SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO FLORESTAL NO … florestal.pdf · EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E...

21
SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO FLORESTAL NO BRASIL FLORESTAL NO BRASIL Rubens Garlipp* Seminário Fluminense de Fomento Florestal * Engº Ftal – Superintendente da Sociedade Brasileira de Silvicultura Rio de Janeiro 31 de agosto 2006 Seminário Fluminense de Fomento Florestal Câmara Brasil- Alemanha RJ, IF-UFRRJ, IEF/SEMADUER

Transcript of SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO FLORESTAL NO … florestal.pdf · EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E...

SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DO FOMENTO FLORESTAL NO BRASILFLORESTAL NO BRASIL

Rubens Garlipp*

Seminário Fluminense de Fomento Florestal

* Engº Ftal – Superintendente da Sociedade Brasileira de Silvicultura

Rio de Janeiro31 de agosto 2006

Seminário Fluminense de Fomento Florestal Câmara Brasil- Alemanha RJ, IF-UFRRJ, IEF/SEMADUER

VISÃO DA SBS SOBRE O FOMENTO FLORESTAL

• Insere-se na Missão Estatutária da SBS

• Mecanismo de Políticas Públicas e Privadas

• FFF (1997) Cenário– Não escassez de madeira industrial– Limitação de recursos financeiros– Amarras burocráticas– Amarras burocráticas– Paradigmas econômicos, tecnológicos e ambientais– Mecanismo estratégico– Produtor rural →→→→ Produtor Florestal

•FFF (2006) Novo Cenário–Escassez de madeira industrial

–Paradigmas econômicos, tecnológicos, ambientais e sociais

–Mecanismo estratégico e de novas oportunidades–Produtor rural →→→→ Produtor florestal →→→→ Empresário Florestal

HISTÓRICO DAS MODALIDADES DE FOMENTO FLORESTALX

EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E CONCEITOS DE GESTÃO (1)

• 1903 – Bases Conceituais – Engº. Adolpho A. Pinto (Cia. Paulista de Estradas de Ferro)– Distribuir prêmios pecuniários aos lavradores (remuneração aos

produtores)– Fundar um viveiro botânico (doação de mudas)– Divulgar instruções práticas aos lavradores (assistência técnica)– Divulgar instruções práticas aos lavradores (assistência técnica)– Adquirir terrenos para estabelecer a cultura florestal (plantios

próprios) e “campos de experiência”

• 1920 – 1950– Estradas de ferro, mineração, eletro-metalúrgicas, hortos florestais (SP,

SC, RS, MG, RJ, CE, BA)– Disseminação do conceito

HISTÓRICO DAS MODALIDADES DE FOMENTO FLORESTALX

EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E CONCEITOS DE GESTÃO (2)Década 70� Formação da base florestal em larga escala� Expertises em formação� Foco da gestão: plantio� Estrutura da gestão: operacional (Própria)

Década 80� Início da colheita� Super oferta de madeira� Projetos industriais “world class”� Foco da gestão: corte e reforma

: custos e produtividade� Estrutura da gestão: operacional, P & D, planejamento (Próprios)

Década 90� Unidades de negócio florestal / uso múltiplo da madeira� Mecanização de colheita / clones� Princípios de MFS� Foco da gestão: abastecimento

: custos, produtividade, qualidade� Estrutura da gestão: operacional (Própria + Terceiros)

: P & D e planejamento (Próprio)

HISTÓRICO DAS MODALIDADES DE FOMENTO FLORESTALX

EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E CONCEITOS DE GESTÃO (2)

: P & D e planejamento (Próprio)

Década atual� Biotecnologia, biodiversidade, recursos hídricos� Escassez de madeira x expansão x novos consumidores� Foco da gestão: empresa

: agregação de valores à atividade: competitividade, sustentabilidade econômica e sócioambiental

� Estrutura da gestão: operacional (Terceiros): P & D e Planejamento (Próprios)

� FOMENTO DE EXTENSÃO – Décadas 70 e 80: Fornecimento de mudas: Assistência Técnica: Preferência de compra

HISTÓRICO DAS MODALIDADES DE FOMENTO FLORESTALX

EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E CONCEITOS DE GESTÃO (3)

� FOMENTO CONTRATUAL – Década 90: Fornecimento de mudas e de insumos: Assistência técnica: Adiantamento de recursos financeiros

Empresas com Programas de Fomento Florestal

: Adiantamento de recursos financeiros: Orientação para adequação ambiental e manejo: Garantia de compra de madeira: Desconta-se, no futuro, o equivalente em madeira

Fomento Florestal

� POUPANÇA FLORESTAL – Década Atual: Financiamento para o agricultor: Fornecimento de mudas, projeto técnico e assistência técnica: Compromisso de compra e venda com preço pré-fixado e corrigido pela mesma

taxa do financiamento (aval)

• Utilização de terras ociosas / degradadas

•Melhor aproveitamento de máquinas e equipamentos

• Poupança verde

• Renda adicional

FOMENTO: MECANISMO ESTRATÉGICO PARA O PRODUTOR RURAL

• Renda adicional

•Madeira para benfeitorias

• Produtos não madeireiros

• Rentabilidade superior a várias atividades agrícolas

• Retorno do investimento a custos compatíveis

• Fonte complementar de suprimento

•Menores investimentos em terras, máquinas e equipamentos

FOMENTO: MECANISMO ESTRATÉGICO PARA A INDÚSTRIA

•Menores investimentos em terras, máquinas e equipamentos

• Integração com as comunidades

• Redução de pressão sobre recursos naturais

• Conservação do solo

• Fixação de mão-de-obra no campo

• Geração de emprego e renda

FOMENTO: MECANISMO ESTRATÉGICO PARA SOCIEDADE E GOVERNO

• Geração de emprego e renda

• Estímulo às iniciativas locais

• Desenvolvimento de clusters regionais

• Oportunidades para comunidades locais

• Dinamização da economia local / Circulação de riquezas

FATORES QUE IMPULSIONARAM O FOMENTO FLORESTAL (1)• RISCO DE APAGÃO FLORESTAL

� Balanço de Oferta e Demanda de Pinus

Região Sul

-25000-22500-20000-17500-15000-12500-10000-7500-5000-2500

0

2001 2005 2009 2013 2017

Volume (1.000 m

3)

Região Sudeste

-8000

-7000

-6000

-5000

-4000

-3000

-2000

-1000

0

2001 2005 2009 2013 2017

Volume (1.000

m3)

Brasil

-30.000

-25.000

-20.000

-15.000

-10.000

-5.000

0

2001

2005

2009

2013

2017

�Balanço de Oferta e Demanda de Eucalipto�Balanço de Oferta e Demanda de Eucalipto

Bras il

-20.000

-15.000

-10.000

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

20.000

2001

2005

2009

2013

2017

Região Sudeste

-15.000

-12.500

-10.000

-7.500

-5.000

-2.500

0

2.500

5.000

7.500

2001 2005 2009 2013 2017

Volume (1.000 m

3)

Região Nordeste

-10.000

-8.000

-6.000

-4.000

-2.000

0

2.000

4.000

2001 2005 2009 2013 2017

Volume (1.000 m

3)

Região Norte

-6000-5500-5000-4500-4000-3500-3000-2500-2000-1500-1000-500

0500

2001 2005 2009 2013 2017

Volume (1.000

m3)

Fonte: SBS, 2001

• EXPANSÃO DO SETOR E METAS DO PNF� Ampliação da base florestal até 2007

o Plantio de 1,2 milhão ha via projetos empresariaiso Plantio de 800 mil ha via pequenos e médios produtoreso Recuperação de 200 mil ha degradados

FATORES QUE IMPULSIONARAM O FOMENTO FLORESTAL (2)

o Recuperação de 200 mil ha degradados

� Investimentos até 2012o Celulose e papel (U$ 14,4 bilhões)o Madeira sólida (U$ 5 bilhões)o Siderurgia (U$ 8 bilhões)

• LINHAS DE FINANCIAMENTO OFICIAIS

FATORES QUE IMPULSIONARAM O FOMENTO FLORESTAL (2)

R$ M ilhão

BRASIL 2003-04 2004-05 2005-06Disponível 23 30 30

Vol acessado 2,88 8,23 13,98*Nº contratos 599 1.718 2.795

PRONAF Florestal 50

60

Va

lor

Ac

es

sa

do

(R

$m

ilhã

o)

BRASIL 2003-04 2004-05 2005-06Disponível 50 50 100

Vol acessado 10,56 42,34 55,30**Nº contratos 307 638 767

PROPFLORA

* Dados de julho 2005 a 31 de junho 2006

** Dados de julho 2005 a 09 de junho 2006

Fonte: MMA

0

10

20

30

40

2002-

03

2003-

04

2004-

05

2005-

06

Plano Safra

Va

lor

Ac

es

sa

do

(R

$m

ilhã

o)

PRONAF Flo

PROPFLORA

Nº de Contratos 2002 – 2006 = 7.136Valor Acessado 2002 – 2006 = R$ 135,35 milhões

• FOMENTO EMPRESARIAL� Número de contratos: 18.000� Número de fomentados: 10.000� Área fomentada: 290 mil ha

(10 a 15% somente em 2005)

FATORES QUE IMPULSIONARAM O FOMENTO FLORESTAL (3)

Nordeste 17%

21.596 ha

Áreas de Fomento por Região em 2005(130.246 ha)

(10 a 15% somente em 2005)

• PRODUTORES INDEPENDENTES� ≅ 70.000

Centro Oeste 2%

10.450 ha

Sul 28%

35.850 ha

Sudeste 47%

60.850 ha

Fonte: MMA

•REMUNERAÇÃO DA MADEIRA

21%

TIR

2.54555.99722Pinus

Receita Líquida Total Ha/ano

Ciclo(anos)

Atividade

FATORES QUE IMPULSIONARAM O FOMENTO FLORESTAL (4)

(*) Lenha + postes + toras-80-AnualPecuária

32%3.59150.28714Eucalipto (*) Uso Múltiplo

19%22%

5667.92714Eucalipto lenha7685.3827Acácia

Fonte: Floriano Isolan – Caixa RS / Fiergs, Março 2005

�EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PREÇO DE EUCALIPTO EM SÃO PAULO

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Serraria R$/st 25,00 27,00 35,00 47,54 55,00

Celulose R$/st 14,95 16,10 17,25 18,40 28,75

Serraria US$/st 10,64 9,47 11,67 16,39 19,64

Celulose US$/st 6,36 5,65 5,75 6,34 10,27

2.001 2.002 2.003 2.004 2.005

Fonte: Vasques, A. 2º CBIM

�EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PREÇO DE TORAS DE PINUS NO PARANÁ

2,923,07

2,93

2,442,3560,00

70,00

80,00

90,00

100,00

(R$/st carregad

o)

2,50

3,00

3,50

4,00

1,84

2,442,35

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005

(R$/st carregad

o)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

(R$/US$)

< 18 cm 18 - 24 cm 24 - 35 cm Câmbio médio

Fonte: Banco de Dados Holtz Consultoria Ltda.

NOVO CENÁRIO DE ATUAÇÃO (1)

• ALTERAÇÃO DA MATRIZ DE SUPRIMENTO DE MADEIRA

�Detentores de Florestas plantadas

CP

FI25%CV

24%

- FI – Fomento + Independentes

- CP – Celulose e Papel

-MS – Madeira Sólida e Painéis

�Ponto de não retorno (130 mil ha plantados em 2005)

�Produção estimada próxima década > 40 milhões m³ / ano

MS20%

CP31% - CV – Carvão Vegetal

NOVO CENÁRIO DE ATUAÇÃO (2)

Empresa Florestal

Prestadores de Serviços AT e Extensão

Prestadores de Serviços

•AGENTES DO FOMENTO

Governos e Órgãos de Extensão

Agente Financeiro

Produtor Florestal

Prestadores de Serviços Silvicultura e Colheita

Fornecedores de Insumos, Máquinas e Equipamentos

Agente Financeiro

Institutos de Pesquisa

Organizações Não Governamentais

A CADEIA PRODUTIVA DE FLORESTAS PLANTADAS

Lenha

Carvão Vegetal

Madeira Sólida

Consumo Industrial

Consumo Doméstico

Siderurgia

Forjas Artesanais

Consumo Doméstico

Madeira Serrada

Usinas Integradas

Ferro Gusa

Ferro Ligas

Mercados Interno e Externo

Madeira Tratada

Outros Usos

Construção Civil

Móveis

Sementes e Mudas

Fertilizantes e Defensivos

Máquinas e

Equipamentos

Prestadores de

Silvicultura

Produtos

Madeireiros

Celulose

Painéis Industr.

Indústria de Papel

Outros Usos

P. reconstituídos -MDF, Aglomerado e Chapa de Fibra

Compensado /

Laminado

Mercados Interno e Externo

PMVAOutros Usos

Construção Civil, Autom.

Móveis

PMVA

Imprimir, escrever

Embalagens

Gráficas

Fonte: Adaptado de Vieira, L

Indústria Química

Farmacêutica

Alimentícia, etc.

Óleos Essenciais

Resinas

Tanino

Mel

Prestadores de Serviços

Produtos Não Madeireiros

CONSIDERAÇÕES FINAIS

� Amplia a responsabilidade ambiental e social

� Demandas sócio-ambientais atuais exigem novo enfoque de modelo de produção

� Estratégico para empresas, produtor e sociedade

� Relação respeitosa e transparente

� Diferencial de mercado ���� Competitividade

� Produz florestas sociais / democráticas

� Promove inclusão social

� Reforma agrícola voluntária

� Legislação compatível

SOCIALAMBIENTAL

Fomento Florestal: Vetor de Desenvolvimento Sustentável

SOCIALAMBIENTAL

ECONÔMICA

MFS

Obrigado!www.sbs.org.br

[email protected]

(011) 3719-1771