SISTEMA RSPIRATÓRIO- patologia

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SISTEMA RSPIRATÓRIO A principal função desse sistema consiste na absorção de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono e outros gases no processo da respiração. Certas outras funções estão intimamente relacionadas: o sistema olfatório situa-se muito perto do sistema respiratório e acompanha a inalação do ar. As funções especializadas do trato respiratório tornam-se possíveis pela presença de células típicas que revestem este trato e os tecidos formados por elas ditam as características patológicas do trato respiratório. A insuficiência respiratória pode levar a morte se não revertido a tempo, e vários distúrbios podem levar a esse efeito como: distúrbios da circulação, infecções virais, bacterianas, fúngicas, micoplasmáticas, moléstias causadas por protozoários, helmintos e artrópodes, agentes tóxicos exógenos. INFLAMAÇÕES Todas as inflamações tem início como inflamações catarrais agudas das respectivas membranas mucosas. Um pouco mais tarde, essas inflamações tendem a ser purulentas ou fibrinosas, dependendo do agente, se alastra dependendo da virulência e da suscetibilidade do paciente. Faringite, laringite e traqueíte reduz alimentação e causa perdas na produção. Rinite (mucosa nasal) Sinusite Frontal: ocorre em bovinos em decorrência da infecção do ferimento causado pela descorna. Analogamente, a extensão da infecção até a cavidade craniana é possível. Maxilar: especialmente em cavalos resulta da afecção dos dentes molares e paredes dos alvéolos dentais. Faringite Necrotizante: inflamação com tecido necrotizante (placas). Diphteria de bezerros (sinônimo de necrose), comum terem concomitantemente faringite e laringite por extensão. Epiglote necrotizante: a mucosa inflamada e em consequência ocorre a deterioração da cartilagem em função de uma lesão severa. Faringite crônica equina: hiperplasia linfoide folicular. Pode ser confundido com carcinoma de célula escamosa. Diagnóstico é feito com biópsia. Apresenta acentuado infiltrado linfocitário. A mucosa tem aspecto granulomatoso (várias bolinhas na mucosa). Nos pequenos animais podem ocorrer linfomas. Laringite Traqueíte Bronquite

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SISTEMA RSPIRATÓRIO

A principal função desse sistema consiste na absorção de oxigênio e eliminação de dióxido de

carbono e outros gases no processo da respiração. Certas outras funções estão intimamente

relacionadas: o sistema olfatório situa-se muito perto do sistema respiratório e acompanha a

inalação do ar. As funções especializadas do trato respiratório tornam-se possíveis pela

presença de células típicas que revestem este trato e os tecidos formados por elas ditam as

características patológicas do trato respiratório.

A insuficiência respiratória pode levar a morte se não revertido a tempo, e vários distúrbios

podem levar a esse efeito como: distúrbios da circulação, infecções virais, bacterianas,

fúngicas, micoplasmáticas, moléstias causadas por protozoários, helmintos e artrópodes,

agentes tóxicos exógenos.

INFLAMAÇÕES

Todas as inflamações tem início como inflamações catarrais agudas das respectivas

membranas mucosas. Um pouco mais tarde, essas inflamações tendem a ser purulentas ou

fibrinosas, dependendo do agente, se alastra dependendo da virulência e da suscetibilidade do

paciente. Faringite, laringite e traqueíte reduz alimentação e causa perdas na produção.

Rinite (mucosa nasal)

Sinusite

• Frontal: ocorre em bovinos em decorrência da infecção do ferimento causado pela

descorna. Analogamente, a extensão da infecção até a cavidade craniana é possível.

Maxilar: especialmente em cavalos resulta da afecção dos dentes molares e paredes

dos alvéolos dentais.

Faringite

• Necrotizante: inflamação com tecido necrotizante (placas). Diphteria de bezerros

(sinônimo de necrose), comum terem concomitantemente faringite e laringite por

extensão.

• Epiglote necrotizante: a mucosa inflamada e em consequência ocorre a deterioração

da cartilagem em função de uma lesão severa.

• Faringite crônica equina: hiperplasia linfoide folicular. Pode ser confundido com

carcinoma de célula escamosa. Diagnóstico é feito com biópsia. Apresenta acentuado

infiltrado linfocitário. A mucosa tem aspecto granulomatoso (várias bolinhas na

mucosa). Nos pequenos animais podem ocorrer linfomas.

Laringite

Traqueíte

Bronquite

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Inflamações infecciosas da nasofaringe alastram-se até a mucosa de uma ou duas trompas de

(TUBA AUDITIVA) Eustáquio em seres humanos ocluindo o lúmen pelo inchaço produzido,

podendo avançar até o ouvido médio causando otite. Chamado eustaquite (inflamação da

tuba auditiva), o distúrbio pode ocorrer em animais domésticos, com os sinais clínicos

subjetivos como interferência na audição.

No cavalo, o catarro das bolsas guturais (EMPIEMA) como continuação de uma eustaquite

similar (infecção da tuba auditiva). As bolsas ficam cheias e distendidas com exsudado, sua

posição interfere com a drenagem e podem tornar-se crônicas podendo tornar-se caseosos.

Abrem-se na altura da faringe. Causada por Streptococcus equi ou outras sp.

Timpanismo das bolsas guturais(são divertículos da tuba auditiva): ocorre na forma de um

inchaço pneumático saliente, habitualmente bilateral. O tubo tumefato parece ser uma ação

semelhante de válvula, que permite ao ar o bombeamento para o interior, mas não que seja

expelido à medida que o animal mastiga. Isso é comparável à ocorrência do enfisema

subcutâneo a partir de uma ferida na região axilar. Fala-se na existência de um meteorismo

semelhante das bolsas guturais, como resultado de sua distensão por gases derivados da

putrefação do exsudado em casos de catarro crônico.

Parasitos artrópodes e helmínticos

Oestrus ovis – larva da mosca das ovelhas. Migram até as narinas quando desenvolvidas,

continuam pelo seio frontal até os ossos turbinados. Essas larvas causam a formação de um

exsudado purulento pegajoso que envolve as larvas. Causa sinusite. Ocasionalmente essa

parasitose é fatal pela extensão até a cavidade craniana, via etmoide.

Linguatula serrata – infecta as vias nasais de cães e raramente outras espécies. Os seios

paranasais e vias nasais podem ser infestados com o ácaro Pneumonyssus caninum.

ANOMALIAS CONGENITAS

Geralmente as malformações congênitas que envolvem o trato respiratório são secundárias a

outro processo, como exemplo: malformação da cabeça e face resultam e anomalias do trato

respiratório superior.

VIAS SUPERIORES

A membrana mucosa das narinas, seios paranasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios estão

sujeita a lesões por agentes químicos e infecciosos que chegam à mucosa no ar inspirado. As

vias superiores são mais atacadas por ser mais acessível, porém a severidade se dá nos locais

mais profundos, como os brônquios. É possível que as membranas também sejam atacadas

pela via hematógena, bastando que o agente tenha afinidade pelo tecido.

Epitélios que revestem as mucosas das vias nasais superiores:

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• Escamoso em nível de narina

• Epitélio de transição

• Epitélio respiratório

• Epitélio olfatório (região etmoide)

• Epitélio especializado (vomeronasal)

O estudo das respostas patológicas do sistema exige uma análise das características

anatômicas e histológicas da espécie animal envolvida.

Amiloidose

Amiloidose (acúmulo de substancia proteica rara, extracelular) nodular da mucosa nasal é

observada ocasionalmente em cavalos, mas é raro. O amiloide é depositado nos vasos

sanguíneos e glândulas circunjacentes e dentro do tecido conjuntivo. A causa é desconhecida,

mas não está associada à amiloidose generalizada.

Pólipos nasais

São neocrescimentos inflamatórios que se parecem com as neoplasias verdadeiras. Com

frequencia são pedunculados ou alongados de modo que um só ocupa a maior parte do lúmen

nasal onde está situado. O tecido interno é fibroso e mixomatoso(forma irregular e

consistência gelatinosa) com infiltração de granulócitos, neutrófilos, linfócitos cuja presença

independente de qualquer ulceração. Os pólipos nasais têm que ser diferenciados do

granuloma nasal em bovinos, rinosporidiose, crescimentos granulomatosos causados pelo

trematódeo do sangue, e pelas larvas do verme do estomago dos cavalos (Habronema sp). Nos

cavalos podem ser fontes de hemorragia. Os pólipos nasais felinos podem estar aderidos a

pólipos inflamatórios que se estendem até o meato auditivo externo.

Epistaxe (narina)/Hemoptise (pulmão)

Hemorragia nasal – ocorre pouco em animais domésticos. Quando não causada por trauma, é

indício de infecção ulcerativa ou neoplasia, um hemangioma, ou osso fraturado que lesionou

um vaso sanguíneo.

Em animais de corrida como cavalo, pode ocorrer bilateralmente após stress físico, provindo

do pulmão. Quando se origina na cavidade nasal geralmente é unilateral por infecção viral, ou

nos seios paranasais e labirinto do etmoide em decorrência de hematoma.

RINITE ATRÓFICA

ETIOLOGIA: Bordetella bronchiseptica e Pasteurella multocida habitam vias nasais dos suínos e

produzem toxinas dermonecrosantes. A presença da bactéria ou de sua toxina caracteriza as

lesões de rinite atrófica. Acomete leitões jovens, que apresentam catarro, irritação nasal e

espirros. A moléstia progride ao longo de muitos meses com dispneia e anorexia e o animal

morre de inanição. As primeiras lesões são focos pequenos e congestos na mucosa dos ossos

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turbinados, seguindo por erosão e desaparecimento da mucosa, acompanhado por intensa

filtração de células inflamatórias. As áreas dos ossos turbinados começam a amolecer e

desaparecem em 2 a 4 semanas. Um muco purulento adere nos recessos dos ossos turbinados

enquanto permanecem e nas células do etmoide. Mais tarde o septo nasal desaparece, o

crescimento do focinho sofre um retardo tornando-se curvo e côncavo, geralmente mais

visível num dos lados.

GRANULOMA NASAL BOVINO

A Inflamação granulomatosa na mucosa dos bovinos é frequente, pode ter 4 causas:

Infecção micótica, trematoda, actinobacilose ou rinite atópica.

Corrimento nasal, mucopurulento, prurido nasal, o terço inicial da mucosa nasal fica elevada

por diminutos nódulos de aspecto irregular. Evidencias apontam para reação de

hipersensibilidade tipo I a antígenos identificados, como polens.

FARINGE

SARCOMA OSTEOGÊNICO NA FARINGE

Neoplasia maligna que se ossifica após proliferação de tecido mesenquimal.

LARINGE

*Inflamações no trato digestório pode, por via ascendente, atingir o trato respiratório.

Na inspiração as cartilagens aritenóides da laringe são movidas por seus músculos como uma

porta dupla que abre para a admissão de ar.

Na HEMIPLEGIA DA LARINGE: moléstia que ocorre em cavalos ocorre paralisia parcial desses

músculos por desenervação. A cada inspiração, essa obstrução não só limita a quantidade de

ar que pode chegar aos pulmões, mas também gera um som considerável. O músculo afetado

sofre atrofia progredindo até seu total desaparecimento, com substituição por tecido fibroso.

Geralmente a cartilagem aritenóide, o músculo cricoaritenóideo e o nervo laríngeo do lado

esquerdo que estão envolvidos nesse distúrbio. Acredita-se que isso se deva ao curso peculiar

do nervo esquerdo em torno do arco da aorta ao longo da face profunda do vaso. As causas de

certos casos que podem ocorrer em ambos os lados são: pressão exercida por linfonodos

granulomatosos hipertrofiados, tumores, abscessos, aneurismas e inchaço do esôfago. Muitos

casos ocorrem em seguida à pneumonia.

Também pode ocorrer em consequência de substancias tóxica como organofosforados,

hereditariedade que causam degeneração walleriana das fibras nervosas.

Nos cães machos de raças grandes: bilateral – nervo laríngeo atingido recorrente ou como

parte da doença neuromuscular generalizada.

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TRAQUEIA

Laringites e traqueítes podem estar associadas a rinites e bronquites ou a pneumonias como

ex.: traqueíte parasitária - traqueíte traumática (sonda) – laringite por Arcanobacterium

pyogenes em bezerros e ovinos.

Colapso de traqueia

Achatamento dorsoventral da traqueia por:

• Alteração dos anéis cartilaginosos

• Relaxamento da musculatura lisa (flacidez)

Em cães miniatura caracteriza problema genético.

NEOPLASIAS

Maioria de origem epitelial.

Neoplasmas de origem pulmonar são raros.

Adenocarcinoma: mais frequentemente identificada, surgindo do epitélio nasal ou sinusal.

Compõe-se de células colunares ou cuboides com habitual arranjo aleatório, zonas de necrose

e hemorragia com invasão dos tecidos adjacentes. Muitas mitoses. (glândulas).

Carcinóides: câncer maligno dos alvéolos.

Metástases

• Mama: cães e gatos com tropismo pelo pulmão.

• Linfossarcomas (linfomas) – gatos e bovino.

Sinal clínico: Insuficiência respiratória.

De origem na mucosa olfatória, infecciosa e geralmente viral: adenopapiloma,

adenocarcinoma, carcinóide etmoidal.

Carcinoma epidermóide: trato respiratório superior, propenso a surgir nas narinas externas.

Condrossarcomas: pode ter como origem o septo nasal e se compõe de massas sólidas de

células cartilaginosas indiferenciadas que produzem cartilagem imatura.

Carcinoma mucoepidermico: elementos celulares pavimentosos e células glandulares com

secreção mucosa.

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BRONQUITES E BRONQUEOLITES

O epitélio nasal mais próximo ás narinas está revestido por um epitélio pavimentoso

estratificado que na direção da faringe transforma-se num epitélio respiratório pseudo -

estratificado típico. Esse tipo de epitélio estende-se até a origem do bronquíolo, onde se

transforma no tipo colunar simples. Foram identificados nove tipos de células epiteliais no

epitélio traqueobrônquico: ciliada, caliciforme, serosa epitelial, em escova, basal,

intermediária, tipo K, tipo especial, e células de Clara. Uma função importante do epitélio

traqueobrônquico é a produção de muco. Esse material é sintetizado pelas células serosas

epiteliais, células caliciformes, e glândulas mucosas existentes na lamina própria, que estão

revestidas por células serosas e mucosas e se comunicam com o lúmen.

Difícil observar processos só bronquiais ou broncopneumonias.

Causas: vírus, bactérias, corpos estranhos, fungos e parasitos.

RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA

Doença viral. Envolve cavidade nasal até traqueia. Mucosa com congestão e exsudado.

BRONQUIECTASIA

Consiste na dilatação de um ou mais brônquios. Durante uma respiração forçada, os brônquios

e bronquíolos dilatam-se e ficam arredondados nas secções transversais, mas em outras

ocasiões, todos os condutos, exceto os brônquios mais calibrosos, estão contraídos por sua

musculatura de modo que a mucosa fica disposta em pregas. Nas secções transversais, essas

pregas dão aos brônquios menores e médios um aspecto estrelado. Nos casos de

bronquiectasia esses brônquios estão dilatados e as pregas estão distendidas até formas um

círculo completo, uma posição que persiste depois da morte. Essa inelasticidade e não

retornos ao estado de contração normal devem-se a pequenas quantidades de tecido fibroso

na parede do brônquio e a sua volta, que proliferou em decorrência de uma inflamação

crônica. A contínua irritação é um resultado desse distúrbio que fica evidenciado por catarro e

tosse e pode ser reforçado por infecções de baixa virulência. Graças à irritação crônica, um

achado comum é a metaplasia epidermóide do epitélio brônquico. Em casos de pneumonia

micoplasmática é muito comum essa doença associada.

BRONQUITE

Em comum com as moléstias do trato superior, sendo comummente uma extensão dessas

infecções, mas raramente representa extensão de algum processo que teve origem no

parênquima pulmonar.

As formas iniciais caracterizam-se por inflamação catarral, mais tarde o exsudado habitual

torna-se fibrinoso ou purulento. A virulência e a importância de uma infecção do trato superior

podem ser avaliados pelo seu grau de extensão a partir das narinas até os pulmões.

TRAQUEOBRONQUITE CANINA

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OU TOSSE DOS CANIS, é uma designação clínica para a moléstia caracterizada por uma tosse

intermitente. Vários agentes estão envolvidos – vírus, bactérias. Pouco estudo histológico

porque a moléstia não é fatal.

BRONQUITE CRÔNICA

Descrita em cães, manifesta-se por tosse persistente por meses e até anos. Achados consistem

em tampões mucosos na árvore traqueobrônquica, mucosas brônquicas espessadas e

hiperêmicas, lesões polipoides ocasionais na mucosa e enfisema subpleural.

Microscopicamente o exsudado mucoso pode ser observado no lúmen dos bronquíolos, as

células caliciformes estão presentes em maior número e a lâmina própria está infiltrada com

células inflamatórias, nos locais muito afetados as células podem perder os cílios e aparecer

úlcera. Bactéria causadora principal: Bordetella bronchioseptica.

SÍNDROME DOS CÍLIOS IMÓVEIS

Encontrada em cães, aparentemente hereditária, envolve rinite e sinusite crônicas,

bronquiectasia e situs inversus associado das vísceras abdominais. Os cílios afetados podem ter

quantidades variáveis de doublets (parede exterior que circunda vários túbulos isolados que

encontram-se dentro do cílio)periféricos, os braços de dineína podem estar ausentes ou

reduzidos e a configuração pode ser diferente do arranjo 9 + 2. Alguns cílios podem ter

somente um microtúbulo central ou nenhum e outros podem estar desorganizados. O efeito

desta síndrome é a interferência na eliminação mucociliar no trato respiratório e pulmões.

PULMÕES E PLEURA

Pulmão direito: até quatro lobos (médio e acessório)

Pulmão esquerdo: dois lobos

Os lobos são divididos em lóbulos e os mais lobulados são das espécies suína e bovina.

Alterações post mortem – colapso pulmonar, hipostase, enfisema intersticial da putrefação.

Pigmentação anormal :

• Melanose: (células normais que foram no pulmão durante a divisão embrionária) -

pigmentação enegrecida, pode ser na pleura e parênquima. Não há envolvimento de

macrófagos.

• Antracose: acúmulo de partículas de carvão que progridem para o parênquima. (na

foto, pigmentação bem difusa – muitos macrófagos alveolares que fagocitam os

pigmentos e podem levar aos linfonodos).

Hemossiderina: parte férrica do sangue. Indica distúrbio hemolítico ou congestão pulmonar

pelo tempo do sangue no local e extravasamento de hemácias para o alvéolo. O macrófago

fagocita a hemácia, tornando o pulmão rosado por ser de forma difusa.

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Metástase na pleura: melanoma - pigmentação de melanina produzida por células atípicas –

melanócitos neoplásicos que viajam pelos linfonodos e desembocam nas pleuras. Melanose

cora tecido conjuntivo peribronquial e adventícia dos vasos.

DISTÚRBIOS METABÓLICOS

CALCINOSE ENZOÓTICA: calcificação do parênquima pulmonar por distúrbio de intoxicação por

vitamina D – gera maior absorção de cálcio e posterior deposição em partes moles. Certas

plantas que contem o (25-hidroxicolecalciferol) principio ativo da vitamina D, causam esse

distúrbio.

UREMIA: Pulmão em pedra pome - desequilíbrio de cálcio e fósforo em função de insuficiência

renal. Acúmulo de urina no sangue que é tóxica às células, causando lesão do endotélio

pulmonar, necrosando e calcificando.

ATELECTASIA:

Colapso do pulmão pela falta de ar nos alvéolos.

Causas:

• Congênita: falha de enchimento de ar ao nascer, não te surfactante.

• Adquirida –padrões:

• > obstrutiva: com pus, por exemplo – diminui a capacidade do alvéolo.

• >compressiva: diminui a capacidade dos alvéolos em função de uma compressão

externa, como tumor, ar, pus, corpo estranho.

Classificada em:

• Focal

• Multifocal

• Difusa

(foto – animal com pneumotórax>ar na cavidade, o pulmão murcha, não trabalha em função

da pressão, fica vermelho porque está colabado – classificação Atelectasia adquirida

compressiva difusa).

Área mais deprimida e vermelha. Pus obstruindo os alvéolos que colabam. Atelectasia

Adquirida obstrutiva focal.

Hidrotórax – compressão geralmente na parte central do pulmão em função da posição

quadrúpede do animal – Atelectasia Adquirida Compressiva Focal.

ENFISEMA COMPENSATÓRIO

Presença de excesso de ar no pulmão. Diferente de hiperinsuflação. Sempre secundário a

outra região, como por exemplo, uma região com atelectasia. Pulmão apresenta-se com

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bolhas ou inchado (com deformação e amarelado). Há rompimento dos alvéolos dependendo

do grau de comprometimento do pulmão e da força que o animal faz para respirar. Congestão.

DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS

HEMORRAGIA

• Pulmonar

• Hemotorax (vaso rompido ou sangue coagulado na cavidade)

EDEMA

• Trabéculas dos lóbulos, alvéolos.

• Separa lóbulos, a cápsula fica mais saliente.

• A pleura dos bovinos é mais grossa, não confundir com fibrina, pois ela possui a

característica de se destacar. Pleura fica com aspecto brilhoso.

HIDROTORAX

• Líquido na cavidade.

PNEUMONIAS (PESQUISAR MAIS)

INFLAMAÇÃO DO PARENQUIMA DO PULMÃO – PNEUMONIA

INFLAMAÇÃO DA PLEURA – PLEURITE

INFLAMAÇÃO DOS ALVÉOLOS – ALVEOLITE

INFLAMAÇÃO DOS BRÔNQUIS – BRONQUITE

TIPOS MORFOLÓGICOS (Distribuição, textura, aspecto, exsudado)

• Broncopneumonia

• Pneumonia Intersticial

• Pneumonia Embólica

• Pneumonia Granulomatosa

Broncopneumonia

• Supurativa: lobular, purulenta, firme como se fosse um fígado. (foto: pulmão bem

vermelho)

• Fibrinosa: lobar, fibrina dura (cartilagem). Atinge os lobos crânio ventrais, aspecto

consolidado (sólido por inteiro), se confunde com atelectasia. Infecção bacteriana

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aerógena crânio ventral (em função da posição quadrúpede). (Foto: somente num

lóbulo).

Pneumonia intersticial

• Entre os alvéolos (característica de infecção por cinomose)

• Difusa

• Elástica (fica com a impressão das costelas)

• Exsudado não evidente – inalados ou ingeridos

• Podem ser virais, alérgicas, por toxinas ou sépsis

• Vias aerógena ou hematógena

• Congestão discreta e muito edema

Consolidação

• Aspecto de fígado (hepatização)

• Animal vai para respirador (dificilmente sobrevive)

Pneumonia embólica

• Multifocal

• Purulentos (as vezes), necrose (as vezes), pós – formação de fibrina.

• Nodular

• Hematógena (êmbolos sépticos)

Pneumonia granulomatosa (tuberculose)

• Multifocal

• Nódulos mais consistentes perceptíveis na abertura do parênquima

• Granulomas ou piogranulomas

• Aerógena ou hematógena

Pleurite granulomatosa

• Inflamação da pleura – com muita fibra

• Por via hematógena ou por extensão do parênquima através do processo crônico -

não tem granuloma – em função do processo fibroso recebe o nome de

granulomatosa.

PNEUMONIAS ESPÉCIE-ESPECÍFICAS

Equino:

Pneumonia granulomatosa

• Doença: rodocose (também atinge o intestino)

• Patógeno: Rhodococcus equi

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• Fase inicial: pneumonia intersticial com evolução para granulomatosa

• Primeiro foco de necrose – liquefação – fase caseosa – encapsula – granuloma

• Piogranuloma – presença de pus

Bovino:

Pneumonia enzoótica bovina ou Broncopneumonia supurativa

• Causada por vírus ou mycoplasma mais bactérias oportunistas (Pasteurella,

Arcanobacterium, E. coli.)

• Comprometimento dos lobos sem área bem demarcada

• Alvéolos preenchidos por neutrófilos e células fagocíticas

Febre dos Transportes

• Causa pneumonia fibrinosa

• Broncopneumonia ou pleuropneumonia

• Agente: Mannheimia hemolytica bovina

• Diminuição da imunidade durante transporte

• Na pleuropneumonia se difunde pelos septos

Pneumonia parasitária

• Verminótica

• Pulmão com aspecto de que foi esmagado

• Edema, congestão e vermes

• Pode gerar pneumonia granulomatosa quando tiver poucos vermes na tentativa de

encapsular o agente

Pneumonia em Cães e felinos

Cinomose – em função da afinidade por células que se multiplicam

Bacterianas – através do sangue ou sépsis

Micóticas – podem fazer migração para o pulmão

Parasitárias

Suínos

Pleuropneumonia – Actinobacilos

Pneumonia enzoótica - Mycoplasma

Pneumonia em fetos

Aspiração de mecônio ou falsa via.

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