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Exposição Pedagógica Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo

            A exposição organizada pelos professores Graciela Ormezzano, Jacqueline Ahlert eTau Golin dimensiona a espacialidade da redução de SÃO MIGUEL ARCANJO, declarada pelaUnesco como patrimônio da humanidade em 1983, devido aos seus aspectos históricos,arquitetônicos, artísticos e culturais.

          SÃO MIGUEL ARCANJO fez parte da segunda fase missioneira em território queatualmente pertence ao Rio Grande do Sul. Depois da experiência das 18 reduções destruídaspelos bandeirantes na primeira metade do século XVII, um segundo ciclo teve início com afundação de São Borja, em 1682, em resposta a implantação da Colônia do Sacramento (1680)pelos portugueses.  Em 1687, os jesuítas e guaranis também restauraram a redução de SãoNicolau (da 1ª fase) e iniciaram as edificações de São Luís Gonzaga e São Miguel Arcanjo. Aseguir fundaram São Lourenço Mártir (1689), São João Batista (1697) e Santo Ângelo (1706).

         Estes SETE POVOS compreendiam as reduções fundadas pelos jesuítas e caciques(morubixabas) no lado oriental do rio Uruguai. Estavam integrados na Província Jesuítica doParaguai, na jurisdição da Espanha colonial, que abrangia uma unidade espacial, atualmentefragmentada nas soberanias do Paraguai, Argentina, Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarinae Paraná) e República Oriental do Uruguai (departamentos do Norte). No século XVIII, aProvíncia ficou consolidada em 30 Povos principais, diversos povoados e capelas, estâncias,projetos agrícolas e ervais. Para uma definição de linha de tempo, pode-se fixar o períodomissioneiro entre os anos de 1609 a 1767, com a expulsão dos jesuítas.

           A exposição trata da ocupação do espaço através de mapas, desenhos, fotografias etextos explicativos sobre o plano arquitetônico e as atividades organizadas na redução. A partirdos remanescentes materializados nas ruínas de São Miguel, encontra-se representado o

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Exposição Pedagógica Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo

PLANO URBANÍSTICO MISSIONEIRO, complexo arquitetônico amplamente estudado porhistoriadores, arquitetos, arqueólogos e educadores. Seus componentes múltiplos conformamheranças históricas diversas, as quais foram adaptadas à cidade jesuítico-guarani em trêssetores estruturantes:

1) Influência das abadias medievais beneditinas, formado pela igreja, claustro, pátios dosartífices, armazéns, cemitério e horta/pomar (quinta);

2) As casas dos índios, adaptação da oca guarani de moradia do clã milenar, transformada emedifício retangular, dividido internamente para residência das famílias nucleares (casais efilhos);

3) Prédio-quarteirão de planta quadrada e pátio interno (cotiguaçu), de influência espanhola.

Os aspectos estruturais e seus desdobramentos internos estão destacados na exposição, que,entre outros objetivos, pretende que o público compreenda a organização do espaço e o modode vida missioneiro.

ORGANIZADORES

Graciela Rene Ormezzano. Professora-pesquisadora da graduação e pós-graduação daFaculdade de Artes e Comunicação e da Faculdade de Educação da UPF. Doutora emEducação pela PUCRS.

Jacqueline Ahlert. Professora de Artes da St. Patrick e do Curso de Artes Visuais da Unoesc.Pesquisadora do Núcleo de Documentação Histórica do Mestrado em História da UPF. Mestraem História pela UPF.

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Tau Golin. Jornalista e professor-pesquisador da Faculdade de Artes e Comunicação e doCurso e Mestrado em História da UPF. Doutor em História pela PUCRS.

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