Sistematização da assistência de Enfermagem

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O presente trabalho foi produzido com a intenção de explicar o funcionamento do SAE (Sistematização da assistência de Enfermagem) e caracterizar a metodologia e identificar os instrumentos utilizados para a implantação desse sistema.

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INTRODUO

O presente trabalho foi produzido com a inteno de explicar o funcionamento do SAE (Sistematizao da assistncia de Enfermagem) e caracterizar a metodologia e identificar os instrumentos utilizados para a implantao desse sistema.

O avano do conhecimento terico tem proporcionado aos enfermeiros criao de modelos e processos prprios de cuidar, tornando-se o cliente o cerne da assistncia de enfermagem. Durante os anos de 1950 at a primeira metade dos anos 60 pesquisadores definiram planos de cuidados de enfermagem e enfermeiros assistenciais iniciaram a operacionalizao da ideia. Esse plano era inicialmente elaborado para um conjunto de pacientes com diagnstico ou problemas semelhantes, mas no proporcionava individualidade aos mesmos. Com isso, distores comearam a ocorrer e os profissionais iniciaram investigaes a fim de rever as metodologias proposta.A SAE um processo sistematizado de prestao de cuidados que visa obteno de resultados desejados de uma maneira rentvel. sistemtico por se constituir de etapas, durante as quais so dados passos deliberados para potencializar a eficincia e atingir resultados benficos. Este processo sempre foi desenvolvido pelos enfermeiros como forma de prestar assistncia ao cliente, sendo aperfeioado com o passar do tempo e atualizado a partir de estudos e bases cientficas at os dias de hoje, quando foi introduzida esta nomenclatura (Sistematizao da Assistncia de Enfermagem), tendo se tornado obrigatria sua implementao nas instituies de sade desde agosto de 2002, atravs da Resoluo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2002).

O enfermeiro como integrante da equipe de sade da famlia tem como atribuies especficas a assistncia integral s pessoas e famlias na unidade, domiclio ou na comunidade se necessrio, planejamento, gerenciamento, coordenao e avaliao das aes desenvolvidas pelos Agentes Comunitrios de Sade - ACS, a superviso, coordenao e realizao de atividades de educao permanente dos ACS e da equipe de enfermagem, alm de participar do gerenciamento dos insumos necessrios para, o adequado funcionamento da USF (Unidade de Sade da Famlia)

Sua implantao favorece a comunicao do enfermeiro com a equipe multidisciplinar envolvida nos processos habituais da Assistncia, fundamental no fornecimento do cuidado de forma holstica e de qualidade, esta incorporada ao processo da assistncia de enfermagem e garante ao profissional a manuteno da autonomia no cuidar, sendo a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem o inicio do caminho a ser percorrido para alcanar um resultado, com isso faz-se evidenciar que a enfermagem no utiliza nico e exclusivamente prescries medicas e sim dissocia sua prtica com um propsito em comum que a recuperao plena e satisfatria do paciente.

METODOLOGIA

Trata-se de uma reviso de literatura onde conceitos foram discutidos, com base em autores de referncia na rea, contrastando com referncias publicadas nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SciELO da Biblioteca Virtual em Sade (BVS).Para o presente trabalho foram selecionados artigos a partir dos descritores enfermagem, processo de enfermagem e consulta de enfermagem. Foram excludas publicaes de teses e monografias face limitao do acesso ao material indexado. Aps a leitura dos resumos, foram selecionados os artigos cientficos publicados em lngua portuguesa e que tratava da sistematizao da assistncia de enfermagem como assunto.Assim, nos propusemos a pesquisar o que a enfermagem tem descrito sobre esses temas em uma leitura exploratria e objetiva do material adquirido, ordenando s informaes pertinentes a pesquisa.o resultado obtido nesta pesquisa foi norteado pelo entendimento do pesquisador em relao a um instrumento de coleta de dados, ou seja, esse deve se constituir em um roteiro sistematizador para o levantamento de sinais e sintomas do ser humano, ser significativo para o enfermeiro e para o cliente e assim possibilitar o estabelecimento o diagnsticos com metas e objetivos, prescrio das intervenes de enfermagem devem viabilizar a interao do cliente com o enfermeiro e garantir um cuidado profissional, que fornea dados que suscitem hipteses para o desenvolvimento de pesquisas, colaborando com os conhecimentos prprios da profisso

Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (SAE) vem sendo utilizada em algumas instituies de sade como uma metodologia assistencial por meio do Processo de Enfermagem (PE), o qual pode ser entendido como a aplicao prtica de uma teoria de enfermagem na assistncia aos pacientes.

Embora o PE venha sendo implantado no Brasil desde a dcada de 70, quando introduzido por Wanda de Aguiar Horta, somente em 2002 a SAE recebeu apoio legal do COFEN, pela Resoluo n 272, para ser implementada em mbito nacional nas instituies de sade brasileiras. Analisando o cenrio atual percebe-se que essa Resoluo por si s talvez no oferea todo o apoio que a implantao da SAE exige, pois muitos fatores tm desencadeando dificuldades prticas tanto de implantao como implementao dessa metodologia nas instituies de sade.

A Sistematizao da assistncia de Enfermagem (SAE), uma atividade privativa do enfermeiro que norteia as atividades de toda a equipe de Enfermagem, j que tcnicos e auxiliares desempenham suas funes a partir da prescrio do enfermeiro. A SAE a organizao e execuo do processo de Enfermagem, com viso holstica e composta por etapas inter-relacionadas, segundo a Lei 7498 de 25/06/86 ( Lei do Exerccio Profissional). a essncia da prtica da Enfermagem, instrumento e metodologia da profisso, e como tal ajuda o enfermeiro a tomar decises, prever e avaliar consequncias. Vislumbra o aperfeioamento da capacidade de solucionar problemas, tomar decises e maximizar oportunidades e recursos formando hbitos de pensamento.

A SAE foi desenvolvida como mtodo especfico para aplicao da abordagem cientifica ou da soluo de problemas, na prtica para sua aplicao os profissionais de Enfermagem precisam entender e aplicar conceitos e teorias apropriados das cincias da Sade, includas a a prpria Enfermagem, as cincias fsicas, biolgicas, comportamentais e humanas, alm de desenvolver uma viso holstica do ser humano. Esse conjunto de conhecimentos proporciona justificativas para tomadas de deciso, julgamentos, relacionamentos interpessoais e aes. A Sistematizao da assistncia de Enfermagem (SAE), uma atividade privativa do enfermeiro que norteia as atividades de toda a equipe de Enfermagem, j que tcnicos e auxiliares desempenham suas funes a partir da prescrio do enfermeiro. Sendo assim a SAE a organizao e execuo do processo de Enfermagem, com viso holstica e composta por etapas inter-relacionadas, segundo a Lei 7498 de 25/06/86 ( Lei do Exerccio Profissional).

a essncia da prtica da Enfermagem, instrumento e metodologia da profisso, e como tal ajuda o enfermeiro a tomar decises, prever e avaliar consequncias. Vislumbra o aperfeioamento da capacidade de solucionar problemas, tomar decises e maximizar oportunidades e recursos formando hbitos de pensamento. A SAE foi desenvolvida como mtodo especfico para aplicao da abordagem cientifica ou da soluo de problemas na prtica e para a sua aplicao enfermeiras e enfermeiros precisam entender e aplicar conceitos e teorias apropriados das cincias da Sade, includas a a prpria Enfermagem, as cincias fsicas, biolgicas, comportamentais e humanas, alm de desenvolver uma viso holstica do ser humano. Esse conjunto de conhecimentos proporciona justificativas para tomadas de deciso, julgamentos, relacionamentos interpessoais e aes.

Os profissionais ao utilizarem a SAE fortalecem a profisso dando aes, por eles aplicadas, um nvel cientifico que possibilitem a todos os membros da equipe tomar decises, aes e intervenes do paciente. Segundo Benedet Bub (1998) um dos principais obstculos que impedem a sistematizao da assistncia pelo profissional o acumulo de funes que ele carrega, e o tempo que o processo requere para ser realizado, alm da dificuldade por exigir uma base de conhecimentos cientficos, biolgicos e habilidades indispensveis ao seu emprego. Essa resistncia, muitas, deve-se principalmente a falta de experincia, a viso de que o processo complexo e que por isso no vivel a pratica profissional. Sendo assim para que o SAE seja qualificado, ele precisa ser planejado, coordenado e seguir padres universais e sobre tudo ser documentado, uma vez que qualquer etapa do SAE que no for documentado no pode vir a ser usado para a finalidade de demonstrao de resultados de sua aplicabilidade das atividades envolvidas ou to pouco demonstrar a ateno dada pele enfermeiro e os custos empregados nessa assistncia. Doenges e Moorthouse (1999) destacam que muitos enfermeiros acreditam que o tempo gasto nesse planejamento de cuidados seja para o paciente, ou a famlia ou a comunidade, juntamente com o horrio conturbado do ambiente hospitalar, causa uma reduo do contato do profissional com o paciente, acrescenta mais, a prpria falta de tempo para registrar as praticas desenvolvidas, de uma maneira mais detalhada, e a dificuldade em obter dados estruturados e integrais no processo de recuperao de dados, contribuem para as falhas no processo de enfermagem.

Essa limitao da aplicao adequada de toda a SAE, faz com que a pratica da Enfermagem sejam resumidas a breves descries de um turno de trabalho, a qual no capaz de quantificar a contribuio do enfermeiro ao paciente, famlia,e a comunidade. Sem essas especificaes, a enfermagem descaracteriza-se profissionalmente. Portanto um sistema de cuidados que especifique, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, a funo do enfermeiro, serve para justificar a existncia de tal profissional nos servios de sade, faz-se necessrio a utilizao e implementao de um sistema informatizado e padronizado a todos os enfermeiro, a fim de que seja possvel a introduo das praticas de enfermagem em um pronturio informatizado.

BIBLIOGRAFIA

COFEN CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Legislao. Brasil, 2002.

Conselho Regional de Enfermagem GO. Normatiza a implementao da sistematizao da assistncia de enfermagem SAE nas Instituies de Sade, no mbito do Estado de Gois. [online] Disponvel em: http://www.corengo.org.br/Resolucoes/resolucao_272_02.php>Acesso em 30 ago. 2014- 21:20h].

DOENGES,Mary Frances E.,MOORHOUSE, MURR Diagnsticos de enfermagem: intervenes, prioridades, fundamentos

HORTA, W.de A. Processos de enfermagem. So Paulo, EPU:1979

PAIM, L. Quantitativos e qualitativos do cuidado de enfermagem. Joo Pessoa: Editora Universitria/UFPB, 1979

ROZENDO, C. A. Processo de enfermagem: heri ou vilo? Ribeiro Preto, 1993. (mimeo)