é um instrumento potencializador da Missão

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ao lado do CPP e da Coordenação Pastoral para impulsionar a missão nas comunidades e paróquias. Sob a coordenação do PÁROCO – O Conselho Missionário Paroquial tem como finalidade: a animação missionária permanente e a articulação de todas as forças missionárias e seguimentos eclesiais mantendo viva e atuante a missionariedade. METAS 2019 – Implantação de COMIPAS em todas as dioceses do Regional; Quem? Coordenadores de Pastoral e Coordenadores de COMIDIs e\ou responsáveis pela animação missionária nas dioceses. CRONOGRAMA Primeiro semestre de 2019: A) Formação para coordenadores de pastoral; B) Elaboração de materiais para todo o Regional: Folder; Cartilha; Vídeo sobre a formação de Conselhos Missionários; Segundo Semestre de 2019 C) Formação dos Conselhos nas dioceses e paróquias; Primeiro semestre de 2020 Janeiro – Experiência Missionária – Diocese de Floresta Março – Seminário de Animação Missionária para Coordenadores dos Conselhos Missionários.

SAÍDA PARA OS GRUPOS

Perguntas: CONSELHOS MISSIONÁRIOS 1. Que organismos de articulação e animação missionária temos em nossas dioceses? 2. Os conselhos missionários como prioridade para efetivação da animação missionária em nossas dioceses, corresponde as necessidades para o fortalecimento da missão? 3. Que outras sugestões indicamos de articulação para a animação missionária?

RESPOSTAS: GRUPOS 01, 02, 03, 04 e 05 Primeira pergunta- Existem grupos com atividades missionárias, Infância missionária, escola missionária e não se nomina como COMID. Algumas Dioceses têm COMID, COMISAS, IAN e COMIPAs, sem que isso esteja presente em todas as paróquias. Santas Missões populares, Campanha da Fraternidade, da Evangelização e mês missionário, Pastoral da Pessoa Idosa e da Criança. Cada Diocese tem sempre um organismo que trabalha a questão missionária, apesar de não se denominar COMID. Segunda pergunta- O COMID ainda não se apresenta como articulador de todas as manifestações de missão. Falta clareza no plano missionário. Os organismos existentes dão conta, no entanto, precisa-se de um plano mais aprimorado. Esses conselhos já existentes já são um sinal positivo, por isso o Regional deve investir no fortalecimento e implementação. Necessidade do fortalecimento dos COMIPAs. Animação dos padres... Terceira pergunta- Catecumenato, favorecer espaço nas redes sociais para a missão. Bispos assumam a frente das missões.

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Estruturar os conselhos missionários formando bons COMIDs para fundar bons COMIPAs. Necessidade de fortalecimento do COMID e ter clareza do papel deste organismo e o que queremos com o seu fortalecimento. Investimento na infância missionária. GRUPOS 06, 07, 08, 09 e 10 Todas as dioceses têm o COMID. Algumas paróquias tem COMIPAs, Infância e Adolescência Missionária, Juventude Missionária e grupos de ação missionária. CPP como instância missionária Estes Conselhos missionários são importantes e necessários. As instâncias existentes necessitam de uma qualificação missionária Ajudam os conselhos missionários mais precisam formar melhor novos líderes. Terceira pergunta- Como provocar abertura nas novas comunidades. Ausência de indicação do documento dos bispos do Nordeste em Fortaleza. Investir na formação missionária permanente. Criação dos COMISEs (seminaristas). Incorporar ao relatório desta assembleia o documento dos bispos do Nordeste em Fortaleza (D. Genival).

SUGESTÕES MAIS COMUNS AOS GRUPOS Fortalecimento do COMIDI, COMIRE, COMIPAS E COMISES; Sensibilização dos bispos, padres, diáconos, religiosos e seminaristas quanto à necessidade da conversão pastoral/missionária; Fortalecer a Missão a partir da criança, adolescentes, jovens, família e dos conselhos paroquiais; Fortalecer a consciência missionária pelo Catecumenato; Provocar a abertura missionária nas novas comunidades; Tornar conhecido em todas as comunidades as conclusões do documento de Fortaleza, dos Bispos do Nordeste para a ação evangelizadora desta região do Brasil.

PROJETO DE COOPERAÇÃO MISSIONÁRIO NE 2 EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA NA DIOCESE DE FLORESTA-PE Seminaristas Religioso

(a)s Leigo(a)s Parcerias: CRB/CNLB/OSIB O Projeto de Cooperação Missionária tem por motivação central confrontar a prática pastoral de seminaristas e religiosos em processo de formação com a realidade missionária da Diocese de Floresta em seus diversos contextos sócio-econômico, político e cultural, com a colaboração de outros sujeitos missionários (leigos e leigas) que já atuam na animação missionária das Dioceses do Regional, para uma efetiva colaboração na evangelização do povo de Deus presente naquela região do sertão pernambucano e um despertar de uma consciência missionária que os torne sensíveis à causa da cooperação missionária. OBJETIVO GERAL: Despertar a Igreja do Nordeste 2 para a Cooperação Missionária. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: a) Conviver com a realidade da Ação Evangelizadora da Diocese de Floresta com seus anseios e desafios;

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b) Proporcionar a formação presbiteral acadêmica um confronto com a “pastoral missionária extraordinária,” a partir dos diversos contextos e processos, sobretudo, despertar no coração dos futuros presbíteros, sensibilidade à realidade missionária; c) Despertar para uma espiritualidade missionária do serviço e da gratuidade no encontro com o outro; d) Exercitar atividades de cooperação que despertem para a experiência missionária além-fronteiras. PERÍODO DE EXECUÇÃO: 09 a 26 de Janeiro de 2020 PREVISÃO DE MISSIONÁRIOS: 150 a 200 missionários (as) ETAPAS: 1. Visita a Diocese de Floresta: construção/definição do projeto; 2. Apresentação do Projeto ao CONSER; 3. Apresentação do projeto à Assembleia Regional NE II, CRB, OSIB; 4. Aprovação do projeto pela CNBB NE 2; 5. Encaminhamentos: contato entre a CNBB e a Diocese de Floresta; 6. Financiamento: captação de recursos – MIVA: Ajuda à Igreja que Sofre (ACN); CNBB, POM; 7. Execução: coordenação formada (COMIRE – Diocese de Floresta – Parceiros) 8. Monitoramento: COMIRE 9. Avaliação: verificação dos resultados por etapas, ouvindo testemunhos missionários dos sujeitos envolvidos no projeto. O QUE QUEREMOS DA CRB COM A PARCERIA NESTE PROJETO

Motivação para vida religiosa participar do projeto;

Colaboração na assessoria missionária para a formação dos missionários;

Liberação de um membro para integrar a comissão de formação de subsídio (liturgia; subsídio de preparação para o povo, etc...);

Participação dos religiosos (as) na missão. ESTUDOS EM GRUPO- COOPERAÇÃO MISSIONÁRIA PERGUNTAS 1. Que iniciativas, experiências e projetos de cooperação missionária temos em nossas dioceses? 2. Que colaboração nossas Dioceses podem dar para a efetivação deste projeto de cooperação missionária? 3. Que outras sugestões indicam para a cooperação missionária no Regional NE2? RESPOSTAS GRUPOS 01, 02, 03, 04 e 05 Primeira pergunta- Envio de padres e religiosas para outras dioceses do Regional e outros Estados. Segunda pergunta- A iniciativa do Regional para com a diocese de Floresta. Motivar a execução desse projeto a partir dos COMISEs. Dialogar com os institutos de formação dos seminaristas para a dimensão missionária. Acolher todo o projeto, preparando os enviados para as realidades que encontrarão em Floresta. Envio de pessoas com maturidade para enfrentar as realidades.

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Intercâmbio dos seminaristas no Regional. Favorecer uma cooperação maior com as Dioceses do sertão de Pernambuco. Criar projetos missionários nas periferias das capitais do Regional. GRUPOS 06, 07, 08, 09 e 10- Padres e freiras enviados para dentro e fora do País. Enviar missionários para outras dioceses no Brasil e no mundo. Que seja liberado para o projeto de Floresta com os seminaristas um Padre. Fomentar o envio também de leigos. Tornar permanente essa missão dos seminaristas. Organização melhor do COMID E COMIPs. Planeja uma semana de missão nos jubileus das dioceses. A cooperação missionária seja permanente no Regional. Inserir os diáconos permanentes nesta perspectiva missionária. Construir uma rede de formadores para preparar missionários. Leitura e aprofundamento do doc. 108 CNBB.

SUGESTÕES MAIS COMUNS AOS GRUPOS Construção de um projeto de cooperação para o Regional contemplando leigos, religiosos, padres, seminaristas, diáconos permanentes, junto aos novos “espaços urbanos”, cárceres, e nas periferias das cidades; Fortalecer o projeto missionário para a Diocese de Floresta; Tornar permanente a ação missionária para os seminaristas; Trabalhar a temática da formação missionária com todos os formadores/reitores e institutos de formação dos seminaristas. Favorecer uma cooperação missionária entre as dioceses de cada província do Regional Nordeste2.

TERCEIRO. DIA 19/outubro Iniciamos com a celebração da Santa Missa, seguida do café da manhã e em seguida reiniciamos nossos trabalhos no auditório com um momento de avaliação destes dias de assembleia. Segue a avaliação dos participantes: QUE BOM O tema da Assembleia, a integração das dioceses, a presença dos bispos, padres, diáconos e leigos, a condução da assembleia, os testemunhos dos missionários do Nordeste, assessoria, o reavivamento do espírito missionário, os momentos de oração, o Tema. A programação, as reflexões em grupos, a motivação para implementar os conselhos missionários, o local, a alimentação, o testemunho dos venezuelanos, a noite cultural, a memória dos missionários do Nordeste, a convivência entre os participantes, o projeto para diocese de Floresta, as partilhas da experiência da diocese de Guarabira, a pontualidade e as experiências de cooperação missionária. QUE PENA O esvaziamento no final da assembleia, esvaziamento na noite cultural, falta de ênfase da missão no âmbito social, econômico e político, a falta da memória da assembleia anterior, as perguntas confusas para os grupos, os encaminhamentos confusos, a animação da assembleia sem um grupo de cantos e instrumentos, pouco explicado a apresentação do projeto missionário para diocese de Floresta, a metodologia dos grupos, plenária confusa, a falta de lembrança do documento de Fortaleza dos bispos do Nordeste, som com defeito e plenárias repetitivas.

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QUE TAL Fazer uma assembleia mais curta, aproveitando melhor o tempo, mais tempo para planejar, rememorar sempre a assembleia anterior, assembleia em setembro de 2019, distribuir melhor o tempo, formar equipes de animação, dividir os grupos sempre por províncias, as homilias serem mais breves, todos receberem o relatório da assembleia, iniciar a assembleia na segunda-feira à noite e terminar na quarta-feira à noite, repensar a dinâmica dos grupos, espaços para as pastorais sociais do Regional. Prosseguimos então apresentando as duas sugestões mais comuns para cada prioridade e então aprovadas pelos membros da assembleia, como compromisso a ser assumido por todas as nossas Dioceses deste Regional. FORMAÇÃO MISSIONÁRIA: 1. Fazer um levantamento de colaboradores na formação missionária no Regional NE2

2. Curso de formação Missionária no Regional NE2 CONSELHOS MISSIONÁRIOS

1. Fortalecimento do COMIRE, COMIDI, COMIPAs e COMISEs. 2. Fortalecer a missão a partir da criança, adolescente (IAM), jovens (JM), família e dos conselhos paroquiais.

COOPERAÇÃO MISSIONÁRIA

1. Projeto missionário para a Diocese de Floresta. 2. Favorecer uma cooperação missionária entre as dioceses de cada província do Regional NE2.

Após a aprovação destas sugestões, a assembleia escolheu este mesmo local para acontecer a próxima assembleia do regional NE II (54ª.), Iniciando a assembleia na segunda feira (14/10/2019) à noite até a quarta-feira (16/10/2019), seguida do CONSER (17/10/2019) quinta-feira. A proposta do tema para 2019 é que trabalhemos as diretrizes da CNBB, permanecendo as cinco urgências com enfoque na missionariedade e na cultura urbana com sugestão para que na terça-feira à noite seja reservada para a exposição sobre o Congresso Eucarístico Nacional, que acontecerá em nosso Regional, na cidade de Recife e nos orientada pelo secretário do Congresso, Mons. Albérico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ASSESSOR Pe. ANTONIO

Chamou sua atenção

1. A representatividade (poucos regionais do Brasil tem uma articulação e uma representatividade tão rica). 2. O Resgate da memória dos missionários deste regional. 3. A linguagem de alguns termos que muitas vezes usamos. Missão x atividades missionárias. 4. A orientação para que a formação missionária seja abraçada pelos institutos de formação dos seminaristas. Finalizamos revendo o vídeo do IV Congresso Missionário, acontecido em Recife-PE. O vice-presidente do Regional NE2 da CNBB, Dom Manoel Delson, exaltou a participação de todos, agradecendo a comissão organizadora nas pessoas de Dom Magnus, Dom Egídio, Pe. Agenor, os coordenadores de cada Província, a coordenação do COMIDI do Regional e as várias equipes de trabalho, dando por finalizada a 53ª Assembleia, agradecendo a presença de

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todos os participantes. Parabenizamos os bispos Dom Valério e Dom Lucena pela data de aniversário. Finalizamos com a celebração de envio de todos os participantes como missionários(as) do Senhor...