Sist. Freio Hidráulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    M V LECNICA DE ECULOS EVES

    S F HISTEMA DE REIO IDRULICO

    2003

    1E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Sistema de Freio Hidrulico

    SENAI-SP, 2003

    Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Coordenao geral Arthur Alves dos Santos

    Coordenao do projeto Jos Antonio Messas

    Mauro Alkmin da Costa

    Organizao de contedo Francisco J. Pacheco Hevia

    Ricardo Trava

    Assistncia editorial Maria Regina Jos da Silva

    Editorao Teresa Cristina Mano de Azevedo

    Produo de imagens Ulisses Miguel

    S47s SENAI. SP. Sistema de Freio Hidrulico - Bsico . So Paulo, 2000. 86p. il.

    Apostila tcnica

    CDU 629.063.6

    SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Rua Moreira de Godi, 226 - Ipiranga - So Paulo-SP - CEP. 04266-060

    Telefone (011) 6166-1988

    Telefax (011) 6160-0219

    E-mail [email protected]

    Home page http://www.sp.senai.br/automobilistica

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    SUMRIO

    I 7NTRODUO

    U H 9M POUCO DE ISTRIA

    C F 10ONCEITOS SICOS

    Energia 10

    Energia cintica 10 Calor 10

    Atrito 11

    Compresso e aspereza 12

    Escorregamento 12

    A funo do freio 12

    F T 14REIO A AMBOR

    Freio a tambor simplex 15

    Freio a tambor duplex 16

    Freio a tambor uni-servo 17

    Freio a tambor duo-servo 17

    Freio a tambor twimplex 18

    A S 19CIONAMENTO DE APATAS

    Cilindro de rodas 19

    F D 20REIO A ISCO

    Freio a disco fixo 21

    Freio a disco deslizante 22

    Freio a disco no eixo traseiro 25

    Freio de estacionamento 27

    Freio de servio 27

    Exerccios 28

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    P H 30RINCPIOS IDRULICOS

    Compressabilidade 30

    Incompressabilidade 30

    Presso 31

    Lei de Pascal 33

    C M 36ILINDRO ESTRE

    Cililndro mestre simples 37

    Cilindro mestre duplo 42

    S 46ERVOFREIO

    Presso atmosfrica 46

    Servofreio 48

    Servofreio Girvac 51 Exerccios 51

    V R P 53LVULA EGULADORA DE RESSO

    Inrcia 53

    Inclinao durante a frenagem 53

    Distribuio de esforos 54

    Estabilidade direcional 55

    Vlvula reguladora de presso 56

    S A - ABS 60ISTEMA NTI BLOQUEIO

    Dirigibilidade 60

    Estabilidade direcional 61

    Distncia de frenagem 62

    Sistema anti-bloqueio ABS 63

    Exerccios 65

    D P P 67IAGNSTICO DE OSSVEIS ROBLEMAS

    Cilindro de roda 67

    Cilindro mestre 68

    Disco de freio 69

    Fluido de freio 70

    Freio a disco 72

    Freio a tambor 73

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    Pastilhas de freio 74

    Servofreio 75

    Vlvula reguladora de presso 77

    F D T 78REIO A ISCO RASEIRO

    Freio de servio 79 Freio de estacionamento 81

    Regulagem do cabo 84

    B 86IBLIOGRAFIA

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    INTRODUO

    O mdulo Sistema de freio hidrulico - tem como objetivo orientar o aluno sobre o

    funcionamento de todos os componentes desse sistema; o diagnstico de possveis

    problemas com as respectivas causas, conseqncias e como corrigi-las; as regulagens e

    testes que devero ser feitos para que se possa ter total confiabilidade nesse sistema.

    O desenvolvimento dos estudos desse mdulo deve ocorrer em duas fases: aulas tericas

    e prticas.

    A diviso do mdulo em duas fases apenas recurso de organizao sendo que as aulas

    de teoria e de prtica devem ocorrer simultaneamente e a carga horria deve variar de

    acordo com as necessidades didtico-pedaggicas.

    As aulas tericas visam desenvolver nos alunos o domnio de contedos bsicos e de

    tecnologia imediata necessria para a realizao dos ensaios.

    As aulas prticas caracterizam-se por atividades realizadas direta e exclusivamente pelos

    alunos. Nessas aulas, o aluno vai aprender a remover, inspecionar, testar e instalar

    componentes do Sistema de freio hidrulico; executar sangria; diagnosticar falhas no

    Sistema e executar as devidas reparaes.

    O texto que se segue ir tratar do contedo bsico da fase terica do mdulo. Esse contedo

    compreende os seguintes assuntos:

    freio a tambor;

    cilindro mestre;

    freio a disco;

    servofreio;

    vlvula reguladora de presso

    sistema anti-bloqueio ABS;

    freio a disco traseiro.

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    U HM POUCO DE ISTRIA

    A inveno da roda foi um marco na histria da Humanidade. Ela resolveu srios problemas

    de transporte, pois permitiu a reduo do atrito entre o veculo e o cho. Junto com a

    soluo, porm, veio um problema: como parar esta roda?

    Muitas invenes foram concebidas no incio, mas at a Revoluo Industrial no houve

    muitos progressos. At essa poca, os freios mais pareciam com as alavancas que as

    crianas usam at hoje para frear um carrinho de rolems!

    Com o aparecimento do automvel, porm, a necessidade de freios eficientes tornou-se

    indispensvel. Nessa ocasio foi criado o freio a tambor, acionado atravs de cabos e vares.

    Este freio ficou conhecido como panela.

    Em 1914, a utilizao de lquido para transmitir os esforos de frenagem trouxe recursos

    para que novos projetos fossem gerados, o que promoveu o desenvolvimento de cilindros

    hidrulicos e posteriormente o conhecido freio a disco. Desde ento, empresas

    especializadas no mundo todo se dedicam ao aperfeioamento de equipamento para os

    mais diversos tipos e modelos de freio, destinados aos diferentes e modernos meios de

    transporte.

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    C FONCEITOS SICOS

    ENERGIA

    Para provocar o movimento de um veculo precisamos fornecer a ele energia. Por exemplo,

    para acelerar um nibus eltrico devemos fornecer a ele energia eltrica.

    No caso do veculo a gasolina, a lcool ou diesel a energia vem do combustvel.

    E CNERGIA INTICA

    Quando o veculo est a uma certa velocidade, ele possui um tipo de energia chamada

    energia cintica. Logo, a energia fornecida ao veculo fica armazenada nele na forma de

    energia cintica.

    energia cintica

    CALOR

    Para frear um veculo precisamos retirar dele a energia cintica. O que acontece com a

    energia cintica retirada do veculo? Transforma-se em outra forma de energia, denominada

    calor. Logo, em um veculo h dois tipos de mquinas: uma, o motor, que transforma a

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    energia do combustvel em energia cintica, e outra, o freio, que transforma a energia

    cintica em calor. dessa ltima mquina que vamos tratar.

    energia cintica calor

    OBSERVAES Uma carreta carregada (de aproximadamente 40 toneladas), a 100 km/h, quando freada,

    gera calor suficiente para ferver 50 litros de gua.

    O freio, assim como o motor, tem a funo de transformar um tipo de energia em outro.

    Nos dois casos podemos calcular a potncia da mquina: o freio de uma carreta tem

    potncia de aproximadamente 4.000 HP.

    ATRITO

    Toda vez que um corpo escorrega ou tenta escorregar sobre outro, aparece uma fora

    chamada atrito, que tenta impedir o escorregamento. O princpio de funcionamento de

    qualquer tipo de freio o atrito entre dois corpos.

    tentativa deescorregamento

    atrito

    atrito

    escorregamento

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    C AOMPRESSO E SPEREZA

    A intensidade do atrito entre dois corpos depende de dois fatores:

    Compresso: Quanto maior a compresso de um corpo contra outro, maior ser o atrito.

    Tipo de superfcie em contato: De um modo geral as superfcies mais speras causam

    mais atrito que as mais lisas.

    ESCORREGAMENTO

    Quando um corpo escorrega sobre outro aparece calor. Esse fato pode ser comprovado de

    vrias maneiras:

    Num dia frio as pessoas esfregam as mos para se aquecer. Se algum movimentasse

    as duas mos juntas, de modo a no haver escorregamento, no apareceria calor.

    Duas pessoas, descem por uma corda. Uma desce escorregando, a outra desce sem

    escorregar. A primeira queima as mos. A segunda no queima.

    A F FUNO DO REIO

    O freio pra a roda e o piso pra o carro. Quando um veculo se movimenta, suas rodas

    giram. Por incrvel que parea, a funo do freio no fazer o carro parar, e sim diminuir a

    rotao da roda at faz-la parar de girar. Suponha que um carro tenha os freios funcionando

    perfeitamente mas esteja com os pneus carecas e trafegando numa pista molhada.

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    Acionando os freios podemos garantir que a roda vai diminuir a sua rotao at parar de

    girar. Mas no podemos garantir que o carro vai parar conforme o desejado.

    Logo, para frear o carro de forma eficiente, devemos ter:

    Freios eficientes

    Pneus em bom estado

    Pista em boas condies

    RECOMENDAES

    Ao examinar os freios de um veculo, deve-se:

    Verificar todos os itens de segurana.

    Trocar todas as peas que no estiverem em perfeitas condies. No usar peas

    duvidosas.

    No fazer quebra-galhos.

    Alertar aquele que vai usar o veculo dos problemas que podem diminuir a eficincia da

    frenagem, como por exemplo os pneus carecas.

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    F TREIO A AMBOR

    J sabemos que a funo do freio parar a roda. Para isso h necessidade de uma fora

    oposta a rotao da roda.

    rotao

    movimento

    Essa fora oposta conseguida pelo atrito entre duas peas. Vejamos como isso possvel:

    Imagine um tambor vazio rolando. Ele poderia ser freado por um dispositivo que aplicasse

    uma fora na parede interna do tambor. claro que o dispositivo teria que estar fixo, se no

    acabaria rolando junto com o tambor. Da se conclui que o freio constitudo de duas

    partes: uma que gira junto com a roda (que no caso do freio a tambor o prprio tambor) e

    uma fixa ao veculo (que no caso do freio a tambor so as sapatas).

    O freio a tambor basicamente composto das seguintes peas: tambor de freio, sapatas e

    espelho.

    O pneu, a roda e o tambor so peas que giram juntas, enquanto que as sapatas e o

    espelho so peas fixas ao chassis.

    pneu roda tambor sapatas espelho

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    O tambor est preso roda e gira junto com ela. No interior do tambor esto as sapatas, as

    quais esto fixas ao espelho e portanto ao veculo. Essas sapatas so recobertas de um

    material adequado para aumentar o atrito (lonas). Quando o freio acionado as sapatas

    so comprimidas contra o tambor. O atrito entre as peas causa diminuio da rotao das

    rodas.

    De acordo com a posio da sapata, ela denominada primria ou secundria, como mostra

    a figura a seguir.

    sapata sapatasecundria primria

    F T SREIO A AMBOR IMPLEX

    So utilizados principalmente nas rodas traseiras de veculos leves. Sua caracterstica

    principal permitir o movimento das sapatas em vrias direes e sentidos. Isto porque,

    alm do movimento contra o tambor, as sapatas tm liberdade de deslizar no seu apoio.

    apoio

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    Quando o freio acionado, o tambor tenta arrastar as sapatas junto com ele. As sapatas s

    no giram junto com o tambor por estarem apoiadas ao espelho, pela placa de apoio.

    Na sapata secundria, a fora de arrasto tem sentido contrrio ao da fora de acionamento

    (FA); logo, a fora de arrasto e a fora de acionamento tendem a se anular.

    Na sapata primria, a fora de arrasto tem o mesmo sentido da fora de acionamento (FA);logo, a fora de arrasto e a fora de acionamento se somam.

    secundria primria

    F T DREIO A AMBOR UPLEX

    utilizado principalmente em veculos leves. As sapatas apresentam as seguintes

    caractersticas:

    So acionadas em pontos opostos, para cada sapata.

    Utilizam para apoio o prprio cilindro de roda.

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    F T T U -REIO A AMBOR IPO NI SERVO

    aplicado em veculos mdios. As sapatas apresentam as seguintes caractersticas:

    So articulados em um pino (ncora);

    So acionados em um ponto prximo articulao por um nico mbolo;

    Esto ligadas por um pino (de ajuste), que permite ajuste manual ou automtico.

    F T D -REIO A AMBOR UO SERVO

    Esse tipo de freio utilizado principalmente em veculos mdios. As sapatas apresentam as

    mesmas caractersticas do tambor uni-servo, s que utilizando cilindro de roda bi-direcional.

    pino ncora

    cilindro de roda

    com 2 pistes

    pino de ajuste

    Tambm no freio duo-servo, o tambor tenta arrastar as sapatas junto com ele, quando

    acionado.

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    Neste tipo de freio a fora devida ao arrasto transmitida sapata secundria pela ligao

    mecnica entre as sapatas. Isto causa uma atuao maior da sapata secundria.

    Nos freios duo-servo, h um esforo maior na sapata secundria. Em conseqncia a sapata

    primria apresenta menor desgaste que a secundria.

    F T TREIO A AMBOR WIMPLEX

    utilizado tanto em veculos leves como mdios. As caractersticas principais das sapatas

    so:

    O acionamento se faz nos quatro pontos das sapatas.

    Cada sapata possui regulagem individual com ajuste manual ou automtico.

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    A SCIONAMENTO DE APATAS

    Sabemos que as sapatas devem ser comprimidas contra o tambor. Isso exige uma fora

    agindo sobre elas. Podemos conseguir essa fora atravs de um dos seguintes dispositivos:

    cilindro de roda, cmara pneumtica e cmara de freio-mola. Como estamos tratando

    somente dos freios hidrulicos, estudaremos a seguir somente o cilindro de roda.

    C RILINDRO DE ODA

    Os cilindros de roda so basicamente constitudos de:

    mbolo (dependendo do tipo de cilindro de roda pode haver um ou dois mbolos);

    mola interna;

    capas protetoras;

    gaxetas.

    No esquema abaixo, mostrado o funcionamento de um cilindro de roda com dois mbolos.

    Quando o freio acionado, o fluido do freio pressiona os mbolos que empurram as sapatas

    contra o tambor.

    sapatas

    superfcie deatrito do tambor

    Quando o freio deixa de atuar, a mola de retorno das sapatas traz os mbolos para a

    posio inicial, forando o excesso de fluido a retornar.

    As capas protetoras impedem a entrada de p. As gaxetas impedem o vazamento.

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    F DREIO A ISCO

    Observe um freio de bicicleta quando acionado. Duas peas, denominadas sapatas, so

    comprimidas contra o aro. A fora de atrito entre as sapatas e o aro causa a diminuio da

    rotao da roda. As sapatas so de borracha para aumentar o atrito. Para que as sapatas

    sejam comprimidas contra o aro so utilizados cabos de ao que transmitem a fora da mo

    do ciclista at as sapatas.

    O freio a disco utiliza-se dessa mesma idia, com as devidas adaptaes.

    Em primeiro lugar, seria bastante inconveniente que o freio atuasse diretamente no aro da

    roda (1). Por isso um disco instalado na roda de modo a girar junto com ela. O freio vai

    atuar no disco e no aro (2).

    Em lugar dos tradicionais garfos dos freios de bicicleta, so utilizados mbolos, acionados

    pela presso hidrulica (3). No lugar dos cabos de ao, que transmitem a fora da mo do

    ciclista at a roda, utilizada a presso hidrulica. No lugar das sapatas, so utilizadas as

    pastilhas que resistem mais aos esforos de um veculo (4).

    1 23 4

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    Nesse tipo de freio h dois componentes principais:

    Disco: preso roda e que portanto gira com ela;

    Pina: acoplada ao veculo. Na pina esto instaladas as pastilhas, feitas de material

    prprio para apresentar coeficiente de atrito adequado. Tambm na pina est o mbolo

    que empurra a pastilha.

    pina

    pastilha

    disco

    disco

    O disco fica encaixado entre as pastilhas, de modo a haver uma pequena folga. Quando ofreio acionado, as pastilhas so comprimidas contra o disco. A fora de atrito entre as

    pastilhas e o disco causa diminuio da rotao da roda.

    F D FREIO A ISCO IXO

    Comeamos com o caso do freio a disco fixo com dois mbolos. Nesse modelo, cada pastilha

    est apoiada a um mbolo. Quando o freio acionado, o mbolo empurrado pelo fluido

    hidrulico sob presso. O mbolo empurra a pastilha contra o disco.

    anel vedador

    mbolo

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    H tambm modelos de freio a disco fixo com 3 ou 4 mbolos. No freio de 3 mbolos,

    instalado de um lado do disco um mbolo de dimetro maior, e do outro lado do disco, so

    instalados dois mbolos de dimetro menor. A condio para que as foras nos dois lados

    do disco sejam iguais que a soma das reas dos mbolos menores seja igual a rea do

    mbolo maior.

    Observe que neste caso cada pastilha acionada por um ou dois mbolos, como se observa

    nas figuras.

    F D DREIO A ISCO ESLIZANTE

    Quando o freio acionado, o fluido de freio injetado sob presso. Essa presso atuando

    somente no mbolo como tambm na pina. Suponha que essa ltima seja livre para se

    movimentar. Pela ao da presso hidrulica, o mbolo se moveria para um lado enquanto

    a pina se moveria para o outro. Na figura, esses movimentos so exagerados para facilitar

    a visualizao.

    Imagine agora que entre as pastilhas estivesse o disco. Tanto a pastilha fixa ao mbolo

    como a fixa pina seriam comprimidas contra o disco.

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    Lembramos que os movimentos so muito pequenos, da ordem de dcimos de milmetro.

    Para permitir esse pequeno movimento da pina, ela deve ser presa atravs de pinos

    deslizantes em um suporte fixo ao veculo.

    parafuso sangradorgrampo pino trava

    pino travaconjunto

    suporte do cauper

    molaanti-rudo

    sentido dodeslocamento

    sistema do cauper guias dasdeslizante grampo Opastilhas arredondadas pastilhas

    A VNEL DE EDAONos freios a disco, o anel de vedao apresenta dupla funo: evitar vazamentos de fluido de freio;

    fazer o mbolo retornar quando o freio desaplicado. Observe que o anel de vedao

    fica alojado em uma canaleta na carcaa. Quando o freio acionado, o mbolo se

    movimenta deformando o anel. Quando o freio desaplicado a presso hidrulica se

    reduz. O anel volta ao seu formato original trazendo o mbolo de volta. Esse retorno

    afasta as pastilhas do disco que passa a girar livremente.

    capaprotetora

    anel de vedaopisto

    Assim, temos:

    freio acionado: o anel de vedao se deforma.

    freio desaplicado: o anel de vedao volta ao seu formato original trazendo o mbolo

    com ele.

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    P FASTILHAS DO REIOOs esforos de frenagem esto todos concentrados na pastilha. Entre a pastilha e o disco,

    h atrito acompanhado de escorregamento. Como vimos, este faz com que os corpos em

    contato se aqueam. Por isso, as pastilhas devem ser fabricadas de modo a poderem

    resistir a altas temperaturas.

    O aumento da temperatura durante a frenagem apresenta as seguintes conseqncias:

    diminuio do coeficiente de atrito. Para compensar essa diminuio do coeficiente de

    atrito o motorista obrigado a aumentar a fora sobre o pedal;

    aumento do desgaste da pastilha.

    Newtonsconsumo

    esforono pedalconsumo de material

    de atrito

    temperaturatemperatura

    M A -OLAS NTI RUDOA trepidao causada pelos pneus passando sobre solo irregular tendem a fazer as pastilhas

    vibrarem. Essa vibrao causa um rudo. Para evitar esse rudo, as pastilhas so pressionadas

    por uma mola.

    E F DSTABILIDADE DO REIO A ISCOInmeros fatores influem na eficincia de uma frenagem. Um deles a ao do motorista

    sobre os pedais; outros fatores esto relacionados s caractersticas construtivas do freio.

    No caso do freio a disco, o nmero de fatores que influem na frenagem menor que no freio

    a tambor.

    Por isso a ao dos freios a disco difere pouco de uma roda para outra. Isto garante uma

    maior estabilidade durante a frenagem evitando o fenmeno do freio que puxa para um lado.

    24 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    F D E TREIO A ISCO NO IXO RASEIRO

    Existem vrios modelos de freios a disco aplicados ao eixo traseiro. No entanto existe,

    atualmente, uma tendncia mundial em se aplicar esse tipo de freio devido ao projeto dos

    veculos.

    F D F E TREIO A ISCO COM REIO DE STACIONAMENTO A AMBOR um sistema que utiliza como freio de estacionamento um conjunto de tambor de freio e

    sapatas de acionamento, sendo estas acionadas mecnicamente e para o freio de servio

    utiliza freio a disco que montado em conjunto com o tambor.

    F D F E DREIO A ISCO COM REIO DE STACIONAMENTO A ISCOO freio a disco com freio de estacionamento incorporado uma unidade hidrulica que freia

    as rodas traseiras com maior eficincia que os freios convencionais, permitindo, alm disso,

    o acionamento atravs de cabos no mesmo conjunto.

    25E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Para garantir a constante regulagem do cabo do freio de estacionamento, o conjunto

    equipado com um sistema indito de regulagem automtica acondicionado no interior da

    pina.

    Podemos dizer que o freio a disco com freio de estacionamento incorporado trabalha em

    duas funes distintas:

    Freio de servio - Quando acionado atravs da presso hidrulica no momento da

    frenagem do veculo. Funciona de forma igual ao freio a disco deslizante;

    Freio de estacionamento - Quando o freio do eixo traseiro acionado pela alavanca do

    freio de mo.

    eixo

    mola porca de ajuste

    pisto

    pino

    parafuso de regulagem

    26 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    F EREIO DE STACIONAMENTO

    Ao acionar o freio de estacionamento, o eixo gira, empurrando o pino contra o parafuso de

    regulagem que aciona o mbolo pela porca de ajuste. Desta forma, pressiona a pastilha do

    lado do mbolo contra o disco.

    Aps a pastilha ter-se apoiado na face interna do disco, o eixo continua girando. Agora,

    porm, empurra a carcaa na direo oposta fazendo com que a pastilha do outro ladotambm seja pressionada contra o disco.

    F SREIO DE ERVIO

    Ao acionar o freio de servio, a presso hidrulica empurra o mbolo para frente juntamente

    com a porca de ajuste que est acoplada nele.

    A porca caminha junto com o mbolo at que seu curso seja interrompido pelo parafuso.

    nesse momento que a porca deixa de se apoiar no mbolo e empurrada para frente pelas

    molas. Assim, a rosca especial de 4 entradas permite o giro da porca em torno do parafuso

    at que ela se apie novamente no mbolo. Desta forma assume uma nova regulagem que

    compensa o desgaste ocorrido nas pastilhas.

    27E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Essa regulagem ocorre sempre que o movimento do mbolo for superior a folga existente

    entre o parafuso e a porca.

    EXERCCIOS

    1. Quando um veculo est em movimento dizemos que ele possui energia cintica. Para

    fre-lo, precisamos retirar-lhe essa energia. O que acontece com a energia cinticaretirada do veculo?

    a) armazenada como suprimento.

    b) Desaparece sem deixar vestgios.

    c) Transforma-se em calor.

    d) Freia o veculo.

    2. Ao verificar desgaste desigual nas lonas do freio a tambor tipo simplex, qual a causa

    provvel?

    a) Cilindro de rodas vazando.

    b) Molas com cargas desiguais.

    c) Tambor ovalizado.

    d) Diferentes foras no acionamento das sapatas.

    3. Faa as ligaes lgicas:

    1. mola de retorno sapata secundria

    2. cilindro de rodas duo-servo

    3. sapata primria sapatas

    4. pino ncora hidrulica

    28 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    4.Coloque os nmeros certos nos crculos para montar a frase corretamente:

    No freio a o anel de vedao o responsvel pela do fluido de freio como

    tambm pelo do mbolo, pois se deforma na e volta ao seu original na

    trazendo com ele o .

    1. aplicao2. retorno

    3. mbolo

    4. disco

    5. desaplicao

    6. vedao

    7. formato

    5. O que acontece se o freio a disco trabalhar em temperatura elevada?

    a) As pastilhas diminuem o atrito.

    b) O consumo das pastilhas no se altera.

    c) O freio torna-se eficiente.

    d) Os mbolos riscam-se.

    6. Complete a frase:

    O mecanismo interno do freio a disco com freio de estacionamento incorporado permite

    ao freio ter duas funes distintas.

    Freio de servio - acionado atravs da ................................................. no momento

    da frenagem;

    Freio de estacionamento - quando o freio do eixo traseiro acionado pela

    .................................................... .

    7. lndique o certo (C) ou errado (E):

    ( ) O freio a disco mais estvel que o freio a tambor.

    ( ) O atrito o resultado do calor produzido na frenagem.

    ( ) Quem pra o carro o cho.

    ( ) As sapatas so fixas roda e o tambor fixo ao veculo.

    29E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    P HRINCPIOS IDRULICOS

    COMPRESSIBILIDADE

    Considere uma certa poro de um gs, ar por exemplo, encerrada em um cilindro.

    Comprimindo-o com o auxlio de um pisto notaremos uma diminuio de seu volume. Por

    isso dizemos que os gases so compressveis.

    ar compressvel

    sem comprimir fora

    volumevolume alterado

    Exemplos desse fato so comuns. o que acontece quando se enche um pneu, ou quando

    o pisto de um motor comprime a mistura ar-gasolina.

    INCOMPRESSIBILIDADE

    Se em lugar de um gs fosse colocado um lquido, gua por exemplo, o resultado seria

    diferente. Comprimindo-o com o auxlio de um pisto notaremos que seu volume no diminui.

    Por isso dizemos que os lquidos so incompressveis.

    30 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    Considere duas seringas de injeo interligadas por um tubo, como mostra a figura abaixo.

    Suponha que o sistema esteja cheio de um lquido. Se um mbolo fosse comprimido, o

    outro se deslocaria em sentido contrrio. O aumento de volume na seringa B compensaria

    a diminuio do volume na seringa A.

    B

    A

    Se o sistema estivesse cheio de um gs em lugar do lquido, poderamos ter uma diminuio

    do volume de A sem aumento do volume de B. Para isso bastaria que o mbolo B fosse

    mantido fixo enquanto o mbolo A estivesse sendo comprimido.

    B

    A

    PRESSO

    O conceito de presso pode ser aplicado sempre que a fora que atua sobre um corpo

    estiver distribuda numa certa rea. Define-se presso como sendo o valor da fora dividido

    pelo valor da rea.

    Presso = Forarea

    31E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    EXEMPLOS

    1. A rea do mbolo de uma seringa 2cm . Sobre o mbolo aplicada uma fora de2

    10kgf. No interior da seringa h um lquido ou um gs. O conceito de presso pode ser

    aplicado a qualquer caso. A presso aplicada vale:

    10Pr ~ /essao kgf== 22 5cm kgf cm2

    10kgf

    5kgf/cm 22cm2

    2. A presso de um gs que est no interior de um cilindro vale 20kgf/cm . A rea da2

    tampa do cilindro vale 10cm . A fora que o gs exerce na tampa vale:2

    fora = presso x rea

    fora = 20kgf/cm x 10cm = 200kgf2 2

    P = 20kgf/cm 2

    10cm 2

    32 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    L PEI DE ASCAL

    Considere um recipiente de um formato qualquer, contendo um lquido ou um gs. Em um

    determinado ponto produzimos um aumento de presso, por um processo qualquer. Este

    aumento de presso integralmente transmitido para todos os outros pontos e em todas as

    direes e sentidos. Essa propriedade dos lquidos e dos gases foi descoberta em 1653 porum cientista francs chamado Pascal. Por isso essa propriedade dos lquidos e dos gases

    conhecida como Lei de Pascal.

    EXEMPLOS

    1. Voltemos ao exemplo das duas seringas interligadas por um tubo. As reas dos mbolos

    esto indicadas na prpria figura. O sistema est cheio de gua. Ao mbolo menor

    aplicada uma fora de 10kgf. Qual ser a fora aplicada pelo mbolo maior?

    4cm2

    2cm 2

    33E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Vamos primeiro calcular a presso no mbolo da seringa menor:

    10kgf2Presso = Fora = = 5kgf/cm

    2cm2rea

    10kgf

    ?

    2cm 2

    4cm2

    5kgf/cm 2

    Mas este aumento de presso transmitido para todos os pontos. Logo, no mbolo da

    seringa maior o aumento da presso tambm ser 5kgf/cm . Nesse mbolo podemos2

    calcular a fora:

    fora = presso x rea

    fora = 5kgf/cm x 4cm = 20kgf2 2

    2. Se o mbolo do cilindro menor deslocar-se 3cm, de quanto se deslocar o mbolo

    maior?

    Vamos calcular primeiro o volume de gua que saiu da seringa menor:

    2cm x 3cm = 6cm2 3

    34 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    3. A diminuio do volume de gua na seringa menor deve ser igual ao aumento do volume

    de gua na seringa maior. Isto porque, como j vimos, a gua incompressvel. Logo,

    o deslocamento do mbolo da seringa maior ser de 1,5cm, pois:

    4cm x 1,5cm = 6cm2 3

    3cm

    ?

    2cm 2

    4cm2

    OBSERVAO

    Num sistema com dois mbolos interligados e cheios de um lquido qualquer, o de maior

    rea (maior dimetro) receber a maior fora, mas sofrer o menor deslocamento. Se o

    sistema estiver cheio de gs, o mbolo de maior rea receber a maior fora, nada se pode

    afirmar sobre o deslocamento.

    curso 1cm

    curso 10cm

    fora100kgf

    1000kgf

    rea 1cm 2

    rea 10cm 2

    35E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    C MILINDRO ESTRE

    Na figura abaixo mostrado, de forma simplificada, o sistema hidrulico do freio de um

    veculo. Como vimos, os cilindros de roda acionam as sapatas. Os freios a disco tambm

    so acionados por um cilindro hidrulico. Para o acionamento tanto de um quanto do outro

    temos que injetar neles presso hidrulica. A presso hidrulica necessria para o

    funcionamento do sistema de freio gerada no cilindro mestre.

    F

    F F

    F

    fb

    fbfa

    F F

    F fc

    F

    freio dianteiro cilindro mestre servofreio e pedaleira freio traseiroe vlvula vlvula de (tambor)(disco)

    equalizadora reteno devcuo

    fa - fora de aplicao no pedal

    fb - fora aplicada pelo sistema de alavanca do pedal

    fc - fora aplicada pelo diferencial de presso do servofreio

    F - fora originada pela presso hidrulica

    O cilindro mestre acionado direta ou indiretamente pelo pedal.

    36 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    C M SILINDRO ESTRE IMPLES

    Existem vrios tipos de cilindro mestre. Vamos comear pelo cilindro mestre simples. Os

    componentes desse tipo de cilindro so indicados na figura a seguir.

    14 15

    16

    17

    1. Carcaa

    2. Bujo de apoio para reservatrio3. Capa de proteo

    184. Anel de reteno

    5. Arruela de encosto1 6. Gaxeta secundria

    12 2 7. Pisto13

    8. Arruela de apoio

    9. Gaxeta primria1110. Arruela de escora10 9

    11. Mola de presso12. Vlvula de presso residual

    813. Jogo completo14. Reservatrio

    7 6 5 15. Tampa

    16. Arruela de vedao4

    17. Filtro18. Indicador de luz de freio

    3

    Quando o pedal do freio no est acionado, dizemos que o sistema est em repouso. Todo

    o sistema est cheio de lquido numa presso aproximadamente igual presso atmosfrica.

    Tudo se passa como se fosse um recipiente totalmente cheio de um lquido. Observe que

    o lquido passa do reservatrio para o sistema atravs do furo de compensao. Observe

    tambm que o respiro impede a formao de vcuo no caso do nvel de lquido baixar.

    respiro

    furo decompensao

    gaxeta

    37E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Quando o pedal do freio acionado, o mbolo empurrado. A gaxeta primria veda o furo

    de compensao. O lquido contido na regio entre o cilindro mestre e as rodas

    pressurizado. O lquido pressurizado aciona os cilindros das rodas.

    O :BSERVE QUE

    na cmara em frente da gaxeta primria o fluido est pressurizado; na cmara atrs da gaxeta primria o fluido est na presso atmosfrica, pois este est

    em contato com o reservatrio, atravs do furo de alimentao. Por isso a gaxeta primria

    forada para trs. A funo da arruela protetora proteger a gaxeta primria para que

    esta no seja danificada.

    furo dealimentao lquido

    pressurizado

    gaxetapresso

    atmosfrica

    Quando o pedal do freio desaplicado, a fora no age mais sobre o mbolo. Logo, o

    mbolo empurrado para trs pela presso hidrulica do circuito e pela mola de retorno.

    medida que o mbolo do cilindro mestre se movimenta para trs, a presso no circuito

    diminui. Isso permite que as molas de retorno das sapatas empurrem de volta os mbolos

    dos cilindros de roda. A volta dos mbolos dos cilindros de roda causa o retorno do fluido

    para o cilindro mestre.

    38 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    No circuito existem orifcios de pequenas dimenses que dificultam o retorno do lquido

    para o cilindro mestre. Como a mola de retorno do cilindro mestre fora o recuo do mbolo

    e os orifcios dificultam o retorno do fluido, a presso na cmara da frente do mbolo diminui,

    ficando menor que a atmosfrica. A presso na cmara anterior ao mbolo igual

    atmosfrica, pois o fluido est ligado ao reservatrio pelo orifcio de alimentao.

    presso menor quea atmosfrica

    Para entender melhor o que foi explicado, imagine que se pretenda retirar o lquido de um

    recipiente utilizando uma seringa. O furo da agulha sendo pequeno oferece uma dificuldade

    para o lquido entrar dentro da seringa. Em conseqncia, se o mbolo puxado rapidamente,

    a presso no interior da seringa diminui. por isso que o mbolo fica duro. A presso

    externa (atmosfrica) fica maior que a interna, dificultando o movimento do mbolo.

    Voltando ao cilindro mestre, sabemos ento que, em seu retorno, a presso na cmara

    anterior se torna maior que na posterior. Essa diferena de presso faz com que o Iquido

    atravesse por um orifcio no mbolo, flexione a gaxeta primria, e passe para a cmara

    frente do mbolo.

    39E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    O sistema descrito apresenta as seguintes caractersticas:

    evita que, numa segunda freada, o motorista sinta uma sensao de vazio, que causaria

    insegurana;

    faz com que, numa segunda pisada, o pedal fique mais alto, devido ao excesso de leo

    no sistema. Quando o mbolo atinge sua posio de repouso, esse excesso retorna ao

    reservatrio pelo furo de compensao.

    furo de alimentao furo de compensao

    gaxeta

    V P RLVULA DE RESSO ESIDUALA funo da vlvula de presso residual manter uma presso no circuito hidrulico para

    evitar a entrada de ar pelas gaxetas do cilindro de roda. usada apenas em freios a tambor

    pelo simples fato desses possurem molas de retorno que do equilbrio ao sistema. Nos

    freios a disco, como no h mola de retorno do mbolo, se houvesse presso residual, o

    freio ficaria acionado, prendendo as rodas mesmo na condio desaplicada.

    Na figura abaixo mostrada a vlvula de presso residual em corte.

    reservatrio vedador externo

    gaxeta

    mola principalvedador interno

    40 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    Quando o freio acionado, no interior da vlvula h um aumento de presso gerada pelo

    cilindro mestre. As duas molas so comprimidas. O vedador interno se destaca do vedador

    externo permitindo a passagem do lquido.

    Quando o freio desaplicado. A presso no cilindro mestre diminui. Em conseqncia, a

    presso no interior da vlvula tambm diminui. A presso no circuito hidrulico passa a ser

    maior que no interior da vlvula. A diferena entre as presses interna e externa suficiente

    para vencer a mola principal. O vedador externo se desloca de modo a dar passagem parao fluido.

    Imediatamente aps o freio ser desaplicado, a presso do circuito hidrulico maior que a

    presso no interior da vlvula.

    Essa diferena de presso mantm o vedador externo aberto permitindo a passagem de

    fluido. medida que o fluido vai passando do circuito hidrulico para o interior da vlvula, a

    diferena entre as presses vai diminuindo.

    O processo continua at que a diferena de presses no seja suficiente para vencer a

    mola principal.

    41E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    O vedador externo se fecha impedindo a passagem do fluido e mantendo o circuito hidrulico

    com uma presso residual.

    OBSERVAO

    Como vimos, toda a presso hidrulica necessria para o funcionamento do freio hidrulico

    gerada no cilindro mestre. Havendo um problema qualquer com essa pea, um vazamento

    por exemplo, todo o sistema fica comprometido. Para resolver esse problema foi criado ocilindro mestre duplo, cujo funcionamento passaremos a ver.

    circuito circuitosecundrio primrio

    C M DILINDRO ESTRE UPLO

    Podemos dizer que o cilindro mestre duplo a unio de dois cilindros mestres simples, com

    o objetivo de aumentar a segurana. Se um falhar o outro garante o funcionamento dos

    freios.

    42 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    Na figura abaixo mostrado o cilindro mestre duplo do tipo simultneo. Observe a existncia

    de duas cmaras de presso, as duas ligadas ao reservatrio. Para cada uma, h um furo

    de alimentao e outro de compensao. Entre os mbolos montada uma mola com uma

    pr-carga.

    cmara Bfuro de compensao

    mbolo 1

    mbolo 2

    cmara A

    Quando o freio acionado, o pedal empurra o mbolo 1. Quando o mbolo 1 se movimenta,

    empurra o mbolo 2 atravs da mola. A mola da cmara 1 adquire, ento, uma presso

    diferenciada em relao mola n 2. Tal presso faz com que o mbolo 2 seja acionado ao

    mesmo tempo que o 1. Em conseqncia as duas cmaras se pressurizam simultaneamente.

    2 1

    43E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Essas cmaras esto ligadas a circuitos hidrulicos independentes, que transmitem a presso

    hidrulica para as rodas, sendo que cada cmara fornece presso para duas rodas do

    veculo.

    EMERGNCIAS H um vazamento na cmara A; logo, nessa cmara o fluido no se pressuriza. No en-

    contrando resistncia, o mbolo percorre livremente o cilindro at atingir a situao indi-

    cada na figura. Desse ponto em diante o mbolo 1 passa a empurrar o mbolo 2. Nessa

    cmara o fluido pressurizado, garantindo o funcionamento do freio.

    cmara A

    vazamento

    44 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    H um vazamento na cmara B. Nesse caso, o mbolo 2 no encontra resistncia. Per-

    corre todo o cilindro at encontrar o fundo da cmara B. A partir desse momento a cma-

    ra A passa a ser pressurizada pelo mbolo 1.

    cmara B

    vazamento

    Quebra da mola entre os dois mbolos. Se a mola da cmara A no atua, o mbolo 2 ten-

    de a se afastar muito do furo de compensao, devido ao da mola da cmara B. Para

    evitar esse problema, instalado um parafuso de encosto, que garante o posicionamento

    correto do mbolo 2, permitindo que o freio funcione.

    45E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    SERVOFREIO

    Antes de comearmos o estudo sobre o servofreio, necessrio estudarmos um pouco

    sobre presso atmosfrica.

    P ARESSO TMOSFRICA

    Presso atmosfrica a fora que a camada de ar que envolve a Terra exerce sobre suasuperfcie.

    Em 1644, um italiano chamado Torricelli conseguiu medir a presso atmosfrica. Determinou

    que, ao nvel do mar, essa presso vale 1,033kgf/cm . Mas para facilitar o clculo vamos2

    aproximar para:

    1 kgf/cm 2

    Esse nmero indica que numa superfcie qualquer (como uma mesa, por exemplo), o ar

    exerce uma fora de 1kgf em cada cm . Se a superfcie tiver 600cm (rea aproximada da2 2

    superfcie desta pgina) a fora exercida pela atmosfera ser de 600kgf.

    E PXPERINCIAS COM A RESSOS percebemos a presena da presso atmosfrica quando a contrapomos a outra menor.

    Vejamos alguns exemplos:

    Quando se toma refrigerantes de canudinho:

    Para isso, diminumos a presso do ar no in-

    terior do canudinho ou, como se costuma di-

    zer, fazemos um vcuo no interior. O refrige-

    rante sobe pelo canudinho porque empurra-

    do pela presso atmosfrica externa.

    46 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    De modo semelhante a esse, explica-se como retirar o lquido de um vidro empregando

    uma seringa ou como aspirar a gua de um poo por meio de uma bomba.

    Um desentupidor de pia preso a um vidro:

    Quando o desentupidor empurrado contra

    o vidro, o ar expulso do interior, causandouma diminuio da presso interna, ou, para

    usar a expresso habitual, criando-se um v-

    cuo. A presso atmosfrica externa mantm

    o desentupidor comprimi-lo contra o vidro.

    O fato de uma placa de vidro aderir fortemente a outra ou de um copo grudar em outro

    so explicados de modo anlogo a esse.

    EM RESUMO

    Podemos realizar vrias tarefas com emprego da presso atmosfrica, desde que possamos

    utiliz-la contra uma outra presso menor (o vcuo).

    Vejamos agora o caso de um mbolo que pode se mover no interior de um cilindro. Existindo

    presso atmosfrica dos dois lados do mbolo, ele no vai movimentar-se. Tambm no

    haver movimento se existir vcuo dos dois lados dele. O mbolo s vai se movimentar

    existindo presso atmosfrica de um lado e vcuo do outro.

    vcuo

    pressoatmosfrica

    AB

    4,7 Lb/pol 14,7 Lb/pol2 2

    47E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    SERVOFREIO

    O servofreio um equipamento destinado a proporcionar ao motorista um maior conforto

    no acionamento do pedal do freio. O servofreio se utiliza da presso atmosfrica combinada

    com o vcuo gerado pelo motor.

    carburador

    vcuo para oservofreio motor

    Basicamente, pode ser dividido nas seguintes partes:

    TAMPAS

    Tm a funo de reservatrio do vcuo.

    DIAFRAGMA

    Mantm separadas as cmaras de ar e de vcuo. Funciona como o mbolo da figura do

    resumo.

    FMBOLO DE ORA

    Nele ficam as vlvulas que controlam o sistema. Essas vlvulas so:

    - Vlvula de entrada de ar;

    - Vlvula de passagem do vcuo.

    H EASTE DE NTRADA

    Transfere o esforo do pedal para o interior do freio.

    H SASTE DE ADA

    Aciona o cilindro mestre.

    48 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    V RLVULA DE ETENO

    Mesmo aps o motor ter sido desligado essa vlvula mantm o vcuo suficiente para alguns

    acionamentos.

    D RISCO DE EAO

    Responsvel pelo equilbrio do conjunto.

    diafragmavlvula de retenode vcuo

    mbolo de fora

    tampa entrada de ar

    haste de entrada

    haste de sadapassagem do vcuo

    disco dereao

    F SUNCIONAMENTO DO ERVOFREIODizemos que o servofreio est em repouso quando:

    O pedal est desaplicado.

    A vlvula de entrada de ar est fechada.

    A vlvula de passagem do vcuo est aberta.

    Nesse momento h vcuo constante sobre os dois lados do diafragma. No havendo

    diferena de presso, o conjunto mantm-se em repouso.

    cmara dianteiravlvula de retenode vcuo diafragma

    cmara traseira

    mbolo de operao

    canal de passagem de vcuo

    vlvula pisto

    canal de ar ambiente

    mola de haste de acionamentorecuperao

    49E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Dizemos que o servofreio est aplicado quando:

    O pedal acionado e a haste de entrada empurra o mbolo de fora.

    Com o movimento do mbolo de fora, a comunicao do vcuo interrompida e abre-se

    a passagem de ar. Estamos em uma situao j discutida anteriormente: de um lado

    existe presso atmosfrica e do outro baixa presso (vcuo).

    O diafragma forado no sentido de aumentar a fora na haste de sada.

    vlvula de reteno cmara dianteirade vcuo

    diafragma

    cmara traseira

    mbolo de operao

    canal de passagem de vcuo

    passagem de ar ambiente

    ar ambientemola de

    recuperao

    pressodo pedal

    vlvula pisto

    Dizemos que o servofreio est em situao de equilbrio quando:

    A haste de sada empurra o mbolo do cilindro mestre, causando um aumento da presso

    hidrulica.

    Esse aumento de presso gera sobre o disco de reao uma fora de sentido contrrio

    aplicada pelo pedal.

    Neste momento o disco de reao est sendo comprimido em suas bordas de tal forma

    que seu centro se infla. Isso fora o fechamento da entrada de ar. Como a passagem de

    vcuo j est fechada, o sistema entra em equilbrio.

    Quando o equilbrio atingido, temos no lado dianteiro vcuo quase total. Do outro lado

    do diafragma entrou um pouco de ar enquanto a passagem

    estava aberta. Por isso, temos a uma presso inferior

    atmosfrica. Desta forma, pelo movimento do pedal

    podemos controlar a presso de um dos lados do diafragma

    e em conseqncia controlar a frenagem.

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    S GERVOFREIO IRVAC

    Nos servofreios convencionais, a transmisso das foras feita atravs das tampas.

    No Girvac esses esforos so transmitidos pelos tirantes. As tampas passam a ter apenas

    funo de reservatrio de vcuo. Assim sendo podem ter menor espessura, permitindouma reduo em mais de 50% de seu peso final.

    Esse sistema evita tambm que haja deformao do conjunto.

    Convencionalesforo nas tampas

    Girvacesforo nos tirantes

    EXERCCIOS

    1. Um desentupidor de pia empurrado contra a superfcie externa de uma espaonave no

    vcuo ficaria grudada a ela?

    a) Sim, porque o vcuo no interior a mantm junto superfcie.

    b) No, porque no existe presso externa.

    c) Talvez, dependendo do formato do desentupidor.

    d) Apenas se a superfcie for lisa.

    51E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    2. A superfcie da pele de um mecnico aproximadamente 20.000cm . Qual a fora que2

    o ar exerce sobre o mecnico?

    R.: .................................. kgf.

    3. O que acontece quando o diafragma de um servo freio rasga?

    a) O pedal afunda ao ser acionado.

    b) O lquido de freio vaza para a atmosfera.c) O pedal endurece mas o veculo ainda tem freios.

    d) O cilindro mestre no acionado.

    4. O servofreio mais eficiente:

    a) Prximo s praias.

    b) No alto das montanhas.

    c) Em qualquer lugar pois a altitude no faz diferena.

    d) Sob a gua, em inundaes.

    52 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    V R PLVULA EGULADORA DE RESSO

    Para que se possa estudar a vlvula reguladora de presso, necessrio que entendam-se

    alguns conceitos fundamentais sobre: inrcia, inclinao durante a frenagem, distribuio

    de esforos e estabilidade direcional.

    INRCIA

    Um corpo em repouso s inicia o movimento se uma fora atuar sobre ele. A tendncia de

    um corpo em repouso permanecer em repouso. Por outro lado, se um corpo estiver em

    movimento, s conseguimos faz-lo parar aplicando uma fora sobre ele. Se o corpo j

    estiver a uma certa velocidade, tende manter-se nessa velocidade.

    Chamamos de inrcia a essa propriedade que corpos tm de tentar manter o seu estado de

    repouso ou de movimento. Exemplos dessa propriedade so muito comuns, mas vamos

    discutir apenas o caso do veculo que est a uma certa velocidade e obrigado a frear:

    Um veculo que est a uma certa velocidade freia bruscamente. Se os passageiros no

    esto usando cinto de segurana, eles tendem a continuar na mesma velocidade.

    Um caminho que est a uma certa velocidade freia bruscamente. Se a carga no estiver

    convenientemente amarrada ao caminho, ela tende a continuar na mesma velocidade.

    I FNCLINAO DURANTE A RENAGEM

    Um veculo que est a uma certa velocidade freia bruscamente. Se o chassis e a carroceria

    no estivessem convenientemente presos aos eixos, continuariam na mesma velocidade.

    53E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Na realidade o conjunto chassis e carroceria s no continua na mesma velocidade pelo

    fato de estar preso ao eixo. Por isso, apenas inclina-se para frente.

    D EISTRIBUIO DE SFOROS

    Em conseqncias da inclinao para frente, a distribuio de esforos alterada. H um

    aumento da fora nas rodas dianteiras e uma diminuio nas rodas traseiras. Suponha porexemplo que, em condies normais de marcha, metade do peso de um veculo estivesse

    nas rodas traseiras e metade nas dianteiras.

    500kg 500kg

    No caso de uma freada brusca, essa distribuio passaria a ser por exemplo a indicada na

    figura. Essa diminuio do peso nas rodas traseiras faz com que elas sejam freadas com

    mais facilidade que as da frente. como se os freios tivessem que segurar um veculo mais

    leve atrs do que na frente. Assim sendo, uma dada presso hidrulica no sistema pode

    causar o travamento das rodas traseiras enquanto as dianteiras continuam livres.

    300kg 700kg

    54 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    E DSTABILIDADE IRECIONAL

    Quando um veculo no est freado, mais fcil empurr-lo para a frente do que para o

    lado. As rodas estabelecem portanto uma direo na qual o movimento mais fcil, para

    isso que elas existem.

    Mas quando as rodas esto travadas, a dificuldade de movimentar o veculo para a frente

    ou para o lado praticamente a mesma. como se a roda no existisse. O veiculo s se

    movimenta derrapando. E a dificuldade para forar a derrapagem aproximadamente a

    mesma em qualquer direo.

    Por isso, se acontecer de, numa freada brusca, as rodas traseiras serem travadas, o carro

    perde o controle. No h mais uma direo preferencial de movimento. As rodas traseiras

    tanto podem derrapar de frente como de lado. Quando as rodas traseiras derrapam de lado

    dizemos que o carro deu um cavalo de pau.

    55E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    V R PLVULA EGULADORA DE RESSO

    A vlvula reguladora de presso instalada no circuito hidrulico entre o cilindro mestre e

    os freios do eixo traseiro.

    vlvula reguladorade presso

    Tem como finalidade a reduo da presso nos freios traseiros em relao aos dianteiros.

    Com isso evita-se o travamento das rodas traseiras numa freada brusca.

    Os tipos mais comuns de vlvula reguladora de presso so a vlvula sensvel presso e

    a vlvula sensvel carga. No primeiro tipo, o acionamento da vlvula se d em funo da

    presso hidrulica no circuito. Na segunda, o acionamento depende da carga do veculo.

    V S PLVULA ENSVEL RESSOEsse tipo de vlvula funciona da seguinte maneira:

    Posio aberta: a mola principal mantm o mbolo no fundo da carcaa onde o pino de

    polister se apia mantendo-se afastado da vedao. O fluido tem passagem livre para

    o eixo traseiro.

    Posio fechada: o mbolo dotado de duas faces distintas, ambas guarnecidas por

    gaxetas. A rea menor voltada para os freios dianteiros e a maior para os freios traseiros.

    Quando o sistema pressurizado as duas faces do mbolo recebem a mesma presso.

    Mas essa presso atuando em reas diferentes, geram foras diferentes,

    vedadorescarcaa rea menor

    para os para o

    face menor fora menor freios cilindrotraseiros mestreface maior fora maior

    mola principalmbolorea

    maiorpino de polister

    56 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    Quando a diferena entre essas foras (menor e maior) for suficiente para vencer a mola, o

    mbolo ser empurrado para trs, movimentando a vedao em direo ao pino. O fluxo de

    lquido para os freios traseiros interrompido no momento em que a vedao se apia no

    pino.

    vedao aberta

    Posio de equilbrio: partindo da posio fechada, medida que a presso no cilindro

    aumenta, a presso sobre o lado maior permanece constante, enquanto no h passagem

    de fluido pela vedao. Mas a presso sobre a rea menor aumenta at que a foradesse lado consegue empurrar o mbolo de volta para o fundo. Se a vedao est aber-

    ta, o lquido do circuito traseiro volta a ser comprimido. A fora sobre a face maior tam-

    bm aumenta at conseguir fechar novamente a vedao. Para haver esse novo fecha-

    mento da vedao, o aumento de presso no circuito traseiro ser menor que no dian-

    teiro, pois a presso do lado traseiro atua sobre uma rea maior. Assim, quando a veda-

    o voltar a fechar, a presso no circuito traseiro ser menor que no dianteiro.

    vedao fechada

    freios traseiros presso menor

    freios dianteiros presso maior

    V S CLVULA ENSVEL ARGAVimos que a funo da vlvula reguladora de presso do freio evitar o travamento das

    rodas do eixo traseiro. Vimos tambm que este travamento se d pela diminuio da carga

    no eixo traseiro durante a frenagem.

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Essa diminuio maior se o veculo estiver carregado. A vlvula sensvel carga, como o

    prprio nome indica, controla a presso no circuito traseiro em funo da carga do veiculo.

    carcaa anel

    esferaluva

    anel

    mbolo

    mola

    anelcoifa

    A vlvula reguladora de presso instalada prxima ao eixo traseiro e ligada suspenso

    do veculo atravs de uma mola externa.

    Condio de funcionamento sem carga

    vlvula de esfera

    regulagem de foraalavanca de frenagem

    O regulador em repouso permite que apenasentrada sadauma presso atinja os freios traseiros, evitando,

    assim, o bloqueamento das rodas. agulha

    A instalao da mola feita de modo que quanto maior a carga maior a tenso na mola.

    Condio de funcionamento com carga

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    A vlvula reguladora de presso funciona da seguinte maneira: quando o freio acionado,

    a presso hidrulica do sistema dianteiro atua sobre o mbolo. Para que o circuito traseiro

    seja pressurizado, o fluido precisa passar pela abertura. Para que isso acontea, a presso

    no circuito traseiro deve vencer a mola. medida que a carga do veculo aumenta, cresce

    a presso do fluido que passa para o circuito traseiro.

    presso maior

    mola

    sada

    carga da mola

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    S A - ABSISTEMA NTI BLOQUEIO

    Para que se possa entender o funcionamento do sistema anti-bloqueio ABS, necessrio

    que se considere alguns pontos importantes: estabilidade direcional, dirigibilidade e distncia

    de frenagem.

    DIRIGIBILIDADE

    Como j foi explicado, quando as rodas de um veculo esto livres mais fcil moviment-

    lo para frente ou para trs do que para os lados.

    Se as rodas estiverem travadas, a dificuldade de movimento praticamente a mesma em

    qualquer direo, ou seja, se voc tentar empurrar um carro com as rodas travadas para a

    frente, para trs ou para os lados, sentir praticamente a mesma dificuldade.

    pinovlvula central

    Isso significa que no existe mais uma direo preferencial de movimento: o veculo perde

    a dirigibilidade.

    A funo da roda, a rigor, no apenas a de reduzir o atrito, mas tambm de reduzi-lo numa

    nica direo. Isso, porm, s acontece quando a roda gira.

    60 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    Suponhamos que durante uma curva as rodas dianteiras do veculo sejam travadas mas

    que as traseiras continuem livres. Para as rodas dianteiras, no haver direo preferencial.

    O veculo seguir ento a direo preferencial de movimento das rodas traseiras. O veculo

    no faz a curva apesar do motorista ter girado a direo. Por isso, quando as rodas dianteiras

    esto travadas, dizemos que o veculo perde a dirigibilidade, isto , torna-se impossvel

    dirigi-lo.

    E DSTABILIDADE IRECIONAL

    Imagine um carro percorrendo um trecho de estrada perfeitamente reto. H inmeros fatores

    que poderiam perturbar esse movimento, tais como imperfeies da estrada, ventos laterais,

    pequenos movimentos da direo e assim por diante.

    Quando as rodas traseiras esto livres, elas impedem qualquer desvio lateral. Isto por causa

    da direo preferencial de movimento que elas apresentam. difcil moviment-las

    lateralmente e fcil moviment-las longitudinalmente. Assim sendo o carro consegue manter

    a direo de movimento. Dizemos que as rodas traseiras garantem a estabilidade direcional

    do veculo.

    Vejamos o que acontece se as rodas dianteiras estiverem livres e as traseiras travadas.

    Para as rodas traseiras, agora no h direo preferencial de movimento. Moviment-las

    lateralmente ou no sentido longitudinal apresenta a mesma dificuldade. Se no existisse

    nenhum fator para perturbar o movimento isso no apresentaria grandes problemas. O

    carro poderia frear mantendo o movimento retilneo mesmo com as rodas traseiras travadas.

    Mas na prtica isso no ocorre. Os fatores de desvio (imperfeies da estrada, ventos,

    pequenos movimentos da direo, etc.) causariam o desvio lateral do veculo.

    61E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    Dizemos ento que, com as rodas traseiras travadas, o carro perde a estabilidade direcional

    (cavalo de pau).

    E o que aconteceria se o carro estivesse fazendo uma curva. As rodas dianteiras apresentam

    uma direo diferente das rodas traseiras.

    mais fcil movimentar as rodas traseiras na

    direo 1 e as dianteiras na direo 2. O 1efeito combinado dessas duas direes de

    movimento a curva.2

    D FISTNCIA DE RENAGEM

    a distncia percorrida por um veculo durante a frenagem desde o instante em que os

    freios so acionados at o veculo parar. Podemos acionar os freios de dois modos distintos:

    permitindo o travamento das rodas (A);

    acionando os freios at o limite de travamento (B).

    A experincia mostra que permitindo o travamento das rodas, a distncia de frenagem ser

    maior que no segundo caso.

    A

    B

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    EM RESUMO

    No se deve permitir que as rodas sejam travadas durante a frenagem pelas seguintes

    razes:

    com as rodas traseiras travadas o veculo perde a estabilidade direcional.

    com as rodas dianteiras travadas o veculo perde a dirigibilidade; a com as rodas travadas

    a distncia de frenagem aumenta.

    S A - ABSISTEMA NTI BLOQUEIO

    O sistema com anti-bloqueio (ABS) tem a finalidade de evitar o travamento das rodas, em

    qualquer condio de atrito, piso ou pneu.

    SISTEMA ANTI-BLOQUEIO (ABS)

    Mxima presso de freio Evita travamento das Evita travamento dassem travamento rodas traseiras rodas dianteiras

    Menor distncia de Mantm estabilidadefrenagem direcional Mantm dirigibilidade

    O sistema anti-bloqueio compe-se das seguintes partes:

    sensor: capta a variao da rotao da roda e transmite para o controlador;

    controlador: recebe o sinal do sensor, interpreta-o e envia a deciso para o modulador;

    modulador: controla a presso dos freios em funo dos sinais recebidos.

    servofreio

    cilindro mestre

    freio

    modulador

    controlador

    sensor

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    O sistema com anti-bloqueio ABS funciona da seguinte maneira:

    Fase A : frenagem normal.

    A vlvula 1 transmite a presso gerada no cilindro mestre diretamente para os freios.

    controlador sensor

    freio

    bomba cmara deexpanso

    cilindromestrevlvula 2 vlvula 1

    modulador

    Frenagem normal

    Fase B : a roda est na iminncia de travamento.O sensor envia um sinal ao controlador. O controlador comanda o fechamento da vlvula

    1. A presso no freio permanece constante independentemente da fora no pedal.

    controlador sensor

    freiocmara de

    bomba expanso

    cilindromestre

    vlvula 2 vlvula 1modulador

    Presso retida

    Fase C : mesmo com a operao da fase B ainda existe tendncia ao travamento.

    O sensor envia novo sinal ao controlador. O controlador comanda a abertura da vlvula

    2. Com isso a presso no sistema se reduz atravs da cmara de expanso. O fluido

    expandido recolocado no circuito hidrulico pela bomba.

    controlador sensor

    freio

    bomba cmara deexpanso

    cilindromestrevlvula 2 vlvula 1

    modulador

    Reduo da presso

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    Fase D : com a reduo de presso no freio, a roda volta a aumentar a rotao.

    O sensor envia novo sinal ao controlador. Este comanda o fechamento da vlvula 2 e

    abertura da vlvula 1. A presso hidrulica no sistema de freio aumenta novamente.

    controlador sensor

    freio

    bomba cmara deexpanso

    cilindromestrevlvula 2 vlvula 1

    modulador

    Aumento da presso

    Essas 4 fases representam um ciclo de modulao que repetido vrias vezes por segundodurante a frenagem em que h possibilidade de travamento.

    EXERCCIOS

    1. Quando um carro indo para a frente freia bruscamente:

    a) Joga os passageiros para trs.

    b) Inclina-se para a frente, embicando.

    c) Inclina-se para trs, levantando a dianteira.

    d) As rodas da frente param depois das rodas de trs.

    2. Assinale certo ( C ) ou errado ( E ):

    ( ) A vlvula reguladora de presso tenta evitar o travamento das rodas traseiras.

    ( ) Existem basicamente 3 tipos de vlvulas reguladoras de presso: sensvel presso,

    sensvel carga e sensvel temperatura.

    ( ) Quando as rodas traseiras travam, a tendncia o veiculo dar cavalo de pau .

    ( ) Para dar cavalo de pau , andando de r, necessrio travar as rodas dianteiras.

    65E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    3. A melhor frenagem possvel ocorre quando:

    a) As rodas travam.

    b) O piso est molhado.

    c) As rodas atingem o limite de travamento, mas no travam.

    d) As rodas ficam livres.

    4. Escolha a melhor palavra em cada frase:

    O sistema ABS permite:

    ( ) mxima/mnima presso sem travamento

    ( ) maior/menordistncia de frenagem

    ( ) evita/aumenta o travamento das rodas

    ( ) mantm/evita a estabilidade direcional( ) impede/mantm a dirigibilidade

    5. Marque certo ( C ) ou errado ( E ):

    ( ) O ABS chamado sistema inteligente porque tem um controlador eletrnico que

    toma decises.

    ( ) Quando o sensor detecta a eminncia do travamento, o ABS fecha uma vlvula

    que impede o travamento das rodas.

    ( ) A cmara de expanso permite o aumento da presso nos freios.

    ( ) O ABS faz com que o freio seja mais rpido.

    66 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    D P PIAGNSTICOS DE OSSVEIS ROBLEMAS

    Neste captulo, sero apresentados os problemas mais comuns que ocorrem com o sistema

    de freio hidrulico, suas causas e como corrigi-los.

    C RILINDRO DE ODA

    Recebe presso hidrulica para acionar as sapatas do freio a tambor, freando assim as

    rodas do veculo.

    PROBLEMAVazamento de fluido de freio

    CAUSAS Desgaste devido ao do tempo. Corroso interna causada por uso de fluido de m qualidade ou contaminado.

    Freio sem atuao.CONSEQNCIAS Curso longo do pedal de freio.

    Veculo puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir cilindro ou reparo interno quando no houver corroso.

    PROBLEMATravamento dos mbolos internos

    CAUSAS Corroso interna do cilindro ou inchamento das gaxetas devido ao ataque deprodutos derivados do petrleo ou fluido de m qualidade.

    Freio sem atuao.CONSEQNCIAS Pedal de freio duro.

    Veculo puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir cilindro ou reparo interno quando no houver corroso.

    CUIDADOS

    Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.

    Na substituio do reparo, no usar lixas, use apenas esponja de ao fina.

    Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petrleo para a

    limpeza dos componentes.

    Este equipamento no deve ser eliminado do sistema ou sofrer qualquer outra operao

    que altere as caractersticas originais do veculo.

    67E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

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    C MILINDRO ESTRE

    Gera a presso hidrulica necessria para que os freios atuem nas rodas.

    PROBLEMAVazamento interno ou externo de fluido de freio

    CAUSAS Desgaste devido ao do tempo. Corroso interna causada por uso de fluido de m qualidade ou contaminado.

    CONSEQNCIAS Freio sem atuao. Curso longo do pedal de freio.

    COMO CORRIGIR Substituir o cilindro mestre ou seu reparo quando no houver corroso.

    PROBLEMATravamento dos mbolos internos

    CAUSAS Corroso interna do cilindro ou inchamento das gaxetas devido ao ataque deprodutos derivados do petrleo ou fluido de m qualidade.

    CONSEQNCIAS Freio sem atuao. Pedal do freio duro

    COMO CORRIGIR Substituir o cilindro mestre ou seu reparo quando no houver corroso.

    PROBLEMAFuro interno de compensao obstrudo

    CAUSAS Resduos no fluido de freio. Reparo de m qualidade. Vedadores inchados. Haste do pedal ou do servofreio desregulada.

    CONSEQNCIAS Rodas travadas devido existncia de presso residual no circuito.

    COMO CORRIGIR Efetuar limpeza no sistema e trocar reparo se necessrio. Regular haste do servofreio ou pedal.

    CUIDADOS

    Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.

    Na substituio do reparo, no usar lixas, use apenas esponja de ao fina.

    Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petrleo para a

    limpeza dos componentes.

    Este equipamento no deve ser embuchado, brunido ou sofrer qualquer outra operao

    que altere suas caractersticas originais.

    68 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    D FISCO DE REIO

    Pea que se destina a receber o atrito da pastilha durante a frenagem.

    PROBLEMASuperfcies desgastadas ou com sulcos

    CAUSAS Desgaste devido ao do tempo. Desgaste irregular devido pastilha no original.

    Frenagem deficiente.CONSEQNCIAS Curso longo do pedal de freio.

    Rudo durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir ou retificar o disco e substituir a pastilha.

    PROBLEMAEmpenamento

    CAUSAS Superaquecimento do disco. Disco de qualidade inferior.

    CONSEQNCIAS Trepidao no pedal de freio. Pedal de freio longo.

    COMO CORRIGIR Substituir ou retificar o disco e substituir a pastilha.

    PROBLEMASuperfcie com acabamento irregular ou faces no paralelas

    Retfica do disco incorreta.CAUSAS Disco de qualidade inferior.

    Pastilhas de qualidade inferior.

    CONSEQNCIAS Trepidao do pedal. Rudo durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir ou retificar o disco e substituir as pastilhas.

    CUIDADOS

    Na retfica, observar atentamente a espessura mnima do disco.

    A manuteno deve ser sempre efetuada por eixo, e nunca em apenas uma roda.

    As espessuras dos discos montados devem ser rigorosamente iguais.

    Freadas contnuas e carregamentos imprprios do veculo causam o superaquecimento

    dos freios, comprometendo sua performance.

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    F FLUIDO DE REIO

    Transmite integralmente a presso hidrulica gerada pelo cilindro mestre ao sistema de freio.

    PROBLEMAPresena de gua

    Falta de substituio do fluido. Entrada de gua nas operaes de lavagem dos veculos ou outros.CAUSAS Fluido de m qualidade.

    CONSEQNCIAS Corroso das peas metlicas.

    COMO CORRIGIR Substituir o fluido de freio. Revisar todo o sistema de freio.

    PROBLEMABaixo ponto de ebulio

    CAUSAS Fluido de m qualidade. Fluido contaminado com gua.

    CONSEQNCIAS Com freios aquecidos o veculo fica com frenagem deficiente.

    COMO CORRIGIR Substituir o fluido de freio.

    PROBLEMAViscosidade irregular

    CAUSAS Fluido de m qualidade.

    CONSEQNCIAS Vazamento pelas gaxetas (baixa viscosidade). Atuao dos freios lenta (alta viscosidade).

    COMO CORRIGIR Substituir o fluido de freio.

    PROBLEMABolhas de ar no sistema de freio

    CAUSAS Manuteno incorreta.

    CONSEQNCIAS Pedal longo.

    COMO CORRIGIR Efetuar sangria corretamente.

    PROBLEMAIncompatibilidade com outros materiais do sistema

    CAUSAS Fluido de m qualidade.

    CONSEQNCIAS Danos a outros componentes do sistema de freio.

    COMO CORRIGIR Substituir o fluido de freio. Revisar todo o sistema de freio.

    70 E SENAI C J V A S C OLA O NDE OS ICE NTE D E Z E VE DO

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    S F HIS T EM A DE REI O I DRUL ICO

    CUIDADOS

    Utilizar fluido que atenda rigorosamente as normas nacionais e internacionais.

    Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.

    Evitar contaminao com gua nas operaes de lavagem, troca de fluido, etc.

    Manter a embalagem sempre fechada e em ambiente seco.

    No reutilizar fluido que j tenha circulado pelo sistema de freio.

    SAE DOT DOTTestes ABNT

    A J1703 3 4

    TOLERNCIA COM GUATempo de bolha -40 C (seg. mx.) 10 10 10Sedimentao a 60 C (vol. % mx.) 0,15 0,15 0,15 0,15

    COMPATIBILIDADESedimentao a 80 C (vol. % mx.) 0,05 0,05 0,050,05

    RESISTNCIA OXIDAOmg/cm , mx.2

    Alumnio 0,05 0,05 0,050,050,03 0,03 0,03Ferro fundido 0,03

    EFEITO SOBRE A BORRACHA A 70 CAumento do dimetro da base - (mm) 0,15 a 1,4 0,15 a 1,4 0,15 a 1,4

    0 a -10 0 a -10 0 a -10Diminuio de dureza IRHD - (mx.)

    EFEITO SOBRE A BORRACHA A 120 CAlterao do dimetro da base - (mm) 0 a 1,4 0 a 1,4 0 a 1,4Alterao da dureza IRHD - (mx.) 0 a -15 0 a -15 0 a -15

    PONTO DE EBULIO

    Como recebido ( C min.) 205 205 205mido ( C min.) 140 140 140

    VISCOSIDADE CINEMTICAA -40 C, cSt mx. 1800 1500 1800A 100 C, cSt min. 1,5 1,5 1,5 1,5

    pH 7 a 11,5 7 a 11,5 7 a 11,5 7 a 11,5

    ESTABILIDADE DO FLUIDOEstabilidade a alta temperatura

    Variao em C mx. +/-5 +/-3 +/-3+/-3Estabilidade qumica

    Variao em C mx. +/-5 +/-3 +/-3

    CORROSOVariao de peso (mg/cm , mx.)3

    Ferro estanhado 0,2 0,2 0,2 0,2Ao/Ao estanho 0,2 0,2 0,2 0,2Alumnio 0,2 0,1 0,1 0,1Ferro fundido 0,2 0,2 0,2 0,2Lato 0,2 0,2 0,2 0,4

    Cobre 0,4 0,4 0,4 0,4

    (continua)

    71E SENAI C J V A S C OL A ONDE O S I CENT E DE ZE V EDO

  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    M V LE CNI CA D E E CULO S E VE S

    (continuao)

    SAE DOT DOTTestes ABNT

    A J1703 3 4

    FLUIDEZ A BAIXA TEMP., SEG. MX.Tempo de inverso a -40 C 10 10 10 35 35 35Tempo de inverso a -50 C

    EVAPORAO A 100 CPerda de peso (% mx.) 80 80 80

    Ponto de fluidez do resduo ( C mx.) -50 -50 -50

    TESTE SIMULADO (STROKING TESTE) Passa Passa PassaPassa

    F DREIO A ISCO

    Recebe presso hidrulica fazendo as pastilhas atuarem contra o disco de freio, parando asrodas.

    PROBLEMAVazamento de fluido de freio

    CAUSAS Desgaste devido ao do tempo. Corroso do mbolo devido ao uso de fluido de m qualidade ou contaminado.

    Freio sem atuao.CONSEQNCIAS Curso longo do pedal de freio

    Veculo puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir o reparo interno.

    PROBLEMATravamento dos mbolos

    CAUSAS Infiltrao de impurezas pelas coifas danificadas ou ausentes. Fluido de freio de m qualidade ou contaminado provocando corroso.

    Freio sem atuao.CONSEQNCIAS Pedal de freio duro.

    Veculo puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir freio a disco ou reparo.

    PROBLEMA

    Pinos-guias desgastados / Molas de reteno das pastilhas fracas ou quebradas

    CAUSAS Ao do tempo. Manuteno incorreta.

    CONSEQNCIAS Rudo.

    COMO CORRIGIR Substituir molas ou pinos-guias.

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    CUIDADOS

    Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.

    Na substituio do reparo, no usar lixas, use apenas esponja de ao fina.

    Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petrleo para a

    limpeza, pois ataca os componentes de borracha.

    Este equipamento no deve ser embuchado, brunido ou sofrer qualquer outra operaoque altere as suas caractersticas originais.

    F TREIO A AMBOR

    Recebe presso hidrulica fazendo as lonas atuarem contra o tambor de freio, parando as

    rodas.

    PROBLEMADesregulagem ou regulagem desigual

    CAUSAS Regulador automtico defeituoso. Manuteno incorreta.

    Frenagem deficiente.CONSEQNCIAS Curso longo do pedal de freio.

    Puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir ou reparar o regulador.

    PROBLEMA

    Molas de retorno das sapatas fracas ou quebradas

    CAUSAS Montagem incorreta das molas durante a manuteno. Ao do tempo.

    Rudos.CONSEQNCIAS Veculo com rodas presas.

    Puxa para um lado durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir molas.

    PROBLEMASobre-regulagem dos freios

    CAUSAS Manuteno incorreta.

    CONSEQNCIAS Rodas travadas.

    COMO CORRIGIR Ajustar corretamente o freio.

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  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    CUIDADOS

    Evitar danificar as sapatas durante as trocas de lonas.

    Verificar a ao do regulador a cada 10.000Km.

    No utilizar tambores com dimetro maior que o especificado.

    Na troca de lonas coladas, substituir as lonas j coladas em novas sapatas.

    O processo de colagem exige equipamentos sofisticados para garantir a perfeita fixao,portanto s o fabricante est apto a execut-lo.

    P FASTILHAS DE REIO

    Atua sobre o disco de freio, atravs de fora gerada pelo mbolo do freio a disco ocasionando

    a desacelerao das rodas do veculo.

    PROBLEMASuperfcie irregular da pastilha

    Substituio das pastilhas sem a devida retfica dos discos.CAUSAS Discos de m qualidade.

    Pastilhas de qualidade inferior.

    CONSEQNCIAS Frenagem deficiente. Trepidao no pedal. Pedal longo.

    Rudo durante a frenagem.

    COMO CORRIGIR Substituir as pastilhas e retificar os discos.

    PROBLEMAPerda do nvel ideal de atrito

    CAUSAS Contaminao com graxa, leo ou fluido de freio. Superaquecimento da pastilha.

    CONSEQNCIAS Frenagem deficiente.

    COMO CORRIGIR Substituir as pastilhas e retificar os discos.

    PROBLEMAAlto nvel de atrito

    CAUSAS Pastilhas de qualidade inferior.

    CONSEQNCIAS Freadas bruscas.

    COMO CORRIGIR Substituir as pastilhas e retificar os discos.

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  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    CUIDADOS

    Durante a manuteno, as mos devem estar limpas de graxa ou leo.

    Usar sempre pastilhas originais.

    Retificar os discos de freios a cada troca de pastilhas.

    Efetuar a verificao da espessura das pastilhas a cada 5.000Km, esta espessura no

    deve ser inferior a 2mm das partes metlicas. Substituir as pastilhas sempre por eixo (par).

    O perfeito assentamento das novas pastilhas acontecem nos primeiros 500Km rodados

    em permetro urbano.

    Freadas contnuas ou carregamento excessivo causam superaquecimento, comprome-

    tendo a performance do veculo.

    SERVOFREIO

    Diminui o esforo no pedal de freio.

    PROBLEMADiafragma interno rasgado

    CAUSAS Contaminao por combustvel. Contaminao por fluido de freio de m qualidade. Fadiga da pea.

    CONSEQNCIAS Pedal duro.

    Substituir o servofreio.

    Regular carburador.COMO CORRIGIR Reparar ou substituir cilindro mestre.

    PROBLEMAInfiltrao indesejada de ar

    CAUSAS Vedadores danificados ou gastos. Vlvulas com impurezas devido penetrao por danos nos filtros.

    CONSEQNCIAS Pedal duro.

    COMO CORRIGIR Substituir servofreio.

    PROBLEMAVlvulas internas danificadas ou alteradas

    CAUSAS Manuteno incorreta.

    CONSEQNCIAS Freadas bruscas.

    COMO CORRIGIR Substituir o servofreio.

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  • 7/27/2019 Sist. Freio Hidrulico ESTUDO

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    PROBLEMAInsuficincia de vcuo

    CAUSAS Mangueira danificada. Sada do coletor obstruda. Motor com baixa produo de vcuo.

    CONSEQNCIAS Pedal duro.

    Substituir a mangueira.COMO CORRIGIR Limpar tomada de vcuo no coletor.

    Verificar funcionamento do motor.

    PROBLEMA

    Vlvula de reteno de vcuo danificada

    CAUSAS Contaminao por combustvel.

    CONSEQNCIAS Ao desligar o motor o freio endurece.

    COMO CORRIGIR Substituir vlvula. Regular carburador.

    PROBLEMAFiltros impregnados com impurezas no permitindo a entrada de ar no servofreio

    CAUSAS Veculo trafega em locais sem pavimentao ou empoeirado.

    CONSEQNCIAS Pedal duro.

    COMO CORRIGIR Substituir filtros do servofreio.

    PROBLEMA

    Haste de entrada ou de acionamento do cilindro mestre desregulada

    CAUSAS Manuteno incorreta.

    CONSEQNCIAS Pedal longo.

    COMO CORRIGIR Regular haste de entrada ou de acionamento do cilindro mestre.

    CUIDADOS

    Regular o carburador do veculo ao trocar o servofreio.

    Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petrleo para a

    limpeza dos componentes, pois ataca os componentes de borracha.

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    V R PLVULA EGULADORA DE RESSO

    Evita o travamento das rodas traseiras durante a frenagem, mantendo a dirigibilidade do

    veculo.

    PROBLEMAVazamento de fluido de freio

    CAUSAS Desgaste devido ao do tempo. Corroso interna causada por uso de fluido de m qualidade ou contaminado.

    CONSEQNCIAS Freio inoperante. Curso longo do pedal de freio.

    COMO CORRIGIR Substituir a vlvula.

    PROBLEMA

    Travamento dos mbolos internos

    CAUSAS Corroso da vlvula ou inchamento das gaxetas devido ao ataque de