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Agenda1. Futuro da agricultura
2. Sorgo
2.1. Introdução e importância no mundo e no Brasil;
2.2. Consumo;
2.3. Época de cultivo;
2.4. Classificação botânica;
2.5. Fenologia;
2.6. Ecofisiologia;
2.7. Nutrição;
2.8. Fatores de sucesso;
2.6. Sistemas de produção;
3. Trabalho em grupo
Futuro da agricultura
“Eventos futuros desacompanhados dos seuscontextos e nada, são as mesmas coisas”
Futuro da agriculturaAumento da população
• ¹ UN, 2013; ² UN data from Global Harvest Iniative GAP Report, 2011; ³ IBGE, 2013;
2050 Em
+ 2,4 bilhões de pessoas¹ maior
crescimento
populacional
²total de 9,6 bilhões
▴41%
▴49%
“crescimento zero”
20502042
Brasil³
Mundo
2013
201 mi
de
habitante
s
0 – 14
15 – 64
> 65
68,4%
7,4%
24,1%
63,2%
22,6%
14,1%
Janela demográfica
226 mi
de
habitante
s
Futuro da agriculturaUrbanização
• ¹ UN(2014); ² IBGE (2013)
Brasil²
1950 20502010
14% 6%36,2%
Urbana 66% Rural 34%
2014
2050
Urbana 54% Rural 46%
Mundo¹
94%86%63,8%
urbana
rural
Futuro da agriculturaClima
14% 6%36,2%
94%86%63,8%
• ¹ World Bank (2014); ² Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas- PBMC (2013).
Soja
Mais
favorecida
Mais
prejudicada
Cana-de-
açúcar
+ =35% das emissões
de gases de
efeito estufa
Brasil²
Mundo¹ - Emissão de gases de efeito estufa (15%)
18%resultam da
fermentação
entérica
Perdas em 2020
estimadas em
até:
R$ 7,0 bilhões
35
%
20
%
12
%Arroz irrigadoFermentação entérica Fertilizantes
12
%Dejetos animais
Futuro da agriculturaÁgua
14% 6%
94%86%63,8%
• ¹ UNICEF (201?); ² MMA (2006); ³ CGEE (2012);
Brasil
Mundo
12%
80% na Amazônia
29,6
menos da
metade da
população
mundial tem
acesso à água
potável¹
da reserva
hídrica mundial²
IrrigadaIrrigável
Agricultura e
Irrigação³(área em milhões de ha)
doméstico
indústria
irrigação
21%
73%
6%
em 2010
5,4
Futuro da agriculturaHábitos alimentares1
14% 6%
94%86%63,8%
• ¹Euromonitor (2012);
5
milhões com idade entre
18 e 34 em 2010
270
milhões de
domicílios ocupados
por 1 pessoa
Brasil
Mundo
10% dos domicílios
ocupados por 1
pessoa
Busca por alimentos
que facilitem sua
preparação e
consumo
77%
28%
1996 2006
21%da renda total
Poder aquisitivo
da população idosa
Futuro da agriculturaHábitos alimentares
14% 6%
94%86%63,8%
SaudabilidadeSaúde preventiva
Certificação de origem
Alimentos funcionais
Boa nutrição Facilidade de preparo
Embalagens inteligentes
Alimentação fora de casa
E-commerce
Satisfação pessoal & bem-estar coletivo
Processos sustentáveis de produção
Certificação de origem
Produção local Sensoriabilidade e prazer
Diferencial de qualidade
Consumo sofisticado
Mais poder de compra
Produção customizada (individual e industrial)
Novas apresentações de ingredientes
Manufatura aditiva de alimentos
Preferências culturais
Refeições “caseiras” nos locais de trabalho
Valorização de tradições
Exclusão parcial ou total de proteína animal
Substitutos para proteína animal (“fake meat”)Vegetarianismo
Feito em casa
Digital Cooking
Gourmet
Consumo Consciente
Praticidade e conveniência
Futuro da agricultura
14% 6%
94%86%63,8%
Fonte Fiesc - IEL
Por fim: novashabilidades e padrõesdevem ser passados
para quem?
SORGOIntrodução
• Sorgo – Sorghum bicolor L. Moench
• Origem: África e Índia
• Domesticação : 3000 a.c.
• Ruína Assíria com desenhos do sorgo a 700 a.c.
• 1876 – introdução nos EUA pelos escravos
• Sorgo granífero (Milo e Kafir) – década de 40
• Base alimentar: + de 500 milhões de pessoas – 30 países
SORGOIntrodução
• Produto da intervenção do homem;
• “Extraordinária fabrica de energia”;
• Eficiência na conversão de água e nutrientes em fotoassimilados;
Adaptação:
Altas temperaturas Eficiência no uso da água
Grande eficiência na produção
SORGONo mundo em 2013 (FAO)
14% 6%
94%86%63,8%
Fonte Fiesc - IEL
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
Production (1.000 ton) Yield (Kg.Ha-1)
SORGONo Brasil em 2013 (IBGE)
14% 6%
94%86%63,8%
Fonte Fiesc - IEL
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
Bra
sil
Go
MG
MT
SP Ba
RS
MS
DF
Pa
Ro
To RN
Ce
Pr
Ma
Produção (1.000 Ton) Rendimento (Kg.Ha-1)
SORGONo Brasil entre 1990 a 2014 (IBGE)
14% 6%
94%86%63,8%
Fonte Fiesc - IEL
0
1.000
2.000
3.000
19
90
19
91
19
92
19
93
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94
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97
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98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
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07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
Produção (1.000 Ton) Rendimento (Kg.Ha-1)
SORGONo Brasil
O sorgo foi introduzido no Brasil no início do século XX, mas nunca se firmou como uma cultura com características comerciais marcantes. Por ser identificado como substituto do milho, o sorgo teve problema para ser identificado pelos produtores e consumidores como cultura comercial.
SORGONo Brasil
Por ser apresentado como rústico, com sua origem em regiões semiáridas e áridas, seria resistente à seca e foi introduzido. No entanto, o sorgo é um pouco mais resistente ao estresse hídrico do que o milho e depende de boas práticas culturais para atingir produtividades melhores. Assim, novamente, teve dificuldades para se tornar um produto comercial.
SORGOClassificação Botânica
• Família: gramineae
• Gênero: sorghum
• Espécie: Sorghum bicolor L. Moench
• Sorgo cultivado deriva da subsp. silvestre arundinaceum e a maior variação do gênero Sorghum se encontra no quadrante centro-oeste da África.
SORGOEcofisiologia
• Gramínea C4;
• Autógama, restaurador permite híbridos;
• Planta dias curtos com período juvenil;
• Temp. 14º a 38º C, ideal 26 a 34º C;
• Respiração a cada 1ºC de aumento na temperatura noturna a respiração aumenta 14%.
• Água 380 a 600 mm;
• Solo arenoso a argiloso, não tolera alumínio e encharcamento, pH entre 5,5 e 6,5.
SORGOEcofisiologia
• Estrutura radicular:
– sílica na endoderme,
– muitos pelos absorventes
– lignificação de periciclo
• Caule
– Dividido em nós e entrenós
– Folhas ao longo de toda a planta
– Inflorescência – panícula
– Fruto - cariopse ou grão seco.
– Atinge 1 a 4 metros de altura
RESISTÊNCIA
SECA
SORGOEcofisiologia
Escape
• Sistema radicular profundo e ramificado
• Eficiência na extração de água do solo
Tolerância
• nível bioquímico
• diminuição do metabolismo(hibernação)
• recuperação extraordinária
SORGOEcofisiologia
TANINO
• ataque de pássaros – resistência
• presença depende da constituição genética (genótipos B1 e B2)
• formação de complexos com proteínas
• reduz palatabilidade e digestibilidade
• classes de taninos:– hidrolisáveis: folhas e súber
• ligações facilmente rompidas por hidrólise (ácidos ou bases fracos)
• baixa quantidade no sorgo
– condensados: maior quantidade no grão• não são rompidos por hidrólise (ligação carbono-carbono)
• presente em materiais resistentes a pássaros
SORGOEcofisiologia
Durrina
• Glicosídeo cianogênico
• Altas concentrações - morte em animais e humanos
• Decomposição por hidrólise – liberação de acido cianídrico
Sorgo halepense Sorgo Sudanense
SORGONutrição
Extração média de nutrientes em diferentes rendimentos
total N P K Ca Mg N P K Ca Mgkg.ha-1 % kg.ha-1 gr.ton-1
7.820 37 93 13 99 22 8 11,89 1,66 12,66 2,81 1,029.950 18 137 21 113 27 28 13,77 2,11 11,36 2,71 2,81
12.540 16 214 26 140 34 26 17,07 2,07 11,16 2,71 2,0716.580 18 198 43 227 50 47 11,94 2,59 13,69 3,02 2,83
SORGONutrição
Valores de referência dos teores foliares de nutrientesconsiderados adequados para a cultura do sorgo
Macronutrientes Teor (%) Micronutrientes Teor (mg.dm-3)Nitrogênio 2,31- 2,90 Boro 20
Fósforo 0,44 Cobre 10-30
Potássio 1,30 - 3,00 Ferro 68-84
Cálcio 0,21 - 0,86 Manganês 34-72
Magnésio 0,26 - 0,38 Molibdênio sem informação
Enxofre 0,16 - 0,60 Zinco 12-22
SORGONutrição
Recomendação de adubação para o sorgo granífero e forrageiroem função dos teores de P e K no solo e rendimentos
Rendimento (ton.ha-1)
N semeadura
Disponibilidade de fósforo Baixa Média
Alta P2O5 (kg.ha-1)
Disponibilidade de potássio Baixa Média
Alta k2O (kg.ha-1)
N em cobertura
Grãos Sorgo Granífero 4-6 20 - 30 70 50 30 50 20 40 606-8 20 - 30 80 60 40 70 60 40 80
Forragem Sorgo Forrageiro< 50 20 - 30 70 50 30 75 60 30 70
50 - 60 20 - 30 80 60 40 100 90 60 100> 60 20 - 30 90 70 50 150 120 90 140
SORGOFenologia
• Estádio 0 (Emergência) – da semeadura ao surgimento do coleóptilo na superfície do solo, que ocorre, geralmente, dentro de 4 a 10 dias, dependendo das condições ambientais (umidade, temperatura e oxigênio) e da qualidade da semente;
• Estádio 1 (Visível a lígula/colar ou cartucho da 3ª folha) – ocorre, em condições normais, cerca de 10 dias após a emergência;
• Estádio 2 (Visível a lígula/colar da 5ª folha) – três semanas após a emergência.
SORGOFenologia
• Estádio 3 (Diferenciação do ponto de crescimento) –cerca de 30 dias após a emergência quando crescimento passa de vegetativo para reprodutivo. Esta fase é determinada pelas condições do ambiente (luz, temperatura e água) e pela genética. Esse período representa um terço do período necessário para a maturação fisiológica. Neste período inicia o alongamento rápido do colmo, quando aproximadamente 7 a 10 folhas estão completamente desenvolvidas.
SORGOFenologia
• Estádio 4 (Visível a última folha) – alongamento do colmo. Todas as folhas estão completamente desenvolvidas, com exceção das últimas 3 ou 4;
• Estádio 5 (Emborrachamento) – Todas as folhas estão completamente desenvolvidas, resultando a máxima área foliar. A panícula alcança seu comprimento máximo, dentro da bainha da folha bandeira;
• Estádio 6 (50% de floração) – Aproximadamente 2/3 do período da emergência à maturação fisiológica.
SORGOFenologia
• Estádio 7 (Leitoso) – Cerca de 50% da matéria seca dos grãos já foram acumulados e o peso do colmo diminui.
• Estádio 8 (Pastoso) – Cerca de ¾ de matéria seca dos grãos já foram acumulados.
• Estádio 9 (Maturação fisiológica) – Os grãos estão com 22 a 23% de umidade.
SORGOFatores de sucesso
EC1-Estádio de crescimento 1
• da germinação até a iniciação da panícula
• crescimento inicial lento e plantas invasoras
SORGOFatores de sucesso
EC2-Estádio de crescimento 2
• iniciação da panícula até o florescimento;
• afetados: área foliar, sistema radicular, acumulação de matéria seca, número potencial de grãos (mais importante componente de produção).
SORGOFatores de sucesso
EC3-Estádio de crescimento 3
• da floração a maturação fisiológica
• enchimento de grãos – “fator importante” que viabiliza o rendimento da cultura
SORGOFatores de sucesso
• Época afeta o ciclo e desenvolvimento (dias curtos);
• Quantidade de luz e redução no rendimento;
• Temperatura:
– ótima diurna entre 33 a 34ºC;
– ótima noturna entre 24 a 28ºC;
– acima de 38ºC e abaixo de 16ºC compromete rendimento;
– baixas temperaturas: redução na área foliar, perfilhamento, altura, acumulação de matéria seca, atraso na floração, afeta o desenvolvimento da panícula e esterilidade das espiguetas;
– temperaturas elevadas: antecipa antese e aborto floral.
SORGOFatores de sucesso
• Água: eficiente no uso
• Requerimento nutricional:– relação positiva entre rendimento e exigências nutricionais
– maiores exigências: nitrogênio e potássio, cálcio, magnésio e fósforo.
• Controle de invasoras e seletividade herbicidas – Fitotoxidez pode chegar a 72%;
• Pragas e doenças do plantio até a colheita:– Pragas de solo: lagartas-elasmo, lagarta rosca e formigas
– Aérea: Lagarta do cartucho, pulgões (milho, verde e trigo)
– Grãos: Moscas do sorgo.
SORGOFatores de sucesso
• Doenças iniciais: Podridão das sementes e Doenças das plântulas
• Doenças foliares: Antracnose, Ferrugem, Vírus do mosaico da cana de açúcar, míldio do Sorgo;
• Doenças do colmo: podridão de Macrophomina e podridão vermelha do colmo.
Podridão vermelha
do colmo
Ferrugem
Antracnose
Mildio
SORGOSistemas de produção
Sorgo granífero
RS: semeadura primavera colheita outono
Brasil Central: sucessão às culturas de verão
Nordeste: estação das chuvas
SORGOSistemas de produção
Sorgo forrageiro
• Tradição entre os agricultores
• Elevada qualidade e produtividade
– 50 toneladas de massa verde por hectare
– 80 toneladas em experimentos
• Rebrota - 20 toneladas – “sem custo”
SORGOSistemas de produção
Sorgo sacarino
• Sistema em definição
• Sucessão cana de açúcar?????
• Viabiliza funcionamento da usina por maior período de tempo
Trabalho em grupos1. Você é produtor de grãos (milho, soja, feijão) em 2.000 ha
na região Centro Oeste do Brasil em sistema integrado com a pecuária bovina de corte. Como será o sistema de produção considerando a cultura do sorgo e a ocupação da área durante o ano.
2. Você é produtor de grãos (milho, soja, feijão) em 2.000 ha na região Sul do Brasil em sistema integrado com a pecuária bovina de leite e de corte e deseja introduzir a produção de sorgo no seu sistema. Como será o sistema de produção considerando a cultura do sorgo e a ocupação da área durante o ano.