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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO (IFSULDEMINAS CAMPUS INCONFIDENTES) INCONFIDENTES 2011

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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

LATICÍNIO (IFSULDEMINAS – CAMPUS INCONFIDENTES)

INCONFIDENTES

2011

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2.CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................... 6

3.SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE .............................................................. 7

3.1 Requisitos Gerais: ................................................................................................ 9

3.2 Requisitos de documentação ............................................................................. 13

3.2.1 Procedimentos – padrão de higiene operacional (PPHO): ............................... 14

3.2.2 Boas Práticas de Fabricação ........................................................................... 15

3.2.3 APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) ............................ 25

3.2.4 Recepção do leite ........................................................................................... 32

3.2.5 Controle de documentos.................................................................................. 33

3.2.6 Controle de registros ....................................................................................... 34

4.RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO .................................................................. 35

4.1 Comprometimento da direção ............................................................................ 35

4.2 Foco no cliente .................................................................................................. 37

4.3 Política da Qualidade ......................................................................................... 41

4.4 Planejamento ..................................................................................................... 44

4.4.1 Objetivos da Qualidade ............................................................................... 44

4.4.2 Planejamento do Sistema de Gestão de Qualidade....................................... 45

4.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação ..................................................... 45

4.6 Análise crítica pela direção ................................................................................ 47

4.6.1 Generalidades ............................................................................................. 47

4.6.2 Entradas para análise crítica ....................................................................... 48

4.6.3 Saídas da Análise Crítica ............................................................................ 49

5. GESTÃO DE RECURSOS ..................................................................................... 49

5.1 Provisões de Recursos ....................................................................................... 50

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5.2 Recursos humanos ............................................................................................. 53

5.2.1 Generalidade .............................................................................................. 53

5.2.2 Competência, Treinamento e Conscientização ........................................... 53

5.3 Infra- estrutura ................................................................................................... 54

5.4. Ambiente de trabalho ........................................................................................ 55

6. REALIZAÇÃO DO PRODUTO ............................................................................. 55

6.1 Planejamento da realização do produto .............................................................. 55

6.2. Processos relacionados ao cliente ..................................................................... 63

6.2.1. Determinação de requisitos relacionados ao produto .................................. 63

6.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto................................ 64

6.2.3 Comunicação do cliente .............................................................................. 65

6.3. Projeto e desenvolvimento ............................................................................. 66

6.3.1. Planejamento do projeto e desenvolvimento............................................... 66

6.3.2. Entradas de projeto e desenvolvimento ...................................................... 68

6.3.3. Saídas de projeto e desenvolvimento .......................................................... 70

6.3.4. Análise crítica de projeto e desenvolvimento ............................................. 72

6.3.5. Verificação de projeto e desenvolvimento .................................................. 73

6.3.6. Validação de projeto e desenvolvimento .................................................... 73

6.3.7. Controle de alterações de projeto e desenvolvimento .............................. 74

6.4 Aquisição ......................................................................................................... 75

6.4.1 Processo de aquisição ................................................................................. 75

6.4.2 Informações de aquisição ............................................................................ 76

6.4.3 Verificação do produto adquirido ................................................................ 76

6.5 Produção e prestação de serviços ...................................................................... 78

6.5.3 Identificação e rastreabilidade ..................................................................... 78

6.5.5 Preservação do produto ............................................................................... 79

6.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição ..................................... 79

7. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA ................................................................... 80

7.1 Generalidades .................................................................................................... 80

7.2 Monitoramento e medição ................................................................................ 80

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7.2.1 Satisfação do cliente .................................................................................. 80

7.2.2 Auditorias Internas ..................................................................................... 82

7.2.3 Monitoramento e medição de processos ..................................................... 83

7.2.4 Monitoramento e medição de produto ......................................................... 87

7.3 Controle de produto não - conforme .................................................................. 89

7.4 Análise de dados ............................................................................................... 90

7.5 Melhoria ........................................................................................................... 90

7.5.1 Melhoria contínua ...................................................................................... 91

7.5.2 Ação corretiva ............................................................................................ 92

7.5.3 Ação Preventiva ........................................................................................ 93

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 93

9. ANEXO: PLANILHAS ........................................................................................... 95

10. ANEXO DOCUMETAL: FIGURAS .................................................................. 124

11. ANEXO FOTOGRÁFICO .................................................................................. 128

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1. INTRODUÇÃO

A competitividade e a sobrevivência dos laticínios no mercado estão

intimamente associadas a sua eficiência em gerenciar a qualidade, o que traduz na

segurança do cliente ao consumir os produtos, contribuindo para a satisfação de suas

exigências.

Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção:

obtenção da matéria prima, processamento industrial e distribuição. Um descuido ou

falta de atenção em qualquer uma dessas etapas, pode comprometer seriamente a

qualidade do produto final, o que comprometeria a sobrevivência da empresa

(SCALCO).

A qualidade de um produto lácteo pode ser observada por duas

perspectivas. Uma objetiva que é representada por um conjunto de características

intrínsecas ao produto, que são as características físicas, nutricionais e higiênicas do

produto. Outra subjetiva associadas às preferências do consumidor, ou seja, seus gostos

pessoais no que diz respeito a qualidade sensorial, que é composta de um conjunto de

características sensoriais que levam a aceitação ou rejeição do produto: apresentação do

produto, forma textura e sabor, etc (SCALCO).

O leite é um alimento de alto valor biológico, considerado completo,

saboroso e largamente consumido pela população, sendo um alimento essencial para os

idosos e, sobretudo, para crianças. Desempenha um papel fundamental no crescimento e

desenvolvimento do ser humano em suas diversas fases da vida.

Em função do número elevado de operações no processamento industrial e

da intensidade do manuseio ao longo do processo produtivo até o consumo, o leite

normalmente apresenta números elevados de contaminantes biológicos, patogênicos ou

não, e a eventual contaminação por produtos químicos ou físicos. É fundamental que

estas operações sejam conduzidas de forma a minimizar ou eliminar os riscos de

contaminação em todas as etapas da cadeia produtiva.

Cada vez mais a preocupação com a gestão das organizações, seja ela

voltada para a qualidade do produto e/ou serviço, para o meio ambiente, para a

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segurança e saúde ocupacional, para a responsabilidade social e tantas outras, vem

sendo o foco de todas as partes interessadas e principalmente dos clientes durante suas

aquisições.

Gerenciar a qualidade nesse tipo de cadeia visa proporcionar segurança ao

consumidor e contribuir para a satisfação de suas exigências, bem como proporcionar a

todos os agentes da cadeia, benefícios, tais como redução de perdas e de custos.

Sendo assim é de fundamental importância a garantia da qualidade, a

conformidade com os padrões e a manutenção dos padrões de qualidade no tempo. A

empresa deve estar segura de que seu produto está sendo distribuído no mercado sem

problemas de qualidade e segurança, que está conforme as normas e regulamentações, e

sempre mantendo um padrão de qualidade. Uma gestão de qualidade eficiente é aquela

que atua nos aspectos básicos de garantia da qualidade, e na busca pela satisfação do

consumidor, superando suas expectativas (TOLEDO & BATALHA, 1994).

A gestão da Qualidade nos laticínios é especialmente importante dada sua

relação com a segurança do alimento. Através de todo esse contexto a implantação de

um Sistema de Gestão de Qualidade se torna indispensável dentro de uma unidade de

processamento de leite.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A Unidade de Produção do Laticínio do Instituto Federal do Sul de Minas-

Campus-Inconfidentes, segundo a Deliberação Normativa nº 74/04, que tem a função de

regulamentar o licenciamento ambiental em Minas Gerais, aprovada pelo Conselho

Estadual de Política Ambiental (COPAM), se enquadra sendo de pequeno porte e

pequeno potencial poluidor.

O laticínio que se localiza na Fazenda Experimental do Instituto Federal do

Sul de Minas Gerais – Campus Inconfidentes, é caracterizado pela produção de

derivados do leite e pelo processamento desses produtos, e tem como principal

finalidade o aspecto didático e para consumo dos alunos no refeitório da mesma,

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concluída essa função os produtos são encaminhados para o posto de venda

(COPERATIVA).

A unidade de produção do Laticínio compreende de um grupo de

colaboradores, composta em média por 5 alunos por dia. Uma técnica responsável pelo

setor e pelas atividades, um técnico em agroindústria, um operador de caldeira, e uma

coordenadora do setor de produção do laticínio.

Pode-se perceber que a unidade de produção não possui uma política

definida voltada para o meio ambiente nem ao menos para qualidade do processo e do

produto. Vê-se então a importância de se implantar uma política de gestão de qualidade.

É evidente a necessidade dentro do empreendimento as questões

relacionadas a qualidade do produto, do processo e dos equipamentos necessários para a

realização do mesmo. Dentro da unidade de produção pode-se deparar com vários

problemas e falhas que danificam a qualidade do produto final, não podendo se esquecer

que um dos principais requisitos de qualidade é referente a matéria – prima necessária

para o processamento, onde a produção dentro do empreendimento exige a matéria-

prima com alto teor de qualidade.

E dentro desse contexto vê-se a necessidade de propor um sistema de gestão

da qualidade, onde será utilizado como base para a implantação a NBR ISO 9001: 2008

que trata da gestão da qualidade.

3. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

A gestão da qualidade pode ser entendida como sendo a abordagem adotada

e o conjunto de práticas utilizadas para se obter, de forma eficiente e eficaz, a qualidade

pretendida para o produto em todas as etapas do processamento e em todos os setores da

empresa (Scalco, 2004).

A NBR ISO 9001 define os requisitos dos sistemas de gestão da

qualidade, abordando os seguintes grandes tópicos (ISO 9001: 2008):

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Sistema de Gestão da Qualidade: incluindo requisitos gerais e de

documentação que, através do Manual da Qualidade, determina os critérios da empresa

para cada elemento da norma, Documentos da Qualidade que especifica métodos ou

instruções de trabalho, procedimentos e Registros com resultados de análise;

As atividades básicas de um sistema de gestão da qualidade na

agroindústria de laticínios podem ser divididas em: controle da qualidade da matéria-

prima, controle da qualidade do processo, controle da qualidade do produto final,

controle da qualidade no transporte e distribuição e controle da qualidade do produto no

ponto de venda. Essa estrutura é compatível com o fluxo de produção dos laticínios. A

eficiência da gestão da qualidade está fortemente condicionada a um bom desempenho

do seu sistema da qualidade.

Para se controlar com êxito os processos é preciso que exista um método,

um caminho com ferramentas e técnicas específicas que permitam atingir o objetivo.

Dentro da Gestão da Qualidade esse método é chamado de PDCA, composto por quatro

fases básicas (NOGUEIRA, 1999):

P (plan): fase de planejamento.

D (do): fase da execução do planejamento realizado na fase anterior

C (check): fase da verificação dos resultados.

A (act): nesta quarta fase é necessário atuar em todo o processo.

Para se entender melhor gestão da qualidade é o conjunto de todas as

atividades gerenciais envolvidas na definição de uma política, na delegação de

responsabilidades, planejamento, implantação, garantia e aprimoramento da qualidade

numa empresa (ABNT, 1994), conforme ilustrado na Figura 1.

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3.1 Requisitos Gerais:

A ISO 9001 – Especifica os requisitos do Sistema da Qualidade para uso onde

a capacidade da organização de prover produtos que atendam aos clientes e aos

requisitos. Norma com base na qual as organizações são auditadas.

As organizações devem estabelecer, documentar, implementar e manter um

sistema de gestão da qualidade, e melhorar continuamente a sua eficácia de acordo com

os requisitos dessa Norma.

Quanto a legislação vigente para o funcionamento, com qualidade de todo o

processo de funcionamento do laticínio, enquadram os requisitos legais:

Constituição Federal de 1988

Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

gerações.

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas;

GESTÃO DA QUALIDADE

Política da Qualidade

(Objetivos e definição de responsabilidades)

Planejamento da

qualidade

(definição das

exigências com a

qualidade de

produtos/serviços)

Implementação da

Qualidade

(Técnicas e ações

utilizadas no

atendimento das

exigências de

qualidade)

Garantia da

qualidade

(Descrição e

documentação do

Sistema de Gestão

da qualidade)

Aprimoramento da

Qualidade

(Aprimoramento de

processos

produtivos)

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II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e

fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus

componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão

permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a

integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio

de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos

e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que

coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade.

Lei nº 6803, de 2 de julho de 1980, dispõe sobre as diretrizes básicas

para o Zoneamento Industrial, prevê que os Estados estabeleçam leis de zoneamento,

nas áreas críticas de poluição, que compatibilize as atividades industriais com a

proteção ambiental.

Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, e dá outras providências. No

art. 2 - dispõe que a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. No art. 14 parágrafo 3º -

Princípio de Poluidor Pagador ou da Responsabilidade - "sem obstar a aplicação de

penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da

existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a

terceiros, afetados por sua atividade".

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de1986 - Define

Impacto Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental e

demais disposições gerais.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 1-A, de 23 de janeiro de 1986 - Estabelece

normas ao transporte de produtos perigosos que circulem próximos a áreas densamente

povoadas, de proteção de mananciais e do ambiente natural.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 6, de 15 de junho de 1988 - No processo

de Licenciamento ambiental de Atividades Industriais os resíduos gerados e/ou

existentes deverão ser objetos de controle específico.

RESOLUÇÃO - RDC nº 91, DE 11 DE MAIO DE 2001 - ANVISA.

Aprova o Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de Materiais para

Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta

Resolução.

RESOLUÇÃO nº 10, DE 22/05/2003 – DIPOA/MAPA. Institui o

Programa Genérico de Procedimentos – Padrão de Higiene Operacional – PPHO, a ser

utilizado nos Estabelecimentos de Leite e Derivados que funciona sob o regime de

Inspeção Federal, como etapa preliminar e essencial dos Programas de Segurança

Alimentar do tipo APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

PORTARIA Nº 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - ANVISA.

Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

PORTARIA 326/97 e 368/97 do Ministério da Saúde estabelecem o

"Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de

Fabricação para Estabelecimentos Produtores de Alimentos".

ANVISA: Centro Integrado de Monitoramento e Qualidade do Leite,

que visa promover a integração do Ministério da Agricultura, do Departamento de

Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) e da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA) na fiscalização da qualidade do leite.

APPCC contribui para uma maior satisfação do consumidor, torna as

empresas mais competitivas, amplia as possibilidades de conquista de novos

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mercados, nacionais e internacionais, além de propiciar a redução de perdas de

matérias-primas, embalagens e produto.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51 DE 18/09/2002

ANEXO I: Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a

produção, a identidade e a qualidade do leite tipo A.

ANEXO II: Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a

produção, a identidade e a qualidade do Leite Cru Refrigerado tipo B e Leite

Pasteurizado tipo B;

ANEXO III: Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados na

identidade e na qualidade do Leite Cru tipo C, do Leite Cru Refrigerado tipo C e do

Leite Pasteurizado tipo C, enquanto perdurar a produção desse tipo de leite.

ANEXO IV: O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos

mínimos de qualidade que deve apresentar o Leite Cru Refrigerado nas propriedades

rurais.

ANEXO V: Fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que

deve ter o Leite Pasteurizado, sendo permitida a produção de outros tipos de leite

pasteurizado desde que definidos em regulamentos técnicos de identidade e qualidade

específicos.

ANEXO VI: Fixar as condições sob as quais o Leite Cru Refrigerado,

independentemente do seu tipo, deve ser coletado na propriedade rural e transportado a

granel, visando promover a redução geral de custos de obtenção e, principalmente, a

conservação de sua qualidade até a recepção em estabelecimento submetido a inspeção

sanitária oficial.

Código de defesa do consumidor, lei nº 8.078, de 11 de setembro de

1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

Quando a qualidade do leite é afetada negativamente (alterações nas

propriedades nutricionais, composição e condições sanitárias) certamente serão afetadas

a capacidade e a eficiência para transformar este leite em queijos, iogurte, manteiga e

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outros produtos com segurança alimentar. E assim, poderão chegar até os consumidores,

produtos que se tornarão nocivos à saúde dos mesmos.

MONARDES (1998) cita que fatores como má higiene no processo de

ordenha, excesso de manipulação quando fresco, alimentação e manejo inadequados dos

animais em produção fazem com que o leite torne-se um produto muito perecível,

colocando em risco o seu valor nutritivo.

Na etapa de processo de produção, considera-se um fator critico na

determinação da qualidade do produto, a limpeza e a higienização. A limpeza e a

higienização dependem fortemente da qualidade da mão de obra, que nessa unidade de

produção é um grande problema, pois, por se tratar de um ambiente didático, onde a um

fluxo diversificado de alunos.

A qualidade dos produtos lácteos no ponto de venda pode ser garantida

através da implantação de um sistema de gestão da qualidade em toda a cadeia

produtiva. A qualidade dos produtos inclui a segurança alimentar, sabor, textura, odor,

cor, conservação no prazo de validade, embalagem, valor nutritivo, conveniência,

aparência, custo, informações do rótulo, e também os serviços associados tais como

Serviço de Atendimento ao Consumidor, atendimento no ponto de venda,

responsabilidade com o cliente, entre outros.

Para se implantar é necessário antes de tudo um comprometimento da

direção, cursos de capacitação e conscientização das pessoas ou dos colaboradores. E

dentro desses requisitos, o cumprimento da legislação e averiguação e manutenção da

qualidade dos produtos e juntamente com seu processamento, adotando programas de

higiene entre outros. Fiscalização de toda a matéria prima que é necessária para o

processamento dentro do empreendimento e isso pode ser feito através de medidas

como algumas análises que determinam sua qualidade.

3.2 Requisitos de documentação

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A documentação de um empreendimento para que se possa implantar um

sistema de gestão da qualidade deve incluir: declarações documentadas da política da

qualidade dos objetivos da qualidade, um manual de qualidade, procedimentos

requeridos pela norma, e documentos necessários à organização para asssegurar o

planejamento, a operação e o controle eficazes de seus processos, e registros requeridos

por esta norma

Esse problema pode ser resolvido implantado no estabelecimento um

Sistema de Gestão da Qualidade. E dentro desse programa deve ser implantados várias

ferramentas onde as principais usadas na atualidade para garantia da inocuidade,

qualidade e integridade dos alimentos processados são:

Manual de qualidade;

Manual de operação;

As Boas Práticas de Fabricação, (BPF);

Procedimentos – Padrão de Higiene Operacional, (PPHO);

Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, (APPCC).

Embora o APPCC seja um sistema amplo para a garantia da inocuidade, da

qualidade e da integridade do alimento, este não deve ser considerado único e

independente. Considera-se o APPCC uma ferramenta para controle de processo e não

para o ambiente onde o processo ocorre. As BPF e o PPHO constituem, dessa forma,

pré-requisitos essenciais à implantação do APPCC.

3.2.1 Procedimentos – padrão de higiene operacional (PPHO):

Constituindo uma extensão do Regulamento Técnico sobre as Condições

Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos

Elaboradores / Industrializadores de Alimentos, aprovado por meio da Portaria nº

368/97, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, e tomando como base os arts.

32 33 e 35 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem

Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29.03.52, alterado pelos Decretos nos

1.255, de 25.06.62, 1.236, de 02.09.94, 1.812, de 08.02.96 e 2.244, de 04.06.97, o

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manual tem o objetivo de estabelecer Procedimentos- Padrão de Higiene Operacional,

visando reduzir ou eliminar os riscos associados com a contaminação de leite e de

produtos lácteos.

Definição: Procedimentos-Padrão de Higiene Operacional são

procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados, visando

estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará a

contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto, preservando sua qualidade e

integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais.

E tem como objetivo evitar a contaminação direta ou cruzada ou a adulteração dos

produtos por meio das superfícies dos equipamentos, utensílios, instrumentos de

processo e manipuladores de alimentos.

Responsabilidade: O Plano PPHO é um compromisso da empresa com a

higiene, devendo ser escrito e assinado pela sua administração geral e seu responsável

técnico, que passam a responsabilizar-se pela sua implantação e fiel cumprimento,

incluindo:

Treinamento e Capacitação de Pessoal;

Condução dos procedimentos antes, durante e após as operações;

Monitorização e avaliações rotineiras dos procedimentos e de sua eficiência;

Revisão das ações corretivas e preventivas em situações de desvios e alterações

tecnológicas dos processos industriais.

O plano PPHO deve seguir a seguinte estruturação:

PPHO 1. Segurança da Água;

PPHO 2. Condições e higiene das superfícies de contato com o alimento;

PPHO 3. Prevenção contra a contaminação cruzada;

PPHO 4. Higiene dos Empregados;

PPHO 5. Proteção contra contaminantes e adulterantes do alimento;

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PPHO 6. Identificação e Estocagem Adequadas de substâncias Químicas e de Agentes

Tóxicos;

PPHO 7. Saúde dos Empregados;

PPHO 8. Controle Integrado de Pragas;

PPHO 9. Registros.

3.2.2 Boas Práticas de Fabricação

As Boas Práticas de Fabricação são obrigatórias pela legislação

brasileira, para todas as indústrias de alimentos, e as portarias 326/97 e 368/97, do

Ministério da Saúde, estabelecem o "Regulamento Técnico sobre as Condições

Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores

de Alimentos". Elas devem ser respeitadas tanto as pessoas que trabalham no

empreendimento quanto as pessoas que visitem o empreendimento.

O principal objetivo do programa é garantir a integridade do alimento e a

saúde do consumidor. As normas que estabelecem as chamadas Boas Práticas de

Fabricação - BPF envolvem requisitos fundamentais que vão desde as instalações da

indústria, passando por rigorosas regras de higiene pessoal e limpeza do local de

trabalho (tais como lavagem correta e freqüente das mãos, utilização adequada dos

uniformes, disposição correta de todo o material utilizado nos banheiros e o uso de

sanitizantes) até a descrição, por escrito, dos procedimentos envolvidos no

processamento do produto.

Higiene pessoal

Os exames médicos admissionais, periódicos e demissionais devem ser

realizados segundo a norma regulamentadora NR7 da Secretaria de Segurança e Saúde

no trabalho. Também deverá ser efetuado exame médico nos trabalhadores em outras

ocasiões quando existiam razões clínicas ou epidemiológicas.

Todos os funcionários devem manter um alto grau de limpeza pessoal

(banho diário, cabelos limpos, barba feita, dentes escovados, unhas limpas, etc.).

As mãos devem ser higienizadas com produtos de limpeza e desinfecção especificados e

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aprovados.

As mãos devem ser higienizadas antes do início do trabalho, após uso dos

sanitários, após manipulação de material cru ou contaminado e sempre que for

necessário.

Recomendações para higienização de mãos:

Umedecer as mãos com água;

Colocar o detergente nas mãos;

Esfregar as mãos na seguinte sequência: palma, dorso, espaço entre os dedos,

polegar, unha e ponta dos dedos, articulações, punhos e antebraço;

Enxaguar em água corrente;

Enxugar com papel toalha;

Utilizar solução sanificante;

Pessoas afetadas por qualquer enfermidade que possa contaminar a matéria -

prima, os ingredientes, o ambiente, outros funcionários ou visitantes não devem

participar do processo produtivo.

Nenhuma pessoa portadora de ferimentos poderá continuar manipulando

alimentos, ou superfícies em contato com alimentos, até que se determine seu retorno à

função por determinação médica;

Os cabelos devem estar limpos e totalmente protegidos com touca;

Não é permitido o uso de barbas;

Funcionários que manipulem alimentos diretamente ou de salas de envase

não devem possuir barba, bigode ou costeletas. Para visitantes devem ser usados

protetores específicos para barba, bigode e cabelo;

Setores de envase não devem ser visitados;

As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e sem esmalte; O uso de cílios,

unhas postiças e maquilagem deve ser proibido. Não é permitido fumar em áreas de

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18

produção de alimentos; Não é permitido fumar em áreas de estocagem de matérias-

primas e ingredientes expedição, cantina e vestiários;

Não é permitido fumar em áreas de estocagem de matérias-primas e

ingredientes, expedição, cantina e vestiários;

Não é permitido fumar em sanitários e áreas de apoio;

Devem ser previstos locais próprios para fumar.

Uniformes e acessórios

Os uniformes devem estar limpos, sem botões e sem bolsos acima da

cintura; devem ser trocados diariamente; devem também ser usados exclusivamente nas

áreas de trabalho; sendo necessário o uso de agasalhos, Ester devem estar abaixo do

uniforme e completamente coberto pelo mesmo; Uso de uniforme impermeável é

recomendado em tarefas onde o funcionário possa sujar o uniforme muito rápido;

Os calçados devem ser fechados (sem aberturas na frente), impermeáveis e

antiderrapantes; devem ser mantidos limpos e sem boas condições;

A touca deve estar limpa e íntegra;

Não deve ser permitido o uso de alianças, anéis, brincos, colares, pulseiras,

ou qualquer outro adorno;

Quando necessário o uso de óculos, estes devem estar preso por um cordão

que passe por trás do pescoço;

Hábitos comportamentais

Deve ser realizado um treinamento a todos os colaboradores do

empreendimento;

Devem ser estabelecidos procedimentos documentados para identificação de

necessidade de treinamento;

Os treinamentos realizados devem ser registrados;

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19

Os visitantes e funcionários terceirizados devem se adequar a todas as

normas de BPF;

Antes de tossir e espirrar deve-se afastar dos produtos, cobrir a boca e nariz

com lenço de papel e em seguida lavar as mãos;

Na área de produção não se deve mascar chicletes, comer balas ou manter

palitos na boca;

Não deve ser permitido o consumo de alimentos e bebidas nas áreas de

sanitários e vestiários;

Higiene Ambiental

A situação e condições da edificação devem impedir a entrada de pragas e

evitar contaminações cruzadas.

A área externa não deve oferecer condições de desenvolvimento de pragas;

A área externa deve possuir calçadas de pelo menos um metro de largura

contornando as instalações, e devem estar cimentadas ou asfaltadas;

Edificações

As instalações e fluxo de operações devem ser adequados de forma a evitar

contaminações cruzadas;

Paredes e tetos devem ser lisos, laváveis, impermeáveis e com acabamento

que impeça o acúmulo de poeira;

As paredes devem ser construídas e revestidas com materiais não

absorventes, laváveis e apresentar cor clara;

Os tetos e forros devem ser mantidos limpos e em bom estado de

conservação, livres de condensação, mofos e aberturas;

O piso em áreas úmidas deve ser antiderrapante e resistente ao impacto; e

deve possuir declividade de no mínimo 2%, quando o uso de água é frequente;

Os ralos devem ser evitados nas áreas de produção, quando existentes devem ser

sifonados, com sistema de fechamento e permitir livre acesso para limpeza;

As canaletas quando necessárias devem ser lisas e possuir grades de aço

inoxidável e declive de no mínimo 2% para o sifão;

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20

Os ângulos entre pisos e paredes devem ser de fácil limpeza e quando

possível arredondados;

As janelas devem se fixas e empregadas preferencialmente par iluminação.

Quando abertas devem ser dotadas de telas.

As telas devem permitir remoção para limpeza e ter abertura menor ou igual

a 2mm;

Nas janelas o beiral interna deve ser evitado;

As escadas devem ser construídas de modo a não causar contaminação;

As portas de entrada não devem ter acesso direto do exterior para área de

produção; não devem possuir vãos e deveram ser de material não absorvente e de fácil

limpeza;

As cortinas de ar e/ou plástico podem ser empregadas;

As escadas, montacargas e estruturas auxiliares, como plataformas, escadas

de mão e rampas deverão estar localizadas e construídas de forma a não causarem

contaminação.

Instalações sanitárias

Os sanitários e vestiários não devem ter comunicação com as áreas de

produção; devem ser mantidos limpos, ventilados e bem iluminados;

Deve ser mantidos ao lado dos lavatórios produtos de limpeza e desinfecção

para as mãos, toalhas de papel descartáveis e com papel não reciclado;

Os vasos sanitários devem ser dotados de descarga eficiente;

Papel higiênico e lixeira tampada e com saco plástico interno devem estar disponíveis

ao lado do vaso sanitário;

Cada funcionário deve ter um escaninho disponível no vestiário;

O funcionário deve ser responsável pela organização e limpeza do mesmo;

Não devem ser estocados alimentos ou bebidas em escaninhos nos vestiários;

Os ralos devem ser sifonados e ter sistema de fechamento;

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21

Deve ser previsto local apropriado para secagem de toalhas de banho;

Os sanitários e lavatórios deverão dispor de um eficaz sistema de evacuação de

efluentes e águas residuais.

Serviços Gerais

Os recipientes para lixo, localizados nas áreas de processo, devem ser

tampados e removidos diariamente;

As áreas externas de colocação de lixo devem ser isoladas, de fácil limpeza

e exclusiva para este fim;

Tambores coletores de lixo devem ser mantidos tampados e ser diariamente esvaziados;

Deve ser promovida a limpeza periódica dos tambores de lixo.

Higiene operacional

A área de fabricação é crítica na elaboração dos produtos, portanto,

precauções devem ser tomadas para que esta seja mantida em condições que

não causem contaminação dos mesmos.

Toda área de fabricação deve ser mantida em condições

adequadas, devendo estar livre de materiais não empregados no processo;

Procedimentos operacionais padrão devem ser elaborados para

cada etapa do processo e devem contemplar os resultados esperados, as

principais atividades e ações corretivas;

Os pessoais responsáveis pelas operações do processo devem estar

adequadamente treinados;

O trânsito de pessoas e/ou material estranho deve ser evitado

nas áreas de produção.

Recepção

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No recebimento de matéria-prima devem ser realizadas inspeções

e os resultados obtidos devem ser confrontados com as especificações

internas do produto;

Os caminhões devem ser inspecionados antes do recebimento para

verificar presença de pragas, odores estranhos, vazamentos ou qualquer

outra alteração que possa afetar o produto transportado.

Armazenamento de matérias primas, insumos e embalagens

As matérias-primas, insumos e embalagem devem ser armazenados

em condições que impeçam a contaminação e/ou desenvolvimento de

microrganismos; e em condições que impeçam a alteração do produto e danos à

embalagem;

As matérias-primas e insumos a serem processados devem estar

separados dos produtos finais, e armazenados em local próprio, fresco e com ventilação

adequada, e dispostos sobre estrados de materiais que permitam fácil higienização;

As matérias-primas e insumos devem ser devidamente identificados (lote,

validade);

Embalagens de insumos que não tenha sido totalmente usadas devem ser

mantidas fechadas, armazenadas e identificadas quanto ao conteúdo, data e lote;

As matérias-primas e insumos rejeitados devem ser segregados

dos demais e identificados;

Os armazéns devem trabalhar no sistema FIFO (primeiro que

entra, primeiro que sai).

Processo

Os instrumentos de controle de processo, tais como medidores de tempo,

peso, temperaturas, pressão, detectores de metais devem estar em boas condições,

aferidos periodicamente para evitar desvios dos padrões. O processo de

aferição/calibração deve ser registrado;

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23

Os produtos a serem reprocessados devem possuir condições tais

que não afetem a qualidade de lotes subsequentes àqueles aos quais se

incorporarão;

Embalagens de produtos acabados não devem ser empregadas para outros

fins;

Deve ser estabelecido um sistema de rastreabilidade para insumos e

produtos acabados;

Todo produto acabado e os reprocessos devem ser embalados no

mais curto espaço de tempo;

Embalagens e recipientes vazios de insumos devem ser retirados da área de processo no

mais curo espaço de tempo;

Embalagens de insumos e outros produtos não devem ser empregados para

fins diferentes daqueles que foram originariamente destinados; Frascos de vidro não

devem ser empregados para coleta de amostra;

Instrumentos de vidro, tais como termômetros e densímetros não devem ser

empregados nas áreas de processo;

Caixas de papelão, tambores e outros recipientes devem ser limpos

externamente antes que entrem para a área de produção;

No caso de devolução de produtos, estes deverão ser colocados em setores

separados e destinados à finalidade, até que se estabeleça seu destino.

Equipamentos e utensílios

Os equipamentos e utensílios devem ter desenho sanitário e serem

construídos em materiais que não ofereçam risco de contaminação, e devem ser

utilizados unicamente para os fins aos quais foram projetados;

Quando o desenho não for sanitário, os equipamentos devem ser

desmontáveis de forma a permitir limpeza de todas as partes em contato com o produto;

As superfícies de equipamentos e utensílios deverão ser lisas e estar isentas

de imperfeições (fendas, amassaduras, etc.);

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Deve ser evitado o uso de madeira e qualquer outro material que não se

possa limpar e desinfetar adequadamente;

Todas as superfícies que entrem em contato com o alimento devem estar

devidamente limpas e desinfetadas;

Os equipamentos não devem possuir parafusos, porcas, rebites ou partes

móveis que possam cair no produto;

A pintura interna de equipamentos deve ser evitada, sendo necessária, deve

ser de cor clara, com tinta atóxica e de fácil aderência;

Detectores de metais e imãs devem ser instalados, quando necessários, para

garantir a retirada de materiais ferrosos e não ferrosos na matéria-prima, produto em

processo e produto acabado;

Peneiras devem ser colocadas em pontos de processo para garantir a retirada

de partículas estranhas de matéria-prima, produto em processo e produto acabado;

Armazenamento e transporte de produtos acabados

Os produtos acabados devem ser armazenados em condições que impeçam a

contaminação e/ou desenvolvimento de microrganismos;

Os produtos acabados devem ser armazenados em condições que impeçam a

alteração do produto e danos á sua embalagem;

Os veículos de transporte deverão realizar as operações de carga fora dos

locais de elaboração dos alimentos, devendo ser evitada a contaminação destes e do ar

pelos gases de combustão;

As práticas de limpeza e manutenção, assim como o programa de controle

de pragas devem ser aplicados nos armazéns de produtos acabados;

O armazenamento de produtos acabados deve ser feito sobre estrados, e

nunca diretamente no chão;

Os estrados devem ser de material que permita fácil higienização;

Danos físicos devem ser evitados nas embalagens de produtos acabados;

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25

As empilhadeiras devem ser mantidas em boas condições de uso, sem

vazamento de óleo;

Deve ser empregado sistema FIFO (primeiro que entra, primeiro que sai) na

expedição de produtos acabados;

Deve ser adotado um sistema para identificação de produtos retidos,

produtos liberados, produtos para reprocesso e descarte;

Os produtos acabados devem ser identificados adequadamente (lote,

validade, situação);

Os produtos acabados devem ser armazenados em local fresco e de

adequada ventilação;

O veículo de transporte ser inspecionado. Não deve apresentar evidência de

presença de pragas, vazamentos, umidade, materiais estranhos e odores desagradáveis;

Carregamento de caminhões deve ser feito em área coberta e

preferencialmente fechada;

Manutenção

Os funcionários da manutenção devem receber treinamento quanto às Boas

Práticas de Fabricação;

Deve-se adotar sistema de manutenção preventiva e corretiva;

A área ou equipamento a ser reparado deve ser isolado ou sempre que

possível, no caso de equipamento, a sua remoção de área;

Deve ser evitado o uso excessivo de lubrificantes nos equipamentos;

Óleos e graxas, quando empregados, devem ser para lubrificação externa e

apropriado para fins alimentícios.

3.2.3 APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle)

O APPCC baseia-se numa investigação sistemática para identificar, avaliar

e controlar os perigos advindos do processamento de alimentos nas linhas de produção,

distribuição e consumo. Para controlar alimentos crus altamente perigosos e alimentos

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processados que possam conter substâncias venenosas ou microorganismos agentes de

infecções alimentares e/ou que possam permitir o crescimento microbiano, necessário

identificar as fontes potenciais e pontos específicos de contaminação por análise de cada

etapa alimentar (Hazelwood, 1994).

A determinação da possibilidade dos microrganismos sobreviverem ou

multiplicarem-se durante a produção, processamento, distribuição, estocagem e preparo

para o consumo é também importante sua avaliação dos riscos e seu grau de severidade.

Um ponto crítico de controle é definido como um alimento crú, uma operação, uma fase

ou uma etapa da cadeia do processamento do alimento (LARA, 2004), sobre a qual pode

ser exercida uma medida preventiva ou de controle e onde e perda desse controle pode

resultar em um risco inaceitável para a saúde do consumidor.

Para a implantação de um plano APPCC é necessário que a indústria adote

Boas Práticas de Fabricação (BPF), ou seja, medidas higiênico-sanitárias apropriadas,

conforme preconizado no Regulamento Técnico sobre condições Higiênicuntamente

com o Programa Genérico de Procedimentos – padrão de higiene operacional – PPHO,

que formam os pré requisitos essenciais a implantação do APPCC. (BRASIL, 1997).

Uma vez atendidos os pré-requisitos, a elaboração de um plano APPCC

alicerça-se na identificação de pontos críticos de controle (PCC), que são aquelas etapas

do fluxograma de produção que apresentam riscos de ocorrência de perigos que não são

controlados pelas medidas preventivas (BPF e PPHO) e não são eliminadas em etapas

subseqüentes.

Princípio 1: Identificação dos perigos, análises dos riscos e consideração das medidas

preventivas de controle.

Perigos podem ser contaminantes de natureza biológica, química ou física, que pode

causar danos à saúde ou a integridade do consumidor.

Os riscos devem ser analisados em relação a sua importância para a saúde

pública, a perda da qualidade de um produto e a sua integridade econômica

Principio 2: Identificação dos Pontos Críticos de Controle

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São pontos significativamente críticos à produção. Para sua determinação

pode-se utilizar uma arvore decisória disponível na literatura para a determinação se o

ponto seria um risco critico ou apenas um risco, variando o grau de severidade deste.

Princípio 3: Limites Críticos para cada PCC

Os limites críticos são os valores que separam os produtos aceitáveis dos não

aceitáveis, podendo ser qualitativos ou quantitativos. O estabelecimento destes limites

foi baseado no conhecimento disponível em fontes.

Princípio 4: Sistema de Monitoramento para cada PCC

O monitoramento deve ser capaz de detectar qualquer desvio do processo com

tempo suficiente para que as medidas corretivas possam ser adotadas antes da

distribuição do produto.

Princípio 5: Ação corretivas

As ações corretivas devem ser específicas e suficientes para a eliminação do

perigo após a sua aplicação.

Princípio 6: Documentos e procedimentos de registros

Todos os dados e informações obtidas durante o processo de vigilância, de

verificação, resultados laboratoriais, etc., devem ser registrados em formulários

próprios.

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Princípio 7: Procedimentos de verificação

O monitoramento dos PCC deve ser alvo de verificação, como forma de

garantir sua perfeita execução.

Chegada do leite

(Retirada dos latões do caminhão)

Recepção do Leite

(Análise de ph, e encaminhamento para

o tanque de recepção)

Tanque de Recepção

(Armazenamento do leite

até seu processamento)

Pasteurização

Processo produtivo

Fabrico do Queijo

Fabrico de Yogurte

Fabrico de doce de Leite

Fabrico de bebida láctea

Embalagem

Empacotamento do leite

Cooperativa

Refeitório

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A partir do fluxograma utilizado no trabalho, foram identificados quatro PCC (figura 2).

Etapas do processo Identificação do

perigo

Medidas de controle PCC Observações

Produção do leite Biológico,

contaminação por

microorganismos

patogênicos ou de

toxinas.

BPO – Tratamento tanto

preventivo/ terapêutico dos

animais enfermos.

Sim Cuidados na

ordenha, e sempre

trabalhar com

animais sadios,

ordenhadores

capacitados e

treinados. Práticas

agropecuárias

adequadas.

Resfriamento e transporte Biológico,

microorganismos

principalmente

psicrotróficos Gram

negativos.

Químicos, resíduos de

produtos ácidos ou

alcalinos. Ocorre

principalmente pela

adição acidental ou

intencional.

Físico, resíduos de

materiais estranhos

(cabelo, insetos,

metais). Ocorre pela

adição acidental ou

intencional.

Controle da temperatura e

higienização do tanque de

resfriamento.

Controle dos processos de

limpeza e sanitização.

BPO – treinamentos,

inspeções, análise visual.

Sim Resfriamento a

temperaturas

inferiores a 4ºC no

máximo até 2 horas

após a ordenha.

Análises físico-

químicas e

microbiológicas.

Deve-se manter o

leite por no máximo

3-4 dias (quando a

estocagem ocorreu

a temperaturas

inferiores a 4ºC.

Chegada do leite

Contaminação no

transporte, manuseio

dos latões,

contaminação de

bactérias.

Higienização, desinfecção

dos latões.(Descritas abaixo).

Análises do leite

Higienização do caminhão.

Sim

Métodos de

higienização devem

ser propostos e

acompanhados, o

meio de transporte

deve ser único.

Recepção do leite

Antibióticos

Microorganismos

patogênicos,

Toxinas de

staphylococcus

aureus

Realização de testes

para verificação da

presença de resíduos de

antibióticos.

Pasteurização

Controle de temperatura

para prevenir a

produção de toxinas.

Sim

Não

Não

As análises

devem ser feitas

e posteriormente

cobradas do

fornecedor.

Análises

descritas abaixo.

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APPCC de acordo com as etapas descritas no fluxograma Transporte do leite:

Após ordenha, que é a operação que geralmente, na maioria das vezes, o

leite é contaminado, alguns cuidados devem ser tomados até o processo de

processamento deste produto.

Ao sair do úbere do animal, o leite está na temperatura ideal para a

proliferação de bactérias. À medida que o leite for sendo ordenhado, deve ser filtrado

em coadores próprios de tela fina.

Os critérios de qualidades do leite utilizado na elaboração de derivados

seguem as mesmas normas estabelecidas para o leite tipo C. Assim, a maior parte deste

leite é produzido em fazendas leiteiras e disposto em latões, os quais são recolhidos por

caminhões e levados até postos de refrigeração para, finalmente, ser transportado até a

usina de beneficiamento. Este fluxograma tem sido utilizado por várias décadas e

constitui, ainda hoje, a principal forma de captação de leite pelas indústrias

(SILVESTRINI, 1985). Entretanto, este modelo necessita de uma profunda revisão,

uma vez que, com a implementação de programas de qualidade total, as empresas

deverão exigir, cada vez mais, melhor qualidade do leite in natura.

A relação tempo-temperatura assume destacada relevância para a

conservação do leite recém-ordenhado. Para o leite C, a legislação brasileira estabelece

o intervalo máximo de 12 horas entre a ordenha e a chegada na plataforma da usina

(MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 1980).

A cadeia de frio é fundamental, também, para a prevenção de

microrganismos patogênicos no leite. O produto extraído da vaca deve chegar ao local

de armazenamento (latão ou tanque) com uma carga microbiana variando entre 500 e

10.000 ufc/m1. Recomenda-se, também, resfriar o leite a 4º C dentro de duas horas após

a primeira ordenha. Nos casos em que se utiliza o sistema de tanque de expansão, a

temperatura do leite de mistura, após a segunda ordenha, não deve ultrapassar 10º C,

atingindo o máximo de 4º C dentro de uma hora.

A higienização dos latões utilizados para o transporte também é outro fator

de grande importância, pois estes possuem rugosidades que se não higienizados

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adequadamente podem servir de abrigo para colônias de bactérias e assim a qualidade

da matéria prima sofrer alterações. A utilização de vapor neste caso é apresentado como

uma boa opção de pratica para controle destas bactérias.

Outro fator importante neste caso é o meio de transporte utilizado para

locomoção da matéria prima, este em observação é tido como em não conformidade,

pois, alem do leite, faz-se neste o transporte de maquinários agrícolas, alunos provindos

dos projetos de produção deste Instituto, o que faz com que possa ocorrer a

contaminação, visto também que neste veiculo não se tem uma isolação adequada para o

transporte de matéria prima que passará por processamento e em seguida

disponibilizada à alimentação humana.

Assim para a obtenção de um produto final de boa qualidade, no

processamento da matéria prima, deve-se adotar boas praticas de produção para evitar

contaminações. Pode-se destacar alguns microorganismos contaminantes do leite:

• Bactérias PSICRÓFILAS (0º a 15ºC);

• Bactérias MESÓFILAS (20º a 40ºC);

• Bactérias TERMÓFILAS (44º a 55ºC);

Outros microorganismos altamente prejudiciais ao leite na tabela seguinte:

MICROORGANISMO FONTE

NATURAL

IMPORTÂNCIA DOSE

INFECTIVA

TEMPERATURA

ÓTIMA DE

MULTIPLICAÇÃO

Salmonella spp. Aves,

animais

selvagens e

domésticos,

homem,

insetos.

Patógeno comum

em doenças de

origem alimentar.

Associado a

deficiências na

higiene e ou no

processamento de

alimentos.

Baixa: 5 a 24

UFC/ml de leite;

4

UFC /Kg de leite

em

pó; 0,4 a 9,3 UFC

/100g de queijo.

37 ºC

Listeria Monocytogenes

Solo,

vegetações,

homem,

água.

Pode multiplicar-se

lentamente mesmo

a temperaturas de

refrigeração. Taxa

Desconhecida,

provavelmente

baixa para

organismos

25 a 30 ºC

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de mortalidade:

30% dos

infectados.

imunodeprimidos.

Bacillus cereus Solo,

vegetais,

leite in natura.

Esporos

termoresistentes.

Toxina pode ser

formada no

intestino ou em alimentos.

Relatos de que

seja

1,2 x 103 UFC.

30 ºC

Staphylococcus

Aureus

Pele,

glândulas da

pele e

membranas

mucosas. Por

ex.

nariz, unhas,

furúnculos.

Pode passar para os

alimentos

facilmente

pela manipulação

incorreta. Produz

toxina termoresistente.

1 mg toxina / g de

alimento.

37 ºC

Escherichia coli Ambiente

(solo,

água, fezes,

estrume

de gado),

trato

digestivo de

animais.

Leite in

natura.

Microorganismo

indicador de más

condições

higiênicas. Há

cepas produtoras

de toxinas

termoestáveis e

termolábeis.

Alta: 105

a 108

/g.

30 a 37 ºC

Campylobacter

jejuni

Solo, água,

trato

digestivo de

animais, leite

in natura..

Causa uma das

mais importantes

diarréias a nível

mundial. Embora

não multiplique

bem em alimentos

, estes podem ser

veiculadores.

Baixa: 5 x 102

/g

42 a 45 ºC

E. coli 0157: H7 Gado bovino,

fezes de

ovelhas,

carne e leite

in natura.

Enterohemorrágica.

Sintomas severos

que podem ser

fatais.

Desconhecida. 45 ºC.

HARDING (1995) ressalta a importância da manutenção de um bom nível

de higiene na produção do leite desde a sua obtenção nas fazendas. Leite extraído de um

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úbere sadio é livre de bactérias, e a contagem total de bactérias pode ser considerada

uma indicação do cumprimento das boas práticas higiênicas de ordenha.

3.2.4 Recepção do leite

Procedimentos Específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima

Contagem Padrão em Placas (CPP);

Contagem de Células Somáticas (CCS);

Pesquisa de Resíduos de Antibióticos;

Determinação do Teor de Sólidos Totais e Não-Gordurosos;

Determinação da Densidade Relativa;

Determinação da Acidez Titulável;

Determinação do Teor de Gordura;

Medição da Temperatura do Leite Cru Refrigerado.

Controle de Documentos e Registros

Como visto o empreendimento em questão possui um método para o

controle de documentos e registros, mas pouco eficiente. Assim a implantação de uma

nova metodologia de controle destes, a revisão da forma como esta sendo feito o

controle e a formulação de novos métodos de controle pode tem melhor eficiência no

empreendimento. Assim segue-se alguns passos importantes de controle de registros e

documentos.

3.2.5 Controle de documentos

Objetivo

Estabelecer a metodologia para identificar, coletar, acessar (recuperar),

armazenar, preservar (proteger), e descartar os registros pertinentes ao empreendimento.

Descrever a forma como é efetuado o controle de ativos de documentos na

organização. Estes ativos são todos os processos, instruções de trabalho, registros e

formulários que contêm algum nível de conhecimento da organização.

Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da qualidade devem ser

controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem ser controlados de

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acordo com os requisitos apresentados. Um procedimento documentado deve ser

estabelecido para definir os controles necessários. Para:

a) Aprovar documentos quanto a sua adequação, antes da sua emissão;

b) Analisar criticamente e atualizar, quando necessário, e reaprovar documentos;

c) Assegurar que as alterações e a situação da revisão atual dos documentos sejam

identificadas;

d) Assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam

disponíveis nos locais de uso;

e) Assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis;

f) Assegurar que documentos de origem externa determinados pela organização

como necessários para o planejamento e operação do SGQ sejam identificados e

que sua distribuição seja controlada;

g) Evitar o uso não pretendido de documentos obsoletos e aplicar identificação

adequada nos casos em que eles forem retidos por qualquer propósito;

3.2.6 Controle de registros

Registros estabelecidos para prover evidência de conformidade com requisitos e

da operação eficaz do sistema de gestão da qualidade devem ser controlados. A

organização deve estabelecer um procedimento documentado para definir os controles

necessários para a identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e

disposição dos registros. Registros devem permanecer legíveis, prontamente

identificáveis e recuperáveis.

Os documentos em papel que compõem os registros devem ser acondicionados

de maneira adequada usando por exemplo os seguintes padrões, conforme apropriado:

a) Pastas suspensas, tipo KATINA ou similar; b) Pastas tipo ELETRON ou similar; c)

Pastas para Formulários Contínuos; d) Caixa - Arquivo. Em todos os padrões de

arquivamento indicados é necessário a identificação do conteúdo das mesmas utilizando

etiqueta ou outro meio adequado. O armazenamento dos registros deve ser feito em

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local adequado que garanta a sua pronta identificação, preservação / proteção e acesso /

recuperação durante o tempo de sua retenção. As instalações utilizadas, inclusive

arquivos e estantes metálicas ou em madeira, armários, caixas de cd / DVD, etc., devem

satisfazer as práticas aplicáveis, no que se refere à manutenção das características do

local, limpeza, ausência de roedores e insetos, funcionalidade e adequação dos recursos

empregados para o armazenamento dos documentos. Sempre que conveniente, as

instalações devem ser submetidas à dedetização, desratização e descupinização para

prevenir sua deterioração. Estas instalações devem ser protegidas contra intempéries, ser

bem ventiladas e dispor de extintores de combate a incêndio em locais apropriados.

4. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

A ISO 9001 é uma norma de gestão e é de vital importância a participação e

o envolvimento da alta direção para que toda organização seja orientada e motivada

para implantação de um SGQ. Esse requisito tem grande importância no processo de

identificação, e atendimento dos requisitos dos clientes. Já ouviu aquela frase “a

empresa tem a cara do dono?” Foi dessa forma que a ISO pensou e preparou esse

requisito.

4.1 Comprometimento da direção

A Alta Direção deve fornecer evidência do seu comprometimento com o

desenvolvimento e com a implementação do sistema de gestão da qualidade, e com a

melhoria contínua de sua eficácia. A alta direção não vem apresentando evidências do

seu comprometimento com o desenvolvimento e com a possível implementação de um

SGQ, e tampouco com a melhoria contínua de sua eficácia.

Evidenciamos como é falho o comprometimento da alta direção em relação

as suas prioridades, o ponto principal é o aprendizado dos alunos e foi verificado através

de entrevista com a responsável técnica pelo setor, que os alunos não seguem manuais

para os processos, e são, na maioria das vezes, orientados pela própria Fernanda.

Melhorias para esse aspecto:

Na situação de aprendizes, os alunos deveriam vir preparados para as aulas

práticas, sendo instruídos na sala de aula, como se comportar nos processos.

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Cada professor deve verificar a melhor forma de se adequar, deve ser

estabelecidos aqui um cronograma de reuniões, afinal quem melhor sabe o que

seus alunos precisam é o professor.

O professor responsável deveria estar presente, no mínimo, nas primeiras aulas

práticas, para sanar possíveis dúvidas e auxiliar na melhor compreensão dos

alunos. No dia da aula prática, as aulas dimensionadas para o professor devem

ser apenas daquela turma, estabelece aqui, como primeiras aulas práticas, cada

processo/alteração de processo de produção do laticínio.

Os responsáveis pelo setor Verônica ou Ana Cristina deveriam estar presentes

nas mudanças de processos dentro do setor, apontando aos aprendizes a

importância do processo e a melhor forma de executá-lo para minimizar os

erros. Não somente a técnica Fernanda tem essa responsabilidade, uma vez que

os responsáveis pelo setor tem esse conhecimento, e são os maiores

responsáveis.

Contar com manuais de boas práticas operacionais, para que sempre que

houvessem dúvidas pudessem saná-las. Manuais de boas práticas operacionais,

que devem ser elaborados seguindo fontes disponíveis que auxiliem, juntamente

com os responsáveis pela elaboração desse SGQ, pelos técnicos do setor, os

responsáveis pela alta direção e os alunos. Afinal, são os alunos que tem as

maiores dúvidas e são colaboradores fundamentais em todo o processo.

Serão necessárias reuniões dos responsáveis para verificar as melhores

formas de resolver esses aspectos.

Convocação: A alta direção, os responsáveis e colaboradores do laticínio,

professores do curso técnico em alimentos e convidar mesmo os que não são

professores, mais possam ajudar nesse processo de melhoria.

Freqüência das reuniões: Na fase de implantação da norma, as reuniões

devem ser feitas no mínimo uma vez por semana, esse dia deve ser estabelecido

conforme a disponibilidade dos envolvidos. Após a implementação podem ser feitas,

quinzenalmente ou mensalmente, para que possam ser estabelecidas cada vez mais

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melhorias, para verificação se o que foi estabelecido está sendo cumprido e para uma

melhor comunicação entre todos.

Deve ser explicado o motivo dessa reunião, explicar que o aprendizado dos

alunos é o foco, o mais importante, e se eles forem mais instruídos durante as aulas

teóricas, chegarão mais preparados nas aulas práticas o que terá como resultado maior

aprendizado, menos perca de tempo da responsável técnica e melhorias no processo e no

produto.

O manual a ser elaborado na reunião, como citado acima, deve ser

elaborado por todos, tendo os alunos escolhido seus representantes, podendo utilizar o

Manual de boas práticas de fabricação (GMP), que já é disponibilizado no próprio

laticínio, porém foi verificado que os alunos não o utilizam e outros de conhecimento

dos responsáveis pela elaboração do mesmo, estes, podem ser utilizados como roteiro,

porém, o manual deve ser elaborado através da colaboração de todos os envolvidos, o

objetivo do manual é que ele seja prático e de fácil compreensão dos alunos e

colaboradores.

4.2 Foco no cliente

O empreendimento deve assegurar a satisfação de seus clientes (externo),

tendo-o como foco principal, mas também existe entre outros os clientes internos que

são os colaboradores. No caso do laticínio em estudo, os colaboradores são os próprios

alunos, onde que aprendem na teoria o que será feito e depois aplicam na prática, com

intuito de conhecerem todo o processo na confecção dos produtos que serão gerados.

Então, o cliente em si (externo) não é o principal ao final do produto, e sim o

aprendizado dos alunos, ou seja, os alimentos produzidos na maioria das vezes são

utilizados pelos próprios alunos no refeitório do Instituto e o excedente irá para a

cooperativa do mesmo, para serem comercializados.

Como os clientes não são o foco principal do setor, são atendidos de forma

secundária, apenas o que não é usado para consumo dos alunos é vendido, o que resulta

em consumidores insatisfeitos, principalmente em relação à disponibilidade dos

produtos. Esse aspecto não pode ser mudado, uma vez que as funções do setor são de

fato o aprendizado e o consumo dos alunos. A disponibilidade de matéria prima não é

suficiente para atender aos alunos e aos clientes e o laticínio não tem condições de

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estrutura para seguir as normas de qualidade, por exemplo, a planta do prédio está de

forma inadequada (vigilância), o que compromete todo o processo de adequação. O que

se propõe são melhorias, que envolvem entre outros, a bovino de leite:

A solução mais adequada seria a construção de um novo laticínio, uma vez que o

atual está inadequado. Porém isso vem sendo secundário, devido a questões

políticas, financeiras e de ordem de importância dentro do instituto;

Como a solução acima se mostrou “impossível” nesse momento, alguns aspectos

poderiam minimizar os problemas:

Uma vez que existem consumidores interessados nos produtos vendidos na

cooperativa, uma alternativa seria uma maior produção de leite, matéria prima

indispensável no processo, envolvendo a compra de mais bovinos de leite,

porém existem problemas em relação a essa solução, como a área da bovino de

leite, o bem estar animal, recursos humanos para atender a demanda de bovinos

e recursos financeiros da instituição, e falta de estudos nesses SGQ para esses

aspecto. Outra alternativa, em consideração aos clientes externos, que não são

somente as pessoas que adquirem os produtos na cooperativa do Instituto, mas

também os próprios alunos os quais consomem os produtos no refeitório em que

eles mesmos confeccionaram. Então, uma solução para a questão da oferta de

leite não ser suficiente para suprir as necessidades dos consumidores: alunos e

clientes poderiam ser através da realização de um levantamento com os alunos

que utilizam do refeitório, para saber se seria possível a substituição do leite pela

bebida láctea (que é confeccionada no laticínio), é utiliza 50% de leite e os

outros 50% de soro, transformando um resíduo em alimento, ao menos um ou

dois dias na semana. Essa substituição poderá até mesmo evitar desperdícios de

leite no próprio refeitório. Outra opção que pode ser sugerida é a substituição do

leite no café da manhã ou da noite por suco, podendo ser também de duas a três

vezes por semana.

Mais colaboradores, uma vez que os alunos são aprendizes, e não colaboradores,

e mais produtos necessitam de maior demanda de mão de obra. Colaboradores

mais bem instruídos acarretariam em melhorias no aprendizado, processo e no

produto.

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Uma melhor comunicação entre cliente/empreendimento, por exemplo, um

cronograma de produtos para venda na cooperativa. Dessa forma, os clientes

saberiam quando cada produto estaria disponível para seu consumo.

O estabelecimento de um SAC via 0800 não se torna obrigatório devido ao

pequeno número de consumidores e por abranger (diretamente) uma única

cidade. Os alunos do primeiro ano do curso técnico em alimentos (porque tem

menos atribuições dentro do setor, uma vez que são responsáveis principalmente

pela limpeza) ficarão responsáveis pela contagem das informações do

questionário, que será entregue a responsável técnica Fernanda que levará os

resultados a Alta direção que deverá estabelecer medidas para realizar as

melhorias propostas pelos consumidores, para melhor atendê-los. A proposta é

estabelecer um questionário de satisfação do cliente, disponibilizado após cada

compra e depositado em uma urna no próprio local, e o questionário será feito na

primeira semana de cada mês, contendo as seguintes perguntas:

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Questionário 1: para a alta direção atender melhor aos consumidores

Ajude-nos a melhor atendê-los, responda o questionário abaixo e dê suas sugestões

Sim Não Parcialmente. Justifique.

Você encontrou o produto de seu interesse?

O produto atendeu a sua necessidade?

O sabor do produto foi satisfatório?

O odor do produto foi satisfatório?

A coloração do produto foi satisfatória?

A qualidade do produto permaneceu até o

fim de sua validade?

O local onde os produtos estão armazenados

é adequado?

A embalagem do produto atendeu as

necessidades de armazenamento?

A embalagem do produto tinha informações

nutricionais?

O ambiente aparenta ser higienizado?

Você foi bem atendido na cooperativa?

Observações:

Sugestões:

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A alta direção deve fornecer a evidência do seu comprometimento com o

desenvolvimento e com a implementação do SGQ, e com a melhoria continua de sua

eficácia.

a) Comunicando à organização da importância de atender aos requisitos dos

clientes, como também aos requisitos estatutários e regulamentares; - foco no cliente

b) Estabelecendo a política da Qualidade;

c) Assegurando que os objetivos da qualidade são estabelecidos;

d) Conduzindo as análises críticas pela direção; e

e) Assegurando a disponibilidade de recursos;

Dessa forma que os auditores vão descobrir se a alta direção está mesmo

comprometida com o SGQ. O comprometimento pode ser evidenciado através desses

cinco pontos exigidos pela norma.

Se pessoas na organização não conhecem a política da qualidade é sinal de

que a Alta Direção não se empenhou em comunicá-la por toda organização. Se não

existem atas de reunião comprovando a existência de reuniões de análises críticas temos

outra evidência de que a Alta Direção não está comprometida. Se os recursos são

escassos ou os treinamentos não são fornecidos adequadamente temos mais uma

evidência de não comprometimento.

4.3 Política da Qualidade

No momento da exposição dessa problemática pelo grupo responsável do

Programa de Qualidade à Alta Direção do Projeto do laticínio, esta se sensibilizou da

importância de assumir a sua parcela de responsabilidade, mais não depende somente da

vontade da direção, sendo que, estando inserida numa instituição educacional na qual

depende de fatores externos a administração do projeto para a condução da implantação

do SGQ, com mecanismos de licitações de produtos e dificuldade de obtenção de

documentos específicos da unidade de produção laticínio.

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Os quais são baseados na RDC número 12 de 02 de janeiro de 2001,

considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle

sanitário na área de alimentos, visando à proteção à saúde da população e a

regulamentação dos padrões microbiológicos para alimentos; considerando a definição

de critérios e padrões microbiológicos para alimentos, indispensáveis para a avaliação

das Boas Práticas de Produção de Alimentos e Prestação de Serviços, da aplicação do

Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC/HACCP) e da

qualidade microbiológica dos produtos alimentícios, incluindo a elucidação de Doença

Transmitida por Alimentos (DTA).

O APPCC visa prevenir, reduzir ou minimizar os perigos associados ao

consumo de alimentos.

Tabela 1: Inspeção tradicional x APPCC

Tradicional APPCC

A inspeção tradicional se baseia nos

sentidos da visão, olfato e tato para

detectar perigos (lesões, contaminação)

APPCC enfatiza o controle do processo e

concentra nos pontos críticos para a

inocuidade do produto.

A inspeção tradicional foi concebida

quando os perigos eram a contaminação

macroscópica e os animais doentes.

APPCC valoriza a comunicação entre a

indústria e a inspeção sendo preventivo e

não reativo (inspeção tradicional).

Os contaminantes microbianos e químicos

não são detectados pelo inspetor.

Instrumento que se utiliza para proteger os

alimentos de perigos biológicos, químicos

e físicos.

Para a Implantação do APPCC devem ser seguidas algumas etapas

preliminares como, por exemplo:

• Compromisso da Direção,

• Treinamento em APPCC,

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• Identificação e convocação da equipe APPCC,

• Descrição do produto,

• Identificação do usuário e uso do produto,

• Desenvolvimento e verificação de um diagrama de fluxo.

Conteúdo do plano APPCC

O plano APPCC deverá, no mínimo:

• Listar os perigos identificados

• Listar os PCC para cada perigo identificado

• Listar os limites críticos que devem ser satisfeitos

• Listar os procedimentos e freqüência de monitoramento

• Incluir todas as medidas corretivas

• Incluir um sistema de registro que comprove o monitoramento dos PCC

• Listar os procedimentos e freqüência de verificação

• Conter assinatura e data de aprovação e modificações posteriores (ao

menos anualmente).

A política atual visa à qualidade do produto, bem como seus padrões

estabelecidos pela ANVISA, é apenas uma política básica, sem estabelecer padrões de

melhorias mais significativas e específicas no produto, como por exemplo, aumentar o

tempo de prateleira dos produtos, melhorias de qualidade no processo gerariam

melhorias também no produto, melhorias no processo:

Planos de ação para possíveis imprevistos: o leite é a principal matéria prima,

devem existir planos de ação para possíveis imprevistos, como a falta de luz, que

pode acarretar na alteração do pH do leite, utilização do leite para fabricação de

outros produtos não estabelecidos para aquele dia ou até mesmo na perda da

matéria prima. Uma alternativa seria o estabelecimento de um gerador no local,

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para eventuais faltas de energia, porém, são muito raros esses eventos, o que

torna a alternativa oscilosa, em função da relação custo/benefício.

Aquisição insumos para a produção: as matérias primas, como coagulantes,

fermento, corante, sal, açúcar são adquiridas por meio e licitações, o que pode

ocasionar em insumos de baixa qualidade, aumento no tempo de produção,

produto de menor qualidade, geração de mais resíduos. Estabelecer um

determinado padrão de qualidade para a aquisição desses insumos é uma medida

preventiva e eficiente. Quem conhece melhor os produtos de boa qualidade são

os colaboradores do laticínio, deve ser estabelecido por eles um relatório dos

melhores insumos, e a alta direção avaliá-lo em relação ao custo/benefício

Mão de obra qualificada: estabelecer cursos de qualificação para os responsáveis

do setor, ocasionando melhoras no processo. Conforme será estabelecido pelo

grupo 3.

Manuais de boas práticas operacionais e de fabricação: no laticínio existe um

manual de boas práticas de fabricação, porém não é utilizado. Deve-se

estabelecer esses manuais, e disponibilizá-los, para serem utilizados e

proporcionar melhorias no processo. Como citado anteriormente (nas medidas

em relação ao foco no cliente) Manuais de boas práticas operacionais, que

devem ser elaborados seguindo fontes disponíveis que auxiliem, juntamente com

os responsáveis pela elaboração desse SGQ, pelos técnicos do setor, os

responsáveis pela alta direção e os alunos, afinal, são os alunos que tem as

maiores dúvidas e são colaboradores funda mentais em todo o processo.

4.4 Planejamento

4.4.1 Objetivos da Qualidade

O aprimoramento dos processos, tanto produtivos quanto administrativos é

um objetivo constante. A inovação, a conquista de novos mercados e de maior

participação nos já conquistados, a satisfação dos clientes e outras partes interessadas, a

diminuição de refugo, re-trabalho e rejeições. São muitos os temas que podem ser

considerados objetivos da qualidade, mas isso depende da realidade de cada empresa e

apenas ela pode definir os objetivos no seu caso. Não há atividade do SGQ quando não

existem objetivos a serem atingidos, e sempre existem novos focos para estabelecê-los.

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Um Sistema Gerenciamento de Qualidade nunca obterá sucesso com objetivos pouco

claros ou que demandem um esforço demasiado por sua parte ou da organização. Nunca

podemos esquecer que a qualidade é construída pouco a pouco, sobre bases sólidas e

resultados concretos.

Alguns Objetivos:

A Unidade de Produção Laticínio entende que uma opção viável para a

diminuição na geração de resíduos, seria a separação do mesmo na fonte

geradora. Por isso, estimulará a coleta seletiva. Os cestos serão separados por

cores de acordo com a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio

Ambiente) nº 275 de 25 de abril de 2001.

Implantar programas de manutenção preventiva de equipamentos/caldeira,

visando com isto, reduzir a emissão de gazes para a atmosfera e proporcionar

uma economia no uso de água, energia. Visando o controle das emissões para o

meio ambiente e principalmente o aumento da produtividade.

Implantar sistemas para tratamento das águas contaminadas, seja advinda do

processo produtivo, de análises físico-químicas, de sanitização do local,

atendendo aos padrões da legislação.

Promover programas de conscientização dos empregados, à economizarem os

recursos energéticos que a empresa consome. Ex.: Energia elétrica, água, etc.

Promover programas de redução, reutilização e reciclagem dos materiais de

consumo administrativo.

Na aquisição de novos equipamentos, buscados aqueles que apresentem menor

impacto ambiental (ruídos, odores, vazamentos de líquidos e emissão de

poluentes atmosféricos). (SGA, 2010)

4.4.2 Planejamento do Sistema de Gestão de Qualidade

No empreendimento do Laticínio ocorrem algumas falhas como: A falta

mão-de-obra com conhecimento técnico suficiente, inexistência de padronização de

rotinas de trabalho, a Unidade de Produção Laticínio normalmente não mantêm

registros de dados e informações sobre os equipamentos e também não há uma

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programação formal das tarefas a serem realizadas diariamente, acaba ocorrendo

também muitos desperdícios de matéria-prima e insumos como água, energia,

detergentes, embalagens etc.; não há nenhum registro ambiental nos arquivos da

empresa e nem práticas de gestão ambiental adotadas, quanto à redução de consumo da

água, reutilização de produtos químicos e aproveitamento de subprodutos que podem

ser consideradas incipientes diante das inúmeras oportunidades de melhoria; os

requisitos legais relativos ao meio ambiente são pouco conhecidos, e também a questão

da manutenção preventiva que é pouco utilizada

Todos os problemas detectados na etapa de coleta de dados demonstram que

a pequena Unidade de Produção Laticínio, por um lado não consegue gerenciar o

próprio processo produtivo, o que coloca em risco a sua competitividade e

sobrevivência. Por outro lado, as questões ambientais ainda não são priorizadas, mas o

objetivo é de a possibilidade de implantar futuros enquadramentos à legislação,

buscando alternativas mais adequadas à sua realidade. Quanto à operação anormal,

verificou-se que os escoamentos, vazamentos, transbordamentos de leite e de soro,

foram os aspectos ambientais mais encontrados. Outro aspecto ambiental que chamou a

atenção na Unidade de Produção Laticínio foi o gasto excessivo de água, tanto por

esquecimento dos colaboradores de fechar o registro da água que alimenta as

mangueiras, quanto por vazamentos nas tubulações. O fato de não haver cobertura para

o armazenamento da lenha também foi verificado na Unidade.

4.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação

Tabela 2: Responsabilidade, autoridade e comunicação

Responsáveis Funcionamento atual Funcionamento

ideal

Responsabilidade

e Autoridade

Ademir

Não há comunicação

direta com o setor

produtivo

- Toda instituição

deve estar

envolvida no

processo,

atribuindo

responsabilidades

aos colaboradores

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mais capacitados.

Representante da

Direção

Verônica/Ana Cristina

O representante não

determina os produtos a

serem fabricados, a

produção do produto é

apenas direcionada ao

aprendizado dos alunos.

- Assegurar que os

processos

necessários para o

SGQ sejam

estabelecidos,

implementados e

mantidos, devendo

ser relatados o

desempenho do

SGQ e qualquer

necessidade de

melhoria.

Comunicação

Interna

Fernanda

Os alunos são

comunicados e

instruídos em algumas

aulas, mas a

comunicação no

processo em si é feito

pela responsável

técnica.

- Instrução mais

pontual dos alunos

durante as aulas

- Acompanhamento

dos professores

responsáveis

- Manuais de boas

práticas de

operação

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50

4.6 Análise crítica pela direção

A Análise Crítica pela Direção (ACD) é uma espécie de inspeção do

sistema, onde a Alta Direção da organização verifica o andamento das atividades

ligadas ao SGQ, seus resultados, suas necessidades, oportunidades de melhoria, etc.

Geralmente é feita uma reunião onde devem estar presentes a Direção, o RD

(Representante da Direção) e as gerências ligadas aos temas abordados. É uma reunião

dirigida, ou seja, precisa ter uma pauta pré-definida onde constem os temas que serão

abordados. E os responsáveis por esses temas deverão ter um posicionamento atualizado

sobre eles para que a reunião não trave, nem deixe de tratar algum aspecto previsto na

pauta, o que não seria nada saudável para o SGQ.

A direção envolvida com o processo de produção no laticínio é de extrema

importância apesar de não mostrar eficácia no entrosamento com o sistema de produção,

até mesmo pela falta de reuniões onde que a alta direção seria informada de tudo que

ocorre na produção. Sendo de responsabilidade da direção a escolha de produtos ou

matérias primas utilizada na produção do Laticínio. São enviados documentos com

pedidos para a abertura das licitações para as compras necessárias, mas por esse

processo ser precário de exigências os produtos é pouco eficiente ou de baixa qualidade.

Todo o processo é voltado para o âmbito de aprimorar o conhecimento dos

alunos do Instituto, porém o produto que não é utilizado nessa função é vendido na

cooperativa da escola.

4.6.1 Generalidades

A Unidade de Produção Laticínio não mantém uma comunicação favorável

entre processo produtivo e direção, além de não existir programas voltados para o

controle das operações existentes não há fiscalização entre administração e produtores

(alunos). Não há programas para economia com gastos com energia elétrica e também

se sabe da necessidade de reduzir os resíduos produzidos, mas não há nenhum

planejamento efetivo para estas questões, apenas ações que visão mitigar os problemas.

Os produtos perigosos não recebem tratamento especial, os empregados são

treinados, mas os equipamentos utilizados não atendem aos requisitos de segurança e

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proteção contra possíveis danos ao meio ambiente e a eles próprios. A direção pouco

interage com os problemas existentes no Laticínio.

Os recursos naturais utilizados não sofrem tratamentos e não há ações para

que estes sejam atendidos. Os prejuízos causados pela má adequação em relação aos

despejos de efluentes e também aos resíduos gerados por todo o processo é deixado em

segundo plano não tento ênfase num processo de sustentabilidade.

A Unidade de Produção Laticínio não direciona recursos financeiros para

programas ambientais e ocupacionais, todo e qualquer procedimento a ser realizado é

dependente de licitação o que dificulta e impossibilita correções e ações preventivas.

O Laticínio possui colaboradores (alunos) que podem receber vários

conceitos para desenvolver ações pertinentes ao meio ambiente e saúde e segurança

necessitando de um profissional habilitado para auxiliá-los, mas como não há um

posicionamento da direção neste sentido, eles acabam realizando outras tarefas. Além

destes o Laticínio não possui um sistema de comunicação interna (rádio e jornal), e não

divulgam as ações e aspectos ligados ao meio ambiente também não divulgam sobre os

aspectos ligados ao meio ambiente e saúde e segurança ocupacional de seus

colaboradores. Existem aspectos necessários de mudanças intensas e regularização.

4.6.2 Entradas para análise crítica

Tabela 3: Entradas para análise crítica

Entradas para análise

crítica

Observações

Recepção da

matéria-prima

A recepção do leite é

feita por alunos os quais

não são hábeis para o

serviço.

Deve ser criado uma plataforma

de recepção para melhor atender

os colaboradores e para não haver

desperdícios com perda da

matéria-prima.

Equipamentos de

Uso inadequado do EPI.

Além dos equipamentos usados,

máscaras, e luvas para melhor

atender o quesito de não

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proteção individual. contaminação

A Alta Direção deve assegurar que os objetivos da qualidade, incluindo

aqueles necessários para atender aos requisitos do produto, sejam estabelecidos nas

funções e nos níveis pertinentes da organização. A recepção da matéria prima é de má

qualidade, pois não existe uma plataforma correta para carga e descarga do leite. A

matéria prima é conduzida para dentro do laticínio pelos alunos, que geralmente vestem

avental, botas de plástico, e toca para não contaminar o leite. Porém não é utilizado

luvas ou máscaras, correndo o risco de a saliva ou suor cair dentro do recipiente de

leite.É necessário a implementação desses equipamentos de proteção também no

cotidiano dos alunos e funcionários. A criação de uma plataforma de carga e descarga

seria útil para a realização desse processo e também para a organização local.

4.6.3 Saídas da Análise Crítica

Os resíduos são gerados pelo processo produtivo do Laticínio. As águas

residuárias são tratadas por processo de leito cultivado. Os outros resíduos como objetos

utilizados e descartados, restos de produtos utilizados nos processos, matéria orgânica,

resíduos dos banheiros entre outros, não são tratados. É de responsabilidade da alta

direção a implementação de novos tratamentos e de contratação de técnicos

responsáveis para a elaboração de projetos para melhorias no setor ambiental do

Laticínio.

Tabela 4: Saída da análise crítica

Saída da análise critica Observações

Resíduos

São gerados resíduos da

fabricação, do uso de

produtos químicos, e

produtos de limpeza

higiênica e pessoal. Além

das sobras dos produtos

fabricados.

Criar um sistema intensivo

de tratamento para cada

tipo de resíduo. Dar

maiores condições para o

tratamento das águas

residuárias pelo leito

cultivado.

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5. GESTÃO DE RECURSOS

ISO 9001:2008 tem como objetivo clarificar os requisitos existentes da ISSO

9001:2000 e melhorar a compatibilidade com a ISSO 14001:2004. As alterações

introduzidas na norma têm um impacto limitado nos utilizadores. Para refletir as

diferenças entre esta nova edição o termo implementação foi adaptado de forma a

distinguir claramente do período de transição da edição de 2000.

5.1 Provisões de Recursos

A organização deve determinar e prover recursos necessários para implementar

e manter o sistema de gestão da qualidade e melhorar continuamente sua eficácia, e

aumentar a satisfação de clientes mediante o atendimento aos seus requisitos.

Os pedidos de insumos utilizados na Unidade de Produção Laticínio são

realizados em forma de licitações anuais e os pedidos dos materiais de limpeza são

realizados mensalmente (planilha 5). A verificação da qualidade de armazenamento e

controle de estoque não é realizada periodicamente, pois os produtos usados na

produção não são perecíveis e os pedidos dos insumos são suficientes para o ano inteiro.

Esporadicamente as etiquetas de identificação dos produtos acabam, e são

requeridas novas licitações, sendo então utilizadas etiquetas improvisadas. Se caso

ocorrer uma inspeção da Vigilância Sanitária no período em que os produtos estiverem

sem a rotulação adequada, o estabelecimento perderá o direito de comercialização.

Os produtos confeccionados de forma erronia são descartados. O destino dos

produtos finais é o refeitório e consumo interno dos funcionários, e os produtos

excedentes são comercializados na cooperativa do Instituto.

As solicitações têm por finalidade atender as atividades didáticas e

pedagógicas do setor para o curso de Agroindústria e Alimento. São insumos

indispensáveis para a fabricação de queijos, doces e iogurtes.

A solicitação não é atendida de imediato, devido a isso o pedido é

encaminhado para o Instituto com o valor acima do consultado, pois dependendo da

demora do pedido os produtos podem receber acréscimos.

Na planilha 4, verificam-se as condições atuais de solicitações da Unidade de

Produção Laticínio da Instituição Federal do Sul de Minas- Campus-Inconfidentes.

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Caldeira

Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor

sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se

os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.

A caldeira do estabelecimento necessita de uma revisão completa, pois se

encontra desgastada, oferecendo riscos ao operador, aos funcionários do laticínio, bem

como a população em torno do estabelecimento.

O equipamento é muito perigoso e necessita passar por vistoria credenciada

para evitar problemas futuros. Há muito tempo não é a realizada a manutenção no

Instituto, o que exige uma atenção maior da direção.

Nas planilhas 6 e 7, verifica-se a solicitação para a manutenção da caldeira e

as condições de segurança no trabalho do operador da Caldeira.

Material de segurança (EPI)

Segundo a Portaria SIT n.°25, de 15 de outubro de 2001, considera-se

Equipamento de Proteção Individual-EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual

utilizada pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a

segurança e a saúde no trabalho.

È de suma importância a utilização dos equipamentos de segurança, e no

laticínio em questão a norma de EPI não é seguida de forma correta. Nem todos os

setores possuem esses equipamentos. Apenas os funcionários envolvidos na produção

direta possuem algum tipo de equipamento de segurança (planilhas 8 e 9). Todos os

funcionários envolvidos diretamente na produção recebem diariamente os equipamentos

de proteção para a inicialização dos processos.

Os equipamentos de proteção são solicitados sempre em quantidades

maiores, pois a qualquer momento terão que ser substituídos, sendo a maioria deles

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descartável. Os funcionários têm acesso a esses equipamentos a qualquer momento e

quando houver necessidade de substituição.

Matéria Prima e Produtos

A matéria prima utilizado no estabelecimento é o leite (planilha 10). O

fornecimento é realizado pela Bovinocultura de Leite do próprio Instituto, e a

quantidade fornecida varia diariamente, entre 500 e 600 litros, por esse motivo não há

um cronograma especifico de produtos e quantidades a serem produzidos diariamente.

A quantidade também varia quanto o leite possui um teor de acidez elevado, sendo

assim descartado, prejudicando o rendimento do processo, já que os produtos são

confeccionados conforme a quantidade de matéria prima disponível.

Na planilha11, verificam-se os produtos confeccionados e as respectivas

quantidades de matéria prima para cada um.

Processo Produtivo

O processo de produção é realizado pelos alunos do próprio Instituto, com

fins didáticos. Os turnos dos alunos variam conforme as turmas escaladas, prejudicando

o rendimento, já que cada turno possui alunos de níveis diferentes, esses alunos não

possuem treinamentos específicos, apenas teóricos em sala de aula. Outro agravante é a

falta de professores orientadores em aulas práticas na Unidade de Produção. São

supervisionados apenas por uma técnica responsável.

Não só o rendimento da produção é prejudicado por falta de treinamento

dos alunos, como também há a variação de consumo de água e volume de efluentes, a

confecção de produtos realizada de maneira errada e embalagens descartadas por

manuseio incorreto.

Toda essa variação gera um maior tempo de produção e consequentemente

um maior custo.

Nas planilhas 12 e 13, verificam- se como são realizados os processos de

produção e o tempo gasto para cada produto.

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Resíduos Gerados

Os resíduos na produção do laticínio (planilha 14) são gerados pela limpeza

e desinfecção do local, embalagens e rótulos que são descartadas e desperdícios

ocasionados por problemas durante o processo.

5.2 Recursos humanos

5.2.1 Generalidade

As pessoas que executam atividades que afetam a conformidade com os

requisitos do produto devem ser competentes, com base em educação, treinamento,

habilidade e experiência apropriados.

5.2.2 Competência, Treinamento e Conscientização

A administração se omite nas atividades do empreendimento, cabendo

aos técnicos responsáveis todas as decisões tomadas durante os processos. Cabe a eles

designar e inspecionar as tarefas aos alunos, bem como a escolha dos produtos a serem

confeccionados.

As atividades do estabelecimento são realizadas pelos alunos da Instituição

sem cursos preparatórios de manuseio de instrumentos e segurança no trabalho, todo o

processo é demonstrado pelos técnicos responsáveis e realizado pelos alunos em

seguida.

Na planilha15, verificam-se os funcionários responsáveis pela Unidade

de Produção e na planilha 16, verificam-se a graduação dos alunos e seus graus de

competências.

Treinamento

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Cursos preparatórios são importantes para o funcionamento adequado do

estabelecimento. A auto-administração ofereceu curso de manuseio da caldeira a 10

funcionários da Instituição (planilha 6), sendo esse o primeiro curso deste o inicio do

funcionamento do Laticínio.

A instituição oferece cursos de beneficiamento de queijos e tratamento de

resíduos para população em geral, professores e alunos interessados. (planilha 17).

Conscientização

Na Unidade de Produção, não foi encontrado nenhuma manifestação de

conscientização por parte da direção junto aos alunos. Não possuem murais ou cartazes

especificando as condições necessárias para a segurança dos alunos e demais

funcionários durante o processo de produção, bem como conscientização da importância

das atividades ali exercidas e nem cronogramas das atividades que serão realizadas no

decorrer do dia. O ”cronograma” é montado a partir da quantidade de matéria prima

disponível.

5.3 Infra- estrutura

Na edificação do local existem problemas que necessitam ser reparados:

O pé direito do edifício não está de acordo com a legislação;

Os exaustores não são suficientes;

As grades de retenção de resíduos sólidos estão deterioradas;

Os azulejos estão caindo das paredes;

No entorno do prédio há uma deterioração, pedras deslocadas do chão;

Existe presença de pombos no local, ocasionando contaminações.

Portas e janelas deterioradas, por ferrugem e sujeira;

Há presença de mofo nas áreas externas do prédio;

Tubulações externas possuem muita sujeira e ferrugens.

Alguns equipamentos e máquinas (planilha 18) estão deteriorados por

ferrugem, e a manutenção não é realizada por técnicos especializados e sim por

mecânicos, o que jamais poderia acontecer.

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Outro agravante é o uso improvisado de máquinas. O iogurte é produzido no

mesmo local onde se fermenta o queijo.

Apesar de muitos problemas de infra-estrutura o empreendimento possui

uma licença municipal, o SIM (Serviço de Inspeção Municipal).

Na questão de higiene do local, utiliza-se água, cloro, detergente ácido,

alcalino e neutro. Os detergentes ácidos e alcalinos são utilizados para lavar o

pasteurizador e o neutro no chão e nos equipamentos.

Na planilha 19, verifica-se a infra-estrutura interna.

5.4. Ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho deve ser seguro para os funcionários e para a

qualidade do produto. Os riscos são inevitáveis, porem são previsíveis e a contaminação

deverá ser pensada em todas as etapas, desde a chegada da matéria prima até o destino

do produto final.

A matéria prima é transportada de maneira errada, sem um armazenamento

adequado.

Os maquinários são dispostos uns bem distantes dos outros, o que facilita a

movimentação dos funcionários.

Existem alguns riscos durante o processo de produção, que se encontra na

planilha 20.

Pode ocorrer risco de algum aluno ser queimado durante o processo da

mussarela, devido a alta temperatura que varia de 85 a 95 graus.

Na pasteurização tem-se o risco de escorregões devido a água que sai do

equipamento e fica exposta no chão do laticínio.

No laboratório com o manuseio de ácido sulfúrico que é corrosivo e pode

chegar a queima.

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Na caldeira tem-se o risco de câncer de pele, devido a falta de EPI, protetor

solar e o manuseio correto para evitar que ocorra uma possível explosão.

No Instituto já foi feito a solicitação do EPI para o funcionário que

manuseia a caldeira, porém até agora nada lhe foi entregue, ele trabalha sem nenhuma

proteção.

6. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

6.1 Planejamento da realização do produto

Requisitos para os produtos:

Aprimoramento dos processos;

Conquista de novos mercados;

Maior participação dos clientes;

A satisfação dos clientes e outras partes interessadas;

O sabor e o aspecto nutricional do produto.

Implantação do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) -

Boas Práticas de Fabricação:

Instalações higiênicas,

Qualidade da água, vapor e gelo.

Recebimento e expedição,

Armazenagem,

Programa de limpeza e sanitização,

Programa de controle de pragas.

Treinamentos,

Saúde e higiene.

Projeto e implementação,

Manutenção,

Calibragem.

Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO)

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Os requisitos visam a obtenção da satisfação do cliente, através da

prevenção de não conformidades em todas as fases desde a concepção até à assistência

apôs venda.

A definição de especificações é feita pela organização para o produto e para

o cliente, unidade de produção realiza controle superficial apenas dos produtos que são

produzidos diariamente, pois a produção é feita de acordo com a necessidade do

refeitório e conforme a necessidade de aprendizagem dos alunos, este controle é feito

manualmente através de anotações, inexistência de uma padronização de rotinas de

trabalho. A responsável pelo processo é a técnica Fernanda Coutinho Pinheiro e para a

realização dos produtos os alunos. Na unidade de produção não há disponibilidade de

todos os recursos necessários para a produção.

Não é feito nenhuma especificação ao produto definida pelo laticínio e nem

pelos clientes da cooperativa.

Um bom planejamento da produção já é grande parte da eliminação de

problemas possíveis na realização de um produto. É tão importante que pode influenciar

(e melhorar) até a lucratividade do seu processo, a credibilidade da organização e a

satisfação dos clientes.

A documentação especificando os processos do sistema de gestão da

qualidade (incluindo os processos - de realização do produto) e os recursos necessários

a serem aplicados para um produto, projeto ou contrato específico pode ser referida

como um plano da qualidade. Existem poucos documentos referentes à unidade de

produção laticínio e pela falta de um sistema de gerenciamento da documentação, existe

uma dificuldade em levantar informações. A unidade de produção possui apenas um

Selo de Inspeção Municipal (SIM) para que possa comercializar os seus produtos.

Documentos existentes para o controle dos processos:

- Pedido dos produtos feito pelo refeitório ao laticínio é feito em forma de “rascunho”.

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Planilhas: produtos enviados para cooperativa e para refeitório.

Figura 1 no anexo.

Documentação de requisição de material.

Figura 2 no anexo.

Etapas para o estabelecimento do sistema APPCC

Antes que a Alta Administração, ou direção da indústria opte pela adoção do

sistema APPCC, recomenda-se refletir e analisar atentamente os elementos chave deste

sistema que são:

1) O gerenciamento dos pré-requisitos deve ser realizado separado dos planos

APPCC.

2) Os planos APPCC são específicos para cada planta industrial (ou linha de

produção)

3) Pelo caráter preventivo, freqüentemente, podem funcionar em várias linhas de

produtos.

4) O desenvolvimento, documentação e implementação devem ser feitos antes da

execução da análise de risco, pois assim é possível que eventuais falhas na

redação da documentação possam ser identificadas quando for realizado o

procedimento de análise de risco.

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5) Uma vez implantado e validado, periodicamente deve-se avaliar o desempenho

do APPCC.

A decisão pela implantação do sistema APPCC deve partir, sobretudo, da

Alta Administração da indústria. Que deve comprometer-se não só em fornecer os

recursos necessários à implantação do sistema como também em participar ativamente

durante todas as etapas. Caso contrário, os riscos de insucesso serão maiores devido ao

menor grau de comprometimento que os funcionários poderão vir a apresentar.

PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS

Na recepção é feita a seleção diária, em latão por latão, através do teste de

alizarol, procedida de homogeneização com agitador apropriado.

Interpretação:

Vermelho-tijolo – SEM COAGULAÇÃO – leite normal, fresco, acidez de 17 a

18 D;

Vermelho-castanho – COM COAGULAÇÃO FINA – leite com acidez de 18 a

21 D;

Amarelo – COAGULADO – leite com acidez superior a 21 D;

Violeta – SEM COAGULAÇÃO – leite alcalinizado ou fraudado com água.

Todos os equipamentos e utensílios deverão estar convenientemente limpos no

início dos trabalhos, no decorrer das operações e nos intervalos para refeições ou

outros que determinem interrupção das operações por tempo prolongado.

Fazer a lavagem geral dos equipamentos imediatamente após o término dos

trabalhos industriais.

Os utensílios, tais como escovas, vassouras e outros utilizados para a limpeza de

paredes e pisos, não poderão ser utilizados na limpeza de qualquer equipamento.

Etapas de fabricação dos principais produtos na unidade de produção laticínio.

Fabricação do queijo Minas Frescal

Pasteurizar o leite (pasteurização lenta, consiste no aquecimento lento do leite

até a Temperatura de 63ºC e na manutenção dessa temperatura por 30 minutos);

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Adicionar cloreto de cálcio de 40ml de solução a 50%. 100L.leite-1;

Temperatura de coagulação de 35 a 37° (quando se usa fermento), ou 42°

(quando se usa ácido lático);

Coagulação de 30 a 40 minutos;

Fazer o corte em cubos grandes, no sentido vertical e horizontal,

Utilizando a faca ou o par de liras;

Virar a massa lentamente utilizando uma pá;

Deixar em repouso por 03 minutos;

Agitar a massa por 25 minutos até obter firmeza nos grãos,

Dado o ponto, eliminar a maior parte do soro e proceder a enformagem;

Após repouso de 10 a 20 minutos, virar todos os queijos. Cerca de 30 minutos

mais tarde, virar novamente e conduzir os queijos a câmara fria (12°C).

No dia seguinte os queijos poderão ser salgados em salmoura a 10°C com 20%

de sal, em média por uma hora e trinta.

Após a salga, deixar escorrer e secar, e proceder à embalagem.

Etapas da fabricação de Ricota

O soro fresco é colocado em um tanque que permita o aquecimento a vapor

direto ou indireto;

Adiciona-se entre 10% e 15% de leite desnatado (ou integral) ao soro e misturar

bem;

Aquecer até 80-85°C e iniciar a acidificação que poderá ser feita de diversas

maneiras;

Com soro ácido (acima de 100°D);

Ácido cítrico (500g.1000 L de soro);

Ácido lático (80-100 ml para cada 100 L de soro);

Interromper o aquecimento (em cerca de 90) quando os primeiros flocos

aflorarem a superfície do soro;

Aguardar o tempo necessário para que a massa floculada se firme proceder,

então, à sua coleta com uma concha especial. Coletar a ricota em fôrmas

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forradas com dessorador de pano e levar a câmara fria para completar a

dessoragem;

Tão logo o produto esteja firme poderá ser embalado e mantido a 5°C até a

comercialização.

Fabricação do queijo Minas Padrão

Leite pasteurizado, padronizado para 3,2% a 3,4% de gordura.

Adicionar cloreto de cálcio (sal 50%), á base de 40 ml/100 litros.

Adicionar 1,5 % de fermento lático mesofilico tipo “o”.

Coagular a 32°c, usando dose regular de coalho (30 e 40 minutos).

Corta lentamente em cubos grandes (1,0 e 1,5 cm de aresta).

Deixa em repouso por alguns minutos e iniciar uma agitação lenta que se

prolongará ate o ponto.

O ponto, sob condições normais, deve ocorrer cerca de 40 a 50 minutos após o

corte da coalhada.

Eliminar todo o soro e pré- prensar a massa por 20 minutos.

Corte da massa em blocos regulares e enformagem direta.

Prensar por 30 minutos, com 20 libras/ pol2 e vira. Prensar novamente por cerca

de 90 minutos com 30 libras/ pol2.

Ao final da prensagem os queijos poderão ser conduzidos diretamente á

salmoura (quando o pH estiver por volta de 5,5 a 5,7 ).

Salga: em salmoura a 20% de sal de 10° a 12°, por 24 horas.

A maturação: por cerca de 10 dias, em câmara fria (10° a 12°c),com no mínimo

de 85% de umidade relativa do ar. Neste período os queijos devem ser virados

diariamente nas prateleiras.

Fabricação Queijo tipo mussarela

Utilizar leite pasteurizado

Adicionar de 0,5% a 1,5% de fermento lático mesofilico com acidez 90°D.

O uso de cloreto de cálcio é aconselhável (40 ml para cada 100 litros).

Coagular a 32° a 34°c com dose normal de coalho (30 a 40 minutos).

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Corta levemente de forma a obter grãos com de 1,5 cm de arestas.

Agitar lentamente por 20 a 30 minutos.

Após este período, iniciar o aquecimento com temperatura final de 40° a 42°C.

Continuar a mexer até a obtenção do ponto cerca de 40 a 50 minutos após o

corte.

Eliminar o soro, concentrando a massa em uma das extremidades dos tanques.

Doce de leite

Iogurte

Leite em Natura (100 l)

Leite Pasteurizado

Envasamento

Exaustão (30 min.)

Rotulagem

Descanso (30 min.)

Comercialização

20 g de Bicarbonato

+ 16 Kg de Açúcar

Bater (30 min.)

Mistura básica (leite + açúcar) 12% sólidos não

gordurado

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Tratamento Térmico 83° C/30 min.

(pasteurização)

Resfriamento para 43°

Inoculação (1 a 3% cultura Starter do volume de leite

(fermentação)

Incubação

No tanque até 70° D (dornic) a 43° C

Resfriamento a 5° C

Quebra do coagulo e adição de frutas

Envase

Maturação 24 h a 5° C

Comercialização

Envase (pode adicionar

polpa de frutas)

Inocular até 70° D a 43°C

Resfriamento a 5° C

Maturação de 24 h a 5°C

Comercialização

Iogurte Tradicional

No tanque até

60°D/43°C

Adição de frutas

Rencubação a 43° C até 70° D

Maturação 24h a 5° C

Comercialização

Iogurte tipo batido c/

textura + fluída

Envase Envase

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6.2. Processos relacionados ao cliente

6.2.1. Determinação de requisitos relacionados ao produto

O cliente não recebe uma atenção adequada em relação a uma rotina de

produtos para atender suas necessidades. A entrega dos produtos do laticínio à

cooperativa é feita duas vezes ao dia uma no período da manha e outra no período da

tarde. O leite pasteurizado é acondicionado em saqueta plástica, os iogurtes são

geralmente acondicionados em garrafas de plástico - polietileno de alta densidade -

fechadas com uma tampa plástica, a embalagem dos queijos é a vácuo; cuidados devem

ser tomados para um melhor acondicionamento desses produtos. Os produtos na

cooperativa são expostos a venda em apenas uma geladeira com uma temperatura de 4°

a 10° C.

A unidade necessita observar e colocar em pratica os princípios e normas

constitucionais e a legislação federal, estadual e municipal, para garantir a qualidade e a

produtividade dos serviços prestados.

Incluir nesta identificação os requisitos do produto especificados pelo

cliente através do questionário, incluindo a avaliação da entrega e de pós-entrega.

Os requisitos relacionados aos produtos e serviços são definidos

especificamente:

Exigidos pelo cliente, (através do questionário).

Regulamentares ou legais: As portarias 326/97 do Ministério da Saúde, a

portaria 368/97 do Ministério da Agricultura determinam a obrigatoriedade da

utilização das Boas Práticas de Fabricação nos estabelecimentos produtores /

industrializadores de alimentos e a lei nº 7.889/89 dispõe sobre a inspeção

sanitária e industrial dos produtos de origem anima, e dá outras providencias.

Quanto à entrega ou pós entrega: cumprir prazo de entrega, transporte adequado,

com condições higiênicas e garantia que o produto vai atender resultados

esperados.

Determinados pela organização: satisfação do cliente, correta manipulação de

alimentos, considerando desde a matéria-prima até o produto final.

Iogurte tipo batido com textura firme

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6.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto

A qualidade é uma variável de difícil quantificação. Embora exista

dificuldade para o consumidor definir o quanto um produto é melhor ou pior a um

similar, é importante identificar e priorizar as características do desempenho do produto

e do processo para atender às necessidades e as expectativas do cliente.

Não é feita nenhuma analise critica do produto antes de ser fornecido ao

cliente e não tem não tem nenhum documento assegurando que os requisitos estão de

acordo para satisfação do cliente.

Desde do momento em que se busca medir o desempenho dos

equipamentos, dos produtos, dos processos produtivos, e da execução do laticínio, é

melhorar a meta de compreensão do processo organizacional, permitindo a medição de

desempenho (MD).

A medição de desempenho em relação ao laticínio, pode ser:

Âmbito interno: empregadores, clientes e fornecedores internos, insumos de produção,

produtos, serviços, atividades, processos, modelos de gestão, unidades de negócios.

Âmbito externo: produto em campo, clientes e fornecedores externos, marca

concorrentes, cadeia de suprimentos e a comunidade.

Análise feita de acordo com indicadores da qualidade, relacionados ao

produto, processo produtivo e dos fornecedores itens analisados:

Produto:

Características específicas;

Preço;

Disponibilidade;

Gastos com a garantia oferecida;

Numero de produtos devolvidos;

Avaliação dos consumidores.

Processo produtivo:

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Índice de defeitos (ou de não conformidades) no final do processo;

Fornecedores:

Índices de desempenho em qualidade do fornecedor, incluindo a qualidade dos

lotes recebidos, a flexibilidade para atender mudanças solicitadas.

6.2.3 Comunicação do cliente

A importância da comunicação com os clientes varia, de acordo com a

natureza dos produtos e processos, mercado alvo e ao tipo de cliente que possui.

Não existe um mecanismo facilitador de comunicação com os clientes em as

fases, ou seja, antes, durante e depois da entrega do produto.

Objetivo Como alcançar o objetivo

Facilitar a troca de informações sobre o

produto.

- Estabelecer processos e procedimentos

de comunicação com o cliente.

Como conhecê-los e como abordá-lo.

A abordagem do mercado requer um planejamento prévio que implica:

a) Na definição de uma estratégia de penetração de mercado

Nesse aspecto, é importante encontrar respostas para as seguintes perguntas:

Por onde começar a vender o meu produto?

Quais são as exigências do meu consumidor potencial?

Como cativar a minha clientela?

Como ser diferente dos demais fornecedores?

b) Quais os produtos a produzir e em quais quantidades?

Para tanto deverá ser feita uma avaliação do mercado

c) Qual a marca, a aparência a ser dada ao produto?

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Embalagem: desenho, dimensões, data de validade, tamanho da letra, qual tipo de

material da embalagem.

Especificações do produto: características, ingredientes utilizados, validade etc..

d) Onde estão localizados meus potenciais compradores?

Antes das respostas acima é importante:

a) Visitar concorrentes e clientes para ver como funciona o mercado;

b) Fazer uma sondagem preliminar sobre o tamanho do mercado

Vale à pena despender um tempo observando e perguntando.

c) É bom lembrar que a aparência do produto é fundamental

6.3. Projeto e desenvolvimento

Basicamente, a ISO 9001 recomenda que o projeto e desenvolvimento dos

produtos de uma empresa sejam controlados desde o início, quando a empresa define as

características de um produto que irá desenvolver para oferecer ao mercado.

A palavra chave deste item da Norma é CONTROLE. Todo ele demonstra

que um produto deve ser controlado em todas as suas fases, mas principalmente durante

sua criação, para garantir que ele será realmente e plenamente adequado ao que se

propõe.

6.3.1. Planejamento do projeto e desenvolvimento

No Planejamento devem ser apresentadas as premissas básicas a se atender

(requisitos do cliente), definidas as entradas e saídas esperadas (resultados).Tudo o que

começa bem termina bem, um Planejamento bem criterioso e bem feito é essencial para

o bom andamento do projeto e para obtenção dos resultados. Nesta fase devem ser

consideradas também limitações legais, segurança, durabilidade esperada para o

produto.

No laticínio do IF campus Inconfidentes MG, são planejados e controlados

os processamentos dos produtos a exemplo da fabricação de queijo, iogurte, doce de

leite. Após esse processo, esses produtos não são estocados, mas sim enviados para a

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cooperativa para serem acondicionados em refrigeração para manter o alimento em

condições ideais para o consumo.

Não há um gerenciamento e monitoramento dos grupos envolvidos no

processo, onde são distribuídas as tarefas pela técnica Fernanda, facilitando assim o

processo para uma comunicação mais eficaz e melhor andamento das atividades.

6.3.2. Entradas de projeto e desenvolvimento

As entradas do projeto são: Tudo aquilo que será utilizado para produzir o

resultado final.

Essas entradas devem incluir:

a) requisitos de funcionamento e de desempenho,

b) requisitos e regulamentos aplicáveis,

c) onde aplicável, informações originadas de projetos anteriores semelhantes

d) outros requisitos essenciais para projeto e desenvolvimento.

Sem as entradas, o projeto não poderá ser realizado, elas são os

"ingredientes" do projeto.

Item Objetivos

7.3.1 Planejamento do

projeto

- Ter um fluxo de trabalho

definido

- Ter os recursos humanos e

materiais adequados

Como alcançar os objetivos

Determinar os estágios previstos no projeto e desenvolvimento

Definir responsabilidades e autoridades

Definir a organização, quais são os grupos que se interagem

incluindo clientes e fornecedores e como deve ser as interfaces.

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No laticínio do IF campus Inconfidentes MG o leite é a única matéria-prima

que entra no processo todos os dias, esse produto chega em condições ideais para o

processo, após chegar na recepção são feitas análises da sua qualidade e estabelecidas

metas estimadas quanto a sua suficiência. O processo produtivo segue um programa de

funcionamento e desempenho como entrega do leite na cooperativa e no refeitório em

determinado horário.

6.3.3. Saídas de projeto e desenvolvimento

Os produtos de saída devem conter:

Um manual de utilização;

Um documento detalhando como produzir tal produto;

As garantias daquele produto;

Um serviço de instalação do produto;

Assistência técnica;

No laticínio do IF campus Inconfidentes MG, as saídas não atendem aos

requisitos de entrada, a matéria prima que entra (leite) sofre alterações por causa de

Item Objetivos

7.3.2 Entrada do projeto Ter todos os dados necessários

corretos e disponíveis.

Como alcançar os objetivos

- Definir as fontes de informação

- Definir as linhas de comunicação internas e externas e os

métodos de se obter os dados.

- Definir como avaliar a validade das informações, analisar se

estão completas e claras

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mistura de ingredientes, portanto sai com características diferentes da sua entrada, mas o

leite é e continua sendo após o processo de muito boa qualidade. O produto não fornece

informações apropriadas para aquisição, produção e prestação de serviço, pois não tem

tabela nutricional fixada nos rótulos, não informa características do produto para seu

uso seguro e adequado.

6.3.4. Análise crítica de projeto e desenvolvimento

No decorrer de um projeto é preciso que, de tempos em tempos,

verifiquemos o andamento dos trabalhos, se ocorreram falhas e se foram corrigidas, se o

prazo está sendo atendido, se há necessidades a cumprir. Isso é análise crítica. No

laticínio do IF campus Inconfidentes MG, os problemas do processo são identificados,

mas não são totalmente sanados, pois existem irregularidades. Ex: (o pavilhão se

apresenta em condições inadequadas para a atividade, necessitando de reforma), não

tem características adequadas para seu processo e não propõe ações.

Item Objetivos

7.3.3 Saída do projeto Ter disponíveis e documentadas

Todas as informações que se

referem ao projeto, á produção,

ao controle e ao uso do produto

Como alcançar os objetivos

- Atender aos requisitos de entrada do projeto e desenvolvimento

- Prover informações apropriadas para as operações de produção e

serviço.

- Conter ou referenciar os critérios de aceitação do produto

- definir a forma de transmitir as informações para os interessados.

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6.3.5. Verificação de projeto e desenvolvimento

A verificação foca apenas em comparar entradas e saídas, quais os passos

cumpridos e se foram satisfatórios. A análise crítica vê o projeto de forma mais ampla, a

verificação é mais focada nos resultados, procura observar se as entradas provocaram as

saídas que se esperava delas.

No laticínio do IF campus Inconfidentes MG, as entradas de matéria prima

provocam as saídas que se esperavam de modo a atender a todas as demandas,

comparando inclusive se o processo foi satisfatório, se obteve-se êxito.

6.3.6. Validação de projeto e desenvolvimento

A validação vem depois do produto quase pronto. É a validação que irá

realmente garantir que o produto final atenderá as expectativas, e se é realizado

conforme disposições planejadas.

Esse processo no laticínio do campus é seguido conforme exigências da

vigilância sanitária que certifica que tal produto atende as expectativas.

Item Objetivos

7.3.4. Análise crítica do

projeto

- Avaliar a capacidade em

atender plenamente aos

requisitos

- Identificar problemas e propor

ações de acompanhamento.

- Atuar de forma preventiva

para eliminar não

conformidades potenciais

Como alcançar os objetivos

- Incluir na equipe de análise, representantes de todas as funções

que se interagem no projeto e outros especialistas se necessário.

- Registrar os resultados das análises.

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Verificação

Registro para

Uso pretendido Entrada Projeto

Desenvolvimento

Processo

Validação

Saída

Produto

6.3.7. Controle de alterações de projeto e desenvolvimento

Podem ocorrer alterações para otimização de processos, ajustes de

desempenho, mudanças de requisitos. Sem um controle adequado dessas alterações o

projeto pode ser comprometido a qualquer momento e o laticínio não campus não

apresenta estrutura para grandes mudanças no processo.

Item Objetivos

7.3.7. Controle de alterações - A análise das alterações

devem incluir a avaliação dos

efeitos das alterações naquelas

partes componentes e produtos

entregues.

Como alcançar os objetivos

- Definir a forma e processo de modificação do projeto

- Documentar o processo em forma de procedimento e registros

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6.4 Aquisição

6.4.1 Processo de aquisição

A organização não tem uma preocupação constante com a qualidade do que

é incorporado ao seu produto ou serviço, devido ao processo de licitação dos produtos

(componentes) e da matéria-prima, a unidade de produção não exige padrões de

qualidade do leite para o fornecedor (bovino de leite). Se você escolhe bem seus

fornecedores a qualidade do seu produto deve estar garantida, e você também será um

bom fornecedor.

Para obter uma melhor qualidade do produto deveram ser feitas exigências

rigorosas ao fornecedor. Mesmo com isso deverá ser feita uma reavaliação do

fornecedor.

Objetivo Como alcançar o objetivo

- Assegurar que o produto adquirido esteja

em conformidade com os requisitos.

- Evitar que se comprem produtos ou

serviços de fornecedores não capacitados.

- Possíveis fornecedores devem ser

selecionados e ter sua capacidade avaliada

através de auditoria e/ou outros meios de

verificação.

- Definir e manter os registros dos

resultados das avaliações.

Na recepção do leite:

Data Hora Quem recebeu Observações

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77

6.4.2 Informações de aquisição

As informações de aquisição devem descrever o produto a ser adquirido e

deve assegurar a adequação dos requisitos de aquisição especificados antes da sua

comunicação ao fornecedor, isso não ocorre no laticínio

Da mesma forma que um pedido de seu cliente facilita a sua vida quando

apresenta bem claramente os requisitos que você terá que atender, toda a informação a

respeito de sua necessidade será bem vinda pelo seu fornecedor.

Objetivo Como alcançar o objetivo

Evitar que sejam adquiridos produtos que

não correspondam aos requisitos

estabelecidos.

- Definir as etapas do processo de compra

a partir da necessidade de comprar alguma

coisa, até a entrega do pedido ao

fornecedor.

- Assegurar, antes da liberação, que os

requisitos especificados no documento de

compra estejam adequados.

- Definir os documentos de compra.

- Definir todas as condições de compra:

técnicas, comerciais, embalagens,

transportes, prazos.

6.4.3 Verificação do produto adquirido

Procedimentos de inspeção de recebimento de materiais e serviços; é feito

somente na matéria prima que são as analises física químicas e medição de ph.

Objetivo Como alcançar o objetivo

- Assegurar a conformidade do produto

recebido com os requisitos especificados.

- Evitar que materiais/produtos que não

- Estabelecer planos da qualidade que

definam que tipo de verificação e ensaio

ou análises devem ser executados antes do

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cumprem os requisitos entrem em

produção

seu uso na produção.

- Onde não for possível esperar

os resultados dos ensaios análises para

liberar o uso, estabelecer procedimentos

de identificação que permitam substituir

itens não-conformes em etapas posteriores

- A empresa deve estabelecer

procedimentos para garantir que as

aquisições consideradas críticas para a

qualidade final do produto/serviço sejam

verificadas criticamente pelos

responsáveis e estejam corretamente

especificados nos pedidos de compra e

que atendam aos requisitos contratuais

Análises:

PH

Temperatura

(Cº)

Acidez

(ºDornic)

Teor de

gordura (%)

Observações

Data

Dia/mês/ano

Assinatura do responsável:

Análises:

PH

Temperatura

(Cº)

Acidez

(ºDornic)

Teor de

gordura (%)

Observações

Data

Dia/mês/ano

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Assinatura do responsável:

A organização deve estabelecer e implementar inspeção ou outras atividades

necessárias para assegurar que o produto adquirido atende aos requisitos de aquisição

especificados.

Quando a organização ou seu cliente pretender executar a verificação nas

instalações do fornecedor, a organização deve declarar, nas informações de aquisição, as

providências de verificação pretendidas e o método de liberação de produto.

A inspeção de recebimento é fundamental para garantir que o processo de

aquisição finalizou de maneira adequada e é prática comum. A forma de execução e os

critérios utilizados dependerão da estrutura da organização, da criticidade do material

adquirido.

A inspeção no fornecedor sempre deve ser comunicada como requisito da

compra, sem isso o fornecedor não é obrigado a receber ninguém em suas dependências

para executar verificação do material ou de outras informações referentes ao negociado.

Por isso é comum observar em requisições ou contratos de fornecimento uma cláusula

que dá total liberdade ao cliente de visitar e inspecionar o produto ou o processo nas

dependências do fornecedor.

6.5 Produção e prestação de serviços

6.5.3 Identificação e rastreabilidade

Não existe identificação das peças, dos componentes e dos produtos que

necessitam ser identificados e não há rastreabilidade dos processos, o laticínio não

consegue fazê-la devido o fornecimento da matéria-prima ser de outro setor, no caso a

bovino de leite.

É necessário que seja possível verificar o que ocorreu com ele desde que foi

adquirido até ser incorporado em um outro produto, que você fabricou e vendeu, e que

precisa ter também uma forma de ser identificado depois disso.

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Para alcançar uma melhoria é importante definir as peças, componentes e

produtos que necessitam ser identificados e definir os métodos de identificação das

partes e dos registros pertinentes.

6.5.5 Preservação do produto

Não apenas o produto acabado precisa de cuidados em sua preservação no

estoque, mas todos os materiais que irão constituí-lo também. O armazenamento de

todos os produtos do laticínio é feita apenas em uma câmara fria. O necessário seria ter

uma câmara fria especifica pra cada produto e especifico para cada queijo. A

embalagem dos produtos é de material plástico é importante para proteção contra os

agentes biológicos.

Objetivos Como alcançar o objetivo

- Evitar que o produto sofra perdas e

danos em todas as etapas do processo de

produção e de entrega.

- Estabelecer procedimentos que

assegurem que nestas etapas os produtos

não sofram perdas e danos.

6.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição

O laticínio não tem nenhum instrumento para determinar, monitorar e medir

evidências da conformidade do produto com algum requisito determinado. Assegurar a

conformidade dos produtos com os requisitos especificados:

Ser calibrado e ajustado periodicamente, ou antes do uso.

Ser ajustado ou reajustado, como necessário.

Ser identificado para possibilitar que a situação da calibrarão seja determinada.

Ter os resultados de suas calibrações registrados.

Os intervalos de calibração ser planejado com base na forma e tipo de

utilização, histórico dos equipamentos ou indicação dos fabricantes, as freqüências têm

que ser revisadas, e ser alterada em função de resultados obtidos.

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Equipamentos reprovados durante calibração ou durante o uso devem ser

identificados e avaliados para tomar ações preventivas.

Manutenção de equipamentos:

Instrumentos e equipamentos utilizados num processo para auxiliar a manter

a conformidade do produto.

Manutenção preventiva do pasteurizador e da máquina de empacotar leite

(envasadora automática) de 3 em 3 meses;

Das câmaras frias (correias, borrachas das portas, gás, motores;

Encanamentos de vapor a tubulações;

Maquina de empacotar queijos (seladora à vácuo);

Balança – aferição e reparos gerais;

Caldeira – manutenção completa e troca de manômetro e do visor;

Compressor, banco de gelo.

7. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

7.1 Generalidades

A organização deve planejar e implementar os processos necessários de

monitoramento, medição, análise e melhoria para:

Demonstrar a conformidade aos requisitos do produto, assegurar a

conformidade do sistema de gestão da qualidade. Melhorar continuamente a eficácia

devendo incluir a determinação dos métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e

a extensão de seu uso.

No empreendimento estudado observou-se que o mesmo não possui

planejamento, sendo este fator primordial para o bom funcionamento de qualquer

estabelecimento.

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7.2 Monitoramento e medição

7.2.1 Satisfação do cliente

O código de defesa do consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de

1990), estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e

interesse social, nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição

Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

O monitoramento do empreendimento, no caso em estudo o laticínio, deve-

se acompanhar o planejamento tendo em vista que já foram destacados neste, os

programas de Gestão ambiental torna nos dias de hoje de suma importância para

qualquer que seja o empreendimento.

O empreendimento deve ter muita atenção em seu principal foco no caso o

cliente, pois ele é o responsável da existência deste, para tanto torna- se necessário as

pesquisas de opiniões dos consumidores, e se realmente os produtos atendem as

necessidades dos consumidores. Além dos produtos em si do gênero alimentícios outro

produto que deve ser destacado é o futuro técnico que será colocado no mercado. Um

fato importante é saber se os consumidores estão sendo atendidos com relação aos

produtos de maneira tanto qualitativa, quanto quantitativa, pois o empreendimento não

pode não pode deixar do fornecer os produtos ou sair fora da rotina deixando o cliente

frustrado com a falta ou a espera do produto devido a falta de planejamento.

A implementação de caixa de sugestão na cooperativa poderá vir a

contribuir como medida de monitoramento em busca de saber o que os clientes

realmente pensam a respeito dos produtos, outro fator interessante é a obrigatoriedade

de envio de relatórios mensais dos nutricionistas do refeitório encaminhados ao laticínio

abordando sobre a qualidade dos produtos recebidos.

ITEM ATIVIDADE IMPACTOS MEDIDAS

Comercialização de

produtos na cooperativa.

Frustração do cliente

pela falta de

Planejamento, e rotina na

produção, afim de atender

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83

Satisfação

do cliente

produtos a necessidade dos clientes.

Processo produtivo

Contaminação

microbiológica.

Utilização de máscaras e

uniformes adequados

Contaminação

Química; Resíduos

de desinfetantes ou

detergentes ácidos

ou alcalinos.

Identificação dos produtos,

orientação do profissional

responsável, disposição

adequada das embalagens

de produtos químicos

manual de boas práticas de

fabricação.

Contaminação

Física; pedaços de

equipamentos,

metais, plásticos ou

madeira.

Adoção de um programa

de manutenção dos

equipamentos.

Capacitação Insatisfação pela

qualidade do produto

Programas de capacitação

e treinamento de

colaboradores e alunos.

Utilização de

equipamentos não

adequados.

Produto baixa

qualidade.

Aquisição de

equipamentos adequados

para cada produto, e do

processo produtivo. Perca de matéria

prima

Baixa produtividade

7.2.2 Auditorias Internas

A alta direção da organização ou o empreendimento deve planejar e

estabelecer datas para as auditorias a fim de determinar o sistema de Gestão da

qualidade, assim como estabelecido no planejamento da realização do produto. Entende-

se como auditoria o processo de verificação interna de cumprimento dos diversos

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processos, etapas e procedimentos sendo que estas devem ser periódicas. A auditoria se

torna necessário

Passos para implantação da Auditoria Interna:

1 - Preparação da Auditoria;

2 - Planejamento;

3 - Lista de Verificação;

4 - Reunião Inicial;

5 - Execução da Auditoria;

6 - Reunião de Fechamento;

7 - Reunião Final;

8 - Elaboração do Relatório de Auditoria; e

9 - Acompanhamento das Ações Corretivas.

Torna se necessário a criação de uma comissão para trabalhar os diversos

aspectos tanto de ordem gerenciais quanto operacionais para que estes possam

contribuir para o sucesso da auditoria os aspectos relacionados a gestão de recursos

humanos devem ser observados com atenção pois os recursos humanos são

indispensáveis nos mais diversos empreendimentos, bem como a destinação adequada

dos resíduos. São os colaboradores que devem compor a comissão que possa vir

participar das atividades do laticínio, gestores ambientais, assistente social, pedagogo,

técnico em segurança do trabalho, além dos coordenadores, técnicos responsáveis e

alunos. As auditorias devem ser realizadas anualmente em datas já planejadas (descritas

no PDCA) a fim de não interferir no processo educacional ou produtivo do

empreendimento obrigatoriamente será recrutado um colaborador para o

acompanhamento da auditoria. (Planilha 27 (Auditoria Interna no anexo)

Page 85: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

85

7.2.3 Monitoramento e medição de processos

Para que o monitoramento e medição dos processos sejam realizados, é

necessário que a alta administração estabeleça medidas e métodos que sejam adequados

para cada tipo de processo e se possível, aplicar também na medição dos processos de

gestão da qualidade, para assim alcançar os objetivos propostos. Caso ocorra alguma

não conformidade, as medidas de correção e controle devem ser executadas de forma

plena, para assim assegurar a conformidade do produto.

Cada processo realizado no Laticínio deve ser descrito individualmente,

com cada etapa processo bem detalhada, bem como suas medidas de controle; por isso é

necessário especificar cada etapa, pois cada processo tem suas especificações,

necessitando assim, de atenção para que a conformidade do produto e a satisfação do

cliente sejam atendidas.

Para a realização e implantação do sistema de gestão da qualidade, deve-se

assegurar que a empresa, no caso o Laticínio esta operando seguindo de todas as

recomendações propostas de acordo com o sistema proposto, através de monitoramento

e medição dos processos, evitando assim a ocorrência de falhas e minimizando qualquer

possibilidade de ocorrência de impactos negativos, além de o monitoramento e medição

possibilitarem a prevenção de danos e possíveis medidas de controle.

QUANTID

DE

MATÉRIA

PRIMA

E QUAL

PRODUTO

IRÁ

GERAR

LOTE E

DATA

DO

PRODUT

O

TECNO-

LOGIA

EMPRE-

GADA

QUANTID

ADE

PRODUZI

DA

VERIFICA-

ÇÃO COM

PADRÃO

PRÉ

ESTABE-

LECIDO

DESCARTE

DE

PRODUTOS

IMPRÓPRIOS

VERIFICAR

QUANTIDA-

DE

MATERIAL

DESCARTA-

DO

IDENTIFI-

CAR A

FALHA NO

SISTEMA

CORREÇÃO E

REAVALIAÇÃO DO

PROCESSAMENTO

Registrar

quantidade

de matéria

prima

utilizada e

qual o

produto que

ira gerar

Identificar

e registrar

o produto

e o lote a

ser

monitorad

o

especifica

Qual o

sistema

produtivo

empregad

o para a

fabricação

Especificar

a

quantidade

produzida

para

promover o

estudo

estatístico

Deve-se

adotar um

padrão para

comparação e

identificação

de produtos

irregulares,

processo

Todos os

produtos fora do

padrão, devem

ser descartados

imediatamente

pra evitar o

contato e o

descontentamen

Grande parte

dos processos

apresentam

uma margem

de erro

aceitável.

para verificar a

eficiência do

Após a

verificação de

falas no

processo pala

taxa de

descarte,

verificamos

em que ponto

Neste ponto buscamos

profissional capacitado correção

e verificação da regularização

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86

ndo a data

de

fabricação

de

produtivida

de do

processo,

realizado por

analises

variadas

to do

consumidor

processo deve-

se avaliar

estatisticament

e as perdas

para formular

gráficos e

definir metas

do processo o

produto esta

sofrendo

preção

desfavorável.

EXEMPLO

300 L de

leite

para

produção de

iogurte

lote n°

009, data

00/00/000

0

Produção

feita pelo

sistema

(A)

descrito

no manual

de

produção.

200

vasilhames

de 1 litro e

200 de 0,5

litros

Promover

analises de

microbiológica

s e físico-

químicas , e

analisar as

embalagens

(vazamento).

Analises

fisioquímicas e

microbiológica

s atende,

descarte de 60

embalagens por

vazamento.

Perda de 15%

com

embalagens,

meta: alcançar

máximo 3% de

perda

Problemas

com

embalagens

de baixa

qualidade

adquiridas

recentemente.

Devolução de embalagens

inadequadas e aquisição de novo

lote de embalagens que atendam

as necessidades e a meta a ser

alcançada.

OBSERVAÇÕES

Verificar a

qualidade

da matéria

prima

Registrar

resultados e

arquivá-los

Metas devem

ser palpáveis,

não propor

algo

impossível

Registrar o

revendedor e a

marca das

embalagens

de baixa

qualidade

Verificar qualidade das

embalagens

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87

7.2.4 Monitoramento e medição de produto

É de responsabilidade da organização monitorar e medir as características e

especificações dos produtos, para assim verificar se os requisitos foram ou não

atendidos. Para que isto possa ser realizado de forma correta, o monitoramento e

medição do produto deve ser feito nos estágios apropriados do processo de realização

do mesmo, de acordo com as providencias planejadas e indicadas no sistema de gestão

da qualidade.

Devem constar nos registros nome das pessoas, as quais estarão designadas

e autorizadas a fazer a liberação dos produtos para os postos revendedores e posterior

entrega aos clientes. Caso algum produto, esteja não conforme, a pessoa responsável por

fazer a liberação do produto, não poderá autorizar que o produto seja liberado até que

todas as providencias e medidas de controle sejam efetuadas de maneira plena; ao

menos que a liberação do produto seja autorizada por alguma autoridade pertinente e

quando aplicável ao cliente.

Emergenciais

Aspecto Medida Mitigadora Verificação

Escorrimento de leite pelo piso e

vazamento de leite pelas conexões

Manutenção periódica nos

equipamentos de recepção do

leite e maior atenção durante

a tarefa de recebimento do

leite para evitar vazamentos

Verificado se realmente esta

acontecendo a manutenção correta

dos equipamentos de recepção do

leite e observado se esta ocorrendo

a devida atenção dos colaboradores

quando o leite é recebido para que

os mesmos evitem o desperdício

através de vazamentos.

Vazamento de água no

pasteurizador

Manutenção periódica do

equipamento de

pasteurização, evitando assim

o desperdício de água durante

o processo de limpeza do

mesmo

Será verificado se esta ocorrendo a

manutenção do equipamento de

pasteurização através de

documentos que o laticínio terá que

apresentar. Também será observado

se não esta ocorrendo o desperdício

de água durante o processo de

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limpeza.

Escorrimento do soro na operação

de prensagem / Transbordamento

de leite nos tanques de fabricação

de queijo

Tratamento do efluente

gerado pelo processo de

prensagem, evitando assim a

poluição dos corpos

hídricos/Padronizar a medida

máxima de 250 litros na etapa

de fabricação de queijo,

evitando assim o

derramamento de leite nesta

etapa de produção

No processo de escorrimento do

soro será verificado se não esta

ocorrendo o desperdício do mesmo,

e verificado se o tratamento do

efluente esta sendo eficiente, isto

será feito através de analises físico-

químico e biológico do efluente

tratado. E se os colaboradores estão

mais atentos para que assim se

evite o derramamento do leite.

Encaminhamento de pedaços de

massa de queijo e outros resíduos

sólidos para a canaleta de

efluentes

Instalação de peneiras com

espessura de 150 mash,

evitando a passagem destes

sólidos para a rede de coleta

hidráulica, sendo estes

encaminhados para o

processo de compostagem

Será verificado se a peneira foi

comprada e se e a mesma esta

sendo utilizada corretamente para

que não ocorra o despejo incorreto

do material solido, no caso o

queijo, para as redes coletoras

hidráulica e verificar se o mesmo

esta sendo devidamente

encaminhado para o processo de

compostagem.

Escorrimento e vazamentos na

condução do soro para a

fabricação de ricota

Colocar a quantidade máxima

de 40 litros de soro em cada

latão e transportá-lo fechado,

para, desta forma reduzir o

derramamento do produto, e

maximizando a produção de

ricota

Será verificado através de

documentos de vendas anteriores e

comparadas com a atual para ver se

realmente a produção de ricota

aumentou, com isso será observado

se esta ocorrendo a redução do

desperdício de soro.

Descarte da salmoura

Direcionar o líquido para o

tratamento de efluente da

Unidade de Produção

Laticínio, para que o mesmo

seja tratado de forma correta

e posteriormente

encaminhado ao corpo

receptor

Será verificado através de analise

do efluente tratado se o processo de

tratamento esta funcionando

corretamente, antes de ser lançado

no corpo receptor.

Mangueira escoando água sem

utilização

Manutenção das mangueiras

e adaptação de gatilhos para

evitar o desperdício de água

Será verificado através de

observação se a mangueira e

adaptações de gatilhos estão

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durante os processos de

limpeza e produção

funcionando de maneira adequada,

e se não está ocorrendo o

vazamento da mesma.

Não Emergenciais

Consumo de água e lenha para a

operação da caldeira

Manutenção do encanamento

da caldeira para evitar a perda

vapor, que consequentemente

aumenta o uso de água e

lenha

Será verificado se esta sendo feita a

manutenção correta da caldeira

através documentos contendo as

datas das ultimas manutenções pára

ver se esta dentro do prazo,

Geração de resíduos sólidos na

forma de cinzas

Reutilizar as cinzas geradas

no processo como matéria

seca auxiliar para o processo

de compostagem

Será verificado através de

observações se as cinzas geradas no

processo da caldeira esta sendo

utilizada no processo de

compostagem.

Geração de emissões atmosféricas

Instalação do filtro do modelo

SC 2002 da marca

ECONOMAX instalado na

chaminé da caldeira para

reduzir a quantidade de

material particulado e gases

de efeito estufa lançados para

a atmosfera

Será verificado se realmente ouve a

instalação do filtro da chaminé da

caldeira através do recibo do

mesmo e também será feita

observação se o filtro foi realmente

instalado.

Uso de lenha

Usar restos provenientes de

madeireiras, como: pó de

serra, serragem e cavacos, e

utilizar lenhas oriundas de

podas realizadas no Instituto,

quando houver.

Será verificado através de

observações se os restos

provenientes da madeira esta sendo

realmente reutilizado.

7.3 Controle de produto não - conforme

A organização deve assegurar que os produtos produzidos que estejam em

não conformidade como os requisitos legais dos produtos, sejam identificados e

controlados a fim de evitar que sejam entregues ou até mesmo usados/consumidos pelos

consumidores. Para que isso possa ser realizado de forma satisfatória, todos ligados à

organização devem estar cientes do que é realmente um produto não conforme, da

responsabilidade da observação dos processos de produção, da documentação exigida

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para definir os controles e responsabilidades, comunicação e relação dentro da

organização e principalmente das formas que podem ser adotadas para o controle das

não conformidades. Sendo assim, um produto não conforme é aquele que apresenta

qualquer evidencia de desvio dos padrões que são estabelecidos com base nos aspectos

legais ou os de comprometimento da empresa. Para correção dos produtos não

conforme, devem ser detalhados os procedimentos que possibilitem a eliminação da não

conformidade; devendo ser feito através da execução de ações para eliminar a não

conformidade, pela autorização de seu uso, liberação ou aceitação sob concessão por

uma autoridade pertinente e onde possível pelo cliente, execução de ações apropriadas

aos efeitos potenciais, da não conformidade quando o produto não conforme for

identificado somente após entrega ou inicio de seu uso. Quando é efetuada a correção

do produto não conforme, este deve ser submetido à reverificação para comprovar sua

conformidade com os requisitos específicos do produto. Além de poder ser feito através

de ações preventivas e em último caso, utilizando-se de ações corretivas, através do

estabelecimento de procedimentos para verificar possíveis causas potencias de não

conformidade, devendo essas informações serem registradas.

7.4 Análise de dados

Os dados referentes ao requisito analisado são de fundamental importância,

pois servem como fonte para correções e prevenções de falhas no sistema. Servindo

como indicadores os dados são norteadores para o sistema de melhoria continua

estabelecido.

Para que haja uma eficácia da utilização de tais dados é preciso estabelecer

um processo minucioso de analises dos resultados que deve ser realizado por

profissional competente.

Um instrumento eficiente da avaliação dos dados é o estabelecimento de

padrões que devem ser redigidos levando em consideração a realidade do

empreendimento em questão onde a variação elevada deste padrão indica irregularidade

no sistema produtivo. Após a identificação das inconformidades faz-se a investigação de

qual etapa esta irregular para promover a correção da falha.

Page 91: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

91

7.5 Melhoria

Gerenciar é controlar. Sem controle não há gerenciamento. Sem medição

não há controle. (JURAN, 1992). O objetivo do gerenciamento ambiental, embora não

possa cobrir toda a extensão do conhecimento sobre um negocio e as contingências que

os cerca, é possuir a informação que forneça dados para se tomar decisões objetivando

melhorar os padrões de resultado da organização.

7.5.1 Melhoria contínua

Observa-se que o empreendimento em questão não apresenta nenhum

programa de melhoria continua, sendo um indicador da falta de preocupação com a

qualidade do produto e conseqüentemente com a satisfação de seus clientes.

Tal omissão justifica-se em função do empreendimento não depender da

venda de seus produtos para sua sobrevivência, esta realidade implica diretamente no

resultado de um de seus objetivos que é o aprendizado dos alunos que por ali passam,

assimilando sistemas desleixados e omissos.

O processo de melhoria continua não deve-se ater somente as características

do produto, deve envolver muito mais, como as condições de trabalho, tecnologias de

ponta, sistemas ambientalmente menos impactantes, sistemas de tratamento de efluentes

mais eficientes, prevenção de riscos e acidentes, condições de trabalho, produtos

inovadores entre outros. Tal processo se apresenta de forma continua, nunca chegando

ao fim, pois é operado de forma cíclica voltando sempre ao inicio para novas avaliações

de possíveis melhorias.

Um dos meios que normalmente apresenta bons resultados de melhoria no

empreendimento é o investimentos em cursos de capacitação e treinamentos dos

recursos humanos (RH), promovendo sempre objetivos propostos previamente (metas).

O principal instrumento para a melhoria continua é a captação e

interpretação de dados coletados, um exemplo é a adoção de um programa de avaliação

Page 92: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

92

da satisfação do cliente que leva a adequação do produto as preferências e necessidades

do consumidor.

7.5.2 Ação corretiva

Por questões administrativas e burocráticas, mesmo as medidas corretivas,

muitas vezes são “solucionadas” de forma paleativa, não resolvendo o problema em seu

principio.

As medidas corretivas devem ser evitadas, não podendo se tornar rotineiras

no empreendimento, que é observada como frequência no empreendimento em questão.

Devemos buscar através de auditorias, análises, relatórios, laudos técnicos,

identificar os possíveis distúrbios antes de alcançarem grandes magnitudes, aderindo a

medidas corretivas no início do problema.

Quando à necessidade de medidas corretivas, verifica-se a existência de

falhas no sistema de gestão ambiental adotado pelo empreendimento, indicando assim a

necessidade de replanejar e redimensionar os parâmetros adotados.

ATIVIDADE NÃO CONFORMIDADE AÇÃO CORRETIVA

Processo produtivo Técnico e professor

responsável no

acompanhamento dos

alunos durante as

atividades.

Participação de professores

e técnicos durante a

realização das atividades

dos alunos

Gestão Administrativa Falta de reuniões dos

técnicos responsáveis

(coordenador e técnicos)

com a alta administração

Adoção de um plano de

Gestão cronograma com

datas de reuniões.

Ter metas e objetivos.

Manutenção dos Falta de manutenção e falta Adoção de programa de

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93

Equipamentos de equipamentos

adequados para a

realização das atividades

manutenção de

equipamentos

Higienização de frascos

utilizados para embalar

produtos.

Sem padronização, perca

de produtos,menor tempo

de vida de prateleira.

Esterilização dos frascos

obrigatóriamente.

Consumo de água Alto consumo Estabelecer planos de

redução de consumo de

água.

Resíduos gerados Destinação inadequada Adotar um plano de

gerenciamento de resíduos.

7.5.3 Ação Preventiva

O empreendimento em estudo não apresenta nenhum programa de ações

preventivas, demonstrando o descomprometimento da alta administração. Caso este

comprovado pelas condições de trabalho dos colaboradores que não utilizam

Equipamentos de Proteção Individual em suas atividades, mesmo expostos a condições

de alto risco.

Uma boa verificação e monitoramento do Laticínio é necessário, para as

medidas que foram planejadas sejam implantadas de maneira detalhada para que a

verificação possa ser feita de maneira correta, mostrando assim que cada etapa do

planejamento foi analisada de maneira correta, pois uma depende diretamente da outra.

É crucial a averiguação se o empreendimento está operando de acordo com

o programa de gestão ambiental preventivo a ser estabelecido, identificando aspectos

não desejáveis e mitigando quaisquer impactos negativos, além de tratar das medidas

preventivas.

Com o estabelecimento do sistema de medidas preventivas, pode-se evitar

acidentes como os colaboradores e impactos ambientais negativos, prejuízos

econômicos pela perda de matéria prima.

Page 94: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

94

O estabelecimento deixa de realizar várias analises na matéria prima, como

por exemplo, a presença de antibióticos e medicamentos, microorganismos patógenos,

presença de urina entre outros, descumprindo a Resolução Nº 12 da ANVISA.

Page 95: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

95

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alunos do 6º período de gestão ambiental. SGA. Sistema de Gestão Ambiental para

Laticínio. Inconfidentes: IFSULDEMINAS, 2010.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Regulamento técnico sobre as

condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de elaboração para estabelecimentos

elaboradores/industrializadores de alimentos. Portaria nº 368, de 04/09/97. Diário

Oficial da União, Brasília, n. 172, seção I, 08 set. 1997.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA. RESOLUÇÃO nº 1, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios

básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfmcodlegi. Acesso em: 12 de abril de

2011.

Constituição Federal de 1988 Artigo 225 – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DO

BRASIL DE 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/

acessado em 24/05/11

Hazelwood, D. & Mclean, A., Manual de Higiene na Manipulação de Alimentos, Ed.

Varela, 1994.

HARDING, F. Milk quality. London: Blackie, 1995. 166p. citado em ANÁLISE DE

PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE EM INDÚSTRIA DE

LATICÍNIOS DE CURITIBA – PR (2004) (tese de mestrado).

Lara. A., Segurança Alimentar em Restaurantes, Lanchonetes, Bares e Cozinhas

Industriais, disponível em www.cpt.com.br, acesso em 25/04/11.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Regulamento da inspeção industrial e sanitária de

produtos de origem animal. Brasília, MA, 1980.

MONARDES, H. Programa de pagamento do leite por qualidade em Quebéc, Canadá.

RESOLUÇÃO DIPOA/SDA Nº 10, DE 22 DE MAIO DE 2003 Sistemas de Gestão da

Qualidade em alimentos e bebidas. Disponível em

http://www.fooddesign.com.br/arquivos/legislacao/res_10_03_ppho_para_leite_e_deriv

ados.pdf acesso em 25/04/11

REVISTA BALDE BRANCO. Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade,

qualidade, Coleta e Transporte de Leite – Instrução Normativa 51.

SILVESTRINI, P. Panorama da distribuição e consumo do leite. In: Peixoto. A. M.;

Moura, J>c. & Faria, V.P., eds. Caracterização e implementação de uma política para o

leite. Piracicaba, FEALQ, 1985. p.73-83.

Simpósio Internacional sobre Qualidade do Leite. V.1. 08-11 de novembro de 1998,

Curitiba- PR. Anais ...Curitiba: UFPR, 1998. 88p.

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96

SCALCO, R.A.,Gestão da qualidade na agroindústria de laticínios do estado de São

Paulo (1999).

TOLEDO, J.C. & BATALHA,M.O., A Gestão da Qualidade no Sistema Agroindustrial,

Anais, In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 1994, vol.II.

Wollmann, L.O. Verificação da implantação e fase inicial da implementação das BPF

em uma indústria de gelados comestíveis. Disponível em

http://agata.ucg.br/formularios/sites_docentes/maf/lauro/TCCs/pdf/TCC-Liziane.pdf

Aceso em 24/04/11.

Page 97: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

97

9. ANEXO: PLANILHAS

Planilha 1: Comprometimento da alta direção

Alta direção

Alunos

(consumidores

no restaurante)

Clientes

Técnicos

do setor

Alunos

aprendizes

do setor

Observações

Prioridade

Sim

Não

Não

Sim

-Alguns produtos

não são suficientes

para os mesmos; -

Mais cursos de

qualificação para os

técnicos; - Porém

não existem

manuais de boas

práticas

operacionais para

os mesmos.

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98

Planilha 2: Foco no cliente

FOCO NO CLIENTE

Atividade Problemática Medidas Observações

Clientes

Consumidores

da cooperativa

Baixa demanda

de produtos;

- Maior produção de

leite na bovino de

leite;

-Consumo de bebida

láctea ou suco pelos

alunos do

restaurante da

escola;

-Verificar se a instituição

tem recursos;

-Questionário para os

alunos do restaurante

darem sua opinião sobre a

substituição parcial;

Colaboradores

Confeccionar

os produtos

-Apenas uma

técnica no

setor;

-Alunos

trabalham

muito na

confecção dos

produtos

-Mais técnicos

responsáveis, para

auxiliar os alunos e

melhorar a

qualidade do

produto;

-Verificar os recursos

disponíveis;

-Considerar que mais

leite disponível, gera

mais produto e maior

renda;

Comunicação

com o cliente

Informar aos

clientes

-Não há

comunicação

em relação ao

que é

produzido,

quando, em que

quantidade;

-Cronograma de

produtos disponíveis

na cooperativa;

-Estabelecer de acordo

com a disponibilidade de

leite;

Conhecer as

críticas,

-Não há

conhecimento

-O questionário resolve o

problema no momento, o

Page 99: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

99

Satisfação do

cliente

elogios e

sugestões

do que os

clientes

gostariam que

melhorasse;

-Questionário para

“ouvir” melhor os

clientes;

estabelecimento de um

SAC via 0800, poderia

gerar custos elevados e

desnecessários.

Planilha 3: Análise critica pela alta direção

Colaboração da Direção Observações

Administração

Responsável

Mediana

A administração

responsável pelo laticínio

tem pouco contato com o

processo de produção ou de

interação entre os alunos e

direção.

Também não há contato

com a escolha dos produtos

a serem fabricados

diariamente.

Acessibilidade a matéria-

prima de qualidade.

Mediana

A Matéria-prima vem do

próprio instituto e é

constantemente analisada

para que sua qualidade não

afete a produção.

Acessibilidade a produtos

para a realização dos

processos de produção.

Mediana

É realizada a eventual

escolha dos produtos por

licitações e por este

processo algumas vezes os

produtos são de qualidade

questionável.

Os clientes não são o foco

Page 100: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

100

Acessibilidade aos

produtos em prateleiras.

Péssima

do empreendimento e por

este motivo não estão

satisfeitos com a prestação

dos serviços.

Alguns produtos estão em

falta para o mercado.

Comunicação com a

direção

Péssima

Realização de reuniões

para melhor comunicação

com a alta direção

Planilha 4: Insumos, Material de Limpeza e Etiquetas de Identificação

Item Atividade Problemática Medidas Observações

Solicitação

de Insumos

Solicitações

realizadas

anualmente,

em anexo os

insumos

solicitados

(Anexo 1)

Os pedidos

solicitados são

entregues a

direção com

acréscimos nos

valores por não

serem atendidos

de imediato.

Caso algum dos

insumos acabem

só serão repostos

na próxima

solicitação

prejudicando a

produção

Solicitações

realizadas

semestralmente

com antecedência

e atendidas de

imediato

Os pedidos de

insumos do

Laticínio são

suficientes para

a produção

anual, mas

devido à

variação da

quantidade de

matéria prima

fornecida, o

Laticínio corre

risco de falta ou

sobra de

insumos

Page 101: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

101

Qualidade

dos Insumos

A prioridade

nas escolhas

dos insumos

são os preços

mais baixos

Produto final sem

qualidade

Priorizar insumos

de boa qualidade

O destino da

produção é o

consumo dos

alunos e

funcionários da

Instituição e

também

comercialização

à comunidade

local, o que

implica uma

melhoria da

qualidade para

melhor

satisfação dos

consumidores

Armazenam

ento de

Insumos

Não é

realizada

inspeções de

qualidade de

armazename

nto, pois

todos os

insumos não

são

perecíveis

A falta de

inspeção e

manutenção do

estoque pode

prejudicar a

qualidade e a

eficiência dos

insumos

Executar

inspeções de

controle de

validade dos

insumos e as

condições de

armazenamento

periodicamente

Solicitação

de Material

de Limpeza

Solicitações

realizadas

mensalmente

Os produtos

solicitados são de

má qualidade,

tendo em vista a

preocupação

somente com

preços mais

baixos. Em

conseqüência

dessas escolhas

são necessários

maiores

quantidade desses

materiais para

realização da

Solicitações de

produtos de boa

qualidade para

que haja uma

melhor

higienização do

local e menor

quantidade de

produtos

utilizados.

Page 102: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

102

higienização do

Laticínio

Solicitação

de Etiquetas

de

Identificação

Solicitações

realizadas

anualmente

Na falta de

etiquetas de

identificação

específicas, são

improvisadas

etiquetas de

outros produtos

confeccionados

no Laticínio

Controlar o

estoque de

etiquetas

periodicamente e

realizar

solicitação com

antecedência para

que não ocorram

fatos de

substituição

Não há um

controle de

etiquetas devido

à variação da

matéria prima,

prejudicando

assim a

produção e

consequentemen

te a quantidade

de etiquetas que

serão utilizadas

Planilha 5: Quantidade e preços dos insumos

Item Especificação Unid. Qua

nt.

Preço Total

01 Coalho em pó para fabricação de

queijos. PC: 1:90. 000. Potes com

500 gramas. De origem Bovina.

Potes 12 R$ 92,00 R$ 1104,00

02 Fermento Termofílico tipo

parmesão, caixa com 10 envelopes

de 50 U (para 500 litros de leite).

Caixas 05 R$300,00 R$1500,00

03 Fermento Termofílico tipo iogurte,

caixa com 10 envelopes de 50 U

(para 500 litros de leite).

Caixas 07 R$ 180,00 R$ 1.260,00

04 Fermento Mesofílico tipo O, caixa

com 10 envelopes de 50 U (para

500 litros de leite).

Caixas 12 R$ 180,00 R$ 2.160,00

05 Tempero composto por alho, cebola

e salsa. Desidratado, embalagens

com 1 kg.

Kg 10 R$ 10,00 R$ 100,00

06 Luva de vinil com amido, tamanho Milheiro 02 R$200,00 R$400,00

Page 103: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

103

M. caixa com 100 U.

07

Bicarbonato de sódio em pó.

Embalagens com 01 kg.

Kg 10 R$30,00 R$300,00

08 Coco em flocos desidratado, sem

adição de açúcar.

Kg 10 R$20,00 R$400,00

09 Café solúvel. Embalagens de 50

gramas.

Kg 05 R$ 5,00 R$ 25,00

10 Azeite de oliva, lata com 500 ml. Litros 30 R$22,00 R$660,00

11 Azeite de dendê. Embalagens com

01 litro cada.

Litros 10 R$35,00 R$350,00

12 Orégano desidratado. Embalagens

com 500 gramas.

Kg 05 R$ 10,00 R$ 50,00

13 Pimenta calabresa desidratada.

Embalagens com 500 gramas.

Kg 02 R$ 12,00 R$ 24,00

14 Alho desidratado frito em flocos. Kg 05 R$ 12,00 R$ 60,00

Embalagens com 100 gramas 05

15 Embalagem plástica termo

encolhível, transparente com fundo

redondo no tamanho 35x45.

Milheiro 10 R$ 200,00 R$ 1.000,00

16 Embalagem plástica termo

encolhível, transparente com fundo

redondo para queijo Gouda e Minas

Padrão e Reino no tamanho 20x22.

Milheiro 08 R$ 190,00 R$ 1.900,00

17 Embalagem plástica termo

encolhível, transparente no

tamanho 20x22.

Milheiro 10 R$ 180,00 R$ 1.440,00

18 Tempero composto por ervas fina. kg R$ 15,00 R$150,00

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Planilha 6: Solicitação para a manutenção da caldeira e as condições de segurança no

trabalho do operador da Caldeira.

Item Atividade Problemática Medidas Observações

Caldeira Manutenção Na caldeira da

Instituição

não ocorre

manutenção

periódica,

tornando-se

assim um

risco aos

funcionários

do Laticínio,

bem como a

população ao

seu redor

Revisão completa

da caldeira

realizada por uma

empresa

credenciada.Pintura

da parte externa

com tinta própria

que suporte alta

temperatura.

Aquisição de um

novo Manômetro,

tubos e conexões

necessários para o

bom

funcionamento do

equipamento

A caldeira do

estabelecimento

necessita de

uma revisão

completa, pois

se encontra

desgastada

Funcionário Todas as

atividades

relacionadas

à caldeira são

realizadas por

um único

funcionário

No local não

há um Manual

de Operação

Possuir Manual de

Operação

atualizado, em

língua portuguesa,

em local de fácil

acesso ao operador

Treinamento

de

Funcionários

A auto-

administração

do Instituto

ofereceu

curso de

manuseio da

caldeira no

ano de 2010

Não é levada

em conta a

periculosidade

desse

equipamento,

tento em vista

as condições

em que a

caldeira se

encontra.

Tubulações

desgastadas,

pintura

Reciclagem do

operador, por meio

de constantes

informações das

condições físicas e

operacionais dos

equipamentos,

atualização técnica,

informações de

segurança,

participação em

cursos, palestras e

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105

deteriorada eventos pertinentes

Material de

Segurança

Individual

(EPI)

Não há

nenhum tipo

de

equipamento

que vise à

segurança do

operador da

Caldeira

A Caldeira

sendo um

equipamento

de alto risco é

necessário

que o

operador

tenha

equipamentos

de segurança

individual, já

que as

atividades

realizadas no

manuseio são

prejudiciais a

saúde

Solicitação de EPI O atual

operador da

caldeira esta

ciente dos riscos

do manuseio do

equipamento e

realizou o

pedido a

direção,mas ate

a atual data não

lhe foi entregue

nenhum

equipamento de

segurança

Solicitação de

EPI

Foram

solicitados os

equipamentos

encontrados

em anexo 2.

Não há

interesse da

direção em

solicitar esses

equipamentos

com urgência

Solicitação com

urgência

O antigo

operador da

caldeira sofre

conseqüências

graves em

decorrência da

negligencia da

direção em

disponibilizar

os

equipamentos

de segurança

durante o tempo

em que ele

exerceu as

atividades da

caldeira

Planilha 7: Equipamentos de Segurança Individual para a operação da Caldeira.

Page 106: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

106

Item Especificação Unidade Quant. Preço Total

01 Botina de raspa com biqueira de

Aço e com elástico.

Confeccionada em raspa de

couro, palmilha antibacteriana e

Solado em poliuretano

Monodensidade. Numero 38.

Unidade 02 R$ 90,00 R$180,00

02 Luva de segurança de raspa.

Punho 30 cm. Com reforço

interno em raspa na palma e

face entre o polegar e o

indicador, comprimento do

punho 30 cm.

Unidade 03 R$ 15,00 R$ 45,00

03 Avental de raspa inteiriço,

confeccionado em raspa curtida

ao cromo tiras finada e fivelas.

Indicado para proteção do

tronco

contra qualquer acidente.

Unidade 03 R$ 30,00 R$ 90,00

Planilha 8: Equipamentos de Proteção Individual na Produção de produtos do Laticínio.

Item Atividades Problemática Medidas Observações

Equipamentos de

Segurança

Individual

As solicitações

de alguns

materias são

realizadas em

quantidades

maiores, por se

tratarem de

materiais

descartáveis

(Anexo 3)

Nem todos os

alunos utilizam

os materiais de

forma

adequada,

prejudicando

assim a

qualidade dos

produtos finais

Inspeções

diárias de

controle de

equipamentos

de segurança

dos

funcionários e

também da

segurança de

produtos não

contaminados.

Os funcionários

do Laticínio não

se preocupam

com a

contaminação

dos alimentos.

Entram e saem

com a botas que

deveriam ser

usadas apenas

dentro do

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107

Laticínio.

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108

Planilha 9: Equipamentos de Proteção Individual do Laticínio.

Item Material Quantidade

01 Luva 1 par/dia

02 Protetor Oricular 30 em uso

03 Óculos de Proteção 05 em uso

04 Avental 05 em uso

05 Máscara 01 por pessoa

06 Bota 01 por pessoa

07 Touca 01 por pessoa

Planilha 10: Relação matéria prima x Produtos confeccionados

Item Atividades Problemática Medidas Observações

Matéria Prima O

fornecimento é

realizado pela

Bovinocultura

de Leite do

próprio

Instituto

Não há um

cronograma de

quantidades de

matéria prima

disponibilizada ao

Laticínio.

E não há uma

inspeção para a

qualidade do

transporte dessa

matéria prima, o

que pode acarretar

em contaminação

do leito no

percurso do

transporte.

Realizar um

cronograma para

disponibilização da

matéria prima e um

cuidado especial

no transporte.

Providenciar um

carro

especialmente para

o transporte da

matéria prima com

condições

adequadas de

armazenamento e

temperatura.

Produtos

Confeccionados

São

confeccionados

conforme a

quantidade de

leite disponível

diariamente

(Anexo 4)

A

comercialização

fica prejudicada

por falta de

produtos na

cooperativa

Realização de um

cronograma

especificando os

dias e os produtos

que deverão ser

confeccionados nos

dias determinados

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109

Planilha11: Produtos confeccionados.

Item Produto Litros

01 Queijo 300

02 Iogurte 50

03 Doce de leite 50

04 Doce de leite 100

05 Pausterização 500

Obs.: Todo o leite da produção é pasteurizado antes de qualquer processo.

Planilha 12: Processo de Produção.

Item Atividade Problemática Medidas Observações

Processo de

Produção

São realizados

pelos alunos

do próprio

Instituto, com

fins didáticos

Os turnos dos

alunos variam

conforme as

turmas

escaladas,

prejudicando o

rendimento, já

que cada turno

possui alunos de

níveis

diferentes, esses

alunos não

possuem

treinamentos

específicos,

apenas teóricos

em sala de aula.

Cada de alunos

possuem um

rendimento

diferente em

Acompanhamento

de professores

durante os

processos de

produção e

treinamentos

específicos para os

alunos

São

supervisionados

apenas por uma

técnica

responsável. Não

só o rendimento

da produção é

prejudicado por

falta de

treinamento dos

alunos, como

também há a

variação de

consumo de água

e volume de

efluentes, a

confecção de

produtos

realizada de

maneira errada e

embalagens

descartadas por

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110

relação as

quantidades de

produtos e temo

médio de cada

um.(anexo5)

manuseio

incorreto.

Planilha 13: Tempo médio gasto nas atividades do processo.

Item Atividade Tempo médio

01 Queijo 1 hora

02 Iogurte 1 hora

03 Doce de leite

Doce de leite

1h e 30 min.

2h e 40 min.

04 Pasteurização 1000 l/h

Obs.: Todo esse processo utiliza grande quantidade de lenha, pois todos os processos do

laticínio são realizados por pasteurizador a vapor.

Planilha 14: Resíduos gerados

Item Resíduos Quantidade

01 Água residuária 5000 l/dia

02 Detergente 2 l/dia

03 Buchinha 2/dia

04 Rótulo 5/dia

05 Embalagem 2/dia

06 Soro de leite 2 l/dia

07 Resto de leite 2 l/dia

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111

Planilha 15: Funcionários do Laticínio

Item Nome Cargo Formação Acadêmica

01 Fernanda Técnica de Alimentos

em Laticínio

Técnico em

Agroindústria

02 Tassiano Técnica de Alimentos

em Laticínio

Técnico em

Agroindústria

03 Tiago Técnica de Alimentos

em Laticínio

Técnico em

Agroindústria

04 Verônica Coordenadora

responsável pelo setor

Economia Doméstica

05 Ana Cristina Professora responsável

pelo setor

Técnica em laticínio

06 Pedro Operador de Caldeira

Planilha 16: Graduação dos alunos e graus de competências dos alunos.

Item Alunos Competência

01 1° Ano Base nenhuma

02 2° Ano Base melhor

03 3° Ano Base melhor

Planilha 17: Curso oferecido pela Instituição

Item Curso Pessoas

01 Beneficiamento de

queijo

População em geral

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112

02 Tratamento de

resíduos

Pessoal da Agroindústria e professores

Planilha18: Equipamentos Utilizados no Processo de Produção

Item Equipamentos Tempo de duração

01 Tacho de doce de leite 12 anos

02 Pasteurizador 5 anos

03 Máquina de empacotar 4 anos

04 Câmera Fria 14 anos

05 Mesa 14 anos

Obs.: Todo o material é em INOX, apenas o pasteurizador e a máquina de empacotar

são realizadas revisões anuais.

Planilha 19: Compartimentos

Item Compartimentos Quantidade

1 Salas 5

2 Laboratório 1

3 Banheiro 2

4 janela 19

5 Porta externa 8

6 Porta interna 5

Planilha 20: Riscos no trabalho

Item Local Risco Obs.

01 Fabricação de

mussarela

Queimar Saber manusear o produto

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113

02 Pasteurização Escorregar

03 Laboratório Queimar Saber manusear o produto

04 Caldeira Câncer de pele Usar EPI

Planilha 21: Realização do produto

Item Atividade Problemática Forma de

medida

Observações

7.

7.1.

Planejamento

da realização

do produto

-Realização do

teste de alizarol e

das analises

físico-químicas e

microbiológicas.

-Procedimento

de limpeza e

sanitização dos

equipamentos.

-Realização dos

produtos (queijos

tipo minas

frescal, minas

padrão,

parmesão,

mussarela,

ricota, doce de

leite e iorgute).

-Controle da

matéria-prima e

dos insumos.

-Desperdício

no refeitório.

-Desperdício

de leite por

alterações.

-Falta de

produtos na

cooperativa.

-Falta

documentação.

-Dificuldades

de obter

informações.

-Criação de um

cronograma das

refeições

servidas no

refeitório,

especificando a

quantidade

utilizada e a

quantidade de

leite servido no

café da manha e

no café da noite.

-Fazer todas as

análises de

laboratório.

-Implantação do

APPCC

(Análise de

Perigos e Pontos

Críticos de

Controle) - Boas

Práticas de

-Cronograma

deve ser

elaborado

pelos

responsáveis

do setor e

pela

nutricionista

do refeitório.

-Documentos

existentes,

planilha de

controle dos

produtos

enviados para

cooperativa e

para o

refeitório.

Page 114: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

114

Fabricação.

-Procedimento

Padrão de

Higiene

Operacional

(PPHO).

-Os insumos

utilizados na

produção devem

ser identificados

com a situação

de inspeção, por

meio de

etiquetas,

carimbos ou

anotações na

embalagem.

-Elaboração de

um relatório dos

produtos

perdidos.

Page 115: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

115

Planilha 22: Processos relacionados a clientes.

Item Atividade Problemática Medida

Determinação de

requisitos

relacionados ao

produto

-Atender as

necessidades dos

clientes.

-Conhecer os

requisitos para o

produto de acordo

com o cliente.

-Insatisfação dos

clientes.

-Perda dos

produtos por não

atender alguma

necessidade do

cliente.

-Não coloca em

prática alguns

princípios, normas

e leis.

-Realizar uma

pesquisa de satisfação

de clientes externos

para avaliar a

qualidade do

atendimento e do

produto.

-Aplicar os aspectos

legais a que está

sujeito, especialmente

quanto aos

Regulamentos e

Normas específicos,

como:

Portaria: ANVISA-

326/97 e 368/97, e a

Lei nº 7.889/89.

Análise crítica dos

requisitos

relacionados ao

produto

- Resultados das

análises críticas e

das ações.

-Conhecer as

quantidades, os

modelos, cor,

prazos, normas

-Não é feita

nenhuma análise

critica do produto

antes de ser

fornecido ao

cliente e não tem

não tem nenhum

documento

assegurando que

-Utilizar de um meio

de consulta ao cliente,

descrição do produto,

como um catalogo

com as especificações

de cada produto.

-Medição de

Page 116: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

116

aplicáveis e locais

para entrega foram

esclarecidos.

- Análise pela

unidade se ela pode

ou não atender ao

cliente, em quais

condições, sempre

mantendo registros.

os requisitos estão

de acordo para

satisfação do

cliente.

desempenho em

relação: âmbito

interno e âmbito

externo.

-Manter reuniões

entre as etapas de

negociação com o

cliente, apresentação

de propostas e

assinatura de

contratos e também

realizar uma reunião

entre a equipe do

projeto para avaliar

criticamente se o que

está sendo solicitado

pode ser atendido.

Comunicação do

cliente

- Facilitar a troca de

informações sobre o

produto.

-Chances de mal

entendido e

insatisfação dos

clientes.

-Utilizar uma pessoa

da área comercial para

atividade de Serviços

de Atendimento ao

Consumidor.

-Fazer um

planejamento prévio

da abordagem do

mercado, conhecê-lo e

saber como abordá-lo

– através de respostas

de algumas perguntas

(perguntas

especificadas no item

Page 117: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

117

7.2.3).

Planilha 23: Projeto e desenvolvimento

Item Atividade Problemática Medida

Planejamento do

projeto e

desenvolvimento

-Planejamento O mal planejamento

causa uma

desestruturação no

processo produtivo

de modo a interferir

na obtenção do

produto final.

-Ter um fluxo de

trabalho bem

definido.

- Ter recursos

humanos e materiais

adequados.

Entradas de projeto

e desenvolvimento

-Entradas -A má qualidade do

leite na entrada do

processo pode

comprometer sua

qualidade para a

produção final do

mesmo, tanto

quanto para a

produção de

-Ter todos os dados

necessários corretos e

disponíveis para o

processamento,

definindo as fontes de

informação, as linhas

de comunicação e

como avaliar a

validade das

Page 118: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

118

derivados do

mesmo.

informações.

Saídas de projeto e

desenvolvimento

-Saídas -No laticínio do IF

as embalagens dos

produtos

processados como

de leite e seus

derivados não

fornece informações

necessárias para sua

aquisição pois não

tem tabela

nutricional fixada

nos rótulos,

implicando assim na

utilização

inadequada pelos

seus consumidores.

-Os produtos na saída

devem conter um

manual de utilização,

um documento

detalhando como

produzir tal produto e

as garantias daquele

produto

Análise crítica de

projeto e

desenvolvimento

-Análise Crítica -No laticínio do IF

os problemas são

identificados mas

não são totalmente

sanados, pois há

irregularidades ex:

pavilhão encontra-se

em condições

inadequadas para o

desenvolvimento

das atividades de

modo a

comprometer o

-Avaliar a capacidade

em atender

plenamente aos

requisitos.

-Identificar problemas

e propor ações de

acompanhamento.

-Atuar de forma

preventiva para

eliminar as não

conformidades

potenciais.

Page 119: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

119

processo

Verificação de

projeto e

desenvolvimento

-Verificação -No laticínio as

entradas provocam

as saídas que se

esperavam de modo

a atender as

demandas,

comparando se

obteve-se

êxito.Porém nem

sempre é possível

manter uma boa

eficácia no processo

a ex; de

irregularidades já

vistas em outros

requisitos.

-A verificação deve

focar em comparar

entradas e saídas,

quais os passos

cumpridos e se eles

foram satisfatórios.

- Deve-se observar se

as entradas

provocaram as saídas

que se esperavam

Validação de

projeto e

desenvolvimento

-Validação -Esse processo no

laticínio do campus

é seguido conforme

exigências da

vigilância sanitária

local, que certifica

que tal produto

atende as

expectativas ou não,

nesse caso o

impacto da

produção final

podem ser positivo

ou negativo.

-A validação vem

depois do produto

quase pronto, é ela

que irá realmente

garantir que o produto

final atenderá as

expectativas e se ele é

planejado conforme

disposições

planejadas.

Page 120: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

120

Controle de

alterações de

projeto e

desenvolvimento

-Controle de

Alterações

-Sem um controle

adequado dessas

alterações o projeto

pode ser

comprometido a

qualquer momento,

e o laticínio não

apresenta estrutura

para grandes

mudanças no

processo .

-A análise das

alterações devem

incluir a avaliação dos

efeitos das alterações

naquelas partes

componentes e

produtos entregues,

definindo a forma e

processo de

modificação do

projeto e

documentando o

processo em forma de

procedimento e

registros.

Planilha 24: Aquisição

Item Atividade Problemática Medida

Page 121: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

121

Processo de

aquisição

-A organização não

tem uma

preocupação

constante com a

qualidade do que é

incorporada ao seu

produto, devido ao

processo de

licitação dos

produtos e da

matéria-prima, a

unidade de

produção não exige

padrões de

qualidade do leite

para o fornecedor

(bovino de leite).

-Alteração na

qualidade do

produto.

-Para obter uma

melhor qualidade do

produto deveram ser

feitas exigências

rigorosas ao

fornecedor. Mesmo

com isso deverá ser

feita uma reavaliação

do fornecedor.

-Possíveis

fornecedores devem

ser selecionados e ter

sua capacidade

avaliada através de

auditoria e/ou outros

meios de verificação.

-Definir e manter os

registros dos

resultados das

avaliações.

Informações de

aquisição

-As informações de

aquisição devem

descrever o produto

a ser adquirido e

deve assegurar a

adequação dos

requisitos de

aquisição

especificados antes

da sua comunicação

-Não tem

comunicação com

o fornecedor

-Definir as etapas do

processo de compra a

partir da necessidade

de comprar alguma

coisa, até a entrega do

pedido ao fornecedor.

-Definir os

documentos de

compra.

Page 122: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

122

ao fornecedor, isso

não ocorre no

laticínio.

-Definir todas as

condições de compra:

técnicas, comerciais,

embalagens,

transportes, prazos.

Verificação do

produto adquirido

-Procedimentos de

inspeção de

recebimento de

materiais e serviços;

é feito somente na

matéria prima que

são as análises

físico-químicas e

medição de pH.

-Alteração na

qualidade do

produto.

-Adquirir uma

planilha para a

organização das

análises.

-A empresa deve

estabelecer

procedimentos para

garantir que as

aquisições

consideradas críticas

para a qualidade final

do produto/serviço

sejam verificadas

criticamente pelos

responsáveis e

estejam corretamente

especificados nos

pedidos de compra e

que atendam aos

requisitos contratuais.

Planilha 25: Produção e prestação de serviço.

Item Atividade Problemática Medida

-Não existe -É necessário que

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123

Identificação e

rastreabilidade

identificação das

peças, dos

componentes e dos

produtos que

necessitam ser

identificados e não

há rastreabilidade

dos processos, o

laticínio não

consegue fazê-la

devido o

fornecimento de a

matéria-prima ser

de outro setor, no

caso a bovino de

leite.

seja possível

verificar o que

ocorreu com ele

desde que foi

adquirido até ser

incorporado em um

outro produto, que

você fabricou e

vendeu, e que

precisa ter também

uma forma de ser

identificado depois

disso.

-Para alcançar uma

melhoria é

importante definir

as peças,

componentes e

produtos que

necessitam ser

identificados e

definir os métodos

de identificação das

partes e dos

registros

pertinentes.

Preservação do

produto

-Não apenas o

produto acabado

precisa de cuidados

em sua preservação

no estoque, mas

todos os materiais

-Não há qualidade

adequada para

preservação do

produto.

-Estabelecer

procedimentos que

assegurem que

nestas etapas os

produtos não

sofram perdas e

Page 124: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

124

que irão constituí-lo

também. O

armazenamento de

todos os produtos

do laticínio é feito

apenas em uma

câmara fria.

danos.

-O necessário seria

ter uma câmara fria

especifica pra cada

produto e especifico

para cada queijo. A

embalagem dos

produtos é de

material plástico é

importante para

proteção contra os

agentes biológicos.

Planilha 26: Controle de equipamento de monitoramento e medição

Item Atividade Problemática Medida

Controle de

equipamento

de

monitorament

o e medição

-São

necessários

para gerar

evidências

sobre a

conformida

de dos

produtos.

-Ferramenta

gasta ou

quebrada.

-Manutenção

deficiente.

-Uso das

maquinas

imprecisas.

-Os equipamentos de monitoramento

e medição utilizados devem ser

calibrados em períodos apropriados,

por organizações credenciadas ou

por um pessoal interno qualificado.

-Contrato de empresas que forneçam

serviço de calibração. No site "O

catálogo da RBC – Rede Brasileira

de Calibração relaciona todos os

laboratórios e serviços de calibração

credenciados pela Rede Brasileira de

Calibração.

http://www.inmetro.gov.br/laboratori

os/rbc/

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125

-O controle de equipamentos de

monitoramento e medição deve ser

através dos registros onde consta o

histórico das calibrações realizadas

nos equipamentos.

Obs: Todos os itens devem ter documentos relacionados à produção dos produtos é ser

devidamente preservados na Unidade de produção em pastas e arquivos, eletrônicos ou

não, identificados e protegidos quanto a perdas e confidencialidade.

Planilha 27. Auditoria Interna

ITEM ATIVIDADE IMPACTOS MEDIDAS

Preparação da

Auditoria;

Preparar o Ambiente,

“arrumar a casa”onde

será realizada a

auditoria.

Mudança na rotina e

hábitos de

colaboradores e

alunos.

Conscientizar a todos da

importância e pra que é

feita auditorias.

Planejamento;

Planejar os dias em

que as auditorias serão

realizadas e quais

atividades serão feitas

neste dia.

Maior

comprometimento,

envolvimento de

colaboradores e

aluno

Planejar com todos o

que terá que ser feito,

nos dias da auditoria.

Lista de

Verificação;

Elaborar um uma lista

devendo constar todos

os pontos de

verificação pedidos na

auditoria.

Fazer reuniões com

colaboradores e alguns

alunos para que esta

lista de verificação

possa ser elaborada e ou

discutida com todos.

Reunião Inicial;

Realizar esta reunião

inicial com

colaboradores e os

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126

responsáveis pelo

laticínio, incluindo o

diretor.

Execução da

Auditoria;

Acompanhar o auditor

e responder a todas as

suas perguntas durante

a execução da

auditoria.

Possível ocorrência

de não-

conformidade.

Estar preparado para a

execução da auditoria.

Reunião de

Fechamento;

Verificar cada ponto

em que foi analisado

durante a execução da

auditoria, ver o que

esta em conformidade

e o que esta não -

conforme.

Mudança em alguns

processos de

produção.

Analisar com cuidado

tudo o que foi proposto

e executar da melhor

forma possível.

Reunião Final; Mudança no

comportamento e

modo de realizar as

atividades.

Envolver a todos os

responsáveis e

colaboradores do setor

para participarem na

execução das medidas

proposta. Todos devem

estar cientes.

Elaboração do

Relatório de

Auditoria;

Elaboração do

relatório da auditoria.

Envolvimento dos

responsáveis pelo

laticínio, mudança

de rotina.

Para elaboração do

relatório de auditoria,

devem estar presentes o

diretor, responsáveis

pelo laticínio e alguns

alunos.

Acompanhamento

das Ações

Ter acompanhamento

e suporte, para que as

Ter alguém

acompanhando,

Acompanhamento dos

responsáveis na

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127

Corretivas devidas ações possam

ser executadas.

vistoriando alguns

processos de

produção.

realização das ações

corretivas.

10. ANEXO DOCUMETAL: FIGURAS

Figura 1

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128

Figura 2:

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129

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130

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131

11. ANEXO FOTOGRÁFICO

Foto 1: Rua de acesso ao laticínio.

Foto 2: Canaletas/ grades

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132

Foto 3: Tubulação do vapor da caldeira.

Foto 4: Resfriamento da água

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133

Foto 5: Tambor de leite.

Page 134: SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE LATICÍNIO …ƒO... · Deve ser dada atenção sobre todas as etapas da cadeia de produção: obtenção da matéria prima, processamento industrial

134

Foto 6: Extintores mal localizados

Foto 7: Extintores mal localizados.

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135

Foto 8: Extintor

Foto 9: Instalações de livre acesso.

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136

Foto 10: Lixo mal acondicionado.

Foto 11: Lixo mal acondicionado.

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137

Foto 12: Lixo mal acondicionado.

Foto 13: Caixa utilizada para tranporte.

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138

Foto 14: Bebidas alcoólicas no empreendimento.

Foto 15: Bebidas alcoólicas no empreendimento.

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139

Foto 16: Caixa de efluentes destampadas.

Foto 17: Caixa de efluentes destampadas.

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140

Foto 18: Animais domésticos no empreendimento.

Foto 19: Instalação mal higienizadas.

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Foto 20: Fiação solta, sem manutenção.

Foto 21: Estoque de madeira para a caldeira.

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142

Foto 21: Estoque de madeira para a caldeira.

Foto 22: Estoque de madeira para a caldeira.

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143

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA ELABORAÇÃO DO SGQ

RA: 08102197- Aline Rosaria Leite__________________________________________

RA: 08102198- Ana Carolina Silva da Costa___________________________________

RA: 08102201- Bruno Silva de Carvalho______________________________________

RA: 08101170-Caio Cavalcante Puttini ______________________________________

RA: 08102205- Elisa Mara Pereira__________________________________________

RA: 08102207- Giovani Marcio Coura Junior__________________________________

RA: 08102201-Igor Corsini________________________________________________

RA: 08102210- Juliano Antonio de Freitas____________________________________

RA: 07102152 Marcela Assis_______________________________________________

RA: 08102213- Maria Aline Ferreira_________________________________________

RA: 08102215- Maria Isabel Silva Rodrigues__________________________________

RA: 08102216- Mickaella Cristiany Alves da Cunha ____________________________

RA: 08102219 Rafael Rossetti______________________________________________

RA: 08102217- Rafaela Costa______________________________________________

RA: 08102221- Vera Lucia Rodrigues________________________________________

Prof. orientador: Éder Clementino dos Santos _________________________________