Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 …S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o...

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Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 ANOS (1979 - 2009) Publicação periódica trimestral de informação geral e médica • Director: José Manuel Romãozinho • www.sped.pt N.º25 • Janeiro/Março 2009

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S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a

Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

30 ANOS(1979 - 2009)

P u b l i c a ç ã o p e r i ó d i c a t r i m e s t r a l d e i n f o r m a ç ã o g e r a l e m é d i c a • D i r e c t o r : Jo s é M a n u e l R o m ã o z i n h o • w w w. s p e d . p t

N. º25 • J a ne i ro/Ma r ço 2009

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n . º 2 5 • J a n e i r o / M a r ç o 2 0 0 9

Trata-se este de um nú-mero especial, com um conteúdo divergente

do habitual. De facto, para a come-moração dos 30 anos da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva pensou-se em dar a este um cunho

diferente do habitual,

que reflectisse de forma condigna o aniversário. A opção re-caiu na apresentação do que tem sido a actividade desenvolvida pelas várias comissões que integram a Sociedade, bem como da Secção Especializada de Endoscopia Pediátrica. A resenha

histórica, indispensável para que os vários “marcos” na vida da Sociedade não sejam esquecidos, não poderia faltar. A preocupação dos editores de que a publicação “transborde” a Gastrenterologia e possa ser útil a colegas de outras especialidades, designadamente de Medicina Geral

e Familiar, está patente na incorporação de um texto onde se encontram várias sugestões de como a colaboração entre especialidades poderá ser incrementada.Finalizo salientando a atribuição, pela primeira vez, do prémio “Nós Lá Fora”. Pedro N. Figueiredo

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Ficha TécnicaENDOnews Publicação periódica trimestral de informação geral e médica • N.º25 • Janeiro/Março 2009. Director José Manuel Romãozinho. Editor Pedro Figueiredo. Editores adjuntos Bento Charrua, Fernando Pereira, Isabelle Cremers. Colaboradores Anabela Pinto, Carlos Canhota, Eduardo Mendes, Fausto Pontes, J. E. Pina Cabral, José Manuel Soares, Leopoldo Matos, Pedro Amaro. Colaboram neste número Guilherme Macedo; José Carlos Marinho; Luís Abreu Novais; Mário Dinis Ribeiro; Venâncio Mendes. Secretariado Helena Granado. Depósito Legal 179043/02. Registo ERC 125319. Produção e Imagem VFBM - Comunicação, Lda. Propriedade VFBM - Comunicação, Lda. Redacção e Produção VFBM - Comunicação, Lda. • Edifício Lisboa Oriente Office • Avenida Infante D. Henrique, 333-H, 4º sala 45 • 1800-282 Lisboa • Tel: 218 532 916 • Fax: 218 532 918 • E-mail: [email protected]. Pré-impressão e Impressão Focom XXI • Rio Maior. Tiragem 10.000 exemplares

Nota do Editor

EDITORIAL

A Propósito dos 30 Anos de Vida da SPED

Sociedade Portuguesa de Endoscopia

Digestiva – SPED

Rastreio do Cancro do Cólon e Recto:

Historial de 10 Anos na Vida da Sociedade

Portuguesa de Endoscopia Digestiva

PRémIO “NóS Lá FORA”

Helicobacter pylori genotypes in children

from a population at high gastric cancer

risk: no association with gastroduodenal

histopathology

AGENDA

A Actividade Editorial da Sociedade

Portuguesa de Endoscopia Digestiva

www.sped.pt

Investigação em Endoscopia em Portugal:

a contribuição da SPED

A SPED e os Cuidados de Saúde Primários

A Endoscopia Pediátrica Hoje

Comissão de Educação Pós-Graduada/

Contínua

Relatório da Comissão de Divulgação e

Relações Institucionais

Relatório de actividades da Comissão de

Relações Internacionais

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n . º 2 5 • J a n e i r o / M a r ç o 2 0 0 8

A Actividade Editorial da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

A Sociedade Portu-

guesa de Endos-

copia Digestiva

(SPED), constituída em 1979,

é uma associação científica que

congrega médicos e outros

profissionais que praticam ou

se interessam pela Endosco-

pia Digestiva. Os objectivos da

SPED incluem a promoção do

desenvolvimento da Endoscopia

Digestiva ao serviço da Saúde

da população portuguesa, bem

como a difusão de conhecimen-

tos e a investigação nesta área

médica. O incremento do inter-

câmbio entre os vários profissio-

nais, seja a nível nacional seja a

nível internacional, faz igualmen-

te parte dos objectivos da SPED,

assim como o estabelecimento

de normas de treino e prática

em endoscopia digestiva e o

desenvolvimento de actividades

de educação tendo em vista o

aperfeiçoamento dos médicos e

outros técnicos.

É tendo em atenção estes ob-

jectivos que a SPED, agora sob a

chancela das “Publicações SPED”,

desenvolve toda a sua actividade

editorial, visando distribuir infor-

mação dirigida não só a médicos

e a outros profissionais na área

da saúde, mas também à popula-

ção em geral.

Assim, são editadas publicações

periódicas e não periódicas. O

destaque vai para o ENDOnews.

Trata-se de uma publicação pe-

riódica trimestral que, com uma

tiragem de dez mil exemplares,

se afirma como a publicação pe-

riódica de conteúdo médico de

maior tiragem no país. É dirigida

às especialidades de Medicina

Geral e Familiar, Gastrentero-

logia, Medicina Interna, Cirurgia

e Reumatologia, tendo já sido

publicados 24 edições. O seu

conteúdo poderá ser definido

como de natureza geral e médica,

englobando desde entrevistas a

temas de revisão e casos clínicos,

bem como informações úteis e

reportagens sobre reuniões cien-

tíficas. Também no contexto das

publicações periódicas é de as-

sinalar a colaboração regular na

publicação bimestral “GE - Jornal

Português de Gastrenterologia”,

órgão oficial da Sociedade Portu-

guesa de Gastrenterologia.

No âmbito das publicações não

periódicas destacam-se as “Re-

comendações” que, em núme-

ro superior a vinte, algumas das

quais já em fase de actualização,

mais não são do que guias prá-

ticos de orientação para mé-

dicos que executam técnicas

de endoscopia digestiva, e que

S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a

Afirmação Internacional

da SPED

Quo Vadis, Colonografia por

Tomografia Computorizada?

Qualidade em Endoscopia Digestiva Da formação à Prática: Que Futuro?

Curso de Metodologias de

Análise e Comunicação Científica (MACC): o Primeiro Round

P u b l i c a ç ã o p e r i ó d i c a t r i m e s t r a l d e i n f o r m a ç ã o g e r a l e m é d i c a • D i r e c t o r : Jo s é M a n u e l R o m ã o z i n h o • w w w. s p e d . p t

N.º24 • Outubro/Dezembro 2008

Publ icação per iódica t r imest ra l de in for mação gera l e médica • Di rec tor : Venâncio Mendes • Preço : 1 ,50€ ( IVA inc lu ído)

N. º18 • Ab r i l / J unho 2007

Resultados do Inquérito à

Prática da Endoscopia Digestiva

em Portugal

Train the Trainers em Portugal

Cuidados Intensivos em

Gastrenterologia: a Propósito dos

15 anos da UCIGE nos HUC

4º Curso Nacional

de Endoscopia Digestiva

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A Actividade Editorial da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

através do seu site www.sped.pt faz-se apresentar

ao público em geral e à comunidade médica. O site

tem evoluído de acordo com as mais modernas

tecnologias, para isso contando com os Serviços

de uma empresa líder nesta área e com o indispen-

sável apoio da indústria farmacêutica.

A sua estrutura tem vindo a reflectir as mais di-

versas actividades. O site apresenta habitualmente

cada dois anos ou sempre que oportuno uma men-

sagem do seu presidente e mantém presente uma

nota histórica que inclui a descrição dos Corpos

Sociais desde a sua fundação em 1979. Surge como

montra das principais organizações em agenda e

mantém uma área de comunicação com o público.

Especial destaque ocupou a promoção das campa-

nhas de promoção da ideia do rastreio do cancro

colo-rectal, área central da actuação da SPED nos

últimos anos.

Mais recentemente, o site sofreu dois pontos de re-

novação. Por um lado, uma modificação completa

do layout, com a activação de uma primeira página

de principais destaques e mais recentemente com

a modificação do logótipo da SPED.

Por outro lado, a procura da proximidade com

os sócios foi e será um objectivo fundamental

deste Editor, primeiro através de uma área com

acesso restrito a sócios da SPED onde informa-

ção específica e privilegiada está disponível, por

exemplo, através do link à versão electrónica do

jornal Endoscopy ou acesso a um

webmail da SPED. Depois, pela

criação do Corpo Editorial do

site, que envolvendo agora seis

elementos de diversos hospitais

exteriores à própria Direcção da

SPED, pretende trazer para o site

os sócios através de actividades

de discussão de casos clínicos

ou temas endoscópicos. Através

destas actividades poderá resultar

a criação de material pedagógico

relevante para a formação dos

próprios sócios e ter as bases

para futuras actividades de redac-

ção de textos de recomendação

ou de outra índole.

Um objectivo futuro será replicar esta experiên-

cia para a restante comunidade médica e para o

público com a criação de grupos de discussão de

doentes e com outras especialidades.

Bem-vindos ao site... Participem...

Corpo Editorial do Site:

Mário Dinis Ribeiro, Carla Rolanda,

Pedro Reis Pereira, Nuno Mesquita,

Rolando Pinho, Pedro Amaro, Miguel Areia

www.sped.pt

abrangem temas tão diversos

como hemostase endoscópica e

consentimento informado, pas-

sando pelo rastreio do carcino-

ma do cólon e recto, tratamen-

to endoscópico das estenoses

esofágicas, actuação na ingestão

de corpos estranhos, displasia

epitelial gástrica, endoscopia

em idade geriátrica, gastrosto-

mia/jejunostomia percutânea

endoscópica, atitudes endoscó-

picas na litíase biliar, preparação

e monitorização em Endoscopia

Digestiva e analgesia e sedação

em endoscopia digestiva, entre

outros. Com outro alvo, e com

o formato de livro de bolso, a

Sociedade Portuguesa de Endos-

copia Digestiva edita as “Mono-

grafias Clínicas”. Trata-se de pu-

blicações não periódicas dirigidas

aos médicos de Medicina Geral e

Familiar e que têm como objec-

tivo fornecer, de forma prática e

clara, informação relativamente

a temas correntes na área da

Gastrenterologia. Os “Temas de

Revisão”, dirigidos aos internos

e especialistas de Gastrenterolo-

gia, e “O que deve saber sobre”,

com informação diversa dirigida

ao público em geral, completam

o leque de publicações não pe-

riódicas da SPED.

A pretexto da comemoração

próxima dos trinta anos da

SPED, a sociedade vai editar um

atlas de Endoscopia Digestiva.

Tal é possível graças ao vasto

material iconográfico disponível,

fruto de 14 edições do “Prémio

de fotografia endoscópica”. Este

concurso, com periodicidade

anual, visa escolher e premiar a

melhor fotografia endoscópica

enviada pelos médicos concor-

rentes. Trata-se de um concurso

com elevada participação, sendo

o número de trabalhos admitidos

a concurso habitualmente supe-

rior a cem. O atlas, organizado

por segmentos do tubo digesti-

vo, mas também por patologias,

terá por base o supracitado ma-

terial fotográfico que será acom-

panhado, em cada imagem, por

um pequeno texto explicativo.

A produção de newsletters para

publicação na revista “Endos-

copy”, órgão oficial da Europe-

an Society of Gastrointestinal

Endoscopy, é parte integrante

da estratégia editorial da SPED,

sendo esta uma das vias de que

a Sociedade dispõe para dar a co-

nhecer a sua actividade e apre-

sentar trabalho científico.

Pedro N. Figueiredo

Coordenador da Comissão Editorial da

Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

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Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva – SPED

A Assembleia-Geral fundadora da So-ciedade Portu-

guesa de Endoscopia Digestiva (SPED) decorreu na Sala de Fi-siologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no dia 7 de Julho de 1979.A eleição da primeira Direc-ção, encabeçada por António

Catita, teve lugar no Porto, em Novembro de 1979. Nesta Assembleia-Geral foram igual-mente aprovados os Estatutos e fixada a primeira quota em 500$00 (2,50 Euros).Desde então decorreram 30 anos. Neste espaço de tempo, a Sociedade cresceu e implantou-se na comunidade gastrenterológi-ca nacional, sendo hoje um or-ganismo actuante que pretende cumprir os ideais da sua fundação, expressos nos seus Estatutos.Para que melhor se entenda o que tem sido o percurso da SPED, pedimos que nos acompa-nhem numa breve retrospectiva. No início da década de 1980, em

conjunto com a Sociedade Por-tuguesa de Gastrenterologia, or-ganizou-se o primeiro Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva.Em 1983 foi organizada a primei-ra Reunião Regional de Endosco-pia Digestiva e, em 1984, a nossa Sociedade participou activamen-te no Congresso Internacional de Gastrenterologia e Endos-copia Digestiva. Este evento, da responsabilidade do Prof. Dr. Carrilho Ribeiro, que recente-mente nos deixou, além de ter dado visibilidade à gastrente-rologia portuguesa, no aspecto científico e organizativo, permi-tiu, com as receitas alcançadas,

António Catita, primeiro presidente da SPED

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Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva – SPED

adquirir a actual Sede Social.Foi, no entanto, a partir de 1990, mercê de um conjunto de ini-ciativas levadas a efeito, que a SPED desenvolveu as estruturas fundamentais da actividade que hoje em dia tem. Surgiu então o Boletim Informativo de SPED e deu-se início à recolha de mate-rial para a Videoteca.No que se refere à área da en-doscopia digestiva, e como uma das maiores preocupações da Sociedade tem sido proporcio-nar formação, foram organizadas várias reuniões científicas, sendo de destacar as Reuniões Nacio-nais de Endoscopia Digestiva, os Cursos Práticos de Endoscopia

Digestiva, acções de formação para médicos de Medicina Geral e Familiar e alguns simpósios, o último dos quais intitulado: “Qualidade em Endoscopia Diges-tiva: da formação à prática – Que futuro?”, contou com a presença de grandes personalidades na-cionais e estrangeiras.Em 1995, com o objectivo de estimular a aquisição de imagens endoscópicas, foi criado o Prémio de Fotografia Endoscópica, que tem sido um verdadeiro êxito, a avaliar pelo número de trabalhos que nos têm chegado. Nos últi-mos anos tem ultrapassado a cen-tena. É com base em todo este rico espólio que, recentemente,

se editou um Atlas de Endoscopia Digestiva que irá constituir mais um documento de consulta para os nossos associados.Na sequência da primeira bolsa de estudo criada ainda na déca-da de 1980, promovemos, anual-mente, uma Bolsa de Investigação e uma Bolsa de Estágio que pre-tende ajudar os sócios que quei-ram aprender ou aperfeiçoar téc-nicas endoscópicas em Serviços de Gastrenterologia portugueses ou estrangeiros.Por outro lado, à semelhança do que fazem as suas congéneres, a SPED iniciou a edição de Reco-mendações que visam estabele-cer e actualizar normas orienta-

doras para uma melhor prática do acto endoscópico.Ainda no que se refere às publi-cações, agora aglutinadas sob a chancela das “Publicações SPED”, é de referir que, além das publica-ções periódicas e não periódicas, designadamente o ENDOnews, do qual falaremos mais adiante, desde 1996 que colaboramos activamente na edição de uma revista de gastrenterologia, o GE – Jornal Português de Gastrente-rologia, que é actualmente o ór-gão oficial das duas Sociedades e distribuímos, gratuitamente, aos sócios, desde o ano de 2000, a revista Endoscopy, que é o órgão oficial da Sociedade Europeia de

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José Manuel RomãozinhoPresidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

acrescerá a cunhagem de uma medalha alusiva ao evento e, ainda, a actualização do “velho” logótipo da SPED.É consabido que os aniversários propiciam geralmente um exercício de reflexão sobre os tempos futuros. A este propósito, e pa-rafraseando o título de um editorial de um número muito recente de uma prestigiada revista científica, “O futuro da endoscopia digestiva é brilhante”. Com efeito, é possível antecipar, sem ser visionário, que dos dados microscópicos dos dias de hoje passar-se- -á, num porvir não muito longínquo, para a aquisição de imagens a nível molecular, o que irá permitir observar, quase em si-multâneo, a distribuição espacial de vários parâmetros biológicos, incluindo diferentes expressões dos genes.Antes, porém, haverá que assimilar o impres-sionante surto de desenvolvimento que a en-doscopia tem vindo a conhecer desde o início do presente milénio, resultante dos avanços registados na miniaturização, na robótica e nos processos óptico e electrónico de aquisição e tratamento da ima-gem, os quais possibilitaram, nomeadamente, a realiza-ção de exames cada vez menos invasivos com as vídeo-cápsulas, a obtenção de informa-ção microscópica em tempo real mediante os chamados méto-dos de biopsia óptica, e, bem assim, a execução de intervenções terapêuticas transviscerais por ecoendoscopia e através dos orifícios naturais.Estes desenvolvimentos terão que se re-flectir, necessariamente, no processo de educação pós-graduada, tanto no que se refere à formação profissional dos internos

da especialidade, como no que respeita à actualização e reciclagem de conhecimentos dos especialistas. Com efeito, é curial que as instituições e estruturas a quem compete regular e promover a formação gastrente-rológica pós-graduada – incluindo, o colégio da especialidade e as sociedades científicas, mas também os serviços e as comissões de internato hospitalares – se articulem, de forma a poder ser levado à prática, no cur-to prazo, o ensino/aprendizagem das novas competências e capacidades que os referidos avanços na endoscopia digestiva reclamam, designadamente, nas áreas da anatomia- -patológica, imagiologia e técnica cirúrgica. Se nós, gastrenterologistas, não o fizermos, outros o farão por nós…Neste particular, a actual Direcção da SPED tem um projecto que lhe é muito caro: a criação – em parceria com hospitais, univer-sidades, institutos superiores e sociedades científicas afins, e o indispensável patrocínio de empresas e fundações da área da saúde

– de um “Centro de Investigação, De-senvolvimento e Treino em En-

doscopia”, onde seja possível realizar pesquisa transla-

cional e promover avan-ços tecnológicos, assim como levar a cabo ac-ções de formação, no campo da endoscopia diagnóstica e terapêu-

tica, enquanto discipli-na comum a várias áreas

do conhecimento médico. Vontade existe, massa crítica

também, falta apenas uma vertente, infelizmente muito difícil de conseguir no

tempo de vacas magras que se vive – o neces-sário e indispensável suporte financeiro. Aqui se deixa o toque a reunir para todos quantos desejem participar neste projecto.

A Sociedade Portuguesa de En-doscopia Digestiva (SPED) co-memora este ano seis lustros

de vida, nascida que foi em Coimbra, no dia 7 de Julho de 1979. Desde a sua fundação – inspirada na criação, um decénio e meio antes, da European Society of Gastrointestinal Endoscopy – até aos dias de hoje, a SPED alcançou uma situação patrimonial invejável a par dum prestígio científico sobejamente re-conhecido dentro de portas e em crescendo a nível internacional. Honra e mérito, pois, dos associados da SPED, e, muito em particular, de todos quantos na Direcção, Assembleia Geral ou Conselho Fiscal, deram o melhor de si próprios em prol do engrandecimento da Sociedade.Para assinalar tão jubilosa data, a actual Direc-ção da SPED irá organizar um jantar comemo-rativo, para o qual convidou todos os mem-bros, antigos e actuais, dos Corpos Sociais da Sociedade. Para além disso, e aproveitando o valioso espólio aportado pelo Prémio de Fotografia Endoscópica, será dado à estam-pa um Atlas de Endoscopia Digestiva, a que

A Propósito dos 30 Anos de Vida da SPED

Editorial

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Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva – SPED

A Assembleia-Geral fundadora da So-ciedade Portu-

guesa de Endoscopia Digestiva (SPED) decorreu na Sala de Fi-siologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no dia 7 de Julho de 1979.A eleição da primeira Direc-ção, encabeçada por António Catita, teve lugar no Porto,

em Novembro de 1979. Nesta Assembleia-Geral foram igual-mente aprovados os Estatutos e fixada a primeira quota em 500$00 (2,50 Euros).Desde então decorreram 30 anos. Neste espaço de tempo, a Sociedade cresceu e implantou-se na comunidade gastrenterológi-ca nacional, sendo hoje um or-ganismo actuante que pretende cumprir os ideais da sua fundação, expressos nos seus Estatutos.Para que melhor se entenda o que tem sido o percurso da SPED, pedimos que nos acompa-nhem numa breve retrospectiva. No início da década de 1980, em conjunto com a Sociedade Por-

tuguesa de Gastrenterologia, or-ganizou-se o primeiro Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva.Em 1983 foi organizada a primei-ra Reunião Regional de Endosco-pia Digestiva e, em 1984, a nossa Sociedade participou activamen-te no Congresso Internacional de Gastrenterologia e Endos-copia Digestiva. Este evento, da responsabilidade do Prof. Dr. Carrilho Ribeiro, que recente-mente nos deixou, além de ter dado visibilidade à gastrente-rologia portuguesa, no aspecto científico e organizativo, permi-tiu, com as receitas alcançadas, adquirir a actual Sede Social.António Catita, primeiro presidente da SPED

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Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva – SPED

Foi, no entanto, a partir de 1990, mercê de um conjunto de ini-ciativas levadas a efeito, que a SPED desenvolveu as estruturas fundamentais da actividade que hoje em dia tem. Surgiu então o Boletim Informativo de SPED e deu-se início à recolha de mate-rial para a Videoteca.No que se refere à área da en-doscopia digestiva, e como uma das maiores preocupações da Sociedade tem sido proporcio-nar formação, foram organizadas várias reuniões científicas, sendo de destacar as Reuniões Nacio-nais de Endoscopia Digestiva, os Cursos Práticos de Endoscopia Digestiva, acções de formação

para médicos de Medicina Geral e Familiar e alguns simpósios, o último dos quais intitulado: “Qualidade em Endoscopia Diges-tiva: da formação à prática – Que futuro?”, contou com a presença de grandes personalidades na-cionais e estrangeiras.Em 1995, com o objectivo de estimular a aquisição de imagens endoscópicas, foi criado o Prémio de Fotografia Endoscópica, que tem sido um verdadeiro êxito, a avaliar pelo número de trabalhos que nos têm chegado. Nos últi-mos anos tem ultrapassado a cen-tena. É com base em todo este rico espólio que, recentemente, se editou um Atlas de Endoscopia

Digestiva que irá constituir mais um documento de consulta para os nossos associados.Na sequência da primeira bolsa de estudo criada ainda na déca-da de 1980, promovemos, anual-mente, uma Bolsa de Investigação e uma Bolsa de Estágio que pre-tende ajudar os sócios que quei-ram aprender ou aperfeiçoar téc-nicas endoscópicas em Serviços de Gastrenterologia portugueses ou estrangeiros.Por outro lado, à semelhança do que fazem as suas congéneres, a SPED iniciou a edição de Reco-mendações que visam estabele-cer e actualizar normas orienta-doras para uma melhor prática

do acto endoscópico.Ainda no que se refere às publi-cações, agora aglutinadas sob a chancela das “Publicações SPED”, é de referir que, além das publica-ções periódicas e não periódicas, designadamente o ENDOnews, do qual falaremos mais adiante, desde 1996 que colaboramos activamente na edição de uma revista de gastrenterologia, o GE – Jornal Português de Gastrente-rologia, que é actualmente o ór-gão oficial das duas Sociedades e distribuímos, gratuitamente, aos sócios, desde o ano de 2000, a revista Endoscopy, que é o órgão oficial da Sociedade Europeia de Endoscopia Digestiva (ESGE).

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Por outro lado, a criação do nos-so site www.sped.pt, uma mais--valia significativa, permitiu uma melhor comunicação com todos

os sócios e população em geral (cerca de 2.000 visitas mensais).Ao nível das relações internacio-nais, os primeiros passos foram dados, ainda na década de 1980, com o estabelecimento de con-tactos com as Sociedades congé-neres de Espanha, França, Japão e Brasil. Actualmente, mantemos relações com várias Sociedades estrangeiras através das organiza-ções internacionais a que perten-cemos. Somos membros da ESGE e da Organização Mundial de En-doscopia Digestiva (OMED). Es-tamos, pela primeira vez, repre-sentados ao nível do Governing Board da ESGE, por um membro

indicado pela SPED. Permitam- -me que recorde aqui, a satisfação com que teria ficado o Dr. Car-los Pinho, que recordamos com

saudade, ele que elegeu como um dos nossos objectivos principais este mesmo ponto. Também têm sido mantidos contactos com os nossos colegas de Angola e Mo-çambique, na esperança de ajudar à constituição de Sociedades de Endoscopia Digestiva.Uma palavra, ainda, para o grande contributo que deram à forma-ção e treino de vários gastrente-rologistas portugueses, grandes figuras da gastrenterologia inter-nacional, que temos a honra de contar como nossos Sócios Ho-norários: Marti Vicente, Rudolph Cheli, Meinard Classen, Claude Liguori, Gouveia Monteiro, Mi-

chel Cremers e Javier Piqueras.Em 1998, por solicitação da ESGE, a Direcção da SPED participou numa reunião sobre a prevenção

do cancro do cólon. Foi assim que se deu início a um projecto que tem sido um dos marcos mais importantes da nossa existência. Podemos, mesmo, afirmar que nesta matéria fomos pioneiros.Começámos pela divulgação de ideias junto dos gastrenterologis-tas e clínicos gerais, tendo nasci-do, para o efeito, o ENDOnews. Sim, este mesmo que estão agora a ler. Candidatámo-nos a progra-mas de ajudas financeiras, de fun-dos europeus, como o Programa Saúde XXI, tendo obtido verbas necessárias ao fomento de acções de campanha. Criámos um sím-bolo, o TINO e um logótipo que

associámos a todas as acções. Ad-quirimos um stand próprio que se desloca às reuniões científicas e congressos para efectuar acções de propaganda. Em 2001, 2002 e 2003 organizaram-se sessões pú-blicas, espectáculos e linhas azuis de informação ao público.Como corolário dos nossos es-forços, tivemos a satisfação de ver aparecer em vários distritos de Portugal acções de rastreio que a SPED sempre acarinhou e pro-curou valorizar. Vamos manter a sensibilização das populações, pois sabemos que a mobilização de médicos e populações exige uma atitude continuada e persistente.Ao fim de 30 anos de vida pode-mos, sem dúvida, afirmar que so-mos uma Sociedade adulta, com linhas de actuação bem definidas e projectos concretos e inova-dores. Estamos completamente inseridos no meio gastrenteroló-gico nacional e vamos cumprindo, paso a passo, todos os objectivos delineados pelos sócios fundado-res. Aquele grupo de jovens gas-trenterologistas que há 30 anos entendeu lançar-se na aventura da constituição de uma associa-ção de endoscopia digestiva, a que mais tarde se juntaram ou-tros, foi crescendo, bem enqua-drado por grandes presidentes, secretários-gerais trabalhadores, tesoureiros rigorosos e vogais empreendedores, até construir o que somos hoje em dia.Devemos sentir orgulho e man-ter os princípios que nos têm norteado: espírito aberto, ca-pacidade de trabalho, liderança e persistência.A todos os que fizeram e fazem parte dos Órgãos Sociais da SPED devemos estar agradecidos pelo extraordinário contributo que deram para que a nossa So-ciedade nascesse, crescesse e se tornasse naquilo que hoje repre-senta para todos nós.

Bento de Albuquerque CharruaVogal da Direcção da Sociedade Portuguesa

de Endoscopia Digestiva

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Rastreio do Cancro do Cólon e Recto

Historial de 10 Anos na Vida da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

IntroduçãoO cancro do cólon e recto (CCR) continua a representar em Portugal um grave problema de saúde pública.A elevada incidência, constituin-do a “primeira causa de morte por tumor maligno”, a existên-cia de factores de risco acrescido bem definidos e a identificação da lesão precursora, são parâmetros que validam de forma incontes-tável o benefício de estabelecer e desenvolver um programa na-cional de rastreio.Torna-se angustiante e até frustrante pensar que todos os anos, mais de 3.000 portugue-ses morrem por CCR, mortes na sua maioria evitáveis se o rastreio do cancro colo-rectal fosse uma realidade.Gostaríamos de louvar um crescente empenho dos órgãos dirigentes da Saúde na imple-mentação e desenvolvimento do rastreio do cancro da mama e do colo do útero, mas assisti-mos com perplexidade, ao “es-quecimento” destes responsáveis no que respeita ao rastreio do CCR, que se provou em análise custo-benefício, ser o único que permite “poupar dinheiro”.Foram dez anos (continuam a ser) em que a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED), empenhou muito do seu labor, em campanhas de sensibilização junto da população em geral, profissionais de saúde e também Ministério da Saúde, mostrando de uma forma evidente e convin-cente, a premência de instituir um Programa de Rastreio do Cancro Colo-rectal em Portugal.Por parte de quem rege os desti-

nos da Saúde, o que infelizmente temos observado são acções de mera propaganda, sem qualquer resultado prático, esquecendo muitas vezes saber ouvir quem detém o saber da prática e da realidade. Ao defender métodos como a pesquisa de sangue ocul-to nas fezes e assim, continuar a falar de diagnóstico precoce, tornam evidente o que acabá-mos de referir.O grande objectivo de um pro-grama de rastreio do CCR é, actualmente, a prevenção e não o diagnóstico precoce. Os méto-dos endoscópicos são os únicos que permitem o diagnóstico e a remoção dos pólipos e assim, reduzir simultaneamente e de forma significativa a mortalidade e a incidência do CCR.Perante a total passividade da tutela, a SPED tomou a seu car-go instituir um programa-piloto de rastreio do cancro do cólon e recto, actualmente a decorrer em oito centros a nível nacional.

“Fazer história não pode só significar lembrar o passado, mas também alertar para o presente”Só quem, como nós, teve opor-tunidade de compulsar todos as actas das reuniões da Direcção da SPED, desde Janeiro de 1998 até ao momento actual, pode ter a noção da intensa actividade desenvolvida para sensibilizar a sociedade em geral, sempre com o objectivo de incrementar um programa de rastreio do cancro colo-rectal em Portugal.Torna-se inviável fazer história sem personagens, mas como em todas as histórias “vivem” os

bons e os maus.As boas personagens, são todos os membros das Direcções, pre-sididas por: Paula Alexandrino, Carlos Pinho, Hermano Gouveia, Nobre Leitão, J. Manuel Romão-zinho e nós próprios.Foram dez anos, na vida da SPED, em que todos os membros da Direcção se entregaram de um modo entusiasmado e activo, desdobrando-se em múltiplas campanhas de sensibilização, com vertentes distintas, conforme a população-alvo a que se dirigiam. Não se pode escamotear a ver-dade, correndo-se o risco de uma história inverídica. A verda-de desta história mostra que as personagens ”menos boas” são os organismos que presidem aos desígnios da Saúde neste país, com quem mantivemos múlti-plos contactos que se mostra-ram totalmente infrutíferos e inconsequentes.Não queremos ser fastidiosos, mas parece-nos de toda a justi-ça, lembrar de um modo sucinto todo o trabalho, que foi e conti-nua a ser desenvolvido.Consideramos o mês de Janeiro de 1998 como o marco inicial de todo o processo. Na realidade, foi nessa data que a ESGE enten-deu pedir a colaboração da SPED, com o objectivo de definir as li-nhas orientadoras de uma cam-panha de esclarecimento público.Na sequência deste contacto, aconteceu em Hamburgo uma reunião em que estivemos re-presentados, juntamente com mais 26 países.Definiram-se algumas regras bá-sicas a que esta campanha deve-ria obedecer: campanha a longo

prazo, com desenvolvimento de estratégias regionais e angariação de parceiros e patrocinadores.Em Julho de 1998 foi criada, em reunião de Direcção, a primeira comissão específica para a cam-panha de rastreio do cancro do cólon e recto. Foi a partir dessa data que come-çou verdadeiramente a campa-nha, com o objectivo de sensibi-lizar não só a população em geral, mas também os profissionais de Saúde e o Ministério da Saúde.Ainda no ano de 1998 iniciou-se, na prática, o desenvolvimento da campanha: o lançamento da campanha, anunciado na reunião comemorativa dos 20 anos da Sociedade, foi assinalado pela publicação de um artigo na re-vista “Mundo médico”, versando a prevenção do CCR, o contac-to com o Núcleo de Gastrente-rologia dos Hospitais Distritais (NGHD) e a publicação de re-comendação da SPED, “Rastreio do carcinoma do cólon e recto”.Desde então, foram muitas e variadas as iniciativas da nossa Sociedade, desdobrando-se em múltiplas acções de sensibilização, só possíveis graças ao espírito de dádiva e colaboração que sempre presidiu nos corpos directivos.Permitimo-nos destacar:Inúmeras reuniões científicas com médicos de Clínica Geral e Medicina Familiar, não só em Portugal Continental, mas tam-bém nos Açores e Madeira;Apresentação do tema “Rastreio do Cancro Colo-rectal” em múl-tiplas reuniões e congressos: Congressos Nacionais de Gas-trenterologia e Endoscopia Di-gestiva, Congresso Nacional da

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Rastreio do Cancro do Cólon e Recto

Historial de 10 Anos na Vida da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

Sociedade de Colo-Proctologia, Reunião Anual do NGHD, Reu-nião Norte de Medicina Interna, Jornadas Galaico-Lusas de Endos-copia Digestiva, Reunião Anual da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral;Publicação de inúmeros artigos, textos e editoriais, versando o tema, não só em revistas de ín-dole científica, mas também em órgãos de comunicação social visando fundamentalmente a po-pulação em geral. A colaboração estabelecida com os meios de comunicação social não se limi-tou à imprensa escrita, sendo os membros das várias Direcções da SPED convidados a participar, por diversas vezes, em progra-mas de rádio e televisão;Todas estas acções de sensibili-zação, quer junto dos profissio-nais, quer da população em geral, tiveram o apoio de empresas de marketing e imagem. A criação da mascote “TINO” e do logó-tipo da campanha, bem como a emissão de brochuras e desdo-bráveis com banda desenhada, foram suporte fundamental ao êxito da mesma. Foram também projectados e elaborados dois stands, um destinado aos profis-sionais da Saúde, outro visando a população em geral, que conti-nham informação alertando para o risco de CCR, os métodos de rastreio e o benefício inegável de um programa de rastreio. Estes stands eram expostos, servindo de apoio informativo não só em reuniões médicas, mas também em acções de sensibilização junto da população;Em consonância com a ESGE, criou-se o Dia Europeu de Luta

Contra o Cancro do Cólon, mais tarde Dia Nacional do Intestino “3 de Novembro”. Neste dia e ao longo dos anos, para sensibilizar a população, realizaram-se acções de rua sempre com a distribuição de brochuras informativas, bo-nés, t-shirts e porta-chaves. Não

só neste dia, mas também em outras ocasiões, merecem-nos destaque as iniciativas realizadas na Madeira, nos Açores, em Mi-randela, no Porto, em Lisboa, em Setúbal e Leiria;Foram estabelecidos múltiplos contactos com os órgãos diri-

gentes da Saúde: Administrações Regionais, Coordenação da Co-missão Oncológica, Assembleia da República, Ministério e Secre-taria de Estado;Todas estas iniciativas só se tor-naram possíveis graças à colabo-ração de empresas e indústrias

farmacêutica, tecnológica e ali-mentar. Gostaríamos de realçar o valioso contributo do Progra-ma Saúde XXI, concedido após candidatura apresentada pela Direcção da SPED em 2003;Sempre foi objectivo dos Órgãos Directivos da Sociedade Portu-

guesa de Endoscopia Digestiva pôr em prática um programa de rastreio do cancro colo-rectal. Perante a inércia do Ministério da Saúde, decidiu a SPED, por sua iniciativa, desenhar e imple-mentar um programa-piloto de rastreio, actualmente a decorrer em oito centros distribuídos de norte a sul do país. Estes centros funcionam em Serviços de Gas-trenterologia dos Hospitais: • Hospital de S. Marcos – Braga;• Hospital Padre Américo Vale

do Sousa;• Hospitais da Universidade de

Coimbra;• Centro Hospitalar das Caldas

da Rainha;• Hospital Amato Lusitano –

Castelo Branco;• Instituto Português de Onco-

logia de Lisboa;• Hospital Garcia da Orta – Al-

mada;• Hospital Litoral Alentejano –

Santiago do Cacém.Os resultados preliminares cor-respondentes ao primeiro de funcionamento foram já publica-dos no ENDOnews (n.º 22, 2008).De tudo o exposto, podemos concluir que a nossa Sociedade tudo fez pela implementação e desenvolvimento de um progra-ma de rastreio do cancro colo-rectal de âmbito nacional.Resta-nos esperar que o Minis-tério da Saúde enfrente de vez este gravíssimo problema de saúde pública, tornando o ras-treio do cancro do cólon e rec-to, uma realidade a curto prazo em Portugal.

Venâncio MendesCom a colaboração da Comissão de Rastreio

do Cancro Colo-Rectal da SPED

Page 10: Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 …S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 ANOS

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n . º 2 5 • J a n e i r o / M a r ç o 2 0 0 9

Prémio “Nós Lá Fora”

Helicobacter pylori genotypes in children from a population at high gastric cancer risk: no association with gastroduodenal histopathology.Costa Lopes AI, Palha A, Monteiro L, Olcastro M, Pelerito A, Fernandes A. Am J Gastroenterol. 2006;101:2113-22.

O júri do Prémio “Nós Lá Fora”, constituído pelo Editor do ENDOnews, Professor Pedro Figueiredo, e pelos Editores Adjuntos, Drs. Bento Charrua, Fernando Pereira e Isabelle Cremers, decidiu atribuir o prémio ao trabalho:

5 a 6 MARÇO5º Curso de Endoscopia / 6ª Reunião Nacional de Endoscopia Digestiva / Comemoração dos 30 anos da SPEDLocal: Auditórios dos HUC, CoimbraOrganização: SPEDWebsite: www.sped.pt

8 MARÇO3º Serão de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva (2008/2009) – “VIAS BILIARES E PÂNCREAS”Local: Sede da SPEDOrganização: SPEDWebsite: www.sped.pt

3 e 4 ABRIL12ª Reunião Anual da APEFLocal: Hotel Cascais MiragemOrganização: APEFWebsite: www.apef.com.pt

4 e 5 ABRIL24th Annual New Treatments in Chronic Liver DiseaseLocal: San Diego, EUA

20 ABRIL3º Serão de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva (2008/2009) – “INTESTINO DELGADO E CÓLON”Local: Sede da SPEDOrganização: SPEDWebsite: www.sped.pt

22 a 26 ABRIL44th Annual Meeting of the European Association for the Study of the Liver: EASL 2009Local: Copenhaga

24 e 25 ABRIL7as Jornadas Galaico-Lusas de Endoscopia DigestivaClube Endoscópico do Eixo AtlânticoLocal: Hotel Golf Balneário – Augas Santas, LugoCoordenação Portuguesa: Serviço de

Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPEWebsite: www.spg / www.sped.pt

30 MAIO a 4 JUNHODDW 2009 - Digestive Disease WeekLocal: Mccormick place: Chicago, EUA

18 a 20 JUNHOXXIX Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia DigestivaLocal: Sheraton Porto Hotel & Spa, PortoOrganização: SPG / SPEDWebsite: www.spg / www.sped.pt

23 a 28 OUTUBROACG 2009: American College of Gastroenterology Annual Scienitfic Meeting and Postgraduate CourseLocal: San Diego, EUAOrganização: ACG - American College of Gastroenterology

Agenda

A classificação obtida foi de 6,6 pontos.

Page 11: Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 …S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva 30 ANOS

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n . º 2 5 • J a n e i r o / M a r ç o 2 0 0 9

A Actividade Editorial da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

A Sociedade Portu-guesa de Endos-copia Digestiva

(SPED), constituída em 1979, é uma associação científica que congrega médicos e outros profissionais que praticam ou se interessam pela Endosco-pia Digestiva. Os objectivos da SPED incluem a promoção do desenvolvimento da Endoscopia Digestiva ao serviço da Saúde da população portuguesa, bem como a difusão de conhecimen-tos e a investigação nesta área médica. O incremento do inter-câmbio entre os vários profissio-nais, seja a nível nacional seja a

nível internacional, faz igualmen-te parte dos objectivos da SPED, assim como o estabelecimento de normas de treino e prática em endoscopia digestiva e o desenvolvimento de actividades de educação tendo em vista o aperfeiçoamento dos médicos e outros técnicos. É tendo em atenção estes ob-jectivos que a SPED, agora sob a chancela das “Publicações SPED”, desenvolve toda a sua actividade editorial, visando distribuir infor-mação dirigida não só a médicos e a outros profissionais na área da saúde, mas também à popula-ção em geral.

Assim, são editadas publicações periódicas e não periódicas. O destaque vai para o ENDOnews. Trata-se de uma publicação pe-riódica trimestral que, com uma tiragem de dez mil exemplares, se afirma como a publicação pe-riódica de conteúdo médico de maior tiragem no país. É dirigida às especialidades de Medicina Geral e Familiar, Gastrentero-logia, Medicina Interna, Cirurgia e Reumatologia, tendo já sido publicadas 24 edições. O seu conteúdo poderá ser definido como de natureza geral e médica, englobando desde entrevistas a temas de revisão e casos clínicos,

bem como informações úteis e reportagens sobre reuniões cien-tíficas. Também no contexto das publicações periódicas é de as-sinalar a colaboração regular na publicação bimestral “GE - Jornal Português de Gastrenterologia”, órgão oficial da Sociedade Portu-guesa de Gastrenterologia.No âmbito das publicações não periódicas destacam-se as “Re-comendações” que, em núme-ro superior a vinte, algumas das quais já em fase de actualização, mais não são do que guias prá-ticos de orientação para mé-dicos que executam técnicas de endoscopia digestiva, e que

S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a

Afirmação Internacional da SPED

Quo Vadis, Colonografia por Tomografia Computorizada?Qualidade em Endoscopia Digestiva Da formação à Prática: Que Futuro?

Curso de Metodologias de Análise e Comunicação Científica (MACC): o Primeiro Round

P u b l i c a ç ã o p e r i ó d i c a t r i m e s t r a l d e i n f o r m a ç ã o g e r a l e m é d i c a • D i r e c t o r : Jo s é M a n u e l R o m ã o z i n h o • w w w. s p e d . p t

N.º24 • Outubro/Dezembro 2008

Publ icação per iódica t r imest ra l de in for mação gera l e médica • Di rec tor : Venâncio Mendes • Preço : 1 ,50€ ( IVA inc lu ído)

N. º18 • Ab r i l / J unho 2007

Resultados do Inquérito à

Prática da Endoscopia Digestiva

em Portugal

Train the Trainers em Portugal

Cuidados Intensivos em

Gastrenterologia: a Propósito dos

15 anos da UCIGE nos HUC

4º Curso Nacional

de Endoscopia Digestiva

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A Actividade Editorial da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva através do seu site www.sped.pt faz-se apresentar ao público em geral e à comunidade médica. O site tem evoluído de acordo com as mais modernas tecnologias, para isso contando com os Serviços de uma empresa líder nesta área e com o indispen-sável apoio da indústria farmacêutica.A sua estrutura tem vindo a reflectir as mais di-versas actividades. O site apresenta habitualmente cada dois anos ou sempre que oportuno uma men-

sagem do seu presidente e mantém presente uma nota histórica que inclui a descrição dos Corpos Sociais desde a sua fundação em 1979. Surge como montra das principais organizações em agenda e mantém uma área de comunicação com o público. Especial destaque ocupou a promoção das campa-nhas de promoção da ideia do rastreio do cancro colo-rectal, área central da actuação da SPED nos últimos anos. Mais recentemente, o site sofreu dois pontos de re-

novação. Por um lado, uma modificação completa do layout, com a activação de uma primeira página de principais destaques e mais recentemente com a modificação do logótipo da SPED. Por outro lado, a procura da proximidade com os sócios foi e será um objectivo fundamental deste Editor, primeiro através de uma área com acesso restrito a sócios da SPED onde informa-ção específica e privilegiada está disponível, por exemplo, através do link à versão electrónica do

jornal Endoscopy ou acesso a um webmail da SPED. Depois, pela criação do Corpo Editorial do site, que envolvendo agora seis elementos de diversos hospitais exteriores à própria Direcção da SPED, pretende trazer para o site os sócios através de actividades de discussão de casos clínicos ou temas endoscópicos. Através destas actividades poderá resultar a criação de material pedagógico relevante para a formação dos próprios sócios e ter as bases para futuras actividades de redac-ção de textos de recomendação ou de outra índole.

Um objectivo futuro será replicar esta experiên-cia para a restante comunidade médica e para o público com a criação de grupos de discussão de doentes e com outras especialidades.Bem-vindos ao site... Participem...

Corpo Editorial do Site: Mário Dinis Ribeiro, Carla Rolanda, Pedro Reis Pereira, Nuno Mesquita,

Rolando Pinho, Pedro Amaro, Miguel Areia

www.sped.pt

abrangem temas tão diversos como hemostase endoscópica e consentimento informado, pas-sando pelo rastreio do carcino-ma do cólon e recto, tratamen-to endoscópico das estenoses esofágicas, actuação na ingestão de corpos estranhos, displasia epitelial gástrica, endoscopia em idade geriátrica, gastrosto-mia/jejunostomia percutânea endoscópica, atitudes endoscó-picas na litíase biliar, preparação e monitorização em Endoscopia Digestiva e analgesia e sedação em endoscopia digestiva, entre outros. Com outro alvo, e com o formato de livro de bolso, a Sociedade Portuguesa de Endos-copia Digestiva edita as “Mono-grafias Clínicas”. Trata-se de pu-blicações não periódicas dirigidas aos médicos de Medicina Geral e Familiar e que têm como objec-tivo fornecer, de forma prática e clara, informação relativamente a temas correntes na área da Gastrenterologia. Os “Temas de Revisão”, dirigidos aos internos e especialistas de Gastrenterolo-gia, e “O que deve saber sobre”, com informação diversa dirigida ao público em geral, completam o leque de publicações não pe-riódicas da SPED.A pretexto da comemoração próxima dos trinta anos da SPED, a sociedade vai editar um atlas de Endoscopia Digestiva. Tal é possível graças ao vasto material iconográfico disponível, fruto de 14 edições do “Prémio de fotografia endoscópica”. Este concurso, com periodicidade anual, visa escolher e premiar a melhor fotografia endoscópica enviada pelos médicos concor-rentes. Trata-se de um concurso com elevada participação, sendo o número de trabalhos admitidos

a concurso habitualmente supe-rior a cem. O atlas, organizado por segmentos do tubo digesti-vo, mas também por patologias, terá por base o supracitado ma-terial fotográfico que será acom-panhado, em cada imagem, por

um pequeno texto explicativo. A produção de newsletters para publicação na revista “Endos-copy”, órgão oficial da Europe-an Society of Gastrointestinal Endoscopy, é parte integrante da estratégia editorial da SPED,

sendo esta uma das vias de que a Sociedade dispõe para dar a co-nhecer a sua actividade e apre-sentar trabalho científico.

Pedro N. Figueiredo Coordenador da Comissão Editorial da

Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

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Investigação em Endoscopia em Portugal: a contribuição da SPED

À Sociedade Portu-guesa de Endos-copia Digestiva

cumpre promover e estimular a investigação na área da endosco-pia digestiva. Este desiderato tem estado pois reflectido na estrutu-ra da Sociedade, já que os seus corpos sociais se têm organizado de forma a, através de um gru-po de trabalho específico, con-cretizar esses objectivos. Esses grupos indissociáveis da restante orientação das diferentes Direc-ções têm: promovido a abertura regular das bolsas de investigação através da obtenção dos funda-mentais apoios financeiros; faci-litado a divulgação dos resulta-dos desses projectos e de outros programas dos sócios através dos espaços editoriais da SPED; promovendo projectos próprios da Direcção da SPED e desen-volvendo acções de formação no âmbito da metodologia científica.

Uma das áreas com maior im-portância, e que ocupa já uma importante data na programação das actividades de investigação dos Serviços Portugueses, tem sido a atribuição anual da Bolsa de Investigação [ver Tabela]. Este processo pressupõe um concur-so aberto a todos os sócios, re-visão por pares e anúncio público da sua atribuição. Estas bolsas, totalizando já cerca de 75.000 euros em termos de financia-mento, têm permitido investigar áreas diversas, desde a avaliação da ergonomia das unidades de endoscopia ou as complicações após procedimentos endoscópi-cos – áreas fundamentais e tão poucas vezes abordadas na lite-ratura científica –, às mais recen-tes preocupações da comunidade científica em termos de avaliação de tecnologias diagnósticas (cro-moendoscopia, endoscopia de ampliação e narrow-band imaging),

às novas fronteiras da terapêuti-ca endoscópica com a cirúrgica através da avaliação da cirúrgi-ca transendoscopica através de orifícios naturais (NOTES). Não menos importante, têm sido outros dois aspectos: a origem institucional dos projectos, que abrange Hospitais do Norte ao Sul do País, Centros especiali-zados, universitários e distritais; assim como resultados que per-mitiram a divulgação científica da nossa endoscopia em reuniões nacionais, internacionais, euro-peias ou americana e a publicação científica em artigo extenso em revistas internacionais.Estas actividades, bem como outros projectos de investiga-ção enquadráveis no âmbito da investigação no tubo digestivo, têm sido divulgados nos mais variados espaços editoriais da SPED. São exemplos o ‘Canto do Investigador’ do ENDOnews

(desde 2005) que regularmente enuncia os seus propósitos e re-sultados preliminares; o ‘espaço’ ‘Nós lá fora’ (desde 2008) que incentiva, através de um prémio, a divulgação das publicações dos nossos investigadores; e mais recentemente, a descrição dos resumos dos prémios atribuí-dos no Congresso Nacional de Gastrenterologia (2008) numa das newsletters que a SPED pode promover no jornal Endoscopy. Desta forma, a SPED pretende motivar outros grupos ou investi-gadores a continuarem e divulgar o seu trabalho.Da mesma fora, as próprias Direc-ções têm levado a cabo progra-mas de investigação. Salientam- -se um questionário à prática da endoscopia em Portugal (2005-2007) e o Estudo-piloto de ava-liação da colonoscopia esquerda no rastreio do cancro colo-rec-tal (2007-…). Os seus resulta-dos, definitivos ou preliminares, foram já igualmente enunciados em tempo oportuno.Outro aspecto tem sido a colabo-ração, por um lado, com estrutu-ras internacionais, designadamente a Comissão de Investigação da Eu-ropean Society for Gastrointestinal Endoscopy – através da promoção e impulso junto dos sócios para a participação em projectos euro-peus bem como tendo um ele-mento integrando essa Comissão –, e por outro, a edição primeira de um Curso de Metodologias de Análise e Comunicação Científica (MACC) em Setembro, no Porto, dirigido a internos de Gastren-terologia. A este nível podemos almejar que o futuro de investiga-ção científica em endoscopia seja de qualidade crescente.

Pela Comissão de Investigação: Mário Dinis Ribeiro

Ano Título Pincipal investigador

1999 A Cromoendoscopia no diagnóstico precoce das neoplasias malignas do esófago

Dr. Pedro Amaro (Hospitais de Universidade de Coimbra)

2000Avaliação da carga postural dos profissionais em endoscopia digestiva: o caso da Unidade de Endoscopia Digestiva do Hospital Garcia da Orta

Dr. João Freitas (Hospital Garcia da Orta)

2001 Acuidade da endoscopia de ampliação no diagnóstico de lesões associadas ao cancro gástrico

Prof. Doutor Mário Dinis Ribeiro (IPO Porto e Faculdade de Medicina da

Universidade do Porto)

2002Utilização de Novas Tecnologias da Informação na Avaliação de Modelos Diagnósticos de Lesões Gástricas: Práticas Actuais e Curva de Aprendizagem da Endoscopia de Ampliação

Prof. Doutor Mário Dinis Ribeiro (IPO Porto e Faculdade de Medicina da

Universidade do Porto)

2004Estudo prospectivo de complicações 30 dias após endoscopia digestiva alta e colonoscopia em ambulatório

Dr. Isabelle Cremers (Centro Hospitalar de Setúbal)

2005Desenvolvimento de Técnicas Endoscópicas para Cirurgia Abdominal Transvisceral

Drª Carla Rolanda (Hospital de São Marcos e Instituto de Ciências da Vida e da Saúde)

2006Narrow Band Imaging no diagnóstico de dosplasia em doentes com doença inflamatória do intestino

Dr. Pedro Reis Pereira (Hospital de São Marcos)

2007 Estudos de Stress Fisiológico e Imunológico em NOTES: Avaliação Pré-Clínica

Drª Carla Rolanda (Hospital de São Marcos e Instituto de Ciências da Vida e da Saúde)

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A SPED e os Cuidados de Saúde Primários

deparando com cada vez maior frequência.Outra característica do Médico de Família é a prestação dos seus serviços de forma mais isolada do que a dos Médicos da carreira hos-pitalar, pelo que estão mais sujeitos à erosão dos seus conhecimentos. Pensamos que o in-vestimento na nossa formação pós-graduada e continuada é fundamental para a requalifi-cação da nossa prática médica, contribuindo para a quebra do isolamento e do abandono

S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e E n d o s c o p i a D i g e s t i v a

Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

30 ANOS(1979 - 2009)

P u b l i c a ç ã o p e r i ó d i c a t r i m e s t r a l d e i n f o r m a ç ã o g e r a l e m é d i c a • D i r e c t o r : Jo s é M a n u e l R o m ã o z i n h o • w w w. s p e d . p t

N. º25 • J a ne i ro/Ma r ço 2009

ponibiliza, de qualidade muito variável, bem como a escassez do tempo de todos nós para a sua consulta.Parece-nos de grande relevância que as So-ciedades Científicas possam contribuir para a nossa formação médica contínua, ao promo-verem a selecção, a adaptação e a divulgação da informação à qual reconheçam mérito, contribuindo de forma decisiva para a sepa-ração do trigo e do joio com que nos vamos

A SPED completa em 2009 30 anos de actividade.A SPED é uma das Sociedades

Científicas Portuguesas que tem demonstra-do, pela sua prática, estar mais próxima dos profissionais da Medicina Familiar e do público em geral, relacionamento que importa salien-tar e se possível reforçar.Na nossa qualidade de Médico de Família, pretendemos contribuir com algumas su-gestões que possam dar o mote para uma participação mais alargada dos colegas de am-bas as especialidades, tendo por objectivo a identificação de iniciativas que permitam o estreitar da cooperação entre a SPED e a Medicina Familiar.A edição do ENDOnews e de folhetos infor-mativos sobre várias patologias gastrentero-lógicas, a organização de acções de formação dirigidas aos Médicos de Família, têm cons-tituído, a par com a publicação da maioria desta informação no site da SPED, actividade de elevado mérito na promoção da formação médica pré e pós-graduada, que importa man-ter e se possível reforçar.Sendo a Medicina Familiar uma especialidade generalista, obriga os profissionais a um esfor-ço acrescido de actualização de conhecimen-tos em múltiplas áreas da Medicina.Todos sabemos qual o volume de informação que diariamente a comunidade científica dis-

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que muitos Médicos de Família sentem no seu quotidiano. Somos de opinião que o pa-pel que a SPED tem vindo a desempenhar na divulgação e sensibilização junto da população

para alguns problemas de saúde, como por exemplo o do Cancro do Cólon e Recto, é de grande importância, podendo vir a contribuir de forma decisiva para aumentar a adesão da população a iniciativas de diagnóstico precoce a implementar junto da comunidade.Como pode a SPED reforçar o desempenho destes papéis de relevo junto dos Médicos de Família?Pensamos que a parceria Médico de Família/Gastrenterologista pode ser melhorada pela promoção da colaboração estreita dos res-pectivos Colégios de Especialidade da nossa Ordem e as organizações científicas da Me-dicina Familiar, com o objectivo da elabora-ção ou adaptação e divulgação de normas de orientação técnica, baseadas na evidência científica validada pelos seus profissionais.A organização de acções de formação con-tínua, descentralizadas, em que o programa científico seja o principal critério, seria facili-tador da adesão de colegas das várias regiões, o que para além da actualização técnico/cien-tífica permitiria um conhecimento mútuo das diversas realidades em que os profissionais desempenham as suas funções.As novas tecnologias de informação per-mitem novas oportunidades de comunica-ção que importa considerar e que podem contribuir para uma maior proximidade en-tre os colegas de ambas as especialidades. Considerar a produção de conteúdos for-mativos em formato digital (apresentações

temáticas, cursos em vídeo, newsletters), a formação à distância via internet (conteúdos com questionários de avaliação e emissão de certificados de valor curricular) ou ainda a

utilização de videoconferência (permitindo a rentabilização do tempo formativo, pela possibilidade da interacção que esta tecno-logia permite e a abrangência de múltiplos profissionais com um único formador num

mesmo tempo formativo), são exemplos das imensas oportunidades que se nos oferecem.O fomento e apoio à investigação médica cuja importância na promoção da qualidade dos

actos médicos nunca é demais salientar.O ENDOnews nem sempre tem chegado com regularidade ao nosso conhecimento. Após uma fase em que foi distribuído regularmente pelo correio, seguiu-se um período de grande irregularidade. Pensamos que a divulgação do ENDOnews pode ser melhorada, reforçando o seu papel de um espaço de encontro e de re-flexão, que pela sua independência, pela sólida formação e actualização científica dos seus pares e interlocutores promova a melhoria dos cuidados prestados aos nossos doentes.Também a actividade de divulgação pública de conteúdos de educação para a saúde deverá continuar a ser estimulada, contando natu-ralmente com a colaboração dos Médicos de Família para esse fim.Ficam, em tempo de aniversário, algumas ideias simples, geradoras de muitas e novas ideias, que postas em prática sejam potencia-doras de uma maior e melhor articulação en-tre as nossas especialidades, a bem da saúde dos nossos doentes e do prestígio de todos os profissionais.Parabéns à SPED.Parabéns, na pessoa do Senhor Presidente da Direcção da SPED, Professor Doutor José Manuel Romãozinho, a todos os colegas que com o seu esforço pessoal e empenho fizeram e fazem da SPED uma referência da Medicina Portuguesa.

José Carlos Marinho Médico de Família; USF Santa Joana - Aveiro

A SPED e os Cuidados de Saúde Primários

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A Endoscopia Pediátrica Hoje

Este ano comemora-se o trigésimo aniversário da Sociedade Portu-guesa de Endoscopia Digestiva

(SPED), sociedade adulta, jovem, pujante e com uma importância indiscutível no pano-rama médico nacional. Tem esta sociedade sabido acompanhar de forma atenta, empenhada e participativa, o constante desenvolvimento e aplicação práti-ca das técnicas endoscópicas mais modernas, aplicando-as à Medicina Nacional, oferecen-do assim aos portugueses a possibilidade de beneficiarem do que de mais actual se pode fazer nesta área da ciência.Tem sido igualmente sua preocupação ela-borar normas, recomendações e organizar reuniões e debates com outros profissionais, de forma a difundir por todos os centros as boas práticas da endoscopia moderna.Conseguiu nos últimos anos passar a estar representada ao mais alto nível da endosco-pia europeia através da eleição de um dos seus membros para a direcção da sociedade europeia.

Mas este ano também completa dois anos de existência a Secção Especializada de En-doscopia Pediátrica, que a SPED entendeu por bem criar durante a presidência do Dr.º Venâncio Mendes, reconhecendo a necessi-dade de integrar no seu seio os médicos que se vinham dedicando há já anos à endoscopia neste grupo etário muito especial.Como estabelece o seu regulamento, os principais objectivos desta secção especia-lizada passam pela promoção da prática da endoscopia digestiva na criança, a introdução das novas técnicas na prática pediátrica, zelar pela qualidade do acto endoscópico nos vá-rios grupos etários pediátricos, participar e impulsionar a formação e desenvolver inves-tigação própria ou em colaboração com ou-tras organizações nacionais ou internacionais que se dediquem à prática da endoscopia digestiva na criança.Como é sabido, o desenvolvimento técnico e científico dos últimos anos permitiu a apli-cação progressiva das técnicas endoscópicas de diagnóstico e terapêutica aos grupos etá-

rios pediátricos, recém-nascidos, crianças e adolescentes, que têm diferenças patológicas significativas entre si e necessidades técnicas especiais. Esta evolução acompanhou, natu-ralmente, a evolução da Pediatria em geral e a sua diferenciação e foram os pediatras mais dedicados à patologia digestiva que co-meçaram a sentir a necessidade de utilizar a endoscopia. Iniciou-se então, de forma pouco organizada e por iniciativa individual, a apren-dizagem por médicos pediatras junto dos ser-viços de Gastrenterologia, das técnicas en-doscópicas mais úteis às crianças. Começando pelas técnicas de diagnóstico e passando às de tratamento, que depois começaram progres-sivamente a praticar nos Serviços de Pediatria dos hospitais centrais nacionais. Posterior-mente, alguns Gastrenterologistas optaram por se dedicar especialmente a esta área da endoscopia, contribuindo também de forma importante para o seu desenvolvimento.Este movimento, juntamente com a evolu-ção do conhecimento da patologia digestiva pediátrica e do crescente número de doen-tes, conduziu à necessidade de criar uma su-bespecialidade Pediátrica nascendo assim a Gastrenterologia Pediátrica, reconhecida pela Ordem dos médicos e paralelamente nasceu a Secção Especializada de Endoscopia Pediátrica no âmbito da SPED, como já referimos.Estão assim dados os passos decisivos para a institucionalização da Gastrenterologia Pediátrica e da sua vertente endoscópica. É agora necessário criar e implementar planos de formação, escolher os centros idóneos para o ensino de novos especialistas e criar uma rede nacional de Serviços ou Unidades assistenciais, coerente e adequada às neces-sidades do país.Estes são os desafios que se lançam aos actuais e futuros Gastrenterologistas Pediátricos e às organizações científicas como a SPED, que serão seguramente capazes de lhes dar uma resposta adequada, com o mesmo êxito com que chegaram até aqui.

Fernando PereiraCoordenador da Secção Especializada de

Endoscopia Pediátrica

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Comissão de Educação Pós-Graduada/Contínua

go e a aproximação com nossas congéneres de grande prestígio deverá fazer progredir o nosso patamar de competência e quali-ficação educativas.Assim, e no caso da Medicina Geral e Familiar, promoveu-se a concretização do Programa de Formação em Gastrente-rologia para Médicos Clínicos Gerais, em parceria com a Socie-dade Portuguesa de Gastrente-rologia, que incluiu regularmen-te sessões clínicas na Sede das Sociedades, abordando temas que os próprios Clínicos Gerais seleccionaram como do maior relevo para a sua prática clínica. Este Programa foi complementa-do com os designados Sábados Gastrenterológicos e as Actu-alizações em Gastrenterolo-gia que, em realização regular e cuidadosamente calendarizada, tiveram forte pendor formativo sobre a Clínica Geral – e em que a sua apreciação avaliada em in-quérito foi extremamente favo-rável para o Corpo docente que nelas interveio, quer pelos temas quer pelas estratégias comunica-tivas apresentadas.Os Internos de Gastrenterolo-gia foram também alvo específico desta Comissão, sobretudo por se considerar que integram uma fase ideal para aprendizagem da realidade assistencial, científica e social da Endoscopia Digestiva. Foi muito estimulado o convite à participação destes futuros pro-tagonistas em diversas acções, tais como o Projecto Endotrai-ner e o Curso de Metodologia e Análise de Comunicação Científica (MACC).Nas Reuniões Endoclub Nord 2007 e 2008, bem como no Con-

privilegiar a Educação pós-Gra-duada, invariavelmente teria de haver grande articulação e inte-racção com a Comissão Editorial – em que naturalmente os pro-jectos editoriais se entroncariam com uma linha que privilegiasse a Formação e a Qualidade da Endoscopia – e com o Gabinete de Relações Internacionais – pois temos a convicção que o diálo-

Entendemos o universo da nossa actividade no sentido lato: con-sideramos assim os diferentes momentos de aprendizagem e do ensino em diversos planos de actuação consoante nos en-volvêssemos em Programas For-mativos para a Medicina Geral e Familiar, Internato de Especiali-dade e Especialistas no activo. Consideramos também que ao

Quando no Pro-jecto de Acti-vidades para o

biénio 2007-2009 da actual Di-recção da SPED se pôde inferir da preponderância e relevo que a actividade desta Comissão po-deria exprimir, elaborámos um conjunto de planos e concepções que pensámos poder reflectir e amplificar o âmbito da sua acção.

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Comissão de Educação Pós-Graduada/Contínua

gresso Nacional, o Endotrainer esteve presente em sala de apoio e proporcionou uma excelente experiência de contacto com es-tes modelos de simulação bioló-gica ex-vivo, a dezenas de Internos, que com a tutoria de endosco-pistas mais experientes, puderam actuar em diversas modalidades diagnósticas e terapêuticas.O Curso MACC, iniciado em Se-tembro de 2008, obteve também significada apreciação dos jovens Internos de Especialidade, pois não só a Metodologia do Ensino (com sessões teóricas e de exer-cícios individuais e em grupo) como os objectivos propostos conseguiram uma aproximação muito construtiva e enriquece-dora com a realidade mais aca-démica e científica da nossa área de intervenção.Para as gerações de gastrentero-logistas no activo pretendeu esta Comissão tentar ultrapassar os constrangimentos e heterogenei-dades que pudessem advir do fac-to de as realidades hospitalares e assistenciais terem vindo a sofrer modificação de ritmo incerto e por vezes inesperado, e que tem condicionado as preocupações de formação contínua inerente à própria actividade quotidiana da Endoscopia. Trabalhou-se essen-cialmente na edificação de pon-tes que permitam uma integração mais harmoniosa de todos estes conceitos formativos (cognitivos e práticos) nos profissionais as-soberbados pela sobrecarga de trabalho assistencial hospitalar e os requisitos de tarefas perma-nentes que pretendem assegurar a manutenção da sua competên-cia endoscópica. Identificou-se a área de intercâmbio internacional

como aquela que poderá lançar desafios mais criativos e qualifica-dos para os profissionais da En-doscopia Digestiva em Portugal. São exemplos destes laços que pretendemos que se fortaleçam no futuro, o intercâmbio privile-giado com a World Gastroen-terology Organization, e em particular o seu Comité Educa-tivo, com quem se estabelece-ram Projectos de Cooperação no âmbito do Programa Train the Trainers. Também o reforço da nossa posição no American College of Gastroenterology (ACG) e no seu Comité de Re-lações Internacionais, permitiu por exemplo a certificação e patrocínio pelo ACG do fulcral Simpósio sobre a Qualidade na Endoscopia que decorreu em Novembro de 2008.Salienta-se também que a Co-missão elaborou ainda a apre-sentação e recomendação de dois Internos para integrarem o Young Clinicians Program 2009, que decorrerá em Lon-dres associado ao Congresso Mundial, assim tentando pro-mover um envolvimento desde cedo dos novos formandos nou-tras mentalidades educativas.É nossa convicção que um Pro-jecto Educativo como o que foi tentado pôr em prática nestes anos cria condições para ter-mos em Portugal uma vivência endoscópica qualificada, em que haja espaço para abrir portas às mudanças adequadas, para sedi-mentar as virtudes já existentes e estabelecer compromissos com o futuro.

Guilherme MacedoCoordenador da Comissão de Educação Pós-Graduada/Contínua da Sociedade

Portuguesa de Endoscopia Digestiva

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Relatório da Comissão de Divulgação e Relações Institucionais

A Direcção da SPED, sob a Presidência do Prof. Doutor

José Manuel Romãozinho, para persecução dos seus objectivos, nomeadamente difundir a actuali-zação de ideias, conhecimentos e trabalhos em matéria de endos-copia digestiva e promover con-tactos e o intercâmbio nacional entre os diversos profissionais ligados à endoscopia digestiva e outras Sociedades Científicas, decidiu criar a Comissão de Di-vulgação e Relações Institucio-nais, de apoio à Direcção. Esta comissão é composta por: Dr. Luís Novais (coordenador), Dr. Dário Gomes e Dr. Fernando Pereira. Foram definidas as se-

guintes funções: apoiar a direc-ção da SPED nos contactos com outras Sociedades Científicas Nacionais, garantir os contactos com os meios de comunicação social e acompanhar, recolher e tratar informação noticio-sa com interesse para a SPED; definir políticas e estratégias de

comunicação e imagem; criar materiais informativos e pro-mocionais; organizar iniciativas que projectem a identidade da Sociedade e ajudem a divulgar as suas potencialidades.Quanto às relações com as ou-tras sociedades científicas é de realçar a excelente parceria com

a Sociedade Portuguesa de Gas-trenterologia e todas as activida-des convergentes, realçando os Congressos Nacionais, os Serões de Gastrenterologia e as acções de formação com a Medicina Geral e Familiar, bem como dos Internos de Gastrenterologia em Formação. Um dos pontos-alvo da acção da Direcção foi a cola-boração com a Medicina Geral e Familiar. Assim, foram realizadas várias sessões de formação em todo o país e a Direcção este-ve representada, através do seu Vice-presidente, Dr. Luis Novais, na mesa da sessão de encerra-mento dos 25 anos da Medicina Geral e Familiar, onde o especia-lista realçou o papel fundamental da Medicina Geral na Saúde em Portugal e a frutuosa colaboração entre as duas Sociedades. De realçar o excelente desem-penho da actividade da comissão editorial, que com as suas publi-cações regulares, especialmente o ENDOnews, que tem sido o meio de informação com a co-munidade médica para além da gastrenterológica. Foi útil a cria-ção de um protocolo com uma empresa de comunicação.Por representação do Presidente da Direcção, o coordenador da Comissão esteve presente em al-gumas reuniões nomeadamente um Fórum de Saúde na Fundação Calouste Gulbenkian e no Fórum promovido pelo Semanário Eco-nómico. Os sócios e o seu con-tributo pessoal ou institucional tiveram um papel essencial na divulgação da SPED.

Luís Abreu NovaisCoordenador da Comissão de Divulgação

e Relações Institucionais da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

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Relatório de actividades da Comissão de Relações Internacionais

A Direcção da SPED, sob a Presidência do Prof. Doutor

José Manuel Romãozinho, para persecução dos seus objectivos, nomeadamente promover con-tactos e o intercâmbio internacio-nal entre os diversos profissionais ligados à endoscopia digestiva, decidiu criar a Comissão de Re-lações Internacionais, de apoio à Direcção. Esta comissão é com-posta por: Dr. Luís Novais (Co-

ordenador) e pelos Prof. Dou-tores Guilherme Macedo, Pedro Figueiredo e Mário Dinis Ribeiro. Foram definidas as seguintes fun-ções: apoiar a Direcção da SPED em assuntos referentes às rela-ções exteriores institucionais; participar activamente e pro-mover a organização de eventos

nacionais e internacionais que visem a promoção da endosco-pia digestiva nacional; cooperar e promover o intercâmbio com organizações congéneres interna-cionais; divulgar no estrangeiro a experiência portuguesa no âmbi-to da endoscopia.Assim, a Comissão de Relações Internacionais pretendeu que a SPED pudesse assumir um papel de maior participação e protago-nismo na cena internacional, quer

na Europa, nos EUA, ou ainda nos países de expressão portuguesa. No âmbito da SPED havia espa-ço para reforçar a participação e peso específico desta sociedade, através não só da influência que vários membros actualmente têm em estruturas internacionais, como do reforço da nossa pre-sença nessas mesmas estruturas. O Prof. Doutor Guilherme Ma-cedo, como International Governor of American College of Gastrentero-logy, privilegiou a colaboração da SPED com o ACG e como Team Member of Education & Training Committee da World Gastroente-rology Organisation, a colaboração da SPED com a WGO, nomeada-mente com programa Train the Trainers” (TTT). A importância das ligações específicas às grandes sociedades, com particular rele-vo à European Society of Gas-trointestinal Endoscopy (ESGE), em que foi da maior relevância a eleição no último Congresso Europeu em Viena de Áustria, do Prof. Doutor Mário Dinis-Ribeiro como ESGE Governing Board.Saliente-se ainda a participação dos membros da Comissão das Relações Internacionais da SPED na organização e na concessão do patrocínio científico da SPED nas seguintes reuniões ibéricas: VI Reunião Ibérica de Cápsula En-doscópica, realizada em Janeiro de 2008 em Lisboa, sob a coor-denação do Dr. Luís Novais; e II Reunião Ibérica de Enteroscopia de Duplo Balão, realizada em Maio de 2008, sob a coordenação do Prof. Doutor Pedro Figueire-do. Elementos da Direcção actual e de anteriores Direcções inte-graram as Comissões Científicas das Reuniões Ibéricas de Cápsula

Endoscópica e de Enteroscopia de Duplo Balão.Do maior interesse foi envolver representantes das sociedades científicas estrangeiras nos con-gressos nacionais ou reuniões de carácter internacional, solicitan-do patrocínio científico para os mesmos, como aconteceu recen-temente com o Simpósio Quali-dade em Endoscopia Digestiva, que teve o patrocínio científico do ACG e ESGE. Dentro da co-laboração com a ESGE e OMGE, gostaríamos que fosse programa-da a introdução do sistema in-formático da “Minimal Standard Terminology”.A Comissão de Relações Inter-nacionais pretende estreitar a sua relação com outras institui-ções ou sociedades internacio-nais e fomentar a participação activa dos sócios da SPED, com apresentação de trabalhos cien-tíficos nas reuniões científicas ou como convidados. Neste senti-do, estabeleceu contactos com o International and External Relations of AGA Institute para iniciar uma frutuosa colaboração. Em conti-nuidade com os anos anteriores decorreu em Lisboa o EndoClub Nord 2007 e 2008 sob a coorde-nação do Dr. Luis Novais, sendo o primeiro dia dedicado à trans-missão em directo de Hambur-go de técnicas endoscópicas e o segundo a duas mesas-redondas e a uma conferência.Enaltecemos e agradecemos a to-dos os sócios o seu contributo pessoal ou institucional que tan-to têm dignificado e projectado a nossa sociedade no estrangeiro.

Luís Abreu NovaisCoordenador da Comissão de Relações

Internacionais da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva