Sociedade Poetas Mortos

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  • 8/19/2019 Sociedade Poetas Mortos

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    Ao lembrar que ideias e ideais são potências que o tempo não mata, Peter Weir mostra a força dos anseios das almas de todos os tempos.

    Enredados em suas próprias emoções, pressionados pelas circunstâncias sociais e aspirando à

    eternidade, os omens constroem a istória e dei!am seus brados re"istrados no tempo, aotransformar em poesia seus próprios anseios. Peter Weir, passando da escrita para o cinema, # umnotório contador de istórias a ser$iço da desconstrução do senso comum. Ao imprimir doses nemtão sutis de lirismo #pico%e!istencialista em cada um de seus filmes, Weir não dei!a de ser, ele próprio, um poeta.

    EmSociedade dos Poetas Mortos &'()(*, com base no ar"umento roteiri+ado por om -c ulman,Weir narra a istória de o n /eatin" &0obin Williams* e seus alunos. Em '(1(, /eatin" # o e!2aluno da Welton Academ3 que retorna à instituição, então como o professor de 4iteratura destinadoa substituir outro que se aposenta. 5em conceituada, e!i"ente quanto ao rendimento de seusestudantes, r6"ida em seus princ6pios, a Welton # uma escola preparatória para rapa+es em re"imede internato. A instituição adota, como pilares de sua atuação, a tradição, a onra, a disciplina e ae!celência.

    /eatin" # apresentado à comunidade escolar em cerim7nia que d8 in6cio a um no$o per6odo leti$o.Após esse e$ento, Weir nos apresenta seus prota"onistas. Aqueles que os con eceram no in6cio dosanos (9, #poca de lançamento do filme, não poderão reencontr82los sem uma ponta de emoção.

    odd Anderson &Et an :a;untam2se ? arlie @alton & ale :ansen*, de esp6ritoindependente, ousado e um tanto an8rquicoB /no! C$erstreet & os ? arles*, descontra6do eromânticoB e -te$e Dee8 na primeira aula, eles percebem que não # bem assim. =ada con$encional, o mestre c ama a atenção para o tempo que flui constantemente, transformando em nada tudo o que nasce, e fa+ con ecer seulema Fapro$eitem o diaG e Ftornem suas $idas e!traordin8riasG. C desafio # reno$ado a cada aula.

    /eatin" adota uma metodolo"ia de ensino que desperta a sensibilidade dos alunos, fa+endo2os pensar de forma aut7noma e perceber, na e!pressão liter8ria, o eco da própria $ida F=ão lemosnem escre$emos poesia porque # bonitin o. 4emos e escre$emos poesia porque somos umanos. Araça umana est8 repleta de pai!ãoG.

    odd tal$e+ se>a o que mais sente o impacto dos m#todos de /eatin". Percebendo a inse"urança do >o$em H que $i$e à sombra do irmão mais $el o e sem maior atenção dos pais para suas própriascaracter6sticas e necessidades H, o professor sacode seu mundo e o desperta para si, para seu potencial. odd # o persona"em emblem8tico, representati$o de todos aqueles que sentem suasensibilidade em conflito com os c amados de uma sociedade que insistentemente l es dita comode$em pensar e se comportar. E /eatin" incenti$a F odos temos uma "rande necessidade de

    aceitação. Das $ocês de$em acreditar que suas crenças são Inicas, são suas, mesmo que outros asac em estran as, raras, apesar do "ado di+er que são muito ruinsG.

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    -ubmissos aos pais e ao sistema escolar, por#m descobrindo o mundo e formando suas próprias personalidades, os rapa+es percebem que /eatin" l es apresenta as portas da liberdade, embora não possam entender ainda o que isso implica. ?omo quem ele"e um no$o 6dolo, um "uia, o "rupo procura saber mais sobre o no$o professor. =os anu8rios da escola, encontram referências a umacerta -ociedade dos Poetas Dortos, da qual ele teria sido membro em sua #poca de estudante daWelton. /eatin", então, l es di+ trata2se de um "rupo de cole"as que se reuniam para ler poesia. J =eil quem con$oca os outros e fa+ nascer uma no$a $ersão da anti"a sociedade.Em meios às reuniões secretas da turma, a $ida se"ue. /no! $i$e às $oltas com a descoberta doamorB ? alie fa+ piada com tudo e parece não le$ar nada a s#rioB -te$e # o mais dedicado aosestudos, umnerd mal disfarçado e certin oB odd e =eil se tornam cada $e+ mais ami"os econfidentes. Cs m#todos de /eatin" passam a ser questionados pelos outros professores e =eil,rea"indo ao controle paterno, se decide a participar da encenação de uma peça teatral, mesmo semautori+ação da fam6lia. J o in6cio de um desfec o c eio de si"nificados.

    As citações dos poetas românticos não poderia ser mais pertinente. Walt W itman &')'( H ')(K* e:enr3 @a$id oreau &')'L H ')MK*, por e!emplo, são dois destacados representantes do0omantismo norte2americano. Eles remetem ao idealismo enquanto reali+ação do potencialindi$idual. W itman, tido como o poeta da democracia americana, cantou a confiança no omemnatural mais do que nas instituições. Noi ferren o opositor de modos de $ida e de costumes queconsidera$a ultrapassados. C cr6tico liter8rio Walter Nuller a3lor conta que oreau, por sua $e+,Fpropositalmente abraçou a pobre+a, preferindo a liberdade $a"abunda de roupas $el as e broa demil o à confort8$el escra$idão suportada por seus concidadãosG.

    Jpoca de dualidades e contradições, o 0omantismo corresponde ao per6odo em que o suic6dio foientendido como uma forma de e$asão da alma, ou se>a, camin o para o dese>8$el distanciamentodo mundo real e consequente encontro inte"ral consi"o mesmo, com a $erdade indi$idual. 4on"ede ser um ato de co$ardia ou desespero, portanto, pode ser entendido como "esto de auto2libertação. Das, enquanto al"uns cultuam a morte, outros cantam a $ida. /eatin" adota o carpediem H pala$ra de ordem do 5arraco, per6odo marcado pela $aidade e irracionalidade, tanto quanto pela preocupação com a transitoriedade de todas as coisas H, mas a tra"#dia se re$ela comoresultado de seu empen o mal interpretado, de suas ideias que "an am autonomia na mente deadolescentes.

    A adolescência # uma fase de descobertas e de emoções $iolentas, quando, muitas $e+es, semcon ecer ainda os efeitos da passa"em do tempo e da dinâmica da $ida, se confunde momentoscom eternidade, se toma imprudência, irresponsabilidade, desrespeito, como camin os para a"lória. :8 uma lar"a distância entre sabedoria e i"norância. /eatin" bem sabe disso e o demonstra

    ao c amar a atenção de ? arlie F irar a essência da $ida não si"nifica afo"ar2se nela. ?laro que 8ora para atre$er2se e 8 ora para ter cuidado, e um s8bio sabe qual # a oraG.

    Embora à primeira $ista o filme soe tendencioso e reducionistas, pois coloca o professor comoerói, os pais e a instituição escolar como $ilões, Weir acaba por dei!ar em aberto uma discussão

    que $ai muito al#m do certo e errado. Aos pais cabe encamin ar o futuro dos fil os, escola e professores têm pap#is a cumprir. rata2se, portanto, de questões profundas que não podem ser apresentadas superficialmente, em meio à frases de efeito. C desafio do s8bio # a$ançar sempresem desperdiçar nada nunca, pois 8 $alor em todas as coisas, mas em -ociedade dos PoetasDortos não 8 sabedoria em persona"em al"um. /eatin" # um idealista bem intencionado e ummestre apai!onado, mas sua pai!ão o torna imprudente, embora não possa ser culpado pela tra"#diacriada e orquestrada por um pai insensato. O direção da Welton caberia a postura adotada pelo persona"em de Al Pacino emPerfume de Mulher &'((K*. Afinal, que esp#cie de adultos a Weltonespera formar adotando pr8ticas de opressão e umil ação que só atestam a inabilidade e bai!o

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    seu trabal o ser um bom aluno ser8 dif6cil, >8 seu irmão tin a sido o mel or aluno que a escola >8te$e.

    C estilo peda"ó"ico adotado # de saber especifico o cientifico. Cs cursos mais $alori+ados são

    Dedicina, @ireito e En"en ariaB >8 a 4iteratura e a Arte @ram8tica não são de tanta importância.?omo podemos numa cena em que o aluno =eil não conse"ue con$encer o pai, que e!i"e que eledei!e suas ati$idades como redator do anu8rio escolar, e at# quando o pai aborda2o depois dedescobrir que esta participando de uma peça teatral.

    amb#m # f8cil perceber que a ima"em feminina # pre$alecida pela ra+ão masculina. Pro$a disso #quando o pai de =eil fala sobre a decepção e triste+a que ele ir8 causar à sua mãe se insistir nasid#ias de abandonar o in"resso na Dedicina pra cursar Arte @ram8tica. C que fica marcado # que ose!o feminino possui um poder menor que o oposto. @e$ido a essa opressão por parte do pai, e aomissão materna, =eil comete suic6dio por se sentir impossibilitado de reali+ar seus son os.

    ?ontradi+endo a todo princ6pio da escola tem o professor o n /eanti", embora ten a sido formadona escola, ele tin a uma proposta de ensino com base no próprio processo de $i$er e apro$eitar odia, ?arpe @iem. Ele di+ia que a educação de$eria se confundir com nossa $ida. ?arpe @iem #como uma no$a $isão de $ida. TApro$eite seu dia, col a lo"o seus botões de rosasU.

    As suas propostas de ensino fu"iam do paradi"ma estabelecido pelo internatoB uma $e+ que o professor utili+a$a de outros espaços, considerados não2con$encionais pra propor ati$idadesdiferentes, fa+endo com que a con$i$ência entre os alunos se>a a"rad8$el. C filme mostra cenas

    como as que o professor encora>a seus alunos a subirem na mesa, falarem alto, e at# arrancar as p8"inas de um li$ro, considerando2as como e!crementos. Este professor tamb#m nota a dificuldadede um aluno, o odd, que tin a problemas com a leitura e /eatin" procura maneiras de encora>82lo.

    http://3.bp.blogspot.com/-yDqFNMoP7GA/Tf82QpFGKcI/AAAAAAAAAOQ/j36RcGocQQI/s1600/soc3.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-y-b5VTdhBag/Tf82Pv9SPbI/AAAAAAAAAOM/b3Ie-YwrixU/s1600/soc2.jpg

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    Esses atos fa+em com que o professor /eatin" se torne um no$o modelo de educação, não se"uindoassim o curr6culo padroni+ado e ensinando os alunos a pensarem por si mesmos.

    J por esses $8rios moti$os que o filme, -ociedade dos Poetas Dortos # considerado um filmee!tremamente bril ante, >8 que nos fa+ perceber a e!trema importância do papel do professor perante os alunos, pois como educador este de$e estimular a formação dos cidadãos, e mais queissoB que se>amos cr6ticos, criati$os e pensadores.

    A "rande lição da istoria # o ide8rio T?arpe @iemU como uma no$a $isão de $ida. TApro$eite seudia, col a lo"o seus botões de rosasU.

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    terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

    ra!alho de "ist#ria so!re o filme: $Sociedade dos %oetas mortos&

    http://sanger1983.blogspot.com.br/2012/02/trabalho-de-historia-sobre-o-filme.htmlhttp://1.bp.blogspot.com/-4nc5cJT8lyM/T01VFu_XJ5I/AAAAAAAAAiw/7YZAm3bO7hE/s1600/Sociedade%2Bcave.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-Hg9ylCplwEY/T01VFNWoE0I/AAAAAAAAAic/H4x83OoGsGw/s1600/sociedade-dos-poetas-mortos-poster01.jpghttp://sanger1983.blogspot.com.br/2012/02/trabalho-de-historia-sobre-o-filme.html

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    rabal o de :istória sobre o filme F-ociedade dos poetas mortosGProfessor -an"er Amaral Al$es =o"ueiraAluno&a*'uestão 1 C filme se passa numa escola particular no ano de '(1(. A escola do filme era a maisrecomendada para se entrar numa boa faculdade. Simos na mat#ria do primeiro ano que durante a QdadeD#dia a sociedade era or"ani+ada de forma estamental o indi$6duo esta$a determinado pelo seu lu"ar denascimento. C iluminismo e a sua defesa da autonomia do indi$6duo transformaram o modelo de sociedade para o atual. ?ontudo, al"uns costumes ainda persistem. @e que maneira os >o$ens alunos do filme aindasofrem com os anti"os costumes da sociedade estamental

    'uestão 2: -e"undo o diretor da escola, e!istiriam V pilares para o sucesso no m#todo de ensino tradição,disciplina, onra e e!celência. =a $ersão dos alunos, os V pilares se transforma$am em terror, e!cremento,decadência e paródia. Cs alunos não acredita$am naquilo, mas, mesmo assim, aceita$am as re"ras do >o"o. =a sua opinião, qual seria o moti$o dos alunos respeitarem um re"ra em que eles não acredita$am'uestão ( ?ite al"umas diferenças em relação à sala de aula de '(1( e a nossa sala de aula.'uestão ) As aulas do sen or /eatin" questiona$am >ustamente o propósito dos alunos estarem na escola.A relação entre o con ecimento e o aluno não pode ser apenas de memori+ação. A medicina, o direito e aen"en aria são essenciais para a $ida, no entanto, o ser umano precisa da poesia para falar sobre ele próprio. /eatin" # ta!ati$o FTornem suas vidas extraordinárias: carpe diem!” ?ite ' atitude dos persona"ens do filme dentro do esp6rito docarpe diem .'uestão * Socê conse"ue se identificar com al"um persona"em do filme ustifique.

    http://4.bp.blogspot.com/-B7BX8zk3X7w/T01VF1-d5WI/AAAAAAAAAi4/mwnjZasT008/s1600/size_380_sociedade-dos-poetas-mortos.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-NizDjW2p2-c/T01VFQsl8nI/AAAAAAAAAio/cn8nZXuUJ2Y/s1600/sociedade_pm.jpg

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    'uestão + C modelo de educação proposto pela escola do filme entrou em colapso a partir da se"undametade do s#culo . C Fcarpe diemG atualmente # muito mais $alori+ado do que na d#cada de 19.AnIncios de bebidas, produtos tecnoló"icos e a propa"anda em "eral nos estimulam a "o+ar a $ida mediantea compra e o consumo de seus produtos. =o nosso mundo particular, o "o+ar a $ida se define pela quantidadede pessoas com que FficamosG numa noite. -er8 que a >u$entude de o>e conse"uiu tornar suas $idase!traordin8rias @ese>amos saber sua opinião ocarpe diem proposto pelo professor /eatin" # o mesmo"o+ar a $ida que estamos acostumados o>e ustifique.@ica 4embre2se do poema falado no filme F Fui à floresta porque queria viver de verdade/ Eu queria viver

    profundamente e retirar toda a essência da vida/ Fazer apodrecer tudo aquilo que não era vida e nãoquando eu morrer desco rir que não vivi”

    'uestão C trec o a se"uir reprodu+ o conteIdo do documento que acusa o -r /eatin" de estimular id#iassub$ersi$as nos seus alunos. 4eia o trec o e responda a per"unta

    FTen"o aqui uma descri#ão detal"ada do que acontecia nas reuni$es da %ociedade dos &oetas 'ortos( )saulas do professor *eatin+ serviram como fonte de inspira#ão para o comportamento e+o,sta dos alunos( -

    professor encora.ou %r &err em sua o sessão por atuar mesmo sa endo que essa não era a vontade de seus pais( ) atua#ão do professor *eatin+ foi o responsável pela morte de 0eil &err ”

    Socê assinaria o documento ustifiqueCbs 4embre2se que, caso $ocê não assine, $ocê ser8 e!pulso de uma das mel ores escolas e, pro$a$elmente,o seu futuro profissional correria um s#rio risco.

    ?inema e teatro

    ri or da educação tradicio/al: a Sociedadedos Poetas MortosEduardo 5eltrão de 4ucena ?órdulaDestrando &RNP5*, especialista em -uper$isão Escolar &QE-P*, pesquisador do epea &RNP5*

    =uma oportunidade 6mpar de releitura do c#lebre lon"a2metra"em%ociedade dos &oetas 'ortos , de'()(, diri"ido por Peter Weir, relembro a c#lebre atuação de 0obin Williams, que le$a a na$e"ar por essa com#dia dram8tica, que nos remete a um momento da istória da educação elitista norte2americana. =esse recorte temporal, $islumbramos uma sociedade e uma educação não condi+entescom a $italidade da >u$entude de seus fil osB ao lon"o do filme, # poss6$el pro>etar de forma

    conte!tuali+ada para o nosso pa6s e o momento atual, os problemas e entra$es que acorrentam eancoram o pleno desen$ol$imento do sistema educacional.Al"uns pontos são cruciais no entendimento do filme, principalmente o processo de ensino, comaulas que eram consideradas ortodo!as para a #poca e que o>e seriam apenas uma peda"o"ia datransformação do indi$6duo na busca de sua autonomia.A se"uir, foram tecidos pontos2c a$e do lon"a2metra"em para caracteri+ar uma educação cl8ssica, positi$ista e totalmente cartesiana, em que os condimentos cient6ficos se transformam em do"masimut8$eis, e a atualidade precisa reno$ar e transformar os saberes a todo momento para o plenodesen$ol$imento da umanidade.

    ducação /a d cada de 1 +0 3 4cademia 5elto/C filme retrata a $ida de um professor de in"lês e literatura nada con$encional, Dr. o n /eatin"B

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    ele foi contratado em ')1( para lecionar em uma escola tradicional dos Estados Rnidos, aAcademia Welton, cu>o ano leti$o se inicia com a apresentação do corpo acadêmico e do diretor daescola, al#m de uma encenação dos princ6pios que a re"em, que são a :onra, a radição, a@isciplina e o D#rito, estimulados pelo s6mbolo da lu+ do saber materiali+ado em uma $ela, quesempre ir8 condu+ir os alunos da escola ao con ecimento, mesmo nos momentos de escuridão.A escola de rapa+es adota uma postura de autoridade e ri"ide+ perante seus alunos, mediante uma peda"o"ia tradicional cl8ssica e arcaica, que adota como m#todos de ensino2aprendi+a"em arepetição, a memori+ação, o e!cesso de e!erc6cios e a punição f6sica e moral para educar os rapa+esda sociedade elitista da #poca.

    4s relaç6es huma/as retratadas /o filme'. 7iretor x %rofessor o diretor condu+ a escola e o professor # submisso a ele, de$endo

    manter os quatro pilares da escola acima de tudo e se"uir o curr6culo tradicional escolar.K.7iretor x %ais os pais concordam com os diretores em tudo, e nos pilares da escola para a

    construção do car8ter e da maturidade de seus fil os, preparando2os para a faculdade.

    X.7iretor x alu/o o diretor determina a permanência do aluno na escola, as punições se$eras H que nos casos dos delinquentes eram f6sicas com palmatória HB os alunos sentiam2secastrados emocionalmente.

    V. Professor x alu/o os professores condu+em o saber e os alunos absor$em e repetem, semquestionar, ino$ar ou criar. =ão 8 dialo"o entre eles e a distância se mant#m nesta relação.

    1. 4lu/o x alu/o eles mantêm os laços de ami+ade, $inculados aos "rupos de estudo, aosmomentos de laser e pelos interesses mItuos de$ido à con$i$ência no ambiente escolar. J aInica relação que permite o di8lo"o aberto e o compartil amento de quem são e o querealmente dese>am para si mesmos.

    M.Pais x filhos não a$ia di8lo"o entre pais e fil os. Cs pais e!ercem autoridade total sobreos fil os, que por sua $e+ de$eriam ser submissos aos pais, ter responsabilidade nos estudose quase uma re$erência de respeito a eles, al#m do que de$eriam se"uir ce"amente o que osseus pais determina$am para sua $ida profissional.

    4s aulas de Mr. eati/Dr. /eatin" transforma$a a rotina que era a $ida de seus alunos e da própria escola, com suast#cnicas e m#todos, que fu"iam à aula tradicional e conteudista da #poca. Ele mesmo e!2aluno daAcademia Welton, $ia nela um e!emplo ne"ati$o de peda"o"ia e busca$a meios opostos paraensinar com $ida e armonia a seus alunos. Cs demais professores da academia eram consideradosdesatuali+ados, transforma$am a $ida escolar dos alunos em rotina, monotonia e e!austão. ?om

    umor e sabedoria, o professor /eatin", inspira seus alunos a se"uir os próprios son os e a $i$er$idas e!traordin8rias. A forma como ele leciona est8 à frente do seu tempo, transformando a $ida deseus alunos, que o c ama$am não de FprofessorG, mas de Fmeu capitãoG, pela forma como eramcondu+idos para buscar a lu+ do saber. Darcadamente destacamos quatro aulas1arpem diem B?ompreendendo a poesiaB Qnterpretando - a

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    E 1arpem 2iem &Apro$eite o dia, ou se>a, $i$a o dia* passa a ser o lemados alunos em tudo que decidem fa+er para se"uir seus son os.

    ?ompreendendo a poesia

    C aluno lia a introdução do li$ro da aula de1ompreensão da poesia , e o professor mostra que o autor entende a poesia como uma ciência e!ata,lida por meio de t#cnicas de "r8fico. Dr. /eatin" pede que todos ras"uema introdução do li$ro, c amando2a de Fe!crementoG. Noi uma ousadia paraeles, pois esta$am destruindo parte de uma obra liter8riaB ficaramapreensi$os e atordoados de in6cio, mas, como são acostumados a se"uirce"amente as ordens dos professores, fi+eram2no, percebendo depois que a poesia de$eria ser sentida, son ada, criada, $islumbrada, criticada erecriada.

    Qnterpretando- aa, onde 8 $ida 8 poesia, 8 emoção.

    ?amin ada no p8tioCs alunos começam a se recon ecer como indi$6duos Inicos, a$aliando2se,descobrindo e e!plorando quem são em seu camin ar, interpretando seumodo de andar.

    4 Sociedade dos Poetas MortosA -ociedade era um "rupo formado por rapa+es da escola da turma de o n /eatin" quando eraaluno da Academia Welton. C "rupo que se reunia em uma ca$erna ind6"ena na floresta pró!ima daescola para leitura de poesias de autores >8 mortos e onde se dei!a$am le$ar pelos son os, pelaima"inação e pelo li$re pensar. Al"uns dos inte"rantes cria$am seus próprios poemas, que narealidade refletiam o seu Eu interior.Essas obras eram recitadas e apreciadas lon"e dos ambientes da escola, por pertencerem a poetasque a escola acredita$a que des$ia$am a conduta dos alunos, pela intensidade $isual e emocionaldas pala$ras que adota$am. Cs inte"rantes da -ociedade da$am no$a interpretação e $ida em suasleituras e releituras indi$iduais.

    Mome/tos marca/tes do filme• @urante o almoço coleti$o, Dr. o n /eatin" con$ersa$a com o professor seu cole"a da

    escola, que comentou não concordar com os m#todos de aula de /eatin" e o e$ento deras"ar a introdução do li$ro de poesia, de$ido à forma como o professor /eatin" tentalibertar as amarras sociais que reprimem o li$re pensamento de seus alunos em cada aula.

    • Ao falar de - a

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    9o/clus6esC filme # e!celente para momentos de discussão entre os corpos docente e t#cnico escolar, paramostrar como podemos sempre ino$ar e buscar meios di$ersificados para mudar a $ida do nossoalunado.Rma escola democr8tica de$e fa$orecer o li$re pensar do alunado, edificando sua cidadania etornando2o um ser umano cr6tico2social e transformador. Procurar intera"ir, pro$ocar mudanças ea>udar ao aluno a construir a sua identidade # um dos papeis da comunidade escolar. Ali o professor# a inspiração, o e!emplo em que o aluno pode se espel ar por condu+i2lo ao saber, $i$enciando ocon ecimento e au!iliando2o na autonomia da busca do con ecimento e de seu desen$ol$imento.

    ove/s;il#sofos/oSa%o%em!a A umani+ação # um processo de construção "radual, reali+ada atra$#s do compartil amento decon ecimentos e de sentimentos. ?omo educador, questiono como obter esta parceria entre ocon ecimento e o sentimento E como fa$orecer a uma apro!imação mais real e $erdadeira entre oeducador e o educando

    sexta-feira, 1( de a!ril de 2012

    4 f

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    rapa+es apro$eitem o diaZG. ?om efeito, o filme, sendo uma obra de arte, e$identemente, pode possibilitar aos telespectadores perspecti$as diferentes, no que tan"e a sua an8lise. Para tanto,apresentamos uma an8lise que nos parece ser rele$ante com o filme e a própria filosofia.Analisaremos a questão da liberdade umana dentro da perspecti$a sartriana e a questão daconstrução de um pensamento próprio. A an8lise $islumbra, no primeiro momento, uma tentati$a deassociar às id#ias de -artre. ?ontudo, de maneira "eral, pretendemos discorrer id#ias de outros

    filósofos tamb#m. Para tanto, apresentamos uma an8lise, dentro de nossos limites, considerando o pouco tempo que ti$emos para tal & em ra+ão de nossas ati$idades profissionais* F. J importantedestacar que em momento nen um do filme aparecem posições de filósofos de maneira definida,aparecem fatos e id#ias que nos possibilitam trat82las de maneira filosófica, sob a lu+ de al"uns pensadores.Rma das cenas mais dram8ticas do filme, corresponde à qual um persona"em de nome =eil Perr3 ,moti$ado pela id#ia da F-ociedade dos Poetas DortosG &sociedade que e!istira quando o professor/eatin" foi estudante naquele col#"io*, de ser li$re pensador, de ser construtor de sua própria sa"a,se descobre com dotes e!cepcionais para representar peças de teatro. Por#m, tal capacidade, colidiacom o que seu pai queria que o fosse. @epois de uma lon"a tentati$a em con$encer seu pai que odei!asse ser o que queria, sem ê!ito, =eil, que se descobria li$re, que não pensa$a mais se"undo ascon$icções de outrem, re$oltado com a atitude autorit8ria de seu pai, ca6 em desespero e pr8tica osuic6dio. Cra, a cena torna2se impreteri$elmente necess8ria associ82la ao e!istencialismo, sobretudoàs id#ias de -artre, uma $e+ que o filósofo enfati+a que o omem esta condenado a liberdade, que precisa assumir as próprias escol as, posto que # respons8$el pela sua istória. ?om efeito, =eil, aose descobrir que era o respons8$el pelas suas decisões, que nen uma outra pessoa poderia sal$82lode sua liberdade, por primeiro ele se an"ustia e $i$e num dilema profundo, pois seu pai o impediade representar, em outras pala$ras, fa+er sua escol a e, se o fi+esse, bateria de frente com o seu pai.An"ustiado, cai em desespero e não tendo equil6brio suficiente para escol er a $ida, escol e amorte. C persona"em =eil ao escol er a morte, não dei!ou de escol er em liberdade, pois a mortefoi uma escol a a de dei!ar de e!istir..Cbser$amos ainda na cena a capacidade umana de acabar com a $ida umana, isto #, quando a sualiberdade # cerceada. Podemos entender o porque muitas pessoas em momentos de re"imesautorit8rios, mesmo sabendo que suas id#ias podem le$82los à morte, não se amedrontam edifundem suas id#ias, de maneira cada $e+ mais intensa. Yuando o persona"em escol e a morte,diferentemente de -ócrates que afirma$a ser bom a morte, por#m que não era >usto pratic82la comsua própria mão, o >o$em toma uma posição compreens6$el ao e!istencialismo que entende que o

    omem ao se perceber respons8$el pelo que #, que est8 desamparado no mundo e nin"u#m podesal$82lo dessa situação, est8, tamb#m, su>eito ao Fsuic6dioG & essa conclusão # baseado na leitura qufaço acerca de -artre*, Por#m, num determinado aspecto, o >o$em i"ualmente a -ócrates, entre"asua $ida pelos seus ideais, uma $e+ que a cena pode muito bem sensibili+ar um pai a não sersemel ante ao pai do persona"emB nesse sentido, a atitude do >o$em en"a>a a toda a umanidade a

    lutarem por seus ideais, e, os pais, a entenderem mel or as $ontades e dese>os de seus fil os. Assim,a liberdade umana # o que o omem tem como rique+a imprescind6$el, pois se ele a ne"ar, mesmoassim, tal atitude ser8 fruto de sua liberdade. Portanto, # poss6$el afirmar que a liberdade semanifesta na construção de um ser e, a saber, associa2se a um ideal que pretende en"a>ar a toda

    umanidade, no caso da cena do filme, o de ser li$re para escol er o que ser na $ida.

    Yuestões sobre o filme F -ociedade dos Poetas DortosG.

    ' H Analisar o formato da proposta educacional da escola.0

    J uma instituição preparatória ortodo!a, seu ensino # tradicional, outros princ6pios muito preser$ados eram a disciplina, onra e e!celência. A educação era en"essada, a escola pretendiaapenas ensinar, não a$ia al"uma intensao em fa+er o aluno aprender a pensar, o aluno não tin a

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    autonomia.

    K H Analisar a relação professor e aluno, professor e escola.

    0Cs professores eram proibidos de criar um $inculo com os alunos, a escola queria apenas que os

    professores reali+assem uma ótima preparação para o $estibular. Cs professores utili+a$am a FnotaG para deter o aluno, era o m#todo do tradicionalismo. Porem o professor o n /eatin", transforma arotina tradicional, e inspira seus alunos a $i$erem a $ida, mas a escola não aceita de modo al"umeste ensino con$encional.X H @escre$er o comportamento da fam6lia e escola, fam6lia e aluno.

    0Cs pais dos alunos são contra os no$os ideiais que seus fil os descobriram, e apóiam plenamente aescola. Para os pais e a escola, os alunos de$eriam aceitar as imposições profissionali+antes, semquebrar as re"ras, os alunos não aceita$am a id#ia de um re"imento forte que seus pais e escolatin am o costume de impor. A fam6lia e escola retira$am totalmente a liberdade dos alunos.

    V H Yual a diferença entre o con ecimento baseado na aprendi+a"em mnem7nica e aprendi+a"em$oltada para construção do su>eito.

    0A aprendi+a"em mnem7nica, au!ilia na memoraria, # uma forma de memori+ar formulas e listas, demaneira simples, # uma seq[ência que possui um sentido, uma ló"ica. 8 na aprendi+a"em $oltadas para a construção do su>eito, F o su>eito da educação # o corpo, porque # nele que esta a $ida. J ocorpo que quer aprender para poder $i$erG. &0ubem Al$es*. A educação $isa con ecimento,consciência e or"ani+ação para afirmação do su>eito.

    1 H Yual o si"nificado da cena dos "arotos andando na escuridão com uma lanterna

    0Cs "arotos são c eios de son os, e $ontade de $i$er, a cena dos "arotos andando na escuridão comuma lanterna si"nifica a quebra para uma reno$ação, si"nifica uma lu+ na mente dos alunos, poiseles querem uma decisão em suas $idas.M H Yual # a representação da entrada na ca$erna durante a noite

    0C professor o n /eatin" desperta em al"uns alunos a necessidade deles buscarem a si mesmos,

    com intenção de firmar suas personalidades. Cs >o$ens acabam entrando na ca$erna durante a noiteisto acaba representando a de$ida F liberdadeG, a $ontade de $i$er a $ida, o conceito do F ?arpe@iemG. & Sontade de $i$er a $ida intensamente*.

    L H Yual o si"nificado dos "arotos subirem nas carteiras e o professor obser$ar pela fresta da porta

    0Cs "arotos sobrem nas carteiras, como si"nificado de obser$ar a $ida com outros ol os, com pensamentos e opiniões, a id#ia de não perder o tempo precioso. C professor ao obser$ar pela frestada porta percebe que sua metodolo"ia passou se"urança para seus alunos, a"ora eles são su>eitos, e proclamam o ato de $i$er.

    '* C filme F-ociedade dos Poetas Dortos, mostra claramente o papel de aparel o ideoló"ico que aescola assume .

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    =aquela escola considerada o FpadrãoG da #poca, ordem , disciplina, eram usados no sentido decoibi a e!pressão e a $alori+ação do pensamento li$re.C diretor no in6cio do filme dei!a claro para os no$os alunos que eles estão tendo uma oportunidade6mpar, pois estudar naquela instituição era pri$il#"io de poucos.

    =este sentido o que si"nificou o ato de \a lu+ da sabedoria\ ter passado de mão em mão .E!plique.

    K*A Academia Welton,se"ue um sistema tradicional de educação.?ite e e!plique,os quatro pilaresque a escola $alori+a$a.

    X*?om metodolo"ia tradicional arcaica, esfacela, com professores tradicionais, desatuali+ados,incompreens6$eis, acomodados, enfim, tartaru"as. Das como toda re"ra tem uma e!ceção , c e"ana escola o professor /eatin".=arre como foi o primeiro contato da turma com o mesmo,bem comoque $alor conotati$o te$e a $isita que os alunos fi+eram as fotos dos e! alunos da escola.&lembrem2se que /eatin" di+ que os e!2 alunos \sussurram o le"ado deles para $ocês\*

    V*Rsando de criati$idade determinação, competência, onestidade e $alori+ação de e!periênciasanteriores a escola,/eatin",começa a insti"ar os alunos da escola para que percebamHse su>eitos desua aprendi+a"em e não apenas ob>eto,portanto propõe al"umas trans"ressões,em relação ao sistemar6"ido de Welton.Enumere e!plique ao menos X destas.

    1*Cs di$ersos poemas apresentados e as $8rios formas de interpretação que /eatin" os da$a, fa+iacom que os te!tos ti$esse $ida o que facilita$a o processo ensino2aprendi+a"em. al metodolo"iatorna$am as aulas dinâmicas, participati$as. ?omente as se"uintas falas do professor

    ] \...Aprenderão saborear pala$ras e lin"ua"em eBisso pode mudar o mundo..\] \4emos e escre$emos poesia porque somos umanos...$o+ e poesia contribuem para omundo,qual ser8 o $erso de $ocês ...\

    ] \Cs que compun am a sociedade dos poetas mortos dedicaram2se a e!trair a essência da $ida...\

    ] \@e$emos mudar o nosso ol ar...considere o que $ocê pensa,não apenas o que o autordi+...Atre$a2se a destacar2se...\

    M*C filme # rec eado de sensibilidade. Semos claramente, a luta pessoal de $8rios alunos paraconquistar o que dese>am.?ite al"uns alunos e suas \lutas pessoais\.

    L*A metodolo"ia adotada pelo professor /eatin" desa"rada$a profundamente a direção da escolaque busca$a um forma para punir o professor ino$ador.E!plique como se deu esta punição,bemcomo os refle!os que a mesma te$e nos alunos de

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    de cada $e+ &?arpe @iem*.

    E para $ocê Yue sentimentos,questionamentos,conclusões... o filme re$elou C que espera doensino de literatura

    (* odo professor espera que seus alunos entendam as lições aplicadas,as formas de a$aliar essaaprendi+a"em $ariam e muito....como os alunos demonstraram para /eatin" que a$iam aprendidoo que ele transmitiu E!plique.

    '9*C filme # uma "rande refle!ão sobre a pr8tica peda"ó"ica de professores e sobre o tipo de escolaideal , a importância da arte na $ida das pessoas,e o mais importante, sobre que tipo de cidadão quequeremos ser.@iante disto, de forma sub>eti$a,pessoal responda

    ] C que $ocê entendeu por 4iteratura] Yual o papel ela pode desempen ar na $ida das pessoas &influências*

    ^ 0esen aEm '(1(, na Welton Academ3, uma tradicional escola preparatória, um e!2aluno &0obin Williams*se torna o no$o professor de literatura, mas lo"o seus m#todos de incenti$ar os alunos a pensarem por si mesmos criam um c oque com a ortodo!a direção do col#"io, principalmente quando ele falaaos seus alunos sobre a \-ociedade dos Poetas DortosG. Sencedor do Cscar de Del or 0oteiroCri"inal.C filme \-ociedade dos Poetas Dortos\ mostra as relações de um professor e e!2aluno, com umaturma de adolescentes c eios de son os e $ontade de $i$er intensamente. Entretanto, encontram2seinseridos em um sistema acadêmico r6"ido e autorit8rio, não os permitindo, com o pleno au!6lio desuas fam6lias, buscarem outras oportunidades e!ternas às impostas pela instituição de ensino preparatória para a uni$ersidade 2 referindo2se a atualidade brasileira, seria uma escola secundaristat#cnica.A quebra dos estereótipos educacionais proposta pelo professor em questão, o n /eatin", remeteos alunos a no$as possibilidades e $isuali+ações acerca do mundo em que $i$em, ou que de$eriam$i$er. Qsso fa+ brotar nos >o$ens no$os sentimentos, sempre com o insistente au!6lio de o n/eatin" pela quebra de barreiras impostas pela sociedade, fam6lia e instituição, o que fica bem clarocom a morte da persona"em =eil Perr3, que se remete à $ida enquanto ela ainda l e oferece

    possibilidades de pro$eito a cada momento, relação direta com uma frase muito usual na trama?arpe @iem &apro$eite o dia*. Ele se sacrifica em suic6dio pela causa mais >usta relatada no filme, atruculência contra os anseios pessoais e imposições profissionali+antes, educacionais, capitalistas,enfim, que são e!poentes da sociedade "lobal mundial. =os 'K( minutos de filme, # mostrada a importância dos sentimentos umanos que superamquaisquer imposições sociais, # o 6ntimo de cada pessoa sendo mais $alori+ado que as re"rasimpostas pelo coleti$o, # a quebra para a reno$ação. Entretanto, a aparente quebra de re"ras,mostradas como sendo o ei!o central da trama, se contradi+ com a própria formação da -ociedadedos Poetas Dortos, onde todos têm que ler poemas, produ+ir $ersos, reunir2se em or8riosdefinidos, entre outras, para se tornarem membros efeti$os. A -ociedade referencia poemas deautores renomados e dos próprios persona"ens, como sendo reno$adores e estimuladores de ações e

    pensamentos.C drama # muito bem constru6do, com ima"ens fortes que retiram dos atores os sentimentos que precisa$am se mostrar encobertos. 0obin Williams, como # de pra!e, submete os pensamentos dos

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    espectadores a uma introspecção e auto$alori+ação umana. A escol a de uma instituição preparatória ortodo!a foi muito bem e!plorada, >8 que, tradicionalmente, os pensamentos acerca deum local como este remete a todos a um ambiente fec ado, com re"imentos fortes e in$iol8$eis,truculento e altamente insens6$el com o ser umano. odos estão ali pela instituição, que d8 emtroca a sustentação necess8ria para sobre$i$er no mundo cada $e+ mais indi$idualista.^ Aspectos para E!ploração em @inâmicas de rupo a ?rit#rio

    0elação professor%aluno. Aprendi+a"em si"nificati$a.