PRECONCEITOS DIFERENÇA DIVERSIDADE DESIGUALDADE Profa. Dra. Celina Camargo Bartalotti.
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- 1. INTOLERNCIA E PRECONCEITO
2. Num sentido poltico e social, intolerncia a ausncia de
disposio para aceitar pessoas com pontos-de-vista diferentes.
Tolerncia, por contraste, pode significar "discordar
pacificamente". A emoo um fator primrio que diferencia intolerncia
de discordncia respeitosa. A intolerncia pode estar baseada no
preconceito, podendo levar discriminao.
Formas comuns de intolerncia incluem aes discriminatrias de
controle social, como racismo, sexismo, homofobia, heterossexismo,
etasmo (discriminao por idade), intolerncia religiosa e intolerncia
poltica. Todavia, no se limita a estas formas: algum pode ser
intolerante a quaisquer idias de qualquer pessoa.
3. Em sua forma cotidiana, a intolerncia uma atitude expressa
atravs de argumentao raivosa, menosprezando as pessoas por causa de
seus pontos-de-vista ou caractersticas fsicas e/ou culturais,
retratando algo negativamente devido aos prprios preconceitos etc.
Num nvel mais extremo, pode levar violncia; em sua forma mais
severa, ao genocdio.
Possivelmente, o exemplo mais infame na cultura ocidental seja o
Holocausto (martrio dos judeus).
4. O RACISMO a tendncia do pensamento, ou do modo de pensar em que
se d grande importncia noo da existncia de raas humanas distintas e
superiores umas s outras. Onde existe a convico de que alguns
indivduos e sua relao entre caractersticas fsicas hereditrias, e
determinados traos de carter e inteligncia ou manifestaes
culturais, so superiores a outros. O racismo no uma teoria
cientfica, mas um conjunto de opinies pr concebidas onde a
principal funo valorizar as diferenas biolgicas entre os seres
humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de
acordo com sua matriz racial. A crena da existncia de raas
superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar
a escravido, o domnio de determinados povos por outros, e os
genocdios que ocorreram durante toda a histria da humanidade e ao
complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como sendo
inferiores aos europeus.
5. Filosofia:
O racismo um preconceito contra um grupo racial, geralmente
diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, uma
atitude subjetiva gerada por uma sequncia de mecanismos
sociais.
Um grupo social dominante, seja em aspectos econmicos ou numricos,
sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razes
histricas, possui tradies ou comportamentos diferentes. A partir
da, esse grupo dominante constri um mito sobre o outro grupo, que
pode ser relacionado crena de superioridade ou de iniquidade.
6. Histria:
Na Antiguidade, as relaes entre povos eram sempre de vencedor e
cativo. Estas existiam independentemente da raa, pois muitas vezes
povos de mesma matriz racial guerreavam entre si e o perdedor
passava a ser cativo do vencedor, neste caso o racismo se
aproximava da xenofobia
Na Idade Mdia, desenvolveu-se o sentimento de superioridade de
origem religiosa. Quando houve os primeiros contatos entre
conquistadores portugueses e africanos, no sculo XV, no houve
atritos de origem racial. Os negros e outros povos da frica
entraram em acordos comerciais com os europeus, que incluam o
comrcio de escravos que, naquela poca, era uma forma aceite de
aumentar o nmero de trabalhadores numa sociedade e no uma questo
racial.
7. No entanto, quando os europeus, no sculo XIX, comearam a
colonizar o Continente Negro e as Amricas, encontraram justificaes
para impor aos povos colonizados as suas leis e formas de viver.
Uma dessas justificaes foi a idia errnea de que os negros e os
ndios eram "raas" inferiores e passaram a aplicar a discriminao com
base racial nas suas colnias, para assegurar determinados
"direitos" aos colonos europeus. queles que no se submetiam era
aplicado o genocidio, que exacerbava os sentimentos racistas, tanto
por parte dos vencedores, como dos submetidos, como os ndios
norte-americanos que chamavam os brancos de "Cara plidas".
8. Formas de Racismo:
1 Racismo individual Reala-se nos lugares mais estranhos, nas
atitudes, nos comportamentos e at nos interesses pessoais que esto
socializados entre vrias raas.
2 Racismo institucional demonstrado em dados oficiais, por exemplo
aqueles que so discriminados no nosso sistema de trabalho, na
Justia, na Economia, na Poltica e nas instituies.
3Racismo cultural Manifesta-se nos valores, nas crenas, na religio,
na lngua, na msica, na filosofia, na esttica, entre outros.
4Racismo primrio um fenmeno emocional ou passional, sem qualquer
elaborao ou justificaes.
5 Racismo comunitarista ou diferencialista um racismo contemporneo
que se apropriou dos pontos centrais do anti-racismo, ou seja que
raa no natureza.
6 Racismo ecolgico ou ambiental a forma ou subespcie mais recente
de discriminao, contra a Me Terra.
9. 10. 11. DISCRIMINAO DE GNERO
12. GNERO - uma construo social (famlia, costumes,
cultura...)
As caracterizaes de gnero marcam muito profundamente a forma como
nos fazemos reconhecer pelo outro e ocupamos um lugar no mundo.
Cada cultura define como vlida e normais, logo naturais, as maneira
como um homem e uma mulher devem agir para serem reconhecidos
conforme o sexo;
13. A partir da diferenciao anatmica dos sexos e dos padres
culturais assumidos como normais, que construmos nossos conceitos
do que masculino e do que feminino e buscamos caracterizar as
maneiras como cada um pode se expressar e se comportar;
14. A criana desde o nascimento educada de acordo com o sexo
biolgico essa transformao significada e transformada por cada
pessoa a partir de suas experincias afetivas, de suas identificaes
e pela maneira como ela vive os encontros que ocorrem em sua
vida;
15. O homem racional, a mulher o sexofrgil , definies como essa tem
sido questionadas a medida que, com a mudana da dinmica social,
homem e mulher passam a ocupar lugares diferentes dos que ocupavam
em momentos histricos anteriores;
16. Como trabalhar essa transformao no processo educativo?
A escola precisa incorporar a discusso de sexualidade, gnero e raa,
por meio de material didtico, reunies com os pais, palestras com o
especialista do assunto e que atue na educao.
17. FUNDAMENTALISMO RELIGIOSOVERSUS TOLERNCIA
18. Fundamentalismo um movimento que objetiva voltar ao que
considerado princpios fundamental (ou vigente na fundao) da
religio". Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso
que intencionalmente resista a identificao com o grupo religioso
maior do qual diverge quanto aos princpios fundamentais dos quais
imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela
adoo de princpios alternativos hostis ou contraditrios identidade
original.
19. Os fundamentalistas acreditam que a sua causa de grave e csmica
importncia. Eles vem a si mesmo como protetores de uma nica e
distinta doutrina, modo de vida e de salvao.
Fundamentalismo Religiosoest presente em todas asreligies, durante
todas as pocas da primavera da humildade. Os Fundamentalistas so os
mais conservadores e literais seguidores de uma religio, chegando,
por vezes, a se desenvolverem militarmente. Existem vrias correntes
fundamentalistas religiosas entre os adeptosdo Judasmo,
Cristianismoe Islamismo, alm de outras.
20. Filosofia:
O Fundamentalista acredita em seusdogmascomoverdadeabsoluta,
indiscutvel, sem abrir-se, portanto, premissa dodilogo
inter-religioso. Por este motivo, o fundamentalismo religioso se
revela como fonte deintolerncia, na qual o outro analisado sob a
tica de ameaa, smbolo do mal, que pode fragilizar as "muralhas de
verdade" construdas pelo fundamentalista em seu discurso.
(Gravura: Bin Lader Fundamentalismo religioso e o terrorismo nos
EUA torres gmeas)
21. Cristianismo uma religio monotestacentrada na vida e nos
ensinamentos deJesus de Nazar, tais como so apresentados no Novo
Testamento.
A religio crist tem trs vertentes principais:
* Catolicismo
* Ortodoxia Oriental(separada do catolicismo em 1054)
* protestantismo (que surgiu durante aReforma Protestantedo sculo
XIV).
O cristianismo acredita que a f em Jesus Cristo proporciona aos
seres humanos a salvao e a vida eterna.
22. Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unignito, para que todo o que nele cr no perea, mas tenha a vida
eterna(Joo 3:16)
23. Nocristianismo, fundamentalismo foi uma reao contra o
modernismo que estava comeando a se espalhar nas igrejas dosEstados
Unidose uma afirmao na inspirao divina daBbliae ressurreio e
retorno de Jesus Cristo, doutrinas consideradas fundamentais
doEvangelho(da o nome fundamentalista)
24. O judasmo considerado a primeirareligio monotesta a aparecer na
histria. Tem como crena principal a existncia de apenas um Deus.
Para os judeus, Deus fez um acordo com oshebreus, fazendo com que
eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra
prometida (Moiss).
Livro sagrado (acreditam que foi revelado diretamente por Deus):Tor
ou Pentateuco..
Cultos judaicos so realizados num templo chamado de sinagoga e so
comandados por um sacerdote conhecido por rabino.
Smbolo sagrado do judasmo: memor, candelabro com sete braos.
Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o
respeito a Deus no momento das oraes.
Festas judaicas: Purim, Pscoa, Shavut, .YomKipur-entre
outras.
25. Nojudasmo eles so os judeusHaredique se julgam os "verdadeiros
judeus da Torah" que se alimentam, se vestem e enfim vivem
estritamente no modo religioso. Com suas crticas, os
fundamentalistas judaicos objetivam atrair e converter os
religiosos da comunidade maior, tentando convenc-los de que eles no
esto experimentando a verso autntica da religio professada.
26. ISLAMISMO
O fundador do islamismo foi MOHAMMAD nascido em 571 da nossa era. O
pai morreu antes de seu nascimento e a me quando ele tinha 7 anos.
Mohammad foi educado pelo tio, que era comerciante. Casou-se aos 25
anos com uma viva a qual prestou servios. Teve uma viso do Anjo
Gabriel trazendo a mensagem de Allah. Quando Mohammad entrou na
cidade rabe de Medina dizendo que os deuses eram falsos dolos e que
o nico Deus era Allah os rabes no gostaram pois Medinaera um centro
de homenagens aos deuses e os comerciantes ganhavam um bom dinheiro
vendendo coisas aosvisitantes foi ento que tentaram eliminar o
profeta que fugiu a tempo (Hgira)
De Medina, Mohammad foi para Meca, que se tornou a cidade sagrada
para os mulumanos. Liderando um grupo de homens armados, Mohammad
invadiu a cidade de Meca e assumiu o controle (momento conhecido
como Guerra Santa). Mas tarde, retorna vitorioso a Medina e ordenou
a destruio de todos os dolos da antiga religio politesta e
construiu a mesquita (local de reunio dos mulumanos). Mohhamad
faleceu em 632, pouco depois seus discpulos organizaram seus
pensamentos no livro sagrado do Islamismo: o Alcoro.
O Islamismo reconhece a Bblia pois admite como profetas Ado, No,
Abrao, Moiss, JESUS CRISTO e Mohammad.
27. As mesquitas so apenas lugares especiais de reunio para as
pessoas rezarem. O im a pessoa que orienta as oraes dos crentes mas
ele no sacerdote pois os mulumanos tem relao direta com
Allah.
Obrigaes:no podem beber nada alcolico nem comer carne de porco,
devem ajudar os irmos pobres e rezar vrias vezes por dia e, um dia,
visitar a cidade de Meca.
Crena: acreditam que um dia, todos os mortos iro renascer para
serem julgados. Os bons iro para o paraso que um maravilhoso osis
cheio de mel, leite e vinho. Cada homem ter lindas mulheres
disposio. Os maus sero punidos no inferno.
28. Noislamismoeles sojama'atque em linguagem rabe significam
enclaves (religiosos) com conotaes de irmandade fechada)
ego-conscientemente flertam com ojihadna luta contra a cultura
ocidental que suprime oIslam autnticoque implicasubmissoao modo de
vida prescrito na(determinao divina)contida naCharia.
29. 30. Ecumenismo (ou eucumenismo) o processo de busca da unidade.
O termo provm da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a
terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para
os esforos em favor da unidade entre igrejas crists; num sentido
lato, pode designar a busca da unidade entre as religies ou, mesmo,
da humanidade. Neste ltimo sentido, emprega-se tambm o termo
"macro-ecumenismo". Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se
dizer que o ecumenismo um movimento entre diversas denominaes
crists na busca do dilogo e cooperao comum, buscando superar as
divergncias histricas e culturais. Segundo a Igreja Evanglica
Luterana do Brasil, o termo ecumnico quer representar que a Igreja
de Cristo vai alm das diferenas geogrficas, culturais e polticas
entre diversas igrejas. Nos ambientes cristos, a relao com outras
religies costuma-se denominar dilogo inter-religioso.
31. Mas afinal, qual o limite da tolerncia? possvel ser tolerante
com o intolervel?
Tolerncia no significa tolerar o intolervel, o que seria a prpria
negao da tolerncia, sendo que esta consiste na aceitao mnima do
diferente como traduo da coexistncia pacfica. E
Em termos concretos, com que atitude enfrentar as aes do brao de
terrorismo do fundamentalismo religioso e poltico?
O recurso s armas da intolerncia comprovou-se historicamente como
gerador de mais violncia, portanto o exerccio da tolerncia exige o
difcil equilbrio entre razo e emoo e o dialogo entre as
parte.
32. Que atitude, ento, enfrentar o fundamentalismo?
O caminho que se vislumbra racionalmente o do dilogo incessante, do
acordo justo e transparente e parece no haver outro meio
sensato.
Leonardo Boff, afirma em seu livro, Fundamentalismo: a globalizao e
o futuro da humanidade, ser necessrio dialogar at a exausto,
negociar at o limite intransponvel da razoabilidade, na esperana de
que o fundamentalismo venha a reconhecer o outro e o seu direito de
existncia.
33. Exemplo maior:
... quando convidou seu discpulo a baixar a espada ao cortar a
orelha do soldado, recolocando a orelha do romano no lugar de
origem.
34. SEM DISCRIMINAO
Banda Canela de Cachorro
Seu jeito de pensar no tem nada a verE sua maneira de agir difcil
de entenderSomos todos iguais, seja eu, seja vocEnto tire da cabea
essa idia de que voc melhor do que os outrosE no importa a corOu
condio socialTodos tem o direito de ser tratado igualSe voc pensa
diferente esta em tempo de mudarPois quando a gente morreVai para o
mesmo lugar
35. Trechos da msica Racismo burrice de Gabriel, o pensador.
Racismo, preconceito e discriminao em geral; uma burrice coletiva
sem explicao
Racismo burrice
No seja um imbecilNo seja um ignoranteNo se importe com a origem ou
a cor do seu semelhante
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua corUns com a pele clara,
outros mais escuraMas todos viemos da mesma misturaEnto presta
ateno nessa sua babaquicePois como eu j disse racismo burriceD a
ignorncia um ponto final:
36. Racismo burrice
O racismo burrice mas o mais burro no o racista o que pensa que o
racismo no existe o pior cego o que no quer verE o racismo est
dentro de vocPorque o racista na verdade um tremendo babaca, que
assimila os preconceitos porque tem cabea fracaE desde sempre no
pra pra pensarNos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinarE
de pai pra filho o racismo passaEm forma de piadas que teriam bem
mais graa se no fossem o retrato da nossa ignorncia transmitindo a
discriminao desde a infnciaE o que as crianas aprendem brincando
nada mais nada menos do que a estupidez se propagandoNenhum tipo de
racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica.
37. CANO ECUMENICA
PADRE ZEZINHO
Que todos ns que acreditamos em deusSaibamos viver em paz e
dialogarQue todos ns que cremos que deus paiSaibamos nos respeitar
e nos abraarFilhos do universoFilhos do mesmo amorSaibamos amar uns
aos outrosOuvir o que o outro nos tem dizerE sem combaterSem
desmerecerPrimeiro escutarDepois discordarPor fim, celebrar e orarE
adorar e servir a deusE ajudar e ajudar as pessoasE respeitar os
ateus