SITUAÇÕES TÍPICAS E DIFÍCEIS

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SITUAÇÕES TÍPICAS E DIFÍCEIS ENTREVISTA MOTIVACIONAL Capítulo 10 Denise Getúlio de Melo Psicóloga

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SITUAÇÕES TÍPICAS E DIFÍCEIS. ENTREVISTA MOTIVACIONAL Capítulo 10 Denise Getúlio de Melo Psicóloga. OBJETIVO DO CAPÍTULO. Discutir algumas situações especiais que surgem com frequência na entrevista motivacional e que podem criar dificuldades e dilemas para o terapeuta. - PowerPoint PPT Presentation

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SITUAÇÕES TÍPICAS E DIFÍCEIS

ENTREVISTA MOTIVACIONALCapítulo 10

Denise Getúlio de MeloPsicóloga

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OBJETIVO DO CAPÍTULO

Discutir algumas situações especiais que surgem com frequência na entrevista motivacional e que podem criar dificuldades e dilemas para o terapeuta.

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O TRABALHO COM CÔNJUGES

Fonte importante Oportunidade de observar e alterar

padrões prejudiciais de comunicação. Possibilidade de envolver o cônjuge de

modo a aumentar a motivação do paciente.

Terapeuta com habilidades para lidar com situações conflitantes entre o casal.

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PADRÕES DESTRUTIVOS DE COMUNICAÇÃO

Comunicação negativa (críticas, defesa, culpa).

Evitar armadilha da culpa - (não traz benefícios).

Evitar discussões e acusações prejudiciais. E.M: Busca manter um foco positivo na

solução dos problemas. Manter o controle da sessão (perguntas

específicas; abertas; evoquem afirmações positivas do outro; perguntar a percepção do outro; explicar a importância do cônjuge)

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EXEMPLO DE COMUNICAÇÃO NEGATIVA

Paciente: Eu acho que às vezes exagero, mas não acho que tenha um “problema” com a bebida.

Esposa: Como você não tem problema com a bebida? Você é cego? Na semana passada...

Importante: Interromper o mais rápido possível, reconhecer os sentimentos / percepção da esposa e reformulá-los para um caminho mais útil e construtivo

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AFIRMAÇÕES AUTOMOTIVACIONAIS

Ambivalência também no cônjuge. Cônjuge comprometido com a mudança???

Explore sua ambivalência e estimule sua motivação.

Evocar afirmações automotivacionais (perguntas abertas para este objetivo durante a fase 1) Ex: “Quais seriam os efeitos mais positivos se seu marido mudasse?” ...

Reflexão – incluir nos resumos periódicos durante as sessões.

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FASE II Cônjuge pode ser envolvido na

avaliação de metas, estratégias alternativas e planos de mudança.

Ajudar ambos a negociar o papel do cônjuge no processo de mudança e planejar procedimentos caso a estratégia inicial não tenha sucesso.

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OUTRAS PESSOAS SIGNIFICATIVAS

Quando não há um parceiro primário; pode ser útil trazer alguém que tenha uma relação afetiva com o paciente, que saiba do problema, tenha disposição e recursos para ajudar e esteja em contato frequente com o paciente (Apoio).

Pessoa significativa preocupada X Paciente que recusa ajuda: E.M somente com a pessoa (aconselhamento unilateral) – Estimula motivação da pessoa e propicia negociação com o paciente

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PACIENTE COAGIDO Pessoas forçadas a se tratar (decisão judicial,

etc). Paciente: Zangado, resistente, pouco

disponível... Dissociar-se do corpo coercitivo; não

confrontar a relutância diretamente; - o paciente tem liberdade até de ignorar a imposição e sofrer consequências

Informações que o terapeuta fornecerá ao processo

Importante: Reconhecer a raiva, dissociar-se; falar do papel do terapeuta...

Terapeuta agente do corpo coercitivo = comunicação prejudicada

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A INTRODUÇÃO DO PROBLEMA

Como introduzir um tópico problema quando o paciente não está consciente (pré-ponderação) ou relutante em considerá-lo (início da ponderação)?

Perguntas abertas = permitam exploração do estado motivacional sem gerar resistência significativa.

Tom de voz natural e relaxada. Produtivo discutir as preocupações

apresentadas pelo paciente e, naturalmente, explorar as relações entre elas e o foco desejado pelo terapeuta

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DIFERENÇA ENTRE PERGUNTAS ABERTAS E FECHADAS

PERGUNTAS FECHADAS

(RESISTÊNCIA)

Você bebe bastante, não é verdade?

Você não acha que usar cocaína é a causa deste problema?

PERGUNTAS ABERTAS (ABERTURA)

Conte-me como é seu consumo de álcool durante a semana?

Como é que a cocaína se enquadra aqui?

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ESCASSEZ DE TEMPO Intervenção breve pode impulsionar à

mudança de comportamento. E.M. não necessita ser um processo muito

longo. Obstáculo a ser vencido quando o tempo é

curto – SENSAÇÃO DE URGÊNCIA – “Não tenho tempo para isto”.

Dizer o que fazer X Evitar prejuízos. “Se o tempo é curto para produzir impacto,

busque ao menos não causar danos.”

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EXPLORANDO EMOÇÕES Expressão emocional faz parte do processo Pergunta crucial: Explorar uma questão ou

emoção específica ajudará o processo de motivação para a mudança?

Lidar com a exploração emocional sem se afundar nela e sem perder o senso de direção.

Importância do terapeuta ter controle das sessões.

“Escuta reflexiva, encorajamento, afirmações automotivacionais”, ajudam a expressar emoções e voltar ao processo de mudança.

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A VIDA NO CAOS Quando a saída do buraco negro é pela

resolução de um determinado aspecto. “Resistência???”.

Principal manobra: Oferecer resumo (reconhecer a complexidade reformulando-a em termos solucionáveis); utilizar perguntas-chave que direcionem para o caminho desejado.

Não desqualificar o modo como o paciente vê a situação, mas sim reconhecer a percepção e focalizar a atenção em passos construtivos.

Explorar a ambivalência e evocar afirmações automotivacionais

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DISPERSÃO Paciente que desvia para um assunto

não produtivo para o processo. Resistência? Estilo pessoal? ... Oferecer resumo que reconheça o que

está sendo dito e retornar ao objetivo. E.M.: É diretiva Simples redirecionamento; Interromper

educadamente um monólogo”; redirecionar com pergunta aberta.

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DESINTOXICAÇÃO Como o processo funciona quando o

paciente precisa desintoxicar-se? Há controvérsias:

Déficit cognitivo X Desconforto salientado. E.M.: Que se tente tão cedo quanto o

bom senso indicar que for viável. Pode ser um momento especialmente propício para estimular a motivação e o comprometimento em alguns indivíduos.