Sociologia

16
SILVANA MARA CAMPANHOLO FACULDADE FANAN FACULDADE DE NANUQUE 14 A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO TAUBATÉ-SP

description

Sociologia da educação, trabalho

Transcript of Sociologia

Page 1: Sociologia

SILVANA MARA CAMPANHOLO

FACULDADE FANAN – FACULDADE DE NANUQUE

14

A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

TAUBATÉ-SP

Page 2: Sociologia

- 2 -

SILVANA MARA CAMPANHOLO

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

TAUBATÉ-SP

2014

Trabalho sobre Sociologia da Educação - A

Importância da Sociologia da Educação Para a

Pedagogia apresentado a Faculdade de Nanuque,

Como requisito para obtenção Parcial de grau do

Curso de Licenciatura R2/1997 em Filosofia.

Page 3: Sociologia

- 3 -

RESUMO

Este trabalho sobre Sociologia da Educação aborda o papel da Sociologia

da educação e sua função social, assim como procura responder a pergunta:

Qual a importância da sociologia da educação para a pedagogia?

Page 4: Sociologia

- 4 -

SUMÁRIO

RESUMO...........................................................................................................3

1. Introdução .......................................................................................................5

2. Momentos Importantes para a Sociologia da Educação............................7

3. Reflexão Sobre o “Ser professor”...............................................................11

4. A Sociologia e a Formação do Pedagogo..................................................13

5. Conclusão....................................................................................................15

6. Referências Bibliográficas...........................................................................16

Page 5: Sociologia

- 5 -

1. INTRODUÇÃO

Sociologia é a ciência que investiga a sociedade. O interesse da sociologia

pela instituição escolar é de suma importância para as ciências sócias. O marco

para a sociologia e para a escola é a sociedade moderna, tendo em vista que a

sociologia nasce ao mesmo tempo em que a escola se institucionaliza. Nesse

sentido, se faz necessário uma educação que valorize o indivíduo, a sociedade, a

liberdade, a responsabilidade, a interdependência e a inovação.

Uma vez que o foco da sociologia é a investigação da sociedade, do

homem, das suas ações e condições de existência, de suas interações com o meio

em que vive. Esta disciplina muito tem a colaborar na formação de profissionais em

Educação militantes e atuantes, conscientes, solidários e inteligentes.

Vale aqui lembrar o que diz FREIRE (1979, p.23):

Não importa em que sociedade estejamos ou em que mundo nos

encontremos, não é possível formar engenheiros ou pedreiros,

físicos ou enfermeiros, dentistas ou torneiros, educadores ou

mecânicos, agricultores ou filósofos, pecuaristas ou biólogos sem

uma compreensão de nós mesmos enquanto seres históricos,

políticos, sociais e culturais, sem uma compreensão de como a

sociedade funciona. Isto o treinamento supostamente técnico não

dá.

O treinamento técnico tem seu foco na formação de mão de obra que faz o

que é mandado. Não exige do indivíduo que se use da razão ou de questionamentos

mais elaborados. O homem se torna de certo modo uma peça mecânica e

automatizada pronta para produzir, sem refletir. Se no Brasil hão de haver

mudanças na estrutura do currículo escolar, ao que tudo indica estar parado no

tempo e no espaço, ao invés de avanços nesta área, estamos vendo retrocessos, à

medida que medidas políticas tomadas recentemente tem seu foco na formação

profissional do brasileiro. A educação ainda é elitizada, e somente os burgueses tem

acesso a uma educação melhor, e é claro que são estes que também ocupam as

Page 6: Sociologia

- 6 -

melhores vagas de emprego no país, devido ao seu preparo. A educação brasileira é

excludente. Cito aqui IMBÉRNON (2000, p.82). Ele ressalta que os desafios para a

Educação no próximo século são os seguintes:

"O direito à diferença e a recusa a uma educação

excludente; a educação ambiental como mecanismo fundamental

de preservação e melhoramento da natureza; a educação política

dos cidadãos como uma educação para a democracia; uma

reformulação da função dos professores; as alternativas à escola

como espaço físico educativo". Será que a Educação irá colaborar

com a igualdade de oportunidades ou será cada vez mais motivo

de diferenças sociais e de exclusão social?

Através de Émile Durkhein (1858-1917), considerado o “pai fundador da

sociologia da educação” que as ciências sociais se interessaram pela educação, e

ela se organiza enquanto instituição, de acordo com a concepção de Durkhein, para

realizar uma função moralizadora da sociedade. Pois ele defenderá que é por meio

dela que se mantêm certos laços sociais nas sociedades modernas, além dela

cumprir três funções essenciais:

a) Desenvolver o senso de disciplina e, com ela, o respeito às hierarquias;

b) Desenvolver o sentimento de pertencimento a um grupo;

c) Desenvolver a autonomia individual dos sujeitos.

A educação deve incutir no homem um ser novo. Isto porque o homem

nasce como uma folha de papel em branco e cabe à sociedade escrever nas linhas

a natureza moral e social do indivíduo. Cabendo à educação o pesado fardo de

sociabilizar o homem, a fim de que este desempenhe seu papel e função na

sociedade.

Page 7: Sociologia

- 7 -

2. MOMENTOS IMPORTANTES PARA A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Há três acontecimentos históricos que podem ser destacados:

1- O período de institucionalização da disciplina (1945-1965): A

sociologia de Talcott Parsons. A explosão demográfica, conhecida

como baby boom, marca este período pós-guerra. Neste contexto as

famílias se rompem, os homens estão regressando da guerra, as

mulheres saem para trabalhar fora, e há prosperidade econômica.

As crianças têm mais acesso a escola e a uma educação

continuada.

Talcott representa a corrente Teórica representa a corrente Teórica

Chamada estrutural-fucionalismo. Talcott alega que para uma sociedade estável

pudesse existir era preciso responder a diversas funções: A adaptação ao meio que

assegura a sobrevida da sociedade, a busca por objetivos, a integração dos

membros do grupo, e enfim, a manutenção dos modelos e normas. Talcott tenta

explicar que os sistemas são abertos e evolutivos: eles deixam os indivíduos livres

para escolherem (marido, profissão, etc.) desde que existam os mecanismos de

regulação econômica e social.

Outra característica importante neste período é a chamada “explosão

escolar”, com a universalização do ensino de segundo grau. Devido á chamada

guerra fria, as instituições saem à caça de talentos científicos e tecnológicos na

busca pela supremacia militar.

A escola cada vez mais passa a ser reconhecida como um instrumento de

mobilidade social. Acredita-se que quanto mais as sociedades se desenvolvem,

mais a escola passa a desempenhar um papel central na questão da mobilidade.

Os estudos neste período tinham o objetivo de levar á democratização do ensino. A

educação era vista como um meio de equalização social e poderia por coseguinte,

ser um fator de correção das desigualdades sociais.

Page 8: Sociologia

- 8 -

O conceito de educação que temos hoje ainda se organiza pela promessa

de funcionamento meritocrático, de democratização fundada no mérito, este tema

surge com força nos países ocidentais em 1950.

2- 1965-1975 - Período marcado por um “ olhar radical” da

disciplina a sociologia da reprodução cultural de Pierre Bourdieu;

Outro tema que marcou este período foi o das desigualdades escolares. Houve uma

luta por uma reforma universitária na França, militantes preiteavam uma educação

básica ao alcance de todos. Porém na democratização do ensino não diminuiu o

abismo social entre ricos e pobres, mesmos nos países chamados de

“desenvolvidos”. Este momento foi o momento da desilusão e do desencanto em

relação ao papel da escola.

Para Pierre Bourdieu, que chama este período de “Teoria da reprodução” a

ação Pedagógica assegura através de sua função social de reprodução cultural,

uma função de reprodução social perpetuando o arbitrário cultural. Para ele o

campo escolar contribuiu para a produção, reprodução e legitimação das

desigualdades. A seu ver o ensino teria então dupla função:

1- Função de inculcação

2- Função de reprodução de um arbitrário social garantindo a

autorreprodução e reprodução das relações entre grupos ou classes

sociais.

A escola é o local onde se opera a transformação do capital social em

capital cultural institucionalizado.

Bourdieu apresenta uma visão sociológica crítica da educação. Fica

evidente o quanto a escola ignora em termos cognitivos das desigualdades culturais

entre as crianças.

Podemos assim dizer, que a escola é um dos mecanismos mais eficazes de

conservação social. A ação do ‘ privilégio cultural’ é o mecanismo mais seletivo, ou

seja, a transmissão da herança cultural daria ao indivíduo o acesso a percursos

escolares marcados pelo sucesso e pela distinção.

Page 9: Sociologia

- 9 -

A ação do meio familiar “ancestralidade” sobre o sucesso escolar sobre o

sucesso escolar parece ser quase exclusivamente cultural, já que a relação entre

bons alunos parece aumentar com a renda e o nível do diploma do pai.

A ideologia do “dom” acredita na transmissão quase osmótica do capital

cultural, acaba transformando as desigualdades sociais em “desigualdades de

dons” ou “méritos”, que de certa forma faz com que as classes desfavorecidas

acreditem que o responsável pelo seu insucesso deriva de sua própria “inaptidão

natural” para acultura escolar.

Esta corrente chamada de “teoria da reprodução cultural” diz que a

desigualdade educacional tem sua ancora tanto nos fatores internos da escola

quanto nos fatores externos, encontrados na escola e no âmbito socioeconômico

e familiar.

3- Período da destruição do objeto ou destruição dos p0aradigmas

(1957 até hoje).

Ela rompe com a sociologia de meados da década de 1970, cujo foco era no

macroscópico, agora, a sociologia será apreendida no seu fazer cotidiano. Entram

em cena novos atores: a família, os professores, os alunos, surgindo deste modo, a

microssociologia, como a cultura escolar, o currículo é a sala de aula. Assim sendo,

para a sociologia da educação o que se passa dentro da escola não é só objeto da

pedagogia mas da sociologia e de outras disciplinas. Muda-se o foco das

explicações de: “ por que” para “como”. A figura do sujeito passa a ser central para

as analises sociológicas. Ela critica a corrente anterior como sendo

“hiperfuncionalista”. Assim, a microssociologia investiga a “caixa preta” do sistema

educacional. A escola deixa de ser vista como um espaço de reprodução de

práticas culturais diversas, inclusive práticas de resistência, revelando que a escola

não é uma instituição passiva diante das estruturas sociais.

Hoje em dia a sociologia da educação investiga tanto as relações

macroscópicas quanto as microscópicas que acontecem dentro e fora dos muros

escolares.

Então, a partir de 1980 fica mais evidente que as opções teórico–

metodológicas devem apoiar-se cada vez mais nas necessidades da investigação e

não na opção apriorística do pesquisador por qualquer uma das alternativas. Assim

Page 10: Sociologia

- 10 -

sendo, a partir desta época a sociologia da educação rejeita as perspectivas

unilaterais (porque entende que os processos de configurações sociais estão

inseparavelmente ligados às dinâmicas micro e macrossociais (CUNHA, Maria

Amália de Oliveira, UFMG Sociologia da Educação p.17)).

Page 11: Sociologia

- 11 -

3. REFLEXÃO SOBRE O “SER PROFESSOR”

A professora Maria Clara ramos Nery propõe a reflexão sobre o que é ser

professor no contexto da realidade social, política econômica e cultural como a

brasileira. Ela ainda questiona o que é ser professor num contexto onde o emprego

de novas tecnologias e a própria escola está se tornando uma empresa ou

microempresa?

O Teórico considera a educação como um trabalho em larga escala, jaó

professor sabe, por experiência, que essa perspectiva técnica e industrial não passa

de uma longínqua aproximação do fenômeno. A realidade fundamental continua

sendo esse diálogo aventuroso, durante o qual dois homens de maturidade desigual

confrontam-se, mas onde cada um, a seu modo, dá testemunho perante outros das

possibilidades humanas. i

Gudsdorf também aborda e sua obra duas questões fundamentais:

Professor para quê? E professor para quem?

Para que somos professores? Para garantir a sobrevivência? O professor

anda de escola EME Scola para garantir sua sobrevivência. Não é um sinal de

status na nossa sociedade. Eu também diria que o professor de escola pública é

marginalizado. Ele é um trabalhador como outro qualquer que lida com elementos

da produção do conhecimento e com elementos que permitem a formação

intelectual e moral.

Respondendo às perguntas:

Professor para quê? Para poder auxiliar na construção de sujeitos, de

seres capazes de transformar o mundo, compreendendo suas fragilidades e a s

múltiplas determinações da estrutura social. Ajudar o aluno a compreender a

significação do coletivo.

Professores para quem? A quem destinaremos todo nosso trabalho, toda a

nossa busca? Quem efetivamente em nossa realidade desigual necessita de nosso

poder-saber? A elite dominante tem seus próprios mestres e intelectuais, seus

Page 12: Sociologia

- 12 -

próprios professores, se assim podemos dizer. Quem acompanhará os elementos

subalternos (os de baixa renda como são chamados nas escolas públicas) Quem se

vinculará a eles, no sentido de aos poucos ser o elemento facilitador para as suas

descobertas enquanto sujeitos capazes de modificar toda uma estrutura?

Uma nova pergunta aos moldes de Hegel deve ser feita: “ é “a ideia que faz

o real ou é o real que faz a própria ideia”? Ser professor quando se sabe para quem

se destina a prática permite respondê-la de forma mais crítica. Ora, é o real que faz

a ideia.

Nossa capacidade enquanto professores é finita no que tange compreender

a realidade. Ser professor exige ser um observador do espírito humano.

Existem grandes e pequenos espíritos. Sem duvida, a educação pode, de

certo modo, alargar e desenvolver o espaço mental, apoiando-se nas possibilidades

naturais. Mas deve levar em conta, de início, a envergadura própria de cada um, que

consagra diferenças intrínsecas, como também limites impossíveis de serem

transpostos. A experiência do professor, adquirida através da prática e da

sagacidade, é na verdade, esse dom de discernimento dos espíritos que, ao

pressentir as possibilidades de cada um, propõem-lhes fins ao seu alcance, assim

como os meios de alcançá-los através da utilização das suas capacidades.2

Ser professor é ter como fonte de seu trabalho toda uma descoberta das

múltiplas dimensões do ser humano.

Page 13: Sociologia

- 13 -

4 . A SOCIOLOGIA E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

Considerando o que foi visto nos capítulos anteriores fica a pergunta como a

Sociologia pode contribuir para a formação do pedagogo crítico, reflexivo e

consciente de sua participação social?

Acredita-se, pois, que a Sociologia, ao lado das demais áreas responsáveis

pela formação do pedagogo num trabalho interdisciplinar, possa colaborar de modo

efetivo. Para tanto, é importante investigar como pode ser essa colaboração. Com o

presente trabalho, pretende-se analisar a contribuição da Sociologia na formação do

pedagogo, que deve ser um profissional consciente de seu compromisso político,

como agente de transformação, considerando-se as exigências e as características

da sociedade do conhecimento.

O pedagogo tem uma missão primordial, a de formar cidadãos.

A PUC do Paraná conduziu uma pesquisa entre seus professores sobre a

importância da Sociologia na formação dos professores. A intenção da pesquisa foi

a de coletar informações de alunos do curso de Pedagogia da PUCPR, do 1.o ao 4.o

ano, previamente selecionados por processo aleatório, e de professores pedagogos

do Curso de Pedagogia, também selecionados previamente por processo aleatório.

A pretensão foi a de realizar uma pesquisa qualitativa, dialética, com enfoque

histórico-estrutural.

4.1 A SOCIOLOGIA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA PUCPR

A Educação tem como finalidade aprimorar o homem em sua cultura. A

Universidade, como instituição educativa, também deverá estar voltada para esse

fim. Portanto, cabe-lhe, para cumprir adequadamente suas funções, aprofundar-se

na compreensão da realidade humana. Conforme SAVIANI (1980, p.63): O homem

é um ser situado. Possui, no entanto, a capacidade de intervir na situação para

Page 14: Sociologia

- 14 -

aceitar, rejeitar ou transformar (liberdade). Contudo, sua capacidade de intervir na

situação está na dependência do grau de consciência que possui da situação. O

trinômio situação- liberdade – consciência caracteriza, pois, a existência humana.

Compreender essa existência é, então, compreender o homem atuando

dialeticamente no mundo num processo de transformação.

Que liberdade possui, então, o homem de intervir nas situações, sem o

conhecimento da realidade? É o conhecimento da realidade que irá colaborar na

conscientização do sujeito para sua participação e construção da própria história. Só

assim irá saber o que é para se fazer pois dessa forma estará apto a identificar as

necessidades e prioridades da existência humana. A história é dinâmica e, por isso,

em função das transformações que a sociedade está passando, a educação superior

é colocada frente a novos desafios. Ela deve sofrer mudanças e renovações, para

poder colaborar como fator fundamental neste milênio. Neste sentido o Projeto

Pedagógico do Curso de Pedagogia da PUCPR que é parte integrante do

Planejamento Estratégico desta instituição, no qual estão descritas todas as

funções da Universidade, “orienta-se nos princípios pedagógicos e epistemológicos

da educação integral, da interdisciplinaridade, da pesquisa e da produção do

conhecimento. A operacionalização destes pressupostos teórico-explicativos se dá

mediante currículo integrado, organizado em projetos integrados de aprendizagem,

nos âmbitos da docência, da gestão e tendo como interface as tecnologias da

informação e da comunicação e a pesquisa educacional”.

A Sociologia está inserida no Programa de aprendizagem Fundamentos

históricos, Sociológicos e Psicológicos dos Paradigmas Educacionais,

especificamente no âmbito da docência, sendo seus objetivos: Analisar as

diferentes tendências pedagógicas na educação brasileira sob os aspectos

filosóficos, antropológicos, históricos, sociopolíticos, psicológicos e metodológicos.

Compreender o processo de construção do conhecimento no contexto social e

cultural. Dominar as estratégias de intervenção docente em situações concretas na

educação infantil e no ensino fundamental, de forma interdisciplinar. Assumir

compromisso ético na atuação profissional e na organização democrática da vida em

sociedade. Compreender o fenômeno da prática educativa que se dá em diferentes

Page 15: Sociologia

- 15 -

âmbitos e especialidades. Dominar estratégias de intervenção docente no ensino

médio e nos diferentes do saber. 3

CONCLUSÃO:

A figura do professor numa sociedade decadente e se esfarelando acaba

sendo massacrada pela responsabilidade de moldar sujeitos que chegam às escolas

sem nenhum parâmetro nem limites, legado da geração Y e Z. A falta de limites é

um fator gritante nesta geração e mediante a tantas diferenças, fica a

responsabilidade do educador de ser pai, mãe, irmão mais velho, psicólogo,

conselheiro matrimonial dentre outras responsabilidades deixadas a ele pelos pais

ausentes, e pelo estado, enfim pela sociedade que enche os filhos de “coisas”, mas

tiram deles o direito e o acesso ao afeto no lar, respeito pela vida alheia, e amor

próprio.

È neste contexto que o desafio de se repensar escola, de se repensar o Ser

professor desponta. Além é claro, o de se repensar os métodos e meios que

ensinamos será que realmente estão funcionando ou precisam ser repensados e

mudados? E graças à sociologia da educação que podemos fazer esta ponte entre

a realidade gritante e a sala de aula. Sendo ela de extrema importância na formação

do pedagogo.

Assim, a importância da Sociologia para a Pedagogia é de formar um

profissional competente tecnicamente, mas sobretudo um profissional que tenha um

comportamento engajado. A análise sociológica possibilita ao professor a

conscientização de sua posição e condição social, o que quer dizer, que ao perceber

o contexto social que está inserido social e profissionalmente, ele será capaz de

identificar quais os valores que permeiam sua prática, e de que forma poderá

contribuir para uma construção social harmoniosa. O pedagogo deve ajudar a incutir

no educando a consciência social: Sociabilidade e Solidariedade. A evolução da

solidariedade se faz ao nível inicial de massa, médio de comunidade e máximo de

comunhão. (MATTAR 2000, p.142)

Page 16: Sociologia

- 16 -

BIBLIOGRAFIA

CUNHA, Maria Amália de Almeida - Sociologia da Educação, UFMG

NERY, Maria Clara – Sociologia da Educação ULBRA – PR.

CORREIA, Deyse m de Neves – A importância da sociologia da educação na

formação do educador.

1. Gudsdorf1987,p.26 2 Gudsdorf, op.Cit.,p.20 3 CORREIA, Deyse M. N e BATISTA, Maria do Socorro A importância da Sociologia da Educação na Formação do Educador.