Software proprietário e livre

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Anderson Zardo

Software Livre x Software Proprietário

Bento Gonçalves

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24 de Outubro de 2008

Anderson Zardo

SOFTWARE LIVRE X SOFTWARE PROPRIETÁRIO

Trabalho explicando as diferenças entre esses dois modelos de distribuição de software

Faculdade de Tecnologia Tec Brasil

Professor Régis Ortis Tams

Bento Gonçalves

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Outubro de 2008

1) Introdução:

Com este trabalho, iremos comparar esses dois modelos de distribuição de softwares atuais no intuito de informar ao leitor as diferenças e particularidade entre eles.

2) Conceito de Software Livre:

Software livre: Segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição.A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao conceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licença de software livre (como por exemplo a GLP ou a BSD), e tornar o código fonte do programa disponível.

Um software é considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários do software definidas pela Free Software Foundation:

A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);

A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);

A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

O Software Livre (encabeçado pela FSF) difere-se do movimento de Codigo Aberto ou open-source (encabeçado pela OSI – Open Source Iniciative, Um orgão da ISO) apenas no que diz respeito às questões ideológicas, já que as mesmas quatro liberdades são iguais nos dois movimentos. Enquanto o pessoal da FSF chama a atenção para valores morais, ética, direitos e liberdade o

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movimento encabeçado pela OSI defende um discurso mais agradável ás empresas, mais pragmático.

Não podemos confundir software livre com software gratuito, o todo o software livre é gratuito, mas a recíproca não é verdadeira, já que alguns softwares gratuitos você não pode por exemplo modificá-lo a seu gosto já que o seu desenvolvedor não deixou o código fonte disponível. A única maneira para tal seria por engenharia reversa, que é proibido na maioria das vezes.

3) Conceito de Software Proprietário:

Software proprietário ou não livre: É aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são em alguma medida proibidos pelo seu criador ou distribuidor. A expressão foi cunhada em oposição ao conceito de software livre. Normalmente, a fim de que se possa utilizar, copiar, ter acesso ao código-fonte ou redistribuir, deve-se solicitar permissão ao proprietário, ou pagar para poder fazê-lo: Será necessário, portanto, adquirir uma licença, tradicionalmente onerosa, para cada uma destas ações. O software proprietário não é a mesma coisa que software comercial. Todo o software comercial é proprietário, mas nem todo o software proprietário é comercial. Exemplo disso são softwares free como o Windows Messenger, Winamp e etc, que são gratuitos, de livre distribuição, mas pertencem às empresas que os desenvolveram.

No caso do software comercial, mesmo que você tenha pago, o software não lhe pertence. O que você pagou na verdade foi uma permissão para utilizá-lo. Pra esses casos exite uma licença chamada EULA (End-User Licence Agreement – Contrato de licença de usuário final) que você deve aceitar para que possa prosseguir com a instalação do software. Esse tipo de licenciamento se tornou popular graças a Microsoft quando começou a licenciar o DOS para a IBM, e não é mera coincidência o conceito de software Livre e criação da FSF ter ocorrido na mesma época. Os fundadores da FSF além de outros programadores compartilhavam softwares entre si antes do licenciamento de software se tornar comum, pois naquela época o lucro estava na venda do hardware, e passaram a temer que após desse modo de licenciamento todos os programadores se sentissem seduzidos por fechar os seus códigos e passar a vendê-los.

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4) Software livre X Software Proprietário, comparando os dois modelos:

4.1) Questões ideológicas: A questão ideológica do software livre é sustentada sobretudo pela Free Software Foundadion e pelo seu líder, Richard Stallman. Consideram o software proprietário antiético e imoral, partindo da premissa que o conhecimento deve ser compartilhado e não estar debaixo de políticas restritivas visando lucro. Muitas vezes a bandeira so software livre é levantada pegando carona em ideais marxistas, e muitos governos com apelo popular tendem adotar iniciativas para promovê-lo visando passar uma imagem positiva para o eleitor.

Por outro lado, os defensores do software proprietário defendem o fato que se os programadores não são remunerados pelas suas criações, eles deixam de ter um dos principais estímulos para desenvolver tecnologias, afinal de contas, quem se esforçaria ao máximo desenvolvendo algo apenas para que outras pessoas copiem e redistribuam?

4.2) O Custo do Software: Como as empresas, principalmente no mundo corporativo, necessitam de garantias, suporte e homologação por parte de produtores de outros softwares proprietários como o Oracle (se você não rodar Oracle ou SAP em ambientes homologados por eles, você não tem direito a suporte e garantias), o Software livre acaba tendo um custo mesmo assim. Porem o custo não é do próprio software, mas sim da empresa que dá essas garantias, presta esses serviços, e possui essas homologações empresas como a RedHat, Novel e etc.

4.3) Aplicações: O Linux, notório representante dos softwares livres é amplamente utilizado como servidor em Provedores de Serviços de Internet, Banco de dados e ERP.

O mundo do software proprietário possui as melhores soluções para criação na área gráfica, multimídia e engenharia, só para citar algumas.

Cabe aqui a discussão: O que seria da área produtiva da informática em geral sem softwares como Photoshop, AutoCad e 3dStudioMax? Quase todos esses softwares não estão disponíveis em ambientes livres como o Linux, pois como essas empresas

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visam lucro, elas preferem fazer o software para o Windows da Microsoft, que domina mais de 90% o mercado de PC´s. Temos também os usuários comuns, que se habituaram ao atual sistema dominante e receiam o fato de ter que “reaprender” tudo o que já sabia para conseguir utilizar o software livre, e também a incerteza de que, por exemplo, um arquivo feito no Word vá abrir corretamente e sem falhas no OpenOffice.

Embora hoje esteja melhor a compatibilidade dentre os dois, há ainda pontos em que se necessita melhora.

4.4) Liberdades: Quem compra ou Licencia um Software Proprietário adquire uma solução pronta para o que se destina fazer, obtendo algumas vezes inclusive a adaptação deste por parte do desenvolvedor para as suas necessidades .

Já o Software livre te dá a liberdade de examinar o código-fonte do programa e inclusive, fazer alterações você mesmo. O problema é que a maioria das pessoas não sabe sequer escrever uma linha de código, e acabam dependendo de empresas que dão suporte ao software livre, tendo que pagar pelos serviços desta.

5) Conclusão: Por mais que a iniciativa do Software Livre seja louvável, muitos a utilizam como uma simples bandeira para lutar por ideais, não por ela ser de fato uma solução para todos os problemas. Empresas do mundo corporativo desejam sobretudo obter uma valorização do seu negócio possui ideologias que batem de frente com as que muitos partidários do software livre defendem. No mercado corporativo e de criação em geral, o software livre só será maioria quando ele atender 100% das necessidades destes e seu custo for de fato menor que o software proprietário. Por outro lado, temos o dilema do usuário sobre a questão da adaptação em um ambiente diferente.