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Aula: O bandeirantismo e a descoberta do Ouro. Prof.: Marco Lamarão

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Aula acerca da descoberta do Ouro, matéria de história do Brasil, destinado aos alunos do 1o ano, Ação-1, Taquara

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Aula: O bandeirantismo e a descoberta do Ouro.

Prof.: Marco Lamarão

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A vila de São Vicente• Conhecida como Portos dos Escravos,

típica do processo de colonização acidental , teve como principal atividade o Bandeirantismo- ou sertanismo- em suas diversas formas (apresamento, contrato e prospecção).

• Embora fossem relativamente bem sucedidas as empresas de cana-de-açúcar nesta região, nunca conseguiram superar a produção nordestina devido a três fatores geográficos: o solo , o limite para expansão imposto pela Serra do Mar e a maior distância com relação a Metrópole.

• A invasão holandesa nas possessões portuguesas na África foi um importante estímulo para a ação dos bandeirantes, por conta da escassez de escravos africanos que chegavam ao Brasil, buscava-se escravizar os índios como alternativa.

• Serviu também de núcleo colonizador do que hoje é o centro-oeste brasileiro.

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O bandeirantismo de apresamento (ou de “caça” aos índios).

Os Bandeirantes: heróis ou vilões?Nada disso, integrantes de uma sociedade marcada por suas contradições, pois:

• Era um “Exército” organizado por brancos mas compostos - em sua maioria - por índios que tinham o objetivo de caçar outros índios para transformá-los em escravos.

• Aumentava sua importância nas diversas vezes que o fornecimento de mão de obra africana sofria algum revés. Este tipo de bandeirantismo teve seu auge no período de 1619-1641.

• Estes bandeirantes sofreram forte oposição dos Jesuítas, embora fossem apoiados por outras Irmandades Religiosas , interessadas na mão-de-obra indígena.

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• No início , os bandeirantes vicentinos (de São Vicente) buscavam se defender dos ataques indígenas e, ao final da guerra, faziam-nos escravos, este tipo de bandeirantismo é conhecido como defensivo. Com o passar do tempo este bandeirantismo deu lugar ao bandeirantismo ofensivo que significava a ida destas tropas ao que chamavam de sertão (oriundo da expressão desertão) e todas essas ações tinham como princípio a ideia da guerra justa.

• Na sociedade Vicentina havia um papel mais ativo das mulheres do que na sociedade nordestina. Elas eram responsáveis pela organização e gestão dos bens dos bandeirantes quando estes partiam em bandeiras ou entradas.

• O papel do índio no bandeirantismo :

• Conhecimento territorial (acidentes geográficos, alimentação, água, rastros de animais e de tribos).

• Hábitos alimentares da floresta.

• Remédios (“o que arde cura”)

• Eram, portanto, verdadeiros mestres na difícil tarefa de sobrevivência na floresta.

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O curupiraA imagem folclórica do curupira tem origem no hábito de algumas tribos Indígenas utilizarem as sandálias ao contrário, com o objetivo de despistar os bandeirantes. A ele era atribuído a missão de proteger às matas e às caças.

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O sertanismo de Contrato• Os bandeirantes, muitas das

vezes, também eram contratados para eliminarem focos de tensão no interior da sociedade colonial. Não foram raras as vezes que os bandeirantes combateram revoltas ou rebeliões. Cabe lembrar que o Quilombo dos Palmares (revolta dos escravos) foi eliminado pela ação de Domingos Jorge velho, um bandeirante.

• Figura retratando uma missão bandeirante.

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O bandeirantismo prospector• Eram as bandeiras destinadas à

procura de metais preciosos. Muitas dessas bandeiras receberam apoio oficial e, quando isto acontecia, eram denominadas Entradas. Desde cedo, a Coroa Portuguesa se preocupou com o recolhimento pesado de impostos no caso do descoberta de metais preciosos. É de 1603 o primeiro conjunto de leis (o Regimento das Minas) destinadas a taxar os achados de ouro e de meados do século a fundação de uma Casa da Moeda em São Paulo. Os primeiros registros de ouro são de 1695.

• Fatores que contribuíram para a descoberta de Ouro no Brasil:

1. Ação bandeirante.2. Incentivo da Coroa

Portuguesa.3. Crise do açúcar4. Crise do bandeirantismo de

apresamento devido à resistência jesuítica e a normatização do comércio de escravos negros

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A sociedade do Ouro

Deslocamento do centro político. Fluxos migratórios para a região do ouro.

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Outras consequências da descoberta do Ouro

• Intensa urbanização.• Fôlego à setores

parasitários da sociedade portuguesa (nobreza e Coroa).

• Acumulação Primitiva de Capital na Inglaterra (Revolução Industrial).

• Efeito negativo na economia açucareira.

• Inflação e crises de fome.

• Graças à mineração começa a haver uma maior articulação do mercado interno, com a produção de alimentos e outras mercadorias necessárias a mineração voltadas para a região mineradora. Destaque especial para a importância que assumem na sociedade colonial os traficantes de escravos sediados no Rio de Janeiro.

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A opressão colonial - Os impostos e tributos.

• A Coroa passa a interferir e a regulamentar com maior intensidade a vida nas regiões mineradoras, não só controlando a entrada, mas selecionando quem tinha direito às Minas e, principalmente, através dos TRIBUTOS (ou impostos).

• As formas de cobrança sobre o ouro:

1. Sistema de Fintas.2. Sistema de Capitação3. O quinto e as Casas de

Fundição ou o “quinto dos infernos”.

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A subversão da opressão

• O contrabando:. O santo do “paoco” e as acusações à Igreja.. Os engolidores de pepitas.. As casas de fundições fraudulentas.. O contrabando do ouro em pó.. Etc.

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O distrito Diamantino

• A descoberta de diamantes – 1730.• O Regimento Diamantino• A intendência dos Diamantes. Monopólio

Régio.• A rigidez da lei diamantina: completamente

controlada pela Coroa Portuguesa este distrito contrastava com outras regiões da Colônia, marcadas pelo relativa frouxidão do controle real.

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A vida e a cultura na sociedade mineradora

• Pirâmide social: sociedade açucareira vs. sociedade mineradora

• Incremento da classe média:

• Advogados; • Artesãos;• Comerciantes;• Médicos.

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A cultura

• Obras de Aleijadinho A arte Rococó

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Riqueza e Pobreza na sociedade mineradora

• Produção de volumosa riqueza, mas a apropriação desta foi elitista, de uma minoria..

• Enquanto isso, a maioria da população mineira vivia em profunda pobreza.

• Havia uma maior possibilidade de enriquecimento na sociedade mineradora do que na sociedade açucareira. Isto, contudo, é a exceção e não a regra.

• Os escravos viviam de 7 a 12 anos na região mineradora, era comum doenças como disenteria, malária e mortes por acidentes.

• Mesmo o grande número de alforrias da região se explica pela incapacidade dos produtores de manterem seus escravos quando a mineração entra em crise, desmistificando a ideia de que a sociedade mineradora era mais democrática. Segundo a historiadora Laura de Mello Souza pensar em democracia na mineração “só admitindo que um maior número de pessoas dividia a pobreza.”