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Síndrome Coronariana Aguda Diagnósticos Diferenciais Introdução Na abordagem inicial da dor torácica, na unidade de emergência, devemos raciocinar de acordo com perfil do paciente, as características da dor e sintomas associados, sinais clínicos, até chegar na causa provável. Nessa sessão, nosso objetivo é fazer você, aluno, pensar como se fosse o chefe da sala de emergência! Diagnosticando o paciente e, ACERTANDO a questão. A ideia aqui é que você memorize o PERFIL de cada paciente com dor torácica, já que, as questões que abordam o tema, o fazem SEMPRE de maneira clássica. Ao final desse texto, você deverá saber reconhecer as principais etiologias. Não é nosso objetivo esgotar cada causa de dor torácica, mas sim fazer VOCÊ chegar ao diagnóstico da questão só com a história e o exame físico. Vamos começar ?! Vamos caso a caso... CASO 1 Paciente 53 anos, sexo masculino, hipertenso mal controlado, é admitido em hospital geral com dor retroesternal em aperto, forte intensidade, com irradiação para o braço esquerdo. Ao exame, encontra-se taquipneico, pálido, sudoreico e acianótico. PA 156x95 mmHg FC 99 bpm SpO2 96% Ritmo regular, sem sopros. MVUA com crepitações basais bilaterais Restante sem alterações. DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: SÍNDROME CORONARIANA AGUDA PONTOS-CHAVE: homem; fatores de risco; dor em aperto (típica) com irradiação para MSE; sudorese; exame clínico pouco expressivo (no caso, crepitações sugerindo congestão pulmonar); Acompanhado de sudorese, palidez. CASO 2 Mulher, 45 anos, obesa mórbida, diabética e hipertensa, trazida ao PS após síncope no ambiente de trabalho. Nega dor torácica ou história de IAM prévio. Admitida consciente, orientada, taquipneica, acianótica. Extremidades frias. Pulsos finos. PA 85x46 mmHg FC 49 bpm FR 28 irpm

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Síndrome Coronariana Aguda

Diagnósticos Diferenciais IntroduçãoNaabordageminicialdadortorácica,naunidadedeemergência,devemosraciocinardeacordocom perfil do paciente, as características da dor e sintomas associados, sinais clínicos, atéchegarnacausaprovável.Nessa sessão, nosso objetivo é fazer você, aluno, pensar como se fosse o chefe da sala deemergência!Diagnosticandoopacientee,ACERTANDOaquestão.A ideia aqui é que você memorize o PERFIL de cada paciente com dor torácica, já que, asquestõesqueabordamotema,ofazemSEMPREdemaneiraclássica.Ao final desse texto, você deverá saber reconhecer as principais etiologias. Não é nossoobjetivo esgotar cada causa de dor torácica, mas sim fazer VOCÊ chegar ao diagnóstico daquestãosócomahistóriaeoexamefísico.Vamoscomeçar?!Vamoscasoacaso...CASO1Paciente53anos,sexomasculino,hipertensomalcontrolado,éadmitidoemhospitalgeralcomdor retroesternal em aperto, forte intensidade, com irradiação para o braço esquerdo. Aoexame,encontra-setaquipneico,pálido,sudoreicoeacianótico.PA156x95mmHgFC99bpmSpO296%Ritmoregular,semsopros.MVUAcomcrepitaçõesbasaisbilateraisRestantesemalterações.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:SÍNDROMECORONARIANAAGUDAPONTOS-CHAVE: homem; fatores de risco; dor em aperto (típica) com irradiação paraMSE;sudorese; exame clínico pouco expressivo (no caso, crepitações sugerindo congestãopulmonar);Acompanhadodesudorese,palidez.CASO2Mulher, 45 anos, obesa mórbida, diabética e hipertensa, trazida ao PS após síncope noambiente de trabalho. Nega dor torácica ou história de IAM prévio. Admitida consciente,orientada,taquipneica,acianótica.Extremidadesfrias.Pulsosfinos.PA85x46mmHg FC49bpmFR28irpm

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DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:SÍNDROMECORONARIANAAGUDAPONTOS-CHAVE:mulhercom fatoresde risco;ausênciadedormas,presençadeequivalenteanginoso(maiscomumemmulheresobesasediabéticas),bradicardiaehipotensão.InfartodeVDcomextensãoaosistemadecondução?CASO3Mulher, 39 anos, tabagista, em uso de anticoncepcional combinado, procura serviço deemergênciadevidoadortorácicainiciadahácercade12h,quepioracomarespiração.Aoexame:Consciente,orientada,taquipneica,acianótica.FR32irpmFC110bpmSpO296%PA139x82mmHgDuranteesperaderealizaçãodeexamescomplementaresevoluicomhemoptise...DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:TEPPONTOS-CHAVE: mulher com fatores de risco (anticoncepcional + tabagismo); dor pleuríticaaguda;dispneiaetaquicardia;hemoptise.SófaltoudizerqueestavacomsinaisdeTVP.Masaíficaria muito fácil mesmo. Outro exemplo, é o do paciente no pós-operatório imediato oupacienteportadordeneoplasia.CASO4Homem, 24 anos, sem comorbidades, queixa-se de dor torácica que piora com a inspiraçãoprofundaedispneiaprogressivahá5dias.Aoexameencontra-setaquicárdicoedispneico.Auscultapulmonar com crepitaçõesaté 1/3médiobilateralmente. Ritmo regular em3T (B3).Precórdiohipercinético.Ruídosisto-diastólicocontínuoegrave,pancardíaco.AbdomeeMMIIedemaciados.Extremidadesquentes.Históriapregressa:NDN,excetoporinfecçãodegargantahá1mês.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:PERICARDITEAGUDAPONTOS-CHAVE: homem jovem; história de IVAS recente (infecção pelo vírus Coxsakie); dorpleurítica, sinais de congestãopulmonar e sistêmica (insuficiência cardíaca), auscultade somcompatívelcomatritopericárdico,melhoradadoremposiçãosentadacomocorpoinclinadoafrenteCASO5Homem,63anos,hipertensoetabagista,chegaàemergênciacomdorretroesternallancinanteiniciada há 1 hora enquanto carregava caixas pesadas no trabalho. Refere irradiação para odorso.Aoexame:PA175x105mmHgFC102bpmSpO294%FR38irpm.Pulsosradiaisdiscrepantes(direito>esquerdo).Ritmoregular,soprodiastólico4+/6+nofocoaórticoeaórticoacessório.MVcomcrepitaçõesdifusasbilaterais.AbdomeeMMIIsemalteraçõessignificativas.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:DISSECÇÃOAÓRTICAPONTOS-CHAVE: homem idoso; tabagista e hipertenso, dor súbita intensa (lancinante) comirradiação para o dorso após esforço significativo, assimetria de pulsos periféricos, sopro de

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regurgitação aórtica + sinais de insuficiência cardíaca aguda, concomitância de hipertensão(emergênciahipertensiva)CASO6Mulher 43 anos, procura PS clínico, em virtude de, dor torácica retroesternal, intermitenteassociada à disfagia ocasional há 3mesesmas, que hoje estámais intensa. Nega quaisquercomorbidades.Negaperdaponderalsignificativa.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:ESPASMOESOFAGEANODIFUSOPONTOS-CHAVE: Mulher sem comorbidades, presença de disfagia associada à dorretroesternal, episódios agudos de problema crônico, ausência de fatores de riscocardiovasculares.CASO7Mulher,29anos,semcomorbidades,excetoportranstornodeansiedadegeneralizada,procuraPSemrazãodedor torácicadifusae intensa, iniciadahá24h.Referepioradadoraotossirerespirar.Dorprecipitadaàpalpaçãodosarcoscostais.Referemelhoraparcialcomanalgésicos.Semdemaisalteraçõesaoexamefísico.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:COSTOCONDRITEAGUDAPONTOS-CHAVE: Mulher jovem, associação com doença psiquiátrica, dor precipitada pelapalpaçãodascartilagenscostocondrais,ausênciadefatoresderiscocardiovasculares.CASO8Homem, 31 anos, tabagista, procura emergência ao apresentar, há 3 horas, dor torácica àdireita de forte intensidade. Ventilatório-dependente associado a dificuldade para respirar.Negatosse,hemoptiseoudorprecordial.Semcomorbidades.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:PNEUMOTÓRAXPRIMÁRIOESPONTÂNEOPONTOS-CHAVE: Homem jovem, tabagista, longilíneo, ausência de comorbidades (por issoprimário)outrauma(porissoespontâneo),dortipopleurítica+dispneiasúbita.CASO9Mulher, consulta no ambulatório por dor retroesternal emqueimaçãohá 6meses, que pioracom jejum e à noite. Refere alívio com antiácidos. Nega perda ponderal ou disfagia. Negafatoresderiscocardiovasculares.Háummêsinicioutosseseca.DIAGNÓSTICOETIOLÓGICO:DOENÇADOREFLUXOGASTROESOFÁGICOPONTOS-CHAVE: Dor em queimação, melhora com antiácidos, sem fatores de riscocardiovasculares,presençadesintomasatípicoscomoatosseseca,pioracomaposiçãosupinapós-prandial.

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Introdução e Anatomia Coronariana Definições:

A Síndrome Coronariana Aguda Sem supra-ST (SCA-SSST) inclui a Angina Instável (AI) e oInfarto Sem Supra de ST (IAM SSST) e caracteriza-se pela presença de pelo menos um dosfatores:

1) Dortorácicaemrepousoouapósesforçomínimo,queduramaisde10min2) Dortorácicadeintensidadeprogressiva(crescendo)3) Dorrecente(ouiniciadahámenosde2semanas)

Angina Instável: Isquemia prolongada semnecrose. Dor anginosa típica durandomais de 20minutos. ECG pode ter alterações isquêmicas (infra de ST, onda T apiculada e simétrica, ouinversãodeondaT)contudoosmarcadoresdenecrosemiocárdicaNÃOseelevam.

InfartoSemSupradeST(IAMSSST):Necrosesubendocárdica.QuadroclínicoindissociáveldaAngina Instável – inclusive com as mesmas alterações no ECG - contudo há elevação dosmarcadoresdenecrosemiocárdica

ATENÇÃO!OquediferenciaaanginainstáveldoIAMSSSTéquenaprimeiraNÃOháevidênciade necrose miocárdica. RESUMINDO: na AI não há elevação dos marcadores de injúriamiocárdica(Troponina,CK-MB).

SíndromeCoronarianaComSupra-ST(SCA-CSSTouIAMc/SST)

Ocorre necrose transmural. Em geral, a clínica é semelhante à angina instável/IAM SSST,contudo,noscasosgravespodemocorreredemaagudodepulmãoechoquecardiogênico.OECGapresentasupradeSTpordefinição.Háelevaçãodemarcadoresdenecrosemiocárdica.

E,qualéomecanismonoqualocorreamaioriadasSCA?Éatravésdatrombosecoronarianadeumaplacapré-existenteouporembolizaçãodedebrisdeplacasateroescleróticas.Mas,dequesãoformadosostrombos?Deumamisturade fibrina (predominamnos trombosmais antigos), plaquetas (predominamnostrombosbrancos,maisrecentes),eritrócitosecolesterol.ExistemoutrosmecanismoscapazesdedesencadearumaSCA?Sim.Eéimportantevocêconhecê-los.

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1) Obstrução progressiva do lúmen da coronária por uma placa aterosclerótica em

crescimento

2) Aumento do consumo ou demanda do miocárdio por oxigênio, tal qual é visto nosestadoshipercatabólicos,tireotoxicose,sepse,anemiaenastaquiarritmias.

3) Vasoespasmo.AAnginadePrinzmetal:Éumtipoespecialdeanginainstávelqueocorredevidoaumvasoespasmocoronarianosúbito,oclusivo,desencadeandoumasíndromecoronariana aguda com supra de ST transitório, que pode ser prontamente revertidocomnitratosublingualounitroglicerinavenosa.Émaiscomumemhomensde45a55anosde idade,sendoassociadaaotabagismoe/ouusodecocaína.Acoronáriadireita(CD) é o vaso mais comumente acometido. Portanto, o Supra de ST costuma estarpresentenaparedeinferior(D2,D3eaVF).Otratamentoéfeitocomantagonistasdoscanaisdecálcioemcombinaçãocomnitratos.

ParedesMiocárdicaseECG

-ArtériaDescendenteAnterior(DA)->Irrigaaparedeanteriordomiocárdioeregiãoapical.

IAManterior=V1eV2(septo)+V3eV4(paredeanteriorlivre)+V5eV6(regiãoapical).V1aV4chamamosde“IAMantero-septal”.JáV1aV6chamamosde“IAManterior”.

-ArtériaCircunflexa(CX)->Irrigaaparedelateralalta(D1eaVL).

Casootroncodacoronáriaesquerdaestejaacometido, tantoossegmentos irrigadospelaDAquantopelaCXestarãocomprometidos,gerandoo“IAManterior-extenso”,comalteraçõesemtodaparedeanterior(V1aV6)elateralalta(D1eaVL).

-Artéria Coronária Direita (CD) -> Irriga a parede inferior (D2, D3 e aVF), gerando o “IAMinferior”.PodecursarcomIAMdeVDem10%doscasos.VDnoECG:V1,V3ReV4R.

Aparedeposterior–oudorsal-domiocárdiopodeserirrigadapelaCD(predominânciadireita–70%doscasos)oupelaCX(predominânciaesquerda–30%doscasos).AsderivaçõesnoECGquecorrespondemàparedeposteriorsãoV7eV8,gerandoo“IAMdorsaloulátero-dorsal”.

Abordagem Diagnóstica Aabordageminicial,nasaladeemergência (ouunidadesdedortorácica),aospacientescomsuspeitadeSCAéindiferenteemsetratandodeAI/IAMs/SSTouIAMc/SST.

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AClínica

Ador torácica tipicamente anginosa é umador de forte intensidade na região precordial ousubesternalouretroesternal,quepodeirradiarparaombroeclavículaesquerdaoupescoço.Aduraçãoévariável,masemgeralultrapassa10minutos.EMSUMA:ADOR-precordialouretroesternalouepigástrica,INTENSA,DURADOURA-IRRADIAÇÃOparaombroemembrosuperioresquerdo-PRECIPITADAporstressfísicoouemocional-ACOMPANHADADEsudoreseefásciesdeansiedade,palidez,vômitos.ATENÇÃO!Nasquestõesdeprovaquasesempreospacientessãodescritosdaformaacima.Ex.Homem,58anos,hipertenso,chegaàemergênciasudoreico,pálido,comdorprecordialintensainiciadahácercade30min,comirradiaçãoparaobraçoesquerdo...Mas,existeIAMsemdornopeito?Sim. Sobretudo em DIABÉTICOS, MULHERES e IDOSOS, atentar para os chamadosEQUIVALENTESANGINOSOS(dispneia,palpitação,dorepigástricaounáuseas/vômitos)Ecomoéoexamefísicodessespacientes?EmgeraléPOBRE.Serámaiscaracterísticoconformeaextensãodaáreaacometida.EmcasosgravespoderemosobservarB3,crepitaçõespulmonares,turgênciajugular.ABORDAGEMPRATICAÉaindanasaladeemergênciaquesefaznecessáriaasolicitaçãodealgunsexamesiniciaisquevisam o diagnóstico da SCA e de suas complicações. Assim, de preferência nos primeiros 10minutos,devemosobter:-ECGEMREPOUSO–12DERIVAÇÕES-MARCADORESDEINJÚRIAMIOCÁRDICA-RADIOGRAFIADETÓRAX(edemaagudo,diagnósticosdiferenciasdedortorácica)-Hemograma,coagulograma,funçãorenal,eletrólitos

1- ECG

Aanálise do traçado eletrocardiográfico deve ser objetiva, buscandoalterações clássicas quesugiram isquemia miocárdica. As mais comuns são as alterações de desnivelamento dosegmento-ST(supraeinfra),apresençadeondaQpatológicaeasalteraçõesdaondaT,queocorrememcercade25%(novas,profundase≥0,3mV,ondasTaltaseapiculadas)

ComoéoECGdoIAMsemsupradesegmentoST?(FiguraCA-SCA-1)

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ComodefiniroSupradesegmentoST?(FiguraCA-SCA-2)

OSupradeSTédefinidoquandooSTestáacimadopontoPQ.

ParamensurarmosoSupradeST,utilizamoscomoreferênciaopontoST60emrelaçãoàlinhadebase.

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PodemosdefinirpeloECGasfasesdoIAMcomSupradeST(FiguraCA-SCA-3)deacordocomamorfologiadoSupra:

FaseAguda(até12h):OsupradeSTapresentaformatocôncavoeaondaTéapiculadaealta.

Ok!Eu jásei identificar isquemianoECG.Mas,comoseiondeelaestáocorrendo?Qualéa“anatomia”doECG?

-ArtériaDescendenteAnterior(DA)->Irrigaaparedeanteriordomiocárdioeregiãoapical.

IAManterior=V1eV2(septo)+V3eV4(paredeanteriorlivre)+V5eV6(regiãoapical).V1aV4chamamosde“IAMantero-septal”.Já,V1aV6chamamosde“IAManterior”

-ArtériaCircunflexa(CX)->Irrigaaparedelateralalta(D1eaVL).

Casootroncodacoronáriaesquerdaestejaacometido, tantoossegmentos irrigadospelaDAquantopelaCXestarãocomprometidos,gerandoo“IAManterior-extenso”,comalteraçõesemtodaparedeanterior(V1aV6)elateralalta(D1eaVL).

-Artéria Coronária Direita (CD) -> Irriga a parede inferior (D2, D3 e aVF), gerando o “IAMinferior”.PodecursarcomIAMdeVDem10%doscasos.VDnoECG:V1,V3ReV4R.

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ATENÇÃO! A parede posterior – ou dorsal - do miocárdio pode ser irrigada pela CD(predominânciadireita–70%doscasos)oupelaCX(predominânciaesquerda–30%doscasos).As derivações no ECG que correspondem à parede posterior são V7 e V8, gerando o “IAMdorsaloulátero-dorsal”.

2-MarcadoresdeNecroseMiocárdica(MNM)

AfunçãodosMNMédiferenciarAngina Instávelde IAMSSSTnospacientescomsíndromecoronariana aguda sem supra de ST. No IAM com Supra, os MNM são importantes paraconfirmarodiagnósticoemcasosduvidosos(ex:supradiscreto),paradiagnósticodereinfartoprecocee,servemcomomarcadoresprognósticos,sendomaioramortalidadequantomaioraáreasoba“curvaenzimática”.Alémdisso,opicoprecocedeCK-MBantesde12hécritériodereperfusãomiocárdica(seráexplicitadoadiante).

Os MNM que devemos solicitar são: Troponina cardioespecífica (Troponina I ou T) eCreatinofosfoquinase MB de massa (CK-MB massa). Ambas, possuem alta sensibilidade eespecificidade,contudo,aTroponinaémaissensíveleespecíficaqueaCK-MBmassa.

Tanto a troponina quanto a CK-MBmassa começama se elevar em4-6 horas do início dossintomas,contudo,aCK-MBmassafazseupicoem15-24heaTroponinaemtornode24h.Já,aCK-MBmassavoltaaonormalem48-72heaTroponinamantém-seelevadapor7-14dias.

ATENÇÃO!Doisoutrosmarcadoressãocomumentesolicitados:amioglobinaeaCPKtotal.Aprimeirapraticamentenãoémaisutilizadapoiséummarcadorpoucoespecífico,contudo,éoprimeiromarcadoraseelevarnoIAM(eleva-se1horaapósoiníciodossintomas).ACPKpodeser utilizada como referênciaparaoaumentodaCKatividade (quandonão sedispõedaCK-massa),sendoquerelaçãoCK-MB/CPK>4-15%sugereSCA.

Eoqueseriaafamosa“curvaenzimática”?(FiguraCA-SCA-4)Devemos solicitarosMNMem intervalosde6-8hnoprimeirodia, seguidodeumadosagemdiária até sua normalização. A importância dessa “curva enzimática” reside no fato de quequantomaior a elevaçãodosMNM–maior a área sob a curva -maior amortalidade.Alémdisso, quando instituímos uma terapia de reperfusão miocárdica - Angioplastia Primária ouTrombólise – podemos evidenciar o pico precoce de CK-MBmassa (linha pontilhada azul nográfico)oqual,ocorrenasprimeiras12hdaterapia,sendoesteumdoscritériosdereperfusão.(VejamelhoremSCACSST-AbordagemeManejo).

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Tratamento Aindaquesejamdinâmicas,ascondutastomadasnasaladeemergência,comodiagnósticodaSCAeainstituiçãodemedidasterapêuticassendomuitasvezessimultâneas,convêmsepararotratamentodaSCAs/SSTdoIAMcomSST.ÉIMPORTANTETEREMMENTEquegrosseiramenteotratamentodoIAMcomSupraENGLOBAotratamentodaAI/IAMSSST.Ouseja,muitasdasmedidasadotadassãoIDÊNTICAS.Didaticamente,devemossepararotratamentodessacondiçãoem:-medidasgerais-medidasanti-isquêmicas/anti-anginosas-medidasanti-trombóticas/anti-plaquetárias-terapiadereperfusãoAbordagemdaAnginainstável/IAMs/SupradeST

1) Oxigênio:SedispneiaouSpO2>90-92%oualtoriscodehipoxemia

2) Repousonoleito.SódeambularsemarcadoresnegativosEausênciadedor

3) Monitorizaçãoeletrocardiográficacontínua

4) Nitrato-MononitratodeIsossorbida5mgsublingualpodendoserrepetidoaté3xemumintervalode5-10minutos. Casonãohaja respostaaoNitrato sublingual ou casohajacrise hipertensiva grave ou congestão pulmonar associada, deve-se utilizar

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Nitroglicerinavenosaeminfusãocontínua.

5) Morfina -Morfina2-4mg IV, casonãohajamelhoradador comNitrato.AMorfinaécontra-indicadanoscasosdeIAMdeVD.

6) Beta-bloqueador -Metoprolol5mgEVacada5minutos(até3doses)ou50mgVOde6/6h. Dar preferência à via oral pelo risco de choque cardiogênico no uso agudo dobetabloqueadorvenoso.

7) AAS-Dosedeataquede200-325mgVO

8) Clopidogrel-300mgVO.NãosedevefazerdosedeataquedeClopidogrelemidosos>75anos.

9) Anticoagulantes:PreferencialmenteEnoxaparina1mg/kg12/12h(doseplena)

ATENÇÃO!SãocontraindicadosnitratosnospacientesquefizeramusodeSildenafila.UsarcomcautelanospacientescomsuspeitadeinfartodeVD.Eaestatina,ondeentranessahistória?Deve ser iniciadaemaltasdoses antesda altahospitalar, pelas suas ações reológicas e anti-inflamatórias estabilizadoras da placa ateromatosa, independentemente dos níveis decolesterol.Naprática,jásecolocanaprescriçãoinicial.Sugere-seAtorvastatina80mg/dia.Mas,comofazerparadecorarissotudo?Existe a velha regra do MONABEEC (Morfina, Oxigênio, Nitrato, AAS, Beta-bloqueador,Enoxaparina,Estatina,Clopidogrel)ExisteespaçoparaosantagonistasdocálcionotratamentodasSCA?Sim.Emborapoucoutilizado,eledeve serprescritonospacientesquenão têmalíviodadorapósotimizaçãodaterapiaanti-isquêmica/anti-anginosaounaquelescomcontraindicaçõesaousodebeta-bloqueadores,porexemplo,broncoespasmograve.QualopapeldaAngioplastianaSCAsemsupra-ST?AindicaçãodacineangiocoronariografiaeomomentodarealizaçãodofamosocateterismovaidependerbasicamentedaESTRATIFICAÇÃODERISCODOPACIENTE.AmaneiramaisclássicadeestimaroriscodessespacienteséatravésdoescoreTIMI(FiguraCA-SCA-5):

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Baixorisco->Estratégiaconservadora.Opacientedevefazerumtesteprovocativodeisquemiaantes da alta hospitalar, após 12-24h de estabilização clínica. Caso o teste seja negativo, opaciente recebe alta hospitalar. Caso seja positivo, ele passa a ser avaliado como riscoalto/intermediário.

Risco Alto/Intermediário - Estratégia invasiva precoce. O paciente deve ser submetido àcoronariografia e revascularização precoces (nas primeiras 24-48h). Quanto maior o risco,maiorobenefíciodeestratégiainvasivaprecoce.

Atenção! Na prática a indicação de estratificação invasiva precoce recai muito mais noaumentodaTROPONINA,sendoestemarcadoromaisimportanteparaavaliaçãoprognóstica.AbordagemdoIAMcomSupradeST

Paraessegrupodepacientestodasasmedidasexpostasacimasãorealizadas,compequenasnuances.Porém,aPRINCIPALDIFERENÇAéquenoIAMcomsupradevemosrealizaraberturado vaso culpado, ao que se chama de TERAPIA DE REPERFUSÃO. E isso, pode ser obtidobasicamente por DUAS formas: a terapia farmacológica, com uso de FIBRINOLÍTICOS e aterapiapercutânea,pormeiodaANGIOPLASTIACORONÁRIA.

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Vamosagoraresponder6perguntasquenorteiamotratamentodoIAMcomSUPRA

1) Quandoseindicaaterapiadereperfusão?Sintomas compatíveis com IAM + Presença de Supra de ST > 1mm em duas oumaisderivações consecutivas OU Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) de 3o grau novo oupresumivelmentenovo.

2) Qualotempomáximoparainstituiçãodessaterapia?Essa pergunta depende de qual forma de reperfusão estamos falando. Mas, aqui oconceito é que seja, idealmente, nos primeiros 30 minutos da chegada ao hospital(Quantoantesmelhor).

3) Qualformadeterapiaémelhor?Sem dúvida, a ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA é superior na reperfusão da artéria culpada.Alémdisso,elanãopossuicontraindicaçõesabsolutasepodeserutilizadacomoresgateemcasodefalhadaterapiafarmacológica.Entretanto,GUARDEESSECONCEITO:omelhortratamentoéaqueledisponível.Há situações em que a ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA é claramente superior à fibrinólise.Memorize-as:

- IAM com Choque Cardiogênico: Indicação mais precisa de angioplastia primária,comprovadamente reduzindomortalidade.Critériospara indicação:Delta-Tdeaté36h;Instalaçõesdochoquehámenosde18;Idade<75anos.

- Com Edema Agudo de Pulmão: Preferência pela Angioplastia primária, casodisponível.

- Presençadecontra-indicaçãoaosTrombolíticos.- AngioplastiadeResgate:Pacientesquenãopreencheramcritériosdereperfusãoao

trombolíticoapós1,5houcomsintomasdereoclusãocoronáriapós-trombólise.- Delta-Tentre3-12h.- Diagnósticoduvidoso.

4) ExisteoutraformadetrataraSCAcomSUPRA?

Sim.Nafalênciadaangioplastiaounaausênciadesta,pode-se lançarmãodacirurgiaderevascularizaçãomiocárdicadeurgência,embora,issosejacadavezmaisraro.

5) Equaisas“nuances”dotratamentoclínicocomentadasacima?Aquivão:

-EmrelaçãoàEnoxaparina,empacientescomidadeinferiora70anos,devemosrealizarumadosedeataqueintravenosade30mg.

-EmrelaçãoaoIECA:TodosospacientescomIAMcomSupradeST,devemreceberIECAnasprimeiras 24 horas devido à inibição do remodelamento cardíaco pós-infarto, aumentando asobrevidadessespacientes

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- Em relação aos inibidores da GP IIb/IIIa: Indicados apenas no preparo imediato paraAngioplastiaprimária.Nãoháevidênciasdebenefíciosparapacientesqueserãosubmetidosàtrombólisevenosa.

ATENÇÃO!Vamosdiscutirmaisaterapiatrombolíticaeaangioplastia.

FIBRINÓLISEMecanismodeaçãoeprincipalrisco:Dissolveotromboformadonacoronáriacomprometida.Ogranderiscoéosangramentoquepodemdesencadear.OpçõesterapêuticasExistem os trombolíticos fibrina-específicos (alteplase, tenecteplase) e fibrina- inespecíficos (estreptoquinase).Ambos, aumentam a sobrevida e reduzem o tamanho do infarto de forma semelhante. Contudo, os fibrina-específicosabremmais rapidamentea coronáriaeaumentama taxadepotência coronarianaapós90minutos,sendoesses,portanto,asdrogasdeescolhanoIAManteriorcomdelta-Tdeaté4h.Casoopacientejátenhafeitousopréviodeestreptoquinase(entre5diase2anos),estácontra-indicadoousodaestreptoquinasenovamente,podendo,contudo,serfeitatrombólisecomostrombolíticosfibrina-específicos.ComplicaçãomaiscomumA complicação mais comum com o uso dos trombolíticos é a hipotensão volume responsiva, que ocorre,principalmente, com a estreptoquinase. Nesses casos, deve-se interromper a infusão do trombolítico, colocar opacienteemposiçãodeTrendelemburgerealizarhidrataçãovenosacomcristalóideatéarecuperaçãodaPA.Apósmelhora da PA, retorna-se a infusão do trombolítico em velocidade mais lenta. Caso, haja hemorragia com ainfusão de trombolítico, devemos suspender imediatamente sua infusão e realizar transfusão de plasma frescocongeladoecrioprecipitado(ricoemfibrinogênio).ANGIOPLASTIAPRIMÁRIAÉareaberturamecânicadacoronáriaobstruídaatravésdacolocaçãodeumstentnolocaldaoclusão.Odelta-Téde até 12 horas (mas pode ser feita após 12h) O ideal é que a angioplastia primária seja realizada em até 90minutosdaadmissãodopacientenohospital.Elaéaterapiadeescolhaemlocaiscomequipedehemodinâmicaexperienteequandoháapossibilidadederealizaçãodoprocedimentoemmenosde90minutosouquandoodelta-Témaiorque3horas.Casoohospitalnãopossuaequipedehemodinâmicaexperienteouquandoaangioplastiapodedemorarmaisde90minutos(tempoporta-balão),deve-seoptarpelatrombólisevenosacomoprocedimentodereperfusão(casoultrapasse3horas,apreferênciaépelaangioplastia–tempoporta-agulha).

6) Comoseavaliaaeficáciadareperfusão?O padrão-ouro seria a coronariografia 3h após a infusão do trombolítico. Porém, esse é umexameinvasivonãosendoindicadodeformarotineiranessespacientes.Naprática,utilizamososseguintescritérios:(1)Reduçãodemaisde50%domaiorsupradeST–melhorcritério;(2)PicoprecocedeCK-MBentre8-12h;(3)Arritmiasdereperfusão–RitmoIdioventricularAceleradoéomaiscomum;(4)Melhoradador.

Prognóstico e Complicações EscaladePrognóstico–KILLIP

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EstaclassificaçãopropostaporKillipem1967divideospacientesapósIAMCSSTem4grupos,sendocadaumdelesrelacionadoaumamortalidadehospitalar.OgrupoI:0-5%;II:10-20%;III:35-45%egrupoIV:85-95%.Comosavançosdamedicinaamortalidadecaiude33%a50%.Aclassificaçãoédivididaem:KillipI–AusênciadesinaisdeIVE.SemestertoresouB3.KillipII–SinaisdeIVEleve/moderada.Estertoresaté1/2dohemitóraxe/ouB3.KillipIII–EdemaAgudodePulmão.Estertoresalémdametadedospulmões.KillipIV–Choquecardiogênico.Hipotensão+sinaisdehipoperfusão+congestãopulmonar.OutrosmarcadoresdeprognósticonoIAM:Idade>75anos,sexofeminino,diabetesmellitus,IAMprévio,FE<40%ouICCprévia,IAMdeparedeanterior.ComplicaçõesPós-IAMComplicaçõesHemodinâmicasChoqueCardiogênico: Tem60-70%de letalidade, sendo a causamais comumdeóbito intra-hospitalar,instalando-senasprimeiras24horaspós-IAMesendomaiscomumnoIAManterior.Apresenta-secomhipotensão(PAS<90mmHg)+hipoperfusãotecidualecongestãopulmonar.ÍndiceCardíaco<2,2L/min/m²ePCP>18mmHg.O tratamento é realizado através de suporte hemodinâmico com colocação de Balão Intra-aórtico, uso de aminas vasopressoras (noradrenalina) e inotrópicas (dobutamina). Aangioplastiaprimáriaéaúnicamedidaeficazparareduziramortalidade,podendoserrealizadaaté36hdoiníciodadortorácicaeaté18hdoiníciodochoque.EdemaAgudodePulmão:VerInsuficiênciaCardíaca.Infarto de Ventrículo Direito (VD): Está presente em cerca de 10-15% dos casos de IAM deparede inferior. Lembrando que, o VD é irrigado pela artéria coronária direita, que irriga aparedeinferiordomiocárdio(DII,DIIIeaVF).Apresenta-se comhipotensãoarterial + turgência jugularpatológica+ ictusdeVDpalpável+sinal de Kussmaul (turgência jugular à inspiração) e hepatomegalia congestiva. Pode haverassociaçãocombradiarritmias,desdesinusalatéBAVT.Como já explicadono início do capítulo, as derivaçõesque representamoVD sãoV1,V3ReV4R.PortantoencontraremosoSupradeSTnessasderivações,alémdasderivaçõesinferiores(DII,DIIIeaVF).OtratamentodoIAMdeVDenvolvehidrataçãovenosa(aumentodapré-carga)parareversãoda hipotensão pois, o VD tolera alta carga volêmica,melhorando seu débito devido à lei deFrank-Starling.

ComplicaçõesArrítmicasExtrassístolesventriculares–Muitocomum.Raramenterequertratamento

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Taquicardia ventricular e Fibrilaçãoventricular: Tratar sehouver instabilidadehemodinâmica.Comunsnasprimeiras24-48h.BradicardiaSinusal:Tratarapenassesustentadaecominstabilidadehemodinâmica.Atropina,Marca-passo.Taquicardia supraventricular: taquicardia sinusal é amais comum. A FC deve ser controladasemprevisandodiminuiroconsumodeoxigênioBloqueiosAV:Marca-passo

OutrasComplicaçõesDortorácicarecorrentePericarditeagudaTEPAneurismadeventrículoesquerdoInsuficiênciacardíaca