Sintese Sessao6 O Modelo De Auto Avaliacao Metodologias De Operacionalizacao Ii Drelvt2

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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de Bibliotecas Escolares Sessão 6

Síntese da Sessão

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE II)

Introdução

A auto-avaliação da BE deverá estar baseada em evidências que revelem o trabalho realizado, as

actividades desenvolvidas e os resultados e o impacto alcançados. Estas evidências incidem sobre

os processos – qual é o trabalho realizado e como – e sobre os resultados e impactos – como é

que os serviços estão a corresponder às necessidades dos utilizadores; como é que a acção da BE

exerce influência sobre as actividades de docentes e alunos; como é que a BE ajuda a atingir

determinados objectivos do Projecto da Escola; como é que o trabalho da/com a BE concorre para

os objectivos curriculares, etc.

Identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos as

informações (evidências) que melhor esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela

Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores constitui o cerne

de todo o processo de auto-avaliação da BE. Foi sobre esta importante questão que incidiu esta

sessão de formação.

Tarefa 1

Sintetizando os objectivos desta sessão, podemos dizer que se pretendia que os formados

interiorizassem a importância de se implementar uma prática corrente de registo do trabalho que

é desenvolvido pela BE. Esse registo sistemático permitirá ter acesso, em qualquer momento, a

um retrato completo e tanto quanto possível fiel do conjunto de actividades, iniciativas, contactos,

etc., que foram desenvolvidos, tanto em contextos formais como informais.

O cruzamento e a comparação entre várias fontes contribuem também para se ter uma ideia mais

clara dos contributos da BE. O confronto posterior entre dados recolhidos em diferentes

momentos permitirá verificar processos de evolução, melhoria, manutenção de práticas, etc.

No modelo de auto-avaliação, em cada domínio e para cada indicador, elenca-se um conjunto de

elementos que permitem recolher evidências relevantes sobre os aspectos a analisar. Em geral,

trata-se de elementos de natureza diversa que vão permitir cruzar, no final, diferentes fontes e

diferentes perspectivas sobre os aspectos avaliados. Entre estes instrumentos, podemos incluir,

entre outros:

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• Documentos já existentes e que regulam a actividade da escola (PEE, RI, PCE, PCT, etc.)

ou da BE (Plano de Actividades, Regimento, etc.);

• Registos diversos (actas de reuniões, relatórios de actividades, etc.);

• Materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para

sessões na BE, documentos de apoio, materiais de difusão e de promoção, etc.);

• Estatísticas produzidas pelo sistema da BE (empréstimos, consultas, requisições, etc.);

• Trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades na BE, em trabalho

colaborativo, em trabalho autónomo, etc.), recolhidos e analisados, sempre que

necessário, em conjunto com os docentes;

• Dados obtidos a partir dos instrumentos especificamente construídos para recolher

informação no âmbito da avaliação da BE: Registos de Observação, Grelhas de Análise,

Questionários, Checklists, etc.

Note-se que além dos instrumentos consagrados no modelo podemos também recorrer a

elementos mais diversificados e de acordo com a especificidade da biblioteca e da escola onde

está inserida.

Os elementos recolhidos deverão depois ser sujeitos a uma análise e apreciação, que vai permitir

quantificar certos aspectos relativos quer ao funcionamento da BE quer à forma como o trabalho é

percepcionado e apreciado pelos utilizadores da biblioteca.

A análise dos dados obtidos deve conduzir à elaboração de avaliações sobre a BE e os seus

serviços em termos de eficácia, valor, utilidade, impacto, etc., e deverá ser orientada, sobretudo,

para uma confrontação dos dados obtidos com os factores críticos de sucesso e com os descritores

de desempenho.

Era nesta análise e subsequente interpretação que consistia a primeira tarefa solicitada aos

formados nesta sessão, com a elaboração de “frases – tipo” que exemplificassem as evidências

passíveis de serem obtidas a partir dos instrumentos de recolha de evidências, para cada um dos

indicadores do subdomínio escolhido.

A maioria dos formandos conseguiu identificar, como fontes significativas para a recolha de

informação, registos escritos (documentos que orientam o trabalho a realizar (PEE, PCT, Plano da

BE, etc.) ou que assinalam ocorrências (registos de actividades, reuniões, etc.), dados quantitativos

referentes ao funcionamento da BE (estatísticas, taxas de utilização), consultas a docentes, alunos

e outros elementos (questionários, entrevistas) e a observação de actividades.

Revelou-se contudo mais difícil a tarefa de identificação das evidências que podemos extrair

desses instrumentos, com muitos formandos a confundirem, de alguma forma, a evidência com o

instrumento em si.

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Por exemplo, na quarta coluna houve várias frases-tipo deste género: «A BE produziu um estudo

estatístico relativo aos empréstimos domiciliários...», o que não é uma evidência, pois este

enunciado nada nos diz em termos de qualidade do trabalho desenvolvido pela BE.

Pensamos que, pela sua importância no processo de auto-avaliação, a tarefa de recolha de

evidências deverá ser objecto de uma análise cuidada, procurando responder a esta questão: o

que é que este instrumento me diz sobre aquilo que a BE faz, tendo em conta os factores críticos

de sucesso para um determinado indicador. Frequentemente esta análise inclui a explicação das

consequências ou implicações de uma determinada acção ou processo.

Contudo, a maior parte dos formandos conseguiu, na elaboração da sua tabela, extrair evidências

dos instrumentos, ainda que de forma artificial, pois a esmagadora maioria da turma ainda não

começou a aplicar o MABE.

Embora nesta sessão, tal como na anterior, não tenha sido solicitado o comentário ao trabalho de

outro colega, recomendamos a leitura dos contributos dos colegas.

Quanto às opções dos formandos, 13 escolheram o subdomínio D1, 10 o D2 e 7 o D3.

Tarefa 2

Como complemento da tarefa anterior, era solicitado aos formandos que, tendo por base o seu

conhecimento directo da BE da sua Escola/Agrupamento, e tendo por objectivo a melhoria dessa

BE, sugerisse acerca do subdomínio por que optou, justificando as suas sugestões:

• Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem deixar de fazer;

• Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem continuar a fazer;

• Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem começar a fazer.

Esta tarefa permitiu, por um lado, apurar preocupações comuns, e por outro constatar os

diferentes graus de desenvolvimento em que se encontram as BE do grupo-turma. Fazendo um

apanhado geral das contribuições dos formandos, podermos sintetizar da seguinte forma:

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Coisas que considere que a/s

BE/s devessem deixar de

fazer

Coisas que considere que

a/s BE/s devessem

continuar a fazer

Coisas que considere que a/s BE/s

devessem começar a fazer

Impedir o livre acesso a sites

de mail, chats, h5 e outros

de comunicação social,

jogos, vídeos, etc.

As bibliotecas do

Agrupamento funcionarem

de forma isolada.

Receber ofertas de livros

desadequados aos

utilizadores.

Menosprezar os recursos

digitais.

Estar fechada aos intervalos

Muitas restrições para o

empréstimo domiciliário

Fazer tanto trabalho

burocrático.

Contactos/ reuniões

informais sem registo.

A falta de visibilidade das

acções desenvolvidas pela BE

Professor bibliotecário

desempenhar funções de

assistente operacional.

Ser encarada como um

depósito de livros.

Reduzir a quantidade de

actividades/iniciativas, dado

o número reduzido de

elementos da equipa.

Gerir a colecção de acordo

com a inventariação das

necessidades curriculares e

dos utilizadores da Escola/

Agrupamento.

Visitas guiadas à BE no

início do ano lectivo.

Fazer consultas aos

departamentos curriculares

e a docentes acerca dos

fundos documentais a

adquirir.

Formação de utilizadores.

Promover o empréstimo

domiciliário.

Articulação entre a BE e as

escolas do 1º ciclo do

agrupamento.

Promover a literacia da

informação.

Um documento sobre a política de

desenvolvimento da colecção.

Formação dos professores para

uma nova abordagem e utilização

da BE.

Possuir e a gerir o seu próprio

orçamento.

Informatizar o catálogo.

Encontrar parcerias com a

Biblioteca Pública ou com outras

instituições.

Envolver os Encarregados de

Educação, propondo-lhes

colaboração nas actividades da BE

e acolhendo as suas sugestões

Permitir que os utilizadores

recuperem a informação

manualmente ou através da

consulta automatizada do

catálogo.

Elaborar um plano de marketing

que reforce o valor da BE e torne

visíveis as suas mais-valias a toda a

comunidade educativa.

Proporcionar requisições

domiciliárias para pais

/encarregados de educação.

Assegurar a circulação de fundos

documentais em todo o

agrupamento.

Registo de todos os contactos e

reuniões efectuadas, para facilitar

a recolha de evidências.

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Criação de um portefólio digital de

apoio ao processo de auto-

avaliação.

Desenvolver uma prática baseada

em acção.

Tornar visível a toda a comunidade

educativa a acção e as mais-valias

produzidas pela BE.

Implementar o Modelo de Auto-

Avaliação da BE.

Difundir os recursos existentes

através da disponibilização do

catálogo on-line.

Devemos dizer que alguns formandos apenas enunciaram as acções, sem as justificarem.

Conclusão

Em forma de conclusão, podemos afirmar que os objectivos da sessão foram atingidos pela larga

maioria dos formandos. Houve uma elevada taxa de participação, sendo que apenas um

formando não realizou qualquer actividade (Maria Cristina Rosa) e apenas três não tinham

realizado a segunda tarefa à data de fecho da sessão. A colega Lurdes Silva desistiu da acção de

formação.

Carlos Pinheiro

Helena Araújo

Dezembro de 2009