Sistemas Digitais Módulo 10 - daniel.prof.ufu.br · Circuito Combinacional vs Sequencial Circuito...
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Sistemas Digitais Módulo 10
Circuitos Sequenciais: Latches e Flip-Flops
Graduação em Sistemas de Informação
Disciplina: Sistemas Digitais
Prof. Dr. Daniel A. Furtado
Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação
Prof. Daniel A. Furtado
Circuito Combinacional vs Sequencial
Circuito combinacional. O valor da saída do circuito depende somente do valor de sua entrada atual.
• Um circuito combinacional não possui memória;
• Exemplos: todos os circuitos estudados até o momento.
Circuito sequencial. A saída depende não apenas da entrada atual, mas também de entradas anteriores;
• Efeito memória.
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-Flops – Introdução
Um flip-flop é um circuito lógico sequencial que possui dois estados estáveis e pode ser utilizado como uma memória de 1 bit;
Os flips-flops podem ter funcionamento assíncrono ou síncrono (que utilizam clocks);
Quando o flip-flop não utiliza um clock, ele é comumente denominado latch (ou flip-flop simples);
Devido ao seu comportamento, um flip-flop também é denominado de multivibrador biestável.
Prof. Daniel A. Furtado
Latch S-R
Um latch S-R é um circuito lógico que possui duas entradas,
denominadas S e R (Set e Reset), e duas saídas com níveis
lógicos complementares, comumente denominadas 𝐐 e 𝐐 ;
A entrada S, quando ativada, faz com que a saída Q vá para 1
(operação Set);
Já a entrada R, quando ativada, faz com que a saída Q vá para
0 (operação Reset);
Em um latch S-R não é permitida a ativação de R e S
simultaneamente;
O estado das saídas não é alterado quando ambos R e S estão
desativados;
Prof. Daniel A. Furtado
Latch S-R com portas NOR
Prof. Daniel A. Furtado
R (reset)
S (set)
Q
Q
𝐒 𝐑 𝐐𝐧𝐞𝐱𝐭 Ação
0 0 Q Mantém o estado das saídas
0 1 0 Limpa a saída Q (Reset)
1 0 1 Ativa a saída Q (Set)
1 1 X Não permitido
• 𝑅 = 𝑆 = 0 é o estado de repouso
do latch (as saídas permanecem
com seus valores atuais);
• 𝑅 = 𝑆 = 1 é uma entrada não
permitida, uma vez que levaria as
saídas para um estado
inconsistente (com Q e Q ambos
iguais a 0).
Representação de um Flip-Flop (FF)
Representação genérica de um FF
Representação de um Latch S-R com portas NOR
Prof. Daniel A. Furtado
Saídas possíveis:
ou
Latch S-R com portas NAND
Ao contrário de um latch com portas NOR, um latch com portas NAND está em estado de repouso (saídas inalteradas) quando ambas as entradas estão em nível alto;
As operações Set e Reset são efetuadas quando as respectivas entradas recebem o valor lógico 0;
Prof. Daniel A. Furtado
Latch S-R com portas NAND
Quando ambas as entradas são iguais a 1, o estado das saídas permanece igual ao estado anterior.
Prof. Daniel A. Furtado
Latch S-R com portas NAND
Um valor baixo (0) na entrada S faz com que a saída Q vá para 1;
Prof. Daniel A. Furtado
Latch S-R com portas NAND
Um valor baixo (0) na entrada R faz com que a saída Q vá para 0;
Prof. Daniel A. Furtado
Representação Equivalente de um Latch S-R NAND
Uma porta NAND é equivalente a uma porta OR com dois inversores nas entradas (De Morgan);
Prof. Daniel A. Furtado
Sinais de Clock
Há diversas situações em que os circuitos lógicos precisam operar de maneira sincronizada;
Para esses casos, utiliza-se comumente um sinal especial de controle e sincronia, que é denominado sinal de clock (relógio);
Um sinal de clock é caracterizado por uma variação regular entre dois estados e é frequentemente representado como uma sequência de pulsos retangulares (onda quadrada):
Prof. Daniel A. Furtado
Pulsos Digitais
Prof. Daniel A. Furtado
(ou positiva) (ou negativa)
Embora o sinal de clock seja comumente representado por uma onda quadrada, na realidade a transição de um estado para outro não ocorre instantaneamente. Isto é ilustrado a seguir.
Flip-Flops com Clock
As entradas de controle não terão efeito sobre a saída 𝑄, até que uma transição de ativação do clock ocorra. Por isso, elas são denominadas entradas de controle síncronas;
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-Flop S-R com Clock
Flip-flop S-R com clock disparado apenas nas bordas de descida do clock
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-Flop J-K com Clock
As entradas 𝐽 e 𝐾 de um flip-flop J-K com clock controlam a sua saída 𝑄 de maneira semelhante ao flip-flop S-R;
Entretanto, a entrada 𝐽 = 𝐾 = 1 não causa uma saída Q ambígua, mas sim uma inversão de seu valor;
Quando 𝐽 = 𝐾 = 1, o flip-flop é dito estar em modo de comutação, e o estado lógico das saídas mudará para cada borda de ativação do clock;
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Circuito Interno de um flip-flop J-K
Veja o flip flop JK operando em modo de comutação no vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=mRxgSohn7PU
Prof. Daniel A. Furtado
Exercício 1
Aplique as formas de onda J, K e CLK mostradas a seguir no flip-flop JK e determine a forma de onda da saída 𝑄. Considere inicialmente 𝑄 = 0.
Prof. Daniel A. Furtado
Q
Q
Flip-Flop D com Clock
Um flip-flop tipo D pode ser obtido a partir de um flip-flop J-K com as entradas interligadas por uma porta inversora;
Como resultado, o nível lógico da entrada D é “transferido” para a saída Q a cada borda de ativação do clock;
Dessa forma, o FF tipo D pode ser convenientemente utilizado como um dispositivo de memória de 1 bit;
Prof. Daniel A. Furtado
Circuito detector de borda
E se o circuito detector de borda não fosse utilizado? Qual seria o efeito de um pulso longo do clock?
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-Flop J-K Mestre-Escravo
Veja explicação detalhada em:
http://www.electronics-tutorials.ws/sequential/seq_2.html
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Mestre Escravo
Flip-Flop J-K Mestre-Escravo
Veja explicação detalhada em:
http://www.electronics-tutorials.ws/sequential/seq_2.html
Prof. Daniel A. Furtado
Mestre Escravo
J
K
CLK
Q
Q
𝑄𝑀
𝑄 𝑀
Flip-flops com entradas assíncronas
As entradas S, R, J, K e D dos flip-flops com clock estudados até o momento são denominadas entradas de controle síncronas, pois seu efeito na saída do FF é sincronizado com a entrada CLK;
Alguns flip-flops também possuem entradas que operam independentemente das entradas síncronas e do clock. Elas são denominadas entradas assíncronas;
Tais entradas podem ser usadas para colocar o FF no estado 1 ou 0 em qualquer instante, independentemente das condições das outras entradas.
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-flop J-K com entradas assíncronas
Entrada 𝑃𝑅𝐸𝑆𝐸𝑇: quando em nível baixo, altera a saída Q para 1, independentemente das entradas CLK, J e K;
Entrada 𝐶𝐿𝐸𝐴𝑅: quando em nível baixo, altera a saída Q para 0, independentemente das entradas CLK, J e K.
Prof. Daniel A. Furtado
Exercício 2
Aplique as formas de onda ilustradas a seguir no flip-flop JK fornecido e obtenha a forma de onda na saída Q.
Prof. Daniel A. Furtado
Q 1
0
Latch D O latch D tem funcionamento semelhante ao flip-flop D, porém utiliza um
sinal de habilitação (EN) ao invés de um sinal de clock. Devido ao seu comportamento, também é denominado latch transparente (verificar!)
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-flop T
Um flip-flop tipo T pode ser obtido a partir de um flip-flop J-K com as entradas J e K interligadas (sem um inversor);
Observe que quando 𝑇 = 0, o flip-flop mantém em suas saídas o estado anterior; e quando 𝑇 = 1, o flip-flop opera em modo de comutação, invertendo as saídas a cada subida do clock;
Prof. Daniel A. Furtado
Flip-flop T sensível à borda de subida do clock
Registrador de Armazenamento
Um único flip-flop pode ser utilizado para armazenar um único bit de dados: um dos estados das saídas representa o “0” e o outro estado representa o “1”;
Entretanto, uma combinação de dois ou mais flip-flops pode ser utilizada para armazenar uma coleção de bits;
O dispositivo resultante dessa combinação de flip-flops, com capacidade de armazenar um grupo de bits, forma o que denominamos de registrador de armazenamento.
Prof. Daniel A. Furtado
Registrador de Armazenamento
No diagrama acima, três flip-flops do tipo D foram utilizados para compor um registrador de armazenamento de 3 bits. Uma borda de descida do clock faz com que os valores X, Y e Z sejam enviados para as saídas dos flip-flops do registrador (armazenando, assim, os dados).
Prof. Daniel A. Furtado
Registrador de armazenamento de 3 bits
Transferência Paralela de Dados
Além do armazenamento
em si, pode-se realizar a
transferência paralela de
dados de um registrador
para outro;
No diagrama à esquerda,
a transferência dos dados
seria realizada a cada
borda de subida do sinal
de clock ligado ao
segundo registrador.
Registrador X Registrador Y
Contador Assíncrono (Divisor de Frequência)
J
K
Q0
Q 0
CLK CLK
1
1
J
K
Q1
Q 1
CLK
1
1
J
K
Q2
Q 2
CLK
1
1
Q0 Q1 Q2
Contador Assíncrono (Divisor de Frequência)
J
K
Q0
Q 0
CLK CLK
1
1
Q0
J
K
Q1
Q 1
CLK
1
1
Q1
J
K
Q2
Q 2
CLK
1
1
Q2
Contador Assíncrono (Divisor de Frequência)
J
K
Q0
Q 0
CLK CLK
1
1
J
K
Q1
Q 1
CLK
1
1
J
K
Q2
Q 2
CLK
1
1
0
0
0
1
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
0
1
1
1
1
1
LSB
MSB
Q0 Q1 Q2
Registrador de Deslocamento
O deslocamento de bits
em um registrador tem
diversas aplicações;
Uma delas é realizar a
divisão ou multiplicação
do número binário por 2;
Outra, é a transferência
serial dos bits para outro
registrador;
Prof. Daniel A. Furtado
Contador Assíncrono com FF sensível à borda de subida
J
K
Q
Q
CLK
J
K
Q
Q
CLK
J
K
Q
Q
CLK
J
K
Q
Q
CLK Sinal
de clock
𝑉𝐷𝐷
Q0 Q1 Q2 Q3
Referências e Recomendações
TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Sistemas Digitais: princípios e aplicações. 11.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
• Leitura recomendada: páginas 175-181; 184-198;204-210
CAPUANO, F. G.; IDOETA, I. V. Elementos de Eletrônica Digital. 40.ed. São Paulo: Érica, 2008.
• Leitura recomendada: páginas 242-244
(FF J-K Mestre-escravo)
Prof. Daniel A. Furtado