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SOMOS ENVIADOS EDIÇÃO 2019 / Nº7 / JULHO A DEZEMBRO - ANO 3 DESAFIOS DA IGREJA MOÇAMBICANA SAINDO DA OMISSÃO Não é necessário muito esforço para sermos modelo ou transformarmos o mundo, como fizeram os crentes primitivos. O Japão tem sido chamado de “cemitério de missionários”. É possível mudar esse cenário? Como falar de Jesus a um povo com uma longa história de sofrimentos e prisões espirituais? TERRA DO SOL NASCENTE

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SOMOS ENVIADOS

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capa digital

segunda-feira, 8 de julho de 2019 22:06:43

EDIÇÃO 2019 / Nº7 / JULHO A DEZEMBRO - ANO 3

DESAFIOS DA IGREJA

MOÇAMBICANA

SAINDO DA OMISSÃONão é necessário muito esforço para sermos modelo ou transformarmos o mundo, como fizeram os crentes primitivos.

O Japão tem sido chamado de “cemitério de missionários”. É possível mudar esse cenário?

Como falar de Jesus a um povo com uma longa história de

sofrimentos e prisões espirituais?

TERRA DO SOL NASCENTE

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Expediente

A Revista Missões em Marcha é uma publicação semestral da Secretaria de Missões da CIBI -

Convenção das Igrejas Batistas Independentes. Cada igreja filiada à CIBI receberá dois

exemplares gratuitos. Assinaturas e edições anteriores:

[email protected]

Colaboradores desta edição

Secretaria de Missões

Pr. Paulo F. Penha Pamela Souza

Artigos

Pr. Cleo Harison BlochTânia Wutzki

Pr. Marcos Elias

Revisor

Jefferson de Souza Silva

Projeto Gráfico e Diagramação

Amato Comunicaçãoamatocom.com.br

[email protected]

Elisandra BuenoThiago Amaro

Felipe Stevanato

FotosArquivo SM

Internet

Tiragem: 5 mil

Acompanhe nossas redes sociaisFacebook/SMCIBI

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SM - Secretaria de MissõesRua José Lins do Rêgo, 65 - PQ Taquaral

CEP: 13087-221 - Campinas /SP Tel: : (19) 3326 3675 / (19) 98323 0515

E-mails: [email protected] [email protected]

www.smcibi.org

Temos visto até aqui um doce mover do Espírito Santo sobre nossas igrejas e denominação. Tive a oportunidade de participar do Encontro da UMBI e ver o agir de Deus no meio dos pastores e, logo depois, pude participar do DEFSUL, encontro de mulheres do Rio Grande do Sul, onde novamente pude ver e sentir o mover do Espírito Santo na vida de todos ali. Terminamos também recentemente os 40 dias de jejum, com o tema “Relevantes para a igreja e o mundo” que foi um tempo precioso de quebrantamento.

Quantas vezes olhamos apenas para as dificuldades e para o que não está funcionando ou dando certo? Precisamos parar e ver o que Deus está fazendo em nosso meio e celebrar esse tempo de comunhão e unidade que temos vivido como CIBI.

Ficamos muito abalados com a destruição causada pelo ciclone Idai em Moçambique, principalmente na cidade de Beira. Mas fomos tremendamente surpreendidos pela solidariedade de nossas igrejas e irmãos em Cristo e até por não crentes que nos apoiaram com ofertas expressivas para ações emergenciais em Beira e de socorro aos nossos missionários e irmãos afetados. Isso é unidade!

Nessa edição da Missões em Marcha trazemos muitos artigos que desafiam a igreja a ser sal e luz, onde está e até os confins da terra. Em João 17:18, Jesus nos envia ao mundo, em missão e nosso desejo é que, ao ler essa revista, você seja despertado para esse chamamento e exerça a sua vocação no Senhor. Somos enviados!

Pr. Paulo Felipe da PenhaSecretário de Missões

Editorial

CELEBRANDO A UNIDADE Já estamos no segundo semestre de 2019!

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Vontade do Pai - pág 5

Artigo Fepas- pág 6

Missões para Crianças - pág 8

Missão e Teologia - pág 9

Dia de Oferta Missionária - págs 10-11

Mobiliza Vem e Vê - pág 13-14

Testemunho Norte da África - pág 14-15

Mapa Missionários Transculturais - págs 16-17

Acontece no Campo Portugal - págs 18

Mapa Campos Nacionais - pág 19

Capa: Somos Enviados - pág 20-21

Abrindo portas na Índia - pág 22-23

Sol Nascente no Japão - pág 24-25

Acontece no Campo Guiné Bissau - pág 26-27

Portas abertas em Moçambique - pág 28-30

VOCÊ SABIA?

ÍNDICE

Que, William Carey, um pobre sapateiro inglês, era um fraco can-didato para a grandeza. Todavia, ele foi apropriadamente chamado de “Pai das Missões Modernas”. Mais do que qualquer outro indiví-duo na história moderna, instigou a imaginação do mundo cristão e mostrou pelo seu humilde exemplo o que poderia e deveria ser feito a um mundo perdido sem Cristo. Embora ele enfrentasse provocações pesadas durante seus quarenta anos de carreira, Carey demonstrou uma determinação obstinada em obter sucesso e NUNCA DESISTIU. Seu segredo? “Posso trabalhar. Posso perseverar em qualquer alvo de-finido. A isto devo tudo.”

A vida de Carey ilustra profundamente o potencial ilimitado de um homem bastante comum. Ele era um homem que, sem a sua dedica-ção a Deus, sem dúvida teria tido uma existência medíocre.

Fonte: Tucker, Ruth. “…Até aos confins da Terra.”: uma história biográfica das missões cristãs.

2ª ed, São Paulo: Vida Nova, 1996, p.120.

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Dia Internacional 1º DOMINGO DE NOVEMBRO

de Oracão e Ofertas

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“Deus, envia-me para qualquer lugar, desde que vás comigo. Coloca qualquer carga sobre mim, desde que me carre-gues, e desata todos os laços de meu coração, menos o laço que prende o meu coração ao Teu”

David Livingstone – 1813-1873

“A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada. É um mandamento a ser obedecido” Hudson Taylor

1832-1905

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As palavras de Jesus se refere à vontade soberana de Deus, o Pai. Jesus veio do alto céu a fim de fazer a vontade de Deus na terra. Ele, ensinou na oração do pai nosso, que o reino de Deus venha sobre a terra e que a vontade de Deus seja realizada aqui. Veja que interessante o que Jesus afirma neste versículo. Que a vontade de Deus é que todo aquele que olhar para o filho e nele crer tenha a vida eterna. A vontade de Deus é que todos tenham a vida eterna. “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (Jo 17:3). “O qual de-seja que todos os homens sejam salvos e chequem ao conhecimento da verdade”. (I Tm 2:4). Jesus é o único salvador. Ele veio buscar e salvar o que estava perdido. Entregou a sua vida na cruz em nosso lugar, perdoan-do os nossos pecados, pagando a dívida que era nossa a fim de nos redimir. Ele já completou a obra de sal-vação. Venceu a morte, o pecado, a Satanás, triunfou sendo vitorioso. Aleluia. A salvação, a maior benção que o homem pecador necessita, Jesus trouxe até nós.

A missão que nos foi dada por Jesus, é levar a palavra da salvação a todas as pessoas, em todos os lu-gares e em todo o tempo. Disse Jesus: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. (Mc 16: 5). E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10:15a). A maior missão nesta terra é pregar o evange-lho de Cristo Jesus. É uma obra que deve ser feita por todos nós. Portanto, a obra missionária é inclusiva, pois abarca toda a igreja do Senhor. A começar pela loca-lização onde a igreja está inserida indo até os confins da terra.

Estamos realizando a vontade de Deus? Estamos alcançando as vidas e conduzindo-as a Cristo Jesus?

Que a vontade de Deus seja a nossa também! Que o Senhor nos abençoe e sobre nós resplandeça o seu rosto e nos dê a paz. Amém.

Pr. Marcos EliasPresidente da CIBI

Pr. da IBF Água Rasa, em São Paulo/SP

A VONTADE DO PAI

Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:40).

sua contribuição faz a diferença!

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A FEPAS - Federação das Entidades e Projetos Assistenciais da CIBI, fundada em 1986, reúne os projetos sociais que nascem de iniciativas das Igrejas Batis-tas Independentes. Temos projetos tão antigos quanto a própria CIBI, iniciados pelos primeiros missionários suecos que chegaram ao Brasil e que já entendiam o socorro às necessidades dos mais vulne-ráveis da sociedade como parte da Missio Dei. A caminhada não tem sido fácil, mas, com certeza e alegria em nossos corações, podemos dizer “até aqui nos ajudou o Se-nhor”!

Atualmente, somos 30 projetos fede-rados que, juntos, atendem em torno de 5 mil pessoas diretamente. Talvez isso pareça pouco para uma denominação e, embora saibamos que existem outras ini-ciativas que ainda não estão vinculadas à FEPAS (são bem-vindas!), podemos afirmar que este número é bastante re-levante. Também é importante registrar que nosso trabalho é fruto de parcerias. Somos apoiados pela CIBI, pela Interact, pela Tearfund entre outras organizações. Escolhemos caminhar em parceria e indi-camos este caminho para os projetos da CIBI.

Mas, afinal, quantos somos? Se con-siderarmos que cada diretoria é composta por, pelo menos, cinco voluntários, e, nas equipes, em média, podemos estimar até 10 pessoas entre voluntários e remunera-dos, com segurança podemos dizer que somos em torno de 500 irmãos e irmãs. Somos muitos!

Somos um “exército do bem” com pessoas engajadas nas mais diferentes frentes e atividades; trabalhando ardua-

mente para que idosos, jovens, adolescentes, crianças e suas famílias tenham acesso aos mí-nimos indispensáveis. Fazemos isso servindo diariamente nos proje-tos sociais, mas também participando nos espa-ços de controle social (conselhos de direito), onde podemos influen-ciar a formulação e a execução de políticas públicas, com nossa postura e valores do rei-no. Sim, temos muitos conselheiros entre nós! E isso é muito bom!

Para garantir o direi-to à alimentação escolar (merenda esco-lar), um pequeno grupo no nordeste se mobilizou e foi capacitado para fiscalizar as licitações que contratam os prestadores de serviço, e com isso, contribuir para que a corrupção não tire de crianças e adoles-centes o direito a pelo menos duas refei-ções diárias com valor nutricional nas es-colas. Você consegue imaginar o impacto disso na vida das crianças e suas famílias?

Diante da realidade tão dura enfrenta-da pelos refugiados que chegam ao Brasil, temos igrejas que obedecem fielmente o que as Escrituras ensinam. Estão sendo acolhedoras, abrindo suas portas, dispo-nibilizando recursos financeiros e huma-nos, oferecendo apoio espiritual. Estão “fazendo a diferença”, manifestando a graça que acolheu e acolhe a cada um de nós.

Diante do quadro que coloca o Brasil como um dos países em que as mulheres mais sofrem violência (de todos os tipos), capacitamos grupos de irmãos e irmãs que podem compartilhar com as igrejas e comunidades o modelo de masculinidade que temos em Jesus, marcado pela justiça de gênero e o respeito nas relações; uma vez que, em Cristo, não há judeu nem gre-go, escravo nem livre, homem nem mu-lher, pois todos são um em Cristo Jesus.

Temos hoje 20 igrejas implementando a metodologia de desenvolvimento co-munitário – UMOJA. Irmãos e irmãs que não conseguem ficar indiferentes diante

dos sinais da queda presentes e dominan-do a vida de comunidades inteiras. Por isso, COM estas comunidades, sonham, planejam e executam ações que partem do reconhecimento da dignidade presen-te em cada ser humano.

Às vezes, é necessário exigir que o Poder Público cumpra o seu papel, e jun-tos, igreja e comunidade, têm mais força para pressionar e obter as mudanças ne-cessárias. Outras vezes nos reunimos em mutirão e, juntos – igreja e comunidade, limpamos um terreno, reformamos um parquinho para as crianças, construímos e reformamos calçadas e pontes, visitamos e cantamos com idosos solitários, faze-mos coleta seletiva do lixo, enfim, busca-mos qualidade de vida para todos e todas.

Então, somos muito mais de 500 pessoas que no dia a dia sinalizam que o reino de Deus tem chegado a essas co-munidades. O povo do reino está ali, e o Rei deste povo deseja que a justiça corra como um rio.

Somos FEPAS! Somos muitos, e so-mos UM! Para que o mundo creia!

Junte-se a nós! Acompanhe o trabalho em nossas re-

des sociais: fepascibiTânia Wutzki

Coordenadora de Projetos da FEPAS

[i]-Em um país tão desigual como o Brasil, os míni-mos sociais têm significado assegurar as necessida-des básicas da população em processo de exclusão e vulnerabilidade social, ou, ainda, mínimos indis-pensáveis para provisão de alimentação, moradia, higiene, educação e saúde.

Artigo

SOMOS UM, e somos muitos

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CIMCURSO

DE INTENSIVO

MISSOES

Bertil EkströmTânia de M. WutzkiEli Ticuna

Marcos Amado

smcibi.orgsecretaria@@smcibi.org

INSCRIÇÕESPastores e Líderes R$ 250,00 Missionários R$ 150,00

18 a 25 OUTUBRO

Batista IndependenteSeminário Teológico

CAMPINAS/SP

Paulo Felipe da Penha Pedro Sertão

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Missões para Crianças

Jesus nos deu uma missão e ela está descrita no texto que lemos acima: devemos ser suas testemunhas, em todos os momentos de nossa vida.

Em certa ocasião, me deparei com esse texto e fiz um questionamento: tenho cumprido essa Missão? Desde que fiz essa reflexão sobre a importância de ser uma testemunha de Jesus em tempo integral, desejei ter sido despertada por esse desejo anteriormente e aprendido a cumprir essa Missão, quem sabe, ainda na minha infância. Quantas pessoas poderiam ter sido alcançadas? Colegas de escola, familiares, enfim.

A verdade é que muitas vezes nos percebemos com tal sentimento: de que nosso tempo passou e que poderíamos ter feito mais. Podemos nos acomodar e lamentar, ou podemos usar isso para

sermos relevantes na vida de alguém. Foi o que decidi fazer. Se não posso voltar a ser criança para cumprir meu chamado desde a infância, posso ser relevante na vida das crianças que conheço e lançar sementes!

Lançar sementes, SIM! Isso é o que devemos fazer na vida de nossas crianças. Lançar as sementes do Evangelho, lançar as sementes do amor de Jesus e mostrar a elas, desde a tenra idade, o quanto Jesus as ama, e que por isso conta com cada uma delas para serem suas testemunhas; conta com elas para fazer missões!

Na igreja local onde sirvo, temos entendido isso e aproveitado todas as oportunidades com os pequenos para refletirmos sobre Missões, mostrando a eles que, de fato, é um privilégio fazer parte da pregação do Evangelho. Ao

mesmo tempo, temos proporcionado a prá-tica de as próprias crianças evangelizarem outras crianças e até adultos de forma intencional. Fazemos isso com a certeza de que pequenas sementes são plantadas em cada coraçãozinho, e que essas crianças, com a Graça de Deus, se tor-narão adultos dispostos a servir!

Quando nos dis-pomos a servir, e a lançar a boa semente, as oportunidades são criadas pelo próprio Deus.

Todos os anos, no mês de abril, o De-partamento Feminino da CIBIERGS, o DEFSUL, promove o Congresso DEFSUL, onde se reúnem mais de

mil pessoas para momentos de adoração e comunhão voltados às mulheres Batistas Independentes do estado. Em 2016, surgiu a oportunidade de iniciarmos um trabalho missionário com as crianças, em uma linguagem adequada, de forma que elas também pudessem ouvir a mensagem do evangelho e o chamado para serem missionários. Os resultados têm sido incríveis!

Em 2019, realizamos a quarta edi-ção do projeto. Tivemos mais uma oportunidade de trabalhar com as crianças proporcionando momentos de ensino da Palavra de Deus e realizando atividades totalmente voltadas para o tema “missões”, onde foi abordada a Urgência e Importância de Fazer Missões, além das formas em que o Ide pode ser cumprido: Orando, Contribuindo e Indo.

O Culto Infantil, como é chamado o Projeto, nesse ano, atendeu mais de 70 crianças. Nessa edição contou com a presença especial do Secretário de Missões da CIBI, Pr. Paulo Felipe e sua esposa Sueli, que falaram diretamente para as crianças sobre os desafios do Campo Missionário, trazendo muitas informações e curiosidades. Além do estudo e ensino da Palavra, os pequenos ainda puderam desfrutar de momentos de louvor, atividades relacionadas ao tema Missões, brincadeiras e jogos.

Entendemos que o Plano de Deus é que todos os povos da terra conheçam a mensagem da salvação, antes que Cristo volte. Por isso, não podemos perder tempo! Precisamos fazer a nossa parte e anunciar o Evangelho. Cremos que nossas crianças devem ser incentivadas desde cedo a fazer parte dessa empreitada e entender o propósito de Deus para suas vidas.

Gabriela Nunes BuenoIgreja Batista Independente de Campo Bom/RS

Bacharela em Direito e Teologia / Pós-graduada em Docência no Ensino Superior

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Es-pírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria

e até aos confins da terra.” (Atos 1.8)

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Sem perder o foco

Apesar de todas as dificuldades e bar-reiras que o mundo impõe, a igreja evan-gélica tem crescido e alcançado os lugares mais inóspitos do planeta. O Brasil tem se tornado uma “potência” evangélica no mundo, chegamos à casa dos 40 milhões, vemos cargos de influência na sociedade sendo ocupados por evangélicos, perso-nalidades compartilhando em suas redes sociais sua participação nos mais diversos grupos evangélicos e nas mais diferentes denominações.

Falando em denominações, surgem as mais diversas no nosso país, com seus nomes diferentes, seus estilos, seus fo-cos, estratégias, cada vez mais contem-porâneas e utilizando-se muito bem das mídias, influenciam e arrebanham pes-soas das mais diversas faixas etárias, mas principalmente os jovens, e normalmente aqueles que já são de outras comunidades evangélicas.

As propostas são as mais diversas, e diante de tudo que ouvimos e vemos, e muitas vezes questionados pelos mem-bros de nossas igrejas, líderes de igrejas que tem historicamente um compromisso com a palavra são pressionados o tempo todo a mudarem seu estilo, seguirem o pragmatismo, incorporar novas práticas, inclusive algumas delas estranhas ao que estamos acostumados.

Como saber quem está certo em toda essa loucura do mundo de hoje? Como compreender o limite da religiosidade e do cristianismo verdadeiro? Como se atualizar no tempo, sem perder a essência do evangelho? Essas perguntas atormen-tam aqueles que não querem ficar à mar-gem do tempo, mas ao mesmo tempo de-sejam estar no centro da vontade de Deus. A resposta a essas perguntas poderia ser,

simplesmente viver o que a bíblia ensina, mas então somos incomodados com uma outra questão, todos alegam que utilizam a bíblia. As promessas, os ensinos são os mais diferentes, mas a maioria absoluta declara, a bíblia diz, Deus falou.

Então, como entender qual é o ca-minho que devemos seguir para não nos perder no próprio mundo evangélico? Como filhos de Deus, discípulos de Je-sus, antes de entendermos qual é a nossa missão, precisamos compreender qual é a missão de Deus.

Quando lemos a Palavra de Deus ve-mos claramente que toda ela aponta para Cristo, e apesar de tudo que Deus fez, tudo aponta para a obra redentora de Je-sus Cristo. Ele foi enviado para a salvação do homem que estava perdido. Quando entendemos que Deus envia Jesus para a salvação da humanidade e que Jesus, tem como foco entregar a sua vida para a re-missão do homem, compreendemos en-tão que nossa grande missão como igreja é compartilhar o evangelho da salvação com todo aquele que está perdido.

Nossa missão é ir, sermos testemu-nhas de Jesus Cristo, compartilharmos o evangelho de Jesus Cristo, tudo que faze-mos precisa objetivar isso, meus estudos, meu trabalho, meu tempo, meus recursos, foram me dados para que a missão de Deus se cumpra através da minha vida.

Há duzentos anos um dos grandes missionários conhecidos na história do cristianismo, David Livingstone, decla-rou: “Deus, envia-me para qualquer lugar, desde que vás comigo. Coloca qualquer carga sobre mim, desde que me carregues, e desata todos os laços de meu coração, menos o laço que prende o meu coração ao Teu”. O clamor missionário continua entoando alto e ultrapassando os anos, as necessidades são claras e os desafios mais vivos do que nunca.

Jesus não morreu na cruz para que você fosse um profissional bem sucedido, tivesse dinheiro, fizesse um curso univer-sitário, mas ele morreu na cruz para que através da tua profissão, dos teus recur-sos, de quem você é e do que você tem, homens e mulheres pudessem ser resga-tados das trevas e salvas pelo sangue do cordeiro.

Não importa se cantores ou prega-dores te apresentem os mais diversos ca-minhos do evangelho, a Palavra de Deus é clara e apresenta qual é a nossa grande missão, somos enviados por Deus a um mundo perdido como Jesus foi enviado e obediente até o fim.

Pr. Cleo Harison BlochDiretor do STBISUL e Presidente da JET

Junta de Educação Teológica da CIBI

Missão e Teologia

Como saber quem está certo em toda essa

loucura do mundo de hoje? Como compreen-der o limite da religio-sidade e do cristianis-mo verdadeiro? Como se atualizar no tempo, sem perder a essência

do evangelho?

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Fazemos parte do mesmo time. Fomos convocados por Deus para representar uma nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Nosso propósito é proclamar as grandezas daquele que nos convocou. Cada um tem uma posição diferente em campo, mas jogamos unidos, com o mesmo objetivo!

Em missões, há os atacantes no campo, o zagueiro do suporte financeiro, os volantes meias e laterais da oração e todos os outros que compreendem esse chamado especial e executam com destreza os dribles pela fé e amor em Jesus.

No 2º domingo de setembro vista a ca-misa do Time de Deus, no Dia de Oferta Missinária.

Este dia especial tem o objetivo de desper-tar em nossas igrejas o desejo de fazer parte do time que fortalece os projetos missionários da Secretaria de Missões da CIBI, através de alvos e estratégias para alcançar regiões sem o conhecimento do evangelho, tanto aqui no Brasil e em outros países. Essa equipe se organiza para saldar - enquanto ainda há tempo - a nossa dívida com a ordem do Mes-tre, conforme Mateus 28:18-20.

Crie o hábito de falar de Missões em sua igreja! Realize programações missionárias, levante uma oferta especial para estruturar e apoiar os trabalhos missionários da SM.

É tempo de sair da arquibancada e en-trar em campo!

Contamos com você!

Somos um, para que o mundo creia!

Essa oferta tem como objetivo princi-pal e imediato, os programas de Adoção Missionária em todo território nacional, a começar pelas regiões mais carentes do nosso país, na América Latina e nos de-mais continentes.

Tenha em mente que missões é um imperativo divino. O Mestre nos ordena e nós somos seus instrumentos para a evangelização do mundo atual.

Cada pastor/secretário(a) de Missões das igrejas, têm a liberdade de desenvol-ver a Campanha como melhor lhe convier e de acordo com a quantidade de crentes e as peculiaridades de cada igreja.

Após a arrecadação e contabilização das ofertas, as igrejas enviarão os valores arrecadados à SM/CIBI, através de depó-sito bancário.

As igrejas realizarão uma Programa-ção Missionária Especial, apresentando vídeos com testemunhos missionários, fotos, relatórios, mensagens, etc.

Na programação, levantarão uma oferta especial a partir de R$ 10,00 (dez reais) ou mais, por cada membro e amigos presentes ao culto. Essa oferta especial será encaminhada à SM/CIBI, para estru-turar e apoiar os trabalhos missionários nacionais e internacionais, assim como os Projetos de Adoção Missionária Autócto-ne (liderança local), Transcultural, Nacio-nal e Indígena.

Esta campanha é uma oportunidade que despertará interesse dos departamen-tos internos das igrejas desde o maternal até adulto. Esse valor de R$ 10,00 (dez reais), como oferta mínima, fala da unida-de da igreja neste projeto que, certamente engrandecerá o Reino de Deus com a ex-pansão da obra missionária.

OBJETIVO DA CAMPANHA ORIENTAÇÕES

FINALIDADE

NOSSO CLAMORContamos com a valiosa ajuda

dos pastores e líderes que Deus tem posto à frente de nossas igre-jas e clamamos ao Senhor da Seara que esta visão missionária seja uma chama do Espírito Santo a inflamar os corações de vocês e de suas ove-lhas, no sentido de cumprirem a or-dem divina de evangelizar o Brasil e o mundo. Nós contamos com sua ajuda para realização desta grande Campanha. Não fuja a este desafio, contamos com você. Não fique in-diferente a esse clamor e desafio.

Faça de sua igreja a cada dia, uma igreja missionária, enviando missionários, orando pelos mis-sionários e contribuindo principal-mente para as necessidades de nos-sos missionários.

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O Culto de Missões é uma estratégia para atingir, de ma-neira eficaz, os alvos missio-nários que que a igreja tenha estabelecido.

Separe um domingo de cada mês para que seja cele-brado um culto missionário e todas as ofertas levantadas nes-se dia sejam canalizadas para Missões.

O Culto de Missões permi-te que a igreja local esteja reu-

A IMPORTÂNCIA DO CULTO DE MISSÕES

POR QUÊ UM CULTO DE MISSÕES?Para permitir a cada membro da igreja local o reconhecimento do seu papel na obra

missionária seja ela nacional ou transcultural;Para dar oportunidade para a Igreja ser abençoada ao ofertar para missões;Para despertar pessoas para formar um Comitê de Missões em cada igreja;Para despertar pessoas para serem intercessores por Missões;Para despertar as pessoas para evangelizar, interceder e ofertar. Fazendo estas três

coisas os membros estarão obedecendo o IDE que o Senhor Jesus nos deixou.

SUGESTÃO DE MOMENTO

MISSIONÁRIO

O momento missionário é um tempo destinado no culto para in-formar necessidades locais e mun-diais, e assim despertar, motivar e manter um movimento de oração promissões na igreja. Portanto, é importante um espaço reservado, de pelo menos 10 minutos, em to-dos os cultos para falar sobre mis-sões.

O momento missionário, em-bora seja curto, precisa impactar os ouvintes. A mensagem precisa ser clara, objetiva e que desperte a igre-ja para a oração de intercessão. De-ve-se ter o cuidado de não apresen-tar uma mensagem vaga, extensa e que não produza o entendimento.

A mensagem a ser passada no momento missionário pode ser re-tirada de boletins de oração de mis-sões; de cartas ou e-mails de mis-sionários que estejam no campo.

É interessante também, utilizar a criatividade e fazer uso de recur-sos como vídeos, imagens, estatísti-cas, que auxilie na comunicação da mensagem.

Que a visão de uma igreja que seja benção perto e longe se espalhe por toda as igrejas de nossa Convenção!

Durante os cultos habituais da igreja

nida para receber a ministra-ção do Senhor quanto ao Seu mandamento: “Ide por todo o mundo, e pregue o Evange-lho a toda à criatura” (Marcos 16:15).

Este culto pode ser uma ferramenta poderosa para au-mentar, de maneira significati-va, a conscientização missioná-ria na igreja local, em especial, para reavivar a visão missioná-ria da CIBI.

Idéias para o Culto MissionárioAo elaborar a programação do Culto

Missionário, alguns elementos devem ser levados em consideração:

Ambiente – ornamentação do tem-plo com motivos missionários, dando ca-ráter especial ao evento (faixa, bandeiras, fotografias de missionários, exposição de imagens de trabalhos missionários, gráfi-cos, lemas, entre outros, considerando o tema a ser enfocado);

Tema – O culto deve ter um tema es-pecial voltado para missões (o tema pode fazer referência a uma parte bíblica, a um lema missionário, a um país em especial, a uma determinada região, a um povo. O tema pode ser colocado em forma de pergunta ou uma declaração, é importan-te entender que a definição do tema dará subsídios para os outros elementos do culto, então *ATENÇÃO!)

Louvor – com louvores e hinos que versem mensagens sobre Missões (é im-portante escolher estes cânticos de ante-mão, e definir quais serão cantados com

a participação de todos os presentes, e quais serão entoados por grupos específi-cos e/ou cantores).

Oferta – Deve ser levantada uma oferta para missões (a igreja deve ser desafiada, incentivada a dar a sua con-tribuição financeira para Missões. Al-gumas igrejas têm lançado o desafio de cada membro trazer uma quantia mínima como R$ 10,00 no dia do culto missio-nário...);

Mensagem - Sempre que possível convide um missionário para trazer a mensagem (exposição de trabalho, com auxílio de data show; testemunho do campo, exposição da pala-vra fazendo referência ao tema);

São bem-vindas a leitura de infor-mativos, e-mails e vídeos de missioná-rios para que a igreja saiba do que se passa no campo.

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cada vez melhor!VEM E VÊ!

Jovens em Missão

Chegando à sua décima quarta edição em 2019, o MOBILIZA BRASIL se consolida no calendário de eventos da Con-venção das Igrejas Batistas Independentes – como um ponto de encontro e avivamento da nossa juventude. Mais de 30 caravanas de diferentes cidades do Brasil já estão arrumando as malas em direção a Sumaré, onde acontece o MOBILIZA BRASIL 2019, no período de 14 a 17 de novembro. A expectativa de público para este ano é de mais de 1500 pessoas.

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Os participantes vão encon-trar um Mobiliza cada vez melhor e maior. Toda a programação do evento é pensada para que os par-ticipantes conheçam diversas ferra-mentas, oportunidades, projetos e ministérios, a fim de que eles sejam encorajados a cumprir seus chama-dos.

Adoração vibrante, mensagens inspiradoras, amizades verdadeiras, oficinas com foco em carreira pro-fissional, ferramentas missionárias, evangelismo, arte, cultura, identi-dade, missão transcultural e justiça. São 20 opções de oficinas, todas ministradas por quem tem expe-riência nesses assuntos, para orien-tar e inspirar os participantes. Os jovens também terão contato com

Nas palavras do Pastor José Nilton Sampaio – pastor da Igreja Batista Filadélfia, Candiba (BA) –, o MOBILIZA é uma ferra-menta de Deus para despertar a juventude. “Eu estava preocupa-do com a nova etapa da vida do meu filho Igor. Ele tinha feito 17 anos e estava em crise sobre o que fazer, como todo adolescente. Minha esposa e eu desafiamos nosso filho a participar do MO-BILIZA BRASIL 2015. Ele foi e teve uma experiência fantástica. No ano seguinte ele participou de uma viagem missionária com a MOBI para o Amapá e hoje ele está com foco no reino de Deus. Desde então, meu filho tem despontado. Cursou um semestre no IFBA – Instituto Federal da Bahia, curso integrado técnico em agropecuária, mais recentemente, foi aprovado no BI em Saúde pela Universidade Federal da Bahia, com oportunidade de cursar medicina em sequência, e também aprovado em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal. Foi um dos finalistas do programa Jovens Embaixadores 2018 e premiado em primeiro lugar com um projeto na categoria Ciências Exatas e Engenharia na Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA) que ocorreu no XIX Encontro Internacional Virtual Educa em 2018. A oração do Igor é fazer a escolha certa e servir a Deus com seus dons, talentos e profissão”, relata o pastor. Igor hoje faz parte da Equipe de liderança da Mobisba – Mocidade Batista Independente do Sudoeste da Bahia.

O Mobiliza Brasil 2019 traz um time de preletores e músicos com ricas e diversas experiências. Os participantes poderão conhecer e ouvir a Zazá, uma pessoa incrível e inspiradora que vai compartilhar com a gente sobre a fé, esperan-ça e o amor, sobre o seu trabalho com refugiados e também a pessoa de Jesus. Ela atua na Espanha e em mais de 20 países, principalmente

O que os participantes vão encontrar no Mobiliza?

pessoas que já possuem bagagem na caminhada da vocação missioná-ria no tradicional Hangout, espaço no qual vão encontrar uma equipe preparada para ouvi-los, entender suas dúvidas e medos, e oferecer conselhos.

Esse ano queremos fazer um palco alternativo maior e mais cheio. Além de tudo isso, uma gran-de oportunidade para novos conta-tos direto com jovens, missionários, líderes e gente que inspira gente. Esse teremos muitos stands e lança-mentos. Claro, pode ter certeza que como sempre, elementos novos, di-ferentes e criativos na programação.

Vem e Vê!Pr. Eliseu Lima

Pastor e Diretor da MOBI Brasilwww.mobi.org.br /(19) 98323-0559

no Norte da África. Da Europa, Hélder Favarin vai

falar sobre suas experiências como jovem na missão na Espanha e no mundo.

Também estarão no Mobiliza: Paulo Felipe (SM CIBI), Paulo Ba-ruk (São Paulo), Ana Nóbrega (Rio de Janeiro), Pr Lucas (São Paulo) entre outros que aguardamos con-firmação.

Quem vai?

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AprendendoNorte da Áfricapelas trilhas

As buganvílias estão em flor e as laranjeiras carre-gadas de frutos generosos enfeitando as ruas de Mar-rakesh- É janeiro. A noite chega devagarinho com cheiro de jasmim e a praça principal vai se enchendo de gente: Uns contam histórias, outros exibem produtos exóticos e engraçados, outros mais, tentam ´encantar` animais já cansados e desanimados. O barulho é ensurdecedor, a comida farta, as cores maravilhosas...

O bairro antigo da cidade, desenhado com ruas es-treitas (Medina) nos levam por lugares onde sempre nos perdemos e precisamos pedir ajuda e informação de uma pessoa do local para encontrar o caminho de volta.

Naquela tarde de domingo, sentados na casa dos nossos amigos e disfrutando da generosa hospitalidade local ouvimos histórias preciosas da salvação e da graça de Deus neste País. O Vento continua soprando onde quer, o grão de mostarda salta da terra e a massa cresce em mãos simples e obedientes.

Estamos voltando do Senegal, profundamente toca-dos pelo que vivemos: a voz fica embargada, as emoções se misturam, lágrimas e risos, alegria e tristeza, paz e des-conforto; a gratidão é profunda, a experiência transfor-madora e os vínculos fortalecidos. Difícil expressar tudo o que Deus nos permitiu viver e compartilhar nesses dias. Louvamos ao Seu Nome pela equipe do Brasil, por todos que nos apoiaram com as suas ofertas e orações e pelos irmãos que nos receberam com tanto amor e ge-nerosidade.

Entre tantas experiências e encontros, gostaríamos de compartilhar com vocês algumas delas, como a ale-gria de participar do trabalho em uma clínica médica, que PMI, Missão com a qual trabalhamos, começou há mais de 18 anos, nos arredores de Dakar e que contou com o esforço e generosidade de muitos irmãos e Igrejas.

Hoje em um espaço novo, em Keur Massah, ela anuncia a esperança da salvação e cuida das pessoas a partir de um compromisso integral com a vida através do compromisso e entrega dos profissionais que ali tra-balham. Neste fim de tarde, em seu terraço, levantamos nossas mãos em oração, com gratidão e louvor a Deus por este lugar de vida e esperança. A Clínica se chama Dun-gui, que significa vida em um dos idiomas locais.

Deus armou a sua barraca neste lugar e passeia pelas ruas movimentadas desse bairro restaurando vidas e re-construindo histórias.

A Escola ‘Casa de Esperança’, parte do projeto Keru Yaakaar, em uma pequena aldeia, Piré Gourèye, fervilha

com o riso das crianças e a diligência das professoras que se preparam para mais uma jornada pedagógica. A manhã passa rápida e animada e à tarde somos convidados a visitar o chefe da aldeia. Ele nos recebe com alegria e debaixo de uma árvore entre um assunto e outro ele nos diz com firmeza: “façam o trabalho de vocês, sejam fiéis à vocação que receberam, estamos aqui para apoiá-los!” em seguida nos apresenta o seu filho e nos conta que, graças ao trabalho de um enfermeiro, discípulo de Cristo que

Testemunho

Por favor orem pela equipe de trabalho, pelo seu coordenador, pelos pacientes, por toda a comunidade!

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trabalhou na região, ele está vivo e sau-dável. A visita termina com esperança e gratidão a Deus.

No dia seguinte empreendemos uma nova viagem, entre baobás imponentes e aldeias coloridas, somos impactados pelo olhar e a situação triste dos meninos Tali-bés, discípulos das escolas corânicas, que pedem uma oferta ou um pouco de comi-da, à beira do caminho. O sol pinta o céu

de um colorido indescritível que proclama a glória de Deus enquan-to avançamos para Kolda.

Paramos al-gumas vezes para fazer compras: bananas, tange-rinas, tecidos, cadernos, lápis, fitas, bordados… a máquina de cos-tura está no baga-geiro do carro.

Vamos plane-jando umas ofici-nas de costura e um desfile no rit-mo do sacolejar do carro! Nossa

irmã do país nos inspira com testemu-nhos preciosos de restauração e vida en-tre um cochilo e outro.

O caminho é longo e só ao cair da tar-de nos unimos à toda a equipe que veio do Brasil, me garantem que somos 15 pessoas, mas o barulho e o trabalho reali-zado parecem ser de uma multidão. Cor-po de Cristo disposto a servir que busca se ajustar nos espaços da casa hospitaleira e generosa dos irmãos de Kolda que nos recebem!

São Dias de aprendizado e serviço, de discipulado e encontros. Cada espaço se faz lugar de criatividade, de ideias novas e de oração onde sonhos fecundados sal-tam da terra com força renovada.

A semana passa rapidamente e o do-mingo chega com muitas expectativas: Um culto animado onde idiomas distin-tos se misturam em um louvor animado para acolher a mensagem sobre os sinais do Reino e naquela tarde ensolarada o

desfile começa em frente à Igreja. A aldeia se veste de festa com um co-

lorido maravilhoso e a desenvoltura e be-leza de cada participante se expressa com dignidade e originalidade: crianças jovens e adultos, passeiam pela passarela de ter-ra com elegância e graça, nos ensinando belas lições de criatividade. Entesoura-mos no coração esses dias preciosos de encontros e transformação.

Estes últimos meses foram de muito trabalho, viagens e trâmites: Louvamos a Deus pelo apoio da equipe com a qual trabalhamos e por todos vocês que nos acompanham com paciência e fidelidade. Servimos em meio à realidades desafia-doras e complexas e agradecemos a Deus por estes lugares que, com suas cicatrizes e beleza, nos ensinam tanto sobre a graça e o amor de Deus!

Louvamos a Deus pela vida de cada um/a de vocês, pela amizade, apoio, cui-dado e generosidade.

Com alegria e esperança renovamos nosso compromisso com Deus e com vo-cês, companheiros da vocação!

A Ele toda a glória!

Zazá e NetoMissionários SM entre os Povos Muçulmanos

Oremos para que a missão seja reflexo das atitudes de Cristo e que possamos nos inspirar em sua entre-ga e encarnação.

Orem pelos obreiros que traba-lham nesse lugar e pela única obreira que mora na aldeia, para que sejam renovados. Orem para que a semente semeada possa produzir frutos para a glória de Deus! Orem pela Escola, pelas crianças, professores e por esta aldeia que pode parecer distante, mas mora muito perto do coração do nosso Deus.

Por favor orem pela minha saúde, estou com uma gastrite associada a uma bactéria que incomoda bastan-te. Graças a Deus já fui medicada e pouco a pouco estou melhorando. Orem para que em meio a tantos desafios e demandas o nosso coração encontre descanso no Senhor e se mantenha fiel a Ele.

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Fato é que eu e minha esposa temos visto de perto boa parte dessas estatísticas. Há um forte catalisador religioso no país e o fator cultural, incluindo os estudos, são elevados a tal ponto que estão acima de Deus até mesmo para as pessoas crentes. Esta seria uma das explicações para a situação vigente.

Temos tentado, neste tempo que estamos aqui, primeiramente, nos adaptar – e isso tem seu tempo (assunto para outro texto, talvez). Também temos procurado observar mais de perto essa realidade para, aos poucos, com a graça de Deus, influenciar jovens portugueses, suas famílias e sociedade.

Demos início ao discipulado individual, o que não é fácil devido a inúmeros fatores, mas também porque a Eloisa está agora se adaptando ao papel de mãe (nosso grupo de adolescentes são por volta de 14 e cerca de 95% são meninas). Temos boas expectativas que neste verão (Julho 2019) poderemos batizar, com a graça de Deus, quatro adolescentes e, inclusive, uma mãe. Temos orado por isto.

Também começamos, aos poucos, evidentemente, um contato e já fizemos um primeiro encontro maior com algumas igrejas da região norte que fazem parte da CIBI Portugal (MOVE Movimento Evangélico ). Queremos nos aproximar destas poucas igrejas visando unidade, partilha, incentivo, encorajamento e apoio – quando e se possível – no desenvolvimento de novas lideranças.

Temos ouvido coisas assim: “Ah, Jesus pode ser meu Salvador; mas, Senhor, espera lá… eu que dirijo minha vida”. Acho que percebeu a ideia, não é?

Cremos que todas as coisas têm seu tempo. Tudo coopera e tudo faz parte do crescimento e amadurecimento da nossa fé nEle, sabendo que a obra é do Senhor e que Ele mesmo começou a boa obra em nós irá até o fim para terminá-la. Lembro-me sempre de uma citação de Hudson Taylor que impactou minha vida: “a obra de Deus começa difícil, torna-se impossível e então é feita”

Sonhamos com Portugal cada vez mais rendido a Jesus, em todas as esferas da vida, assim como a Espanha e, claro, todo continente europeu. Queremos “gastar” nossa vida nestas terras, pois assim o Senhor tem falado conosco desde início do nosso chamado transcultural.

Nele, por Ele e para Ele,

Fernando HeiseMissionário Associado SM/CIBI em Portugal

Notas1 Tom Powell, “More than half of Britons ‘have no religion’, survey reveals,” Evening Standard, September 4, 2017, https://www.standard.co.uk/news/uk/more-than-half-of-britons-have-no-reli-

gion-survey-reveals-a3626896.html / 2 - Organização missionária mundial que é chamada para alcançar e discipular a Cultura Global da juventude para Jesus. / 3 - Por data, da Fundação

Francisco Manuel dos Santos. / 4 - Nome atualizado da CIBI Portugal desde Abril 2019./ 5 - foi missionário na China no século XIX, por 51 anos. Fundador da Missão para o Interior da China, enviou mais de 800 missionários, num tempo em que os missionários somente iam para as regiões

costeiras. Ele fundou 125 escolas, viu milhares de conversões na maior nação do mundo e continua sendo um exemplo de vida para as missões modernas. Sua frase, fruto da experiência desafiadora,

tem um significado muito especial no momento que estamos vivendo.

Rumo a uma Europa pÓsreligiosa?

A Europa, berço do protestantismo e celeiro missionário do mundo durante vários séculos, vive hoje uma crescente onda de secularização. Nos últimos anos, toda a Europa vem sofrendo com o esfriamento da fé. Templos estão fechando as portas e cedendo lugar para lojas, mercados, academias e até bares.

Segundo um estudo feito em 2016 no Reino Unido, 73% dos jovens entre 16 e 24 anos se identifica como não tendo nenhuma crença religiosa .

Ouvi, certa vez, uma palestra do diretor da Steiger Europa , Luke Greenwood, na qual mencionou: “Em uma Europa cada vez mais urbanizada e secularizada, essa geração global precisa ter a chance de ouvir a Boa Nova, de uma forma que seja acessível a eles”.

Em Portugal, entre os jovens, a situação é alarmante: a faixa etária de 15 a 24 anos é onde se encontra o maior número de pessoas que se declaram não crentes .

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Campanha de Missões

Steves Saint, filho de Nait Saint (um dos cinco missionários mártires no Equador cuja história dramática está relatada na obra ‘Piloto das Selvas’), diz em seu livro A Grande Omissão (The Great Omission): “O nosso hábito de enviar poucas tropas especializadas para lutar contra o inimigo, e deixarmos a maioria dos cristãos fora desta batalha espiritual, é a nossa Grande Omissão”. Entendo e valorizo a preparação para todo o Corpo, mas também sei que todos têm que amar a missão de alcançar os perdidos, não esquecendo os menos alcançados pelo Evangelho.

É hora de empreendermos esforços para alcançar os não alcançados e esquecidos pela igreja evangélica no mundo.

Saindo da grande omissão para a Grande Comissão

O DesafioVocê pode não gostar de

matemática, mas esses números têm que fazer parte da vida de qualquer cristão. Existem hoje no mundo 191 países, muitos ainda não foram alcançados com a mensagem do evangelho, por isso, vamos ver alguns números que mostram o tamanho da responsabilidade que enfrentamos. Observe alguns dados:

• De acordo com o Joshua Project, existem 16.598 grupos étnicos no mundo e 7.165 desses são “não-alcançados” (menos de 2% evangélicos).

• Há 6.287 línguas no mundo e 4.500 delas não

Somos Um é o lema da CIBI para 2019. Esse também é o tema da Campanha de Missões. Durante o mês de julho já disponibilizaremos vários recursos para a Campanha em nossas redes sociais e enviaremos o cartaz e demais materiais impressos para nossas igrejas.

Pr. Paulo Felipe da PenhaSecretário de Missões

têm nenhuma parte da Bíblia traduzida;

• 85.000 morrem a cada dia sem nunca terem ouvido de Cristo.

O que temosA condição da igreja brasileira é

a seguinte: em cada 100 membros, em média, encontramos três que amam missões. A esses chamamos de comprometidos. De qual grupo você faz parte?

Somos a terceira maior igreja do mundo e precisamos de 100 mil crentes para sustentar um missionário transcultural. Investimos, em média, somente

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“Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como amaste a mim.” João 17:21-23

Somente chegaremos aonde nossa fé alcançar

Pensando nisto nos lembramos do texto de 2 Rs. 13. 14 a 19 que fala do encontro do profeta Eliseu com o rei Jeoás. Ao visitá-lo Jeoás recebeu a palavra para que abrisse a Janela do Oriente, onde estava o maior desafio do povo de Israel. Parece que podemos fazer um paralelo em nossos dias, quando olhamos para a Janela do Oriente, a Janela 10-40, onde está o mundo muçulmano árabe. Eliseu disse para Jeoás que pegasse o arco e as flechas do livramento do Senhor que seriam as flechas de livramento contra os sírios. Ele tinha o local determinado para a vitória decretada pelo Senhor. Jeoás recebeu a ordem de pegar

as flechas e simbolicamente ferir a terra. Ele poderia fazê-lo 5 ou 6 vezes e este número seria o final do inimigo do povo de Israel. Mas Jeoás o fez, somente 3 vezes e causou indignação no profeta. Creio que o maior perigo para a igreja está dentro da própria igreja: a apatia, a indiferença, a indolência, o conformismo e o materialismo modernos, que resultam na Grande Omissão.

A Bíblia registra em João 17:21 23 a oração sacerdotal de Cristo, que diz que o mundo só vai crer n’Ele quando nós formos um, assim como o Pai e o Filho são um. Creio que essa oração do Filho está começando a ser respondida.

Que eu e você sejamos essa resposta!

R$ 1,30 por pessoa por ano para missões transculturais. Você está envolvido ou comprometido com missões transculturais?

Não é necessário muito esforço para sermos modelo ou transformarmos o mundo, como fizeram os crentes primitivos (At. 17.6). Se cada crente batista independente investir em média R$ 10,00 mensais em missões nacionais e transculturais - que seria 100 vezes mais que o investimento atual - poderia multiplicar a força e investimento missionário em 100 e atender a demanda dos povos que não conhecem Jesus no Brasil e no mundo. Isto é sacrifício? É utopia?

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Abrindoportas na Índia

Neste ano completamos 19 anos na Índia. Durante esse tempo muitas coisas aconteceram e, em todo tempo, o Senhor tem nos sustentado. Isso não significa que tem sido um tempo fácil. A distância do Brasil muitas vezes foi acompanhada de muita dor, perdas na família, fragilidade na saúde física, algumas crises financeiras, dificuldades linguísticas, além da cons-tante guerra espiritual e tensão por conta do governo que nos “limita”. Contudo, o nosso Deus tem nos sustentado e, quanto mais dificuldades encontramos, mais ve-mos a mão e o agir de Deus. Afinal, quem pode detê-Lo ou parar sua grande benig-nidade?

Quando o Senhor começou abrir as portas para Índia eu era solteira e vim pela primeira vez como parte de uma equi-pe. Retornei ao Brasil e o que, aos meus olhos, parecia impossível aconteceu: vol-tei a Índia solteira e sem equipe, em um contexto aparentemente desfavorável. O que os meus olhos viram foi Deus cui-dando, amparando e ensinando que Ele é o que eu mais preciso: “Persuadiste-me, ó Senhor, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste” (Jeremias 20.7). Encontrei nEle toda a força de que eu precisava para permanecer firme no projeto que Ele mesmo havia colocado em meu coração. Uma coisa, porém, era muito clara: eu precisava ser impactada em minha própria vida para poder im-pactar outras vidas! Como falar de Deus para um povo com tantos deuses? Como o meu Deus seria diferente de todos os outros que eles já conheciam?

Nosso Deus é um Deus relacional e, como reflexo dEle, nós deveríamos criar relacionamentos para que o seu nome fosse glorificado. A partir daí começamos a nos deparar com algumas necessidades locais que nos motivaram a utilizar o dom que o Senhor nos Deus – misericórdia e socorro. Por essa razão, temos servido em diferentes áreas.

SCHOOL HOMEComeçamos servindo com crianças,

pois entendemos que toda criança precisa de amor, cuidado e educação. É exata-mente isso que tentamos oferecer. Nosso trabalho mais recente com crianças está ativo há cerca de quatro anos, quando dois orfanatos que eram cuidados por irmãos de diferentes nacionalidades foi fechado, uma vez que foram impedidos de perma-necerem no país devido à perseguição re-ligiosa. O Senhor nos deu oportunidade de reabri-los não mais como orfana-tos, mas como School Home, e trazer todas as crianças de volta – crianças que, após o fechamento, ficaram sem amparo. School Home é um espaço em que as crianças moram, estudam e são discipuladas. Somos gratos por tudo que Deus tem feito até aqui. Através da ONG que temos, podemos oferecer toda assistência legal para os nossos irmãos; além de servimos como conselheiros intermediando situações de conflito e dando suporte para os obreiros que trabalham diretamente com as crian-ças. No entanto, temos alguns desafios, principalmente nesses meses de férias. Clamamos por obreiros capacitados e que compreendam que este espaço não é apenas um trabalho, mas um ministério. Da mesma forma, clamamos pelas ativi-dades que acontecem durante o tempo de férias. Algumas das nossas crianças so-frem com o problema da rejeição de suas famílias quando voltam para casa, pois são órfãs de pai e/ou mãe. Por essa razão, vamos ter uma espécie de acampamento de férias para que elas não precisem re-

tornar para suas casas. Por favor, estejam orando por isso.

NAGASDeus também nos deu a oportunida-

de de ajudar os estudantes universitários que são do nordeste da Índia. O trabalho, que começou com meu esposo e mais dois estudantes, hoje é uma igreja com aproximadamente 400 membros. Temos trabalhado como conselheiros dos jo-vens, discipulando e dando suporte ao pastor local. Durante esse tempo somos

testemunhas do mover de Deus. Al-guns desses jovem nascem de

novo, são batizados e impac-tados pelo Espírito Santo a não serem religiosos, mas seguirem o Messias. Atualmente, meu esposo e eu estamos responsáveis por um pequeno grupo de

discipulado. É precioso ver a Palavra de Deus trazendo

transformação em nossas vidas! Estamos clamando por um avivamento e para que muitos desses jovens sejam levados a expandir o Reino em lugares específicos da Índia e do mundo.

Por favor, estejam orando por esses jovens. Muitos deles só ficam em Dehra-dun durante três anos. Cremos que esse tempo aqui é estratégico, da parte de Deus, para prepará-los a serem autênticos semeadores.

LEPROSÁRIOParalelo a esses Ministérios, temos

oferecido um pequeno apoio em um le-prosário nas proximidades da cidade. Por meio de ação social – que inclui doação de roupas e calçados – levamos o evange-lho integral, suprindo suas necessidades

“Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste” Jeremias 20.7

Hoje tenho a plena consciência

de que Deus é o Senhor da história

e persuade sua criação a

entender sua soberania.

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físicas e espirituais. Certamente podemos fazer mais e estamos orando ao Senhor para que nos direcione. Já temos uma en-fermeira e gostaríamos que vocês estejam orando conosco por pessoas capacitadas para auxiliar nesse trabalho, pois eu e o Deezane não somos profissionais na área de saúde e desejamos oferecer o melhor para essas pessoas. Além disso, o Senhor tem colocado no coração do Deezane o desejo de realizar um treinamento espe-cífico para esse trabalho. Por favor, ore por isso.

APOIO AOS OBREIROSCreio também que Deus nos favore-

ceu com muitas experiências ao longo dos anos. Isso nos dá habilidades para ajudar e ser suporte para aqueles que estão che-gando a essa nação. É muito importante acolhermos os irmãos que estão obede-cendo ao chamado do Pai, auxiliando-os em coisas pequenas que são desafios para estrangeiros: uma linha telefônica, mora-dia e, acima de tudo, encorajamento, cui-dado e oração. Agora queremos estabele-cer uma reunião mensal para dividirmos o fardo e para que tenhamos momentos de comunhão, pois precisamos nos for-talecer para continuar obedientes ao cha-mado.

DIREITO DE SER MENINADiante do desafio que enfrentamos

em compartilhar sobre um único Deus – e que esse Deus, em tudo que faz, tem um propósito – em sua soberania, Ele per-mitiu que eu não pudesse ter filhos. Aos meus olhos, e aos olhos dos médicos, en-gravidar seria impossível. Por essa razão, desisti de ser mãe. Então, meu esposo e eu decidimos ser guardiões de duas me-

ninas que estavam realmente carentes de ajuda em todos aspectos. Nosso coração estava em paz e realizado, mas aprouve ao Senhor mudar minha história. Quando as meninas chegaram em nossa casa eu já estava grávida de quase três meses da nossa filha Hadassah, hoje com sete anos! A criança que os médicos recomendaram abortar, pois ela iria nascer com proble-mas que dificultariam seu desenvolvimen-to! Decidimos não abortar e, para glória de Deus, ela nasceu perfeita e esses dias recebeu o diploma de melhor aluna da es-cola, para a Glória de Deus!

Mulheres que sabiam que não podiam gerar filhos, e que eram excluídas por isso, começaram a se aproximar. Pela miseri-córdia de Deus, elas viram em nós o dese-jo de acolher meninas e como estávamos fe-lizes em ter uma famí-lia mesmo sem poder engravidar. A partir daí o Senhor fez nas-cer no coração dessas mulheres o desejo de adotar meninas. Por outro lado, en-contramos mulheres que, após terem sua terceira gestação de mais uma menina, são obrigadas, por seus esposos, a deixarem essas crianças mor-rerem. Elas são, mui-tas vezes, ameaçadas com espancamentos caso sejam surpreen-didas cuidando da criança.

Em uma nação cujo direito de ser menina é negado, o Senhor age em sua infinita misericórdia e proporciona en-contros entre essas mães que não podem cuidar de suas meninas e as mães que não podem gerar filhos. Hoje estamos presen-ciando uma dessas situações. Temos uma menina, que foi rejeitada, sendo, agora, amada, cuidada e amparada por uma mãe que ansiava por uma criança. Trata-se de um casal que trabalha conosco, que sou-be de uma menina que passou por essa situação e já estão cuidando dela há mais de nove meses, aguardando para fazer a adoção legal. Por favor, orem por essa situação. Hoje entendemos o porquê de o Senhor nos ter privado durante anos das nossas meninas. Isso me permitiu ter mais sensibilidade para com a dor dessas mulheres. Por favor, estejam orando, pois estamos ajudando na documentação des-se caso específico e temos outros amigos nos procurando para receber ajuda nesse processo.

Hoje tenho a plena consciência de que Deus é o Senhor da história e persua-de sua criação a entender sua soberania. Ele sempre será mais forte do que nós e sempre prevalecerá na história dessas me-ninas, dessas mães – na minha e na sua vida! Nossas mãos permanecem no ara-do. Temos convicção que nem um traba-lho no Senhor é vão. Como diz a canção: “Eu tenho um chamado e não posso me calar!”. Mais uma vez, muito obrigada por suas orações. Através das vossas súplicas somos capacitados em Deus para prosse-guir. Um grande abraço!

No amor do Mestre,

Nubi e Família Missionários SM na Índia

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Acontece no Campo

O sol nascente

NO JAPÃO

Em meados do século VII, aconteceu a grande reforma (Taika) no Japão, então chamado de ‘Wa’, que eliminou o feudalismo e fortaleceu a centralização do governo. Como parte dessa grande reforma, o nome da ilha passou a ser Japão, que na língua japonesa se pronuncia “nihon” ou “nippon”,

e significa, literalmente, “a origem do sol”. Desde então, durante os últimos 1.400 anos, o mundo tem se referido ao Japão como “a terra do sol nascente”.

O jesuíta português Francisco Xavier foi o primeiro missionário a pisar no Japão em 1549. Naquela época, depois de um primeiro encontro amigável com os japoneses, ele escreveu: “Na minha opinião, nenhum povo superior aos japoneses será encontrado entre os incrédulos”. Dois

anos depois, ele partiu do Japão desanimado, chamando o budismo e o idioma japonês de “uma invenção do diabo”.

Os missionários de hoje expressam a mesma frustração, apenas de modo diferente. Se os japoneses abraçaram a influência do ocidente (modas, filosofias, esportes, ciências, comidas, etc.), por que não também o cristianismo? Mesmo a China, que adotou o Ateísmo de Estado e que reprime qualquer coisa fora do controle estatal, conta com 52 milhões de cristãos. Na Coréia do Sul, 30% de sua população professa o cristianismo. Já no Japão, nunca foi ultrapassada a barreira de 1% de cristãos.

Em 2010, o Diretor do Centro de Treinamento Missionário no Japão, Minoru Okuyama, disse em uma conferência global de missões que “os japoneses prezam muito mais as relações humanas do que a própria verdade. Consequentemente, podemos dizer que, para os japoneses, uma das coisas mais importantes é a harmonia (em japonês, ‘wa’). Os japoneses têm medo de atrapalhar as relações humanas de suas famílias ou comunidades, mesmo se conscientes que o cristianismo seja o melhor. Os chineses e sul-coreanos, em contraste, prezam mais a verdade e os princípios do que as próprias relações humanas”.

A civilização ocidental, em sua grande maioria, foi construída sobre fundamentos judaico-cristãos. A civilização japonesa não. No cristianismo, Deus representa o poder absoluto, a justiça absoluta, a sabedoria absoluta e a verdade absoluta. Nada disso existe no Japão. Tudo aqui é relativo, razão pela qual a cultura religiosa do Japão é identificada como uma das mais sincretistas. No Japão, muitas pessoas vivem como xintoístas, casam-se como cristãos e morrem como budistas; no entanto, ao serem questionadas sobre sua fé, a maioria diz não ter religião, não ser religiosos nem se importar com religião alguma na sua vida diária. A avassaladora maioria de jovens no Japão acredita estarem vivos por acaso e não encontram uma razão ulterior para viver, motivo pelo qual o Japão é um dos países com o índice mais elevado de suicídios.

Diante desse cenário, será que ainda há esperança para o Japão? Será que esse mesmo Deus que mostrou misericórdia à infame cidade assíria, Nínive, nos dias de Jonas, não poderia também transformar o coração desta nação? Como, pois, podemos então pregar o Evangelho nesta nação de maneira que seja relevante?

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“Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito”, disse o Senhor dos Exércitos a Zorobabel por meio de profeta Zacarias (Zc 4.6). “Poder” e “vio-lência” expressam o esforço humano, seja de forma física, mental ou moral. Deus pode salvar “com muitos, com poucos, ou com aqueles que não têm poder” (2Cr 14.11 e 1Sm 14.6). Assim também na conversão dos pecadores, pois não im-porta quem rega ou quem planta, pois é Deus quem dá o crescimento (1Co 3.6) e fornece-nos as armas com as quais de-vemos lutar, que não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas (2Co 10.4).

A palavra de Deus diz em Juízes 5.31: “Que brilhem como o sol nascente aque-les que amam o Senhor”. Em Lucas 1.78-79, Zacarias, pai de João Batista, disse: “[...] do alto nos visitará o sol nascente, para brilhar sobre aqueles que estão vi-vendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz”. Na primeira passagem, somos nós – aqueles que amamos ao Senhor – que devemos brilhar. Na segunda, o sol nascente é pró-prio Jesus, a verdadeira luz do mundo que brilha nas trevas e ilumina todos os ho-mens (Jo 1.4-6). Foi ele mesmo quem dis-se: “Vocês são a luz do mundo [...] brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifi-quem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.14,16).

Fomos chamados para brilhar. Sabe-mos que não temos luz própria, senão que a nossa luz vem daquele que é a luz verdadeira, o verdadeiro sol nascente que quebra as trevas da noite trazendo a es-perança de um novo amanhecer. A nossa missão é anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).

Ainda me lembro das palavras de um amigo meu, missionário aqui no Japão durante mais de 30 anos, quando, alguns meses antes da nossa vinda a este país, me disse: “Jansen, há uma densa nuvem escura no Japão que não permite que a Luz brilhe nessa nação. Ore para que o Senhor quebre essa nuvem e a Sua luz bri-lhe no Japão, para que haja um verdadeiro avivamento.” Essas palavras ficaram gra-vadas no meu coração, e logo pude ouvir a voz do Espírito Santo ecoando na mi-nha alma: “Brilhem como o sol nascente aqueles que me amam. Eu Sou o verda-deiro Sol Nascente... Brilhem com a mi-nha luz!”

Durante nosso primeiro período de três anos aqui no Japão, pudemos nos fa-miliarizar bem com aquela densa nuvem escura sobre a qual fôramos advertidos. Muitos missionários, ao deparar-se com essa realidade, depois de muita semeadu-ra e pouca colheita, desistiram do Japão, assim como o fez o primeiro missionário nesta terra. Esta é uma das razões pela qual o Japão tem sido chamado de “cemi-tério de missionários”.

Louvamos imensamente ao Senhor, pois em nosso primeiro período aqui no Japão pudemos batizar cinco pessoas. Vimos famílias inteiras (pai, mãe e filho) converterem-se ao Senhor. Vimos casais à beira da separação serem restaurados. Vimos homens e mulheres vítimas de depressão e pensamentos suicidas serem restaurados. Vimos pessoas curadas. Vi-mos jovens quebrando compromissos com o mundo e almejando serem sacia-dos por Deus. Vimos crianças aprenden-do a Palavra do Senhor e adorando-o com amor e simplicidade. Vimos homens e mulheres amarrados por ataduras de falta de perdão durante muitos anos, fe-ridos e magoados, serem completamente

restaurados por meio do amor libertador de Deus através da Sua Palavra. Vimos pastores japoneses em nossa cidade reu-nindo-se mensalmente para orar e adorar a Deus juntos, compartilhando uns com outros suas cargas, lutas e dificuldades (algo extremamente raro de acontecer aqui no Japão, aleluia!). Vimos pessoas – que, ao longo de suas vidas, nunca haviam pisado numa igreja – derramarem lágri-mas ao ouvir as Boas Novas de Salvação pela primeira vez, mesmo sem entender o que estava acontecendo dentro delas. Vimos jovens japoneses reunidos adoran-do ao Senhor, quebrantados, chorando, cantando e clamando ao Pai por um novo tempo, um tempo de avivamento... o fim das trevas no Japão. Tudo isso temos vis-to... e ainda creio que veremos muitas coi-sas mais acontecerem neste lugar!

Não é tempo de descansar. Não é tempo de parar nem de desanimar. É tempo de continuar brilhando, e ainda mais intensamente! Àqueles que aqui estamos, que continuemos pregando o Evangelho com coragem e zelo, sem re-troceder nem desanimar. Àqueles que contribuem para o nosso sustento, que continuem a fazê-lo com generosidade, compromisso e amor. Àqueles que oram por nós e por esta nação, que continuem a dobrar os seus joelhos diariamente, sem desistir nem se cansar, pois suas orações nos sustentam todos os dias neste lugar. É tempo de continuar, pois o verdadeiro sol nascente do Japão está prestes a rom-per as trevas da longa noite nesta nação, para que ao nome de Jesus, neste lugar, se dobre todo joelho e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Em Cristo, Pr. Jansen CostaMissionário SM no Japão

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Louvamos a Deus por sua fidelidade para conosco aqui no país de Guiné Bissau. Todos os dias temos visto a boa mão do Senhor nos protegendo e nos surpreendendo com a sua graça e amor. Desde que chegamos ao campo, em Agosto de 2014, temos desfrutado de lutas e também de vitórias. Trabalhando em parceria com a Igreja Evangélica Central, pastoreamos uma congregação da igreja no bairro de Cutum Madina, coordenamos um projeto social através de uma escola e trabalhamos com treina-mentos de obreiros locais no Seminário STEB (Seminário Teológico Evangélico de Bissau).

Louvamos a Deus, pois temos vis-to as bênçãos do Senhor manifestadas em nosso meio:

Deus tem curado pessoas e liber-tado outras da escravidão de Satanás.

Nossa Igreja tem crescido e hoje já temos 130 pessoas congregando co-nosco; sem falar das nossas crianças. Temos também quatro seminaristas estudando no instituto bíblico, um pastor formado e já pastoreando uma congregação, além de dois pastores em treinamento.

Temos a maioria da Igreja parti-cipando das atividades nos cultos de Estudo Bíblico, às terças-feiras, e na EBD.

Deus tem salvado os maridos de algumas mulheres, em resposta de ora-ção, e outros tem visitado a Igreja.

Temos consagrado crianças ao Se-nhor e isso é uma vitória num local em que a maioria dos que não tem Cris-to levam as crianças ao feiticeiro para pedirem proteção. Pessoas têm trazido as crianças para serem consagradas ao nosso Deus!

No ano de 2018 o Senhor realizou o desejo do nosso coração nos dando um filho amado e esperado: o nosso Benjamim. Ele veio para somar a nossa alegria e para bagunçar mais um pouco a família. Tivemos o privilégio de, no dia 1º de maio, realizar o aniversário do primeiro aninho.

Deus tem levantado parceiros que tem nos apoiado com doações de ma-teriais: tinta para pintarmos a escola, livros didáticos, brinquedos, etc.

Agradecemos a Deus por tudo!

No campoguineense

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1.Temos desenvolvido um trabalho de orga-nização, estruturação e consolidação dos membros e novos convertidos na Igreja em Cutum Madina. Hoje temos a tesouraria e a secretaria funcionando muito bem. Podemos afirmar que o trabalho, que começou com crianças, tem se solidificado e amadu-recido a cada dia. Missionária Tamilla tem feito um maravilhoso trabalho com as mulheres da Igreja – e também da comunidade – com artesanatos, encon-tros de oração, congressos, acampamentos, encontro de comunhão, entre outras atividades. Já contamos com alguns homens que também se converteram e estão junto conosco, sem falar em um bom número de adolescentes e jovens que tem sido a nossa força no crescimento da Igreja. Temos também desenvol-vido um trabalho chamado MMBB (Machos e Bad-judas Brindado) um trabalho com adolescentes e jo-vens com os seguintes temas: sexualidade, santidade, compromisso com Deus e orientação profissional. A cada dia temos visto o Senhor acrescentado aqueles que vão sendo salvos.

2.Temos uma parceria, no âmbito do Pro-jeto João 3.16, com a Escola em Madina; na qual, juntamente com uma equipe da direção e coorde-nadores, estudamos e implementamos estratégias para o melhor funcionamento da mesma. Quando assumimos a escola existia um índice de inadimplên-cia muito elevado, como também atrasos no salário dos professores. Hoje criamos um Projeto chamado API (Apadrinhamento Infantil) e contamos com 60 crianças apadrinhadas. O projeto consiste em conse-guirmos padrinhos que possam pagar os estudos das crianças, seja parcial ou totalmente. Neste ano letivo estamos atendendo 394 crianças na escola do pré-es-colar (Educação Infantil) até a 9ª Classe. Todos os salários estão sendo pagos em dia aos 23 funcioná-rios da escola.

3.Temos também desenvolvido e implementa-do uma estratégia de evangelização na escola através da disciplina de Educação Moral Religiosa Evangéli-ca no currículo escolar; o que contribui para a evan-gelização de crianças de etnias islâmicas e animistas.

4.Trabalhamos na criação de uma ludoteca dentro da escola, um espaço onde o aprendizado possa ser diferenciado e no qual alunos e professo-res possam desenvolver aptidões de forma lúdica, dinâmica e criativa.

Trabalhos realizados

Agradecemos a Deus por sua fidelidade e a di-reção da CIBI, Secretaria de Missões, igrejas e a to-dos irmãos que tem apoiado esse projeto e sonhado junto conosco. Obrigado pelas orações e palavras de apoio que nossa família tem recebido dos irmãos. Esse cuidado e preocupação tem sido muito impor-tante para nós. Juntos podemos fazer muito mais!

Pr. Alandelon, Tamilla e Benjamim de MeloFamília missionária SM em Guiné Bissau

Construção da Escola, Igreja e Posto de Saúde: entendemos que, no terreno que possuímos hoje, é impossível construir por causa dos gastos com o aterramento e vedação. Precisamos vender e investir em outro terreno.

Financiamento para manutenção e desenvolvi-mento dos Projetos, pois os projetos implementados não possuem nenhum fundo. Tudo é feito com os valores do nosso sustento.

Necessidade de aprender a língua inglesa para poder conseguir novos parceiros para o desenvolvi-mento dos Projetos e parcerias no estrangeiro.

Pelo nosso sustento, pois, com a chegada do Benjamim, as nossas despesas também aumentaram. Que Deus continue suprindo todas as necessidades.

Desafios

Agradecimentos

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Portas abertas em Moçambique

história, legado, desafios e oportunidades

Entre o primeiro e o quinto século, on-

das de povos de língua bantu migraram do oeste e do norte atra-vés do vale do Rio Zambézia para as áreas do planalto e litoral, estabelecendo comunidades agrícolas ou sociedades baseadas no pastoreio de gado.

Durante o século XIV, comerciantes de escravos árabes co-lonizaram o norte de Moçambique resultando na conversão de muitos povos étnicos – tais como o Yao, Makonde e Makue – ao islamismo. Dois séculos depois, a influência islâmica árabe deu lugar ao domínio e monopólio do Catolicismo Romano (espe-cialmente no centro e sul), através da colonização Portuguesa. Com a queda da coroa portuguesa, após quase 500 anos de co-lonialismo e domínio do Catolicismo Romano, pensou-se que as portas estariam abertas para a proclamação do Evangelho, mas o governo local recém formado (FRELIMO) aliou-se a re-gimes comunistas e acabou abraçando o comunismo, trazendo uma onda de perseguição à igreja em todo o país. Logo após o término da guerra pela independência (1964 a 1974) iniciou-se no país uma longa e violenta guerra civil que atormentou o país entre 1977 e 1992. Apenas no ano de 1993 é que Moçambique começou de fato a experimentar os primeiros sinais de demo-cracia, realizando suas primeiras eleições em 1994. Porém, desde 2013 até a presente data, o país vem sofrendo com as insurgên-cias (guerrilhas) do partido de oposição (RENAMO), o que tem levado a uma escalada nos conflitos, especialmente no centro e norte do país. Outro fenômeno desastroso que tem ocorrido recentemente é a invasão de militantes de grupos radicais islâmi-cos como Al-Shabab e Estado Islâmico, no norte (já islamizado) do país.

Passado e presenteMoçambique está localizado no su-

deste do Continente Africano. É banhado pelo Oceano Índico a leste e faz fronteira com a Tanzânia ao norte, Malawi e Zâmbia a noroeste, Zimbabwe a oeste e Suazilândia e África do Sul a su-doeste. Conta com uma população de aproximadamente 28 mi-lhões de habitantes, dividida entre 43 grupos étnicos diferentes. Apesar do português ser a única língua oficial dentre as 53 línguas e dialetos falados no país (mais de 100, se levarmos em conta as ramificações), apenas 6% da população, concentrada nos grandes centros, fala português como primeira língua e menos de 30% o compreende. A tradução bíblica completa está disponível em apenas 11 idiomas (uma vitória tremenda!).

Moçambique é também um dos países mais pobres do mun-do, oscilando entre o segundo e sétimo lugar de acordo com da-dos oficias de diferentes organizações. Como resultado de cen-tenas de anos de exploração colonial, resultados desastrosos de teorias econômicas marxistas e mais de 30 anos de guerra civil e guerrilhas; juntamente com as mudanças climáticas drásticas que tem afetado o país anualmente, seja através das fortes secas (num país em que 80% da população vive da subsistência) como tam-bém de enchentes e ciclones; somando-se a isso a alta prevalência de HIV/AIDS, malária e problemas sociais crônicos, Moçambi-que ocupa o 181º lugar no ranking de desenvolvimento humano. Pesquisas recentes estimam que 79% dos moçambicanos vivem abaixo da linha da pobreza.

Em números

dos moçambicanos vivem abaixo da linha da pobreza

línguas e dialetos são falados no país (mais de 100, se levarmos em conta as ramificações)79%

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Diante de todos os fatos já mencionados não é difícil imaginar a realidade espiritual da grande maioria dos moçambicanos.

É certo que há muita fome de pão e de paz, mas nada comparado a fome espiritual enfrenta-da pelo povo moçambicano; povo com uma lon-ga história de sofrimentos e prisões espirituais.

Em Moçambique encontramos pessoas pre-ciosas, sorridentes, amigáveis e muito nobres. Po-rém, em sua grande maioria, pessoas dominadas por uma cultura de medo, com mentes cauteri-zadas e até incapazes de nomear seus próprios sentimentos ou mesmo desejos.

Pessoas sem sonhos e aspirações, para as quais a palavra futuro não faz o menor sentido, pois tudo que se tem é o hoje – e este hoje signi-fica sobrevivência.

Necessidade espiritual

Em Moçambique, as-sim como na África

Austral, a Igreja continua crescendo em números fenomenais. Pela primeira vez em sua história, a igreja moçambicana está ex-perimentando uma liberdade jamais vista – conquistada com o sacrifício pessoal de muitos crentes e líderes que enfrentaram per-seguições, prisões ou mesmo martírios.

Porém, juntamente com esse fenômeno, cresce o desafio dessa igreja para conseguir manter-se firme e relevante diante de tama-nha demanda.

Dentre muitas características que notamos na igreja moçam-bicana, uma que muito nos chama a atenção é o desejo imenso de aprender mais da Palavra de Deus. Em contrapartida, há muita ig-norância espiritual (muitos crentes e até líderes sequer compreen-dem a salvação) e uma grande necessidade por mais (muito mais) líderes que estejam suficientemente treinados para discipular as multidões que estão se rendendo ao senhorio de Cristo.

E diante de um contexto no qual menos de 10% desses lí-deres sabem ler ou escrever, somos constantemente desafiados a adaptar ou mesmo adotar novos métodos de ensino (ex. método oral). O desafio da Igreja em Moçambique em produzir líderes e cristãos maduros espiritualmente é imenso e esta é uma das áreas de cooperação na qual estamos investindo.

Realidade da Igreja

são os idiomas com A tradu-ção bíblica completa dispo-nível, o que já é uma grande vitória em Moçambique

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Atuação da SM/CIBIem Moçambique Finalizamos agradecendo a SM/CIBI e a todos os

parceiros desse projeto por todo apoio e encorajamen-to. Ao mesmo tempo, gostaríamos de deixar alguns pe-didos de oração pela preciosa nação de Moçambique.

Por favor, ore:Pelo fortalecimento, proteção e a unidade da igreja

moçambicana.Para que o Senhor livre Moçambique do terroris-

mo e do extremismo religioso.Para que o Senhor nos dê bom êxito nesta coope-

ração que visa a capacitação milhares de obreiros.Por recursos financeiros e mais trabalhadores.Para que o Senhor desperte e capacite a igreja mo-

çambicana no cumprimento de seu papel como igreja (não apenas em Moçambique).

Para que a tradução bíblica alcance todas as línguas e dialetos.

Pelas etnias ainda não alcançadas em Moçambique (ex.: povo Yao, refugiados somalis, dentre outras).

Pelo rompimento da igreja com as tradições antibí-blicas e o sincretismo religioso.

Pelo fortalecimento da juventude cristã, que repre-senta a maior parcela da igreja.

Para que o evangelho de Jesus floresça e continue transformando vidas em Moçambique.

Pelas regiões afetadas pelos ciclones IDAI e KEN-NETH, que deixaram um rastro de devastação e mor-tes.

Juntos na seara,Pr. Fábio Guimarães

Missionário SM na África Austral

Gratidão e motivos de oração

Além dos projetos desenvolvidos diretamente pela SM/CIBI no país, há também uma frutífera parceria realizada entre a CIBI, Interact e Igreja União Batista de Moçambique (IUBM).

O trabalho desenvolvido em Moçambique se dá através de diferentes cooperações e projetos, focando desde a plantação e desenvolvimento da igreja, como também a redução da pobre-za, a garantia de direitos e proteção à criança e a cooperação em missões.

Uma das igrejas parceiras no país é a IUBM, que possui mais de 100 mil membros e está representada em todos os es-tados do país.

Desde de 2017 temos trabalhado na formulação de uma proposta de cooperação entre a CIBI/SM, Interact e IUBM na área de treinamento e capacitação visando o alcance de mais de 5 mil obreiros que ainda não receberam treinamento bíblico.

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V E M E V ÊV E M E V ÊV E M E V ÊV E M E V ÊV E M E V ÊV E M E V Ê

14 a 17 NOVEMBRO

mobi.brasil mobi.brasil 19 98323-0559 www.mobi.org.br

p a u l o f e l i p e

H é l d e r F a v a r i n e s p a n h a

z a z a d e l i m ae s p a n h a

e l i s e u d e l i m aM o b i B r a s i l

p a s t o r L u c a S

P a u l o C . B a r u k

a n a n ó b r e g a

S M C I B I