Habermas, Jürgen - A Inclusão Do Outro - Estudos de Teoria Política
Sociedade, Estado e Mercado Jürgen Habermas e ......Habermas, Para a reconstrução do materialismo...
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Sociedade, Estado e Mercado
Jürgen Habermas e Pragmatismo
Prof.: Rodrigo Cantu
• Mini-sistemas / Sistemas mundo• Impérios mundo• Economias mundo
• Centro / semi-periferia / periferia
• Ciclos sistêmicos de acumulação
• Dependência
• Colonialidade do poder
Teoria da Dependência, do sistema Mundo e desdobramentos
Teoria crítica alemã
György Lukács(1885 – 1971)
Karl Marx(1818 – 1883)Max Weber
(1864 – 1920)
Georg Simmel(1858 – 1918)
Theodor Adorno(1903 – 1969)
Max Horkheimer(1895 – 1973)
A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica (1936)
Walter Benjamin(1892 – 1940)
• Reificação
• Racionalização
• Mercantilização
A dialética do esclarecimento (1944)
• Dominação no contexto do Fascismo, Stalinismo, Capitalismo organizado e Cultura de massas
• Menor tensão nas relações de produção, mas novas formas de dominação e reificação
• Iluminismo (esclarecimento) como nova mitologia
• Dominância da Razão Instrumentalno projeto iluminista
Theodor Adorno(1903 – 1969)
Max Horkheimer(1895 – 1973)
A ideologia da sociedade industrial (O ser humano unidimensional - 1964)
• Irracionalidade do consumismo
• Manipulação das ambições e desejos pela propaganda
• Burocratização da contestação operária
• Papel de minorias, excluídos e intelectualidade radical
Herbert Marcuse(1898 – 1979)
Mudança estrutural da esfera pública (1962)
• Esfera pública: espaço entre a vida privada e o Estado, onde os indivíduos podem debater crítica e livremente questões públicas
• Cafés, praças, salões, correspondências, panfletos, etc.
• Comunicação e confronto de ideias, formações de consensos acerca do mundo
• Mídia de massa, corporativismo, burocratismo partidário
Jürgen Habermas(1929 – )
Habermas - Teoria Social
• Evolução social
• Ação instrumental e estratégica• Verdade das proposições
• Ação comunicativa• Justeza das normas
• Aprendizagem prático-moral vs técnica-instrumental
• Mundo da vida
• Sistema
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.112
O trabalho socialmente organizado é a forma específica pela qual oshomens, diferentemente dos animais, reproduzem suas vidas: “Podem-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião, portudo o que se quiser; mas eles começaram a distinguir-se dos animaisquando começaram a produzir os seus meios de subsistência, umprogresso que é condicionado pela sua organização física”. [...] se se quercaptar o específico da forma de vida humana, é oportuno descrever a
relação entre organismo e ambiente no terreno dos processos detrabalho, os quais significam — sob o aspecto físico — dispêndio deenergia humana e transformação de energias na economia da naturezaexterior; decisivo, porém, mais uma vez, é o aspecto sociológico datransformação e da reconversão finalizada de materiais segundo
regras do agir instrumental.
Marx e Engels, A ideologia alemã.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.113
Mas os meios de subsistência são produzidos apenas para serem
consumidos. Tal como o trabalho, também a distribuição dos
produtos do trabalho é socialmente organizada. No caso das regras da
distribuição, não se trata da elaboração de materiais ou do emprego
coordenado e conforme à finalidade de meios, mas da conexão
sistemática de expectativas ou interesses recíprocos. A repartição dos
produtos, portanto, exige regras de interação que, a um nível de
compreensão linguística, podem ser intersubjetivamente destacadas de
situações particulares e, a longo prazo, serem colocadas como normas
reconhecidas ou regras do agir comunicativo.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.119-20Modo de produção
Um modo de produção é caracterizado por um determinado estágio de
desenvolvimento das forças produtivas e por determinadas formas de
relações sociais (relações de produção). As forças produtivas consistem
em: a) força de trabalho dos que são ativos na produção, os produtores; b)
saber tecnicamente valorizável, na medida em que for convertido e
empregado em meios de trabalho e em técnicas produtivas que aumentem a
produtividade; c) saber organizativo, na medida em que for empregado para
pôr em movimento de modo eficiente é para qualificar forças de trabalho, e
para coordenar eficientemente a cooperação (que se explicita em formas de
divisão do trabalho) dos trabalhadores (mobilização, qualificação e organização
da força de trabalho). As forças produtivas determinam o grau da dominação
possível sobre os processos naturais.
Por outro lado, entendem-se por relações de produção as instituições e
os mecanismos sociais que estabelecem sob que forma as forças de
trabalho, em dado estágio do desenvolvimento das forças produtivas, se
unem aos meios de produção disponíveis. O modo pelo qual é
regulamentado o acesso aos meios de produção, ou a forma de controle
da força de trabalho socialmente utilizada, decide também —
mediatamente — a distribuição da riqueza socialmente produzida. As
relações de produção expressam a distribuição do poder social; elas
predeterminam — através do modelo de distribuição das possibilidades
socialmente reconhecidas de satisfação dos carecimentos — a estrutura dos
interesses subsistente numa sociedade.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.119-20Modo de produção
Ora, o materialismo histórico parte do fato de que as forças produtivas e
as relações de produção não variam independentemente umas das
outras, mas formam estruturas que: c) se correspondem
reciprocamente; b) produzem somente um número finito de graus
de desenvolvimento estruturalmente análogos; de modo que: c) o
resultado é uma série de modos de produção que devem ser
ordenados segundo uma lógica de desenvolvimento (“o moinho
manual gera uma sociedade de senhores feudais; o moinho a vapor, uma
sociedade de capitalistas industriais”).
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.119-20Modo de produção
A interpretação dogmática do esquema da história do gênero tem em
comum com os esboços de filosofia da história, próprios do século XVIII,
uma série de debilidades. O curriculum da história universal decorrido
até hoje — que mostra uma sucessão de cinco ou seis modos de
produção — fixa o desenvolvimento unilinear, necessário,
ininterrupto e ascendente de um macrossujeito. Gostaria de
contrapor a esse modelo de história do gênero uma interpretação
mais cautelosa, que não se exponha às conhecidas objeções
apresentadas contra o objetivismo do pensamento dos filósofos da
história
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.120Dinâmica social
Se estabelecermos uma separação entre a lógica do desenvolvimento e a dinâmica
do desenvolvimento, ou seja, entre o modelo racionalmente reconstruível de
uma hierarquia de estruturas empíricas cada vez mais abrangentes e os processos em
que se desenvolvem os substratos empíricos, não precisaremos pedir à história nem
unilinearidade, nem necessidade, nem continuidade, nem irreversibilidade.
[...] Essas estruturas fundamentais [culturais] descrevem o espaço lógico
no qual podem se realizar formações estruturais mais abrangentes; se — e
eventualmente quando — se alcançarão novas formações estruturais, isso irá depender
de condições contingentes de contorno e de processos de aprendizado
empiricamente investigáveis. [...] São muitos os caminhos que podem levar ao mesmo
nível de desenvolvimento; são tanto mais improváveis desenvolvimentos unilineares
quanto mais numerosas forem as unidades evolutivas.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
Por outro lado, não há tampouco nenhuma garantia de
desenvolvimentos ininterruptos: depende de constelações acidentais o
fato de que uma sociedade estanque improdutivamente num certo patamar do
desenvolvimento, ou de que resolva os seus problemas sistêmicos
através do desenvolvimento de novas estruturas. Finalmente, são possíveis — e
empiricamente documentáveis em grande número — regressões na evolução.
Todavia, uma sociedade não poderá recuar em relação ao nível consolidado de
desenvolvimento sem os fenômenos que acompanham uma regressão forçada:
é o caso, por exemplo, da Alemanha fascista. Irreversíveis não são os processos
evolutivos, mas as sucessões estruturais que uma sociedade deve atravessar se
e na medida em que ela for concebida em evolução.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
O desenvolvimento das forças produtivas depende da utilização de saber
tecnicamente valorizável; as instituições-base de uma sociedade
incorporam saber prático-moral. Os progressos em ambas essas
dimensões se medem com base nas duas pretensões universais de
validade, com as quais medimos também os progressos da consciência
empírica e da consciência prático-moral, ou seja, com base na verdade das
proposições e na justeza das normas. Gostaria, portanto, de defender a
seguinte tese: os critérios do progresso histórico, atribuídos pelo materialismo
histórico ao desenvolvimento das forças produtivas e à maturidade das formas
sociais de relação, são suscetíveis de justificação sistemática.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
O mecanismo de aprendizagem [técnico e instrumental] postulado explica o
crescimento do potencial cognoscitivo e, talvez, também sua reconversão em tecnologias
e estratégias de aumento da produtividade. Ele pode explicar o nascimento de
problemas sistêmicos que, quando se tornam muito grandes as dessemelhanças
estruturais entre forças produtivas e relações de produção, ameaçam a existência do
modo de produção. Mas esse mecanismo de aprendizado não é capaz de explicar como
podem ser resolvidos os problemas surgidos. A introdução de novas formas de
integração social — como, por exemplo, a substituição do sistema de parentesco pelo
Estado — requer um saber de tipo prático-moral, não um saber
tecnicamente valorizável, que possa ser traduzido e implementado em regras de agir
instrumental e estratégico. Ela requer não uma ampliação de nosso controle sobre a
natureza externa, mas um saber que possa se encarnar em estruturas de interação: em
poucas palavras, uma ampliação da autonomia social em face de nossa própria natureza
interna.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
É oportuno distinguir entre o potencial de saber disponível e a
implementação desse saber. [...] O crescimento endógeno
do saber, portanto, é uma condição necessária da evolução social.
Mas só quando surge um novo quadro institucional é que
se pode trabalhar — com a ajuda do potencial cognoscitivo
acumulado — nos problemas sistêmicos que ficaram até então
sem solução: e disso resulta um aumento das forças produtivas.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
Evidentemente, permanece a questão do modo pelo qual essa passagem [de um estágio
a outro] se realiza. A resposta descritiva do materialismo histórico diz: ela se realiza
através de conflitos sociais, através da luta, através de movimentos sociais e
choques políticos. Mas só uma resposta analítica pode explicar por que uma sociedade
dá um passo evolutivo e como se deve entender o fato de que as lutas sociais levem, em
determinadas condições, a uma nova forma de integração social e, portanto, a um novo
nível de desenvolvimento da sociedade. A resposta que gostaria de propor soa assim: o
gênero aprende não só na dimensão (decisiva para o desenvolvimento das forças
produtivas) do saber tecnicamente valorizável, mas também na dimensão
(determinante para as estruturas de interação) da consciência prático-moral. As
regras do agir comunicativo desenvolvem-se, certamente, em reação a
mudanças no âmbito do agir instrumental e estratégico; mas, ao fazê-lo, seguem uma
lógica própria.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
Os processos de aprendizagem na evolução social não podem ser atribuídos
nem apenas à sociedade, nem somente aos indivíduos. Na verdade, é o sistema da
personalidade que sustenta o processo de aprendizagem da ontogênese; e, de certo
modo, são apenas os sujeitos socializados que aprendem. Mas os sistemas sociais
podem, a partir das capacidades de aprendizado de sujeitos socializados, constituir
novas estruturas para resolver problemas de direção e de controle que ponham
em perigo sua existência. É por isso que o processo evolutivo de aprendizagem das
sociedades depende das competências dos indivíduos que dela fazem parte. Tais
indivíduos, por sua vez, adquirem suas competências não como mônadas isoladas, mas
na medida em que tais competências se explicitam no interior das estruturas simbólicas
de seu mundo da vida.
Habermas, Para a reconstrução do materialismo histórico, p.121Dinâmica social
Habermas - Teoria Social
• Evolução social
• Ação instrumental e estratégica• Verdade das proposições
• Ação comunicativa• Justeza das normas
• Aprendizagem prático-moral vs técnica-instrumental
• Mundo da vida
• Sistema
Habermas
Razão instrumental• Tecnologia• Aprendizado instrumental• Infraestrutura
Razão comunicativa• Instituições• Aprendizado moral• Superestrutura
Diagnóstico da modernidade
• Modernidade incompleta
• Distorção sistemática da comunicação
• Colonização do mundo da vida pelo sistema
Frida Kahlo(1907-1954)
Frida Kahlo(1907-1954)
Leon Trotsky(1879-1940)
John Dewey(1859-1952)
Comissão Dewey (1937)
Comissão de Inquérito sobre as Acusações feitas contra Leon Trotsky nos Processos de Moscou
John Dewey(1859-1952)
Pragmatismo e a política
William James(1842-1910)
Charles S. Peirce(1839-1914)
O que é a filosofia pragmatista?
Máxima pragmatista (Peirce, 1878): “O conhecimento que temos de algo depende de suas consequências práticas”
• Consequencialismo
• Anti-cartesianismo
• Naturalismo / empiricismo
• Falibilismo
O que é a filosofia pragmatista?
Investigação (inquiry): processo experimentalista de estabilização do mundo
Estabilidade → Crise → Investigação → Rearranjo → Estabilidade
EUA
Rápida industrialização e crescimento das cidades
Problemas da rápida mudança estrutural urbana
Desligamento da vida comunitária, exclusão e anonimato nas cidades
EUROPA
Industrialização lenta ou insípida
Problemas da estrutura de propriedade
Exclusão e miséria
Questão social
Pragmatismo e pensamento progressista nos EUA
Como resolver os problemas públicos?
Qual é o papel da democracia?
Debate Lippmann-Dewey
Opinião pública (1922)O publico fantasma (1925)
O público e seus problemas (1927)
Debate Lippmann-Dewey
Opinião pública (1922)O publico fantasma (1925)
O público e seus problemas (1927)
Problema da democracia de massa
• Inexistência de cidadãos onicompetentes em sociedades complexas
• Informação e investigação mediada (meios de comunicação)
• Influência do poder econômico
• Fracasso da democracia pela manipulação das massas
Debate Lippmann-Dewey
Soluções para democracia de massa
Corpo técnico de assessoria a líderes políticos
Criar condições para que
sociedade se torne comunidadede investigadores
Democracia grega vs Democracia pragmatista
Polis vs Oikos
Liberdade vs Necessidade
Razão vs Interesse
Polis + Oikos
Razão + Interesse
É porque somos concernidos por
problemas coletivosconcretos que podemos
criar soluções racionais comunitárias
Pois democracia significa não só os fins que até mesmo as ditaduras agoraafirmam ser seus fins, segurança para os indivíduos e oportunidade para seudesenvolvimento pessoal. Significa também uma ênfase precípua nos meiospelos quais esses fins devem ser cumpridos. Os meios aos quais ela se dedicasão as atividades voluntárias dos indivíduos ao invés da coerção; sãoassentimento e consentimento ao invés de violência; são a força daorganização inteligente versus aquela da organização imposta de fora e decima. O princípio fundamental da democracia é que os fins de liberdade eindividualidade para todos apenas podem ser obtidos por meios que estejamde acordo com esses objetivos. O valor de sustentar a bandeira doliberalismo neste país, a despeito do que ele veio a significar na Europa, é suainsistência na liberdade de crença, de investigação, de discussão, de reunião,de ensino: no método da inteligência pública, em oposição a uma coerçãoque alega ser exercida em nome da liberdade suprema de todos osindivíduos. Há hipocrisia intelectual e contradição moral no credo daquelesque defendem a necessidade de ao menos uma ditadura temporária de umaclasse bem como na posição daqueles que afirmam que o presente sistemaeconômico é um sistema de liberdade de iniciativa e de oportunidade paratodos.
Dewey, J. 1937. A democracia é radical.
Não há oposição na defesa de meios democráticos liberais combinadoscom fins que são socialmente radicais. Não apenas não existe contradição,mas nem a história nem a natureza humana dão motivos para se suporque fins socialmente radicais possam ser atingidos por outros meios quenão os meios democráticos liberais. A idéia de que aqueles que possuempoder nunca o renunciam exceto quando forçados por um poder físicosuperior a fazer isso aplica-se a ditaduras que alegam agir em nome dasmassas oprimidas quando na verdade atuam para exercer o poder contraas massas. O fim da democracia é um fim radical. Pois ele é um fim quenão foi adequadamente realizado em país algum e em época alguma. Ele éradical porque requer uma enorme mudança nas instituições sociais,econômicas, jurídicas e culturais existentes. Um liberalismo democráticoque não reconhece essas coisas no pensamento e na ação não temconsciência de seu próprio significado e do que esse significado exige.
Dewey, J. 1937. A democracia é radical.
Visto que minha idade adulta tem sido dedicada à atividade da filosofia,devo pedir sua indulgência se ao concluir afirmo brevemente a fédemocrática nos termos formais de uma posição filosófica. Conformeafirmado, democracia é a crença na habilidade da experiência humana degerar os objetivos e métodos pelos quais uma experiência ulterior irácrescer numa riqueza ordenada. Todas as outras formas de fé moral esocial residem na idéia que a experiência deve ser submetida em algumponto ou outro a alguma forma de controle externo; a alguma“autoridade” que se alega existir fora dos processos de experiência. Ademocracia é a fé de que o processo de experiência é mais importanteque qualquer resultado especial obtido, de forma que os resultadosobtidos são de valor decisivo somente quando são usados paraenriquecer e ordenar o processo em curso. Visto que o processo deexperiência é capaz de ser educativo, a fé na democracia é o mesmo quefé na experiência e educação.
Dewey, J. 1939. A democracia criativa: a tarefa diante de nós.
A democracia, comparada com outros modos de vida, é o único modo devida que acredita sinceramente no processo de experiência como fim ecomo meio; como aquilo que é capaz de gerar a ciência que é a únicaautoridade confiável para a condução de uma experiência maior quelibera emoções, necessidades e desejos de modo a tornar existentescoisas que não existiram no passado. Pois todo modo de vida que falhaem sua democracia limita os contatos, as trocas, as comunicações, asinterações pelas quais a experiência é firmada enquanto é tambémampliada e enriquecida. A tarefa dessa liberação e enriquecimento é umatarefa que precisa ser realizada dia a dia. Visto que se trata de uma tarefaque não pode terminar até que a própria experiência termine, a tarefa dademocracia será sempre criar uma experiência mais livre e mais humanana qual todos compartilham e para a qual todos contribuem..
Dewey, J. 1939. A democracia criativa: a tarefa diante de nós.
Roberto Mangabeira Unger
Secretaria de Assuntos Estratégicos2007-2009
2015-
Democracia experimentalista
• Elevar a “temperatura” da política institucional
• Aceleração da política
• Federalismo forte